Sobre a Deficiência Visual
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Җ notícias 2011
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A Câmara Municipal do
Porto disponibiliza 28.12.2011
A Câmara Municipal do Porto (CMP), através do Pelouro do Conhecimento e Coesão Social, vai disponibilizar, nas bibliotecas municipais, uma "Biblioteca Sonora Digital". O novo repositório electrónico de "audiobooks" (ou livros narrados em áudio) foi produzido pela Biblioteca Sonora da Biblioteca Pública Municipal do Porto e é de acesso gratuito. Apesar disso, os "livros falados" são de acesso restrito, estando apenas disponíveis para cidadãos portadores de deficiência visual. Os utilizadores conseguem ter, através deste serviço, acesso imediato aos "audiobooks", que podem descarregar e guardar, num processo pioneiro "em bibliotecas públicas portuguesas", diz um comunicado da CMP. Desta forma, é dado "mais um passo na modernização dos serviços e na aproximação aos utilizadores", garantindo "bibliotecas municipais inclusivas", reza o documento. A Biblioteca Sonora Digital já acumula algumas dezenas de obras, mas a autarquia estima que, até final de março de 2012, o serviço terá mais de 2500 horas de gravação ao dispor de cegos e amblíopes. A totalidade das obras
desta Biblioteca Sonora
Digital pode ser
pesquisada
online no Catálogo
Público das Bibliotecas
do Porto, na secção "Áudio
e Braille".
Simulador de
deficiências visuais
para 28-12-2011
Também destinado para aprimorar o design de celulares e para o ensino de projetos de inclusão em várias universidades, o simulador ajuda os designers e engenheiros a entender os efeitos de vários tipos de deficiência visual. No caso de degeneração macular, em que a perda da visão central se move com os olhos, por exemplo, o software permite simular esse efeito e mover o 'ponto cego' para diferentes partes da imagem. Esse trabalho está sendo feito no Centro de Design da Universidade de Cambridge com a participação direta de especialistas da Ford. Facilidade de leitura-O equipamento permite simular deficiências visuais em qualquer imagem. Ele carrega uma imagem, seleciona uma deficiência visual e passa a "ver" como uma pessoa que sofre daquele problema. É possível selecionar várias imagens e deficiências e comparar instantaneamente os seus efeitos. "Para nós, o objetivo é promover a inclusão por meio do design, com foco mais nas variações de capacidade do que na deficiência, e atender o maior número possível de pessoas, facilitando a leitura no acesso às informações", diz Sam Waller, do time de pesquisadores de Cambridge. "O software tem um comando que permite mudar instantaneamente o grau de deficiência visual, de muito branda para muito severa, de modo que as empresas possam definir os limites a serem atendidos." Problema mundial-"A perda da visão é uma consequência natural do envelhecimento e afeta milhões de pessoas em todo o mundo", diz Angelika Engel, especialista em ergonomia da Ford Europa. "Mas, por ser um processo gradual, muitas vezes passa despercebido durante anos. Subconscientemente, tendemos a nos desviar do problema até o momento em que, devido à sua gravidade, não é mais possível ignorá-lo." Segundo Engel, os óculos são uma ferramenta muito útil, mas este software é um grande avanço, pois permite simular diversas deficiências e níveis de gravidade. "Se observamos uma imagem no modo de daltonismo, por exemplo, é possível perceber instantaneamente se há números ou letras difíceis de enxergar. Então, podemos modificar o design da melhor forma. Naturalmente, há pessoas com problemas visuais que não podem tirar licença para dirigir. Mas existem outras com deficiência que ainda dirigem e queremos que elas façam isso do modo mais seguro possível." 285 milhões de pessoas-Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 285 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de algum tipo de deficiência visual. Destas, cerca de 65% têm 50 anos ou mais e esse número tende a crescer com o aumento da expectativa de vida. A capacidade de enxergar detalhes diminui com a idade, assim como a habilidade de ver no escuro. Isso significa que muitos motoristas podem ter dificuldade para ler o painel de instrumentos ao dirigir, a não ser que usem óculos bifocais ou multifocais. Outros problemas oculares, como glaucoma, catarata e degeneração macular, também são mais frequentes em pessoas com mais de 50 anos. Soluções do futuro - A Ford está comprometida com o design voltado para a inclusão e melhoria da saúde e bem-estar dos motoristas. Desde 1994, seus engenheiros utilizam o "Traje da Terceira Idade" para entender melhor as dificuldades enfrentadas pelos idosos. Essa roupa especial reduz a mobilidade e a sensibilidade ao toque, incluindo também óculos para simular catarata. O trabalho da Ford em
parceria com a
Universidade de
Cambridge traz um
conhecimento real das
dificuldades que muitas
pessoas enfrentam para
que seja possível
desenvolver produtos
adequados às suas
necessidades. Nesse
primeiro estágio, o
software ajuda a
identificar os focos de
melhoria e soluções. O
passo seguinte será
introduzir essas
soluções nos veículos.
Investigadora portuguesa
inventa António Pinto Rodrigues
TSF Uma investigadora da Universidade do Minho procura quem fabrique os brinquedos que ela sonhou e que se destinam a crianças invisuais e com baixa visão. Leonor Pereira, professora do ensino básico, deu conta da dificuldade de «juntar crianças com deficiência visual a crianças sem deficiência na mesma brincadeira». No mestrado da Universidade do Minho concretizou a ideia que ajuda a superar as necessidades especiais: brinquedos com diferentes tecidos, texturas e formatos. Estes brinquedos não servem apenas para crianças com dificuldades de visão, até porque, frisou a investigadora, «é importante que as crianças que não são cegas interajam com as outras».
Em Matosinhos os
restaurantes 26 de Dezembro de 2011
A ação está a ser promovida por esta entidade em parceria com a Associação dos Restaurantes de Matosinhos (ARM) e será lançada no Dia Mundial do Braille, que se assinala a 4 de Janeiro, com um jantar especial num dos restaurantes aderentes, o Dom Peixe. À
Lusa, o
presidente da
ARM explicou que
o projeto surgiu
em consequência
da vontade de
"elevar o nível
dos restaurantes
associados,
melhorando o
atendimento que
é prestado" a
estes clientes. As cartas em Braille estarão disponíveis em restaurantes nas freguesias de Matosinhos, Perafita e Leça da Palmeira. Os
estabelecimentos
aderentes são os
seguintes: O
Filipe, Rei da
Sardinha Assada,
Casa da Boa
Gente,
SegundaCasa,
Doca X, Dom
Peixe, Sempr’Assar,
O Valentim, Cais
51, Tito I, Tito
II, O Lusitano,
S.Valentim,
Palato, O
Xarrôco, Lage do
Senhor do
Padrão, Trás
D’Orelha,
Salta-Ó-Muro, D.
Zeferino, O
Gaveto, O Manel,
A Marisqueira de
Matosinhos e O
Iate, O Arquinho
do Castelo, Os
Rapazes e Jácome,
A Casinha e
Veleiros.
Programa
para eliminação da John Converse Townsend Dez 21, 2011
Quase 40 milhões de pessoas no mundo estão desnecessariamente cegas e outras 240 milhões têm baixa visão. Praticamente 285 milhões de pessoas com deficiência visual vivem em países em desenvolvimento e sofrem de erros de refração não corrigidos e catarata. Mas a Unidos pela Visão, uma empresa social localizada em New Haven, Connecticut, está fortalecendo comunidades ao redor do mundo para melhorar os cuidados dos olhos e diminuir as possibilidades de deficiência visual. A organização assegura tratamento oftalmológico – seja com medicação, uma cirurgia de restauração da visão a 150 dólares ou até mesmo um par de óculos – para pacientes que vivem em situação de pobreza em Gana, Índia, Honduras e também nos EUA e Canadá. Mais de 1,3 milhões de pessoas no mundo superaram as barreiras de cuidados com os olhos através dos serviços oferecidos pela Unidos pela Visão, podendo elas pagar ou não pelo serviço – a conta sempre foi coberta pela organização social. A pobreza, com frequência, cobra um preço que impede muitos de chegar aos serviços de saúde. Moradores rurais podem levar metade do dia para chegar a um centro qualificado de cuidados oftalmológicos e mesmo que eles tenham recursos para pagar pelo serviço, geralmente não podem (ou não querem) gastar suas preciosas horas de trabalho em trânsito. Outros têm medo de médicos, abalados com a falta de informação sobre procedimentos cirúrgicos; há um mito difundido na África do Oeste de que a cirurgia de catarata envolve a substituição do olho danificado por um olho de cabra. “Muitos pacientes (em países em desenvolvimento) acham que quando seus cabelos ficam grisalhos, seus olhos ficam pálidos – um sintoma da catarata avançada,” disse Jennifer Staple-Clark, visionária e empreendedora social da Unidos pela Visão e vencedora do desafio “Mais Saúde” do Changemakers da Ashoka. “Eles pensam que faz parte do envelhecimento e que nada pode ser feito.” As barreiras que os pacientes apresentam em relação aos cuidados de saúde causam milhares de perdas de visão a cada ano, mas há esperança. “Na verdade, uma cirurgia de catarata de 15 minutos restaura a visão de uma pessoa por completo”, diz Staple-Clark, e completa explicando que 80% das questões ligadas aos olhos dos pacientes são de fácil prevenção. Staple-Clark primeiro sonhou em eliminar a deficiência visual em 2000, enquanto estudava no segundo ano na Yale University, trabalhando como assistente de pesquisa em uma clínica de olhos de New Haven. Embora a maioria de seus pacientes tivesse seguro de saúde e tivesse feito exames médicos de rotina, eles sofriam de glaucoma, uma doença ocular que resulta em cegueira se não tratada. Os pacientes de Staple-Clark frequentemente expressavam arrependimento por nunca ter visitado um optometrista, uma experiência que a motivou a fundar uma organização estudantil que conectasse os membros da comunidade de New Haven com programas de cuidados da saúde com cobertura nacional através da Academia Americana de Oftamologia e da Associação Americana de Optometria. O trabalho da estudante foi tão bem sucedido que Staple-Clark ampliou seu modelo de cuidado dos olhos para 50 divisões de Universidades nos Estados Unidos e Canadá. Hoje, a Unidos pela Visão investe recursos humanos e financeiros em clínicas oftalmológicas locais para oferecer serviços de qualidade de cuidados com os olhos (incluindo exames, diagnóstico, tratamento e cirurgia) para aqueles que vivem em situação de pobreza. “Nossos colaboradores atendem entre 100 e 300 pacientes por dia em qualquer lugar”, Staple-Clark disse ao Changemakers. “Em um ano, oftalmologistas, enfermeiras e optometristas da Unidos pela Visão chegam às regiões rurais para oferecer tratamento presencial, além de transportar pacientes que precisam de cuidados e cirurgia avançados nos centros em grandes cidades tais como Acra.” O programa da
Unidos
pela Visão em Gana é
apoiado por 45
oftalmologistas do país
e atualmente realiza
metade de todas as
operações aos olhos.
Projeto "Horta Sensorial"
A
Física no
dia-a-dia
Rómulo de
Carvalho e o seu
livro "A física
no dia a dia"
são o mote da
nova exposição
do
Pavilhão do
Conhecimento
que convida a
conhecer a
ciência que se
esconde nos
pequenos gestos
do quotidiano.
Isenção de Taxas Moderadoras
Foi publicado o
Decreto-Lei n.º
113/2011, de 29 de
Novembro, que regula o
acesso às prestações do
Serviço Nacional de
Saúde por parte dos
utentes no que respeita
ao regime das taxas
moderadoras e à
aplicação de regimes
especiais de benefícios,
tendo por base a
definição das situações
determinantes de isenção
de pagamento ou
comparticipação, como
situações clínicas
relevantes de maior
risco de saúde ou
situações de
insuficiência económica.
Empreender com
sentidos(s): 07 Dezembro 2011 Na sequência de uma candidatura apresentada ao programa Finicia Jovem, a ACAPO vai desenvolver um projeto de formação sobre empreendedorismo destinado a jovens com deficiência visual, com idades entre os 16 e os 25 anos, estudantes ou desempregados, que pretendam adquirir conhecimentos úteis para a criação de um projeto pessoal - empresarial ou não - ligado a situações profissionais. O projeto conta com a Inducar como parceira que ministrará as sessões de formação, em formato presencial, e que irá promover, num segundo momento, iniciativas de coaching aos jovens que queiram desenvolver uma ideia de negócio. As acções de formação irão ter lugar na Delegação do Porto e na Delegação de Lisboa da ACAPO, em horário laboral, num total de seis horas diárias. No que respeita à zona norte, as acções irão realizar-se entre os dias 24 e 26 de janeiro e na zona centro de 7 a 9 de Fevereiro. O prazo de recepção das candidaturas vai decorrer até ao dia 6 de Janeiro de 2012, sendo que estão disponíveis 12 vagas para cada uma das zonas de realização das acções, num total de 24. As inscrições serão consideradas por ordem de chegada devendo ser realizadas para o e-mail ritapereira@acapo.pt, referindo nome, idade, delegação a que pertence, no caso de ser associado da ACAPO, profissão e local onde pretende realizar a formação.
Nota:
Serão asseguradas as
despesas dos formandos
relativas a deslocações
e alimentação, num total
de 10 euros por dia.
Vá ao
oftalmologista:
Designer cria etiquetadora em Braille Fernanda Morales
A Voz das Pessoas com Deficiência na Europa Fórum Europeu da Deficiência
3 Dezembro 2011
Isto não está certo. Em 1996, algumas pessoas criaram uma associação para lutar contra esta situação. Chama-se
Fórum Europeu da Deficiência. A abreviatura é “EDF”.
O EDF está a trabalhar para pessoas com deficiência. Isto significa que o EDF luta: - pela igualdade de oportunidades
Isto significa que:
Se pensarmos na educação, respeitar os direitos das pessoas com deficiência quer dizer que elas têm direito:
Leia
A estratégia europeia em
matéria de deficiência
2010-2020
(PDF)
UTAD vai
celebrar o 01-12-2011
Com o objectivo de
celebrar o Dia
Internacional das
Pessoas com Deficiência,
os alunos do
curso de Engenharia de
Reabilitação e
Acessibilidade Humanas
da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto
Douro (UTAD),
organizam uma exposição
no edifício do Governo
Civil de Vila Real, nos
próximos dias 2 e 3 de
Dezembro - entre as 13h
e 18h e a exibição do
filme “Aventura no
Ártico”, com
acessibilidade para
todas as pessoas, com
deficiência ou não, no
auditório do IPJ-Vila
Real, no dia 3 de
Dezembro, às 21h. Ambos
os eventos são de
entrada livre.
Os visitantes serão
ainda convidados a
avaliar a acessibilidade
de vários
estabelecimentos
comerciais de Vila Real
através da plataforma
online “Global
Accessibility Map”, uma
ferramenta criada
recentemente no Canadá
que permite esta
avaliação pelos
utilizadores à escala
global.
CP oferece
viagens a
pessoas 30 Novembro
Assinala-se no próximo
sábado o Dia
Internacional das
Pessoas com Deficiência.
Para marcar a data a CP
vai oferecer viagens
gratuitas a todos os
cidadãos com
necessidades especiais.
A iniciativa estende-se
a toda a rede nacional,
quer a nível suburbano,
quer de longo curso.
3 de
Dezembro de 2011:
O Programa desta Sessão Oficial incide especialmente na apresentação pública de novos títulos da Colecção Informar do INR, I.P. e do Relatório (e-book) do Grupo de Trabalho Media e Deficiência. Destaca-se, igualmente, a entrega dos Prémios do Concurso Cartaz DIPD 2011 e do Prémio de Inovação Tecnológica Eng. Jaime Filipe, bem como a Assinatura do Protocolo SIM-PD com a Câmara Municipal de Loures. No início e no encerramento desta sessão, terá lugar a expressão artística com a actuação do Coro do ACIDI e da Associação Vo'Arte. Através da visibilidade de importantes estudos, de projectos de investigação e de projectos culturais inclusivos, o INR, I.P. dá mais uma oportunidade à informação e à sensibilização sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, à luz dos Princípios da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
i-Mirror revoluciona styling óptico
A Silhouette, marca austríaca de armações e óculos de sol sem aros, acaba de lançar o iMirror, a mais recente aplicação para o iPhone4 ou iPad2. O styling óptico nunca foi tão fácil: Faça o download da aplicação e aponte a câmara para si, depois é só experimentar os óculos oftálmicos e óculos de sol sem aros… tudo a três dimensões. A Silhouette é, assim, o primeiro produtor de óculos a estrear-se na realidade aumentada e a transformá-la numa aplicação móvel. O novo iMirror pode ser descarregado na loja do iTunes sem qualquer custo e com efeito imediato, proporcionando momentos de styling únicos e surpreendentes. “O iMirror tem como objectivo principal ajudar a fazer uma pré-selecção antes da visita a uma óptica, mas também pretende ser intuitivo e divertido”, refere o Responsável de Marketing e Design, Arnold Schmied. Enquanto experimenta um par de óculos, o utilizador pode mover-se, rodar a cabeça e fazer como se estivesse a olhar-se num espelho verdadeiro, uma vez que a webcam actua como um espelho, seguindo todos os movimentos do utilizador. É também possível escolher, consoante os gostos pessoais, entre os vários modelos de óculos oftálmicos e de sol disponibilizados pela Silhouette. Basta clicar num par para ficar a perceber se os óculos escolhidos são os mais adequados para o rosto, expressões e ângulos da face. Esta ferramenta de fácil navegação, especialmente indicada para os utilizadores de óculos, surgiu na sequência da revolução tecnológica que possibilita a transmissão de imagens de vídeo em tempo real e em 3D.
Orçamento
do Estado para 2012: Ministério da Solidariedade e da Segurança Nacional
17 Novembro 2011
O Governo vai
disponibilizar cerca de
12 milhões de euros do
Orçamento do Estado para
2012 para o
financiamento de
produtos de apoio a
pessoas com
deficiências, anunciou o
secretário de Estado da
Segurança Social. "As ajudas técnicas para os deficientes são comparticipadas financeiramente por três ministérios diferentes neste momento. O que tinha acontecido até aqui é que havia uma ausência de cooperação e definição de objectivos financeiros com que cada um se comprometia para o ano de 2011", explicou o secretário de Estado. Segundo Marco António Costa já está neste momento em circulação o despacho que define os valores atribuídos por cada um dos Ministérios, cabendo ao Ministério da Economia e do Emprego, através do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) a atribuição de 2,4 milhões de euros, ao Ministério da Saúde 6 milhões de euros e ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social a atribuição de 3,7 milhões de euros num total de mais de 12 milhões de euros. Na opinião do secretário de Estado, esta medida permite uma "optimização da gestão", já que o despacho conjunto vem permitir a "visão integrada de utilização dos recursos públicos".
O secretário de Estado
não adiantou, no
entanto, de que forma é
que o despacho vai
regular a atribuição das
verbas.
Museu de
Ciências
Naturais do
Brasil produz Daniel Hammes 10 de Novembro de 2011 Alunos com deficiência visual da rede pública de ensino [no Brasil] terão acesso a informações sobre vertebrados fósseis encontrados no Rio Grande do Sul. O kit didático em braile reunirá nove réplicas de ossos, fichas ilustrativas e informativas além da cartilha "Conhecendo a flora e fauna fóssil do RS". O lançamento ocorre dia 11 de novembro, no Museu de Ciências Naturais (MCN), às 14h. [...] O objetivo é
auxiliar o
trabalho dos
professores e
despertar nos
alunos o
interesse pelas
Ciências
Naturais.
Através da
observação e do
manuseio das
réplicas de
peças do acervo
paleontológico
do MCN,
oportuniza-se a
motivação e
sensibilização
para as questões
ambientais. "A
FZB vem
discutindo com a
Faders
iniciativas
inclusivas, que
devem passar por
infraestruturas
adaptadas para a
acessibilidade,
material
científico-didático
e treinamento de
pessoal", disse
Felipe Amaral,
coordenador de
Educação
Ambiental da FZB.
Christiana Martins
Expresso O que faz
um cego na
biblioteca? Lê.
Não com os
olhos, mas com
os dedos. Ou os
ouvidos. Na
Biblioteca
Nacional (BN) a
área de leitura
para deficientes
visuais é um
espaço
democrático, o
único em que se
permite a
consulta das
obras por
menores de 18
anos. Basta
saber ler para
entrar. E passar
pelas portas de
vidro é ser
admitido numa
dimensão
diferente. No
corredor central
há muita luz,
mas nas salas e
no depósito,
não. Hermínia
Robalo, cega de
nascença, está
na Biblioteca há
39 anos e é
responsável pelo
serviço.
Trabalha com 4
cegos e 1
amblíope.
Atendem a todo o
país. Mandam
livros pelo
correio e
recebem
leitores. Têm
disponíveis 3417
livros em
braille, 1881
áudio-livros e
890 títulos
electrónicos
(lidos por um
programa de
computador). Sem
preconceitos: de
Eça de Queiroz a
José Rodrigues
dos Santos. in A Casa de Todos os Livros, Revista Única, 12-11-2011
Biblioteca
Nacional de
Portugal
Dia Mundial da
Diabetes
No fim do século XX, as estimativas da Organização Mundial de Saúde indicavam a existência de 130 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo, estando previsto um aumento para 300 milhões, i.e., de 122%, até ao ano 2025. A maioria dos diabéticos acaba por desenvolver retinopatia diabética (RD), dependendo do tipo e da duração da diabetes, da qualidade do controlo dos níveis sanguíneos de açúcar e de lípidos e da pressão arterial. A diabetes é a principal causa de cegueira nos doentes dos 20 aos 74 anos. Na diabetes tipo-1, a retinopatia diabética manifesta-se em geral após 7 anos de doença. Após 20 anos, 90-95% dos diabéticos tipo-1 têm DR, 40% do quais no estádio proliferativo. Na diabetes tipo-2, 20% dos doentes têm DR após o diagnóstico de diabetes. A longo prazo estes doentes estão mais em risco de edema macular diabético (60%) do que de retinopatia proliferativa (20%) Nos EUA, após 20 anos de diabetes tipo 2, 7% dos doentes estão cegos e estima-se que no ano 2020, 50 milhões de americanos terão problemas de visão. No Japão, a incidência de retinopatia de base está estimada em 48 em cada 1000 pessoas por ano e a de retinopatia proliferativa 18 em cada 1000 pessoas por ano. No Sul da Índia, a prevalência de DR é 18 %. Em França, estima-se que 40% dos diabéticos apresentam uma forma de retinopatia.
Nos primeiros estádios da diabetes, o doente normalmente não tem sintomas oculares, o que é pena porque nessa altura é muito mais fácil de tratar ou pelo menos retardar a evolução da retinopatia. Esta é a razão pela qual é extremamente importante que os diabéticos consultem regularmente, pelo menos uma vez por ano, um especialista em doenças dos olhos - oftalmologista - para detectar a doença numa fase o mais precoce possível. Quando a doença progride, podem manifestar-se os seguintes sintomas:
Por melhor
regime de
aposentação
Edição n.º 1980 Se é certo
que a
generalidade dos
portugueses (e
muito em
particular as
classes
trabalhadoras e
os reformados)
vêem as suas
condições de
vida agravadas
para níveis
incomportáveis,
não é menos
verdade que são
as pessoas com
deficiência um
dos segmentos
que de forma
ainda mais
intensa e
dramática sofre
no dia-a-dia as
consequências
dramáticas da
política de
direita que há
décadas dá cabo
do País.
A
Pepsi patrocina
"O Som do
Futebol" 5 Novembro
A ideia é permitir que estas consigam “ver” por meio do som e jogar sob as mesmas condições que equipas sem deficiência. Um primeiro teste foi realizado entre uma equipa de pessoas com deficiência visual contra outra de ex-jogadores profissionais. A agência queria comprovar a hipótese de que a proposta daria a ambas as equipas igualdade de condições – num jogo em que ninguém conseguiria enxergar. Para conseguir o intento, foi usada a tecnologia de tracking, a mesma que a Fifa colocou em campo na última Copa do Mundo. Com este sistema, é possível saber a posição de qualquer jogador, em tempo real. Esta
informação é,
então,
alimentada em um
iPhone,
localizado na
cabeça de cada
um dos
jogadores, e
convertida em
som 3D. São
criados sons
específicos para
as actividades
mais importantes
em campo, como
para indicar
onde está o
jogador mais
próximo, a bola
e os golos.
Pavimentos com texturas especiais para cegos
Diário de
Notícias do
Funchal
Estes
revestimentos de
cerâmica - que a
empresa assegura
ser de grande
resistência -
são colocados no
chão. O cego
pode então
sentir se está
numa zona
proibida, de
sinal vermelho,
numa de sinal
amarelo e que
exige cautela
ou, noutra, de
sinal verde e
livre
circulação. A
quarta textura é
para mudanças de
direcção. A
ideia da empresa
é uniformizar
este tipo de
sinalização e
garantir
melhores
acessibilidades
aos cegos.
"Visões" em
exposição no
A exposição VISÕES é o resultado de um dia-a-dia vivido no Centro Cirúrgico de Coimbra. São exemplos do melhor registo, da melhor qualidade, do melhor equipamento, dos melhores profissionais e do melhor diagnóstico. À primeira impressão pensamos tratar-se de constelações, explosões solares, bordados e rendas, além de inúmeras e intermináveis ramificações, ou seja, admiráveis imagens captadas algures no universo. Mas não é nada disso. Os olhos enganam-nos. As imagens compiladas para a exposição Visões ilustram casos clínicos de doentes observados pelos oftalmologistas do Centro Cirúrgico de Coimbra. A mostra inclui diversas patologias, como doenças raras e genéticas, quistos, retinopatias, descolamento de retina, asteróides, neovascularização ou uma subluxação do cristalino, entre outras. Situações e patologias que foram operadas no Centro Cirúrgico de Coimbra com sucesso. Maria Pedro Silva e Robert van Velze captaram o impossível de detectar a olho nu, num momento em que a perícia humana se alia à melhor tecnologia. Visões ilustram um dia-a-dia vivido no Centro Cirúrgico de Coimbra e provam a procura pela melhor imagem, melhor registo, melhor qualidade, melhor equipamento, melhores profissionais e melhor diagnóstico. Vemos diferente, fazemos diferente. Catálogo: AQUI. A exposição está patente no edifício sede do Centro Cirúrgico de Coimbra.
Fonte: CCCI
O
concurso será
constituído por
um conjunto de
três provas,
estando os
concorrentes
distribuídos por
quatro escalões
etários:
As provas
serão realizadas
no período entre
as 14h30 e as 18
horas, no
Auditório da
Estação de Metro
do Alto dos
Moinhos, em
Lisboa. O prémio
para o vencedor
de cada escalão
é uma viagem à
Disneyland de
Paris com visita
à terra Natal de
Louis Braille,
Coupvray.
Para mais informações contacte:
ACAPO
O
Investigador
português
Miguel Seabra Por Susana Lage 2011-10-28
Em entrevista ao CiênciaHoje, o investigador português explicou que a doença resulta de uma degeneração progressiva da retina, que afecta sobretudo homens. O diagnóstico é geralmente feito na infância, levando à cegueira na meia-idade. Os doentes começam por demonstrar “problemas de visão nocturna”, depois uma “visão mais em túnel” e a fase final é a “perda da visão central que leva à cegueira”. Isto acontece, “à maior parte dos doentes, por volta dos 50 anos”, afirma. O trabalho pré-clínico que Miguel Seabra realizou, a maior parte no Imperial College, em Londres, “possibilitou este ensaio clínico onde serão tratados doentes”. Segundo o professor, “desde a identificação da função do gene até aspectos do mecanismo da doença, passando pela criação de um modelo animal para fazer todos os testes pré-clínicos em termos das novas terapias, foi feito no laboratório ao longo de 20 anos”. É a primeira vez
que células
sensíveis à luz,
foto-receptores
que se encontram
na parte
posterior do
olho, são alvo
de terapia
genética. Isto
abre caminho
para o
tratamento de
outras causas
genéticas de
cegueira. Sendo este um
ensaio de fase
1, “teoricamente
não é para
divulgar
resultados mas
para saber se há
algumas reacções
tóxicas ou
adversas ao
tratamento”. No
entanto, uma vez
que a função
visual é medida,
“se houver
melhorias isso
justifica
avançar logo
para fases 2 e
3”, explica
Miguel Seabra. ** Miguel Seabra: Formou-se em Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (UNL) e doutorou-se na Universidade do Texas, EUA. Foi professor e director do Departamento de Medicina Molecular e Celular do Imperial College, em Londres e professor de Biologia Celular e de Bioquímica na Faculdade de Ciências Médicas da UNL, onde dirige, desde 2009, o Centro de Estudos de Doenças Crónicas. Há três anos em Portugal, actualmente o cientista encontra-se a fazer uma nova linha de investigação com células estaminais.
Deficientes levam exigências ao Parlamento 22 de Outubro, 2011
Numa moção
aprovada esta
tarde, no final
do 20.º Encontro
Nacional de
Deficientes, a CNOD exige «a
actualização das
pensões e
reformas mais
baixas, de
velhice e
invalidez, e a
revalorização do
conjunto das
reformas» no
âmbito do
sistema público
de Segurança
Social. Aos trabalhos, que terminaram às 16h30, seguiu-se um desfile simbólico na Baixa de Coimbra, entre a praça 8 de Maio e o largo da Portagem. Lusa/SOL
Nova forma de
cegos
interagirem com
tablets, Marisa Pinto 20 de Outubro de 2011 Os
tablets são uma
tendência e
decerto uma moda
que veio para
ficar, uma vez
que são bastante
simples e
dinâmicos,
promovem a
facilidade de
execução de
tarefas, e o seu
aspecto convida
a que cada vez
mais se utilizem
para todos os
fins. Mas a
verdade é que
quando foram
desenvolvidos,
as empresas que
criaram os
tablets, não
tiveram em
atenção todos os
utilizadores,
nomeadamente
aqueles com
deficiências ao
nível da visão.
Mas felizmente
podemos contar
com o altruismo
de pessoas que
adaptam este
género de
tecnologia para
que ela chegue e
sirva também as
pessoas com
alguma
limitação. Já aqui
tinhamos falado
n tecnologia
para tablets,
adaptada a
pessoas com
limitações
visuais,
designadamente
no
iSense, um
conceito apensa
para iPad. Mas
esta nova
tecnologia
promete ser
bastante mais
desenvolvida.
Estas iniciativas são as mais louváveis no mundo da tecnologia, uma vez as empresas continuam a pensar apenas na maioria dos consumidores mas a verdadeira evolução será alcançada quando gadgets como tablets e smartphones estiverem adaptados às necessidades e limitações de cada um.
A
integração
educativa do
aluno Graça Pegado Professora Especializada na área da deficiência visual
Com o objetivo de regulamentar a organização da Educação Especial nas escolas portuguesas, teve lugar a publicação do Decreto-Lei nº 3/2008 de 7 de janeiro. O diploma em vigor dedica um artigo à Educação de alunos cegos e com baixa visão, onde é consagrado um conjunto de medidas aplicáveis aos alunos portadores de deficiência visual, de cuja articulação depende a qualidade da resposta educativa que as escolas de referência para estes alunos estariam, à partida, habilitadas a oferecer, sendo múltiplos os fatores que para esse fim concorrem. Os recursos humanos e materiais que são colocados à disposição, a constituição das turmas, a adaptação do currículo e as atitudes, as práticas e as competências do pessoal docente constituem aspetos que condicionam a eficácia das medidas enunciadas, na promoção do sucesso escolar e inclusão social. Fazendo uma retrospetiva relativamente ao acompanhamento de alunos com deficiência visual na última década, é-nos dado a perceber que a modernização das tecnologias em muito beneficiou o esforço que o Ministério da Educação tem vindo a desenvolver, no sentido de proporcionar aos alunos que a escola em si acolhe, as respostas mais adequadas às suas especificidades. Por outro lado, através de uma desconstrução criteriosa da realidade que os nossos alunos vivem nas escolas da Grande Lisboa, concluímos que esse investimento não é, de todo, suficiente para assegurar que princípios como a promoção da igualdade de oportunidades pelos quais se rege a Escola Inclusiva estejam a ser respeitados. Com efeito, é do conhecimento comum que um número significativo de medidas enunciadas na lei não encontra, frequentemente, a correspondência desejada na escola pública. É este o caso da sobejamente conhecida falta de equipamentos informáticos e materiais didáticos adequados, bem como a total ausência de preocupação com a acessibilidade dos alunos dentro da escola e nas suas imediações. De facto, a conceção arquitectónica da maioria dos espaços escolares que integram a rede de escolas de referência em nada difere dos demais estabelecimentos de ensino, não se verificando sequer a utilização de recursos alternativos, tais como pisos tácteis, placas sinalizadoras em braille, etc. Ainda no vasto campo das acessibilidades, um outro aspeto que importa aqui sublinhar, é a escandalosa falta de acesso que os alunos cegos têm aos manuais escolares quando os mesmos são disponibilizados em formato digital, à luz de um protocolo que o M.E. celebrou com um número considerável de editoras. O formato que os alunos recebem via e-mail não é compatível com os leitores de ecrã que utilizam. E, mesmo após várias chamadas de atenção junto das entidades competentes, nenhuma posição foi ainda tomada no sentido de resolver uma situação inaceitável que compromete seriamente a garantia da igualdade tão apregoada pelo referido diploma. Por outro lado, a abordagem das questões que se relacionam com os recursos humanos e sua preparação para o desempenho das funções que lhes estão designadas obriga, irremediavelmente, à análise refletida da sua formação. Em primeiro lugar, cumpre esclarecer que a oferta formativa na área da deficiência visual é extremamente escassa na zona da Grande Lisboa. Acresce ainda o facto de os programas curriculares dos cursos de especialização se encontrarem, regra geral, desajustados relativamente às necessidades da prática educativa. Áreas de importância central como a orientação e mobilidade, a avaliação visual e funcional, a aplicação de programas de estimulação visual, a utilização de meios informáticos específicos, o treino de atividades de vida diária e a promoção de competências sociais estão, habitualmente, ausentes do currículo. Mesmo um professor especializado no domínio da visão, sem ter ainda acumulado alguns anos de experiência, chega à escola com uma preparação deficitária, uma vez que os conhecimentos adquiridos não satisfazem, em larga medida, as necessidades das suas funções. Tendo em
conta o atual
cenário acerca
do qual nos foi
possível
enunciar apenas
um número
reduzido de
situações
exemplificativas,
parece-nos
fundamental
deixar claro que
a melhoria da
qualidade dos
serviços
prestados pelo
sistema
educativo
depende, em
primeira
instância, de um
processo de
consciencialização
coletiva, em que
o respeito
inadiável pelo
aluno com
deficiência
visual se impõe
de forma
perentória.
Trata-se de uma
realidade que
implica,
essencialmente,
uma outra
conceção de
organização
escolar,
ultrapassando a
via da
uniformidade e
reconhecendo o
direito à
diferença.
Seminário no
Kwanza Norte
aborda 20-10-2011
Durante quatro dias, o evento em que participam igualmente autoridades tradicionais e entidades religiosas da província, vai dotar os participantes de conhecimentos e metodologias de tratamento e prevenção da onconcercose. Intervindo no acto de abertura do seminário, o coordenador do Programa Nacional de Combate as doenças negligenciadas, Pedro Van-Dúnem, referiu que a onconcercose é uma doença parasitária, cuja principal complicação é a cegueira, transmitida por uma mosca preta denominada "Zimulium". Explicou que a doença manifesta-se com aparecimento de nódulos na pele, comichão, alteração da elasticidade muscular e da coloração da pele, bem como o aparecimento de febres e dor de cabeça. Acrescentou que a cegueira provocada pela Oncocercose ainda não tem cura e contrai-se em regiões de abundante vegetação localizada próximo de rios, afectando na sua maior parte pessoas que habitam junto destes locais. Segundo Pedro Van-Dúnem, a oncocercose afecta presentemente oito províncias do país, sendo Uíge, Kwanza Norte e Lunda Norte as consideradas endémicas, tendo esta ultima acolhida, em 2004, o acto de lançamento do programa nacional de combate a mesma doença. Disse que desde esta data o Ministério da Saúde em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem vindo a realizar estudos que visam identificar outras regiões de prevalência da doença. De igual modo revelou que o sector da Saúde tem estado a responder a esta situação com a formação dos técnicos da área e entidades municipais visando a distribuição adequada dos medicamentos. Lunda Sul, Moxico, Kuando Kubango e Huíla constam igualmente da província afectadas pela doença, também conhecida como "a cegueira dos rios". De salientar que 1.945 casos de Oncocercose e Schistosomose, sem mortos, foram registados pelas autoridades sanitárias do Kwanza Norte, de Janeiro a Dezembro de 2010.
Câmara de Silves
promove, em
Novembro, 19 Outubro 2011
Comunicações:
14 de Outubro de 2011
A ANACOM acaba de editar
um guia com o objetivo
de informar as pessoas
com necessidades
especiais sobre os
equipamentos,
funcionalidades e
serviços de telefone
fixo, telemóvel e
Internet disponíveis em
Portugal.
Software abre as portas do mundo digital a invisuais
Há pouco mais de uma década, um computador adaptado para utilizadores invisuais custava três mil euros, verba que a Biblioteca Professor Machado Vilela não tinha. Mas depois do apelo lançado por Abílio Duarte, responsável pelo acervo em braille daquela instituição, a autarquia arranjou forma de fornecer o equipamento, indispensável para a pesquisa de livros e acesso à internet. Ainda assim, muita coisa mudou desde então. Hoje, a biblioteca usa nos seus três computadores um software NVDA, um sistema de leitura do ecrã (através de voz sintética) para Windows, com a particularidade de ser gratuito. E isso deve-se, mais uma vez, à vontade de Abílio. "Existem vários outros softwares deste género mas custam cerca de 1300 euros, sem contar depois com as actualizações. Ora, se tivermos em conta que é um programa que se destina a uma população com uma elevada taxa de desemprego, é incomportável. Já o NVDA é completamente gratuito e faz praticamente tudo o que os outros programas fazem", justifica. Abílio Duarte, de 40 anos, estava em Londres quando ouviu pela primeira vez falar do software desenvolvido numa plataforma comunitária em vários países. Quando regressou a Portugal, entrou em contacto com quem trabalhava no projecto, testou-o e envolveu-se. A ele se deve grande parte da divulgação, incentivo e acções de formação para o uso do programa, que pode mudar a vida de muitos invisuais, permitindo-lhes consultar a internet, o e-mail, as redes sociais ou usar o Skype.
Biblioteca Aberta do
Ensino Superior
Universidade do Porto:
saed@letras.up.pt
15 de
Outubro:
Biblioteca de S. João da
Madeira abre 8.10.2011
No dia em que comemora 50 anos de existência, esse equipamento do município passa a dispor de uma sala que, vocacionada para utilizadores com necessidades especiais decorrentes de deficiência visual, lhes proporciona um acesso facilitado à informação e, sobretudo, autonomia na pesquisa e consulta de conhecimento. Para Rui Costa, vice-presidente da Câmara de S. João da Madeira e responsável pela biblioteca enquanto vereador da Cultura, este serviço é um "contributo para tornar mais acessível a informação em geral e a literatura em particular, cumprindo-se também a função inclusiva da Biblioteca Municipal". Fonte da Biblioteca Renato Araújo adiantou à Lusa que, em termos práticos, a nova sala funcionará com recurso ao fundo em Braille já disponível nesse espaço, acrescentando-lhe, contudo, "equipamento específico para leitura, ampliação de textos e imagens, pesquisa na internet, audição de livros e elaboração de materiais pelo próprio utilizador". A aquisição desses recursos implicou um investimento de 23 mil euros financiados em cerca de 90 por cento pela Fundação Calouste Gulbenkian e foi justificada com a indicação de que, segundo a ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, existirá em S. João da Madeira e nos municípios mais próximos uma comunidade de cerca de 400 invisuais. "Espera-se que a implementação deste centro aumente, por um lado, a consciencialização para a inclusão pela diferença", lê-se no documento de apresentação do projeto à Gulbenkian, "e que, por outro, aproxime da biblioteca os públicos que, até este momento, não encontravam a satisfação das suas necessidades culturais e informativas nesta instituição". A nova estrutura implicará ainda "um serviço de esclarecimento da comunidade local, para dar a conhecer a problemática da deficiência nas suas múltiplas vertentes" e ajudar a criar em torno desse tema "uma imagem desprovida de preconceitos". O objetivo é também "responder eficazmente às necessidades informativas de públicos relacionados direta ou indiretamente com esta temática, designadamente famílias, educadores, técnicos de reabilitação e técnicos de bibliotecas, entre outros". Numa primeira fase, a Biblioteca Renato Araújo irá promover visitas domiciliárias e ações de esclarecimento junto da população alvo, para divulgação direta do seu Centro de Leitura Especial.
Na etapa seguinte,
incentivar-se-á essa
comunidade a tornar-se
frequentadora assídua da
Biblioteca "e de toda a
sua dinâmica cultural".
iPad pode
ajudar crianças com
- Testamos 15 crianças e ficamos absolutamente chocados - disse Muriel Saunders, professor pesquisador assistente da universidade. - Cada uma delas ficou fascinada com o iPad. Crianças que geralmente não olhavam para as pessoas, não respondiam a objetos ou respondiam de forma muito repetitiva, ficaram completamente entretidas com o iPad. Foi uma experiência maravilhosa. Saunders disse que essas crianças geralmente trabalham com terapeutas e com os pais usando uma caixa de luz, semelhante à caixa de luz de um médico para ver um raio-X. Isto porque elas respondem mais a luzes e a objetos em alto contraste. - Uma pessoa com DVC vai passar muito tempo olhando luzes - explicou o pesquisador. Com a tela brilhante, o iPad é uma espécie de réplica de uma caixa de luz - mas sua interatividade, som e cor são muito mais atraentes para as crianças. Os pais das crianças com DVC foram os primeiros a notar o potencial do iPad como ferramenta terapêutica para seus filhos. A perspectiva de uso do aparelho para esse fim começou a se espalhar pela internet, mas nenhuma pesquisa formal foi realizada ainda. Uma intervenção precoce em crianças com DVC não é apenas crucial para seu desenvolvimento, mas também pode ajudá-las a ter uma visão melhor à medida em que crescem.
Saunders agora está
conduzindo os testes
iniciais com iPad em
parceria com o instituto
Junior Blind of America
em Los Angeles.
Exposição Multissensorial "Olha Por Mim"
07 a
27 de Outubro de 2011
“Olha por mim” é uma exposição Multissensorial e Inclusiva, concebida com cuidados de inclusão, podendo também ser “vista” por cegos. Para tal foi criado um áudio-guia com características únicas que, contrariando as normas europeias, oferece-nos uma viagem pelos sentidos, através de um texto poético que expressa toda a emoção contida nas telas (e muitas as surpresas acústicas…) aliado a uma experiência táctil e outros pequenos nadas que prometem, a todos os visitantes, sem excepção, fazer desta uma experiência única. Desta forma, esta exposição é um tubo de ensaio, uma mala pedagógica, que pretende levar a todo o País, um conjunto de técnicas simples, para que outros aprendam com elas, melhorando-as e aperfeiçoando-as. As verbas conseguidas através deste projecto revertem, na sua totalidade, para a “Quinta dos Girassóis“, um projecto, sem fins lucrativos, de apoio à Idade Maior, no domínio das demências degenerativas e cuidados paliativos.
Formação
Especializada em Universidade Lusófona
>> "Teorias e Sistemas de Comunicação: Especificidades Aumentativas e Alternativas, Braillológicas e Tiflológicas" >> "Tecnologias de Acesso à Informação e Comunicação Aumentativa e Alternativa" >> "Didáctica Comunicacional e Desenvolvimento Sensorial e Cognitivo" >> "Competências Comunicativas, Inclusão e Qualidade de Vida"
>> "Desenvolvimento Tiflopercepcional e Relacional: Orientação e Mobilidade" >> "Literacia Braille: Formação e Prática de Leitura e Escrita na Polivalência do Sistema Braille" >> "Literacia e Tecnologia Adaptativa: Formação e Prática em Hardware/Software e Tecnologias Específicas/Leitores de Ecrã e Formatos Alternativos/Imagens Tácteis para Alunos Cegos e com baixa Visão"
Mudar de
Vida RTP 1 3 Out 2011 "Mudar de Vida" é um novo programa de reportagem que mostra o mundo como ele é. Todas as semanas um repórter conta experiências de vida passando – literalmente - por elas. Vive como e com pessoas de varias profissões e de múltiplas existências.
O lema é:
Viver e
contar. Nas primeiras
semanas a jornalista
Rosário Salgueiro veste
a pele de um bombeiro e
vive como ele
acompanhando os fogos de
Verão ou o socorro dos
doentes. Veste também a
pele de uma agricultora
num tempo em que se
apela a um regresso aos
campos ou de uma
auxiliar num centro de
emergência para crianças
abandonadas.
Glaucoma é a
primeira causa
prevenível 04/10/2011 SPO deixa alerta pela saúde visual dos portugueses O glaucoma continua a ser uma das principais causas de cegueira em Portugal e afecta mais frequentemente pessoas idosas. A propósito do Dia Mundial da Visão, que se assinala no próximo dia 13 de outubro, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) lembra que o glaucoma continua a ser a segunda causa de cegueira a nível mundial, sendo a primeira causa prevenível de cegueira irreversível, em comunicado de imprensa. Segundo o Plano Nacional de Visão 2005-2010, a doença afecta cerca de 67 mil portugueses, estando, no entanto, identificados 200 mil hipertensos oculares, isto é, pessoas com valores altos de pressão intraocular, mas que ainda não sofrem de glaucoma. O glaucoma é uma doença do nervo óptico, de evolução crónica, que conduz à perda progressiva do campo visual. Na fase inicial é geralmente assintomático, tornando-se incapacitante nas fases mais tardias e originando dependência de terceiros. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta para uma prevalência mundial de 70 milhões de indivíduos afetados e 2,5 milhões de novos casos por ano. Segundo Manuela Carvalho, do Grupo Português de Glaucoma da SPO, “o impacto social do glaucoma é pesado, dado que atinge 1 a 4 por cento da população com mais de 40 anos. Um estudo publicado recentemente no jornal científico «Current Medical Research and Opinion» revela que o custo anual do tratamento do glaucoma é bastante inferior ao custo anual social da cegueira. O seu diagnóstico pode ser realizado por um oftalmologista numa consulta de rotina, pelo que é fundamental que toda a população esteja sensibilizada para a importância de consultar um oftalmologista de forma regular”. A vigilância regular é também fundamental na infância, explica Eduardo Silva, especialista em oftalmologia pediátrica e membro da SPO, que realça que “a promoção da saúde visual em idade pediátrica e na adolescência é muito importante , pois a deteção precoce de problemas visuais pode garantir um melhor desenvolvimento físico, emocional e social das nossas crianças”. Já Fernando Bivar, do Grupo Português de Ergoftalmologia da SPO, refere que “a saúde oftalmológica dos portugueses está condicionada pela ineficácia das escolhas da informação visual por parte das várias instituições da nossa sociedade. As cores e os contrastes escolhidos e a forma de colocar informação vertical e horizontal deveriam obedecer à fisiologia da visão, para que toda a sinalética possa ser melhor percebida por quem vê bem mas também por aqueles que sofrem de patologias oculares”. A “Saúde
visual na
criança”,
“Ambiente e
oftalmologia” e
o Glaucoma serão
os temas
debatidos pela
SPO com
representantes
de outras
sociedades
médicas
portuguesas numa
sessão
comemorativa do
Dia Mundial da
Visão, promovida
com o objetivo
de “sensibilizar
os colegas das
restantes
especialidades
para a
importância da
saúde visual da
população
portuguesa,
focando os
problemas que
podem ser
prevenidos ou
tratados quando
detetados numa
fase inicial,
como é o caso do
glaucoma e das
doenças
oftalmológicas
pediátricas”,
explica Manuela
Carmona,
presidente da
SPO.
CONFERÊNCIA
10:00 Sessão de
Abertura
11:00 Debate
12:00 Debate
16:00 Debate
O Livro Negro das Cores | autora: Menena Cottin || ilustradora: Rosana Faría |
Escrito a tinta e a braille e ilustrado com imagens a preto e branco e em relevo, este livro negro propõe a todos as crianças uma experiência sensorial inédita: perceber as cores sem necessidade de as ver. Uma edição original da editora mexicana Tecolote mereceu o primeiro prémio na categoria "Novos Horizontes", outorgado pela Feira do Livro Infantil de Bolonha 2007. O New York Times incluiu-o entre os 10 melhores álbuns ilustrados de 2008.
Co(n)tato se vê a obra no - Dirigida a cegos e pessoas com baixa visão -
concepção: Rita de Sá Para além destas, outras atividades da nossa programação podem ser adaptadas ao público com necessidades especiais. Para mais informações contate o Serviço Educativo: Tel. 213 612 800.
Jogos de tabuleiro adaptados a Lusa
"Tendo em consideração aspectos como a usabilidade, ergonomia, exequibilidade, economia e sem descurar a atractividade e criatividade, efectuaram-se alterações ao nível dos contrastes, texturas e relevos dos materiais e suportes de
informação das regras", explica a ACAPO. Os jogos adaptados, três dos quais integram o Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, "além de contribuírem para o desenvolvimento do raciocínio matemático, fomentam, nos seus praticantes, atitudes
sociais como a cooperação, espírito de equipa, respeito mútuo, responsabilidade e iniciativa", acrescenta.
Falhas no Ministério da Educação. 17 de Setembro de 2011
Todos os planos de acção dos centros de recursos para a inclusão (CRI) foram rejeitados pelo Ministério da Educação e Ciência. Os projectos destinados aos alunos com necessidades educativas especiais não tiveram a “aprovação técnica” da tutela que, no entanto, decidiu manter as mesmas verbas do ano lectivo anterior, obrigando agora os CRI a ajustar com cada agrupamento ou escolas os apoios que vão prestar aos alunos. Em causa não estão cortes orçamentais, mas uma falha de comunicação que terá levado a tutela a optar por um mal menor. Seguindo os procedimentos de anos anteriores, os 74 centros de recursos para a inclusão elaboraram os seus planos de acção de acordo com as necessidades solicitadas pelas escolas e agrupamentos, enviando as candidaturas às respectivas direcções regionais de educação (DRE). Só que estas propostas nunca terão chegado a entrar no gabinete da secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário.
Entre o envio das candidaturas e a sua aprovação, foi preciso atravessar uma mudança de governo com uma nova equipa do MEC e ainda um processo de simplificação administrativa, que já levou o ministro Nuno Crato a anunciar o fim das DRE em
Dezembro de 2012. Nada disso tem a ver com ensino especial, mas o certo é que os CRI terão sido apanhados nesta avalanche de mudanças. “O Ministério informou-nos que aprovou apenas os montantes do ano anterior, mas desconhecemos a razão para os planos de acção não terem sido aprovados, explica João Dias, da Federação Portuguesa para a Deficiência Mental - Humanitas. O i apurou, no entanto, que as candidaturas nunca chegaram ao conhecimento da tutela e que, aprovar agora as propostas apresentadas pelos CRI, seria um processo demorado que iria atrasar mais os serviços e técnicos destinados a esta população. A solução passou por conceder as mesmas verbas de 2010 e delegar nos centros de recursos para a inclusão a responsabilidade de coordenar os apoios que vão ser necessários com as escolas e agrupamentos. “Os valores são os mesmos, mas os projectos para este ano são diferentes, porque os alunos são outros e as necessidades também não são as mesmas, como é natural”, explica Rogério Cação, da Federação de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci). É esse o trabalho que está a ser feito pelos CRI, que em cada estabelecimento tentam perceber como podem ajustar as verbas às necessidades os alunos: “As aulas começaram na quinta-feira, mas os CRI e as escolas estão a trabalhar depressa, penso que numa semana o processo estará concluído”, diz João Dias. Do ministério obtiveram o compromisso de que o impacto do trabalho feito nas escolas iria ser avaliado no fim do ano lectivo.
Carrinhas móveis suportadas pelas ópticas Márcia Oliveira 16 de Setembro de 2011
As carrinhas de marcas de ópticas que fazem rastreios nas escolas nem sempre têm profissionais especializados e em alguns casos já terão provocado problemas de visão a crianças. A acusação é do director do serviço de oftalmologia dos
Hospitais da Universidade de Coimbra, Joaquim Murta. "As carrinhas móveis suportadas pelas ópticas que vão às escolas supostamente para observar as crianças, na realidade, muitas nem têm especialistas. O que lhes interessa é vender e mais
nada", explica o oftalmologista.
A óptica realça ainda que os seus técnicos são especialistas de qualidade e por isso têm a confiança da população e acrescenta que os rastreios são gratuitos e beneficiam quem não pode recorrer ao Serviço Nacional de Saúde ou a serviços
privados: "A notoriedade da nossa marca muitas vezes pode levar à confusão com marcas concorrentes. Há muitas marcas de óptica hoje a realizar iniciativas semelhantes, inclusive com carrinhas equipadas, alugadas através de anúncio e que
proporcionam com facilidade estas abordagens", sublinha ainda a Multiópticas. Apesar da posição das ópticas, Joaquim Murta explica que já há seis anos que envia cartas para a Ordem dos Médicos a denunciar estes casos, embora sem sucesso.
"Normalmente são realizados de forma arbitrária, sem um protocolo aceite em termos de
fiabilidade e de eficácia, e são realizados por pessoas cuja idoneidade não se sabe por quem ou onde é concedida", diz. "Na presença de suspeitas, as crianças são habitualmente encaminhadas para a respectiva loja onde habitualmente existe
um optometrista a que chamam especialista de visão e que decide em última instância quais as necessidades da criança", acrescenta. Segundo o médico, durante todo o processo dificilmente algum oftalmologista observa a criança. "Tudo isto é
lamentável, porque não existem garantias de competência e dessa forma a saúde passa ao lado dos médicos", acrescenta.
Antecipação da idade de reforma e aposentação por 13 de Setembro de 2011
No âmbito do direito internacional comparado, encontramos exemplos de discriminação positiva, como o de Espanha, através do Real Decreto 1539/2003, de 5 de Dezembro, e o do Brasil, aprovado em Abril de 2010 (Concessão pelo regime geral de previdência social, de aposentadoria especial ao trabalhador com deficiência). Em ambos os casos se prevê que pessoas com deficiência, dependendo do grau e do tempo de actividade profissional, vejam reduzida a idade de reforma. A Lei de Bases do regime jurídico da prevenção, habilitação, reabilitação e participação da pessoa com deficiência (Lei n.º 38/2004, de 18 de Agosto), consagra a necessidade da existência de acções positivas tendentes a aplanar as desigualdades resultantes de se ser um cidadão com deficiência, bem como, o tratamento singular que é devido a cada um destes indivíduos. No mesmo sentido, consagra esta Lei de Bases, no seu artigo 4º, que: "à pessoa com deficiência é reconhecida a singularidade, devendo a sua abordagem ser feita de forma diferenciada, tendo em consideração as circunstâncias pessoais". No nº 2, artigo 6º da referida Lei é reconhecido que "a pessoa com deficiência deve beneficiar de medidas de acção positiva com o objectivo de garantir o exercício dos seus direitos e deveres, corrigindo uma situação factual de desigualdade que persista na vida social". O Artigo 1º do Decreto-Lei n.º 49.331, de 28 de Outubro de 1969, já estabelecia que: “Para efeitos médico-sociais e assistenciais, considera-se cegueira: a) A ausência total da visão; b) As situações irrecuperáveis em que: a acuidade visual seja inferior a 0,1 no melhor olho e após a correcção apropriada; ou a acuidade visual, embora superior a 0,1, seja acompanhada de limitação do campo visual igual ou inferior a 20º angulares”. O quadro legal e referencial, no que à deficiência visual respeita, conheceu, porém, significativa evolução. A Organização Mundial de Saúde tem apresentado tabelas de classificação dos graus de incapacidade, nomeadamente, a Classificação Internacional de Funcionalidade. A presente iniciativa guia-se pelos critérios estabelecidos na Tabela Nacional de Incapacidades, que se inspira na tabela europeia “Guide barème europeén d’evaluation dês atteintes à lá intégrité physique e psychique”. A referida Tabela foi aprovada pelo Decreto-Lei n.º 352/2007, de 23 de Outubro, e é com base nela que são passados os atestados médicos de incapacidade multiuso. É um imperativo de justiça social melhorar esta situação, tanto mais que a actividade profissional das pessoas com esta deficiência é exercida em condições particularmente penosas de dureza e desgaste, tal como refere o art.º 20.º b) do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de Maio. As exigências de resposta colocadas ao trabalhador cego ou grande amblíope são sempre muito maiores do que as colocadas aos restantes trabalhadores. A proposta do Bloco de Esquerda defende que a idade geral de acesso à pensão de aposentação, estabelecida em 65 anos para os trabalhadores dos sectores público e privado, deve ser reduzida para os trabalhadores com deficiência visual igual ou superior a 90%. O presente direito parte da vontade do trabalhador e passa, nos casos em que a deficiência visual esteja entre os 60% e os 90%, pela avaliação do elevado índice de desgaste por uma Junta Médica. Assim, e partindo da vontade expressa do trabalhador, a idade de reforma por velhice, passa a ser aos 55 anos para os trabalhadores com incapacidade permanente global igual ou superior a 90%, desde que o trabalhador tenha 20 anos de carreira contributiva, e sem que, para o efeito, esteja sujeito a qualquer tipo de penalização.
ONG britânica de combate à cegueira Grande Prémio 14-Setembro
Implante para corrigir alta miopia 14 Setembro
De acordo com o médico, chegou ao País em maio de 2010. É indicada para quem tem mais de 21 anos, de 6 a 16,5 graus de miopia e não pode fazer a correção com laser.
Isso porque, na cirurgia a laser seria necessário retirar uma grande quantidade de tecido da córnea que poderia deixar o globo ocular vulnerável, e levar à baixa qualidade visual, até pessoas com boa espessura de córnea. Para Queiroz Neto a comprovação do benefício para a retina depende de novos estudos realizados em períodos mais longos de tempo. Ainda assim o resultado preliminar deste estudo indica redução de custos sociais tendo em vista o crescimento da miopia no Brasil e no mundo. Fonte: Paran@shop
Usar óculos de sol que não protegem contra Catarina Gomes 14.09.2011
Nos meses de maior exposição solar, já não há quem não saiba que quando vai à praia deve usar protector solar porque existe risco de desenvolver cancro da pele. Menos conhecido é o risco da falsa protecção trazida por óculos que não filtram
a radiação ultravioleta (UV) e que são piores do que não usar óculos, defendem especialistas. Um dos riscos são as cataratas. Fonte: Público
Cão-guia ajudou cego a escapar do World Trade Center
Jogos electrónicos podem ser Lucas Karasinski 6 de Setembro
Prémio Champalimaud de Visão recompensa Por Ana Gerschenfeld 09.Setembro.2011
Lentes de contacto "especiais" podem Lusa 01.09.2011
Rastreios visuais devem ser feitos
RTP
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) revelou hoje que cerca de 20 por cento das crianças em idade escolar têm algum défice da função visual e defendeu a realização de rastreios a partir dos três ou quatro anos.
Grande parte da população mundial
De acordo com a pesquisa, 75% dos entrevistados brasileiros relataram ter algum tipo de doença ocular. A Itália registrou o maior percentual de pessoas com problemas de visão (84%) e a Índia, em contrapartida, só trouxe 44% de relatos. A miopia aparece como a doença mais comum, em 30% dos entrevistados, com exceção da Índia (11%), onde o cansaço visual foi predominante. No Brasil, a miopia apareceu em 37% dos entrevistados e o astigmatismo, em segundo lugar, com 30%.
Crianças e Adolescentes No Brasil, 23% das crianças e adolescentes têm doenças oculares e em 17% dos casos a miopia é também é predominante em crianças. A população canadense relatou a menor porcentagem de crianças com doenças oculares (21%) e a Itália a maior porcentagem (53%). Ou seja, com isso é possível concluir que crianças, adolescentes e adultos italianos têm muitos problemas oculares. O segundo problema de visão mais frequente entre todos os entrevistados é o astigmatismo (8%), seguida da hipermetropia (6%). Na Índia, a doença que mais aparece, também nas crianças, é o cansaço visual, com 13% de relatos.
A claridade irrita os olhos?
Fonte: Agência Ideal
Acção de Formação em Orientação e Mobilidade 1.º momento: A ACAPO organiza em Lisboa - de 5 a 9 de Setembro 2011 - o 1.º momento de uma Acção de Formação de 60 horas em Orientação e Mobilidade, dirigida a Professores do Ensino Especial. Peter Colwell é o formador. Informações no site da ACAPO.
Universidade de Coimbra cria 2 de Agosto, 2011
«Permite não só acompanharem com mais pormenor as explicações dadas pelos técnicos, mas também guardarem consigo a história e os monumentos e usufruírem de repetidas leituras, saboreando este circuito turístico», afirmou. O roteiro em braille está disponível ao mesmo preço (2,5 euros) do guia turístico normal, tendo sido produzidos, nesta fase, apenas 12 exemplares, seis em português e outros tantos em inglês. «O roteiro é uma inovação mas, para já, não temos necessidade de uma produção em série. A procura ainda é uma incógnita. Se se revelar necessário, serão disponibilizados mais exemplares», disse Maria Isabel Teixeira. Todos os anos cerca de 500 mil turistas de diversas proveniências visitam o Paço das Escolas da Universidade de Coimbra, num circuito que inclui, entre outros espaços, visitas à Sala dos Capelos, Torre, Biblioteca Joanina Capela de São Miguel ou a Prisão Académica. Lusa/SOL
Campanha "Eu já sei"
Numa primeira fase, a campanha está disponível nos suportes imprensa escrita, televisão e redes sociais. Conheça o anúncio AQUI.
Especialistas ensinam a escolher Oftalmologistas são unânimes: produtos de má qualidade são mais danosos do que não se proteger. As vendas de óculos de sol estão aumentando não só por conta das férias de verão que se aproximam, mas também por causa do Natal. Segundo o diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, de São Paulo, Renato Neves, enquanto se procura combater a pirataria, que responde por 40% do mercado ótico, uma parcela da população segue fazendo suas escolhas pelo preço, pondo em risco a saúde dos olhos. — Óculos de sol são, antes de tudo, uma questão de prevenção. As pessoas devem cultivar mais o hábito de não sair de casa antes de passar protetor solar e colocar seus óculos de sol, ainda que o dia esteja meio chuvoso. Só não adianta economizar muito, porque os modelos que não contam com proteção contra os raios ultravioleta podem ser até mais prejudiciais à visão do que sair de casa sem óculos — diz. Neves adverte ainda que, além de fazer uso de bons óculos de sol em quaisquer circunstâncias, é importante lavar os olhos com bastante água durante o dia e pingar algumas gotas de lágrima artificial para limpar o globo ocular e prevenir doenças. — Esse hábito é especialmente recomendado para quem passa muitas horas diante do computador ou dos livros, e também para quem mora em cidades com alto índice de poluição — explica. O especialista revela que na hora de optar por um modelo é essencial que se esteja atento à cobertura dos olhos proporcionada pelo óculos, à qualidade da lente e à sua cor. — Aproveite que a moda está sugerindo as lentes grandes e arredondadas, que proporcionam maior cobertura à área dos olhos. Quanto à cor das lentes, as verdes e castanhas são opções mais acertadas em relação a contraste e profundidade. Evite as pretas e coloridas, a não ser à noite, quando as lentes amarelas melhoram a visão dos motoristas — aconselha. Para o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do trânsito e membro da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) dirigir contra o sol, sem proteger os olhos, é uma causa frequente de acidentes porque diminui a visibilidade. — A claridade do verão acentua o problema que é mais intenso em quem tem fotofobia, ou seja, quem sofre com a aversão à luz — afirma, ressaltando que em algumas pessoas a alteração não indica doenças. Em outras, no entanto, ela pode estar relacionada ao astigmatismo, irregularidade da superfície da córnea que torna as imagens desfocadas, inflamações nas porções posteriores dos olhos ou a medicamentos que aumentam a sensibilidade à luz. — Independentemente da causa o único remédio é usar óculos escuros ou optar por lentes fotossensíveis que filtram a radiação, escurecem e clareiam conforme a luminosidade — ressalta. Queiroz lista algumas dicas para não errar na hora de escolher os óculos: :: óculos sem filtro solar são mais prejudiciais que a falta deles. Isso porque dilatam a pupila e fazem entrar mais radiação nos olhos. Isso aumenta o risco de catarata, maior causa de cegueira tratável, e lesões na retina que ainda não têm tratamento eficaz. :: opte por lentes resistentes a impactos. Um estudo conduzido na Espanha mostra que o disparo do airbag eleva o risco de perfuração ocular entre pessoas que viajam sem óculos e dobram o perigo entre as que usam lentes de cristal. Para proteger os olhos no trânsito a melhor opção são as lentes inquebráveis de policarbonato. :: A cor da lente identifica os benefícios que ela traz aos seus olhos:
Estudo Internacional revela falta de conhecimento João António Cândido Tavares
A Transitions Optical, líder mundial em lentes fotocromáticas, acaba de divulgar as conclusões do seu mais recente estudo sobre saúde visual, realizado pela Ipsos Health a cerca de 8000 pessoas em oito países (França, Holanda, Espanha, Portugal, África do Sul, Alemanha, Inglaterra e Itália). Este estudo conclui que apenas 15% dos portugueses reconhece os perigos dos raios UV para a saúde visual. Quando questionados sobre os efeitos dos raios UV na saúde, 67% dos portugueses responderam que aumentam o risco do cancro de pele, 17% responderam que podem levar a um envelhecimento precoce da pele e apenas 15% responderam que podem provocar lesões oculares. Estes são dados preocupantes uma vez que as pesquisas revelam que os danos resultantes de uma exposição prolongada aos raios UVA e UVB (os danos da exposição UV são cumulativos, aumentando cada vez que os olhos são expostos ao sol) podem contribuir para problemas visuais a curto prazo e lesões ou doenças oculares graves relacionadas com a idade, incluindo cataratas. A radiação UV pode igualmente contribuir para a degenerescência macular, a principal causa de cegueira em pessoas com mais de 60 anos, causar a queimadura solar da superfície dos olhos, uma situação denominada fotoqueratite e provocar formações amareladas da superfície ocular conhecidas por pingéculas e pterígio. A nível mundial cerca de 16 de milhões de pessoas estão actualmente cegas devidos às cataratas, a Organização Mundial de Saúde estima que 20% destes casos se devem à exposição aos raios UV. Quando questionados sobre o que fazem para proteger a visão dos raios UV 67% dos portugueses responderam que usam óculos de sol com protecção UV, 18% responderam que usam óculos com lentes fotocromáticas e 13% dizem que não fazem nada em particular. Segundo os especialistas de facto é muito importante utilizar óculos com lentes com protecção UV para proteger a visão. As lentes sem protecção UV fazem com que a pupila dilate chegando assim mais radiação ao olho e aumentando a probabilidade de lesões. Também aqui se pode concluir que os portugueses não estão ainda conscientes dos perigos dos raios UV pois apenas 8% utilizam óculos com lentes claras com protecção UV apesar de 70% responderem que usam lentes de contacto ou óculos com graduação. Segundo Miguel Machado, Trade Manager da Transitions Optical: “Os Portugueses ainda não estão conscientes da importância e dos benefícios de utilizarem lentes com protecção UV no dia-a-dia como por exemplo as lentes Transitions. Pensadas para serem utilizadas em ambientes interiores e exteriores as lentes Transitions são lentes claras em ambientes interiores e à noite. No exterior escurecem de acordo com a intensidade da luz e adaptam-se às variações das condições de luminosidade para assim oferecerem uma visão mais confortável e reduzirem o encandeamento e a fadiga ocular. Para além disto bloqueiam 100% dos raios UVA e UVB”. O estudo da Transitions Optical questionou depois os portugueses em que ocasião fizeram o seu primeiro check-up à visão, aqui 50% responderam que fizeram o primeiro teste à visão porque tinham problemas em ver, 22% responderam que fizeram os testes para um controlo regular da saúde visual e 5% reponderam que nunca fizeram um check up à visão. Por outro lado quando questionados sobre a idade que tinham quando fizeram o primeiro teste à visão, 45% dos portugueses responderam que tinham 20 ou mais anos, 17% que tinham mais de 40 anos e 19% responderam que tinham menos de 10 anos. Contudo quando questionados sobre quando é recomendável fazer o primeiro teste à visão 89% dos portugueses responderam antes da escola (antes dos seis anos) o que demonstra aqui uma contradição. Apesar de terem noção da importância dos testes regulares à visão os portugueses mostram alguma relutância em faze-los. Estes resultados são inquietantes pois muitos problemas de visão ou dos olhos não tem sinais óbvios ou sintomas e por isso é provável que existam mesmo sem serem diagnosticados. A Organização Mundial de Saúde estima que 15% das crianças a nível mundial tem problemas de visão não diagnosticados ou não corrigidos dai a grande importância da realização de exames visuais regulares. Segundo a Organização Mundial de Saúde estima-se que existem 153 milhões de pessoas com deficiências visuais devido a erros refractivos não corrigidos. Um simples teste aos olhos, uns óculos ou lentes de contacto podem fazer uma enorme diferença nas vidas de mais de 150 milhões de pessoas que sofrem de problemas de visão. A OMS calcula que a cada cinco segundos uma pessoa fica cega no mundo e que cerca de 161 milhões de pessoas em todo o mundo são deficientes visuais devido a doenças oftalmológicas como as cataratas, glaucoma ou degeneração macular. Contudo 75% dos casos de doenças relacionadas com a cegueira a nível mundial são potencialmente evitáveis ou passíveis de tratamento. Problemas graves de visão como o glaucoma, conhecido como o “ladrão de visão silencioso”, podem ser diagnosticado através de um exame, daí a importância do diagnóstico atempado e do tratamento para manter a saúde visual. Finalmente o estudo concluiu que os portugueses são o povo que mais tempo passa ao ar livre dai ser bastante importante tomaram medidas para proteger os olhos dos raios UV. Quando questionados acerca do número de horas durante a semana que passam ao ar livre durante as diversas actividades (jogging, compras, levar as crianças à escola, ciclismo, ir para o trabalho etc...) 57% dos portugueses responderam que passam mais de 15 horas ao ar livre por semana. O que faz dos portugueses o povo que passa mais tempo ao ar livre entre os 8 países onde foi feito o estudo. Seguem-se depois os espanhóis (49% diz que passam mais de 15 horas por semana ao ar livre) e os sul-africanos (48% diz que passam mais de 15 horas ao ar livre). Segue-se depois a Inglaterra e a Alemanha com 41% e a Holanda com 28%. Durante o fim-de-semana a tendência mantêm-se: 38% dos portugueses dizem que passam mais de 10 horas ao livre (compras, desporto etc...), seguindo-se a Espanha com 28%, a Inglaterra com 25%, a Alemanha com 19% e a Holanda com 10. Em média os Portugueses dizem que passam 12 horas ao ar livre durante o fim-de-semana, seguindo-se a Espanha e a Inglaterra com 10 horas, a Alemanha e África do sul com 8 e a Holanda com 6. A média entre os países europeus é de 9 horas o que faz dos portugueses o povo que mais horas passam ao ar livre. Durante a semana os portugueses em média passam 28 horas ao ar livre, seguindo-se os espanhóis e sul-africanos com 21 horas, e a Alemanha e Inglaterra com 18 horas. A média entre os países europeus é de 20 horas. Juntando o fim-de-semana com os dias de semana os portugueses passam em média 40 horas ao ar livre, seguindo-se os espanhóis com 30 horas, os sul-africanos com 29 horas, os ingleses com 27 horas, os alemães com 26 horas e os holandeses com 20 horas.
O que vê um turista cego? Felipe Datt
Qual é sua cidade favorita?
Mas se tivesse de escolher uma cidade...
Como você se orienta?
O que achou do Brasil?
Você já sentiu medo de viajar sozinho?
Especialista em musicografia braille 15-07-11 Dolores Tomé, professora de música para deficientes visuais, na Escola de Música de Brasília (Brasil) e especialista em Musicografia Braille e Educação Musical para cegos, esteve nos últimos dois dias de visita à Escola de Música da Câmara Municipal de Vidigueira. A deslocação pretendeu divulgar metodologias e material pedagógico para a aprendizagem da música, “de forma a que esta possa ser uma grande aliada na inclusão social de pessoas deficientes visuais”, revela a Câmara.
Formação em acessibilidade electrónica 2011-07-13
A acção de formação decorrerá no dia 14 de Setembro de 2011 e destina-se a técnicos de comunicação audiovisual, técnicos da administração pública (central e local), estudantes do ensino superior e Organizações Não Governamentais da área da informação e da comunicação. Em comunicado o INR explica que a formação visa dar aos participantes condições para «desenvolver uma página Web e estruturar os seus diversos elementos de acordo com as Directrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web do Consórcio World Wide Web». A participação é gratuita, mas tem que ser efectuada uma inscrição prévia. Fonte: i-Gov
Pesquisadores britânicos criam óculos Daniel Pavani 06/07/2011
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, desenvolveram um novo tipo de tecnologia que pode auxiliar na qualidade de vida de pessoas com
deficiência visual. Uma espécie de “óculos biônicos” possuem inúmeros sensores e tecnologia de ponta para transmitir as imagens.
Petição Pública em defesa da manutenção do regime de deduções fiscais, em sede de IRS, relativo às despesas de saúde e educação de cidadãos com necessidades educativas especiais, deficiência ou incapacidade
Para Suas Excelências: Nos termos do disposto no artigo 52.º da Constituição da República Portuguesa, no artigo 232.º do Regimento da Assembleia da República e na Lei nº 43/90, de 10 de Agosto, alterada pela Lei nº 6/93, de 1 de Março, pela Lei nº 15/2003, de 4 de Junho e pela Lei n.º 45/07 de 24 de Agosto, os pais, familiares e amigos de cidadãos com necessidades educativas especiais (NEE), deficiência ou incapacidade, vêm apresentar a V.Ex.as a seguinte petição, nos termos e com o enquadramento que se passa a expor. O memorando de entendimento assinado entre o Governo Português e o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE), prevê uma redução dos benefícios e deduções fiscais em sede de IRS através, designadamente, da definição de limites máximos para as deduções fiscais e de limites máximos para cada categoria de dedução fiscal, incluindo a introdução de um limite máximo para as despesas de saúde. O memorando é omisso no que se refere ao regime a aplicar às pessoas com NEE, deficiência ou incapacidade. Os cidadãos com NEE, deficiência ou incapacidade carecem de intervenções e assistência especializada multidisciplinar, designadamente, terapêutica medicamentosa, intervenções socio-educativas de carácter continuado e de ajudas técnicas. Sucede que diversos tipos de intervenções e de assistência indispensáveis ao desenvolvimento e integração na sociedade daqueles cidadãos não estão disponíveis no sistema nacional de saúde e no sistema público de educação ou, em muitos casos, estes sistemas públicos não estão dotados de capacidade suficiente para dar resposta a todos os pedidos de intervenção, em tempo de colmatar cabalmente as necessidades vitais e tão particulares de acompanhamento precoce e contínuo dos cidadãos com (NEE), deficiência ou incapacidade, independentemente da idade. Perante este enquadramento, os próprios ou, na maioria, as suas famílias vêem-se obrigadas a custear directamente as intervenções multidisciplinares, bem como outros recursos fundamentais à sua reabilitação e inclusão. Até à data, o regime de deduções fiscais, aplicável a estes cidadãos, permite a dedução, em sede de IRS, de 30% do valor total de despesas com saúde e educação, sendo que aqueles com incapacidade superior a 60%, reconhecida por junta médica, têm uma majoração adicional. Esta é a única via de reconhecimento público por parte da administração fiscal e da segurança social das avultadas despesas em que os cidadãos com NEE, deficiência ou incapacidade ou as suas famílias se vêem obrigados incorrer, por comparação com os restantes cidadãos, para suprir as limitações e carências específicas, inadiáveis e vitais, dos mesmos e para as quais, como aludido, não encontram resposta adequada nos sistemas públicos de saúde e educação. Com efeito, para muitas famílias o reembolso fiscal é a única forma de obterem alguma compensação do Estado pelo investimento que realizam para proporcionar aos seus dependentes com deficiência as condições indispensáveis ao seu desenvolvimento e integração na sociedade. Não é demais salientar que, em função dos direitos de acesso à educação e à protecção na saúde previstos constitucionalmente, tal investimento deveria ser directamente assegurado pelo Estado, mas, na prática, tal continua longe de ser uma realidade, sem prejuízo do reconhecimento da sua importância e dos esforços que têm vindo a ser desenvolvidos a nível público. Ora, não se pode considerar aceitável que, a acrescer ao apoio público directo manifestamente desajustado e insuficiente que se verifica actualmente, se venha ainda a limitar as deduções, em sede de IRS, relativas às despesas de educação e saúde destes cidadãos, motivadas pela sua deficiência ou incapacidade. Assim, a limitação das deduções fiscais com as despesas de saúde e educação, agravaria ainda mais a desigualdade e a discriminação a que estão actualmente sujeitos estes cidadãos e as suas famílias, no que respeita à prestação dos cuidados de saúde e educação de que carecem. Mais, e mais grave ainda, esta medida iria potenciar o afastamento de milhares de crianças e jovens, bem como de inúmeros adultos, de um processo de reabilitação e inclusão a que têm direito, condenando-os a uma situação de exclusão que a todos os títulos é reprovável e indesejável, o que contraria, ainda, o postulado na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificado por Portugal. Os subscritores da presente petição entendem que, no mínimo, deverá manter-se o actual regime de deduções fiscais, em sede de IRS, relativo às despesas de educação e de saúde relacionadas com cidadãos com NEE, deficiência ou incapacidade, de forma a minorar o agravamento das já profundas desigualdades sociais existentes no que respeita a estes cidadãos, as quais se acentuarão, naturalmente, com a aplicação das medidas decorrentes da concretização das restantes orientações constantes no memorando.
Pelo exposto, a Dar Resposta, um movimento de pais, familiares e amigos de cidadãos com deficiência, solicita a intervenção de Vªs Ex.as no sentido de garantir que no âmbito da actividade legislativa, nomeadamente na que se irá desenvolver
proximamente para implementar as medidas acordadas pelo Governo Português, o FMI, BCE e CE, fique clara e inequivocamente previsto que se mantém, no mínimo, o actual regime de deduções fiscais aplicável, em sede de IRS, aos cidadãos com
necessidades educativas especiais, deficiência ou incapacidade.
Aprenda inglês gratuitamente
Os cursos têm uma duração de 40 horas, e terão lugar de 3 a 31 de Agosto ou de 5 a 30 de Setembro, sendo repartidos por duas horas diárias, de segunda a sexta-feira. O horário varia de acordo com o nível de conhecimentos do aluno e da escola onde as aulas são ministradas. Serão aceites as primeiras seis candidaturas de associados efectivos, com quotas em dia, que tenham concluído comprovadamente o 12.º ano e que possuam autonomia na leitura e escrita em sala de aula. Daremos ainda prioridade aos associados que não tenham participado em quaisquer cursos de línguas estrangeiras realizados anteriormente ao abrigo de protocolos estabelecidos com a ACAPO. Os associados interessados deverão contactar Susana Venâncio, na Direcção Nacional da ACAPO, a partir das 10h00, do dia 11 de Julho, através do telefone 21 324 45 29. Salientamos que não serão aceites inscrições feitas por outro meio que não o telefone. As inscrições estarão abertas até preenchimento total das vagas.
Fonte: LERPARAVER
Um futuro sem visão Danielle Batist
30.06.2011
A estrada para a cabana da família Kometi é esburacada e cheia de mato alto de ambos os lados. Especialmente na estação das chuvas o ajuntamento é de difícil acesso, localizado a seis quilómetros da estrada principal. Contam os mitos urbanos que grupos de ajuda humanitária já ficaram atolados na lama e tiveram de passar a noite no carro, enquanto as hienas esperavam no mato. Ainda assim, esse motivo não impede que o terapeuta ocupacional Andrew Maina faça esse caminho, pelo menos, duas vezes por semana. Ele tem uma boa razão. E iria sempre - nem que tivesse que fazer a caminhada a pé. A razão torna-se clara assim que Maina entra no aglomerado desértico. Caminha até a uma das cabanas enlamaçadas e ajoelha-se. A sua voz tem um tom baixo e gentil quando fala. "Razigi, está aí?" Depois de alguns segundos, um rapaz tímido de 13 anos aparece na porta feita de barro. Veste uma T-shirt simples e amarela que está rasgada de um lado, e uns calções já rotos. Os pés descalços estão cobertos da areia vermelha. Assim que aparece lentamente, passa uma das mãos pela palha da cabana. A outra mão segura num bambu grosso. Os seus olhos parecem vidrados e sem vida. Razigi Kometi é cego. Maina segura-o pela mão e leva-o para a área de refeição coberta dentro da cabana. Sentam-se num banquinho ao lado do fogão de lenha. Andrew coloca uma caneta numa mesinha feita de bambu e pergunta se Razigi consegue encontrar o objeto. O rapaz coloca as palmas das suas mãos na mesa e procura o objeto até que sua pele toca a caneta. Apanha o objeto e segura com as duas mãos. É a primeira vez nessa visita, que Razigi fala: "Caneta". Maina responde com palavras encorajadoras e coloca na mesa o outro objeto. É um simples exercício como este, o terapeuta explica mais tarde, que será valioso para o futuro de Razigi. "Estamos apenas no começo do treino. Ele precisa de ter o conhecimento básico para se proteger de acidentes. Estamos a ensinar métodos de como usar o dorso da mão para procurar objetos antes de os apanhar, para que não corte os dedos. Segurança é nossa prioridade, mas o nosso trabalho maior é tentar dar-lhe a sua confiança de volta." Durante a infância de Razigi, muitos eventos contribuíram para a sua insegurança. Cresceu numa vila pequena de Lui, numa das áreas mais pobres do sul do Sudão massacrada pela guerra. A sua infância foi marcada por conflitos entre o norte, predominantemente muçulmano, e o catolicismo e as religiões tribais, que dominavam o sul, quando os soldados do governo e os rebeldes do Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA) se enfrentaram numa das mais longas guerras civis da África. Um acordo de paz foi assinado em 2005, quando Razigi tinha sete anos de idade. A sua mãe, Mary, achou que o fim da guerra traria uma nova vida para ela e para os seus oito filhos, mas o desastre aconteceu novamente. Embora o rio Nilo esteja longe da vila, a família Kometi sabia dos seus perigos. Beber a água poderia tornar uma pessoa doente e o afogamento era um risco real para os que viviam perto do rio. E também existiam os parasitas que se multiplicavam no Nilo, sendo um dos mais ameaçadores uma filária responsável por uma doença chamada oncocercose, ou cegueira dos rios. Mais de 37 milhões de pessoas estão infetadas e 99 por cento dos casos encontram-se nas comunidades pobres e rurais africanas. A doença causa lesões dermatológicas e secreções oculares que podem levar à cegueira. Razigi e sua mãe desenvolveram a doença. Se for detetada e tratada a tempo, a cegueira pode ser evitada mas o centro médico da área estava sem medicamentos. Quando os colegas de Maina que fazem parte da SEM, organização que lida com deficiências do sul do Sudão, entraram em contato com a família Kometi, já Razigi e Mary tinham perdido a vista.
Essas são as heranças escondidas da guerra civil, diz Maina. "Quando as pessoas pensam na guerra civil, geralmente imaginam ferimentos por tiros ou deficiências provocadas pelas minas. Não pensam em todas as doenças ou mortes que poderiam ser evitadas se o tratamento certo estivesse disponível. A guerra parou quase todo o desenvolvimento aqui. Muitas das deficiências dos nossos doentes estão diretamente relacionadas com a falta completa de medicamentos durante e depois da guerra." Estima-se que 3,2 por cento da população do sul do Sudão seja cega - um valor excecionalmente alto até para a África. Muitos casos estão relacionados com infeções de parasitas, que geralmente podem ser prevenidas. No caso de Razigi e muitas outras famílias nos Estados da Equatória Oeste e Central, era quase impossível não ter contacto com a filária. Maina explica: "Durante a guerra, disseram-lhes que eles deveriam ficar perto da água para sobreviverem. Eles comeram os peixes e beberam a água. Mas foi o mesmo rio que os tornou cegos." Por ter crescido na guerra e na pobreza extrema, Razigi nunca teve uma vida livre, mas perder sua visão fê-lo sofrer de tal modo que os trabalhadores da ajuda humanitária consideraram um nível ‘preocupante'. Quando a equipa da SEM começou a trabalhar com ele, Razigi geralmente recusava-se a sair da sua cabana. Tentativas de o ensinar a usar uma bengala enfureciam-no a ponto de a deitar fora. As coisas começaram a ficar ainda mais difíceis quando todos os parentes mais jovens de Razigi começaram a ir para a escola. De repente, ele estava sozinho no aglomerado, com ninguém para brincar ou nada para fazer. Com o apoio do Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID) e da Ajuda Humanitária Internacional Católica Escocesa (SCIAF), a SEM está a ajudar 6.500 pessoas nas áreas rurais em três regiões. Além das dificuldades logísticas, a equipa também sofre pressão para apoiar pessoas com todos os tipos de deficiência. A falta de apoio adequado do governo significa que a SEM - como uma das poucas organizações do campo - tem de apoiar pacientes com uma grande variedade de deficiências visuais ou físicas. Geralmente é uma questão de aprendizagem do trabalho, já que cada caso é diferente. Um fator que complica a situação no Sudão é o trauma causado pela guerra em muitas pessoas, diz Maina. No Quénia, o seu país de origem e o lugar onde recebe treino, as crianças em particular são convenciadas a comportarem-se ‘de acordo com as regras'; de uma forma espontânea, infantil. No estado da Equatória Oeste, os seus pacientes jovens geralmente sofrem de ansiedade, medo de barulho e movimentos inesperados e alto nível de stress. Tudo isso fez de Maina uma pessoa ainda mais determinada para fazer o seu trabalho. Na cabana da família Kometi, os esforços e incontáveis horas de treino da equipa da SEM, começaram a surtir efeito. Quando Maina pergunta a Razigi o que é que ele tem feito desde a sua última visita, o rapaz responde timidamente: "Lavei as minhas roupas na noite passada." "Isso é muito, muito bom", responde Maina, com um sorriso enorme. E diz para o seu colega de trabalho, quando Razigi volta para dentro da cabana: "Isso é um marco." Treino de orientação e mobilidade são essenciais para o desenvolvimento de uma pessoa cega e o apoio da família nesse processo é crucial. Maina e o seu colega de trabalho querem trabalhar mais com a mãe de Razigi, ensinando-a a apoiar seu filho e a si mesma. Entretanto, a falta de recursos faz com que a atenção deles se volte para o rapaz. Uma tia que vive com a família ajuda-os quando os terapeutas não estão presentes.
Com a independência finalmente à porta, muitos sudaneses do Sul sentem-se esperançosos com a nova nação. Embora ainda exista a disputa para se conseguir terra e petróleo nas fronteiras, o presidente do sul do Sudão, Salva Kiir, está determinado a evitar qualquer ação que coloque em risco a independência tão esperada. O seu partido, SPLM (braço político do SPLA), prometeu um desenvolvimento democrático, mas os desafios são enormes. Um estudo feito pelo Banco Mundial em 2010 afirma que 85 por cento dos cidadãos do sul do Sudão vivem abaixo da linha de pobreza, o que compara com 46 por cento no norte. A esperança de vida é de 58,5 anos, mas a distribuição injusta de capital e a falta de consistência no desenvolvimento no sul significa que a situação real da nova nação é até mais sombria. Será um caminho longo até que o apoio adequado do governo comece a aparecer, considerando que o país terá que começar do zero em todos os sentidos. As instituições de caridade e igrejas, no entretanto, dão passos pequenos para melhorar a vida de alguns numa das nações mais vulneráveis. Com um pouco de sorte, a escola em Lui talvez consiga ensinar o braille básico a Razigi no próximo ano. Um professor já expressou interesse e a SEM está à procura de outras alternativas para conseguir encontrar fundos para o treino. Também esperam conseguir alguns brinquedos especiais como uma bola com um sino dentro. O futebol era o desporto favorito de Razigi. Atrás das duas cabanas feitas de barro que formam o lugar onde a família Kometi vive, existe um caminho estreito. Tem apenas alguns metros, mas quando Razigi se tornou cego o caminho tornou-se interminável para ele. No fundo do caminho, vive um dos seus dois únicos amigos. Razigi conhecia esse caminho como a palma da mão, mas sem a capacidade de ver, tem medo de deixar a sua cabana. No fim de cada visita, Maina e Razigi percorrem o caminho juntos, indo cada vez mais longe. Razigi vai atrás, tocando no mato à direita e à esquerda com o seu graveto para que saiba que está no caminho certo. Conta os passos até ao número que contou da última vez. Nessa altura, Maina coloca a sua mão nos ombros de Razigi, encorajando-o a andar mais alguns passos antes de regressar. Esperam chegar ao fim do caminho dentro de alguns meses. * Esta é a primeira de uma série de reportagens sobre a independência do sul do Sudão, que o Street News Service realizou e disponibiliza gratuitamente para vários órgãos de comunicação no mundo inteiro. Em Portugal, a RTP publicará em exclusivo estas reportagens. Para fazer uma doação ao trabalho da Cáritas no Sudão e no mundo inteiro, visite www.caritas.pt ou ligue 21 84 54 220.
ACAPO dá-lhe mais pedalada 17/06/2011
A ACAPO e a Sports dão-lhe a possibilidade de participar nas edições de Lisboa e do Porto do Bike Tour, respectivamente, nos dias 26 de Junho e 31 de Julho.
IEFP passa a dar mais apoios a Cristina Oliveira da Silva 16/06/11
O IEFP vai passar a financiar, até 100%, a construção, equipamento e instalação de centros de emprego protegidos, que empregam pessoas com deficiência ou incapacidade.
A Retinopatia Diabética marca o Amanhã, dia 16 de Junho de 2011 a AIBILI organiza o primeiro encontro anual em Coimbra com as duas instituições reconhecidas como C-TRACER Champalimaud Translational Centre for Eye Research pela Fundação Champalimaud: o L.V. Prasad Eye Institute da Índia e a AIBILI. Este simpósio assinala o início de um estudo conjunto entre a AIBILI e o L. V. Prasad Eye Institute na área da retinopatia diabética, com caracterização das fases iniciais da retinopatia diabética e estudo sobre doentes que progridem rapidamente para perda de visão na diabetes, utilizando métodos originais. No que respeita à parte anterior do globo ocular os tratamentos com células estaminais trazem novas soluções terapêuticas para as alterações da córnea e serão objecto de actividades de investigação em que o Serviço de Oftalmologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, o L.V. Prasad Eye Institute e o Departamento de Oftalmologia da Universidade de São Paulo estarão envolvidos.
Os convidados internacionais deste simpósio são o Prof. Balasubramanian, director de investigação do L. V. Prasad Eye Institute na Índia, com trabalho reconhecido na investigação das células estaminais e sua aplicação ao tratamento das
doenças da córnea e o Prof. Rubens Belfort, director do Serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário de São Paulo no Brasil, que também se dedica a esta área de investigação.
II Seminário Ibérico
Dando continuidade às iniciativas de anos anteriores, o Agrupamento de Escolas de Maximinos e a Escola Secundária Carlos Amarante, escolas de referência para alunos cegos e com baixa visão do distrito de Braga, vão realizar o II Seminário Ibérico - Percursos em Educação Especial. Com este evento pretende-se criar um espaço de partilha e de reflexão aberto a toda a comunidade, contribuindo para a construção de práticas educativas que respeitem a diversidade e promovam a colaboração entre todos aqueles que a seu cargo têm esta responsabilidade.
08.07.2011 - Avaliação e Intervenção Educativa na Baixa Visão Bateria da avaliação funcional da visão da ML Leonhardt - Psicóloga Mercè Leonhardt da Universidade de Barcelona 11:30 A importância da avaliação funcional da visão na organização do desenho curricular - Mestre Joaquin Herrera da IOBA da Universidade de Valladolid 14:30 Painel II - Avaliação clínica e funcional na baixa visão -Moderador: Dr. Fernando Vaz, Director do Serviço de Oftalmologia do Hospital de Braga
Percursos e desafios de uma escola de referência - Dra. Diana Santos da AE Maximinos 16:30 Contributo clínico na avaliação das situações do funcionamento visual - Dra. Sandra Guimarães - Hospital de Braga
O imaginário dos afectos nos alunos com deficiências / incapacidades - Dra. Helena Ferreira - AE Maximinos
11:00 Educação para a sexualidade e para os afectos - “Coisas a aprender no colo da minha mãe(?)” - Professora Doutora Zélia Caçadora da Universidade do Minho
12:45 Sessão de Encerramento
Bengala do futuro vem com GPS embutido
A E-Touch traz um mapa e guia o deficiente visual com instruções, via Bluetooth, para um fone de ouvido [24 de Maio de 2011] Os designers Messizon Li e Fan Yang criaram um protótipo de uma bengala do futuro, que usa tecnologia de ponta para aprimorar algo que pouco evoluiu durante os anos. O projeto da dupla foi divulgado no site-referência Yanko Design. A bengala é chamada de E-Touch e foi desenvolvida para pessoas com deficiência visual. Portanto, consegue guiar o usuário de acordo com informações enviadas por um GPS embutido. Com um espaço para cartão SD, a bengala pode armazenar mapas e transmitir, via Bluetooth, as instruções de caminho para um fone de ouvido. Então, assim que o mapa é carregado e o destino do usuário é digitado, basta a pessoa seguir as intruções para chegar ao local de destino sem nenhum problema, pois o aparelho ainda possui detector de espaço. Fonte: Olhar Digital
Pessoas com deficiência:
Coreógrafo brasileiro leva o Baseado no mundo das crianças cegas e nas percepções do não-ver, o coreógrafo potiguar Clébio Oliveira encena, ao lado da argentina Mercedes Appugliese, seu primeiro espetáculo depois que se mudou para a capital alemã. Paixão por Berlim Cores e estrelas
EMA aprova expansão da 07/06/2011 A Novartis anunciou esta segunda-feira que os reguladores europeus expandiram a aprovação do Lucentis® (ranibizumabe) para incluir o tratamento de doentes com deficiência visual por edema macular secundário a oclusão da veia central da
retina (RVO). David Epstein, director da divisão de medicamentos da companhia, referiu que o produto "é a primeira terapia anti-VEGF disponível para doentes com RVO ramo e RVO central”, avança o site FirstWord.
Aldeia de Alijó tem oito residentes cegos 6-06-2011 É um caso invulgar. Em Vale de Agodim, uma aldeia de Alijó há oito invisuais. Os mais idosos viveram durante muitos anos de esmolas e estão na pobreza, dizem que precisam agora de quem tome conta deles. Agora que recebem reforma dizem que não é suficiente para o que mais precisam que é ter alguém que tome conta deles a tempo inteiro.
850 atletas vão fazer de Coimbra a capital
Química - MOLinsight:
O MOLinsight é um portal web que integra software de fonte livre, bem como software de acesso livre aos estudantes, inclui também o NavMol e outros softwares que permitem a interconversão de formatos moleculares para a transformação de estruturas moleculares por utilizadores cegos. O programa NavMol é um novo editor molecular para utilizadores com deficiência visual desenvolvido na FCT-UNL. Este portal enquadra-se no objectivo de promover o ensino das ciências a alunos cegos e grandes e amblíopes e no âmbito do projecto CHEM4ALL -TIC no ensino da química a alunos cegos e grandes e amblíopes.
http://www.facebook.com/pages/Molinsight/108129132599290
Estudo explica por que surdos 3-06-11
Cientistas da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, descobriram por que pessoas que nasceram surdas ou perderam a audição muito novas têm a visão periférica maior. Em artigo publicado no periódico PLoS One, os pesquisadores encontraram
em deficientes auditivos diferenças na distribuição das células do nervo da retina. De acordo com a equipe britânica, é o que lhes permite enxergar mais objetos nos extremos do campo visual e, assim, ter uma melhor percepção do ambiente que
os rodeia.
Inscrições abertas para férias Já estão abertas as inscrições para férias de mães de pessoas com deficiência. Prazo termina a 30 de Junho. A iniciativa decorre pelo sexto ano consecutivo e visa proporcionar às mães de pessoas com deficiência um tempo de descanso e de lazer. Durante uma semana, as mães podem dedicar-se a outras áreas da sua vida, deixando os seus filhos entregues aos cuidados do Santuário de Fátima. Nesta acção a cargo do Santuário de Fátima, a instituição conta com a colaboração de um grupo de voluntários, coordenados pelo Movimento da Mensagem de Fátima. Decorre no Centro de Espiritualidade Francisco e Jacinta Marto, dos Silenciosos Operários da Cruz, instituição localizada Estrada de Torres Novas, adianta a Sala de imprensa do Santuário de Fátima. As inscrições para participação estão abertas e têm como prazo limite o dia 30 de Junho. As famílias devem preencher um questionário e, conforme a idade do filho, candidatar-se a um de três períodos: De 1 a 7 de Agosto e de 24 a 30 de Agosto, para participação de pessoas com deficiência com idades entre os 7 e os 20 anos; e de 1 a 7 de Setembro, destinado a deficientes entre 21 e os 40 anos. O Santuário aceita que algumas mães fiquem com os filhos neste período, ao invés de os deixar esta semana. O programa contempla momentos de celebração da fé e de formação sobre a Mensagem de Fátima e momentos lúdicos, de passeio e de confraternização, refere a Sala de imprensa. Para outras informações, deve ser contactado o Movimento da Mensagem de Fátima, pelo telefone 249 539 679 ou e-mail.
Égua cega tem como guias 5 ovelhas e 5 cabras 24 de Maio de 2011 Sissy, uma égua cega, tem como guias cinco ovelhas e cinco cabras que a seguem para todo o lado, num centro privado de resgate de animais em Montana, Estados Unidos, onde vivem. As cabras e as ovelhas ajudam Sissy a encontrar alimento e a procurar abrigo, nos dias de chuva. Através de email, Michelle Feldstein explicou ao Boas Notícias que, no Deer Haven Ranch, localizado em Montana, ela e o marido acolhem mais de 200 animais com problemas como patos que não voam, gatos sem garras ou lamas “sem abrigo”. Michelle conta que "Sissy chegou, há uma semana, de uma ONG que fechou" no norte da região. O Deer Haven Ranch "acolheu a égua que chegou acompanhada das cinco cabras e ovelhas". Segundo a proprietária do rancho, estes 10 animais nunca se afastam da égua branca. Conduzem Sissy até ao local onde pode comer e beber e guiam-na até ao estábulo, quando chove ou neva. Michelle acrescenta que há outro cavalo cego, no rancho, que tem como guia um velho cavalo de corrida. Michelle e o marido dedicam os seus anos de reformados a este centro, onde recebem apenas animais que outros consideram “inúteis”. Chegam a gastar cerca de 50.000 dólares por ano em alimentação, serviços veterinários, aquecimento dos celeiros, entre outras despesas. A casa de hóspedes que funciona na quinta ajuda a tratar destes animais resgatados.
Sociedade de Oftalmologia defende 25.05.2011 [Lusa] As crianças deviam fazer um primeiro rastreio visual com um ano de idade e pelo menos aos três, todas já deviam ter sido observadas, defende a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO). “O ideal seria todas as crianças serem rastreadas antes do um ano de idade, aos três anos e aos cinco anos. Mas não existe nenhum regime obrigatório e depende muito da sensibilidade dos pais e do médico ou pediatra que segue a criança”, afirma Rita Dinis da Gama, oftalmologista da SPO, que estima que dez por cento precisem de usar óculos. Quanto mais tempo o problema persistir sem ser identificado, pior será o prognóstico: “o mesmo problema detectado aos três ou aos sete anos é de muito mais fácil recuperação aos três”. Hoje em dia as famílias já estão alertadas para a necessidade de um rastreio visual antes da entrada no 1.º ciclo e, por isso mesmo, Rita Gama reconhece que “existem cada vez mais crianças a usar óculos”. Além de rastreios mais precoces, também o aumento de bebés prematuros contribui para o maior recurso a óculos, porque a prematuridade interrompe o desenvolvimento visual na fase intra-uterina. “Mas o ideal seria que todas as crianças conseguissem ir logo aos três anos a um oftalmologista ou ortoptista”, insiste a médica, avisando os pais que não devem delegar a saúde visual dos filhos em optometristas ou ópticas.
Mesmo que os pais estranhem o êxito de um exame oftalmológico a crianças muito pequenas, Rita Gama explica que há métodos que se adaptam à idade: “A aplicação de gotas nos olhos para dilatar a pupila permite ver se o olho é saudável por dentro, bem como se tem necessidade de usar óculos. Independentemente da idade existe sempre maneira de perceber se a criança vê bem ou não”. A especialista admite que é difícil para os educadores aperceberem-se de alguns problemas de visão, que podem dar poucos sinais exteriores. Total desinteresse pela televisão ou demasiada falta de atenção e adesão às actividades podem ser sinal problema ocular. Por outro lado, há mitos associados a deficiência visual e que não fazem sentido, como a aproximação ao ecrã da televisão ou aos livros. “As crianças gostam de se aproximar da TV sem que tenha qualquer significado. E as crianças gostam de exercitar a capacidade de focar uma imagem a uma distância muito curta, ao dobrarem-se em cima de um livro ou caderno”, exemplifica. Também os jogos de computador não fazem mal aos olhos: uma criança com boa visão pode passar muitas horas a jogar sem que isso traga algum prejuízo visual, diz. O problema visual mais frequente nos mais novos é a hipermetropia (em que se vê sempre em esforço), que atinge cerca de 70 por cento dos meninos que usam óculos. Seguem-se a miopia e o astigmatismo. O uso de óculos quando prescritos pelo médico é fundamental, para que o cérebro receba as imagens nas melhores condições. “O desenvolvimento visual não termina quando a criança nasce, termina aos dez anos. Quanto mais cedo forem detectadas as alterações mais fácil é recuperar. Para que o sistema visual se desenvolva, a imagem que chega ao olho tem de ser perfeita, para que o cérebro a consiga processar”, adverte Rita Gama. Diferentes dos problemas visuais (em que o uso de óculos permite à criança passar a ver bem), são as doenças oculares, como o estrabismo, doenças de retina e das vias lacrimais. “Quando existe uma doença ocular, mesmo com óculos a criança não consegue ver bem”, explica a especialista da SPO.
Vermelho da Cor do Céu TSF 19 Maio 2011
Tiago queria ver com olhos um cavalo a correr, porque parado já o viu com as mãos. Alcides não sabe de que cor são os seus olhos porque é como se não existissem. Susana e Rodrigo, casados sem nunca se terem visto, nunca acendem as luzes na casa onde vivem. Ângelo vê com os dedos obras de Picasso e imagina as formas e um mundo que nem Picasso imaginou. Para uns o Sol é azul, da cor do céu. Para outros, as estrelas são candeeiros pendurados no tecto do céu. Para outros ainda, o céu é vermelho ou azul ou sem qualquer cor. «Vermelho da Cor do Céu» é uma grande reportagem de Ana Catarina Santos, com sonoplastia de Luís Borges.
Faça o download aqui: Reportagem%20TSF.zip
Os cegos de Saramago nas ruas da Feira Sara Dias Oliveira
Jogos de Portugal 10 Maio 2011
Os Jogos de Portugal são uma iniciativa da Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência (FPDD) e surgiram da necessidade que o organismo "sentia de comunicar", disse à agência Lusa Leila Marques. "Queríamos poder chegar ao público específico, as pessoas com deficiência, mas também mobilizar a população em geral", explica a presidente da FPDD, acrescentando que a iniciativa é "inspirada nos Jogos Paralímpicos" e será "realizada todos os anos, numa cidade diferente". Leila Marques, actual presidente da FPDD e antiga atleta paralímpica, refere que em Coimbra vai ser possível ter os atletas de alto nível a competirem em 10 modalidades, juntamente com actividades de demonstração. "Só teremos portugueses e queremos mobilizar as famílias dos atletas e a população em geral para se deslocarem ao evento para assistirem a grandes perfomances desportivas e, ao mesmo tempo, perceberem a vida extraordinária destes praticantes", disse. Os Jogos de Portugal vão juntar cerca de 850 atletas das cinco áreas da deficiência, em 10 modalidades: atletismo, natação, boccia, basquetebol em cadeira de rodas, goalball, futebol 7, futsal, ciclismo, remo e slalom. O evento vai ainda proporcionar a demonstração de modalidades como esgrima em cadeira de rodas, judo e tricicleta. Em Coimbra, vão ser utilizadas várias infra-estruturas desportivas, adaptadas às necessidades dos atletas, nas quais as entradas serão gratuitas. Portugal tem tido participações regulares, com várias medalhas conquistadas, em Jogos Paralímpicos e campeonatos do Mundo e da Europa de atletas com deficiência. Os atletas de alto rendimento estão actualmente integrados no projecto de preparação para os Jogos Paralímpicos Londres2012, coordenado pela Comité Paralímpico de Portugal.
Programa ReAT
ElectroSertec As Ajudas Técnicas (agora designadas por "Produtos de Apoio") são aparelhos que se destinam a compensar a perda de alguma funcionalidade causada por uma deficiência ou incapacidade. São exemplos de produtos de apoio, as cadeiras de rodas, as rampas, os computadores com voz ou braille para pessoas cegas, e muitas outras. O preço destes equipamentos é geralmente muito alto para ser suportado pelo próprio. A obtenção de subsídio para a sua compra é um processo demorado e burocrático. Por estes motivos, muitos milhares de pessoas se vêem privados das ajudas de que precisam para o seu dia-a-dia, para estudar ou para trabalhar. Por outro lado, muitos proprietários destes equipamentos já deixaram de os usar, por diversos motivos. Ou porque a sua condição de deficiência se alterou, ou porque adquiriram um produto mais recente, ou por outro motivo. A Electrosertec, como empresa especializada em produtos de apoio, lança o programa ReAT - Reutilização de Ajudas Técnicas destinado à compra e venda de produtos de apoio usados.
Como funciona o ReAT? Quando algum cliente manifestar interesse num determinado produto, a Electrosertec entrará em contacto com o vendedor, para que este envie o produto para ser testado nos nossos serviços técnicos. Se o teste do produto for bem sucedido, a Electrosertec realizará a venda do mesmo, entregando ao vendedor o valor acordado.
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Dê já hoje uma nova vida aos seus produtos de apoio. Para mais informações contacte:
Outra forma de ver
Estas visitas visam tornar o espólio do museu mais acessível e proporcionar aos visitantes uma melhor compreensão das obras de arte e das culturas que as produziram. Cada visita subdivide-se em duas sessões que contemplam uma visita de reconhecimento pelos espaços do museu e outra à exposição permanente “O Egipto no tempo dos faraós”. As próximas actividades estão agendadas para os dias 28 de Abril, 19 de Maio e 16 de Junho e os interessados em participar deverão inscrever-se oito dias antes da realização da visita. O preço do ingresso é de cinco euros e dá acesso às duas sessões para a pessoa cega ou com baixa visão e respectivo acompanhante. Para obter mais informações ou para se inscrever nesta actividade, os interessados deverão contactar a responsável do museu, Rosário Azevedo, através do telefone 217823455 ou do e-mail razevedo@gulbenkian.pt.
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De olhos bem fechados 21/04/2011
Terra da Gente
No escuro, de olhos vendados por uma máscara, ouço a voz do simpático monitor do Jardim Sensorial: Bom dia, seu nome é? Após ouvir o nome de cada visitante, ele se apresenta: Manoel dos Anjos, deficiente visual há 23 anos e, desde 2007, guia do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Junto com outros monitores, também deficientes visuais, ele convida os turistas a participar de um exercício inusitado: privar-se da visão por alguns minutos e percorrer os 12 canteiros de um jardim, tentando reconhecer as plantas sem recorrer à visão. No percurso, o guia nos orienta no deslocamento e nos estimula a explorar os sentidos tato, audição e olfato.
“Luiz, vamos fazer um pequeno passeio, agora, no universo dos cegos, onde você vai descobrir algumas plantas por meio do cheiro e textura. Existem algumas utilizadas na nossa culinária e outras medicinais. E você pode ficar tranquilo que o
nosso chão aqui é todo plano, não existe nada no ar que possa bater em sua cabeça. Pode confiar porque o seu guia aqui já não enxerga absolutamente nada faz 23 anos. Perdi minha visão num acidente de carro. Realizo este trabalho hoje para a
verdadeira inclusão e integração social”, resume Manoel dos Anjos, logo passando à lição sobre o senso de orientação. Tenho de pensar como um deficiente visual, para quem a trilha foi idealizada. A mão direita vai no corrimão de bambu. Se
fosse a esquerda, eu estaria voltando ao ponto de partida. “Maravilha, então vamos cheirar e identificar pelo cheiro”. Habilmente, Manoel pega a minha mão e faz com eu localize a planta. Digo que tem cheiro de tempero. “É, você conhece, com certeza”, avalia. Faço associação com pizza. “Isso, é o orégano!”, confirma Manoel. E ameniza a dificuldade que tive em nomear a espécie, mencionando diferenças entre o tempero já pronto e a planta ao natural.
“Vamos seguir em frente. Agora, Luiz, você vai tocar aqui. Vamos cheirar esse aí também?” Apalpo as folhas e nada de saber de qual planta se trata. “Você não sabe porque não está vendo. É uma planta muito conhecida”, estimula o guia. Acho
que tem cheiro de hortelã e ele diz que não, mas estou perto. “O problema, sabe qual é? Quando você pode ver, você associa tudo à visão. Focou, viu, já tinha visto outras vezes, então já sabe o nome. Aqui no Jardim Sensorial, sem enxergar,
só temos a textura e o cheiro. Quando é seguro, também podemos experimentar o gosto”, explica. “Mas você conhece esta planta, não tenho dúvidas, sinta que cheiro forte, bem gostoso: é manjericão”. “Vamos continuar?”, pergunta Manoel. “Nesta planta aqui eu vou falando porque nós, brasileiros, usamos pouco. É o tomilho. Quer sentir o cheirinho dele?” Não perco tempo e vou tateando para localizar e cheirar as folhinhas. Esbarro a mão numa placa e Manoel aproveita a deixa: “Esta placa tem um lado escrito a tinta e outro com uns ‘caroços’, para a leitura em Braille (leitura tátil dos deficientes visuais). Não estão todas as informações, mas tem o básico, como o nome mais conhecido e o nome científico de cada espécie”. Continuo a seguir o corrimão e fico feliz ao acertar de primeira o nome da próxima planta, o alecrim. Pelo cheiro, lógico. Se fosse pelo tato, eu passaria longe. Segundo o guia, as plantas mais identificadas pelos visitantes de visão normal são o manjericão e o alecrim, as mais utilizadas na culinária. A visita monitorada avança: “Esta aqui é planta utilizada como incenso para aromatizar a casa, espantar os maus fluidos, acalmar o ambiente. É artemísia, nome consagrado a uma deusa grega”, ensina Manoel. A transformação dos canteiros antes usados como laboratório em um Jardim Sensorial foi uma iniciativa da paisagista Cecília Beatriz da Veiga Soares, há 15 anos. Em um espaço de 200 metros quadrados foram plantadas 42 espécies de plantas de uso ornamental, culinário, medicinal e de perfumaria. A ideia de montar um programa de Educação Ambiental Inclusiva com visitação, como é hoje, surgiu durante o mestrado de Shizue Tamaki, a atual coordenadora. No País, é uma das poucas formas de interação do deficiente visual com a biodiversidade, com acesso fácil e conscientização ecológica. “Bem, Luiz, agora vamos passear pelos canteiros das plantas sem cheiro, vamos apreciá-las pela textura. Perceba a folha da espadinha de São Jorge... Viu que essa é a anã? Aquela que chamamos de gigante é bem maior que essa, nós não temos aqui”, prossegue o guia. “E esta plantinha aqui, que parece um capim. Sinta, coloque a mão, isto é um tempero. Eu poderia até pedir para você mastigar, porque é planta culinária, mas ela vai deixar um gosto muito forte na sua boca e depois você vai brigar comigo. Este é o alho-social. Ao contrário do alho-poró, do qual se usa a raiz, deste alho-social a gente usa a flor e a folha picadinha, igual salsinha”. A viagem pelo jardim é envolvente. “Empresta sua mão aqui, por gentileza”, diz Manoel, já levando meus dedos a tocar em outra planta. “Esta é a mil-folhas, está bem ralinha, mas é bem gotosinha de tatear. Até falo para as meninas que é o rabo de gato, de tão macia”. Mais um passo e encontramos uma suculenta. É uma planta de raiz, talos e folhas largas, com capacidade de armazenar água para dar conta de viver em lugares áridos. É aparentada com os cactos. Demonstro surpresa com os conhecimentos de Manoel e ele me faz uma confissão: “Rapaz, eu tive que aprender tudo isso aqui também, eu não sabia nada disso, não!” Segue apresentando a cavalinha-gigante, boa contra osteoporose e estresse. Depois vem o gengibre-magnífico, ornamental, com o formato de um microfone para quem tateia. Então vem um aviso: “Aqui no finalzinho, o corrimão termina. Levante a mão acima da cabeça e em direção à parede e encontre a trepadeira madressilva”. Quando localizo a planta, Manoel já me coloca diante de mais um desafio, no escuro e sem o corrimão: “Vamos agora, seu Luiz, dar dois passos para a lateral esquerda... Aí, isso! Achou umas folhas peludas já? São de confrei. Hoje não se usa mais o chá, foi proibido porque a planta tem uma substância tóxica. Só se usa para banhar e como pomada cicatrizante”. Os dois passos sem apoio me deixaram inseguro e o guia ainda me propõe andar mais, seguindo apenas sua voz. Para não me embaraçar muito, ele dá a dica: “Dê seus passos tocando a mão nas folhas das plantas como referência”. Então pergunta se sei em que estou pisando. Tenho a sensação de estar andando sobre um solo coberto por casca de madeira. “Não”, corrige mais uma vez, “é raspa de pneu. É o nosso agradecimento à Michelin, empresa patrocinadora do Jardim Sensorial”. Os pedaços de borracha protegem e proporcionam estímulos ao visitante, que tira o calçado para percorrer todo o trajeto. Existem ainda pinos em baixo relevo, na entrada e no piso direcional, que são formas táteis de orientação às pessoas cegas. “Venha, vou falando e você dá passos no meu rumo. E ouça já um barulhinho d'água. Esta é a nossa fonte, no centro do jardim. Temos aqui plantas aquáticas como o aguapé, a gigoga, o pinheirinho d'água e a ninféia”, enumera o guia. Toco a água fresquinha da fonte, enquanto ele anuncia o fim do passeio: “Aqui você tira a venda, que pode ficar de lembrança, é descartável. E abra os olhos bem devagar”. Um clarão ilumina a incrível experiência pela qual passei. Saio convencido de que, antes, não enxergava um palmo adiante do nariz. E penso em acrescentar mais nomes a esse meu guia. Não pode ser só Manoel dos Anjos, tem que ser dos Santos também, de todos os santos. O homem é a superação em pessoa...
Só em 2008, o projeto Jardim Sensorial recebeu mais de 12 mil visitantes do Brasil e do Exterior. Segundo a coordenadora, Shizue Tamaki, algumas pessoas até duvidam que os guias sejam realmente cegos, acreditam se tratar de uma representação teatral. Mas os principais atores são mesmo deficientes visuais: Manoel dos Anjos ficou cego há 23 anos, devido a um acidente de carro. Rose Queiroz é cega desde os 12 anos. Márcia Mariza perdeu a visão na infância. E Vanda Freitas nasceu cega. Fora dos horários de visita no Jardim Botânico, Manoel coordena o projeto Anjos da Visão; Rose é escultora e professora de cerâmica; Márcia é atriz, produtora cultural e funcionária de uma concessionária de energia, e Vanda é massoterapeuta. Entidades das cidades de Uberlândia (MG) e Bauru (SP) já manifestaram interesse em implantar projetos semelhantes. E não faltam ideias para a renovação constante do projeto original, com a introdução de novas espécies de plantas e outras experiências sensoriais.
Veja o calendário de visitas guiadas ao Jardim Sensorial no site do Jardim Botânico do Rio de Janeiro: www.jbrj.gov.br. O agendamento pode ser feito por telefone: (21) 8159-0966 ou por e-mail: jardimsensorial@gmail.com. As visitas individuais ou em pequenos grupos são realizadas 6 vezes por mês, das 9:00 às 15:00 horas. Escolas e outras entidades precisam agendar. A atividade é gratuita e conta com acesso para cadeirantes.
Dia da Mãe:
Prémio BPI Capacitar
Um prémio que irá atribuir 500.000 €: um 1.º prémio cujo montante pode ascender até 200.000 € e distinções até 50.000 € cada, para as restantes candidaturas seleccionadas.
"A criança com cegueira na primeira infância"
II Jornadas de Deficiência Visual
Áreas do cérebro das pessoas cegas Marcos Muniz
O Dr. Olivier Collignon e seus colegas da Universidade de Montreal, no Canadá, compararam a atividade cerebral de pessoas que podem ver com a atividade cerebral de pessoas que nasceram cegas. Eles descobriram que a parte do cérebro que, normalmente, trabalha com os nossos olhos para o processo da visão e da percepção do espaço pode reinventar-se
e passar a processar a informação sonora. "Embora vários estudos tenham mostrado que as regiões occipitais de pessoas que nasceram cegas possam estar envolvidas no processamento não-visual, só recentemente começou-se a estudar se a organização funcional do córtex visual, observado em indivíduos com visão normal, é mantida na região occipital dos cegos", explica Collignon. O córtex visual, como o próprio nome sugere, é responsável pelo processamento da visão. O hemisfério direito e o hemisfério esquerdo do cérebro têm cada um o seu córtex visual. Eles estão localizados na parte de trás do cérebro, que é chamado lóbulo occipital. "Nossos estudos revelam que algumas regiões do fluxo dorsal occipital direito não requerem uma experiência visual para desenvolver uma especialização para o processamento da informação espacial, sendo funcionalmente integradas na rede cerebral preexistente dedicada a esta capacidade", diz o pesquisador.
A plasticidade é um termo científico que se refere à capacidade do cérebro de se alterar organicamente como resultado de uma experiência. Mesmo a simples mentalização, por meio da meditação, pode alterar a estrutura do cérebro. "O cérebro designa um conjunto específico de áreas para o processamento espacial mesmo quando o indivíduo é privado dos seus inputs naturais desde o nascimento", diz o pesquisador. O cérebro que não recebe os sinais visuais é suficientemente flexível para usar os
neurônios originalmente voltados para a visão para desenvolver e executar funções exigidas pelos sentidos remanescentes.
Curso de
avaliação olfativa
Portugal conquista medalha de ouro 4 de abril de 2011
Nuno Alves, que pretende também apostar num bom resultado nos 1500, controlou a prova desde o princípio e, aos 2500 metros, já tinha quase uma volta de avanço sobre os adversários. "Geri bem a prova em termos práticos, deu para controlar, agora é esperar pelos 1500", afirmou o atleta, que concluiu com o tempo de 16.59,39 minutos.
Censos 2011 ignoram realidade 2011-03-29
Jantar de angariação de fundos para a Convite
Podem fazer a inscrição para os seguintes números:
Petição Clarificação do financiamento Senhora Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social
Após perder os olhos, Labrador Maíra Amorim - Expresso 10-3-2011 O cão Edward [à esquerda na fotografia] trabalhava como cão-guia há oito anos, quando precisou ter os olhos removidos após desenvolver catarata, o que deixou seu dono, o cego Graham Waspe, de 60 anos, muito triste. Mas logo o inglês ganhou Opal, de 2 anos, para ajudar não só a ele como também a Edward. - Opal foi ótima para nós dois. Não sei o que faríamos sem ela - disse Graham ao jornal “The Sun”. E apesar da deficiência, Edward continua cheio de disposição. - As pessoas fazem muitas perguntas sobre como ele lida com o problema e ele provavelmente ficou mais famoso agora porque ainda mais pessoas param para falar com ele nas ruas - contou Sandra, mulher de Graham.
Aluna da UTAD cria
roteiro em braille
Ana Cristina Teixeira Tavares, realizou o seu estágio curricular no Núcleo de Arqueologia daquele Museu, e logo sentiu motivação bastante para torná-lo acessível também a invisuais, lançando mãos ao trabalho de criar o roteiro em Braille, Relevo e Texto Ampliado. A Câmara Municipal de Chaves, por seu turno, abraçou, de imediato, a mesma causa, mandando imprimir dez exemplares que ficarão ao dispor na recepção do Museu de quem deles necessitar. Em quinze páginas, esta jovem propõe assim um percurso pelo espólio museológico, cujas peças são identificadas e devidamente descritas. Ana Tavares pretende através deste projecto dar o primeiro passo para que o Museu se torne inclusivo, tendo em vista ainda outros projectos, como seja a realização de áudio-guias e exemplares tácteis que irão complementar o roteiro. O seu interesse neste tema teve início no projecto de investigação que está a realizar, “A escuridão nos Museus – Acessibilidade para pessoas invisuais”, em que não se quis limitar apenas a uma abordagem teórica da matéria, mas sim deixar algo prático que ajude esta população (163.569 pessoas conforme a actualização do último censo pelo INE em 2007) com necessidades tão especiais e que conta com tão poucos recursos que lhe permita acesso à cultura. Os trabalhos práticos e de investigação estão a ser desenvolvidos ao longo do 3.º e último ano do curso em Turismo, que funciona no Pólo de Chaves da UTAD, e decorrem no âmbito das unidades curriculares Práticas em Empresas e Instituições I e II e pretende responder à seguinte pergunta: Quantos museus em Portugal são acessíveis a pessoas invisuais e de que forma?
Dia Mundial do Glaucoma celebra-se a 12 de Março 27-Feb-2011
O glaucoma é uma doença que requer vigilância apertada e é uma das principais causas de cegueira irreversível. Luis Gouveia Andrade, médico oftalmologista do Hospital CUF infante Santo, salienta que “a causa mais comum do glaucoma é a degenerativa, relacionada com a idade, e resulta de um obstáculo na normal circulação dos fluidos que existem no interior do globo ocular. A sua crescente acumulação determina um aumento da tensão no interior do olho e consequentemente a compressão e morte das células nervosas responsáveis pela visão.” Esta doença silenciosa felizmente é benigna, se detectada a tempo. “Existem actualmente inúmeras opções terapêuticas para a doença, sob a forma de colírios, laser ou cirurgia. O tratamento inicial recorre a colírios que reduzem a tensão ocular, uma gota por dia, e que na maioria dos casos, permitem um controlo adequado do glaucoma”, explica o médico oftalmologista. Diagnóstico rigoroso para melhor controlo do glaucoma O diagnóstico do glaucoma é essencialmente clínico, uma vez que cabe ao médico aferir a tensão ocular, um dos principais elementos para a detecção desta condição. O diagnóstico precoce e rigoroso é, de facto, o segredo para o controlo do glaucoma e da maioria das doenças oculares.
EXAMES 2011 Orientações Gerais e Condições Especiais de Exame Na área da cegueira e baixa visão são alunos com deficiência visual permanente bilateral, que apresentam limitações significativas das funções visuais ou das funções das estruturas adjacentes do olho resultando, ao nível das actividades e participação, em dificuldades acentuadas, nomeadamente na comunicação (leitura e escrita), da orientação e mobilidade e da aprendizagem e aplicação de conhecimentos. Consulte, descarregue ou imprima: ▫ Orientações Ensino Básico 2011 ▫ Orientações Ensino Secundário 2011
Garoto cego de 2 anos já usa bengala
Ao olhar o
menino Oscar Hughes, 2 anos, andando com sua bengala branca, as pessoas acreditam que aquilo é apenas um brinquedo e logo
perdem a paciência com o garoto.
Área do cérebro que processa
Cruz Vermelha Portuguesa lança
projecto de
Livros dão lugar a caixas que contam
Hospitais de Barcelos e Guimarães Lurdes Marques 2011-02-20 Num acto apadrinhado pelo
Governador Civil de Braga, Fernando Moniz, a Associação de Apoio aos Deficientes Visuais de Braga (AADVDB), celebrou, na
tarde de sexta-feira, dois protocolos de cooperação com duas unidades hospitalares. Utentes dos Centros de Convívio visitaram associação A tarde de ontem foi de grande animação. A par dos utentes da associação de invisuais, as instalações da AADVDB receberam
a visita dos utentes dos Centros de Convívio de Friande, Vilela e Esperança. “Os invisuais conseguem fazer tudo o que nós fazemos. Apenas temos que adaptar as coisas”, elucidou o técnico de animação.
O Museu da Cerâmica nas pontas dos dedos Fevereiro 17, 2011 No âmbito do projecto “O Museu da
Cerâmica nas pontas dos dedos”, decorreu, no passado dia 4, mais uma formação para todos os trabalhadores do Museu da
Cerâmica, sob a orientação de Josélia Neves, especialista em comunicação para cegos. Tratou-se de uma aquisição de
conhecimentos dirigida à equipa do Museu, para sensibilização do acolhimento e acompanhamento de visitantes cegos ou de
baixa visão.
Ómega-3 pode prevenir cegueira em
diabéticos 2011-02-10 Um estudo norte-americano publicado agora na revista «Science
Translation Medicine» revela que o ómega-3 desempenha um papel essencial nas membranas celulares do sistema nervoso. No
entanto, a maior parte das actuais dietas ocidentais é pobre neste tipo de gordura.
Invisuais: Rodoviária melhora acessibilidades 11 Fev. 2011
Estado desconhece quantos 7 Fev. 2011 O Estado desconhece quantas pessoas com deficiência trabalham na administração pública e
muitas vezes não divulga a quota de emprego obrigatória nos concursos.
Primeiras cirurgias
oftalmológicas 2011-01-31 O Centro Cirúrgico de Coimbra (CCC) é responsável pelas primeiras cirurgias oftalmológicas do mundo que recorreram à tecnologia 3D de alta definição (HD), tendo obtido bons resultados com esta alternativa. António Travassos, que dirige a equipa do CCC, declarou à agência Lusa que “a utilização da tecnologia 3D no bloco operatório é um avanço significativo” para esta área da medicina e que as operações realizadas em Dezembro “foram um sucesso total”. Segundo o cirurgião, o 3D leva a cirurgia “a aproximar-se da perfeição, permitindo, consequentemente, aumentar as probabilidades de sucesso das intervenções”. Acrescentou ainda que as imagens são “extremamente importantes para documentar a cirurgia”, pois tornam-se muito mais eficazes do que os registos escritos. “O 3D dá-nos uma visão muito mais próxima da realidade, permite à equipa que me acompanha estar a ver o que eu vejo no microscópio e detectar com muito maior precisão qualquer problema que surja durante a intervenção e corrigi-lo de imediato”, salientou. Para dar este salto tecnológico, o cirurgião de Coimbra, que já realizou mais de 30 mil intervenções oftalmológicas, recorreu a Marco Neiva, perito em tecnologia 3D e responsável pela integração tecnológica que permitiu executar estas cirurgias oftalmológicas inovadoras.
De acordo com Marco Neiva, nunca antes tinha sido possível a uma equipa de cirurgia oftalmológica visualizar em tempo real a operação e executar todas as tarefas de apoio ao cirurgião num ambiente 3D/HD. “Com esta tecnologia, conseguimos imagens 3D do exterior e do interior do olho”, frisou. Marco Neiva adaptou tecnologia 3D/HD à cirurgiaO especialista destacou como vantagens desta inovação, a qualidade do apoio à cirurgia dentro do bloco operatório, a recolha documental para memória futura e os benefícios no que diz respeito à formação de cirurgiões. Marco Neiva desenvolveu esta solução em parceria com a Emílio Azevedo Campos (EAC), uma empresa
especializada em vídeo profissional, e a Sony Europa. Rui Pinto, da EAC, destacou que o sucesso alcançado é o resultado das
sinergias entre o Centro Cirúrgico de Coimbra – que tinha esta necessidade – a EAC e a Sony Europa – que forneceram o
equipamento – e do empenho do Marco Neiva – que desenvolveu a solução.
Ainda há
barreiras no acesso dos cidadãos com
Que barreiras enfrentam os cidadãos com necessidades especiais, e em especial com deficiência visual, no relacionamento com a Administração Pública? Eu acho que ao nível de tudo são barreiras de várias ordens. Começa porque ainda subsistem barreiras de acessibilidade
física. Ou seja, ainda há instalações que não estão desenhadas tendo em conta todos os requisitos necessários para que as
pessoas com qualquer tipo de deficiência se movimentem livremente e de forma autónoma nas respectivas instalações. Sente que essas barreiras se mantêm nos balcões de nova geração, como as «Lojas do Cidadão»? Nós tivemos recentemente um caso de uma pessoa que se
dirigiu a uma «Loja do Cidadão» a fim de efectuar um determinado serviço e que, ao contrário do que está explicitamente
estipulado na lei, não foi garantida a prioridade do seu atendimento. A disponibilização de serviços electrónicos tem contribuído, de alguma forma, para dissipar essas barreiras? Nós vemos com muito bons olhos a adopção, cada vez mais, por parte da
Administração Pública e por parte das empresas públicas, de uma filosofia de serviços assentes em plataformas electrónicas.
Pode dar-nos alguns exemplos concretos? É o caso de situações em que existem formulários disponibilizados em formato PDF, mas que esses
formulários não são «preenchíveis» de forma autónoma por uma pessoa com deficiência. Requer-se a impressão do formulário em
papel e o seu posterior preenchimento manual. É uma situação absolutamente desnecessária que, inclusive, só traz desperdício
à actuação dos serviços e que, acima de tudo, coloca barreiras de acesso às pessoas com deficiência.
Partidos apelam a reforço de DN / LUSA 02 Fevereiro 2011 Os partidos representados na Assembleia da República apelaram hoje ao
reforço de apoios aos centros de emprego protegidos e às entidades que promovem programas de emprego apoiado.
Linha do Cidadão Portador de Deficiência 31 de Janeiro de 2011 A Linha do Cidadão Portador de Deficiência –
dependente dos serviços do Provedor de Justiça – começa a funcionar a título experimental no próximo dia 1 de Fevereiro, e
tem como objectivos o esclarecimento de dúvidas e a resolução de questões apresentadas não só por pessoas com deficiência
mas por todas aquelas que, de uma ou de outra forma, estão relacionadas com estas pessoas ou, pretendem, apenas, estar
informadas sobre este assunto. [1] Convenção Sobre os Direitos das Pessoas Com Deficiência, Nações Unidas, 2007 [2] Censos 2001, INE
Programa ALADIM Com a finalidade de melhorar a qualidade de vida das Pessoas com Deficiência, promovendo a sua integração social, escolar
e profissional a Fundação Portugal Telecom subsidia e disponibiliza o ADSL.PT Aladim (RDIS ou analógico) e a linha
RDIS.PT Aladim (uma solução integrada de voz e dados), bem como, descontos na aquisição de equipamentos RDIS.
ADSL.PT Aladim é subsidiado com base nas seguintes condições:
SAPO Internet Móvel.PT Aladim é subsidiado com base nas seguintes condições:
Comunicar.tmn Aladim é subsidiado com base na seguinte condição: - Mensalidade do tarifário pré-pago
Comunicar.tmn subsidiada a 50% (disponível somente para clientes/beneficiários residenciais). - os pais forem os tutelares do menor, terão de ser
apresentados o BI de um dos progenitores e do menor Para aderir ao programa Aladim:
Para ter acesso ao preço de Cliente com Necessidades Especiais: Os clientes devem ser portadores da Certidão
Multiuso emitida nos termos do Decreto-Lei nº174/97 de 19 de Julho (superior ou igual a 60%) ou Estatutos da
Instituição. Outros casos, contactar a Fundação Portugal Telecom.
Cartão de estacionamento para deficientes O Decreto-Lei n.º 17/2011 de 27 de Janeiro do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações simplifica os procedimentos de emissão e de renovação do cartão de estacionamento para pessoas com deficiência condicionadas na sua mobilidade, previstos no Decreto -Lei n.º 307/2003, de 10 de Dezembro, concretizando uma medida do Programa SIMPLEX. Fonte: Diário da República, 1.ª série — N.º 19 — 27 de Janeiro de 2011
Português no topo da investigação 2011-01-24 PEDRO VILA-CHÃ
Abílio Guimarães
começou como todos os invisuais a aprender braille, mas desenvolveu conhecimentos que o levaram ao topo da investigação
mundial do software para invisuais. Além do OpenOffice livre (o programa para invisuais custa 1300 euros), Abílio Guimarães
tem participado no projecto NonVisual Desktop Access (NVDA), responsável por inúmeras adaptações informáticas que facilitam
a vida a quem não vê, como por exemplo, a instalação de som nas caixas multibanco dos Estados Unidos.
O Outro Borges - Anedotário Completo
Estadão/Cultura
O escritor argentino Jorge Luis Borges poderia ter morrido atropelado em uma rua londrina por uma brincadeira do colega cubano Guillermo Cabrera Infante nos anos 70. Certa noite, os dois caminhavam na direção da Praça Berkeley quando Infante, suspeitando que o colega não era um cego verdadeiro, mas apenas um farsante para "emular Milton e Homero", decidiu deixar Borges sozinho no meio de uma rua com intenso tráfego de automóveis. Os táxis e carros esquivavam o autor de O Aleph, enquanto ele, sozinho, continuava lentamente atravessando a rua. "Borges estava impassível, talvez devido à sua condição de discípulo do (bispo e filósofo George) Berkeley. Isto é, já que ele não via os carros, estes não existiam. Corri para resgatar Borges e o levei a um lugar seguro", explicou posteriormente Cabrera Infante. Este caso com outros 332 foram recopilados pelo escritor e jornalista argentino Mario Paoletti em O Outro Borges - Anedotário Completo, recém-lançado em Buenos Aires pela editora Emecé. A maior parte dos "causos" mostra as irônicas opiniões - e atitudes - de Borges sobre religião, literatura, política e religião, entre vários outros assuntos. Segundo Paoletti, nenhum outro escritor no mundo hispano-americano gerou tantas histórias como Borges. "Não é impossível que isto se transforme em um subgênero literário", comenta. CAUSOS Blefe
Celulares para cegos 13 Janeiro 2011 Os telefone celulares parecem estar por toda parte. Ricos e pobres, com algumas diferenças de funcionalidade e design, possuem o seu. Apesar disso, o desafio é fazer um aparelho acessível para os portadores de deficiências como os cegos, surdos e mudos. Conheça algumas ideias para suprir essa lacuna AQUI.
Livros didáticos do Rio deverão Rodrigo Gomes 07/01/2011 RIO - A partir de agora, livros técnicos e didáticos editados no estado do Rio também deverão ter à venda uma versão em formato digital acessível aos deficientes visuais. É o que determina a lei 5.859/11 publicada nesta
quarta-feira no Diário Oficial. As editoras têm 180 dias para adequar as novas publicações à lei, seja via download ou CD-Rom.
“Património para todos” 8.1.2011 A exclusão é uma das
“questões centrais do nosso tempo” e, sendo-o, a responsabilidade da cultura no seu combate é “particularmente importante”.
As palavras de António Pedro Pita, diretor regional da Cultura do Centro, entidade que tutela o
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, enquadram da
melhor forma o protocolo celebrado ontem com a
Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
Voluntários vão gravar leitura de A Biblioteca Municipal de Coimbra está à procura de pessoas disponíveis para, a título gratuito, emprestarem a voz para a gravação de audiolivros, destinados aos seus concidadãos portadores de deficiências visuais. O projecto, que já está em curso, decorre no âmbito do Ano Europeu do Voluntariado e Cidadania Activa, que se assinala em 2011, e tem por objectivo permitir que cidadãos com deficiências visuais possam ganhar acesso a obras literárias que, normalmente, estão apenas disponíveis no formato tradicional impresso. A ideia é que cada leitor-locutor interessado em participar nesta campanha de voluntariado se dirija à biblioteca municipal (instalada na Casa da Cultura de Coimbra), onde já está instalado um estúdio de gravação de som digital para a edição dos audiolivros. E que aí vá lendo, à medida da sua disponibilidade de tempo, uma obra em voz alta. Aos poucos, será criada uma rede de audiolivros dirigida a quem tem deficiências visuais. As inscrições para o projecto abriram na última semana de Dezembro de 2010 e, segundo a vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara de Coimbra, Maria José Azevedo Santos, "numa semana" apareceram 45 interessados: "O projecto está a ter uma grande aceitação", congratulou-se a vereadora em declarações ao PÚBLICO. No final desta fase, haverá vários CD que serão disponibilizados a quem deles precisar, estando ainda em ponderação a possibilidade de estes audiolivros serem distribuídos gratuitamente. Quanto às obras a gravar, são sobretudo literatura - romances e poesia -, mas também livros de estudo. "Fizemos um inquérito, um levantamento dos desejos e necessidades [entre os cidadãos com deficiência visual", conta a vereadora. A Biblioteca Municipal de Coimbra apela à participação de todos na "defesa de uma importante causa humanitária" que passa por tornar "cada vez mais universal a literatura". Maria José Azevedo Santos lembra que "a impressão em braille é cara" e rara, o que cria dificuldades aos cegos e amblíopes. Os interessados devem contactar a Biblioteca Municipal de Coimbra/Casa Municipal da Cultura, situada na Rua Pedro Monteiro, através do telefone 239702630 ou do email jose.guerra@cm-coimbra.pt .
Delegação de Coimbra da ACAPO
Delegação de Coimbra da ACAPO
Percebendo a sexualidade dos cegos Eduardo Gregori
Assim como o olfato, os cegos têm desenvolvidos o tato, a audição e o paladar e utilizam os sentidos na construção de uma imagem. “Depois do cheiro, o toque é muito importante. Costumo dizer que o cego enxerga pelas mãos”, diz a pesquisadora Maria Alves Bruns, que lançou recentemente o livro "Sexualidade de Cegos". Por meio do olfato e do tato, Bertine aprendeu a perceber o mundo à sua volta. “Analiso o conjunto, como o cheiro, o toque, se me sinto à vontade e se tenho afinidades com a pessoa”, explica. O estudante leva em conta também o que ele resume como “a energia que existe em cada indivíduo”. Quando o assunto é sexo oposto, ele afirma que a energia é a principal responsável pelo início de uma relação amorosa. “Quando toco em uma garota e sinto uma energia forte, sei que vou acabar gostando dela.” O estudante é assíduo freqüentador de bares e shows. Com amigos ou com paqueras, Bertine não se priva da diversão. “A visão não me limita em nada. Mesmo cego eu saio e me envolvo com as pessoas. Basta querer”, aconselha. A sexualidade pode se tornar complexa na adolescência, quando as emoções estão à flor da pele. “Minha infância foi tranqüila, mas a adolescência, não. Apaixonei-me por um rapaz e não fui correspondida. Achava que era pela minha cegueira”, diz a advogada Emmanuelle Alkmin. Emmanuelle, que nasceu cega, afirma que foi criada para não tocar as pessoas. “Então, tinha que descobrir outra maneira de percebê-las. Analiso a voz, o abraço e o aperto de mão”. A advogada conta ainda que é capaz de perceber o olhar de alguém que esteja bem próximo a ela. “Pensam que tenho 30% de visão, mas eu não enxergo nada. Da minha maneira, consigo captar os olhares”, diz. Cego desde os oito anos, o historiador Benedito Franco Leal Filho também passou por uma fase difícil na adolescência, apesar de ainda manter conceitos de beleza na memória, adquiridos quando ainda enxergava. “Eu me aproximava das meninas e analisava o timbre de voz, o toque e a pele. Aí vinham meus colegas e diziam que ela era bonita e outros diziam que era feia. Eu ficava confuso”, lembra. Diante de informações antagônicas e baseadas nos gostos dos amigos, Leal Filho passou a levar em conta apenas as suas impressões. Para distinguir uma mulher atraente, começou a prestar atenção no que lhe agradava quando estava perto de uma. “A mulher com uma voz suave me chama a atenção. Falar alto, por exemplo, me incomoda.” Além da voz, o historiador passou a valorizar afinidades e foi assim que se apaixonou por sua mulher. Os dois se conheceram em uma viagem de ônibus para Goiás e tiveram a oportunidade de conversar durante o trajeto. “Gostei do timbre da voz, do papo que tivemos e descobri que tínhamos muito em comum”, lembra. De volta a Campinas, começaram a namorar. Estão casados há 11 anos. Emmanuelle também superou os desencontros da adolescência. “Saio com minhas amigas e paquero como todo mundo. Sou tímida e prefiro ser abordada”, conta. A percepção que tem dos homens é tão nítida que ela sabe distinguir os feios e os bonitos. “Normalmente, minha análise bate com o físico. Nunca fiquei com homem feio”, brinca. Ingenuidade e preconceito O assunto é comum entre Emmanuelle Alkmin e suas amigas. A advogada costuma ser tratada com extremo cuidado quando os pretendentes descobrem que é cega. “A maioria dos homens costuma me colocar em um pedestal. Gosto de ser tratada como uma mulher normal, avisa. O historiador Benedito Franco Leal Filho aprendeu a distinguir as mulheres que se aproximam dele com intuito de ajudá-lo ou de conhecê-lo melhor. “Eu misturava tudo. Quando achava que iriam ficar comigo, elas queriam ajudar. Quando achava que iriam me ajudar, queriam me beijar”, brinca. Com a auto-estima em baixa, Leal Filho não acreditava muito que pudesse despertar interesse no sexo oposto. “As pessoas acham que cego não tem vida sexual. É um preconceito achar que não alimentamos desejos e fantasias.” Para Eduardo Bertine, há outra questão ainda mais delicada. “Muitos acham que temos algum retardo mental e evitam conversar sobre assuntos mais complexo”, lamenta. O estudante crê que o desconhecimento sobre os deficientes cria percepções errôneas. “Quem não tem contato, acredita que temos outras deficiências, além da visual. Quando nos conhecem, alguns criam um encantamento como se fôssemos criaturas fantásticas”, diz. Integração sexual Desejos e fantasias Prazer na mente A advogada Emmanuelle Alkmin observa que o desejo feminino é desencadeado por vias diferentes. “O homem se excita com o que vê. A mulher valoriza o toque, a voz e o envolvimento. Então, para uma cega não há tantos problema”, opina. Sexualidade de Cegos Fonte: CONTRAPONTO
III Workshop de Intervenção Precoce
Destina-se a profissionais de intervenção precoce: Educadores, Psicólogos, Técnicos Serviço Social, Enfermeiros, Médicos, Familiares de Crianças em Intervenção Precoce e Professores. Contactos:
Formação em Necessidades Educativas Especiais
A destacar:
Contactos:
4 de Janeiro
Nintendo desaconselha jogos 3D a crianças pequenas Redacção / ASM
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