Sobre a Deficiência Visual  
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Livro Adélia Cozinheira inova sistema
de leitura para deficientes visuais
 

ADÉLIA COZINHEIRA
Texto de Lia Zatz
Ilustrações de Luise Weiss
Design gráfico de Wanda Gomes



Idealizado pela designer gráfica brasileira Wanda Gomes, inovador método de impressão em braille
é o primeiro 100% inclusivo.

Acaba de chegar ao mercado – escolas, bibliotecas e instituições educacionais – o livro Adélia Cozinheira, primeiro volume da Coleção Adélia - a primeira a utilizar um método de leitura em braille 100% inclusivo. O objetivo da publicação é atingir o público infantil de 3 a 10 anos, incluindo crianças com deficiência visual com grau de limitação de 10 a 100%. No Brasil, estima-se que existam 1,2 milhões de pessoas cegas e quatro milhões com algum tipo de deficiência visual.

Resultado da união entre as pesquisas da designer gráfica Wanda Gomes e da concepção literária da escritora Lia Zatz, o livro, que conta ainda com as ilustrações da artista plástica Luise Weiss, além de inédito – por usar um método diferente de impressão do braille - é o primeiro para deficientes visuais que pode, ao mesmo tempo, ser lido e manuseado por crianças e jovens com ou sem deficiência. Desde o ano em que o sistema braille de leitura foi criado - em 1827 pelo francês Louis Braille - o método de impressão em papel nunca havia sido alterado em seus aspectos básicos.

Utilizando o mesmo sistema do braille tradicional (com as letras resultando da combinação entre seis pontos), o novo processo diferencia-se por não furar o papel, permitindo a edição de grandes tiragens e em conjunto com a impressão offset, o que garante ao material maior durabilidade e a possibilidade de unir o braille a cores e texturas. Essa característica é o grande fator inclusivo do livro, já que pode ser lido simultaneamente por crianças com ou sem deficiência visual.

Dessa forma, o novo sistema de impressão, denominado Braille.BR é fator preponderante na democratização do acesso aos meios culturais e de inclusão social, já que elimina o isolamento a que as crianças com deficiências visuais são submetidas na maioria das escolas.

Responsável pelo texto, Lia Zatz utiliza uma retórica simples e direta, abordando por meio de assuntos ligados à autonomia, independência e relacionamentos, temas importantes das atividades diárias do universo infantil.

Em Adélia Cozinheira, a menina Adélia exercita sua independência preparando o café da manhã para fazer uma surpresa aos seus pais, que ainda dormem. Utilizando aromas, relevos e texturas, as contrastantes e coloridas ilustrações de Luise Weiss andam lado a lado com o texto, cumprindo de forma rica a função da informação, seja através do traço solto e diferenciado daquele comumente encontrado na literatura infantil, seja através da aplicação extremamente cuidadosa das cores.

O nome da personagem foi inspirado em Adélia Sigaud que aprendeu braille com José Álvares de Azevedo, que havia estudado seis anos em Paris. Adélia Sigaud, cega, filha do Dr. Xavier Sigaud, médico francês que esteve a serviço da corte de D.Pedro II, foi a primeira mulher brasileira a dominar o sistema braille, tornando-se mais tarde grande estudiosa do assunto.

A coleção Adélia, fruto de ampla pesquisa de conteúdo e forma, é adequada tanto para quem é totalmente cego como para quem tem visão subnormal ou normal.

PROJETO GRÁFICO

A impressão Braille.BR é sobreposta e não prejudica a qualidade da impressão normal em offset. A leitura da primeira não interfere na segunda e vice-versa, e por essa razão é 100% inclusiva. A durabilidade é indeterminada e os pontos não cedem à leitura / pressão dos dedos como na impressão convencional do sistema braille. Além disso, a qualidade visual não é prejudicada, já que o novo sistema de impressão não rompe o papel e não causa baixo relevo no verso da folha.

Mas o projeto gráfico de Wanda Gomes não se resume à aplicação do inovador sistema de impressão braille; todos os elementos gráficos do livro foram trabalhados de forma a enriquecê-lo nos três aspectos da percepção humana: visual, tátil e olfativa. Assim, o aproveitamento da obra assume alto nível qualitativo convidando todas as crianças à imaginação e à experimentação.

Os caracteres foram ampliados e a fonte foi escolhida com base em estudos e pesquisas realizadas por estudiosos e profissionais em design de tipos para crianças.

A publicação traz em suas páginas ilustrações com brilho, textura e relevo, aplicados por meio do processo de impressão serigráfica, a partir de fotolitos especialmente confeccionados para produzirem características especiais e variadas sobre as ilustrações de Luise Weiss. Além disso, conta com a aplicação de dois aromas em forma de microcápsulas, conferindo aos objetos representados maior capacidade de aguçar os sentidos da criança.

Considerando as necessidades específicas dos deficientes visuais, o design utiliza-se ainda de cores fortes e contrastes, com o intuito de favorecer a leitura e oferecer a maior qualidade de percepção visual possível.

WANDA GOMES

Formada em desenho industrial pela FAAP e pós-graduada em design gráfico pelo SENAC, a paulista Wanda Gomes atua na área do design gráfico desde 1985 e há cerca de 10 anos vem pesquisando as questões do design ligadas à deficiência visual. Responsável pela criação do inovador processo gráfico Braille.BR – método utilizado na impressão do livro Adélia Cozinheira - foi a primeira designer gráfica brasileira a levar as questões gráficas do braille para a universidade. Atualmente, é sócia-diretora da empresa WG Desenvolvimento de Produtos e Serviços Ltda e acredita no design gráfico como ferramenta transformadora dos meios de acesso à cultura e à educação.

LIA ZATZ

Lia Zatz nasceu em São Paulo, se formou em Filosofia e desde 1984 se dedica a escrever livros infantis e juvenis. Ganhou duas vezes o Prêmio APCA de melhor autor de literatura infantil, foi finalista do prêmio Jabuti e vários de seus livros receberam o selo Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

LEI ROUANET

Adélia Cozinheira recebeu incentivo para produção de três mil livros da IBM Brasil, através do benefício da Lei Roaunet, Ministério da Cultura. A tiragem foi doada a bibliotecas públicas e instituições de ensino. O segundo volume da coleção está em fase de captação de recursos.


Os exemplares desta primeira edição não estão à venda.
Foram distribuídos para bibliotecas, escolas e instituições de ensino.
A edição comercial está em fase de captação de patrocínio. Preço estimado R$ 65,00.

O sistema de impressão Braille.BR contou com apoio técnico da empresa Efeito Visual Serigrafia, gráfica especializada em alto relevo, que desenvolveu a tinta exclusiva e realizou numerosos testes de impressão e leitura, necessários ao completo desenvolvimento do projeto.


Fonte: Vereadora Mara Gabrilli: Política Diferente (24-Nov-2010)

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publicado por MJA  [30.Dez.10]


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Subsídio para assistência a filho
com deficiência ou doença crónica

Portal do Cidadão
[29-12-2010]
 

Descrição
É uma prestação em dinheiro, atribuída ao pai ou à mãe, para prestar assistência a filho com deficiência ou doença crónica, integrado no agregado familiar, por um período até seis meses, prorrogável até quatro anos, desde que se verifiquem as seguintes condições:

- Se o outro progenitor (pai ou mãe) trabalhar, não pedir o subsídio pelo mesmo motivo e estiver impossibilitado de prestar assistência;
- Se o requerente tiver seis meses civis com registo de remunerações, no primeiro dia de impedimento para o trabalho (prazo de garantia). Para a contagem dos seis meses, consideram-se os períodos de registo de remunerações noutros regimes de protecção social, nacionais ou estrangeiros, que abranjam esta modalidade de protecção, incluindo o da função pública;
- Se o requerente tiver gozado as respectivas licenças, previstas no Código do Trabalho, no caso dos trabalhadores por conta de outrem, ou períodos equivalentes nos restantes casos.

Quem pode requerer?
-
Trabalhadores por conta de outrem;
- Trabalhadores independentes;
- Beneficiários do regime do seguro social voluntário (bolseiros de investigação cientifica e trabalhadores em barcos de empresas estrangeiras);
- Beneficiários a receber prestações de desemprego;
- Beneficiários em situação de pré-reforma integrados nos regimes geral dos trabalhadores por conta de outrem e dos trabalhadores independentes ou abrangidos pelo seguro social voluntário (bolseiros de investigação cientifica e trabalhadores em barcos de empresas estrangeiras).

Onde posso requerer?
» Através da Internet, excepto para os beneficiários abrangidos pelas Caixas de Actividade e de Empresa.
» No local:
- Balcões de atendimento da Segurança Social;
- Balcões das Lojas do Cidadão
- Caixas de Actividade e de Empresa pelas quais os beneficiários estejam abrangidos.

Quando posso requerer?
No prazo de seis meses a contar do primeiro dia de impedimento para o trabalho

O que preciso para requerer?
Documentos e requisitos:

1. Declaração médica que indique a necessidade de prestar assistência inadiável e imprescindível ao filho;

Se o filho for portador de deficiência:
2. Declaração médica comprovativa da situação de deficiência (esta declaração é dispensada se a criança tiver idade igual ou superior a 12 anos e receber uma prestação por deficiência);

Se o filho for portador de doença crónica:
3. Declaração médica comprovativa da doença crónica (esta declaração é dispensada se a criança tiver idade igual ou superior a 12 anos e já tiver sido apresentada anteriormente a referida declaração);

Se pretende que o pagamento seja efectuado por depósito em conta bancária:
4. Documento da instituição bancária comprovativo do NIB.

Se o requerente não está identificado na Segurança Social:
5. Formulário para inscrição inscrição/enquadramento de trabalhadores por contra de outrem.

Se o filho não tiver Número de Identificação de Segurança Social (NISS):
6. Boletim de Identificação do Agregado Familiar;
ou
Boletim de Identificação do Agregado Familiar para cidadãos estrangeiros, se for cidadão estrangeiro.

Através da Internet:
» Meios de autenticação:
Certificado digital de autenticação – Cartão de Cidadão;
ou
Registo de utilizador no site da Segurança Social.

» Requerimento de subsídio para assistência a filho.
No local:
» Requerimento de subsídio para assistência a filho.

Qual o custo?
Não tem custos.

Outras Informações
» Qual o valor do subsídio?
Consulte o site da segurança social

» De que forma posso receber?
Transferência bancária ou Cheque não à ordem.


Para mais informações consulte o site da Segurança Social.

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publicado por MJA  [30.Dez.10]


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Comunicação do grau de deficiência via Internet

ACIAB

27 de Dezembro de 2010

Encontra-se disponível uma nova funcionalidade, que permite comunicar, através da Internet, à Administração Tributária o grau de deficiência atribuído de acordo com a informação constante no Atestado de Incapacidade Multiusos.

Esta nova funcionalidade de actualização do registo de contribuintes permite que os cidadãos possam indicar, de forma desmaterializada, o grau de deficiência fiscalmente relevante, sem que os mesmos tenham de se deslocar aos serviços de finanças.

Para o efeito, deve o interessado identificar-se, no Portal das Finanças, com o respectivo Número de Contribuinte e Senha de Identificação, após o que deverá seleccionar "Cidadãos / Entregar / Pedido / Indicação/Alteração dos Dados de Deficiência Fiscalmente Relevante".

Após a submissão do pedido (Indicação ou Alteração dos dados) deverá enviar, via e-mail, fax ou correio, sob registo, o documento comprovativo à Direcção de Serviços de Registo de Contribuintes.

A referida Indicação ou Alteração dos dados só será registada definitivamente após a necessária validação do documento comprovativo.

Fonte: Boletim do Contribuinte

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publicado por MJA  [28.Dez.10]


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Recruta-se formador na Área
da Deficiência em Bragança

 

Oferta de Emprego:

"A Competências" encontra-se em processo de recrutamento de formador para ministrar Formação Profissional na área da Deficiência.

Requisitos:
- Licenciatura/Mestrado/Doutoramento
- Experiência profissional com Deficientes
- CAP de formador
- Experiência como formador
- Residência zona de Bragança
- Disponibilidade aos Sábados

Caso esteja interessado(a), envie o seu CV + CAP para anaabreu@competencias.com.pt  e coloque como assunto " Ref. Q"
 

Fonte: Centro de Emprego de Bragança

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publicado por MJA  [28.12.10]


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Bonecos com Deficiência

Deborah Prates

21 Dez 2010

Você compraria para este NATAL um "BONECO COM
DEFICIÊNCIA" para uma criança de suas relações?


Sou DEBORAH PRATES - advogada cega e usuária de cão-guia - residente no Rio de Janeiro. Faz 4 anos que fiquei DEFICIENTE e, desse marco para cá, constatei que a realidade não é colorida. Desde que meu cão-guia e eu colocamos os pés na calçada para um novo dia nos deparamos com todo tipo de DISCRIMINAÇÃO e dificuldades inerentes a toda grande metrópole.

Resido num condomínio faz 8 anos e passados 4 ouvi dos meus vizinhos: "A DRA. DEBORAH É ADVOGADA COMPETENTE, MAS É CEGA! POR ISSO TEM QUE SAIR DO CONSELHO CONSULTIVO E DAS AÇÕES DO CONDOMÍNIO." Chorar, lastimar e maldizer é sinônimo de PERDA DE TEMPO! Arregacei as mangas e parti para uma luta SUSTENTÁVEL em prol de um Planeta mais confortável para todos.

Interessa para este momento um projeto de minha autoria de nome "BONECOS COM DEFICIÊNCIA". Seu objetivo é educar a sociedade - em geral - para que aprenda a conviver com os DIFERENTES.

São dois bonecos: Uma boneca CEGA - apresentada num kit contendo: 3 pares de óculos usados, 3 bengalas (sendo uma em forma de varinha de condão), um cão-guia com seus apetrechos e dois tapa olhos (para que tanto a criança, quanto quem esteja com ela na brincadeira possam simular a realidade do cego e experimentar o uso do tato). Outro boneco, um DEFICIENTE MOTOR – apresentado num kit com sua cadeira de rodas e vestido de para-atleta, contendo toda a indumentária característica do esporte escolhido pelo fabricante que faça parte dos próximos jogos paraolímpicos, além de um bloco contendo todos os esportes adaptados. Sem dúvida uma forma lúdica de interagir com a criança (adulto do amanhã) em seu "mundinho de faz de conta".

Enviei o projeto para uma indústria de brinquedos do Brasil e fui barrada no marketing. Fizeram-me a pergunta: "QUEM COMPRARIA UM "BONECO COM DEFICIÊNCIA"? Entendi o ponto de vista industrial e, através da mídia, estou divulgando essa ideia de modo a PERGUNTAR ao leitor: ESTE NATAL, VOCÊ COMPRARIA PARA UMA CRIANÇA DE SUAS RELAÇÕES UM "BONECO COM DEFICIÊNCIA"? Na verdade, o próprio Governo deveria assumir o ônus com esses "BONECOS COM DEFICIÊNCIA", com o foco de MATERIAL PEDAGÓGICO.

Essa ideia, na prática, mitigaria o constrangimento, de parte a parte, de uma criança chegar na sala de aula (1.º dia) e se deparar com coleguinhas DIFERENTES dando-lhes tratamento rotineiro.

BASTA de surpresas! Nós, pessoas com deficiência, somos uma realidade, pelo que temos que entrar na brincadeira com as crianças. Então, conclamando a SOLIDARIEDADE dos leitores é que sugiro um exercício de cidadania, no sentido de que REFLITAM sobre o tema, respondam e repassem para o maior número de conhecidos possível a pergunta: VOCÊ COMPRARIA ESTE NATAL PARA SEU FILHO UM "BONECO COM DEFICIÊNCIA"?

Homenageio a todos com o pensamento de Martin Luther King: "Aprendemos a voar como pássaros, e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos."
FELIZ NATAL!

email: deborahprates@yahoo.com.br
telefones: RJ - (021) 2242-8222 E (CEL) 8853-8336


Fonte: blog da Audio Descrição

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publicado por MJA  [22.Dez.10]


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Filme conta história de movimento
de pessoas com deficiência

DCI

20/12/10
 

BRASÍLIA - A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, lança o documentário História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência. Será às 19h no Museu da República, em Brasília.

Inédito, o projeto tem por objetivo sistematizar as informações e criar um acervo do movimento da luta pelos direitos das pessoas com deficiência para resgatar e preservar sua história. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura.

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publicado por MJA  [22.Dez.10]


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Protótipo de bengala eletrónica para
deficiente visual vence prémio de design

On Line do Sul


[São José/SC] O protótipo Bengala Longa Eletrônica, desenvolvido por pesquisadores do mestrado em Computação Aplicada da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), foi o primeiro colocado na categoria protótipos eletroeletrônicos durante o 24.º prêmio de Design Museu da Casa Brasileira. O prêmio é referência no desenvolvimento do design brasileiro e uma das mais importantes e respeitadas premiações da área no país.

Peça propõe um novo conceito de produto para o portador de deficiência visual

A peça premiada propõe um novo conceito de produto para o portador de deficiência visual. Ela auxilia na locomoção em ambientes abertos, superando o problema dos obstáculos urbanos localizados acima da linha de cintura. O protótipo é constituído por uma pega feita de polímero para acomodar o sistema eletrônico (sensor, placas eletrônicas, micromotor vibratório, potenciômetro e bateria). Também fazem parte do conjunto uma haste de alumínio e uma ponteira de nylon.

Os testes finais com o protótipo mostraram sua eficácia para a identificação de barreiras físicas localizadas acima da linha da cintura dos deficientes visuais em espaços urbanos abertos. “Com base no desenvolvimento e testes deste protótipo, o equipamento poderá ser reproduzido e comercializado”, explica Alejandro Rafael Garcia Ramirez, pesquisador responsável pelo projeto.

Como funciona o equipamento

Diferente da bengala tradicional, que acompanha os desníveis do piso, mas não pode prever variações superiores, como orelhões, caixas de correio e outros, está possui sensores que, ao detectarem um obstáculo, fazem com que uma resposta tátil seja enviada ao usuário por meio de uma vibração na própria bengala.

A medida que o deficiente visual se aproxima do obstáculo esta resposta tátil torna-se mais freqüente. O projeto integra design, hardware, software e linguagens de baixo nível utilizando a tecnologia conhecida como Haptics, ou mídia baseada em resposta (feedback) tátil.

Mais informações: (48) 3281-1559/9102-9107, com Alejandro Rafael Garcia Ramirez, pesquisador do mestrado em Computação Aplicada da Univali.

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publicado por MJA  [18.Dez.10]


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Luva falante para invisuais

Euronews

16-12-2020


A localização e a identificação de objectos por deficientes visuais são tarefas, no mínimo, complicadas. Uma equipa de cientistas americanos trabalha há um par de anos numa luva que pode reconhecer diversos produtos e que identifica em alta-voz o objecto com que entra em contacto. Cada objecto foi previamente marcado e associado a um ficheiro áudio com o seu nome.


 
http://www.youtube.com/watch?v=j4Yj5sj4UfE&feature=player_embedded

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publicado por MJA  [17.Dez.10]


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A carga económica da cegueira

Difundir

Aumento da expectativa de vida elevou número de casos da
doença que pode trazer perda financeira para o país

Mais de 3,7% dos brasileiros foram aposentados por invalidez e ficaram incapacitados para o trabalho em função de problemas no olho ou anexo nos últimos anos, de acordo com os dados do Ministério da Previdência Social. A deficiência visual severa é responsável pela grande quantidade de pessoas cegas com idade entre 30 e 75 anos de idade, período em que ele está economicamente ativo. Preocupado com essa realidade, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia lança o Programa de Incentivo à Educação do Paciente que tem como objetivo contribuir para a prevenção da cegueira e levar conceitos de saúde ocular para toda a população brasileira.

A perda da visão também implica na redução da qualidade de vida, decorrente de restrições ocupacionais, econômicas, sociais e psicológicas. Para a sociedade, representa encargo oneroso e perda de força de trabalho. Essa condição incapacita o indivíduo, aumenta sua dependência, reduz sua condição social, sua autoridade dentro da família e da comunidade e o aposenta precocemente da vida_ avalia o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o médico Paulo Augusto de Arruda Melo.

A carga econômica da cegueira é significativa para o individuo, para a família e para a sociedade, o que significa que o indivíduo deve apresentar uma boa capacidade visual para que possa desempenhar o seu papel na comunidade. A pessoa com baixa acuidade visual tem diminuição de sua autoestima, depressão, maior probabilidade de trauma por quedas, produtividade diminuída e acarreta gastos extras para a família, comunidade e Governo.

Uma das principais preocupações é a catarata. Essa doença torna limitadas as pessoas que estão fisicamente bem. É um grande sofrimento para a pessoa, para a família e para a sociedade avalia o presidente do CBO.

A catarata é considerada a principal causa de cegueira no Brasil e o impacto financeiro que essa doença traz é grande. Os custos diretos incluem o tratamento de doenças oculares, incluindo a parcela relevante de custos para a execução de serviços médicos e de serviços de saúde aliados, enquanto os custos indiretos incluem os ganhos perdidos - subsídios visuais, equipamentos, modificações em casa, reabilitação, bem estar e morte prematura por deficiência visual. Estudos recentes sugerem que a restauração da visão pela cirurgia de catarata produz benefícios econômicos e sociais para a família, para o indivíduo e para a sociedade e aumentam produtividade anual do paciente operado em cerca de 1500% do valor do custo da cirurgia.

O Programa de Incentivo à Educação do Paciente do CBO inclui um kit com material educativo e apresentações para realização de palestras por médicos oftalmologistas. Nele, há duas cartilhas com informações para a população sobre como evitar acidentes oculares mais comuns e sobre a importância dos cuidados com a visão nas diferentes fases da vida.

Nossa intenção é incentivar e potencializar a discussão do assunto com os pacientes como forma de prevenção e diagnóstico precoce da doença. Com isso, esperamos promover a atenção e conscientização da população quanto à importância das ações preventivas em doenças passíveis de controle e tratamento, com potencial de cegueira irreversível, como o glaucoma e retinopatia_ explica Arruda Melo.

A iniciativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) também tem como objetivo contribuir para reduzir drasticamente a cegueira evitável até o ano de 2020.


Fonte da notícia: Ricardo Machado Comunicação [08/12/10]

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publicado por MJA  [17.Dez.10]


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Parlamentares suiços discutem
quotas para deficientes

Sónia Fenazzi

swissinfo

O Parlamento suíço discute actualmente a possibilidade de impor quotas para deficientes em empresas públicas e privadas, uma medida destinada a diminuir o número de pessoas que se beneficiam do seguro-invalidez.

No entanto, mesmo empresas que já foram premiadas por integrar deficientes nos seus quadros não apoiam totalmente a ideia.

Uma comissão da Câmara dos Deputados reivindica que todas as empresas públicas e privadas com mais de 250 funcionários sejam obrigadas a ter pelo menos um por cento da sua mão de obra formada por deficientes. As que se recusarem a cumprir essa exigência seriam taxadas com o equivalente ao pagamento anual mínimo de um ano de seguro-invalidez.

O regulamento seria aplicado por um período de dez anos depois que a última revisão da Lei do seguro-invalidez, em debate nas esferas políticas, entre em vigor.

"Trata-se de uma decisão política e, obviamente, o Parlamento teria direito de tomá-la. Porém, do ponto de vista económico, é uma forma de imposto extra", afirma Emanuele Centonze, direitor-executivo do grupo Esca. Sua empresa, que actualmente emprega dois deficientes em sua força de trabalho de 250 funcionários, já estaria atendendo às exigências do comité.

A companhia, que comercializa e distribui óleos e produtos químicos no cantão do Ticino (de língua italiana, ao sul da Suíça), já emprega há vários anos deficientes e chegou mesmo a receber um prémio de integração das autoridades cantonais.

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publicado por MJA  [14.Dez.10]


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Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha
cria visita guiada para cegos

Carlos Barroso
Correio da Manhã
9-Dezembro-2010

O Museu da Cerâmica nas Caldas da Rainha abre uma visita guiada a cegos no sábado. Os visitantes vão poder tocar nas réplicas do Zé Povinho e de Maria Paciência graças à iniciativa "O Museu da Cerâmica na Ponta dos Dedos".

"Vamos ter em várias salas réplicas de peças de Bordalo [Pinheiro], como o Zé Povinho ou Maria Paciência, que podem ser tocadas por pessoas cegas e um guião em Braille com informações sobre as peças e o próprio palacete onde está instalado o museu", disse fonte do Museu à agência Lusa.

Os invisuais vão passar a dispor de visitas tácteis guiadas em que poderão explorar peças originais do museu, entre as quais a lareira forrada a azulejos holandeses do século XVII, uma das atracções do Palacete Visconde de Sacavém, onde o museu se encontra.

O projecto foi desenvolvido numa parceria com o Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Instituto Politécnico de Leiria, para trazer novos públicos como visitantes cegos ou com baixa visão que "normalmente são esquecidos", refere a mentora do projecto, Guilhermina Costa.

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publicado por MJA  [10.Dez.10]


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Conferência sobre a "Convenção das Nações Unidas
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência"
no dia 13 de Dezembro

ONGD
Plataforma portuguesa


A Associação Portuguesa de Deficientes vai realizar no dia 13 de Dezembro, no Auditório do Edifício Novo da Assembleia da República, a Conferência “Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – o papel das organizações na sua implementação.

Embora todos os tratados internacionais de direitos humanos se apliquem às pessoas com deficiência, as Nações Unidas, ouvidas as organizações representativas das pessoas com deficiência, consideraram ser útil e justo clarificar e detalhar de que forma os direitos humanos se aplicam às pessoas com deficiência, fazendo-o através de uma Convenção. Ratificado este instrumento de direitos humanos e o seu Protocolo Opcional, impõe-se que o passo seguinte, o da sua implementação e monitorização, seja um processo colectivo, em que intervenham o Estado e as organizações da sociedade civil. Para tanto, é essencial que no processo de implementação e monitorização as ONG tenham a preocupação de incorporar nas suas áreas de actividade as questões relativas aos direitos das pessoas com deficiência, uma condição indispensável para assegurar o desenvolvimento social, económico e ambiental com todos e para todos.

É esta perspectiva que a Associação Portuguesa de Deficientes gostaria de ver debatida nesta Conferência e, através da troca de ideias e conhecimentos, ajudar a construir uma rede de interesses e sinergias vocacionadas para o objectivo comum de assegurar que as pessoas com deficiência vejam reconhecidos e assegurados os seus direitos civis, culturais, económicos e sociais.

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publicado por MJA  [10.Dez.10]


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Universitários adaptam brinquedos
para crianças deficientes

Guimarães Digital

9-12-2010

Alunos de electrónica industrial do Laboratório de Automação e Robótica da Universidade do Minho iniciam, esta quinta-feira, o trabalho de adaptação de brinquedos para oferecer no Natal a crianças com deficiência.

Os brinquedos que vão ser adaptados, foram oferecidos por uma empresa e com esta actividade que se realiza pelo sexto ano consecutivo, pretende-se também assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Tal como nos anos anteriores, os brinquedos adaptados, que deverão rondar os 60, serão distribuídos ainda antes do Natal por diversas instituições do Distrito.

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publicado por MJA  [10.Dez.10]


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Instituição de apoio a deficientes
da Lousã é premiada

Boas Notícias

6-12-2010

A Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL) foi distinguida com o prémio "BPI Capacitar", de 250 mil euros, que servirá para rentabilizar as suas unidades produtivas. Há mais de 30 anos que a instituição contribui para a inclusão social de pessoas com deficiência e outras necessidades especiais.

Fundada em 1976, a ARCIL apoia neste momento 300 utentes. Estes recebem apoio ao nível da formação profissional e do desenvolvimento, envolvendo-se na produção dos bens e serviços da própria instituição.

"O nosso orçamento está financiado em cerca de 30% por nós próprios, por bens e serviços que produzimos aqui dentro - madeiras, cartões, cerâmica, jardins, entre outros. Mas aí nessas unidades de produção estão também a trabalhar os nossos utentes. É um mundo, já", refere Marques Leandro, presidente da instituição, em entrevista à RTP.

Além disso, a ARCIL possui também um Lar de Apoio que acolhe crianças e jovens entre os 6 e os 18 anos, residências para famílias e um Lar Residencial para pessoas com deficiência profunda e severamente dependentes.

Saiba mais sobre a ARCIL em www.arcil.org .

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publicado por MJA  [7.Dez.10]


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ACAPO pede mais apoios
para treinar mais cães guia

Lusa / DN

5 Dezembro 2010

O presidente da ACAPO, Carlos Lopes, reivindicou hoje mais apoios do Estado para aumentar o número de treinadores de cães guia e, assim, reduzir o tempo de espera, que neste momento é de quatro anos.

Segundo o responsável da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), em Portugal há uma única escola de cães guia, em Mortágua, com apenas três treinadores, cada um dos quais "educa", em média, quatro animais por ano. O resultado é que em Portugal um cego espera quatro anos por um cão guia, havendo neste momento uma lista de espera que ascenderá a 70 pessoas.

"A solução é haver mais apoio do Estado a essa escola, para que possa ter mais educadores, ou criar outra escola", defendeu Carlos Lopes.

Para o dirigente, os cães guia proporcionam "muito mais autonomia e qualidade de vida" que as bengalas, além de também contribuírem "sobremaneira" para o aumento da autoestima dos invisuais.

"Quando andamos com a bengala, somos vistos como os coitadinhos dos ceguinhos, que batem contra os obstáculos e contra as paredes. Com o guia, é o cão que passa para primeiro plano e que é alvo de todos os comentários. E isso contribuiu para que andemos mais bem dispostos, com a autoestima bem mais em cima", acrescentou.

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publicado por MJA  [7.Dez.10]


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Cidades acessíveis para pessoas com deficiência


A UE recompensa a cidade de Ávila (Espanha) por promover a acessibilidade para as pessoas com deficiência.

Ávila, conhecida pelas suas muralhas e igrejas medievais, foi a primeira cidade a receber o novo prémio da UE Access City Award (Prémio "Cidade Acessível") pelo seu empenhamento em tornar-se mais acessível às pessoas com deficiência.

Este prémio anual integra-se na estratégia da UE para melhorar os acessos às pessoas com deficiência e garantir os seus direitos em toda a União. O prémio foi lançado com vista a suscitar uma maior sensibilização para as dificuldades com que os deficientes se confrontam nas zonas urbanas e a recompensar as cidades que tenham removido algumas das barreiras à sua mobilidade.

Ávila, situada a oeste de Madrid, foi recompensada por ter melhorado a acessibilidade dos seus edifícios públicos no âmbito de um plano urbanístico desenvolvido desde 2002 em colaboração com organizações que representam os deficientes e os idosos. A cidade incentivou igualmente o sector privado a tomar iniciativas análogas e melhorou o acesso dos deficientes às infra-estruturas turísticas e ao mercado de trabalho.

Ávila, juntamente com Barcelona (Espanha), Colónia (Alemanha) e Turku (Finlândia) foi uma das quatro cidades finalistas seleccionadas entre as 66 cidades europeias que participaram no concurso.

O prémio foi atribuído em Bruxelas no âmbito de uma conferência de dois dias concluída no Dia Europeu das Pessoas com Deficiência (3 de Dezembro).

Entre os temas abordados salientam-se o reconhecimento mútuo dos cartões nacionais de deficiência, as oportunidades para estudar e trabalhar no estrangeiro, os regimes de segurança social e o acesso às actividades culturais e de lazer.

Melhorar a acessibilidade para as pessoas com deficiência é um dos elementos centrais da Estratégia Europeia em matéria de Deficiência, adoptada em Novembro último para o período de 2010-2020.

Entre outras propostas, a estratégia prevê iniciativas para promover o acesso das pessoas com deficiência aos edifícios, aos transportes e outros serviços, bem como às tecnologias da informação e da comunicação.

Cerca de 80 milhões das pessoas que vivem na UE são portadoras de uma deficiência mais ou menos grave. Os obstáculos físicos com que se confrontam quando se deslocam, por exemplo, à escola ou ao local de trabalho tornam-nas vulneráveis à exclusão social. A taxa de pobreza das pessoas com deficiência é 70% superior à média devido a um menor acesso ao mercado de trabalho e a baixos níveis de educação.

Fonte: Comissão Europeia
Ver aqui: Mais informações sobre as políticas em matéria de deficiência

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publicado por MJA  [6.Dez.10]


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Empresas premiadas por integrar deficientes

JN

Marta Neves

4 Dezembro 2010

O Governo Civil do Porto vai premiar, a partir do próximo ano, empresas que contratem cidadãos com deficiência. A distinção de natureza simbólica foi anunciada, ontem, sexta-feira, pelo governadora civil, Isabel Santos, no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

O prémio de mérito distrital irá dividir-se em três modalidades: grandes empresas e entidades do sector público empresarial, entidades públicas, como instituições de solidariedade social, e pequenas e médias empresas.

A condição essencial para a candidatura é que as empresas tenham integrado, de Janeiro a Outubro de 2011,  pessoas com deficiência com contrato a termo.

Ontem, sexta-feira, ainda sem a atribuição de galardões, Isabel Santos visitou um grupo de empresas que já se destacam na integração de pessoas com deficiência, como a Filinto Mota (Matosinhos), firma do ramo automóvel que há quatro anos empregou Bruno Luz, 27 anos, com deficiência mental.

Em 2006, Bruno conquistou a primeira experiência profissional como "estagiário de lavador". Quatro anos volvidos, passou a trabalhador efectivo, com iguais direitos dos outros funcionários. O administrador da empresa, Mota Santos, fala de uma experiência que o "enche de orgulho". "É o reconhecimento do nosso esforço", frisou.

Para a governadora civil "é importante que estas empresas sirvam de exemplo a outras firmas". Ontem, Isabel Santos também visitou a Nucleocar (Matosinhos), e a Fundação Obra do Padre Luís (Gaia), que também integram pessoas com deficiências nos seus quadros.

publicado por MJA  [5.Dez.10]

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Deficientes vão ter linha de crédito para adaptar casas

Diário de Notícias

HELDER ROBALO

3 Dezembro 2010

Governo apresenta programa com 133 medidas para melhorar condições de vida de pessoas com deficiência. Associação diz que falta fazer muito para melhorar acessibilidades

As pessoas com deficiência vão poder fazer obras nas áreas comuns dos prédios onde vivem, sem que seja necessária a autorização de todos os condóminos. Esta é uma das 133 medidas da Estratégia Nacional para a Deficiência (ENDEF), ontem aprovada em Conselho de Ministros. Este documento contempla ainda uma linha de crédito para o financiamento de obras em habitação própria de pessoas com deficiência.

A estratégia, que estará em vigor entre 2011 e 2013, é apresentada hoje, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, pela secretária de Estado da Reabilitação. Entre as 133 medidas definidas, num documento que Idália Moniz garante não estar fechado, destaca-se a "revisão do regime jurídico da propriedade horizontal, para que seja possível alterar as áreas comuns e facilitar o acesso à habitação". "As pessoas vão poder fazer as obras sem precisar da autorização de todos os condóminos", disse ao DN.

Outra medida passa pela adaptação da própria casa à deficiência, sobretudo quando é adquirida ao longo da vida. "Será criada uma linha de crédito, ainda não quantificada, para que as pessoas com deficiência façam obras em habitação própria", frisa a secretária de Estado. Que destaca ainda a regulamentação que será feita ao nível do regime de contrato de trabalho, para promover a integração no emprego.

Pela novas regras, os deficientes vão também ser dispensados de provar pessoalmente nas Finanças a sua condição. Em 2011, esta informação a ser transmitida electronicamente entre os serviços .

Para o presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), "todas as medidas que visem melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência são sempre apoiadas pela associação". Humberto Santos garante que a APD não tem qualquer problema com as alterações legislativas, mas recorda que "o problema está na fiscalização das entidades que não cumprem a lei". E lembra que, quanto às acessibilidades a edifícios públicos, por exemplo, muito está por fazer. "Em 1997, a legislação definiu um prazo de sete anos para os edifícios se adaptarem. Mas, em 2006, o Estado, que era um dos maiores incumpridores, deu mais dez anos para fazer as obras", afirma o presidente da APD.

Reconhecendo que há falhas - razão pela qual a ENDEF define a promoção das acessibilidades às unidades de saúde -, a secretária de Estado frisa que muito trabalho já foi realizado. "Temos um longo caminho a percorrer, mas não temos de nos envergonhar do que já foi feito", sublinha Idália Moniz.

A nova estratégia vai dar continuidade ao plano até agora aplicado. "Os principais problemas que ainda persistem dizem respeito à habitação, à empregabilidade e às acessibilidades, em todos os seus níveis", defende a responsável. Mais importante, e difícil de mudar, é o preconceito que ainda há em Portugal. "Da sociedade e da própria pessoa com deficiência, que tem vergonha de se expor, porque a sociedade pode ser muito cruel", salienta Idália Moniz.

publicado por MJA  [5.Dez.10]

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Aprovada Estratégia Nacional para
a Deficiência 2011-2013

Portal do Cidadão

3 Dezembro

O Governo aprovou, na reunião de Conselho de Ministros de 2 de Dezembro, a Estratégia Nacional para a Deficiência 2011-2013 (Endef). O objectivo é promover os direitos das pessoas com deficiências e incapacidades e das suas famílias, nos vários domínios da sua vida.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, as várias medidas definidas na Estratégia Nacional para a Deficiência 2011-2013 distribuem-se por cinco eixos estratégicos: “Deficiência e multidiscriminação”; “Justiça e exercício de direitos”; “Autonomia e qualidade de vida”; “Acessibilidades e design para todos”; e “Modernização administrativa e sistemas de informação”.

Entre as medidas propostas, destaque para o facto das pessoas portadoras de deficiência ficarem dispensadas de se deslocarem aos serviços das Finanças para efeitos de comprovativo da sua situação, passando esta informação a ser transmitida através da Internet.

A criação de uma linha de financiamento para a realização de obras em habitação própria permanente, dirigida a pessoas com deficiências e incapacidades, é outra das novidades incluídas na Estratégia Nacional para a Deficiência 2011-2013.

publicado por MJA  [5.Dez.10]

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Apresentada a Estratégia Nacional para a Deficiência

Rádio Renascença

03-12-2010


Até 2013, o Governo quer implementar a Estratégia Nacional para a Deficiência. O plano foi apresentado hoje no Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa.

No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, 15 ministérios comprometeram-se com 133 medidas mais inclusivas, a começar pelo projecto que torna a partir de agora o Museu do Azulejo acessível a surdos e invisuais.

A reportagem da Renascença acompanhou Marta, de cinco anos, durante uma visita ao Museu. Marta tem apenas 10% de visão, mas os seus dedos percorrem uma réplica a 3 Dimensões de um azulejo.

“Um senhor a tocar violino, uma senhora com um bebé ao colo, um senhor a ver”, é assim que Marta descreve o azulejo.

Com os pais, Marta veio de Viana do Castelo visitar hoje o Museu do Azulejo, através dos dedos, explica a mãe, Dulce Paço.

Este espaço é o primeiro a tornar-se acessível a surdos e invisuais. Graça, uma professora invisual que ajudou a por de pé este projecto, leva o áudio-guia que ajuda a visitar o Museu do Azulejo.

A "Estratégia Nacional para a Deficiência" foi divulgada hoje. 15 ministérios, 43 organismos comprometem-se com 133 medidas inclusivas, que pretendem acabar com a violação de direitos fundamentais, diz Idália Moniz, secretária de Estado da Reabilitação.

“Até ao final do primeiro semestre de 2011, em conjunto com as organizações, o Estado português irá delinear uma estratégia que, por sua vez, chegue aos cidadãos. Nós discriminamos, não temos a noção que discriminamos e violamos, de forma grosseira, os direitos das pessoas com deficiência”, sublinha

As mudanças têm de começar também nos organismos públicos, reconhece a ministra do Trabalho, Helena André.

publicado por MJA  [5.Dez.10]

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Fenprof alerta para "sério risco" no ensino especial

PEDRO SOUSA TAVARES

DN

01 Dezembro 2010

Denúncia de carências "graves" de pessoal e docentes. Ministério desmente. A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou o Governo de estar "a pôr em risco" a educação especial nas escolas públicas, ao deixar alunos com "problemas muito graves" sem apoio ou com apoio insuficiente devido às medidas de contenção orçamental. Críticas refutadas pelo Ministério da Educação, que garante que os apoios cresceram este ano e continuarão a aumentar em 2011.

Numa conferência de imprensa, em Lisboa, a Fenprof, liderada por Mário Nogueira, apresentou um conjunto de casos ocorridos em escolas de todo o País que, defendeu, ilustram a "crise" no projecto da escola inclusiva (ver caixa), lançado há dois anos.

Entre os exemplos apontados está a o Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã. "Não substituiu um docente a faltar por doença (período previsível de três meses), mantendo, sem apoio, quatro alunos com problemas muito graves", denunciou esta estrutura, acrescentando: "O Director recebeu instruções para que os alunos sejam 'divididos' pelos restantes professores".

Noutros casos, como nos agrupamentos de escolas do Paul e Entre Ribeiras (Covilhã) e Oliveirinha (Aveiro) é apontada uma grave falta de docentes do grupo de Educação Especial.

No primeiro, diz a Fenprof, "há três professores para 21 alunos com necessidades Educativas Especiais [NEE], distribuídos por seis escolas uma das quais a 30 quilómetros de distância da Escola Sede".

No segundo, acrescenta, quatro professores apoiam 50 alunos com NEE". Situações que esta estrutura considera generalizadas, apontando para a falta de "milhares" de professores e de pessoal auxiliar em escolas que acolhem alunos com NEE.

A estes números, a federação acrescenta a contratação de professores "sem formação especí-fica" e de tarefeiros "pagos a 2,5 euros à hora" para preencher as lacunas e para a falta de técnicos especializados e de psicólogos.

O certo é que o Ministério da Educação (ME), ainda que não comentando os diferentes casos apontados pela Fenprof, garantiu que esta área não foi afectada pelos cortes no Orçamento de Estado (OE) para 2011, tendo mesmo saído reforçada.

"Apesar das medidas de contenção orçamental, os valores do OE destinados à educação especial aumentou, entre 2010 e 2011", lembrou ao DN fonte do gabinete da ministra Isabel Alçada.

De resto, acrescentou a mesma fonte, esse "reforço" do investimento "permitiu o aumento do número de crianças inseridas nesta abordagem na rede pública" e também "das unidades especializadas em multideficiência".

O ME garante ainda que foram reforçados os "docentes", "assistentes operacionais" (antigos auxiliares) e os terapeutas "da fala, fisioterapeutas, ocupacionais e psicólogos" nas escolas.

publicado por MJA  [5.Dez.10]

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No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência,
figuras públicas dão a cara pela inclusão


O ISPA – Instituto Universitário e a Associação Pais em Rede  promovem, no dia 3 de Dezembro, às 18h00, no Auditório 1 do Instituto, o lançamento oficial da Agenda da Inclusão 2011, sob o mote “Juntos por pessoas especiais”. A celebração continua às 23h00, com nova apresentação da Agenda na discoteca Urban Beach.

O projecto contou com o apoio de mais de 50 figuras públicas da nossa sociedade, entre elas Maria Cavaco Silva, Alice Vieira, Diogo Infante, Nicolau Breyner, Miguel Vieira, Rui Reininho, António Ribeiro Telles, Maria do Céu Machado, Francisco George, Miguel Palha, Júlio Machado Vaz, João Baião, Margarida Pinto Correia, Carlos do Carmo, Luís Represas, Mário Augusto, Rui Zink, Merche Romero, Augustus, Nuno Graciano, Ricardo Carriço, Silvia Rizzo, Fernanda Ribeiro, Paulo Bento, Pedro Lamy e muitos outros, que deram a sua imagem ao fotografar com crianças e jovens com deficiência.

Com esta iniciativa, o ISPA – Instituto Universitário e a Associação PAIS EM REDE, que assinam um protocolo de cooperação neste mesmo dia, dão mais um passo no sentido de aumentar a visibilidade da deficiência e contribuir para a inclusão das “pessoas diferentes”.

Fonte: LPM Comunicações

publicado por MJA  [5.Dez.10]

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Protocolo para promoção dos direitos
das pessoas com deficiência

INR

29 Novembro 2020


O Instituto Nacional para a Reabilitação, I. P., a Fundação Calouste Gulbenkian, e o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, celebraram um Protocolo de cooperação destinado a implementar o Projecto Internacional de Promoção dos Direitos Humanos das pessoas com deficiência (Disability Rights Promotion International) - em Portugal.

O projecto DRIP é um instrumento de capacitação e monitorização envolvendo a vertente do estudo sobre a legislação e as práticas nacionais, bem como a vertente da análise da forma como os media reflectem e influenciam as percepções sociais e os valores sobre as pessoas com deficiência.

O Protocolo prevê a tradução e adaptação de metodologias e instrumentos DRPI para a língua portuguesa, a sua edição pelo INR, I.P. e a sua utilização em acções de formação-acção.

publicado por MJA  [5.Dez.10]

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Mestrado em Reabilitação na Especialidade
de Deficiência Visual 2010 - 2011

Faculdade de Motricidade Humana
Universidade Técnica de Lisboa


Objectivos:

  • Ministrar um ensino estruturado e sistematizado de realização da pessoa com deficiência visual nas vertentes científicas e tecnológicas;

  • Responder às necessidades da reflexão multidisciplinar de âmbito universitário que contribua para a formação dos profissionais que trabalham na área;

  • Desenvolver a capacidade de utilizar métodos laboratoriais;

  • Estimular a existência de um espírito científico e crítico nesta área;

  • Desenvolver a capacidade de avaliar, prescrever, intervir, gerir e coordenar serviços/programas de Reabilitação.

Coordenação:
Prof.ª Doutora Maria Leonor Frazão Moniz Pereira da Silva
Prof.ª Doutora Maria Margarida Nunes Gaspar de Matos

Duração do curso:
4 semestres lectivos, ou seja, dois anos.

Acesso:
a) Licenciatura ou equivalente legal com média de 14 valores. Em casos de currículo relevante poderão ser admitidos candidatos com médias inferiores.
b) Áreas preferenciais de licenciatura: Medicina, Enfermagem, Psicologia, Ciências do Desporto e da Educação Física, Professores de Educação Especial, Ortóptica, Fisioterapeutas e Profissionais de Reabilitação.

Mais Informações:
Divisão de Gestão de Assuntos Académicos
Estrada da Costa - Cruz-Quebrada - 1495-688 Dafundo
Tel. 21 41 49 111 - 110/224/225
e-mail: servicosacademicos@fmh.utl.pt

publicado por MJA  [26.Nov.10]

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Vai ser testado tratamento para uma forma
de cegueira que usa células estaminais

Clara Barata

Público

22.11.2010

O primeiro tratamento com células estaminais embrionárias para uma doença que pode levar à cegueira recebeu luz verde para ser ensaiado em 12 pessoas que sofrem da distrofia macular de Stargardt. O anúncio feito pela empresa norte-americana Advanced Cell Technology.

Esta doença, que causa perda progressiva da visão, declara-se normalmente entre os dez e os 20 anos. Afecta a mácula, uma zona no centro do retina onde os raios de luz se focam para formar as imagens. Nesta área há uma grande concentração de cones, células responsáveis pela visão central — que usamos quando olhamos em frente ou fazemos alguma tarefa que necessita de uma visão sensível ao pormenor, como ler, coser ou trabalhar ao computador.

Inicialmente, a degeneração da mácula vai tornar a visão distorcida, ou desfocada, mas quem já tem a doença de Stargardt há algum tempo começa a ver uma mancha à frente do seu campo de visão, que não se move, faça ela o que fizer. A visão pode deteriorar-se até um ponto em que as pessoas afectadas podem detectar movimentos mas pouco mais.

A doença de Stargardt tem origem genética e estima-se que seja hereditária em 90 por cento dos casos.

Nas próximas semanas, a empresa espera ter também autorização da Food and Drug Administration (a agência que regula o mercado dos medicamentos e dos alimentos nos Estados Unidos) para testar esta técnica no tratamento da degeneração macular relacionada com a idade, muito mais comum do que a doença de Stargardt: afecta 30 milhões de pessoas em todo o mundo.

O ensaio do tratamento desenvolvido pela empresa, pioneira na investigação sobre células estaminais embrionárias, envolve injectar nos olhos dos doentes entre 50 mil e 200 mil células da camada pigmentada da retina. “Usando células estaminais, podemos gerar uma quantidade virtualmente sem limites destas células saudáveis. Estas são as primeiras células que morrem na doença de Stargardt e noutras formas de degeneração macular”, explica Robert Lanza, o responsável científico máxico da empresa, citado num comunicado.

“Em testes feitos em ratos vimos uma melhoria de 100 por cento na performance visual, em comparação com animais que não foram tratados, e sem reacções adversas”, garante Lanza. “Esperamos poder demonstrar a segurança do tratamento, e ver que há melhoras na visão em apenas seis meses”, disse ainda, citado pela edição on-line da revista de divulgação científica New Scientist.


publicado por MJA  [23.Nov.10]

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Psicomotricidade na
Deficiência Visual (dos 0 aos 6 anos)
em Coimbra a 27.11.2010

ANIP


Prevenir é educar a criança precocemente, para que não venha a apresentar alterações no seu desenvolvimento, ou minimizar ao máximo, os efeitos negativos advindos de determinada disfunção orgânica, neste caso específico, deficiência visual.

Objectivos:
Conhecer as características gerais do desenvolvimento psicomotor na faixa etária  dos 0 - 6 anos;
Compreender a relação entre o desenvolvimento motor e visão;
Adquirir noções práticas para avaliar e intervir na prevenção e redução de danos psicomotores em crianças com deficiência visual.

Destinatários:
Profissionais de Intervenção Precoce, Educadores, Psicólogos, Téc. Serviço Social, Enfermeiros, Médicos, Familiares de Crianças em IP, Professores, etc.

Local:
Sala Polivalente do IPJ
Instituto Português da Juventude - Coimbra
Rua Pedro Monteiro, 73 (Junto ao Jardim da Sereia)
3000-329 COIMBRA

Descarregue aqui o Folheto informativo.


publicado por MJA  [19.Nov.10]

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Estratégia Nacional para a Deficiência
[ENDEF] 2011-2013)

16 Novembro 2010


Na sequência do Plano Nacional para a integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade (PAIPDI), que vigorou entre 2006 e 2009, surge agora um novo documento de trabalho, em que se apoiará a política de promoção dos direitos das pessoas com deficiências e incapacidade nos próximos três anos.

A proposta para a Estratégia Nacional para a Deficiência - ENDEF - 2011-2013, reúne um conjunto de medidas de âmbito interministerial, no respeito pelos princípios subjacentes à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, com destaque para cinco eixos estruturantes:
 

  • Deficiência e multidiscriminação;
  • Justiça e exercício de direitos;
  • Autonomia e qualidade de vida;
  • Acessibilidades e design para todos;
  • Modernização administrativa e sistemas de informação.

Nos próximos dias, a ENDEF 2011-2013 será apresentada e debatida em 4 sessões públicas pela Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação e pela Directora do INR, IP., de acordo com o seguinte calendário:

  • 16 de Nov. - Lisboa: Auditório do INR - das 10h às 12h30
  • 19 de Nov. - Beja: Escola de Enfermagem da Escola Superior de Saúde, das 10h às 12h30
  • 23 de Nov. - Porto: Auditório do Governo Civil, das 10h às 12h30
  • 23 de Nov. - Coimbra: no Pavilhão Centro de Portugal, das 15h às 17h30


Fonte: INR

publicado por MJA  [16.Nov.10]

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10.º Congresso Nacional de Deficientes


Realiza-se no próximo dia 27 de Novembro, pelas 10 horas, o 10.º Congresso Nacional de Deficientes

Local da acção:
Instalações do INATEL
Avenida Afonso Albuquerque
Costa da Caparica, Almada.

Descarregue aqui as teses:
Teses do 10º Congresso Nacional de Deficientes.

Para mais esclarecimentos consultar/ contactar:
CNOD – Confederação Nacional de Organismos de Deficientes
Telefone: 218394970
Fax: 218394979
Web: http://www.cnod-deficientes.org/
Email: info@cnod.org.pt


publicado por MJA  [13.Nov.10]

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Intervenção precoce já chega a
4.500 crianças com deficiência

Helena Norte

Jornal de Notícias

13-11-2010


Já estão a ser apoiadas cerca de 4.500 crianças em idade pré-escolar com deficiência ou em grave risco de desenvolvimento no âmbito do novo Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância. O objectivo é fazer chegar rapidamente os recursos às famílias.

O objectivo do sistema de intervenção precoce é detectar o mais cedo possível, de preferência antes dos três anos, as crianças que apresentem deficiência física ou mental ou sério risco de desenvolvimento (devido a factores sociais ou familiares, por exemplo), e iniciar rapidamente um plano individualizado de intervenção, explicou ao JN Filomena Pereira, directora do Serviço de Educação Especial do Ministério da Educação.

Pela primeira vez, está a ser criada uma rede nacional integrada de serviços interdisciplinares para dar apoio às crianças, com recursos de três ministérios - Educação, Saúde e Trabalho e Solidariedade Social - cujas competências estão claramente definidas.

A necessidade de melhorar a coordenação entre as várias entidades que prestam apoio às crianças com necessidades educativas especiais é, aliás, um dos pontos enfatizados num relatório da Agência Europeia para o Desenvolvimento das Necessidades Especiais, divulgado sexta-feira em Lisboa. O estudo, que analisa 26 países europeus, conclui que, na generalidade, todos apresentam melhorias no apoio a crianças com deficiência.

A intervenção precoce destina-se às crianças em idade pré-escolar (até aos seis anos) e está centrada na família, ao contrário do que acontece com a educação especial, focada na escola, explica Filomena Pereira. "As famílias devem ter os serviços de que necessitam no momento e no local certo. É o recurso que tem de ir à criança e não a criança que tem de ir ao recurso", acrescenta.

Uma das inovações do sistema é a existência de um responsável por cada caso, que faz a ligação entre os serviços e a família. A criação desta figura pretende corrigir um problema que muito penalizava as famílias: a frequente mudança de interlocutores, de acordo com a responsável do Ministério da Educação.
As equipas locais, com sede nos centros de saúde, estão agora a ser constituídas com técnicos de diversas especialidades. Depois de identificadas as crianças que precisam de intervenção precoce, a equipa estabelece, em articulação com a família, um plano individualizado que define os apoios necessários, quer sejam educativos, de reabilitação funcional ou de natureza social.

publicado por MJA  [13.Nov.10]

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Abono de Família para crianças e jovens com
deficiência a partir de 1 de Nov. de 2010


O montante varia de acordo com a idade da criança ou jovem e o nível de rendimentos de referência do respectivo agregado familiar.

O valor da bonificação do abono de família para crianças e jovens portadores de deficiência é majorado em 20%, se os titulares da bonificação estiverem inseridos em agregados familiares mono-parentais.
 

Bonificação - deficiência


Informação mais detalhada aqui: Segurança Social-montantes
e aqui: Prestações por deficiência e dependência

publicado por MJA  [11.Nov.10]

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Viagens aéreas para pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida


Tem uma deficiência ou mobilidade reduzida? Está interessado em viajar de avião? Gostaria de receber assistência adaptada às suas necessidades? Conheça os seus direitos através deste vídeo de 4 minutos do Centro de Informação Europeia Jacques Delors.

A ANA - Aeroportos de Portugal tem um serviço de assistência a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada, Horta, Santa Maria e Flores, e ainda Funchal e Porto Santo (nestes casos através da ANAM, Aeroportos da Madeira).

Através deste serviço, os passageiros poderão usufruir de acompanhamento personalizado no check-in, embarque e desembarque, e não implica a cobrança directa de uma taxa própria. Em comunicado, a Ana garante que os serviço serão gratuitos, sendo os seus custos "diluídos na taxa aplicada a todos os passageiros que embarcam nos aeroportos" portugueses.

Na prática, "ao chegar ao aeroporto, o passageiro deverá informar o serviço MyWay através do telefone disponível nos meeting points designados para o efeito e aguardar o assistente", sendo depois "acompanhado até ao seu lugar no avião", com "direito a assistência pessoal e de bagagem, no check-in, nos controlos de segurança, de fronteira e de embarque".

No desembarque, o passageiro será "acompanhado desde o seu lugar no avião até ao meeting point existente na área de Chegadas do aeroporto".

Este serviço deve ser requisitado à companhia aérea transportadora ou ao agente de viagens no momento da reserva do voo, "até 48 horas da hora publicada da partida do voo".

Passageiros cegos:
Os passageiros invisuais devem informar da sua condição no momento da reserva, mesmo que viajem com um cão-guia. Será providenciada assistência especial no aeroporto até ao momento do embarque.

Cães-guia:
Caso um passageiro seja invisual e transporte consigo um cão para efeitos de orientação, a companhia aérea deverá ser informada e este será tratado como cão-guia, mediante as condições referidas abaixo:

  • o seu cão tem de levar trela;
  • não pode movimentar-se pela cabina;
  • não pode ocupar lugar;
  • ser identificado como animal de assistência;
  • cumprir todos as regras sanitárias e apresentar toda a documentação legal necessária;
  • ter documentação que comprove que foi oficialmente treinado e certificado para apresentar no check-in.

Em alguns países, como o Reino Unido e a África do Sul, não é permitido o transporte de animais, nem mesmo os cães guias dos invisuais.

Para mais detalhes consulte a página do serviço MyWay no site da ANA - Aeroportos de Portugal.

Leia também o Regulamento da União Europeia n.º 1107/2006 5 de Julho, relativo aos direitos das pessoas com deficiência e das pessoas com mobilidade reduzida no transporte aéreo.

publicado por MJA  [8.Nov.10]

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Chip promete devolver visão a pacientes cegos

VISÃO

3 de Nov de 2010

Um paciente finlandês, que começou a ficar cego quando era adolescente, conseguiu, agora, aos 46 anos, voltar a ver letras, graças ao implante de um chip pioneiro.

A experiência com Miikka Terho está a entusiasmar os investigadores alemães responsáveis pelo chip. O finlandês, de 46 anos, foi submetido a uma intervenção para colocar um pequeno dispositivo atrás da retina, após o que conseguiu identificar as letras que compõem o seu nome.

O chip permite aos doentes detetar objetos com os seus próprios olhos, ao contrário de outras técnicas que usam uma câmara externa. Para já, o chip foi testado em 11 pessoas: algumas não notaram qualquer diferença, mas outras puderam distinguir objetos brilhantes. Terho foi o paciente que mostrou melhores resultados: conseguiu distinguir talheres e uma caneca sobre a uma mesa, um relógio e sete cinzentos diferentes. Também conseguiu movimentar-se numa sala e aproximar-se de outras pessoas. Face a estes resultados promissores, a equipa de investigadores colocou-o perante um conjunto de letras que formavam o seu nome, embora mal escrito - "Mika", o que ele rapidamente reconheceu.

publicado por MJA  [5.Nov.10]

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Dia Europeu das Pessoas com Deficiência 2010

«Cidadania Europeia: Benefícios reais
para as pessoas com deficiência?»

2010-11-03


De forma a assinalar o Dia Europeu das Pessoas com Deficiência, efeméride que se comemora dia 3 de Dezembro, a Comissão Europeia organiza, em cooperação com o Forum Europeu de Deficiência, uma conferência anual, que decorre habitualmente na primeira semana de Dezembro.

A conferência deste ano realiza-se nos dias 2 e 3 de Dezembro, em Bruxelas, e intitula-se «Cidadania Europeia: Benefícios reais para as pessoas com deficiência?».

Esta iniciativa insere-se num esforço mais amplo, por parte da União Europeia, em promover os temas da deficiência de acordo com as directrizes delineadas pelo Forum Europeu de Deficiência e o seu plano sucessor, o Forum Europeu de Deficiência, a adoptar em Novembro de 2010.

in http://www.jasfarma.pt/noticia.php?id=3781

publicado por MJA  [4.Nov.10]

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Deficientes têm serviço de mediação

Correio do Minho

30-10-2010

A Câmara da Póvoa de Lanhoso e o Instituto Nacional de Reabilitação desencadeiam, no dia 5 de Novembro, às 10 horas, a criação do Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência ou Incapacidade. A cerimónia conta com a presença da secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, está marcada para o Salão Nobre dos Paços do Concelho e constitui mais uma medida integrada no Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social.

Os Serviços de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência ou Incapacidade são serviços instalados nas autarquias e prestam informação sobre direitos, benefícios e recursos existentes na área da deficiência e reabilitação.

Este projecto, desenvolvido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, em parceria com as câmaras municipais, entre as quais a da Póvoa de Lanhoso, pretende assegurar um atendimento de qualidade às pessoas com deficiências ou incapacidade. Neste concelho, o serviço funciona no G abinete de Apoio ao Munícipe, no edifício dos Paços do Concelho.

Entre as tarefas já definidas contam-se as de “atender os cidadãos com deficiências ou incapacidade e respectivas famílias; prestar informação sobre os direitos, benefícios e recursos existentes; proceder ao seu correcto encaminhamento e desenvolver uma função de mediação junto dos serviços públicos e entidades privadas responsáveis pela resolução dos seus problemas”.

Desenvolver e “valorizar as parcerias locais para encontrar soluções mais eficazes para os problemas; divulgar boas práticas de atendimento do cidadão com deficiências ou incapacidade; e recolher informação que permita elaborar diagnósticos de caracterização local da situação das pessoas com deficiências ou incapacidade, identificar os principais problemas existentes e promover soluções adequadas são também objectivos” constituem outras missões anexadas a este novo serviço que o município disponibiliza.

publicado por MJA  [2.Nov.10]

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Deficientes com subsídio e sem abono

Jornal de Notícias

Helena Norte

2010-10-29

As crianças e jovens portadores de deficiência de famílias com rendimentos mensais superiores a 628 euros também deixam de receber o abono de família já em Novembro. Mantém-se, contudo, o subsídio por deficiência, que não está indexado aos rendimentos.

O fim da atribuição do abono de família nos 4.º e 5.º escalões de rendimentos abrange também as crianças e os jovens com deficiência, confirmou o JN junto de fonte do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.

O que continuará a ser pago, e nos mesmos moldes, é o subsídio por deficiência, cujo valor é calculado em função da idade e não dos rendimentos da família.

A Portaria n.º 1113/2010, que fixa os montantes dos abonos de família a pagar já no próximo mês e que foi quinta-feira publicada em "Diário da República", mantém inalterados os subsídios por deficiência, de funeral, vitalício e por assistência a terceira pessoa.

Nas famílias com rendimentos do 1.º escalão, os bebés até aos 12 meses passam a receber, por mês, 140,76 euros e, a partir daí, 35,19 euros. No 2.º escalão, os valores são 116,74 e 29,19 euros, respectivamente, para crianças até aos 12 meses e com mais de um ano. Para o 3.º escalão, os montantes são 92,29 e 26,54 euros.

Os montantes do abono de família pré-natal e a majoração do abono para famílias numerosas também são actualizados pela portaria ontem publicada e que entra em vigor segunda-feira. A majoração para famílias monoparentais mantém-se em 20% sobre o valor do abono de família ou do abono pré-natal.

A eliminação do abono para os 4.º e 5.º escalões - onde se incluem as famílias que aufiram um rendimento mensal bruto 1,5 superior ao indexante para os apoios sociais (628,83 euros/mês)  - deverá afectar mais de 380 mil beneficiários.

A decisão foi fixada pelo Decreto-Lei n.º 116/2010, de 22 de Outubro, que também aboliu a majoração de 25% que cerca de um milhão de agregados familiares mais carenciados (1.º e 2º escalões) recebia há dois anos. Os cortes foram decididos pelo Governo no âmbito das medidas de austeridade.

publicado por MJA  [2.Nov.10]

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Governo põe Forças Armadas a salvo
de cortes nas pensões

Jornal de Negócios

Catarina  Almeida Pereira

29 Outubro


Redução das pensões indexadas aos salários implica corte das prestações de 1.755 deficientes das forças armadas. Ministério da Defesa garante que isso não vai acontecer. Ao contrário do que prevê a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2011, os deficientes das forças armadas (DFA) não irão sofrer qualquer corte nas pensões, afirmou ontem ao Negócios o Ministério da Defesa.

Em causa está a norma da proposta de lei do OE que estabelece que o congelamento de pensões "não é aplicável às pensões, subsídios e complementos cujos valores sejam automaticamente actualizados por indexação à remuneração de trabalhadores no activo, os quais ficam sujeitos à redução remuneratória prevista na presente lei". Ou seja, aos cortes salariais previstos para os funcionários públicos.

Ora, as pensões atribuídas aos DFA "são actualizadas automaticamente com relação aos correspondentes vencimentos dos militares do mesmo posto ou graduação na situação do activo", prevê o decreto-lei nº43/76.

A norma implica, por isso, que as pensões dos deficientes das forças armadas tenham cortes idênticos aos que estão previstos para os funcionários públicos, confirmam juristas consultados pelo Negócios.

publicado por MJA  [2.Nov.10]

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Um Brinquedo Adaptado pelo
Aniversário de cada criança!!

portal AJUDAS


A distribuição e oferta gratuita de brinquedos adaptados, foi alargada a uma oferta de um brinquedo por semana a crianças que festejem o seu aniversário nesse período.

Até fim de 2009 e durante 2010, o portal AjudasCom em conjunto com os mais recentes parceiros, SetCom (adaptação, produção de manípulos e tecnologias de apoio) e CONCENTRA (oferta de brinquedos, oferece um brinquedo por semana a crianças com deficiência motora severa, com perturbações no desenvolvimento ou com necessidade de intervenção precoce, que celebrem o seu aniversário nessa semana.

Esta iniciativa é absolutamente exclusiva deste portal e a única que permite que brinquedos vulgares mas com as devidas adaptações e o respectivo manípulo, cheguem a muitas crianças que dependem desta ajuda para BRINCAR e APRENDER!

Esta oferta surge como consequência natural do sucesso alcançado anteriormente, cujas quantidades totais já ultrapassam os 800 brinquedos.

Para inscrever uma criança de forma a que possa receber um brinquedo adaptado, deverá enviar um e-mail para  AjudasCom com as indicações seguintes:

Nome da Criança, género (masculino ou feminino), idade, nome da mãe, patologia ou principais dificuldades, DATA de ANIVERSÁRIO, morada, contacto directo telefónico.

É pelo Brincar que tudo começa por isso TODOS deveríamos poder brincar.

publicado por MJA  [24.Out.10]

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Pessoas deficientes ou Sociedades com deficiência

Rui Assis Ferreira

Blog da Audiodescrição

24 Outubro

Indica-nos o último censo disponível que existiam em Portugal, em 2001, cerca de 635 000 pessoas com deficiência mental, física ou sensorial, das quais 84 000 no domínio auditivo e 165 000 (praticamente o dobro) no visual.

As dificuldades do ouvido e da visão não se restringem, todavia, a estes casos “profundos”: elas atingem também, de forma mais ou menos incapacitante, um largo número de idosos. Ainda em 2001, eram quase dois milhões (1 874 000) os portugueses com mais de 65 anos – os mais atreitos a este tipo de problemas.

Os surdos, cegos e amblíopes são, assim, a mais maioritária das minorias que connosco partilham o país. Mas, porventura, as que menos representamos como tal – são os “cidadãos invisíveis” de que alguém já falou.

Isto, apesar de, a partir dos anos 70, a comunidade internacional ter adoptado um conjunto de documentos e iniciativas que pretendiam afastar-se da concepção caritativa da deficiência, para a encararem, mais certeira e justamente, como uma verdadeira questão de direitos humanos.

Em 1975, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a sua Declaração sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a que se seguiram a escolha de 1976 para Ano Internacional das Pessoas com Deficiência e a consagração ao mesmo objectivo da Década de 1983 a 1992, para se alcançar, já em 2006, o consenso necessário à aprovação da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Paralelamente, a União Europeia fazia inscrever no Tratado de Roma, a partir da revisão introduzida no seu artigo 13º, em 1992, pelo Tratado de Amesterdão, a regra básica inspiradora de todo este trajecto: a recusa da discriminação assente na ideia de deficiência.

Exactamente o que a Constituição da República Portuguesa consagra no seu artigo 71º, desde a redacção fundadora de 1976: o reconhecimento aos cidadãos portadores de deficiência física ou mental da plenitude dos direitos e deveres ali consignados, a par da responsabilidade do Estado na salvaguarda da sua integração social.

Mas estaremos nós à altura destes propósitos humanistas, nas nossas percepções e práticas sociais? No domínio da comunicação social audiovisual, direi já que não.

Apenas em 2003 se introduziram entre nós, em moldes organizados, os instrumentos clássicos da acessibilidade aos conteúdos audiovisuais: a interpretação em língua gestual e a legendagem para surdos. O protocolo então celebrado entre os três principais operadores televisivos, sob a égide do ministro responsável pelo sector, estabeleceu quotas mínimas de disponibilização daquelas ferramentas, numa base semanal, que foram genericamente respeitadas pelos diferentes serviços de programas.

Quando, decorridos quatro anos, a actual Lei da Televisão foi publicada, as emissões televisivas da RTP, SIC e TVI superavam claramente esses valores, o que deixava claras expectativas, aos públicos com necessidades especiais, de verem reforçadas as suas garantias de acessibilidade.

Por isso, era compreensível que o Plano Plurianual a adoptar pelo Conselho Regulador, nos termos desse diploma, procurasse sedimentar os progressos realizados, acrescentando-lhes as valências entretanto introduzidas pelo legislador. Ora, a verdade é que a ERC, ao regulamentar a matéria (em Abril de 2009), nem sequer subiu os patamares efectivamente praticados com a legendagem e a língua gestual, limitando-se a acrescentar-lhes valores mínimos (1,30h por semana) para a áudio-descrição. E por quê este aditamento? Porque, do ponto de vista formal, ele estava literalmente previsto pela Lei da Televisão; e porque, do ponto de vista substancial, o público destinatário da nova ferramenta – o portador de deficiência visual – tem sido o mais penalizado pelo défice de acessibilidades.

Só que a esperança aberta a estas centenas de milhares de Portugueses está, afinal, longe da concretização.

O Plano Plurianual foi impugnado contenciosamente e debate-se, neste momento, com uma providência cautelar suspensiva. No decurso desta última, o tribunal afirmou, inclusive, que seria “inequivocamente mais penalizante” para o operador televisivo a recusa da medida de suspensão que, para as pessoas com necessidades especiais, o congelamento das novas medidas de acessibilidade…

Por outro lado, a comparação entre os valores apresentados pela RTP, SIC e TVI, em Julho de 2009 (data de início da primeira fase do Plano) e em Setembro de 2010 (mês de referência dos últimos dados disponíveis) revela recuos pontuais na utilização da legendagem e da língua gestual e uma inexplicável descida desta última em todos os serviços de programas.

Isto, para não se evocarem aqui outras lacunas na disponibilização destas ferramentas em certos programas particularmente relevantes para a concretização do direito dos cidadãos a serem informados, como deveria ocorrer, pelo menos uma vez por semana, com a interpretação gestual de um dos serviços noticiosos, em horário nocturno, de cada operador.

Ou seja, o panorama observável neste preciso momento não só não apresenta verdadeiros progressos como é paradoxalmente mais pobre, nalguns aspectos – mesmo abstraindo da quase ausência de áudio-descrição –, do que aquele que tínhamos alcançado em 2009, à data da adopção do Plano Plurianual.

Estamos, pois, perante alguns impasses na protecção de direitos fundamentais, reveladores das insuficiências do país em matéria de coesão, solidariedade e inclusão sociais. E é precisamente esta perspectiva que pretendemos reflectir no título dado ao presente painel: vai chegando o momento de o Estado, a sociedade civil e os agentes económicos assumirem a sua própria deficiência, em lugar de a imputarem aos nossos concidadãos que são apenas...diferentes.

publicado por MJA  [24.Out.10]

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Orçamento sobe 7% para a educação especial

Jornal de Notícias

21-10-2010


O orçamento de acções previstas para a área da educação especial cresce no próximo ano cerca de 7%, o que demonstra uma "forte aposta" do Governo, disse o secretário de Estado Adjunto, no Parlamento.

De acordo com Alexandre Ventura, o investimento reflecte-se de "uma maneira muito clara" quer ao nível das instituições de educação especial, quer ao nível dos apoios que esta área requer dos investimentos nas escolas da rede pública.

"Há uma clara e manifesta decisão da parte do Ministério da Educação de investir nesta área", garantiu o secretário de Estado Adjunto e da Educação, que hoje, quarta-feira, apresentou os números na comissão parlamentar.  

Em relação ao ano lectivo anterior, mantém-se o mesmo número de escolas para alunos surdos (20) e de escolas de referência para alunos cegos e de baixa visão (52), mas aumenta o número de alunos tanto num caso como noutro, devido a uma optimização dos recursos, disse Alexandre Ventura.  

"Quanto às unidades de apoio especializado a alunos com autismo, passamos de 187 a 231 no ano em curso", indicou.  

Relativamente a unidades de apoio especializado a alunos com multideficiência passaram de 292 para 320.  

Mantêm-se 74 centros de recursos para a inclusão, bem como o respectivo volume de financiamento destes apoios que existem desde Setembro de 2009 com recurso à experiência de instituições privadas.  

"Apoiam 13.536 alunos que estão nas escolas públicas com a sua experiência", afirmou o secretário de Estado, explicando que estes técnicos dos centros de recursos para a inclusão se dirigem às escolas da rede pública para apoiar as crianças com necessidades educativas especiais.  

O secretário de Estado sublinhou também que em termos dos docentes em estabelecimentos públicos alocados a esta área específica passaram de 4779 para 6225, actualmente envolvidos na educação especial.  

"Em termos de alunos apoiávamos 25.029 e agora apoiamos 33.186 alunos", acrescentou.  

Alexandre Ventura apontou também um crescimento significativo, indicando que os docentes afectados às unidades especializadas passaram de 686 para 955 este ano.  

Já o número de educadores destacados para a intervenção precoce mantém-se em 500.

De acordo com o secretário de Estado, os técnicos neste domínio, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala, fisioterapeutas, formadores e intérpretes de linguagem gestual portuguesa passaram de 1289 para 1300, enquanto os assistentes operacionais passaram de 700 para 714.

Alexandre Ventura reafirmou a aposta do Ministério da Educação neste domínio e lembrou que o Governo encomendou um estudo para acompanhar as medidas no terreno que estará concluído em Dezembro e apresentará recomendações para a melhoria do sistema.

publicado por MJA  [21.Out.10]

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Cada deficiente gasta entre
6 mil a 27 mil euros por ano

Público

20.10.2010

A secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz, elogiou ontem "como uma importante base de trabalho" o estudo feito na Universidade de Coimbra (UC) que indica que o Estado está longe de cobrir a desigualdade causada pelo impacto dos custos financeiros da presença de uma pessoa com deficiência num agregado familiar. Admitiu, no entanto, que "a situação actual, de grande contenção", não permite "avançar com soluções imediatas" para os problemas detectados.

O estudo, que visava avaliar o impacto dos custos financeiros e sociais da deficiência no agregado familiar, foi encomendado pelo próprio Instituto Nacional da Reabilitação ao Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. E permitiu concluir, como ontem foi revelado, que os custos financeiros referidos podem variar entre os 6097 e os 27.301 euros, consoante cada um dos 10 perfis desenhados pela equipa, correspondentes a vários tipos e graus e combinações de deficiência.

O que não se conseguiu concluir com exactidão, como admitiu a coordenadora do estudo, Sílvia Portugal e sublinhou a secretária de Estado, foi a contribuição do Estado para aquelas despesas. A investigadora lamentou que o grupo não tivesse conseguido obter dados sobre a despesa do Ministério da Saúde naquela área; Idália Moniz acompanhou o lamento, mas frisou que tal omissão faz com que, naquele aspecto, o resultado do estudo não corresponda à realidade.

Mesmo desvalorizando o valor da contribuição do Estado calculado pelos investigadores (997 mil euros per capita) e o número de deficientes, que considerou exagerado (646 mil pessoas), a secretária de Estado reconheceu "que há um longo caminho a percorrer para um sistema de protecção mais justo, eficaz e adequado às necessidades das famílias e das pessoas com deficiência". Para além de utilizar métodos quantitativos (baseados em dados já disponíveis), a equipa fez 92 entrevistas individuais e em grupo a pessoas com deficiência, familiares, técnicos, gestores e responsáveis por instituições de apoio e prestação de serviços. Foi através delas e da análise da legislação que identificou "uma evolução positiva no apoio às pessoas com deficiência", mas uma "distância assinalável" entre a ambição das políticas e a sua aplicação no terreno.

Entre os problemas detectados estão "a morosidade das respostas, que se torna dramática em situações urgentes". Mas, principalmente, frisou Sílvia Portugal, o facto de essas respostas "dependerem da pessoa que está no guichet" e de relações informais, que permitem acelerar ou desbloquear processos. A escassa fiscalização e monitorização das medidas aplicadas, uma orçamentação deficitária e a centralização dos serviços foram outras das dificuldades apontadas.

Por quantificar - "por serem inquantificáveis", justificou Sílvia Portugal - ficaram "os custos sociais". "Imensos", disse, "no que respeita não só à pessoa com deficiência mas também aos elementos do agregado familiar, que se vêem prejudicados na vida profissional, mas também nas dimensões afectiva, social, cultural e de lazer".

publicado por MJA  [20.Out.10]

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Deficiência tem custos para famílias

Jornal de Notícias

20-10-10

Carina Fonseca

Ter uma pessoa com deficiência ou incapacidade na família implica custos adicionais que oscilam entre os 4.103 e os 25.307 euros por ano, revela o Estudo de Avaliação do Impacto dos Custos Financeiros e Sociais da Deficiência, apresentado, ontem, terça-feira, em Coimbra.

"As condições de vulnerabilidade social e económica das pessoas com deficiência são óbvias", concluiu Sílvia Portugal, coordenadora do estudo, realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, a pedido do Instituto Nacional para a Reabilitação. De acordo com a investigadora, a existência de pessoas com deficiência significa "elevadíssimos custos" para as famílias.

O modelo para calcular os custos consistiu na identificação de dez perfis, em função dos diferentes tipos de deficiência, com base na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).

Aquele que supõe um custo efectivo mais elevado - 25.307 euros anuais - é o perfil número dez, alusivo às pessoas com deficiências graves no que respeita à mobilidade e às faculdades de manipulação, e que possuem elevadas necessidades de assistência pessoal. O perfil que tem o custo mais baixo - 4.103 euros por ano - é o número oito. Diz respeito às pessoas que têm dificuldade em deslocar-se, devido a alterações nos membros inferiores, embora não careçam de cadeira de rodas.

Estes valores referem-se aos custos efectivos (neles está deduzida a contribuição do Estado) da satisfação das necessidades da pessoa com deficiência, da garantia da sua autonomia e qualidade de vida, não correspondendo ao que as famílias gastam, como vincou Sílvia Portugal, em declarações aos jornalistas. Há quem gaste menos que isso, por falta de condições financeiras; e quem, podendo, gaste mais.

Outra conclusão apontada pela investigadora é que "os apoios do Estado ainda são insuficientes, apesar do esforço enorme que foi feito", na área, nos últimos anos.

"Pela primeira vez, temos um ponto de partida para que possamos olhar para os diferentes cenários e os diferentes tipos de deficiência e ver quais são os custos associados e que são acrescidos para as famílias com pessoas com deficiência", disse a secretária de Estado Ajunta e da Reabilitação, Idália Moniz, aos jornalistas, à margem da sessão.

Sem deixar de observar que a deficiência é uma área sobre a qual "não é muito habitual produzir-se conhecimento", no país.

publicado por MJA  [20.Out.10]

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Primeira aluna surda e cega
a entrar na Universidade

por RAQUEL TERESO

DN Portugal

2010-10-18

Síndrome de Usher retirou a visão a Carolina Canais, que gostava de ser escritora mas que, para já, quer apenas ter uma licenciatura.

Carolina Ferreira Canais é a primeira aluna surda e cega a ingressar na universidade. Tem 44 anos e muita vontade de continuar activa, agora que está reformada devido à perda de visão que tem sofrido nos últimos cinco anos. É surda de nascença e escolheu o curso de Língua Gestual Portuguesa da Universidade Católica de Lisboa, o único perfeitamente adaptado e pensado para quem tem deficiência auditiva, pois todas as aulas são dadas em língua gestual.

Porém, receber a Carolina exigiu um esforço redobrado por parte da universidade, tanto em recursos humanos e como em financeiros, já que foi preciso contratar dois guias-intérpretes para a acompanhar e traduzir as aulas em língua gestual táctil e converter os manuais em braille.

Foi preciso criar aulas presenciais com um tutor, porque o curso funciona maioritariamente através de vídeoconferência. De tal forma que a turma só se encontra ao sábado, de quinze em quinze dias, para oito horas de aulas que cobrem três áreas: ciências da linguagem, ciências da educação e neurociências. O objectivo é formar professores, criando uma oportunidade para os 35 000 surdos portugueses. "Porque eles não têm problemas cognitivos", explica a coordenadora do curso, Ana Mineiro. Só precisam que a comunicação lhes seja adaptada.

Durante pouco mais de três anos, será este o desafio de Carolina. Veio em busca de "um novo caminho" porque não gosta de estar "de braços cruzados". Sonha ser escritora, mas nunca tinha pensado voltar à escola, até se ver "encostada".

Trabalhava como funcionária administrativa na Indústria Aeronáutica de Portugal, mas há quatro anos a perda de visão levou-a à reforma. "Percebi que o meu pesadelo se ia concretizar." Descobriu que tinha a síndrome de Usher, de tipo I, e que iria ficar cega.

Mas não baixou os braços. Queria aprender braille, a usar a bengala, a orientar-se. Tudo o que precisasse para continuar a fazer a sua vida sozinha. E então foi para o Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos, que a princípio não a queria receber por ser surda e não estar completamente cega. "Mas aquela era a melhor escola para cegos de Portugal, e eu batalhei porque não queria entrar noutra."

Hoje, a sua cegueira ainda não é total, apesar de estar progressivamente a piorar, e diz-se "solteira e independente". Vai, sem ajuda, ao centro de artes, ao café, às compras ou à natação. Aprendeu a cozinhar pelo olfacto e a tratar da roupa sem a ver. Vive num lar em Lisboa, dactilografa com a ajuda de um teclado de comunicação aumentativa e usa uma lupa para escrever mensagens no telemóvel.

"Distingo tudo pelo toque", conta. Os ouvintes comunicam com ela desenhando as letras na palma da sua mão, os surdos por língua gestual apoiada, também nas mãos. Mas para comunicar, utiliza a língua gestual, que é a sua língua natural desde criança.

A fala só a aprendeu aos 24 anos, com a ajuda de uma terapeuta. Mas o seu rosto transparece muito mais. A expressão acrescenta significado ao gesto. Como em qualquer língua, na linguagem gestual há regionalismos e calão. Mais ainda, uma "cultura surda" assente nela.

publicado por MJA  [18.Out.10]

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 ACAPO e AAC mostraram que
“ajudar um cego é fácil”

Diário de Coimbra

Bruno Vicente

Campanha nas ruas da cidade expôs as dificuldades que os invisuais enfrentam diariamente na via pública e sensibilizou os cidadãos para a importância de serem solidários.

O Dia Mundial da Bengala Branca foi ontem assinalado em Coimbra, através de uma iniciativa conjunta da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e da Associação Académica de Coimbra (AAC), que procurou sensibilizar a população para a forma correcta de ajudar um cego na via pública.

«Ajudar um cego é fácil. Basta perguntar se precisa de ajuda, para onde vai, o que quer fazer e dar-lhe o braço, mais nada. Infelizmente a população tem um certo medo de abordar um cego, as pessoas param ou afastam-se. E quando tentam ser simpáticas, são de tal maneira que atrapalham em vez de ajudar, quase que forçam os cegos na sua boa vontade», explicou ao Diário de Coimbra José Carlos, professor na ACAPO.

Os transeuntes foram desafiados a vendar os olhos e a realizar pequenas tarefas, como pedir um copo de água num café, comprar qualquer coisa numa loja, sentar-se num banco de jardim ou atravessar a estrada tendo em conta o sinal sonoro.
«Muita gente pensa que, por se ser cego, é impossível fazer muita coisa. Queremos mostrar o contrário. Eles conseguem fazer uma vida normalíssima, como qualquer pessoa», defendeu José Carlos.

Autocarros que circulam em espaços também destinados aos peões (como na Baixa), passeios que não são rebaixados, carros mal estacionados e escadas irregulares são alguns dos principais obstáculos para os invisuais.

A iniciativa, que incluiu a distribuição de flyers informativos, aconteceu durante a tarde, em locais como a Praça 8 de Maio, a Estação Nova e o centro comercial Dolce Vita.

Segundo a coordenadora geral do pelouro de Intervenção Cívica e Ambiente da Direcção Geral da AAC, Patrícia Damas, «as pessoas ficaram sensibilizadas». «No entanto a adesão foi maior por parte dos adolescentes do que dos adultos e dos cidadãos mais velhos», concluiu a estudante.

publicado por MJA  [16.Out.10]

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15 de Outubro, Dia Internacional da Bengala Branca
~ Vencer as barreiras da cegueira ~

Cristina Santos

FÁTIMA MISSIONÁRIA
14-10-2010


Há ainda um longo caminho a percorrer para que pessoas com deficiências visuais estejam totalmente integradas na sociedade. Em entrevista, Carlos Lopes fala de alguns aspectos a melhorar.

Ainda não estão garantidas as condições que permitam às pessoas cegas e amblíopes de «participar em sociedade em condições de plena igualdade», explicou o presidente da ACAPO, Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal. Na educação, formação profissional, acesso ao mercado de trabalho, acessibilidades, acesso à cultura, informação e desporto permanecem muitos obstáculos que o deficiente visual tem de ultrapassar.

Educação das crianças

«Em primeiro lugar, é importante que as próprias crianças e famílias assumam as suas limitações sem preconceitos, de uma forma realista», considera Carlos Lopes. É importante que definam métodos de estudo e aprendizagem de ferramentas que capacitem as crianças e lhes permitam ter acesso a uma educação de qualidade. «Muitas famílias têm ainda alguma rejeição ao facto de assumirem que os seus próprios filhos têm uma deficiência visual e que a mesma é real e tem que ser encarada e ultrapassada». Retardam a adopção de ferramentas fundamentais como o uso da bengala e o ensino do braille, sistema de leitura táctil, o que acaba por prejudicar o desenvolvimento das crianças.

«Há ainda muitos professores e educadores que estão a trabalhar com crianças com deficiências que não têm formação em braille e não têm formação sobre como trabalhar com uma criança cega. Temos que trabalhar muito a esse nível», explica o responsável. É necessário investir no apetrechamento de instituições de ensino. Várias escolas de «referência» não são mais do que «escolas mais bem preparadas para receber alunos com deficiência visual». Muitas não contam com máquinas de braille, nem professores devidamente formados.

Acesso ao mercado de trabalho

«Há três vezes mais pessoas desempregadas [entre os deficientes visuais] do que na população em geral», revela. As próprias agências de emprego recusam-se a recrutar cegos e amblíopes por este ser um critério previamente colocado pelos seus clientes. «Ainda hoje se olha para a pessoa com deficiência visual muito pela limitação que tem e não tanto pelas capacidades que com certeza também tem», constata o presidente da ACAPO. Contudo, «há inúmeras funções em que a limitação não tem qualquer impacto». Por exemplo, a área do ensino, psicologia, direito, fisioterapia e telecomunicações. Houve um «despertar» entre a população com estas limitações: aventuraram-se em áreas que há duas décadas estavam fechadas aos deficientes visuais.

publicado por MJA  [15.Out.10]

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ACAPO inaugura centro de treino em
actividades da vida diária no
Dia Mundial da Bengala Branca

saúdeSAPO


A Direcção Nacional da ACAPO e a Delegação de Viseu da ACAPO assinalam o Dia Mundial da Bengala Branca com a inauguração de um centro de treino em actividades da vida diária (AVD’s).

No dia 15 de Outubro, pelas 16h30, é apresentado na sede da delegação de Viseu da ACAPO um equipamento inovador destinado a pessoas com deficiência visual. O projecto, apoiado pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, através do subprograma Incluir Mais 2010, vai permitir dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela ACAPO no âmbito da estimulação sensorial e no apoio às actividades da vida diária, “numa lógica de proximidade e ajustada à realidade dos utentes” refere Carlos Lopes, presidente da Direcção Nacional da ACAPO.

O centro, em tudo semelhante a uma casa de habitação, é composto por sala, cozinha, quarto e casa de banho, e destina-se ao treino de múltiplas tarefas quotidianas que permitam à pessoa com deficiência visual participar activamente no ambiente em que vive.

Projectado a pensar na habilitação de todas as pessoas com deficiência visual, e em particular nas que perderam a visão recentemente, no Centro de AVD’s serão exploradas situações referentes à alimentação, higiene pessoal, segurança, actividades domésticas e vestuário.

Estas competências serão adquiridas, com apoio especializado, segundo planos individualizados de trabalho, sendo prestado numa fase final uma intervenção ao domicílio do utente, de modo a possibilitar a readaptação aos seus próprios equipamentos.

Até ao final do ano, a ACAPO espera inaugurar outros dois centros de AVD’s nas cidades de Coimbra e Lisboa, segundo revela o presidente da Direcção Nacional, Carlos Lopes.


publicado por MJA  [15.Out.10]

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Deficientes mantêm benefícios fiscais
no Orçamento do Estado para 2011

Económico

Vitor Costa

14/10/10

A proposta preliminar de Orçamento do Estado para 2011 mantém o regime transitório de que beneficiam os contribuintes portadores de deficiência.

Na prática, tal como já acontece este ano, estes contribuintes têm o benefício de verem apenas considerados para efeito de imposto 90% do rendimento que recebem, quer seja por via de trabalho dependente, pensões ou trabalho independente. Assim, na prática, um contribuinte que receba um rendimento mensal de 1.000 euros, por exemplo, apenas verá 900 euros serem considerados para efeitos de impostos. Este benefício tem, no entanto, um limite, também à semelhança do que já acontece este ano. Ou seja, a diferença entre o valor efectivamente auferido e aquele que conta para efeito de imposto não pode ultrapassar os 2.500 euros por ano.

Apesar de se manter este benefício de que usufruem estes contribuintes, a proposta do Governo prevê um aperto nas deduções que podem ser feitas. Actualmente, estes contribuintes podem deduzir 30% da totalidade das despesas efectuadas com a sua educação e a sua reabilitação ou dos seus dependentes assim como podem deduzir 25% da totalidade dos prémios de seguros de vida ou contribuições pagas a associações mutualistas que garantam exclusivamente os riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice. Mas com a proposta prevista no Orçamento do Estado para 2011, esta última dedução tem ainda uma limitação: não pode ultrapassar os 65 euros, no caso de sujeitos passivos individuais ou 130 euros no caso de contribuintes casados.

publicado por MJA  [14.Out.10]

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Lamego acolhe torneio de Goalball
para pessoas com deficiência visual

metroNews

12 Outubro 2010


Lamego vai ser palco do 1.º Torneio de Goalball, modalidade paraolímpica específica para a deficiência visual, na qual os atletas jogam com os olhos vendados e a bola contém no seu interior guizos que emitem som. Durante o fim-de-semana de 16 e 17 de Outubro, o Pavilhão Desportivo Álvaro Magalhães vai reunir participantes de todo o país, divididos por seis equipas, para disputar uma modalidade que tem conhecido um grande desenvolvimento no nosso país. Não é a primeira vez, aliás, que a cidade de Lamego está na rota do goalball em Portugal. Em 1996, acolheu um dos primeiros estágios da selecção nacional.

O goalball éum desporto praticado por duas equipas de três elementos com o máximo de três suplentes. O objectivo do jogo é marcar golos à equipa adversária, através de lançamentos realizados apenas com os membros superiores. A baliza ocupa o comprimento da linha de fundo de campo, com uma altura de 1,30 metros. Todas as linhas do campo são visuais e tácteis. O uso de vendas é obrigatório para que todos os jogadores fiquem em igualdade de circunstâncias.

A modalidade que agora regressa à cidade de Lamego constitui um desporto de características únicas, através da utilização de material específico, sendo por esta razão impossível de comparar com qualquer outro desporto convencional. É imprescindível que decorra em silêncio para que os atletas ouçam os guizos emitidos a partir do interior da bola.

A realização do 1.º Torneio de Goalball – Cidade de Lamego conta com o apoio, entre outras instituições, da Câmara Municipal de Lamego, da empresa municipal Lamego ConVida – EEM e da Associação Nacional de Desporto para Deficientes Visuais. A final do torneio e o apuramento do 3º e 4º classificados estão marcados para a manhã de domingo. A entrada é gratuita para o público em geral.

publicado por MJA  [14.Out.10]

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Google desenvolve aplicativos
para deficientes visuais

Olhar Digital

12 de outubro de 2010


Poucas pessoas perceberam, mas alguns dos melhores recursos lançados para os smartphones estão relacionados a acessibilidade. Há alguns meses, Austin Seraphin, um usuário de iPhone com deficiência visual, escreveu um artigo sobre como o dispositivo tinha mudado a sua vida.

Com isso, desenvolvedores do Android também entraram na onda e passaram a criar aplicativos para ajudar a transformar estes telefones inteligentes em um complemento dos sentidos.

Na semana passada, a Google lançou dois novos aplicativos para Android que ajudam os cegos a navegar melhor pelas cidades. Um dos aplicativos, chamado de WalkyTalky, lê em voz alta as indicações do caminho, além de falar os nomes das ruas conforme a pessoa vai passando por elas. Já o Intersection Explorer traz um mapa interativo com a localização atual do usuário. Ao arrastar o dedo sobre a tela, o aplicativo fala em voz alta os nomes dos locais, indicando a orientação e a distância. Desta forma, os deficientes visuais podem aprender a configurar o mapa na sua cabeça e lembrar os caminhos.

Para saber mais sobre os dois aplicativos, entre no blog oficial: Eyes-Free Android.

publicado por MJA  [14.Out.10]

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Reino Unido quer melhor acesso à
internet para pessoas com deficiência

Olhar Digital

12 de outubro de 2010


Proposta visa Jogos Paraolímpicos que acontecerão em 2012. Mudanças irão envolver modernização de equipamentos e alteração de conteúdo online.

O governo do Reino Unido está traçando planos para melhorar sites públicos, modernizar equipamentos de acesso à internet e também oferecer melhor conteúdo online para pessoas com deficiência, fazendo com que elas desfrutem das vantagens que a tecnologia oferece.

As medidas foram anunciadas pelo Ministro das Comunicações Ed Vaizey e tem como foco estabelecer uma mudança radical na acessibilidade à internet durante a época dos Jogos Paraolímpicos, que acontecem em 2012.

Entre as mudanças estão previstos leitores de tela e conversores de Braille, além de possível disponibilização de e-books para pessoas com deficiência visual.

O fórum para discutir sobre as mudanças será composto por mais de 60 especialistas do governo, da indústria e do setor do voluntariado. Uma das primeiras tarefas deste fórum será elaborar um projeto que vai regulamentar as medidas que serão tomadas para garantir que usuários com deficiência tenham acesso a serviços digitais da mesma forma que pessoas que não possuam deficiência.

publicado por MJA  [14.Out.10]

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olhos fechados em Coimbra

As Beiras

Sandra Ferreira

11 Outubro 2010

De olhos vendados, André Caseiro, oito anos, serpenteia sem medo – e sem dificuldade – por entre as cadeiras espalhadas no Museu da Ciência. O truque? “Muitas vezes fecho os olhos e tento fazer obstáculos em casa”, confessa. É assim que tenta descobrir como é o mundo aos olhos dos pais, ambos invisuais.

Ontem, o Museu da Ciência incentivou outros meninos a repetir os gestos que André. Objetivo: desmistificar preconceitos em relação às pessoas com deficiência.

O projeto “Ciência em família” desafiou crianças e adultos a vestirem a pele de uma pessoa com deficiência. Andar de olhos vendados, percorrer caminhos repletos de obstáculos em cadeira de rodas ou abotoar um casaco com umas luvas de boxe calçadas foram algumas das propostas. Nada de muito complicado, pelo menos para Maria João Santos, 11 anos, que foi estudando os truques em cada atividade. “Quando se anda de olhos vendados, tem de se ter cuidado para não ficar com a bengala presa nas pernas das mesas e das cadeiras”, conta. Já com a cadeira de rodas, o mais difícil é “virar”, porque “tem de se usar só uma roda”.

publicado por MJA  [11.Out.10]

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Cegueira e bullying:
o professor se percebe como autor?

Ana Valente


Em casa, no que chamamos socialização primária, os pais nos repassam valores que mais tarde comporão nossa lógica de mundo. Na escola, que faz parte de nossa socialização secundária, eles são legitimados ou refutados de acordo com o meio em que estamos imersos.

Sabemos que a escola não escapa à propagação e afirmação de modelos. É nesse ambiente, no contato com os outros, que as noções de diferença vão se formando em cada criança. [...]

Eis a narrativa do fato: Quando nossa equipe entrou na escola, encontrou imediatamente um aluno deficiente visual total — aluno este que era o motivo para estarmos lá — sentado em uma espécie de mureta, sozinho, enquanto que no pátio da escola, próximo dali, acontecia um show de capoeira com participação dos demais alunos. Todos estavam bastante entusiasmados com a apresentação, assim como os estudantes que desejavam entrar na roda para ensaiar alguns movimentos, orientados pelo mestre de capoeira.

Recebidas que fomos pela pedagoga e coordenadora da escola, entramos na sala para conversar sobre o aluno. Meu primeiro movimento foi questionar o motivo pelo qual ele não participava, assim como os demais, da roda de capoeira. Para meu total espanto, a justificativa era a cegueira do educando e a crença de que um aluno cego é alheio a alguns acontecimentos externos, ou mesmo que, em se tratando de atividades físicas ou jogo corporal, ele não está apto a participar. Obviamente a participação dele se dará de maneira diferente da dos demais, porém não será pior ou mesmo impossível.

A escola, então, acreditava que ele não poderia participar, já que a capoeira exigia uma certa destreza corporal maior e mais dinamismo na locomoção. Ainda assim, perguntei se, por acaso, outro aluno ou mesmo o professor de Educação Física não poderiam ser facilitadores para o aluno no sentido de inseri-lo no grupo que assistia e até mesmo na roda, mediante a descrição espacial e a “montagem” corporal do movimento, sem contar com o efeito elucidativo e inclusivo que a linguagem poderia ter neste momento, descrevendo o ambiente e orientando o aluno espacialmente. Novamente, a resposta foi negativa. Pior ainda: tratava-se de uma prática comum nos momentos em que os alunos mantinham atividades fora de sala de aula.

Não foi difícil perceber que a cegueira havia transformado este aluno, do ponto de vista da escola, em alguém inapto e que o preço seria o distanciamento das brincadeiras de criança e da inserção na escola e na vida social.

Essa atitude denota justamente o tipo de movimento pelo qual as pessoas que trabalham em prol da inclusão vêm lutando: inclusão escolar também é inclusão social.

É interessante notar também que colocar o aluno cego à parte constitui uma forma de bullying, termo em expansão hoje em dia, porém atribuído somente às relações discentes.

Podemos imaginar que o bullying só pode ser caracterizado como tal se houver intencionalidade, relações entre crianças e jovens e dano físico à vítima. Porém, esse tipo de assédio guarda uma característica muito mais devastadora, que são os prejuízos psicológicos no desenvolvimento da autoimagem da vítima.

Dentre as características do bullying, estão depreciar a vítima sem qualquer motivo e/ou provocar seu isolamento social. Mas e quando o bullying é praticado (mesmo que sem total consciência) por atitudes advindas da equipe que forma o corpo escolar?

Vamos fazer um esforço de abstração e tentar imaginar como um aluno (a exemplo daquele que citei) que vem sendo excluído de algumas atividades dentro da escola em razão de sua cegueira, vai construir seu entendimento sobre o que seja ser cego? Uma vez percebendo a cegueira como elemento de diferença negativa, como será construída a autoimagem do indivíduo? E mais: o que ensinamos aos demais alunos a partir da história que narrei?

Prezados, o processo de inclusão é mais do que a admissão de um aluno especial em sala de aula. O processo de inclusão está no entendimento de que a cegueira não é fator limitante e de que o cego é um indivíduo de potencialidades. Que nos fique como alerta: a recusa e/ou dificuldade em buscar as potencialidades de alguém pode indicar, muitas vezes, que devemos problematizar o processo de entendimento.

Fonte: blog Cegueira

publicado por MJA  [11.Out.10]

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Fundação Champalimaud estabelece parceria
com pólo de Coimbra para doenças da visão

JN

6-10-2010

Eduarda Ferreira


Logo um dia após a inauguração do Centro para o Desconhecido, em Lisboa, onde hoje, quarta-feira, decorre de manhã um simpósio sobre a cura do cancro e às 14.30 horas um colóquio sobre a visão, a Fundação Champalimaud estabelece uma parceria com um centro português especializado no estudo da visão.

Chama-se C-Tracer 2  (Centro de Investigação Tranlacional na Visão) e a sua função será a de fazer pesquisa sobre problemas da visão. A Fundação Champalimaud já tem um destes centros a funcionar na Índia, apoiando a investigação feita no Prasad Institute. Agora, o contrato de parceria é estabelecido com a AIBILI, organização privada sem fins lucrativos e que decorrre por sua vez de uma parceria entre a indústria e a universidade.

Os objectivos são o desenvolvimento de novas tecnologias para a medicina, nas áreas da luz, imagem, óptica e farmacologia.

Deste centro especializado com reconhecimento científico de âmbito internacional, já saíram inovações como um produto que permite prever o surgimento do edema macular em doentes com diabetes.
 


vídeo RTP notícias


publicado por MJA  [10.Out.10]

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Programadores cegos criam aplicação grátis
para invisuais usarem computadores

Público

João Pedro Pereira


Dois programadores informáticos australianos, ambos cegos, desenvolveram um leitor de ecrã gratuito, que pretende facilitar o uso de computadores por invisuais e pessoas com pouca visão. A aplicação está disponível em português.

O problema, explicou James Teh, um dos programadores, é que os programas deste género têm de ser comprados, fazendo com que uma pessoa invisual tenha de gastar mais dinheiro do que as restantes para usar um computador (os sistemas operativos mais populares, porém, já têm integradas funcionalidades para serem usados por pessoas com necessidades especiais de acessibilidade e há alguns outros leitores de ecrã gratuitos).

“Uma pessoa que vê tem como dado adquirido que se pode sentar a um computador e usá-lo”, observou Teh, citado num comunicado da Universidade de Queensland, na Austrália, onde estudou. Mas isso já não acontece com um invisual, notou, sublinhando ainda que é quando são estudantes e mais precisam de usar o computador que tipicamente as pessoas menos dinheiro têm para gastar – um problema com que o próprio programador se deparou.

A aplicação, chamada NonVisual Desktop Access (funciona apenas em Windows), é, para além de gratuita, de código-fonte aberto, o que significa que pode ser alterada por qualquer pessoa com os conhecimentos técnicos suficientes.

Uma voz computorizada lê as palavras à medida que o cursor passa por elas. Por exemplo, passar o cursor sobre um ficheiro faz com que leia o nome desse ficheiro. E o mesmo acontece com os menus do sistema operativo ou das diferentes aplicações que o utilizador tenha abertas.

O programa vocaliza ainda outro tipo de informação útil (é o caso do tipo de letra e a formatação de um documento de texto, bem como os erros ortográficos). O utilizador pode decidir que informação quer que lhe seja lida (por exemplo, para evitar que a leitura fluida de um texto seja interrompida pela informação sobre a formatação).

A aplicação tem também integrada uma forma de assinalar a posição do cursor, ao emitir um som progressivamente mais agudo à medida que o cursor se aproxima do topo do ecrã.

O programa pode ser armazenado e usado directamente a partir de uma pen USB, não sendo necessária a instalação no computador, o que é faz com que possa ser usado em computadores públicos, onde não seja possível instalar software, como acontece em escolas, por exemplo.

Voluntários traduziram o NonVisual Desktop Access para mais de 20 línguas, entre as quais o português (do Brasil e de Portugal). Não apenas os menus de configuração do programa podem ser usados nessas línguas, como as vozes disponíveis para leitura se adaptam a ler elementos noutras línguas que não o inglês – em português, o resultado é uma leitura perfeitamente perceptível, mesmo de textos complexos.

O projecto não tem fins lucrativos e conseguiu um apoio financeiro da Fundação Mozilla, a organização por trás do browser Firefox. A aplicação pode ser descarregada em www.nvda-project.org .

publicado por MJA  [10.Out.10]

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Design inclusivo para deficientes visuais

blog EmbalagemSustentável

Elisa Quartim

7 Outubro 2010

O design tem a função de suprir as necessidades das pessoas, porém acabam nivelando essas pessoas pela média, todos com boa saúde e sem nenhuma dificuldade de comunicação. As pessoas que saem da estatística acabam sendo prejudicadas e se sentindo fora desse grupo e acabam ficando dependentes de outras pessoas que estão na media estudada.
 


Embalagens para deficientes visuais:

As pessoas de baixa visão ou com algum tipo de deficiência visual, faz parte desse grupo que não é considerado na hora do desenvolvimento das embalagens. Os textos com os ingredientes em letras minúsculas podem fazer com que uma pessoa com esse tipo de dificuldade de leitura consuma o produto e corra o risco de ter alguma reação alérgica.

No caso dos remédios a Anvisa determina a obrigatoriedade do nome do remédio em braile nas caixas, além da inclusão de informações sobre conservação e prazo de validade do produto após a abertura. O objetivo da medida é tornar os rótulos de medicamentos mais claros e úteis à sociedade.

Mas no caso de outros produtos de consumo poucos fabricantes se preocupam em colocar as informações em Braile. No caso dos cartuchos de papel não há motivo para isso acontecer pois a tecnologia hoje para a impressão em braile está acessível e pode ser aplicado a curto prazo.

Um exemplo completo nesse sentido é o um projeto conceitual da designer Andrea Zeman de embalagens de temperos. Ela conseguiu através de efeitos táteis, como formas e texturas, uma diferenciação de produto para os deficientes visuais, além do texto em braile.

Já os cartuchos das embalagens da Taeq, além de usarem o papel reciclado obtido nas lojas da rede Pão de Açúcar (leia sobre a logística reversa), é uma das poucas empresas que coloca o texto em braile em suas embalagens de papel.


Algumas dicas de design inclusivo:

  • Formas diferenciadas – A forma é muito importante. Os cegos acabam desenvolvendo uma sensibilidade muito grande no tato e conseguem detectar as mínimas diferenças.
  • Texturas – É tão importante quanto a forma.
  • Texto Braille – É a maneira mais fácil e mais lógica para diferenciar as embalagens.
  • Orientação espacial – a embalagem não deve ficar limitada apenas a uma parte de uma área para  chamar a atenção na gôndola. Ela deve ser capaz de se movimentada e guardada em qualquer lugar.
  • Letras legíveis – Informações importantes como ingredientes que podem causar alergia devem ficar em destaque para que possa ser lido com facilidade.
  • Instruções de uso – devem ser claras e se possível utilizar ícones para facilitar a leitura.

publicado por MJA  [7.Out.10]

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Nokia cria um Smartphone com
touchscreen que reproduz texturas

Rafael Alves / HypeScience

6 Outubro 2010


Os deficientes visuais estão sendo inseridos no contexto da inclusão digital. Uma empresa, a Nokia, inaugurou um projeto que está desenvolvendo um esforço nesse sentido: um Smartphone tátil, que pretende dar uma sensação de toque diferente a cada ícone. Com isso, a expressão “consigo usar esse aparelho até de olhos fechados” será uma realidade facilmente alcançável.

Embora ainda não haja previsão sobre quando esta novidade estará disponível no mercado, a empresa já apresentou um protótipo. É uma espécie de touchscreen em estado avançado, onde se pode sentir a textura daquilo que está na tela. A tecnologia é baseada em um efeito chamado eletro-vibração, no qual os receptores táteis da pele podem ser “enganados” na percepção. Quando você deslizar a ponta do dedo através de uma “camada de isolamento”, instalada acima de uma superfície de metal, um sistema de tensão elétrica alternada entre os pontos de toque vai lhe fornecer a sensação de relevo. Quanto maior a freqüência dessa tensão alternada, mais sublime e preciso é o sentido de textura na tela.

O efeito em si, na realidade, não chega a ser uma descoberta inédita. Segundo o desenvolvedor do projeto, Piers Andrew, é conhecido desde os anos 50. Só agora, no entanto, está sendo posto em prática em um equipamento virtual do século XXI. O mecanismo funciona devido a uma atração eletrostática, causada pela variação entre a camada metálica, superficial, e mais profunda, que se assemelha às atuais de LCD (Liquid Crystal Display), também preenchida com um fluido líquido, mas diferencia-se pelo efeito.
 

A tecnologia é baseada no movimento do toque. Assim, você só vai sentir a textura quando mover o dedo pela superfície, e como o protótipo pode gerar apenas uma freqüência por vez, apenas uma textura em tela pode ser sentida em cada instante. O relevo na tela, portanto, só aparece no local por onde o dedo está passando. Mas é claro que os cientistas já estão pensando, como explica o desenvolvedor, em uma forma de proporcionar a multi-recepção. E, considerando que outras empresas além da Nokia estão correndo atrás de um produto que reúna estas qualidades, o tempo que essa novidade vai demorar a chegar ao mercado pode ser menor do que imaginamos.  [New Scientist]

publicado por MJA  [7.Out.10]

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Como o iPhone mudou a vida de um deficiente visual

GEEK

Bianca Hayashi

24-09-2010

O deficiente visual Austin Seraphin, do blog Behind the Curtain, contou em um post como o smartphone da Apple ajudou-o a “enxergar” novamente.

Austin é cego e consegue ver somente algumas poucas luzes e cores, embaçadas. Em junho, ele comprou um iPhone e disse que sua vida mudou para sempre. “Considero ser a melhor coisa que aconteceu aos cegos em muito tempo”, disse em seu blog.

“Fui até uma loja da AT&T com a minha mãe. Pareceu o fechamento de um ciclo, já que eu tinha ido a uma Apple Store há anos para comprar o meu Apple II/E. Para o meu contentamento, o vendedor sabia sobre o VoiceOver e como ativá-lo, embora não soubesse como usar. Felizmente, eu tinha lido sobre isso antes de ir (à loja). […]

Muitas resenhas e pessoas disseram ter passado pelo menos de meia a uma hora antes de fazer algum julgamento ao usar a interface sensível ao toque com voz. Já esperava uma estranha e dura jornada, especialmente ao usar o teclado. Para a minha surpresa, eu entendi imediatamente. Em 30 segundos, chequei a previsão do tempo. Depois, li alguns preços de bolsas de ações. […]

Continuei fazendo perguntas (ao vendedor), assim como a minha mãe. “Ele pode receber mensagens de texto (no aparelho)?”, ela perguntou. “Bem, sim, mas ele não lê a mensagem”, disse o vendedor. As esperanças da minha mãe foram para o poço, mas as minhas não, já que eu tinha entendido bastante do software. “Vamos tentar”, sugeri. Ela pegou o telefone dela e me mandou uma mensagem. Em segundos, o meu telefone tocou um alerta e disse o nome dela. Rolei meus dedos e o iPhone leu a mensagem dela: Oi, Austin. Ela quase chorou. “Deixe para a Apple”, eu disse. “Foi quase tão emocionante do que quando eu fui até uma Apple Store pela primeira vez, mas talvez mais, porque nós sabíamos o que isso poderia fazer”. […]

A possibilidade de tocar em qualquer lugar na tela e ouvir onde tocou adiciona uma nova dimensão. Pela primeira vez, os deficientes visuais podem ter informações espaciais de qualquer coisa. Na loja, minha mãe dizia “tente este botão” e eu fazia. Quantas vezes uma pessoa que podia enxergar disse “eu vejo um ícone no topo da tela”. Agora isso significa alguma coisa de verdade. […]

Baixei um aplicativo chamado Color Identifier. Ele usa a câmera do iPhone e diz o nome das cores. […] Alguns deles eram surreais, como Laranja Atômico, Cósmico, Verde Hippie, Ópio e Preto-branco. […] No dia seguinte, fui para fora de casa. Olhei para o céu. Ouvi cores como “Horizonte”, “Espaço Sideral” e muitons tons de azul e cinza. Usei umas marcações para achar a minha plantação de abóboras, procurando pelo verde entre o marrom e as pedras. Passei 10 minutos olhando para as minhas plantas, com suas folhas verdes. Fui para o quintal e vi uma flor azul. Encontrei um depósito marrom e voltei para a casa cinza. Minha mente estava em êxtase. Observei o sol se pôr, ouvindo as cores mudarem enquanto o céu escurecia. Na noite seguinte, conversei com a minha mãe sobre como o céu estava azul naquela noite. Como posso ver luzes e cores, a experiência de saber o nome das cores ajudam na minha percepção e aumentam a experiência visual.”

publicado por MJA  [24.Set.10]

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Congresso Comunicar 2010

4 a 5 de Novembro de 2010, Lisboa

Instituto Superior Técnico
– Anfiteatro do Centro de Congressos -


A ANDITEC – empresa especializada em Tecnologias de Apoio para pessoas com deficiência e membro da Rede de Empresas Spin-Off do IST – em colaboração com o Centro de Análise e Processamento de Sinais do Instituto Superior Técnico (CAPS/IST) e a Faculdade de Engenharia da Universidade Católica Portuguesa (FE/UCP), vai realizar nos próximos dias 4 e 5 de Novembro em Lisboa, o Congresso “COMUNICAR 2010”, sobre o tema "COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E TECNOLOGIAS DE APOIO". As sessões do Congresso revestirão a forma de Conferências Plenárias, Sessões Temáticas e Mesas Redondas.

Pode fazer a sua inscrição online!

publicado por MJA  [24.Set.10]

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Estágios remunerados para pessoas com deficiência

Portal Universia

20/09/2010

Encontra-se aberto até 15 de Outubro o período de candidaturas para a 9ª edição do Programa de Estágios Remunerados do Parlamento Europeu, destinado a pessoas portadoras de deficiência.

A iniciativa tem como objectivo promover a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres portadores de deficiência e facilitar a integração dessas pessoas no mercado de trabalho.

Os estágios encontram-se abertos a titulares de diplomas universitários ou de estabelecimentos de ensino equiparáveis, bem como a pessoas cujas habilitações não sejam de nível universitário.

Trata-se de cinco meses de trabalho remunerado não prorrogáveis no Parlamento Europeu, sendo que os estágios não dão direito a um futuro emprego na instituição. Os colaboradores são recrutados através de concursos organizados pelo EPSO .

Os candidatos a este programa devem:

  • ser nacionais de um Estado-Membro da UE ou de um país candidato;
  • ter completado 18 anos de idade à data de início do estágio;
  • possuir um conhecimento profundo de uma das línguas oficiais da União Europeia e um bom conhecimento de uma segunda língua;
  • não ter beneficiado de qualquer estágio remunerado ou de um contrato assalariado com duração superior a quatro semanas consecutivas numa Instituição europeia ou junto de um deputado ou um grupo político do Parlamento Europeu;
  • poder comprovar que são portadores de deficiência (certificado médico ou certificado/cartão de deficiente emitido por uma autoridade nacional).


Para mais informações consulta o site oficial do Parlamento Europeu.

publicado por MJA  [20.Set.10]

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Dia da Retina em Faro e Portimão com acções de
sensibilização de 29 de Setembro a 2 de Outubro

ARS Algarve


Sob o mote «Evitar a cegueira evitável, Melhorar a visão», a Administração Regional de Saúde do Algarve IP e a Associação de Retinopatia de Portugal vão assinalar, pela primeira vez, as Comemorações do Dia da Retina, entre os dias 29 de Setembro e 2 de Outubro, com a promoção de várias acções, entre as quais, uma campanha de sensibilização, prevenção e detecção precoce da Degenerescência Macular ligada à Idade (DMI) e da Baixa Visão, uma exposição de arte, ateliers, uma palestra sobre esta temática, para além de rastreios visuais dirigidos à população em geral, em Faro e Portimão.

A abertura das comemorações do Dia da Retina, dia 29 de Setembro, será marcada pela recepção aos sócios da ARP, residentes no Distrito de Faro, e seus familiares e pela inauguração, nesse mesmo dia, às 17:00 horas, na Biblioteca Municipal de Faro, de uma Exposição de Arte com pinturas e objectos criados pelos seus associados.

Neste âmbito, serão ainda promovidos ateliers de arte para crianças com idades compreendidas entre os 4 e 9 anos do Colégio João de Deus, na Ecoteca da Biblioteca Municipal de Faro, nos dias 29 e 30 de Setembro, conduzida por uma das suas jovens associadas, para sensibilizar e promover a compreensão para a temática da Baixa Visão na camada mais jovem através de jogos, brincadeiras e pintura com o simulador de campo visual tubular, que culminará com rastreios visuais infantis e que constituem um projecto-piloto, desta instituição, nesta faixa etária.

publicado por MJA  [19.Set.10]

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Crédito à habitação: Provedoria alerta
para discriminação de deficientes

DN

PATRÍCIA JESUS

17 Setembro 2010


Mais de 400 euros por mês. Era quanto Bruno, 31 anos, pagava todos os meses pelo seguro de vida que precisava por causa do crédito à habitação. O agravamento da apólice era de 1000%, devido à sua deficiência, e superava largamente a bonificação a que tinha direito no crédito. Por isso, acabou por queixar-se à Deco. É por continuar a receber queixas destas que a Provedoria da Justiça alerta para a discriminação de que são alvo os deficientes nos seguros para compra de casa.

O que está em causa, explica Miguel Coelho, responsável pela área dos assuntos judiciários na Provedoria, é o facto de a bonificação a que as pessoas com deficiência ou risco de saúde (por causa de doenças crónicas) têm direito quando fazem um crédito ser completamente "desvirtuada" por terem de pagar seguros de vida agravados por essa mesma incapacidade.

Isto quando encontram uma companhia que lhes faça um seguro de vida, já que alguns nem isso conseguem e por isso não têm acesso a crédito para comprar casa, sublinha Miguel Coelho.

Desde 1994 houve, pelo menos, 20 queixas de particulares na Provedoria da Justiça. A estas somam--se os pedidos de associações de deficientes e de entidades sindicais (como a CGTP), indica. Reclamações que levaram o provedor a sugerir ao Governo que desse orientações à Caixa Geral de Depósitos, cujo principal accionista é o Estado, para que as seguradores do grupo "não recusassem a celebração de contratos de seguro de vida associados a créditos à habitação nem agravassem os respectivos prémios" por causa de deficiências.

Mas recebeu como resposta que a legislação existente já assegura os direitos dos deficientes. No entanto, e porque a Provedoria continua a receber reclamações, o provedor Alfredo José de Sousa vem alertar novamente para esta discriminação. E pedir às pessoas afectadas para apresentarem queixas ao Instituto Nacional de Reabilitação.

Outra opção é que se crie um fundo que sirva para assegurar estes seguros. Uma sugestão que por razões económicas não foi acatada, conclui o responsável

"Temos queixas em que esse agravamento é de 1000% e o queixoso paga mais de seguro do que de prestação da casa", indica a jurista Ana Sofia Ferreira, da Deco. Também a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor defende a criação de um sistema alternativo para segurar as pessoas cuja avaliação de risco resulta num prémio incomportável ou na recusa de fazer seguro - embora aproveite para lembrar que esta recusa é uma discriminação. Nos últimos quatro anos, a Deco mediou 11 processos deste tipo, recebeu mais 28 reclamações e cerca de 70 pedidos de informação.

No caso de Bruno, depois de se queixar à Deco e de se ter iniciado o processo de mediação, a seguradora aceitou reduzir o agravamento da apólice para 300% e reembolsar os valores pagos desde a entrada da queixa. Mas não recebeu os 4000 euros pagos anteriormente.

Anabela, de 56 anos, passou pela mesma situação. Com 65% de incapacidade depois de ser operada a um cancro na mama, viu a seguradora apresentar-lhe uma conta de cerca de 200 euros mensais. Com mais 80 do marido, o valor ficava muito perto da prestação da casa, que rondava os 300 euros. "Não pensei em discriminação, mas achei injusto e pensámos em desistir", conta. Depois, descobriram que havia a possibilidade de segurar apenas o marido - responsável pela maior fatia de rendimento do casal. Apresentaram a hipótese ao banco, que aceitou. A única forma que encontraram de contornar aquela "injustiça".

publicado por MJA  [19.Set.10]

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ONG americana narra revista Playboy
para deficientes visuais

Veja

14-09-2010

A ONG americana Taping for The Blind (algo como “ditando para cegos”) dedica-se a uma atividade de utilidade pública: narrar revistas, jornais e demais publicações para deficientes visuais através de programas de rádio ou na internet, com suporte de cerca de 200 voluntários. O inusitado é que a revista masculina Playboy entrou no rol das publicações “contadas” aos deficientes.

“Ela é latina, morena, com olhos castanhos escuros. Tem cabelos longos, cacheados e, na foto, está sentada no oceano. As pernas estão meio cruzadas”, conta a radialista Suzi Hanks sobre o pôster de uma edição recente da revista.

O grupo de voluntários grava grava e transmite as publicações 24 horas por dia. O serviço existe desde 1967.

Primeira mulher a transmitir a Playboy, Hanks lê e descreve artigos e fotos com riqueza de detalhes - marcas de bíquini, tatuagens, maquiagem e outros detalhes da produção não lhe escapam aos olhos. Todavia, de maneira sóbria e sem insinuações. '”Eu não preciso tentar ler de forma sexy. Eu apenas leio, sou mulher, e isso é sexy o bastante”, diz ela.


publicado por MJA  [19.Set.10]

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Igreja Católica cria serviço de apoio a deficientes

Diário Digital

14 de Setembro de 2010



A Igreja Católica anunciou hoje, em Fátima, a criação do Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência, iniciativa que pretende fomentar o acolhimento desta minoria nos espaços religiosos.

O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, Carlos Azevedo, explicou que se trata de um “serviço novo que não existia na Conferência Episcopal Portuguesa”, ao contrário de outras congéneres na Europa.

“Tem como objetivo ver como é que a Igreja e como é que as comunidades cristãs podem acolher as pessoas com deficiência e ajudar as suas famílias”, adiantou o prelado.

Questionado se os deficientes são esquecidos nas comunidades cristãs, Carlos Azevedo declarou que “não é só esquecidos”, mas “muitas vezes há dificuldade em integrá-los e acolhê-los, sobretudo quando vão a uma celebração fazem barulho, têm reações que não são habituais”.

“As comunidades sentem que há ali quase uma pessoa que vem perturbar o ambiente”, admitiu o bispo auxiliar de Lisboa, acrescentando que gostaria que “houvesse cada vez mais uma capacidade de acolhimento” para que estas pessoas pudessem mesmo fazer “um itinerário de crescimento cristão, com a adaptação que é inerente para que se sintam como membros de uma comunidade”.

À pergunta se faz sentido falar de acolhimento e participação de pessoas deficientes nas celebrações religiosas quando muitos dos espaços litúrgicos não têm acessibilidades, Carlos Azevedo reconheceu que a Igreja e a sociedade não estavam sensíveis a esta questão.

“Os espaços públicos em geral, os que são construídos de novo, as igrejas que são construídas de novo, são já adaptadas”, apontou, defendendo que “as outras têm que sofrer adaptações”, embora “às vezes não é fácil”.
 

publicado por MJA  [19.Set.10]

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Rui Cardoso Martins vence Grande Prémio
de Romance e Novela

Diário Digital

13 de Setembro de 2010

«Deixem Passar o Homem Invísivel», editado no ano passado pela Dom Quixote em Junho, «conta-nos a história de um homem, cego desde os oito anos, advogado, que, durante uma grande enxurrada em Lisboa, cai numa caixa de esgoto aberta, situada junto da Igreja de São Sebastião da Pedreira. Na mesma altura, um escuteiro que regressava de uma actividade na mesma Igreja é também arrastado para o mesmo esgoto. É a viagem de ambos, através de uma Lisboa subterrânea, enquanto cá fora são tomadas todas as medidas para os salvarem, que o autor nos conta. Mas é também a entreajuda e a cumplicidade entre o cego e criança que sobressaem neste romance».

Rui Cardoso Martins, com «Deixem Passar o Homem Invisível», editado pela Dom Quixote, foi o grande vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE). Concorriam ao prémio 83 obras.

O júri, constituído por José Correia Tavares, Eugénio Lisboa, Luís Mourão, Luísa Mellid-Franco, Pedro Mexia e Serafina Martins, deliberou por maioria a atribuição do galardão ao livro de Rui Cardoso Martins, escritor (o seu primeiro romance, «E Se Eu Gostasse Muito de Morrer», foi publicado em Espanha e na Hungria), jornalista (vencedor de dois prémios Gazeta de Jornalismo), argumentista (no cinema, autor do guião de «Zona J» e co-autor da longa metragem «Duas Mulheres») e fundador das Produções Fictícias (co-criador e autor de «Contra-Informação» e «Herman Enciclopédia», entre outros programas).

publicado por MJA  [19.Set.10]

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Nova frota da Carris tem Internet e
mais respostas para passageiros com dificuldades

SIC

6 de Setembro 2010


A Carris incorporou nos 30 autocarros da nova frota características técnicas inovadoras, que se traduzem em transportar "todos" com comodidade, e que possuem Internet, para os passageiros "viajarem pelo mundo".

José Manuel Silva Rodrigues, presidente da Carris, apresentou à agência Lusa o novo autocarro, equipado com "sistema wi-fi grátis da TMN", como uma referência "técnica inovadora", que permite ao utente, através de "computador ou telemóvel", durante o percurso que está a efetuar, viajar via Internet por "qualquer parte do mundo".

O gestor ressalvou que "as viaturas traduzem uma maior comodidade, conforto e segurança para todos os passageiros, tendo em atenção as características pessoais que nos separam".

Deu como exemplo as rampas de acesso a cadeiras de rodas e o dispositivo de segurança que existe dentro do veículo, que têm como objetivo "dar a todos os clientes, não esquecendo os que são diferentes, igualdade de circunstâncias, para uma melhor mobilidade".
Para imobilizar a viatura existe um botão, devidamente identificado, que, ao ser pressionado, o visor "sinaliza por escrito e com voz" o local onde o autocarro se encontra.

Também a "aplicação de uma placa com leitura Braille para cidadãos invisuais e com baixa visão" está já colocada nas paragens dos autocarros.

A informação por SMS ao minuto, que permite aos clientes com necessidades "diferentes" a consulta dos tempos de espera dos veículos nas paragens através do seu telemóvel, "já está ativada".

São ainda "disponibilizados cds" com a descrição áudio do percurso de carreiras acessíveis, preparadas para o "transporte de passageiros de mobilidade reduzida, dando a indicação das paragens e respetivos interfaces", explicou o diretor. A empresa disponibiliza também mapas de consulta rápida (spider maps) nas paragens Carris.
 

publicado por MJA  [7.Set.10]

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A falta de rigor científico no Decreto-Lei 3/2008"

Andreia Lobo

9 Agosto 10


Luís de Miranda Correia é um dos investigadores mais críticos das políticas ministeriais para a Educação Especial, em Portugal. Recentemente desenvolveu um estudo que mostra as "limitações e confusões" inerentes à legislação nesta matéria.

Reconhece que é uma voz incómoda aos ouvidos dos responsáveis políticos pela Educação em Portugal. Não se constrange em classificar a ex-ministra da titular desta pasta, Maria de Lourdes Rodrigues, como "um dos piores ministros da Educação do pós-25 de Abril", pela forma como actuou em matéria de Educação Especial. Tem assistido a muitas "incongruências" políticas no que toca às necessidades educativas especiais (NEE). E não se cansa de as denunciar.

Luís de Miranda Correia nasceu em Braga em 1947. É psicólogo, professor catedrático e director do Departamento de Psicologia da Educação e Educação Especial da Universidade do Minho (UM). Foi psicólogo escolar nos Estados Unidos da América e investigador assistente na Universidade de Brown, tendo ainda colaborado com as Universidades de Rhode Island e de Fairfield.

Em 1996, criou e coordenou dois mestrados em Educação Especial, no âmbito das Dificuldades de Aprendizagem Específicas e da Intervenção Precoce, na UM. Luís de Miranda Correia é ainda autor de vários livros e estudos. O mais recente, apresentado em Maio e realizado em parceria com a investigadora Rute Lavrador, versou a utilidade da aplicação da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) na eleição de alunos com possíveis NEE para serviços de Educação Especial. Um tema polémico, ao qual o investigador não foge, já que a sua aplicação estará a excluir vários alunos dos apoios educativos a que teriam acesso, antes da obrigatoriedade legal do uso da CIF nas escolas.

Educare.pt (E): Numa conferência recente disse que "a inclusão começa por ser uma atitude, mas muitas vezes não é bem-vinda por parte dos professores por falta de recursos na sala de aula". É assim?
Luís de Miranda Correia (LMC): Quando disse que a inclusão começa por ser uma atitude, pretendi dizer que o movimento da inclusão só terá sucesso se, em primeiro lugar, os cidadãos o compreenderem e o aceitarem como um princípio cujas vantagens a todos beneficia. No entanto, ao considerarmos só os professores, por vezes ela não é bem-vinda, não só pela falta de recursos especializados necessários ao sucesso dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) significativas, o que é um facto, mas também pela preparação inadequada, quer a nível de formação inicial quer especializada, desses professores, o que os torna inseguros e, portanto, capazes de se rebelarem contra a inclusão dos alunos com NEE significativas nas suas salas de aula.

E: No estudo "A Utilidade da CIF em Educação" concluiu precisamente sobre a inutilidade deste instrumento. Como chegou a essa conclusão?
LMC: Considerei uma amostra composta por sete grupos de participantes que se estendia por sete agrupamentos, sendo cada grupo constituído por um professor do ensino regular, um professor de educação especial especializado e um psicólogo. Pedi aos 21 participantes que respondessem a um questionário sobre a utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) em educação e aos sete grupos de participantes que analisassem um estudo de caso (o mesmo que o Ministério da Educação usou na formação que fez sobre a CIF), tendo por base, ipsis-verbis, as instruções e recomendações formuladas nos documentos emanados do ministério.

No que respeita aos resultados, as respostas dos participantes ao questionário foram totalmente contraditórias, revelando uma profunda falta de conhecimento sobre a utilidade da CIF em educação. Quanto ao tratamento do caso propriamente dito, tendo em conta a necessidade do uso da Checklist contida no manual Educação Especial: Manual de Apoio à Prática, os resultados foram os mais díspares, consubstanciando uma heterogeneidade de posições que aparentam um comportamento aleatório quanto à escolha das opções.

E: Pode dar-me um exemplo concreto das contradições que a aplicação da grelha gerou entre os diferentes grupos que tentavam classificar o mesmo caso?
LMC: Dou um exemplo que diz respeito à componente Actividade e Participação. No Capítulo I, ao analisarmos os resultados da categoria d175, "resolver problemas", verificamos que um grupo entendeu que o aluno apresentava uma "dificuldade ligeira"; dois grupos, uma "dificuldade moderada"; outros dois grupos consideram-no com uma "dificuldade grave"; um grupo optou por uma "dificuldade completa"; e, por último, um grupo considerou a opção "não especificado". Esta disparidade de resultados não só revela uma forte divergência de critérios na interpretação de um mesmo caso como também uma incongruência entre os comportamentos exibidos pelos grupos nesta matéria, deixando perceber que esta dissimilitude terá, porventura, a sua génese na subjectividade da CIF ou até na sua incompatibilidade prática quanto ao seu uso em educação.

E: O Ministério da Educação já reagiu a esse estudo?
LMC: Que eu tenha conhecimento, não. No entanto, antes da publicação do Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro, dei conhecimento ao Ministério da Educação (ME) do erro crasso que iria cometer ao pretender inserir num Decreto-lei uma Classificação cuja investigação, quanto à sua utilidade em educação, era praticamente nula. Tornei ainda públicas as opiniões de eminentes especialistas, todos eles reticentes quanto ao uso da CIF em educação.

Recordo as palavras do Professor James Kauffman, uma das maiores sumidades mundiais nestas matérias, quando afirmou que a inserção da CIF numa lei seria "um erro grave, mesmo trágico". Ou as conclusões a que chegou o Professor Robin MacWilliam, no que respeita à CIF para crianças e jovens (CIF-CJ). Diz ele: "Levámos cerca de três anos a explorar a adopção da CIF numa clínica pediátrica de diagnóstico desenvolvimental e comportamental, com muito pouco sucesso."

Também na Assembleia da República se tratou o assunto, num encontro organizado pela Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, tendo a maioria dos participantes (especialistas, associações de pais, professores e investigadores) manifestado a sua preocupação pela obrigatoriedade do uso da CIF em educação quando a investigação não o aconselhava. Por tudo isto, o ME, já nessa altura, deveria ter tido o bom senso de não incluir a CIF no Decreto-Lei 3/2008. Não o fez. Talvez por teimosia, prepotência, petulância, ou sabe-se lá o quê, o diálogo nunca aconteceu.

E: Depois do que disse, por que razão a CIF permanece obrigatória?
LMC: Parece ser por uma ignorância generalizada, por parte dos envolvidos na implementação do Decreto-Lei 3/2008, quanto ao processo que pode e deve levar à construção de respostas educativas eficazes para os alunos com NEE.

Eu próprio pedi, por carta, à então ministra da Educação, uma audiência para discutir este assunto. Nunca recebi resposta que não fosse o silêncio. Questões de "educação". Contudo, a resposta foi dada a todos os portugueses, especialmente aos pais e aos alunos com NEE, de uma forma muito evidente: a destruição de um sistema de educação especial que até à data vinha a demonstrar alguns progressos. Considero mesmo que, nesta matéria, a doutora Maria de Lourdes Rodrigues, foi um dos piores ministros da Educação do pós-25 de Abril.

E: Escreveu que "o grosso da literatura existente sobre a CIF (...) mais parece pretender vender um produto do que implementar um modelo"...
LMC: A maioria das apresentações feitas sobre a CIF pouco ou nada diferem. O corpo de investigação não passa de uma "ecolália imaginária". Por isso, ficamos com a ideia de que se pretende sonegar informação para, assim, se dar a impressão de que ao usar a CIF se irão abrir as portas do sucesso para todas as crianças com NEE.

Quando o próprio coordenador da adaptação da CIF-CJ, Doutor Rune Simonsson, diz em 2010, o mesmo que disse em 2005, que "a implementação da CIF está dependente da existência de instrumentos de avaliação que possam fornecer informação para atribuir níveis de severidade aos códigos da CIF", o que podem esperar aqueles que acreditam na investigação fidedigna e estão totalmente por dentro do processo que deve reger o atendimento a alunos com NEE? Apenas que lhes estão a tentar vender um produto talvez já fora de validade.

E: É autor do "Modelo de Atendimento à Diversidade", um meio de diagnóstico e acompanhamento de crianças e jovens com NEE. Como surgiu?
LMC: O modelo tem vindo a amadurecer desde 1977, altura em que comecei a trabalhar com alunos com NEE, fruto da minha experiência como psicólogo e professor, mas também da investigação que tenho feito e do que muito aprendi sobre estas matérias, especialmente nos EUA.

Em 1989, começa a tomar forma e, em 1995, apresentei-o pela primeira vez numa conferência que efectuei na Universidade do Minho, descrevendo-o como um paradigma cujo objectivo era o de equacionar um processo faseado que permitisse responder adequadamente às necessidades de todos os alunos, designada e principalmente dos alunos com necessidades especiais (alunos em risco educacional, com necessidades educativas especiais e com sobredotação). Desde então, tem sido alvo de investigação por parte de alguns dos meus alunos de mestrado e de doutoramento e sido aplicado, com sucesso, quer na Região Autónoma da Madeira quer num agrupamento do Norte do país.

E: Por que razão não é posto em prática de modo generalizado?
LMC: Por razões políticas que se inscrevem na esfera do ME. Não por pertencer a partidos, pois não pertenço, nem nunca pertenci a nenhum, mas talvez por ser uma daquelas vozes incómodas que continuam, intransigentemente, a defender os direitos dos alunos com NEE e, portanto, a incomodar quem está no poder.

E: Qual é a verdadeira realidade das NEE nas escolas portuguesas?
LMC: Neste momento, caótica. Fruto das más políticas educativas, da falta de recursos, da falta de preparação de muitos desses recursos e de muitos professores especializados, da inadequação dos planos de estudos dos cursos de formação inicial e de especialização oferecidos pelas instituições de ensino superior. Enfim, há uma panóplia de factores que fazem com que a maioria dos alunos com NEE não esteja a receber os serviços a que tem direito.

E: A escola regular consegue dar resposta a alunos com multideficiência, deficiência auditiva, visual, problemas motores ou até mesmo autismo?
LMC: Com certeza. A escola regular poderia dar resposta à maioria dos alunos com NEE, incluindo à maioria das crianças que se inscrevem nas problemáticas que menciona. Contudo, é obrigatório que se considerem os factores que aludi na questão anterior e o facto de haver uma pequena percentagem de alunos que, possivelmente, necessitarão que os serviços de educação especial lhes sejam prestados fora das escolas regulares, em instituições preparadas para o efeito.

E: E no que toca a problemáticas como a hiperactividade ou a sobredotação?
LMC: Digo-lhe o mesmo. Os alunos com este tipo de problemáticas podem e devem frequentar as escolas regulares e ser alvo de apoios que tenham por base as suas características e respeitem as suas capacidades e necessidades

E: Qual a sua opinião sobre a apresentação preliminar da avaliação externa da Educação Especial, realizada em Julho pelo ME na presença da ministra Isabel Alçada?
LMC: Creio que a ministra Isabel Alçada, que conheço por ter sido colega e que respeito pelas suas características científicas, pedagógicas e humanas, poderá não fazer a mínima ideia no que se está a meter. Pode, eventualmente, deixar-se conduzir por um discurso, sempre repetitivo, que não tem levado a lado nenhum no que concerne a estas matérias. Seria bom que ouvisse quer especialistas com experiência comprovada nestas matérias, quer educadores e professores, quer ainda pais e organizações ligadas ao sector, coisa que a sua antecessora nunca fez.

E: O que mais o preocupa nesta matéria?
LMC: Aflige-me que ninguém, com responsabilidades políticas, sociais e académicas, se tenha pronunciado de uma forma indelével sobre as tantas incongruências, e a falta de rigor científico no Decreto-Lei 3/2008. O prejuízo que ele já causou e virá a causar a muitos milhares de alunos com NEE justifica plenamente a sua suspensão ou mesmo revogação.


Fonte: Educare

publicado por MJA  [7.Set.10]

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Chegou a hora de acabar com o braile?

Frederic K. Schroeder

Revista Super Interessante

- edição de Agosto -


A tecnologia dedicada a ajudar deficientes visuais tem evoluído muito. Novas ferramentas vêm ampliando o acesso de cegos à informação escrita: audiolivros, softwares que leem em voz alta o e-mail que acabou de chegar, serviços telefônicos que leem o jornal pela manhã. Sem dúvida, uma mão na roda, que dá mais opções aos cegos.

Essas novidades conquistaram o espaço. E, confiando nelas, os cegos estão deixando de ler. Estão apenas ouvindo. Há deficientes visuais que já aderiram completamente à tecnologia. Alguns professores de escolas para cegos também não veem mais espaço para o braile. Tanto que quase 90% das crianças cegas americanas estão crescendo sem aprender a ler e escrever. Isso é um sinal de progresso? Devemos celebrar o declínio do braile?

É verdade, a tecnologia permite a absorção rápida de muita informação. O problema é que essas novas ferramentas oferecem um tipo passivo de leitura. Ao contrário do braile, que permite uma leitura ativa. Com ele, o cérebro recebe as informações de forma diferente: além do conteúdo, absorve também as letras, a pontuação, a estrutura do texto.

A falta desse conhecimento pode prejudicar a formação de alguém. Aconteceu comigo. Perdi parte da visão aos 7 anos de idade. Aos 16, fiquei completamente cego. Não fui alfabetizado em braile quando criança, e tive de aprender a ler e escrever sozinho depois de cego. O aprendizado tardio prejudicou minha educação e minha confiança. Quando entrei na universidade, não podia soletrar. Sabia pouco sobre pontuação e regras gramaticais. Fiz um doutorado em administração da educação, mas a alfabetização limitada foi sempre uma barreira.

Hoje uso muita tecnologia de áudio. Com ela, posso ler o texto no computador em um ritmo de 250 palavras por minuto. Com o braile, leio 50 palavras por minuto. Mas a tecnologia é complicada para reuniões e palestras. Se preciso ler um discurso que escrevi, buscar notas no meio de uma apresentação, consultar tabelas, só o braile evita que eu desvie a atenção do conteúdo principal.

É como para as pessoas que têm visão: rádio e TV são métodos úteis de conseguir informação, mas não substituem a leitura. Não quero dizer que a tecnologia de áudio não é importante na vida dos cegos. Ela é. Mas deficientes visuais necessitam de uma maneira eficiente de ler e escrever, como todo mundo. Isso significa que precisamos garantir o acesso a todo tipo de tecnologia que apareça e seja capaz de auxiliar. Sem esquecer também de trabalhar para manter o braile vivo.

Fonte: SACI

publicado por MJA  [7.Set.10]

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Decálogo para cuidar
dos olhos este verão

9-08-2010
 

  1. Sempre, e ainda mais no verão, aconselha-se uma adequada dieta mediterrânica rica em saladas, frutas e vegetais. Se sofreres de alguma doença ocular ou se a tua dieta não for equilibrada e apresentar deficiências nutricionais, suplementos extra de Vitaminas A, E e C (anti-oxidantes) e de luteina podem ajudar a prevenir o envelhecimento dos olhos (cataratas e degeneração macular).
  2. Durante as férias, sobretudo no mar e na montanha, protege os teus olhos com óculos de sol homologados com filtro de raios UVA (ultra-violeta) e evita comprar aquelas que não tiverem garantia dos estabelecimentos acreditados.
  3. Quando praticares natação não te esqueças de usar óculos protectores para evitar o contacto directo da água com os olhos, sobretudo nas piscinas (fortemente cloradas). Também é recomendável utilizá-los no mar.
  4. Durante a época de mais calor, quando trabalhares com o computador em ambientes de grande refrigeração, lembra-te de fechar os olhos uns minutos em cada hora de trabalho para os fazer descansar, e se notares alguma secura, utiliza lágrimas artificiais, compradas na farmácia, sem conservantes.
  5. Se usares lentes de contacto deverás ter especial atenção em não as deixar expostas, no seu estojo, ao sol ou ao calor, já que, não obstante a solução detergente, podem-se criar condições de contaminação, que conduzam a graves infecções da córnea.
  6. Se tiveres dormido pouco e fumado em excesso, para relaxar os olhos e reduzir as pálpebras inchadas da manhã, umas compressas de chá frio durante uns 20 minutos far-te-ão sentir melhor.
  7. Nestes dias de maior exposição ao ar e ao sol, a higiene diária das pálpebras, com produtos específicos que encontrarás nas farmácias, é muito recomendável para diminuir o excesso de secreções de gordura e dificultar as irritações e alergias.
  8. Cuidado com a prática de desportos em que se utilizam bolas (ténis, golfe…) sem adequados óculos de protecção que encontrarás em ópticas ou estabelecimentos de material desportivo. Com a sua utilização evitar-se-ão traumatismos muito graves que frequentemente se produzem nestas actividades.
  9. Em caso de acidentes, em "Conselhos de Saúde Ocular" encontrarás um guia para, sem riscos, afrontar os problemas mais comuns até chegares ao centro hospitalar.
  10. Vai uma vez por ano ao oftalmologista, sobretudo se tiveres antecedentes familiares de doenças oculares ou se notares algum problema, como por ex. olhos vermelhos ou com secreções. O regresso de férias pode ser a melhor época para uma revisão e ficares tranquilo até nova temporada.


María Teresa Iradier, médica oftalmologista.

publicado por MJA  [9.Ag.10]

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Ciência desvenda sensibilidade olfativa dos cegos

Luciana Christante

23 de Julho de 2010


Ao contrário do que se acredita, os deficientes visuais não têm o olfato mais apurado que as pessoas que conseguem ver. É o que mostra um estudo feito na Universidade de Montreal, no Canadá.

Segundo os autores, a diferença é que os cegos prestam mais atenção aos odores presentes no ambiente do que as outras pessoas. A pesquisa avaliou a capacidade olfativa de 25 voluntários, dos quais 11 eram cegos desde o nascimento. A primeira bateria de testes foi realizada com um olfatómetro para detectar o limiar de sensibilidade olfativa, isto é, a menor concentração do odor no ar que os participantes são capazes de reconhecer.

Os resultados mostraram que não houve discrepância entre resultados obtidos nos testes com cegos e pessoas sem problemas de visão. A diferença entre os dois grupos apareceu na segunda etapa do experimento, quando os pesquisadores usaram técnicas de imageamento cerebral para identificar quais áreas do cérebro eram activadas em resposta à exposição aos odores.

Observou-se maior atividade no córtex olfatório dos deficientes, mas, paradoxalmente, também o córtex visual destes se mostrou activo. Para o coordenador do estudo, Maurice Ptito, os dados indicam que a área visual do cérebro dos cegos passou por uma reorganização, o que talvez favoreça a atenção que eles dedicam aos estímulos olfativos, coisa que as pessoas que não têm problemas de visão, distraídas por outras sensações, não fazem.

Fonte: ajudas.com

publicado por MJA  [1.Ag.2010]

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Nova técnica evita perda da visão após
retirada de tumor dos olhos

21/07/2010


Pacientes que tem câncer no olho enfrentam um dilema. Eles começam o tratamento, sabendo que a estratégia do cirurgião para retirar o tumor com radiação pode comprometer a visão.

Investigadores da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) descobriram que uma substância chamada óleo de silicone pode proteger a visão dos pacientes submetidos à terapia de radiação para melanoma ocular.

Segundo o site de notícias científicas "Science Daily", o periódico The American Medical Association's Archive of Ophthalmology publicou os resultados do estudo em sua edição de julho.

"A perda da visão é um efeito colateral devastador ainda comum na terapia de radiação", declarou Tara McCannel, professora assistente de oftalmologia e diretora do Centro de Oncologia Oftalmológica da UCLA no Instituto Jules Stein Eye. "Até pouco tempo atrás, os médicos focavam em matar o tumor e consideravam a perda de visão um problema secundário. Nossos resultados sugerem que o óleo de silicone é uma ferramenta segura para proteger a visão do paciente durante a radiação."

O melanoma ocular se forma nas camadas pigmentadas sob a retina e é o câncer ocular mais comum entre os adultos. O Instituto Nacional do Olho registra cerca de 2.000 novos casos diagnosticados de câncer, cerca de sete em um milhão de pessoas, a cada ano. As causas permanecem desconhecidas.

Para tratar o melanoma ocular, cirurgiões costuram uma placa de ouro com sementes radioativas no branco do olho e removem-na alguns dias depois. Embora a radiação mate as células cancerígenas, ela causa prejuízos irreversíveis nas fibras do nervo óptico e da mácula, a parte da retina responsável pela visão central.

A radiação que danifica a mácula fragiliza os vasos sanguíneos que alimentam o olho, causando sangramentos e eliminando a circulação. Mesmo quando a radiação destrói o tumor com sucesso, as estruturas dos olhos permanecem extremamente frágeis e propensas à atrofia, o que pode levar à perda da visão.

"Se os pacientes sobreviverem ao câncer, mais de metade irá perder a visão no olho tratado de seis meses a três anos mais tarde", disse McCannel, que também é membro do Centro de Câncer Jonsson Comprehensive da UCLA. O risco de cegueira aumenta ao longo do tempo.

A técnica do UCLA ocorre imediatamente antes do olho do paciente ser exposto à radiação.

Primeiro, os pacientes são submetidos a um exame para medir a visão da linha de base antes do tratamento. Em seguida, McCannel remove o gel vítreo, que suporta o formato interior do olho. Ela substitui o gel com óleo de silicone, uma substância aprovada pelo FDA (órgão que fiscaliza alimentos e medicamentos nos EUA similar à Anvisa), muitas vezes usada para manter a retina no lugar durante a cirurgia para o reparo do descolamento da retina.

Após a remoção da placa de radiação no olho tratado, ela remove o óleo com uma solução salina, que eventualmente é substituída por fluidos naturais do paciente.

"Nós descobrimos que o óleo de silicone absorve quase 50% da radiação", disse ela. "A substância age como um escudo físico, reduzindo a quantidade de raios radioativos que atingem as costas e os lados do olho. Esperamos que a capacidade do óleo para bloquear a radiação resulte em melhor visão para os pacientes."

O óleo já é amplamente utilizado em cirurgias de retina, não interfere no tratamento do tumor e sua transparência permite que o cirurgião e o paciente vejam através dele.

A equipe do UCLA usou três abordagens para demonstrar que o óleo de silicone absorve 50% dos raios de radiação. Embora sejam necessárias mais investigação a longo prazo, o acompanhamento dos pacientes de McCannel mostrou que a visão de cada um retornou aos níveis de base, sem interferir na resposta dos tumores à radioterapia.

FONTE: folha.com

publicado por MJA  [1.Ag.2010]

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Beber vinho tinto pode ser bom para visão

25/06/2010


Pesquisadores da Universidade de Medicina de Washington, em St Louis, descobriram que uma substância encontrada nas uvas e em outras frutas pode proteger os vasos sanguíneos dos olhos danificados pelo avanço da idade, segundo reportagem do site do jornal britânico "Telegraph". O estudo foi publicado no The American Journal of Pathology.

O composto, conhecido como resveratrol, é eficaz porque impede que os vasos sanguíneos sejam danificados.

A equipe acredita que a substância -que já foi associada ao antienvelhecimento e à proteção contra o câncer- funciona, pois protege contra a angiogênese anormal, a formação de vasos sanguíneos danificados.

Esta característica pode ser associada ao câncer, doenças cardíacas e doenças oculares, como a degeneração macular (da retina, onde se forma a imagem), relacionada à idade.

O autor da pesquisa, Rajendra Apte, afirmou que o estudo deve causar um "impacto substancial' sobre a compreensão de como o resveratrol funciona.

Ele informou que é capaz de demonstrar que o resveratrol, um composto que ocorre naturalmente, pode inibir diretamente o desenvolvimento de vasos sanguíneos anormais, tanto dentro como fora do olho, e que a descoberta pode levar a novos tratamentos.

O composto natural é produzido em uma variedade de plantas para evitar infecções bacterianas. Pode ser encontrado em níveis altos na casca da uva (e, consequentemente, no vinho tinto), e em níveis mais baixos de blueberries, amendoim e outras plantas.

Vários estudos já demonstraram que o resveratrol pode diminuir os efeitos do envelhecimento e agir como um agente anticâncer.

O vinho tinto também é conhecido por apresentar diversos benefícios à saúde. O consumo moderado é associado a uma reduzida incidência de doenças cardiovasculares, o chamado paradoxo francês.

Apesar da dieta rica em manteiga, queijo e outras gorduras saturadas, os franceses têm uma incidência relativamente baixa de doenças cardiovasculares, que alguns atribuem ao consumo regular de vinho tinto

Fonte: folha.com

publicado por MJA  [1.Ag.2010]

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Fenprof propõe a revisão
da lei de Educação Especial

Alexandra Inácio

Jornal de Notícias

28-07-2010


A Federação Nacional de Professores defende que as escolas de referência sejam transformadas em centros de recursos, para que os professores funcionem como equipas "móveis". O sindicato vai pedir hoje, quarta-feira, no ministério a revisão da  lei de Educação Especial. 

A reunião com o secretário de Estado Adjunto da Educação está pedida “há muito”. E, hoje, quarta-feira, além do pedido de abertura de um processo “urgente e amplo” de revisão do decreto-lei nº 3/2008, Mário Nogueira também quer inteirar-se do processo de revisão do regime jurídico da formação contínua dos docentes, “que o ME está a preparar”, a redução dos lugares de professor bibliotecário, a lista de escolas que vão encerrar e a de agrupamentos fundidos.

Sobre a Educação Especial, a Fenprof leva propostas a Alexandre Ventura. Além do alargamento dos lugares de quadro do grupo desse recrutamento, a federação também defende a criação de quadros inter-agrupamentos, para que os docentes possam dar “respostas a situações permanentes do sistema, ainda que transitórias para as escolas”.    

As escolas de referência e unidades especializadas devem ser “transformadas em centros de recursos”, funcionando como “sede de equipas móveis/itinerantes” de docentes especializados e com recursos – lê-se na proposta que a Fenprof vai entregar e a que o JN teve acesso.

Assim como o número máximo de alunos por turma, que tenha dois alunos com necessidades educativas especiais (NEE), deve ser reduzido dos actuais 20 para 17. 

As equipas multidisciplinares voltam a ser defendidas como essenciais nas escolas, até porque, sugere a Fenprof, devem ser esses técnicos a reavaliar os milhares de alunos excluídos das NEE, pela aplicação da CIF (classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde).

A inclusão da Educação Especial nos currículos de base dos docentes, que não existe na maioria dos cursos superiores de Educação, também faz parte da proposta. Aliás, sublinha o líder da Fenprof, a colocação de docentes sem especialização nos lugares de Educação Especial é das queixas mais ouvidas pelo sindicato.

A federação insiste, ainda, na criação do departamento curricular, destacando a “valorização” que representaria para os docentes serem avaliados por colegas da mesma área e não, por exemplo, por professores de Música ou Desenho, pelo facto de a Educação Especial estar incluída no grupo das Expressões.

publicado por MJA  [28.Jul.10]

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Governo atribui 2,5 milhões para
apoio a pessoas com deficiência

A Bola

26-07-2010

O Governo anuncia, esta segunda-feira, a atribuição de 2,5 milhões de euros a organizações não-governamentais para desenvolverem projectos de apoio a pessoas com deficiência.

A verba insere-se no programa «Intervir para a Participação» e vai ajudar a desenvolver cerca de 400 projectos, com financiamento do Instituto Nacional para a Reabilitação.

«Às vezes, alguns destes projectos andam muitos anos em carteira e depois podem ser materializados. Falo em colónias de férias, projectos de agricultura biológica», explicou à Rádio Renascença a secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz.

publicado por MJA  [27.Jul.10]

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Inclusão de cheiro, textura e sabor

ODiario.Com

Juliana Daibert

25-07-2010

O papel de um jardim sensorial num jardim botânico transcende o espaço terapêutico e se ancora na inclusão social da pessoa com deficiência. Apesar do conceito de inclusão ser amplamente adotado, na prática os exemplos deixam a desejar.

Em maio de 2008 o Jardim Sensorial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro ganhou novo patrocinador, que investiu em atividades lúdicas voltadas para a integração entre as pessoas com deficiência visual - público-alvo, e demais frequentadores. São encontros, apresentações culturais, oficinas de plantio e a concorrida visita guiada pelos deficientes visuais.

Para abrigar essa agenda complexa, as instalações do jardim sensorial foram recuperadas.

Os canteiros foram refeitos com plantas medicinais e aromáticas selecionadas por técnicos do Jardim Botânico. Repintura de muretas e pisos, confecção de corrimões com eucaliptos e placas de identificação em braile também foram medidas adotadas.

O Jardim Sensorial possui dois jardineiros residentes formados pelos cursos de jardinagem da área de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro para auxiliar na manutenção e atendimento ao público.

Pela página eletrônica do Jardim Botânico é possível fazer um passeio virtual e conhecer melhor as belezas do local. Acesse www.jbrj.gov.br.

  • Espécies do Jardim Botânico do Rio de Janeiro:

    Orégano (Origanum vulgare)
    Manjericão (Ocimum basilicum)
    Alecrim (Rosmarinus officinalis)
    Melissa (Melissa officinalis)
    Carqueja (Baccharis trimera)
    Funcho (Foeniculum vulgare)
    Confrei (Symphytum officinale)
    Alho social (Tulbaghia violacea)
    Madressilva (Lonicera japonica)
    Bogari (Jasminum sambac)
    Chambá (Justicia pectoralis)
    Hortelã (Mentha x piperita)
    Cinerária (Senecio cineraria)
    Jasmim-estrela (Jasminum nitidum)
    Aguapé (Eichhornia crassipes)
    Tomilho (Thymus vulgaris)
    Tanchagem (Plantago major)
    Artemísia (Artemisia vulgaris)
    Capuchinha (Tropaeolum majus)
    Ninfea (Nymphaea spp.)
    Mil-folhas (Achillea millefolium)
    Orquídeas
    Suculentas
    Coité (Crescentia cujet)
    Coração-magoado (Iresine herbstii)
    Cavalinha gigante (Equisetum hyemale)
    Gengibre magnífico (Zingiber spectabile)
    Estévia (Stevia rebaudiana monitor 3)
    Espadinha anã (Sansevieria trifasciata)
    Abacaxi-roxo (Tradescantia spathacea)
    Pelo de urso (Ophiopogon japonicus)
    Cebolinha-Francesa (Allium schoenoprasum)


publicado por MJA  [25.Jul.10]

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Acatada recomendação do Provedor
sobre certificação de habilitações
dos alunos portadores de deficiência

Gabinete do Provedor de Justiça

21 de Julho de 2010


Foi apresentada ao Provedor de Justiça uma queixa sobre as dificuldades sentidas pelos alunos portadores de deficiência que, quando concluíam a escolaridade obrigatória, não conseguiam ingressar no mercado de trabalho por não lhes ser passado certificado de habilitações.

Com efeito, na medida em que os alunos portadores de deficiência estudam com currículos alternativos, muitos estabelecimentos de ensino recusavam certificar que eles haviam concluído com sucesso a escolaridade obrigatória, por que as suas aptidões eram diferentes das dos alunos com currículos ditos "normais".

E, sem certificados de habilitações, os portadores de deficiência não podiam concorrer a empregos, designadamente na administração pública.

Após a análise do assunto, o Provedor de Justiça recomendou ao Governo a alteração da lei, no sentido de que ficasse clara a forma de certificação das competências alcançadas pelos alunos com necessidades educativas especiais e, também, qual a entidade competente para passar aqueles certificados de habilitações.

Em Fevereiro de 2010, o Governo aprovou um despacho que prevê que, sempre que atinjam a idade limite da escolaridade obrigatória, os órgãos de gestão dos agrupamentos de escolas passam aos alunos da educação especial com currículo alternativo certificados de equivalência à escolaridade obrigatória.

publicado por MJA  [24.Jul.10]

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19 mil assinaturas em defesa
do trabalho para deficientes

IOL Portugal Diário

VG

21 Julho 2010

O presidente da Assembleia da República vai receber na quinta-feira uma petição com 19 mil assinaturas exigindo mais apoios aos Centros de Emprego Protegido (CEP), onde trabalham 300 pessoas com deficiência.

A petição «Deixem trabalhar as pessoas com deficiência» contesta «o decreto-lei que trouxe profundas alterações para os Centros de Emprego Protegido», contou à Lusa António Martins, porta-voz dos peticionários e responsável pela comissão dos Centros de Emprego Protegido.

Segundo António Martins, em causa está a «retirada de subsídios» e a «redução de verbas» que «condena» a actividade de alguns daqueles onze centros.

«Dois já estão na iminência de fechar», apontou.

O porta-voz dos peticionários lembrou que o diploma veio ainda limitar no tempo a estada das pessoas com deficiência nos CEP. «Quando terminam esse trabalho vão para onde», questionou o responsável, que considera que o diploma agora contestado manifesta «algo de extremamente errado do ponto de vista humano».

«A generalidade dos trabalhadores dos CEP não têm real capacidade produtiva capaz de inserção no mercado de trabalho» e por isso, sem os CEP, «vão para o desemprego» ou «ficam completamente abandonados», uma vez que «muitos já não têm familiares ou os seus pais estão muito idosos», sublinhou.

Segundo um estudo citado por António Martins, apenas 18 por cento das pessoas que frequentaram os CEP conseguem um emprego fora deste sistema.

«Há um número muito significativo de pessoas que não se consegue inserir no mercado de trabalho» e, por isso, a única alternativa a estes centros seriam os Centros de Actividades Ocupacionais, que «representam uma triplicação dos custos para o Estado», referiu.

Por isso, os 19 mil peticionários pedem a atenção dos deputados para que alterem as actuais regras de apoio aos CEP.

publicado por MJA  [24.Jul.10]

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Ministério e sindicatos discutem
avaliação de professores em funções
fora das escolas ou sem turmas

Jornal de Notícias

2010-07-15

As federações de professores reúnem-se, amanhã, sexta-feira, com o Ministério da Educação para analisar a avaliação e progressão em carreira dos docentes em funções fora das escolas ou sem turmas, no âmbito do Estatuto da Carreira Docente.

Em declarações à agência Lusa, o secretário geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, afirmou ter recebido na quarta feira duas propostas do Ministério da Educação para avaliação de desempenho através de ponderação curricular e procedimentos a adoptar quando não possa ocorrer observação de aulas, como prevê o Estatuto da Carreira Docente (ECD).

"São pessoas que estão fora dos serviços do Ministério da Educação e que estão em apoio noutras instituições e portanto estão sujeitas ao regime do SIADAP, no caso da Administração Pública, ou estão noutros serviços, com funções técnico pedagógicas", explicou o dirigente da FNE. 

Para estes professores, requisitados, em comissão de serviço, ou de licença, que estão noutras instituições, é necessário encontrar fórmulas de avaliação de desempenho para efeitos de progressão em carreira.

Assim, os professores que não estão em exercício efectivo de funções nas escolas poderão ser sujeitos a um mecanismo de ponderação curricular e procedimentos alternativos à observação de aulas.

Em causa estão dois documentos complementares à legislação entretanto elaborada, um despacho normativo e uma portaria para enquadrar estas situações de professores que estejam abrangidos pelo SIADAP, como os que estão num serviço da Administração Pública fora do Ministério da Educação e que queiram ter a classificação de "Muito Bom" ou "Excelente", disse João Dias da Silva.

O secretário geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, acrescentou à Lusa que estarão também nesta situação professores que trabalham nas escolas, mas que não têm turmas, como o caso dos bibliotecários, dos docentes da educação especial, da intervenção precoce ou dos cursos de educação e formação.

"Quisemos que todos fossem avaliados e para isso, como agora há observação de aulas, é preciso regras para que também possam ser avaliados e progredir na carreira", indicou.

O líder da Fenprof vai aproveitar a reunião em que serão apresentadas as propostas do Ministério da Educação para colocar outras questões, como a dos horários de trabalho.

O Estatuto da Carreira Docente foi publicado em Diário da República a 23 de Junho, acabando com a divisão da carreira em duas categorias: professor e professor titular.


publicado por MJA  [24.Jul.10]

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Minitelescópio pode ajudar idosos
com deficiência visual

eBand
Luiz Fujita Jr

9 Julho 2010

A FDA (Fod and Drug Administration), agência do governo americano que regula o setor de alimentos e medicamentos, aprovou o lançamento de um minitelescópio que pode ajudar idosos com um problema comum da visão no envelhecimento, chamado degeneração macular, que causa a perda da visão central.

O aparelho lançado pela empresa VisionCare é indicado principalmente para pacientes de 75 anos ou mais com problemas de degeneração avançada. Nos EUA, este estágio já classifica o paciente como cego.

O minitelescópio é menor que uma ervilha e deve ser implantado em um dos olhos deficientes. Nesse olho, o implante aumenta as imagens e as projeta na parte saudável da retina, melhorando a visão central. O outro olho acaba responsável pela percepção perifiérica e de detalhes.

A estimativa é que o aparelho, juntamente com a cirurgia, tenham um custo de 20 mil dólares.


publicado por MJA  [10.Jul.10]

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Pós-graduação 2010/2011 em
Estudos Interdisciplinares da Deficiência

Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
da Universidade Técnica de Lisboa


Director - Prof. Doutor Fausto Amaro
Directora Adjunta - Prof.ª Doutora Paula Pinto
Prazo de candidatura: 1 de Outubro de 2010

Com a participação da Prof.ª Márcia Rioux da Universidade de York (Canadá)

1. Objectivos:
A Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares da Deficiência, a primeira do género em Portugal, visa proporcionar formação avançada e um novo olhar sobre a deficiência, examinando os factores sociais, políticos, culturais, legais e económicos que definem esta realidade enquanto construto social e contribuem para determinar as respostas colectivas e individuais às pessoas com deficiência. Uma característica chave desta formação é a integração da experiência da deficiência e das perspectivas das pessoas com deficiência como fundamentos do conhecimento e da investigação neste domínio.

2. Destinatários:
Profissionais a desenvolverem actividade na área da deficiência incluindo psicólogos, sociólogos, antropólogos, técnicos de serviço social, técnicos de saúde, professores e juristas; pessoas com deficiência e suas famílias; activistas e pessoas interessados em desenvolver conhecimentos nesta área.

3. Condições de Acesso e Selecção dos Candidatos:
Licenciatura em qualquer área das Ciências Sociais, do Ensino, do Direito ou das Ciências da Saúde ou em outra área considerada adequada pelo Conselho Científico. Os candidatos serão seleccionados com base na média de licenciatura, considerando também o curriculum académico e profissional.

Mais informações em ISCSP.

publicado por MJA  [7.Jul.10]

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Portimão proporciona férias desportivas
a jovens deficientes

Jornal do Algarve

5 Julho


O programa de ocupação de tempos livres do município de Portimão vai receber, entre hoje e até 13 de agosto, trinta jovens com necessidades excepcionais, nomeadamente portadores de deficiência física e/ou mental.

A Câmara de Portimão pretende desta forma “responder à carência de oferta de atividades para crianças e jovens com limitações nos períodos de férias”, ao mesmo tempo que “proporciona um conjunto de atividades enriquecedoras para o seu desenvolvimento e integração social”.

As atividades vão decorrer de segunda a sexta feira, entre as 9h00 e as 13h00, e vão estar centralizadas na Quinta Pedagógica de Portimão, local onde vão ser desenvolvidas atividades assistidas por animais, hipoterapia, apanha dos ovos, fabrico do pão, ações de estimulação sensorial mas também aulas adaptadas de dança, música e expressão dramática.

No Complexo Desportivo de Alvor serão realizadas sessões de psicomotricidade, mas também natação e ténis adaptado e bocia e, na praia acessível de Alvor, atividades aquáticas típicas do Verão.

publicado por MJA  [5.Jul.10]

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GPS para cachorro orienta deficientes visuais

Portal da Cinofilia

4 de Julho de 2010


O GPS para cão-guia será muito útil ao deficiente visual, pois através dele o usuário diz qual o endereço quer ir e, em seguida, um outro aparelho acoplado na guia deste cão começa a realizar vibrações em um de 3 pontos, cada qual indicando um rumo: seguir em frente, virar a direita e virar a esquerda. Conforme a vibração o deficiente saberá para onde direcionar o cão, chegando no local de interesse.

“Desenvolvi o GPS Peepo para proporcionar maior autonomia aos deficientes visuais”, diz o inventor, Jason Perkins, que procura investidores para lançar mundialmente o aparelho, cujo o valor é aproximadamente de 300 libras (por volta de  mil reais).
 

 
 

Mais informações sobre o GPS Peepo aqui.


publicado por MJA  [5.Jul.10]

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Jardim dos Aromas no
Jardim Botânico da Ajuda


É o mais antigo Jardim Botânico de Portugal, tendo sido mandado plantar pelo Marquês de Pombal, em 1768, segundo o projecto do italiano Domingos Vandelli.

Foi construído com a vocação de museu e viveiro de espécies botânicas oriundas das mais diversas partes do mundo, sendo presentemente administrado pelo Instituto Superior de Agronomia. Foi alvo de exemplar recuperação. Fica junto ao Palácio da Ajuda, do lado oposto da calçada homónima. Muitos elementos decorativos como fontes e escadarias denotam influência barroca.

O Jardim dos Aromas foi concebido especialmente para os invisuais: todas as indicações se encontram em braille e as plantas encontram-se dispostas de forma a que possam ser facilmente tocadas e cheiradas.


Localização: Calçada da Ajuda, Lisboa
Contactos: tel. 213622503
Mais informações: www.jardimbotanicodajuda.com


publicado por MJA  [3.Jul.10]

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Escolas admitem ter dificuldades
com lei da educação especial

Público

Romana Borja-Santos

03.07.2010


A maioria das escolas está a aplicar bem a lei da educação especial que entrou em vigor em 2008 e que definiu que os alunos com necessidades educativas especiais passam a ser sinalizados recorrendo à Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). A conclusão resulta da primeira avaliação externa que foi feita a esta reforma, a pedido do Ministério da Educação, cujos dados preliminares foram apresentados ontem. Mas, como esta classificação não se baseia só nas doenças e tem em consideração outros factores, há vários alunos que ficam de fora mas que precisam de apoio. É com estes estudantes que os estabelecimentos de ensino estão a ter mais dificuldades.

Segundo explicou ao PÚBLICO a coordenadora da avaliação externa, Manuela Sanches Ferreira, as escolas estão a utilizar adequadamente a CIF e os alunos incluídos na educação especial estão a ter 97 por cento da oferta educativa nas salas de aula, sendo que o apoio pedagógico personalizado é a medida mais comum (82 por cento), seguido das adequações curriculares (46) e das adequações das metodologias de avaliação (77). Aos alunos que são excluídos pelas regras da CIF mas que precisam de algum apoio à aprendizagem, o plano individual é aplicado em 40 por cento dos casos e o apoio educativo na mesma proporção. "É aqui que as escolas estão a ter mais dificuldades, mas, mesmo assim, conseguem dar alguma resposta", disse.

Em reacção a estes dados, o secretário-geral da Federação Nacional da Educação, João Dias da Silva, considerou-os "optimistas" e criticou a nova lei por ter "objectivos económicos". Já Manuel Rodrigues, da Federação Nacional dos Professores, lembrou que a reforma "fez com que 22 mil alunos ficassem afastados do ensino especial e desamparados".

O objectivo da tutela é que, até 2013, todas as crianças com necessidades especiais estejam no ensino regular. Quando o ministério informou, em 2009, que ia promover a avaliação externa, Rune Simeonsson, supervisor e autor da CIF, defendeu que "a CIF não exclui ou inclui. É baseada na avaliação de funções e capacidades, tendo em conta os contextos envolventes, e não as doenças. Permite apurar mais informação para sustentar a tomada de decisões".


publicado por MJA  [3.Jul.10]

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Educação Especial: pais e professores
querem coordenadores nas escolas

Diário de Notícias

PEDRO SOUSA TAVARES

25 Junho 2010


Pais e professores puseram-se ontem de acordo sobre a urgência de exigir ao Ministério da Educação uma mudança na organização da educação especial. O primeiro passo será criar departamentos específicos para esta área, nas escolas, com um coordenador especializado. O objectivo é combater as fragilidades, tanto na sinalização como nas respostas dadas aos quase 32 mil alunos com necessidades educativas especiais (NEE).

A iniciativa foi revelada ao DN por Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), após uma reunião com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) realizada ontem, na qual também foi debatida a reorganização da rede escolar que o Governo aprovou (ver texto nesta página).

Segundo Albino Almeida, a criação de departamentos dedicados à educação especial foi "um dos pontos de entendimento" entre as organizações, e é encarado como "uma medida de fácil aplicação" pelo Governo, até porque "não implica necessariamente um aumento da despesa".

Os departamentos são serviços das escolas que organizam a oferta pedagógica dos diferentes grupos de disciplinas (por exemplo: as línguas e as ciências exactas), liderados por um professor coordenador da área.

Actualmente, a educação especial não tem um departamento específico, sendo, conta Manuel Rodrigues, da Fenprof, "muitas vezes integrada pelas escolas no grupo das Expressões, a par da Educação Física ou da Educação Visual".

Uma situação que, considera Albino Almeida, afecta a capacidade de "organização da resposta" às necessidades dos estudantes.

"No cenário actual, muitas vezes há um aluno com determinadas características como a dislexia, que são detectado por um professor, depois a informação é transmitida à direcção da escola, que a encaminha para as unidades especializadas de apoio", explica. "Só depois é que é organizada uma resposta que muitas vezes é tardia e insuficiente."

Com um coordenador, considera, "a sinalização seria feita mais cedo, e sobretudo melhor".

E a "resposta adequada" - que provavelmente implicaria um aumento dos alunos apoiados - até poderia ser dada "recorrendo a outros técnicos, como os que as autarquias podem facultar através dos seus fundos sociais" e "do melhor aproveitamento e formação dos professores. "Neste momento, a Dislex, uma entidade apoiada pelos pais e por cientistas, está a oferecer 50 horas de formação aos professores", ilustrou.

Para Manuel Rodrigues, a "eventual criação deste departamento pelo ministério da Educação, há muito exigida pela Fenprof, seria certamente positiva". Porém, o sindicalista tem mais dúvidas de que a medida, por si mesma, fizesse a diferença.

"Seria um passo muito tímido, há milhentas coisas que é preciso alterar para que a escola seja realmente inclusiva", defende. "Nós temos preparado um conjunto de medidas para propor ao Ministério onde, desde logo se questiona a utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade [CIF] como meio de sinalizar os alunos. Defendemos também o fim da lógica das escolas organizadas por deficiência e defendemos a necessidade de mais professores e mais formação", descreve.

A utilização da CIF é também considerada "insuficiente" pelos pais, que lembram os "estudos internacionais apontando para uma prevalência da ordem dos 10% de alunos com necessidades educativas permanentes".

O DN tentou ontem, sem sucesso, conhecer a posição do Ministério da Educação sobre esta matéria.


publicado por MJA  [25.Jun.10]

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Informática e deficiência visual:
uma relação possível

Vida mais livre


Editado pela Fundação Dorina Nowill, livro aborda os recursos de hardware e software disponíveis no mercado, além de sugestões de técnicas de ensino de informática para deficientes visuais.

A pessoa com deficiência visual pode e deve ser treinada para ter acesso ao universo da informática, cujo conhecimento é imprescindível na atualidade. A deficiência visual, embora imponha algumas limitações, não impede o indivíduo de viver e conviver, agir e realizar.  Com uma linguagem simples e didática, são abordados os recursos de hardware e software disponíveis no mercado, além de sugestões de técnicas de ensino de informática para deficientes visuais.

A obra é de autoria de Antônio Carlos Grandi, conselheiro e coordenador voluntário do curso de informática da Fundação Dorina Nowill para Cegos, e Paulo Noronha, consultor em tecnologia acessível e que foi analista de suporte da instituição por mais de 5 anos.

“Informática e deficiência visual” faz parte da Série Dorina Nowill, que foi lançada para informar e orientar, de forma simples e objetiva, familiares, professores, profissionais da área de saúde e sociedade em geral sobre questões relacionadas à visão subnormal e cegueira. A proposta da série é facilitar a inclusão das pessoas com deficiência visual.

Cada exemplar pode ser adquirido pelo valor de R$15,00. Os autores doaram seus direitos autorais e toda a renda arrecadada será revertida para a Fundação Dorina Nowill para Cegos. Pessoas com deficiência visual podem adquirir gratuitamente a versão em braille ou falada da obra diretamente na biblioteca da instituição. Informações sobre aquisição destas e outras obras pelo e-mail biblioteca@fundacaodorina.org.br.

Também fazem parte da coleção as obras:

“Convivendo com a baixa visão: da criança à pessoa idosa”
“Perdi a Visão... e agora?”
“A criança cega vai à escola: preparando a alfabetização”
“A inclusão começa em casa – família e deficiência visual”
“Braille?! O que é isso?”
“Escola e deficiência visual – como auxiliar seu filho”
“Deficiência Visual e o mundo trabalho”
 

publicado por MJA  [24.Jun.10]

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Manual da Escuridão:
uma vida iluminada por dentro

Jornal de Notícias

FÁTIMA MARIANO


Enrique de Hériz criou uma obra mágica sobre a cegueira e a redescoberta da luz. Licenciado em Filologia Hispânica, foi tradutor e editor até 2000, dedicando-se depois à escrita. O seu romance "Mentira" (2004) ganhou o "Prémio Libreter dos Livreiros de Barcelona e Catalunha".

Víctor Losa é um mágico mundialmente consagrado que, aos 40 anos, fica cego. Ele que passou toda a vida a iludir os outros, passou a viver iludido pela própria vida. Manual da Escuridão, do escritor catalão Enrique de Hériz, fala-nos da cegueira - física, moral, sentimental, intelectual -, mas também do amor e das suas várias formas de manifestção. Algumas das quais nem sequer nos apercebemos.

Qual a mensagem que pretende transmitir aos seus leitores com este “Manual da Escuridão”?

Nenhuma. Eu queria contar a história de Víctor Losa. Mas uma vez escrita a história, eu, enquanto leitor, considero que estão aqui algumas mensagens e, isso foi o mais importante, porque foi uma surpresa. Para mim, esta era apenas a história de um mágico que ficou cego e que, a partir desse momento, se recusa a aceitar que a vida continua. Tudo aquilo a que assistimos até aí é uma evolução permanente, uma aprendizagem contínua, mas, a partir desse momento, ele deixa de querer continuar a aprender. Quando estava a escrever, julgava que a história acabava aqui. Só que este mágico tem uma força superior a ele, que é a força da vida, que o obriga a sair de si mesmo. Enquanto leitor entendo que há aqui uma mensagem, mas não escrevi este romance a pensar que ia utilizar a história como veículo de transmissão de uma mensagem, porque eu mesmo só a entendi à medida que fui escrevendo. Foi uma surpresa.

É uma história contada em duas partes muito distintas: uma que nos fala de toda a aprendizagem de Víctor Losa enquanto mágico e a sua consagração internacional, aqui, em Lisboa, e, a segunda, a forma como ele reagiu à sua cegueira, aos 40 anos, recusando-se a continuar a ter uma vida normal dentro das suas limitações.

Mas há diferenças, não são partes simétricas. O período de aprendizagem e da sua evolução enquanto mágico, desde a fase do fascínio que ele tinha, desde criança, por aquilo que o pai fazia com as formigas até que é considerado o melhor mágico do mundo, em Lisboa. São 39 anos de permanente aprendizagem. É como que um barco navegando lentamente no rio do tempo, que é a vida. Com a cegueira, tudo se precipita. Um dia apercebe-se de que vai ficar cego e três semanas depois está, de facto, cego. É um golpe tremendo.

Ao contrário do que tinha acontecido até então, este era um obstáculo que Víctor não queria ultrapassar.

Foi como se o barco tivesse chegado à beira de um precipício mais profundo e ficasse ali às voltas, porque não há maneira de o passar, até que encontra uma saída. Mas o mais importante, e mais uma vez descobri-o enquanto leitor, é como estes dois mundos estão presentes no momento de máxima luz da vida, que está sempre ameaçada pela escuridão, e no momento em que este homem acredita que nunca mais será mágico, que nunca mais fará nada. A presença dos outros na sua vida devolve-lhe a luz de que ele estava a precisar. [...]

Quando começou a escrever esta história sabia já o que ia acontecer a Víctor Losa?

Não. Estava convencido de que a história acabava no mundo da sua consagração mundial. A segunda parte do livro não existia. Para mim, o prazer da escrita resulta do facto de eu próprio ir descobrindo que livro estou a escrever à medida que o vou escrevendo.

Voltando à história de Víctor Losa. No início referiu que foram duas as pessoas que devolveram a luz à vida dele, depois que ficou cego. Essas pessoas são uma técnica de reabilitação da ONCE (Organização Nacional de Cegos Espanhóis) e uma prostituta romena e o seu filho.

Sim, são duas pessoas que lhe dão uma enorme quantidade de amor, cada uma dentro das suas áreas profissionais. Num caso, o sexo; no outro, um conjunto de conhecimentos úteis no dia-a-dia. Foi-lhes exigido um esforço tremendo porque este homem era uma espécie de animal violento que não queria saber de nada. Socialmente, a técnica de reabilitação é uma espécie de santa, porque se sacrifica para ajudar este homem; a outra, que faz um trabalho muito semelhante, cujo objectivo final é o mesmo, socialmente é vista como o pior. É verdade que o que ela lhe dá é sexo e sexo não é necessariamente amor.

E a criança, filha da prostituta?

É um pouco difícil falar disso e não cair numa espécie de discurso sentimentalista. Mas nesse tio que é a vida, as crianças são uma presença muito sólida. Não foi por acaso que essa parte foi escrita quando fui pai pela primeira vez.

Surpreendeu-o a reacção de Víctor à cegueira? Ele chega a viver um ano sem sair de casa e sem falar com quem quer que seja.

Essa é uma reacção habitual. Normalmente, dura entre um ano a ano e meio. Havia psicólogos que defendiam que, para que possam recuperar, têm que tocar no fundo primeiro e entrar num estado de depressão total. Na maioria dos casos, os adultos que perdem a visão acreditam firmemente que a vão recuperar. Víctor Losa teve uma reacção diferente. Resignou-se ao seu estado e só queria que o deixassem sozinho.

Preparou-se, de alguma forma, para escrever esta segunda parte do livro?

Eu acompanhei uma técnica de reabilitação da ONCE para escrever este livro e tentei colocar-me tanto no papel dela como no de um cego. Uma vez por mês, encontrávamo-nos, eu fazia-lhe perguntas durante cerca de meia hora e, depois, ela tapava-me os olhos e eu tentava caminhar assim.

Como foi essa experiência?

Brutal. Claro que havia uma diferença grande e muito importante. Eu sabia que a qualquer altura poderia tirar a venda. Mas a primeira vez que te vendam os olhos no meio de Barcelona, todos os sons e cheiros que aprendas vão ser muito importantes. Se não temos esta informação, vivemos uma agressão muito violenta. Foi uma experiência muito interessante.

publicado por MJA  [22.Jun.10]

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Atendimento a consumidores
com necessidades especiais

Exclusivo OnLine

Lia Nara Bau


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostrou, no Censo 2000, que 14,5% da população brasileira conta com algum tipo de deficiência. Este universo representa 24,5 milhões de pessoas com um potencial de consumo estimado em R$ 5 bilhões. Esses consumidores, contudo, esbarram em inúmeros obstáculos, sendo o pior deles o despreparo no atendimento a pessoas com necessidades especiais.

Além de rampas, banheiros com barras de apoio e provadores maiores, é preciso estar preparado para atender pessoas com necessidades especiais. Diante desse cenário, Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience (São Paulo/SP), desenvolveu um projeto inédito de inclusão - ela treinou mais de 300 pessoas com deficiência para atuar como “clientes secretos”. Esses consumidores citaram, além das barreiras físicas, as emocionais e comportamentais como empecilhos no comércio. [...]

A melhor maneira de atender um cliente com deficiência é com respeito. “Com compreensão sobre qual a limitação provocada pela deficiência dele e entendendo qual o nível de autonomia deste cliente para poder dar um atendimento adequado”, afirma. Ele ressalta que, no caso do deficiente físico, tratá-lo como um doente costuma ser uma das ocorrências equivocadas mais comuns, o que tem um impacto muito negativo.

“Algumas pessoas não se sentem à vontade para lidar com deficientes e por isso evitam, inclusive, fazer contato visual – olho no olho –, o que é interpretado como uma falta de respeito”, explica. Antes de tentar adivinhar como o cliente quer ser tratado, muitas vezes é melhor perguntar, sem constrangimentos. “Costumo indicar em muitos casos que o vendedor alinhe isso com o próprio cliente. Advinhar às vezes pode resultar em equívocos”, diz Soares.

Em relação a pessoas com problemas visuais, é não falar alto, pois muitos acham que o deficiente visual é surdo, se apresentar e cumprimentá-lo e avisar quando for sair do ambiente. Já quanto a surdos, deve falar de frente para a pessoa, não gritar, evitar gestos em frente a boca, manter contato visual, falar de maneira clara e utilizar bilhetes, se necessário.

Embora muitos não parem para pensar, 14,5% da população brasileira tem alguma deficiência e muitos não nasceram assim, mas adquiriram a deficiência durante a vida e são, portanto, economicamente ativos. “O que acontece é que muitas pessoas nunca tiveram contato com pessoas deficientes e sentem-se constrangidos. Falta convívio, treinamento e esclarecimento”, enfatiza.


Comportamentos equivocados

  • O atendente grita com o deficiente visual. Ele não enxerga, mas ouve muito bem
  • O atendente recebe o cliente em cadeira de rodas, auxilia-o a entrar em determinado local, mas o abandona. Ou seja, não prossegue no atendimento por motivos inexplicáveis
  • O atendente pergunta ao cliente em cadeira de rodas se não gostaria de ir ao provador, embora a loja não tenha um provedor adaptado
  • O atendente não pergunta ao deficiente visual a cor que prefere, porque acha que tanto faz
  • O atendente fala muito rápido com deficiente auditivo, impossibilitando a leitura de lábios
  • O atendente, ao recepcionar um deficiente visual com cão guia, começa a brincar, distraindo o cachorro. Nunca se deve brincar com estes animais quando os mesmos estiverem "trabalhando"
  • O atendente segura no braço do deficiente visual para guiá-lo, prática que tira o equilíbrio. O correto é oferecer o braço para que o deficiente visual o segure


publicado por MJA  [18.Jun.10]

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Superação do visível

Jornal de Notícias

LUÍS GARCIA

17.06.2010


Presidente de empresa municipal de Odivelas é quase cego e só aprendeu a ler Braille aos 20 anos

Aos 20 anos, era analfabeto e tinha passado a sua juventude a saltitar de trabalho em trabalho e a ajudar o seu pai numa fazenda no mato angolano. Aos 54, dirige uma empresa municipal de Odivelas e um dos centros culturais mais importantes da Grande Lisboa. Um pormenor: Rui Nascimento é quase cego.

Um parto complicado, em Angola, corria o ano de 1955, foi um prenúncio de que Rui Nascimento teria de se esforçar muito para triunfar. Retirado a ferros, desenvolveu uma infecção intra-ocular que degenerou num glaucoma, acabando por ficar com a visão reduzida a cerca de quatro por cento. Ou seja, como o próprio explica, vê "20 vezes menos do que uma pessoa com visão normal, com um dos olhos tapados".

Até aos 20 anos, viveu em Angola - onde chegou a andar de mota e bicicleta, dada a pacatez das estradas da zona - e exerceu vários ofícios, sobretudo no comércio e na fazenda do pai. Nunca lhe foi dada oportunidade de estudar porque não tinha condições para frequentar a instrução regular e não existia ensino especial. Só quando veio para Portugal, em 1975, e quis aprofundar os conhecimentos de música soube da existência de um sistema de leitura da cegos, o Braille, que aprendeu em seis ou sete lições.

De analfabeto, aos 20 anos, passou para licenciado em Direito aos 34. Pelo caminho, nunca deixou de trabalhar, primeiro no comércio, depois como cobrador, paquete de uma associação e funcionário da administração pública, onde fez carreira.

Em 2006, foi convidado para criar o Gabinete de Auditoria Interna da Câmara de Odivelas e ali ficou até 2009, altura em que assumiu a direcção da Municipália, empresa municipal responsável pela gestão das piscinas municipais e do Centro Cultural da Malaposta.

Apesar de admitir a existência de um estigma social em relação aos deficientes, Rui Nascimento garante que o seu problema nunca o impediu de "fazer fosse o que fosse". O presidente da Municipália, casado e com quatro filhos, acredita que a sua capacidade para ultrapassar as dificuldades se deve à educação que os pais lhe deram, exigindo que não usasse a deficiência como desculpa para se acomodar.


publicado por MJA  [17.Jun.10]

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Vodafone torna serviços de Multibanco
mais acessíveis a cegos

SOL

15-06-2010


A Vodafone apresentou uma versão do serviço MB Phone, que reúne serviços de Multibanco no telemóvel, acessível para utilizadores cegos ou com problemas visuais.

A versão acessível do MB Phone baseia-se no software Vodafone Say, que permite dar voz às operações do telefone, através da conversão de texto em voz.

Através desta aplicação é possível aos utilizadores com visão reduzida acederem a todos os serviços do MB Phone, como consultar o saldo ou efectuar transferências bancárias, entre outros.

O download das aplicações Vodafone Say e MB Phone é gratuito para os clientes da operadora.


publicado por MJA  [15.Jun.10]

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Prémio António Champalimaud de Visão 2010
para pioneiros da percepção visual

Público

Ana Gerschenfeld

11.06.2010


Em 1984, numa das suas célebres colunas no "New York Review of Books", o conhecido neurologista norte-americano Oliver Sacks (cujo livro "Despertares" inspirou o filme homónimo, com Robert de Niro no principal papel) descrevia o incrível caso de uma mulher que sofria de cegueira ao movimento (em inglês, "motion blindness"). LER AQUI.

Essencialmente, ela não conseguia encher uma chávena de chá, porque não via o nível do líquido a subir e entornava-o sistematicamente. E, o que era mais perigoso, também não conseguia atravessar a rua porque apenas conseguia ver os carros como se estivessem parados e não a aproximarem-se. Via-os ao longe e, instantes depois, já quase em cima dela. A percepção do movimento dos objectos, que nos permite ver o mundo como um filme – e que é vital para a sobrevivência de qualquer ser vivo –, tinha-lhe sido vedada na sequência de um acidente vascular cerebral.

Anthony Movshon, da Universidade de Nova Iorque, e William Newsome, da Universidade de Stanford – os dois homens que começaram a desvendar o mistério da percepção visual – e, já agora, permitiram perceber o estranhíssimo caso desta doente – foram hoje galardoados, em Lisboa, com o Prémio António Champalimaud de Visão 2010 (um milhão de euros) pelo seu “trabalho notável sobre o papel do cérebro na reconstrução das imagens e na forma como actuamos e compreendemos o mundo”, lê-se no comunicado da Fundação Champalimaud.

Em 1981, David Hubel e Torsten Wiesel, da Universidade de Harvard, receberam o prémio Nobel da Medicina por terem mostrado que as primeiras etapas do processamento da informação visual pelo cérebro consistem numa desconstrução da imagem que se projecta na retina. A questão que se colocava a seguir era a de saber como é que os vários elementos – cor, movimento, forma, etc. – eram reintegrados para nos permitir ver o mundo.

Foi Movshon quem propôs a ideia de que deviam existir neurónios no cérebro capazes de reintegrar os fragmentos de informação visual para reconstituir, em particular, o movimento dos objectos. A seguir, graças a algumas experiências astuciosas, identificou as células em questão no lobo temporal médio do cérebro. Em 1989, ele e Newsome, que tinha estudado o mesmo problema independentemente, publicaram na revista "Nature" um artigo fundador onde mostravam a existência de neurónios, na área visual do lobo temporal médio, cujas respostas aos estímulos em movimento permitia explicar como o cérebro faz para ver esse “filme” permanente que é o mundo. “Não só criaram uma ciência integrada da visão”, diz ainda o mesmo comunicado, “como também abriram o caminho ao estudo dos processos mentais cruciais que ligam a percepção à acção – e à compreensão das complexas computações subjacentes aos comportamentos.”


publicado por MJA  [11.Jun.10]

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O Instituto de Segurança Social reconhece
insuficiência das respostas a pessoas com deficiência

Jornal de Notícias

2010-06-06

ALFREDO MAIA


O presidente do ISS considerou ontem, sábado, necessário garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso a formação adequada às suas capacidades e que o Estado assegure uma prestação social digna aos que não consigam gerar rendimentos.

Trata-se de um "dever de reparação da condição" da incapacidade, disse Edmundo Martinho, recordando estar sobre a mesa a criação, até ao final da legislatura, de uma nova prestação social que "coloque acima do limiar da pobreza as pessoas totalmente incapazes de gerar rendimentos".

A alteração representará um elevado esforço financeiro, porque significa passar dos cerca de 190 euros mensais do actual subsídio mensal vitalício para um valor superior aos 405 euros convencionados presentemente como o rendimento per capita abaixo do qual se considera estar em situação de pobreza.

Participando num painel sobre o tema "Depois da escola, que lugar para as pessoas com deficiência?", no âmbito de um seminário organizado pela Federação Concelhia das Associações de Pais do Porto, reconheceu que as respostas sociais são ainda "insuficientes" e que falta planificação, designadamente em equipamentos de formação profissional e de apoio, como lares residenciais e centros de actividades ocupacionais (CAO).

A insuficiência de centros deste tipo foi um dos pontos em destaque no debate (ler "caixa"), reconhecendo-se que persistirá mesmo com os 120 novos equipamentos que deverão ser construídos nos próximos dois ou três anos (depois de amanhã, vão ser assinados acordos com instituições para instalações no valor de 80 milhões de euros).

Na presença de várias organizações de pais e amigos de pessoas com deficiência, Edmundo Martinho observou que "os tempos são difíceis", mas apelou ao movimento associativo para que lute contra "eventuais tentações de recuo ou travagem no apoio às pessoas com deficiência ou incapacidade" e para que "não deixe que os recursos desçam".

Propondo um debate crítico aberto e reconhecendo uma excessiva "fragmentação" nas respostas sociais, o presidente do ISS disse que o sistema de prestações é "um labirinto ininteligível que é difícil explicar", mas prometeu clarificá-lo e harmonizá-lo.

Ouviu também críticas e reparos, como aos atrasos nas ajudas técnicas (próteses ou cadeiras de rodas, por exemplo) e nos subsídios de educação especial (para contratação de técnicos pelos pais quando as escolas não os asseguram), ou falta de verbas e meios oficinais nas escolas para a formação e falta de recursos para transportes.


publicado por MJA  [11.Jun.10]

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Pessoas cegas podem jogar vídeo games

Games Radar

5 de Junho de 2010


Um dos dogmas dos games é que praticamente tudo é visual. O som pode ser ótimo, o controle pode vibrar, mas o cerne da coisa está no vídeo, por isso pessoas com deficiências visuais seriam excluídas deste tipo de diversão. Não é o que pensam os pesquisadores da Universidade de Nevada, nos EUA.

Eles criaram o VI Fit, uma versão do Wii que pode ser usadas por cegos ou pessoas com dificuldade em enxergar. Trata-se do Wii Mote ligado a um computador rodando o Windows através de uma conexão Bluetooth. Por enquanto existem dois jogos VI Tennis e VI Bowling, que usam o áudio e a vibração do controle para direcionar seus jogadores.

"A falta de visão cria uma barreira significante para a participação em atividades físicas e, consequentemente, crianças com deficiência visual têm maiores índices de obesidade e de doenças relacionadas a ela como o diabetes”, afirma Eelke Folmer, líder do projeto.

Por enquanto o projeto foi testado por 19 pessoas cegas, sendo 13 crianças e 6 adultos. Os resultados até agora são positivos pois as pessoas que jogaram estão realmente mais ativas. Estes testes estão sendo realizados em um campo de atividades para deficientes visuais chamado Camp Abilities e os jogos podem ser baixados gratuitamente pelo site  http://vifit.org/

Quando visitei o Instituto de Cegos da Bahia verifiquei várias atividades esportivas disponibilizadas aos deficientes visuais. Atividades físicas são necessárias para a manutenção da saúde de todos nós, enxergando ou não. Acredito que os jogos eletrônicos serão mais uma forma de entretenimento e atividade que possa ser oferecida a quem tem deficiência visual.


Fonte: http://www.pipocadebits.com/2010/06/estudo-permite-que-deficientes-visuais.html

publicado por MJA  [7.Jun.10]

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"Classificação Internacional de Funcionalidade
- necessário fazer-se uma reflexão"

Andreia Lobo

Educare.pt

31-05-2010

 

"O uso da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde em educação causa mais danos aos alunos com Necessidades Educativas Especiais do que lhes traz benefícios", esta é a conclusão do primeiro estudo sobre a matéria.


"A Educação Especial é uma das áreas mais negligenciadas do sistema educativo português." A crítica vem de Luís de Miranda Correia, investigador da Universidade do Minho, autor de Modelo de Atendimento à Diversidade (1995) e um dos maiores especialistas portugueses nesta matéria.

Durante o primeiro Encontro Internacional de Educação Inclusiva e Necessidades Educativas Especiais (NEE), realizado em Braga, este fim-de-semana, o investigador apresentou um estudo sobre a "Utilidade da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) em Educação".

Trata-se de um instrumento de uso obrigatório para a elegibilidade de um aluno com NEE para beneficiar dos serviços de educação especial e de um programa educativo individual (PEI). No entanto, para quem lida diariamente com alunos com NEE, a CIF é apenas um instrumento "burocrático", "subjectivo" e "inútil".

Os resultados do estudo realizado por Luís de Miranda Correia e Rute Lavrador confirmaram o que há muito os professores de Educação Especial já sabiam: obrigar ao uso da CIF para servir de base à elaboração de um programa educativo individual foi um dos erros cometidos no Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro. Rute Lavrador vai mais longe ao afirmar que o uso da CIF em educação "é altamente desaconselhado", pelo que na sua opinião o decreto-lei devia ser "suspenso" ou "revogado".

No final, a legislação apenas decepcionou quem, como Maria Leitão, professora de Educação Especial, no Agrupamento de Escolas Taveiro, em Coimbra, esperava um documento "que inferisse mais nas práticas, no como fazer e trabalhar e nas metodologias". Esta é a maior dificuldade no que toca a leccionar para alunos com NEE.

De facto, um outro estudo, ainda a publicar, realizado por alunos de mestrado em Educação Especial, veio mostrar que para muitos professores a inserção de alunos com NEE significativas na sua sala de aula não é bem-vinda devido à falta de recursos, à indefinição dos conceitos relacionados com a Educação Especial e à ausência de colaboração que deve existir nas escolas.

No que toca a conceitos como o de Necessidades Educativas Especiais ou de Inclusão, entre outros, usados diariamente pelos profissionais da Educação Especial, lamenta Luís de Miranda Correia: "Não há uniformidade!"

Segundo o investigador, seria importante que estes conceitos "fossem perfilhados ao nível nacional", para que todos os intervenientes pudessem "falar a mesma linguagem e a partir daí criar um processo que levasse a respostas educativas eficazes para os alunos com NEE e criasse ambientes profícuos para que pudesse haver uma articulação entre a escola, os pais e os especialistas."


Com ou sem CIF?

Com mais de 20 anos de trabalho na área da Educação Especial, Maria Leitão não tem dúvidas: "A CIF teve como objectivo arranjar uma maneira de muitos alunos saírem da Educação Especial."

Ao longo dos três anos em que foi coordenadora do serviço de Educação Especial, Maria Leitão apercebeu-se do quanto a CIF dificulta o trabalho nas escolas. "Para mim importante é descrever o perfil de funcionalidade do aluno em termos das suas competências, porque é a partir daí que planifico o PEI." Por isso, esta professora admite sentir até uma certa "desonestidade pedagógica", quando preenche a informação que lhe é pedida na CIF. "Estou a usar um instrumento que, para mim, não tem validade nenhuma", conclui.

Alice Couceiro, docente no Agrupamento Vertical António José de Almeida, em Penacova, não podia estar mais de acordo. A trabalhar na área de Educação Especial há 12 anos, a sua experiência tem confirmado a pouca utilidade da CIF.

"A nossa observação do aluno, a avaliação e o trabalho que desenvolvemos antes [do preenchimento da CIF] é que nos permite saber que tipo de apoio o aluno precisa." Por isso, a sua forma de actuar é simples: "Se me chega um relatório ou uma referência, antes de classificar o aluno pela CIF, vou observá-lo e daí vejo logo se ele é ou não elegível para a Educação Especial." Posto isto, Alice Couceiro já se habituou a ver a CIF como uma mera formalidade. "Quando classifico um aluno pela CIF estou só a formalizar o processo."

Sobre o estudo de Luís de Miranda Correia e Rute Lavrador, que mostrou como a mesma criança com NEE foi classificada usando a CIF de modo diferente em sete agrupamentos, Alice Couceiro não se mostra surpreendida. E arrisca uma explicação para o sucedido: "As classificações foram diversas, porque quem as fez só olhou para a parte formal do processo, se existisse um conhecimento intrínseco da situação não teria acontecido assim."


Então, quantas crianças a CIF excluiu dos apoios de Educação Especial?

Esta é a questão que tem incomodado os profissionais. Luís de Miranda Correia responde com alguns dados elucidativos das problemáticas que se inserem no conceito de necessidades educativas especiais. Cerca de 50% dos alunos com NEE têm dificuldades de aprendizagem específicas, entre 16 e 18% problemas de comunicação, entre 8 e 10% sofrem de perturbações emocionais e comportamentais, 6 e 8% sofrem de problemas intelectuais e 2 e 3% de outras problemáticas como o autismo, impedimentos visuais, auditivos e motores.

Quase 90% dos alunos com NEE estão enquadrados nas quatro primeiras problemáticas. Por isso, "é importante considerar que estas crianças também têm direito a respostas por parte do sistema educativo", refere Luís de Miranda Correia. No entanto, as dificuldades de aprendizagem específicas, que se prendem com problemas neurológicos ligados à cognição e se reflectem em dificuldades na leitura, no cálculo e nas interacções sociais, não são elegíveis para os apoios educativos especiais. "Como não as entendemos, não lhes damos resposta e é uma falha grave do nosso sistema não incluir estas crianças no atendimento das NEE", acusa Luís de Miranda Correia.

No encerramento do encontro as conversas versavam o estudo divulgado sobre a utilidade da CIF. Entre a assistência, um professor perguntava a Luís Miranda Correia, se já havia alguma reacção do Ministério da Educação à sua investigação. "O estudo só foi apresentado hoje", respondia o investigador. Ninguém arrisca antever uma reacção. Mas "no mínimo é preciso fazer-se uma reflexão", advoga Alice Couceiro.


publicado por MJA  [31.Mai.10]

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Ompi lança fórum para ampliar
acesso de deficientes visuais

Rádio das Nações Unidas

24/05/2010

Iniciativa online deverá estimular debate sobre a flexibilização da propriedade intelectual, para garantir maior acesso de cegos a conteúdos protegidos; fórum recebe comentários até 20 de Junho.

Um fórum online para estimular a discussão e construir um consenso internacional para melhorar o acesso de deficientes visuais a obras com direito autoral protegido, em formato adequado, acaba de ser lançado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual, Ompi.

Segundo a agência da ONU, fatores sociais, econômicos, tecnológicos e legais, e ainda a gestão do sistema de proteção da propriedade intelectual, podem prejudicar o acesso de cegos ou deficientes visuais.


Flexibilização

Mais de 314 milhões de pessoas seriam beneficiadas com a flexibilização do regime de proteção intelectual, adaptado à realidade tecnológica, ainda de acordo com a Ompi.

Os deficientes visuais geralmente convertem informações para o braille ou outros formatos assistenciais, como áudio.

Apenas uma pequena porcentagem dos livros publicados no mundo estão disponíveis para cegos, o que limita o desenvolvimento educacional e profissional.

O fórum deve permanecer aberto para comentários e sugestões até 20 de junho. Brasil, Equador e Paraguai apresentaram à Ompi uma proposta de instrumento legal com regras para o benefício dos deficientes visuais. Ela será discutida pela agência da ONU entre 26 e 28 de maio.


Mais informações em visionip.org/forum


publicado por MJA  [26.Mai.10]

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Férias para mães de pessoas com deficiência

Ecclesia

22 Maio 2010


O Santuário de Fátima volta a promover nova edição das «Férias para mães de pessoas com deficiência», uma iniciativa aberta às mães de pessoas com deficiência que cuidam dos seus filhos em casa.

A organização desta 5ª edição está novamente entregue ao Movimento da Mensagem de Fátima (MMF) que, em nome do Santuário, assume a responsabilidade por esta actividade que decorre na casa dos Silenciosos Operários da Cruz, na Estrada de Torres Novas, localidade de Montelo, freguesia de Fátima.

Esta actividade tem como objectivo proporcionar férias às mães de pessoas com deficiência que cuidam dos seus filhos em casa.

As mães podem entregar os seus filhos ao comprometimento do Santuário de Fátima e dedicar-se por uns dias a elas próprias e aos seus outros familiares, ou decidir-se a acompanhar os seus filhos neste período em Fátima.

Um grupo de voluntários toma a seu cargo os cuidados de alimentação, higiene e dinamização das actividades de recreio propostas às crianças e jovens deficientes.

A inscrição para as férias é feita de acordo com periodos distintos. Para deficientes com mais de 7 e até aos 20 anos de idade as férias estão marcadas para os dias 9 a 15 de Agosto. Para pessoas com deficiência entre 21 e 40 anos de idade, o periodo de férias vai ser entre 18 e 24 de Agosto ou entre 27 de Agosto a 2 de Setembro.

A proposta de inscrição para participação nas Férias e a proposta de serviço de voluntariado são disponibilizadas pelo Movimento da Mensagem de Fátima, com sede no Santuário de Fátima, e também se encontram disponíveis em www.fatima.pt .

publicado por MJA  [21.Mai.10]

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Retenções: reformados e deficientes
foram os mais atingidos

Jornal de Notícias

LUCÍLIA TIAGO

22 Maio 2020


Ninguém escapa ao agravamento fiscal do IRS. Nem quem tem rendimentos baixos, nem deficientes ou pensionistas.

Até agora, as entidades empregadoras não retinham na fonte qualquer imposto a um deficiente que ganhasse até 1420 euros por mês. Mas, a partir de Junho, esta isenção fica limitada a quem ganha 1391 euros.

Os rendimentos de 1431 euros já passam a pagar 1%, quando na tabela de 2009 (que foi usada até agora por não haver ainda a nova) a retenção só era aplicada quando o salário ultrapassava os 1600 euros.

Ler texto completo aqui.

publicado por MJA  [23.Mai.10]

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Biblioteca para invisuais vai nascer
no Porto, em Dezembro

Jornal de Notícias

JOANA CARVALHO E AFONSO

21 Maio 2010

Uma biblioteca online, de acesso gratuito para pessoas invisuais, vai nascer no Porto até Dezembro. É um dos novos projectos da Tiflos, uma associação de apoio a pessoas com necessidades especiais, criada há cerca de seis meses.

A ideia da biblioteca ocorreu ao fundador da Tiflos, Paulo Jesus, na sequência da sua experiência de vida. Portador de retinite vascular há oito anos, doença que afecta os olhos, deixou de conseguir ler. Neste momento, está a angariar áudio-livros e financiamento, através das vendas na loja de produtos doados na associação, situada na Rua Dr. Alberto Aguiar, no Porto.

Prevê-se que a Tifloteca, assim se vai chamar a biblioteca online, comece a funcionar em 3 de Dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. No futuro, a Tiflos quer alargar o acesso aos livros a pessoas portadoras de outras deficiências, nomeadamente tetraplégicos e disléxicos.

A Tiflos é uma associação particular de solidariedade social que tem como "grande missão melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas portadoras de necessidades especiais residentes em Portugal", explicou o fundador, Paulo Jesus.

A instituição tem outros projectos em desenvolvimento, como a Tiflo-solidariedade (há três meses que a Tiflos tem garantido cabazes de alimentação a 15 famílias); e o Tiflo-talentos, para divulgar talentos de pessoas portadoras de deficiência.

Outra ideia é a oferta de massagens por 10 euros, realizadas por um terapeuta deficiente visual. "Nos dias stressantes que correm, uma massagem alivia o stress. Além disso, ao aderir a esta ideia está a garantir o posto de trabalho de uma pessoa cega", sublinhou Paulo Jesus.

Neste momento, a Tiflos precisa de uma carrinha e voluntários. Ser sócio custa 10 euros de inscrição (com oferta de uma massagem) e quota mensal é de um euro.

publicado por MJA  [21.Mai.10]

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Saúde ocular: mulheres sofrem mais
com problemas de visão do que os homens

Brasil: Portal Nacional de Seguros

Márcia Wirth

19 de Maio de 2010

Estima-se que há 45 milhões de cegos no mundo, sendo que dois terços – 30 milhões – são mulheres. Desse total, 80% dos casos são evitáveis ou tratáveis. “De 45 milhões de pessoas, 80% não precisariam estar cegos porque a doença ou tinha tratamento ou poderia ter sido prevenida ou evitada se a pessoa tivesse acesso adequado às informações apropriadas sobre saúde”, alerta o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Um levantamento realizado pelo Healthy Sight Institute intitulado Mulheres e visão: por que elas sofrem mais? - que identificou qual a percepção das pessoas em relação aos problemas de visão - revela que há muito desconhecimento. A pesquisa foi feita em oito países, com 10,5 mil entrevistados, entre homens e mulheres. No Brasil, 1.007 adultos participaram do levantamento. As brasileiras reclamam mais frequentemente de problemas nos olhos do que os brasileiros. Entre as mulheres, 57% disseram ter algum problema de visão. Com os homens, o percentual ficou em 47%.

Já sobre o que essas mulheres sabem sobre alguns fatores que afetam a visão feminina, mais de 55% delas ou não sabem ou não acreditam que fatores hormonais provocados pela menopausa ou por medicamentos podem influenciar numa alteração visual; 56% ou não sabem ou não acreditam que o cigarro pode influenciar nos problemas visuais, sendo que o cigarro é um dos fatores de risco para a catarata. E 60% não sabem ou não acreditam que a gravidez pode influenciar na qualidade visual.

Razões para que existam mais mulheres cegas

Segundo a pesquisa, dos 45 milhões de cegos, dois terços, ou seja, 30 milhões são mulheres. Existem algumas hipóteses para justificar este fato.  “A primeira delas diz respeito à longevidade. Na maioria dos casos, as mulheres vivem mais que os homens e, por causa disso, elas estão mais expostas e ficam mais suscetíveis a algumas doenças que têm maior incidência a partir de certa idade e que podem provocar a cegueira”, explica Virgilio Centurion.

Outra é a possibilidade de o sexo feminino ter um risco maior para determinadas doenças. “A catarata, por exemplo, incide um pouco mais em mulheres, assim como algumas formas de glaucoma. Muitas vezes, não se sabe exatamente por qual motivo, pode ser simplesmente por fatores hormonais ou genéticos. As alterações hormonais - tanto na menopausa, como a provocada pelo  uso de contraceptivos - podem levar a algumas alterações oculares, como a diminuição na produção de lágrimas e, consequentemente, a síndrome do olho seco”, diz o médico.

Um terceiro motivo, muito importante no mundo todo, é o acesso desigual aos cuidados de saúde. “Em várias regiões do mundo as mulheres não têm as mesmas facilidades para ir ao médico, para procurar um oftalmologista. Até o número de cirurgias de catarata em alguns países é bem menor no sexo feminino, em relação aos homens”, conta Virgilio Centurion.  Isso acontece por vários motivos: em parte por causa da baixa escolaridade nos locais mais pobres, do pouco conhecimento, e ainda há a questão cultural. Há locais em que os costumes são muito diferentes da cultura ocidental. “Em muitos países a verba destinada à saúde é baixa e é preciso distribuí-la entre alguns. E quem são os privilegiados? Nesses locais, geralmente são os homens”, conta o diretor do IMO.

No Brasil, as condições de acesso aos cuidados de saúde são um pouco diferentes. Não temos expressivamente o problema de acesso em relação apenas às mulheres. “No Brasil, a dificuldade é para toda a população. E a mulher é peça fundamental para a promoção da saúde na família. Ela replica o que aprende com o médico, é uma cuidadora nata da família, ela é quem busca o atendimento, toma conta da saúde dos filhos, do marido, dos pais, dos sogros”, conta o oftalmologista Virgilio Centurion.

Fatores hormonais importantes

“Em relação à gravidez, é muito interessante perceber no atendimento diário, como as mulheres não conhecem as alterações visuais que ocorrem neste período. Há as fisiológicas, reversíveis ao final da gravidez, e que são comuns. As alterações mais freqüentes acontecem  na córnea e consistem em mudanças de espessura, sensibilidade, e isso pode causar intolerância na usuária de lentes de contato”, explica a oftalmologista Sandra Alice Falvo, que também integra o corpo clínico do IMO.

Outra queixa comum é a mudança no índice de refração. “Aí, temos de informar que não é hora de trocar os óculos. É para esperar porque esta variação se normaliza, após o parto. Existem também as alterações patológicas, mais associadas à gravidez de risco. Por exemplo, uma mulher com diabetes gestacional está mais sujeita a apresentar alterações de fundo de olho mais graves do que uma grávida sem esse problema. O mesmo acontece com as portadoras de hipertensão arterial”, informa Sandra Falvo.

Quando falamos de gravidez e menopausa nos referimos especificamente a condições femininas. “O fato dos homens não saberem das alterações visuais decorrentes da gravidez não é tão grave quanto 60% das mulheres não terem conhecimento das mudanças inerentes a este período”, alerta a oftalmologista do IMO.

publicado por MJA  [21.Mai.10]

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Organizações reivindicam alterações à lei eleitoral
para cidadãos com necessidades especiais

Sol/Lusa

17 Maio 2010

Cinco organizações reivindicaram hoje ao Governo a alteração rápida da lei eleitoral do Presidente da República, com o objectivo de melhorar as condições de acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais ao acto eleitoral que decorre no início de 2011 A reivindicação foi feita através de uma mensagem enviada hoje ao primeiro-ministro, José Sócrates e envolve o Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), o Gabinete para a Inclusão da Universidade do Minho, a AJUDAS, o Centro Especializado em Baixa Visão e a Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (SUPERA).

Esta iniciativa surge quase dez meses depois da aprovação da resolução da Assembleia da República n.º 72/2009 e numa altura em que se está a esgotar o período durante o qual é possível alterar a lei eleitoral do Presidente da República.

Para que possam ter efeito nas próximas eleições Presidenciais, as organizações requerem que as alterações sejam concretizadas já em Junho.

No fundo, explicam, trata-se de alterar o artigo 74º sobre o voto de cidadãos com deficiência de forma a garantir condições de acessibilidade, nomeadamente o acesso facilitado à mesa de voto para pessoas com mobilidade condicionada, assistência humana (já prevista na lei) ou a utilização de tecnologias de apoio para o acto da votação.

Os subscritores querem ainda que seja adoptada a interpretação em língua gestual portuguesa ou de legendas nos tempos de antena e debates televisivos dos candidatos e informação em formato acessível sobre os boletins de votos e do acto de votação com recurso a tecnologias de apoio nas mesas de voto.

Para os responsáveis das cinco organizações, o acto eleitoral do Presidente da República «é menos complexo» do que as eleições europeias, legislativas e autárquicas e, por isso, é o momento «mais adequado» para promover a melhoria das condições de acessibilidade, nomeadamente a possibilidade de utilização de tecnologias que permitam a cidadãos com deficiência visual votar de forma independente.

Nas últimas Legislativas, o CERTIC da UTAD testou, em Vila Real, um sistema inovador, com recurso à tecnologia, para facilitar o acto de votar a invisuais, analfabetos ou idosos.

Os eleitores foram convidados a testar a usabilidade de uma «interface áudio táctil», uma espécie de boletim adaptado que, segundo o coordenador do CERTIC, Francisco Godinho, é capaz de proporcionar «independência e privacidade de voto» a pessoas com necessidades especiais.

As organizações enviaram cópia da mensagem ao Presidente da República, ao Presidente da Assembleia da República, aos grupos parlamentares, à Secretaria de Estado da Reabilitação e à Comissão Nacional de Eleições.

Aprovada a 23 de Julho de 2009, a resolução da Assembleia da República n.º 72/2009 recomenda ao Governo que promova «a identificação das doenças e deficiências que geram dificuldades especiais no acesso à prática do voto» e «as melhores soluções institucionais e legais adequadas que garantam o exercício pleno do direito de voto, com autonomia e secretismo dos cidadãos e cidadãs com capacidade reduzida».

publicado por MJA  [17.Mai.10]

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1.º Congresso Europeu Sobre Deficiência Visual
tem lugar em Outubro, em Espanha


A Associação de Profissionais de Reabilitação de Pessoas com Deficiência Visual (ASPREH, na sigla em Espanhol) vai realizar este ano o I Congresso Europeu sobre Deficiência Visual. O evento terá lugar nos dias 22, 23 e 24 de Outubro de 2010 em Valladolid, Espanha. Neste encontro serão abordados temas como a importância da prevenção da deficiência visual e as possibilidades da reabilitação. O programa conta com várias apresentações de conferencistas reconhecidos a nível europeu.

Para informações adicionais poderá consultar a página Web do congresso em http://www.eurovisionrehab.com  - disponível em Inglês e Espanhol.

Fonte: Boletim Informativo da ACAPO


publicado por MJA  [17.Mai.10]

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Coimbra: missa às escuras
para sensibilizar para cegueira

Diário Digital / Lusa

13 de Maio de 2010


A Paróquia de São João Baptista, em Coimbra, realiza no sábado à noite uma missa às escuras para sensibilizar a população para a problemática da deficiência visual.

"Pretende-se que, ao experimentarem o desconforto de não ver nada do que se está a passar, possam assim sentir mais solidariedade e compreensão por aqueles que vivem a vida toda às escuras", segundo uma nota da Diocese de Coimbra.

Os textos litúrgicos serão lidos em Braille por uma associada da (ACAPO) - Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal - entidade também ligada à iniciativa.

Vídeo RTP:

 


publicado por MJA  [14.Mai.10]

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FIFA incrementa experiência de
deficientes visuais na Copa do Mundo

TERRA BRASIL

13 de Maio de 2010


Uma parceria entre a Fifa e duas entidades possibilitará a deficientes visuais uma experiência diferente em 44 partidas da Copa do Mundo da África do Sul. Em seis estádios do Mundial, 15 assentos serão reservados a eles, que poderão acompanhar os jogos com o auxílio de fones de ouvido, por meio de um sistema de descrição diferenciado. O Ellis Park, em Johannesburgo, é um dos estádios que terão assentos especiais para deficientes visuais.

O conteúdo que será fornecido aos deficientes visuais se distancia das transmissões de rádio e TV tradicionais. O foco da narração, mais rápida e detalhada, é o movimento da bola - levando-se em consideração, inclusive, a posição desses espectadores no estádio. Outras medidas como a proibição de comentários interpretativos ou carregados de emoção e a transmissão das informações gerais sobre a partida somente antes de seu início também são características do projeto.

Profissionais ligados ao Instituto para o Progresso do Jornalismo foram destacados para treinar e coordenar o trabalho dos narradores, também jornalistas, enquanto estudantes de Engenharia de Som trabalharão na área técnica, assegurando uma boa transmissão e a segurança de que os deficiente visuais aproveitarão de forma plena a iniciativa.

Os outros parceiros da FIFA no projeto são a Associação Nacional para os Deficientes Visuais da Suíça e o Conselho Nacional para os Deficientes Visuais da África do Sul.


publicado por MJA  [14.Mai.10]

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A legislação sobre a pessoa com
deficiência em Angola

Jornal de Angola

Filipe Zau *

11 Maio 2010


[...] De entre os maiores feitos da Educação, no pós-independência em Angola, situa-se, sem margem para dúvidas, a graduação, em 2008, no ISCED de Benguela, de três estudantes universitários com deficiência visual, finalistas do curso de Educação Especial, na especialidade de Psicologia, Katila Vanessa de Carvalho Honrado, Welma Kathiline de Carvalho Honrado (duas irmãs professoras de uma mesma Escola do Ensino Especial) e Weia Emanuel Jordão Dias, funcionário de uma Conservatória do Registo Civil.

Este exemplo de perseverança e de justiça, levou-me à iniciativa de divulgar a legislação promulgada em Angola sobre a pessoa com deficiência, tendo em vista uma maior integração de compatriotas que, por condicionalismos de ordem física, se sentem socialmente excluídos e procuram formas de autonomização pessoal, inserção estudantil e profissional:

  • Decreto n.º56/79 de 19 de Outubro que implementa a educação especial. Instrumento legal para assegurar o atendimento especializado de crianças e jovens com necessidades educativas;
  • Decreto n.º 85/81 de 16 de Outubro, do Antigo Combatente e do Deficiente de Guerra. A todo o combatente com incapacidade resultante de lesão em combate ou missão de serviço ou doença contraída devido a sua participação na luta de libertação nacional ou na defesa da Pátria são reconhecidos os direitos sociais previstos neste decreto. Aos familiares dos combatentes tombados nas circunstâncias acima referenciadas, bem como aos combatentes da terceira idade não reintegrados e ainda aos antigos combatentes, independentemente de incapacidade, são igualmente reconhecidos direitos especiais;
  • Decreto nº 86/81 de 16 de Outubro que fixa a tabela de índices médicos de incapacidade. Decreto inicialmente criado para a efectuação de peritagens médicas com a finalidade de atribuição de pensão mensal ao combatente com incapacidade igual ou superior a 30%. O montante da pensão é calculado com base no grau de incapacidade e no vencimento correspondente a sua ocupação (função e/ou patente). [...]
  • Decreto n.º 21/82 de 22 de Abril. Orienta que 2% das vagas dos postos de trabalho devem ser reservadas às pessoas com deficiência. No âmbito da sua aplicação, as entidades empregadoras, quer públicas, quer privadas, devem absorver Pessoas com Deficiência nos seus quadros de pessoal, criando postos de trabalho adequados à condição do trabalhador deficiente, respeitando as normas e medidas de higiene e segurança.
  • Decreto n.º 6-E/91 de 9 de Março, que cria o Instituto Nacional de Reabilitação (INR), órgão do Governo que tem por objectivo ser o instrumento para o desenvolvimento de uma política nacional de reabilitação de pessoas portadoras de deficiência, assente na planificação, coordenação e controlo das acções que concorrem nesse domínio. [...]
  • Lei 6/98 de 7 de Agosto do Subsídio ao Portador de Deficiência. Visa estabelecer prestações pecuniárias aos cidadãos com deficiência e incapacitados permanentes para o exercício de qualquer actividade laboral, que não estejam abrangidos por qualquer outro regime de assistência social, nem possuam recursos financeiros próprios, garantindo, assim, a esses cidadãos o exercício dos seus direitos, constitucionalmente, consagrados, no domínio da assistência social.
  • Lei 7/04 de 15 de Outubro – Lei de Bases de Protecção Social. Para orientar as políticas e normas nacionais de protecção dos grupos vulneráveis e para assegurar esse pressuposto, a Lei de Bases de Protecção Social, no seu artigo 4º (alíneas b, c e d), define os fundamentos e objectivos da protecção social de base a saber: o bem-estar das pessoas, das famílias e da comunidade que se concretiza através da promoção social e desenvolvimento regional, reduzindo progressivamente, as desigualdades sociais e as assimetrias regionais; a prevenção das situações de carência, disfunção e de marginalização, organizando com os próprios destinatários, acções de protecção especial a grupos mais vulneráveis; a garantia dos níveis mínimos de subsistência e dignidade, através de acções de assistência a pessoas e famílias em situações especialmente graves, quer pela imprevisibilidade ou dimensão, quer pela impossibilidade total de recuperação ou de participação financeira dos destinatários. [...]

Se a divulgação desta legislação, que foi compilada e me foi endereçada pelo meu amigo Rafael Calandou, contribuir para um maior conhecimento, elevação da baixa auto-estima e diminuição – nas ruas e praças da nossa cidade de Luanda –, dos mendigos portadores de deficiência, sentir-me-ei, desde já, satisfeito, pela iniciativa de a ter dado a conhecer a estes nossos concidadãos.

*Ph. D em Ciências da Educação e Mestre em Relações Interculturais

Fonte: Jornal de Angola

publicado por MJA  [11.Mai.10]

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No Recife, recurso de audiodescrição ajuda
deficientes visuais que frequentam o teatro

GLOBO.COM

10/05/10


O novo recurso começou a ser usado em peças do festival Palco Giratório, que teve início no último final de semana

Começou, no último fim de semana, no Recife, um dos maiores festivais de teatro do Brasil: o Palco Giratório. Até o final do mês, 35 peças serão encenadas em vários locais da cidade. A grande novidade, este ano, não está nos palcos, e sim na platéia - um público que, normalmente, não é encontrado nos teatros.

Quem não consegue enxergar, pode ter dificuldade de acompanhar a história da peça. Só que isso começa a mudar. No festival, foi apresentada a primeira peça com um recurso chamado audiodescrição.

A educadora Andreza Nóbrega estuda formas de deixar o teatro acessível a todos, e está desenvolvendo o projeto em espetáculos apresentados no Recife. Ela fica em uma cabine, contando tudo o que está acontecendo no palco. Fala detalhes sobre o figurino, a maquiagem e a posição de cada ator em cena.

O texto da audiodescrição foi feito depois de um estudo detalhado da peça. “A gente tem um estudo prévio do que é o espetáculo, assistimos a obra, e temos o suporte de um DVD, para, então, nós criarmos um roteiro descritivo”, falou a educadora.

Na plateia, Mariana, 10 anos, vibra. É a primeira vez que vai ao teatro. Já a aposentada Marluce Cabral vai sempre que pode, mas nunca foi tão fácil entender a história. “A gente vai ter uma expectativa melhor, desde o início. Ela já mostrou todo o palco, todo material que vai ser usado”, contou.

Com a ajuda da audiodescrição eles conseguem imaginar, com riqueza de detalhes, o que não podem ver.

O recurso só está disponível em quatro peças do festival. O Palco Giratório continua até o dia 30 deste mês e, na programação desta segunda-feira (10), tem a peça "O amargo santo da purificação". Ela será encenada na praça Carlos Wilson, no centro de São Lourenço da Mata. A entrada é de graça.

publicado por MJA  [11.Mai.10]

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Nova Estratégia Nacional para a Deficiência
está em "fase final de desenvolvimento"

10.05.2010

Destak/Lusa


A Estratégia Nacional para a Deficiência está "na fase final de desenvolvimento", disse à Lusa fonte governamental. O plano que a antecedeu terminou em dezembro, mas a secretária de Estado da Reabilitação garante que há medidas em curso.

 

Para Idália Moniz, "o facto de a estratégia estar em construção não significa que as medidas não estejam a ser desenvolvidas".

Segundo fonte do Gabinete da secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, a estratégia está a ser ultimada para aprovação em Conselho de Ministros e "a grande diferença será um compromisso maior entre o Governo e as organizações da sociedade civil".

Em declarações à Lusa, Idália Moniz concretizou que a estratégia "tem recebido os contributos da sociedade civil e está numa fase de negociação com o Governo".

"Vai ter um conjunto de objetivos, de metas, princípios assentes nos cinco pilares da Convenção" das Nações Unidas para os direitos da pessoa com deficiência, que Portugal assinou em julho do ano passado.

Deficiência e multidiscriminação, justiça e exercício de direitos, autonomia e qualidade de vida, acessibilidades e design para todos e modernização administrativa e sistema de informação são as áreas listadas na estratégia.

Idália Moniz recordou que o país também assinou um protocolo opcional que obriga a que Portugal seja avaliado de dois em dois anos. Este acordo "já foi ratificado e é para cumprir de uma forma transdisciplinar por todas as áreas da governação", disse.

O novo instrumento das políticas para a área da deficiência será coordenado pelo Ministério do Trabalho e Solidariedade Social e terá "responsabilidades partilhadas e distribuídas pela quase totalidade" das áreas governamentais, já que "as políticas para a deficiência são necessariamente tão amplas como as pensadas para os restantes cidadãos", referiu a fonte do gabinete da secretária de Estado.

Esta estratégia sucede ao Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade (PAIPDI), que vigorou entre 2006 e dezembro de 2009.

Fonte do Gabinete afirmou que "foi pedido aos dirigentes dos principais organismos em que estão federadas as organizações representativas das pessoas com deficiência que enviassem contributos".

O presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), Humberto Santos, disse à Lusa que esta entidade não foi convidada a dar contributo, mas, por iniciativa própria, elaborou e entregou a sua proposta.

"É fundamental criar um conjunto de sinergias que permitam a concretização dos princípios e filosofia da Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência. Não podemos continuar a legislar em sentido contrário àquilo que aprovamos internacionalmente", defendeu.

Além da educação, que considerou uma área decisiva, o presidente da APD apontou as acessibilidades e o emprego.

Existe cerca de um milhão de pessoas com deficiência em Portugal, um número que, segundo Humberto Santos, tende a aumentar, porque a população está a envelhecer.

publicado por MJA  [10.Mai.10]

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Plano de integração de pessoas com deficiência
só foi concretizado em 68 por cento

Publico.pt

 10 Maio 2010


O plano para a integração de pessoas com deficiência, que terminou em Dezembro de 2009, teve 68 por cento das medidas concretizadas, segundo o Governo, mas ficou "muito aquém das necessidades", na opinião de uma associação de deficientes.

Fonte do Gabinete da secretária de Estado adjunta e da Reabilitação disse hoje que no Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade (PAIPDI), que vigorou entre 2006 e 2009, "de um total de 99 medidas, 68 foram concretizadas durante o prazo estipulado, 12 encontravam-se em fase de execução em Dezembro".

Apesar de o plano já não estar em vigor, "algumas medidas nele inscritas têm continuidade", garantiu. Na opinião do presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), Humberto Santos, "o plano ficou muito aquém das necessidades das pessoas com deficiência".

"O plano não integrava grande leque de medidas impactantes e inovadoras, não se preocupava com o desenvolvimento dos instrumentos. Não é suficiente criar legislação, é decisivo ter essa legislação implementada", defendeu Humberto Santos. Acessibilidades e informação, educação, qualificação e promoção da inclusão laboral são algumas áreas abrangidas pelas medidas que fonte do Gabinete da secretária de Estado considerou terem tido uma "execução positiva".

Acesso à sociedade de informação

Entre os exemplos avançados está a criação de linhas de financiamento dirigidas às autarquias para construção de espaços acessíveis para todos ou o papel de empresas de transportes colectivos que "souberam criar soluções para os passageiros com necessidades especiais". No que respeita ao acesso à sociedade de informação, "o Governo e a Administração Central impuseram a criação de sítios governamentais e dos serviços públicos acessíveis, de acordo com as normas europeias" e, de 333 sítios informativos, 93 por cento estavam conforme o nível "A" destas directrizes.

O novo sistema de educação especial implicou "a reorganização dos recursos materiais e humanos" e "uma articulação mais eficiente" entre as escolas e as entidades que eram responsáveis por aquele tipo de ensino, passando aquelas a centros de recursos. O presidente da APD defendeu que "em áreas essenciais para vida dos cidadãos com deficiência, como educação, emprego e formação profissional, o plano falha redondamente, o que é grave".

Humberto Santos diz que na área da educação, por exemplo, "há um decreto-lei que vai contra a convenção [das Nações Unidas] sobre os direitos das pessoas com deficiência" quando diz que "as crianças com deficiência devem estar em escolas que tenham a ver com a sua zona de residência". Em Portugal, "ao ter legislado as unidades de referência e desterrado crianças com deficiência para zonas totalmente fora da zona de residência, [o Governo] legisla em sentido contrário, depois de assinar a Convenção", explicou.

"Entre o plano das intenções, a concretização e as reais condições de vida das pessoas com deficiência vão diferenças muito significativas que [devem] ser tão rápido quanto possível suprimidas", salientou o presidente da APD.

publicado por MJA  [10.Mai.10]

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Nova tecnologia permite que cegos "vejam" emoções

Diário da Saúde

06/05/2010


Braille para as emoções

Sem a visão, é impossível interpretar as emoções faciais - ou, pelo menos, é assim que se acreditava até hoje. Agora, pesquisadores desenvolveram uma espécie de código Braille para as emoções, que permite que os cegos "enxerguem" as emoções dos outros.

"A tecnologia cria possibilidades totalmente novas de interações sociais para os deficientes visuais," diz o Dr. Shafiq ur Réhman, da Universidade de Umea, na Suécia, um dos criadores da nova técnica.

Expressões faciais

A falta do sentido da visão pode ser muito limitante na vida diária das pessoas. A limitação mais óbvia é certamente a dificuldade de se movimentar. Mas pequenos detalhes do dia a dia, que as pessoas com visão normal nem questionam, também são perdidos. Um desses detalhes é a capacidade para captar as expressões faciais das pessoas com quem se está interagindo.

As expressões faciais fornecem informações sobre as emoções das pessoas e são importantes na comunicação. Um sorriso, ou um levantar de sobrancelhas, por exemplo, pode mudar completamente o sentido de uma frase.

Visão artificial das emoções

A falta das informações fornecidas pelas expressões faciais cria barreiras às interações sociais. "As pessoas cegas compensam as informações que a visão não lhes dá com outros sentidos, como o som. Mas é muito difícil entender emoções complexas apenas a partir da voz," diz Réhman.

Para ajudar a resolver esse problema, o grupo de pesquisas de Réhman desenvolveu uma nova tecnologia baseada em uma web câmera comum, um aparelho eletrônico do tamanho de uma moeda e um "mostrador táctil" que fica em contato com a pele do usuário. Esse conjunto é suficiente para dar ao deficiente visual a capacidade de interpretar as emoções humanas.

Linguagem Braille para as emoções

A informação visual captada pela câmera é transformada em padrões vibratórios que são passados para o usuário por meio do mostrador táctil. "As vibrações são ativadas sequencialmente para fornecer informações dinâmicas sobre que tipo de emoção a pessoa está demonstrando e a intensidade da emoção," explica o pesquisador.

O primeiro passo para usar a tecnologia é aprender os padrões das diferentes expressões faciais. Na fase de treinamento, o deficiente visual usa um mostrador táctil maior, instalado no espaldar da cadeira. Ele ouve o nome da emoção e outras características, como a intensidade da emoção, e faz a associação com o padrão vibratório que está sentindo.

Sensações pelo celular

O principal foco da pesquisa foi caracterizar as diferentes emoções e encontrar uma forma de apresentá-las. Para isso, os pesquisadores usaram os mais recentes avanços da engenharia biomédica e da visão artificial por computador. A possibilidade de transformar informações visuais em informações tácteis se mostrou tão promissora que os cientistas já estão pensando em utilizar a tecnologia em outras áreas.

"Nós demonstramos com sucesso como a tecnologia pode ser implementada em um telefone celular para passar informações sobre um jogo de futebol e sobre as emoções humanas, tudo usando as vibrações do aparelho. Esta é uma forma interessante de otimizar a experiência dos usuários de celulares," diz o pesquisador.

publicado por MJA  [7.Mai.10]

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Audio em "Games" para Deficientes Visuais

Blog AudioPucGames

post de Abner Cordeiro

4 Maio 2010


Pesquisadores da Universidade do Chile e da Harvard Medical School estão usando três jogos de computador baseados em som que permitem que jogadores naveguem por um labirinto, um sistema de metrô e edifícios reais, com base em indicações auditivas.

"O jogo funciona, essencialmente, pela interpretação de informações geradas por sons espectrais, tais como pegadas e batidas à porta", disse Lotfi B. Merabet, do Beth Israel Deaconess Medical Center e Harvard Medical School e co-autor de "AER Journal: Research and Practice in Visual Impairment and Blindness".

"O jogador usa um teclado para se mover e interagir com o mundo virtual. Por meio de interação sequencial com um ambiente virtual em 3D, o usuário aprende a construir um mapa cognitivo espacial daquilo que o cerca", disse. O objetivo é desenvolver jogos com base em sons que ajudem crianças com deficiências visuais a desenvolver capacidades espaciais, cognitivas e sociais.

"Nos concentramos em desenvolver o software de jogo como ferramenta de reabilitação, de forma a permitir que usuários deficientes visuais avaliem edificações desconhecidas virtualmente antes de percorrê-las na vida real, e também conduzimos estudos com imagens de ressonância do cérebro para determinar de que maneira os cérebros de indivíduos com deficiência realizam essa tarefa", disse Merabet.

Há mais de 50 jogos baseados em sons disponíveis para os deficientes visuais, de acordo com Kelly Sapergia, que resenha jogos criados por e para esse público no programa de rádio "Main Menu", do American Council of the Blind. Segundo ela, as alternativas variam de fliperama a jogos do estilo "Space Invaders", passando por "GMA Tank Commander", um game que permite que o usuário dirija um tanque e dispare armas contra os inimigos.


publicado por MJA  [4.Maio.2010]

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Cursos e Workshops agendados pela
ANDITEC, Tecnologias de Reabilitação


29 de Maio:
Workshop sobre Novas Tecnologias na Educação
- juntamente com o CRTIC de Alcácer [Apresentação de  software e hardware para facilitar a comunicação e a aprendizagem a crianças e jovens e sensibilização para a utilização desses recursos como facilitares de comunicação.]

2 de Julho:
Formação GRID 2
[Aprendizagem das funções elementares do programa, bem como compreensão das suas potencialidades, nas diferentes vertentes de utilização. Dar à pessoa em formação, autonomia para a exploração e adaptação dos teclados às necessidades de cada utilizador.]

14, 15 e 16 de Julho:
"Comunicação Aumentativa: Adaptação de Actividades Educativas”
[criação de materiais educativos]

20, 21, 22, 23 de Julho:
"Comunicação Aumentativa: Histórias Adaptadas"
[criação e elaboração de materiais de intervenção, baseados na adaptação de histórias]

 

Informações e inscrições em:
http://www.anditec.pt/formacaoesp/datas.html


publicado por MJA  [4.Maio.2010]

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Deficientes perdem pensão quando casam.
Basta que o cônjuge ganhe pouco mais de 200 euros

Jornal de Notícias

CLARA VASCONCELOS

3 Maio 2010


Os cidadãos deficientes optam muitas vezes por não casar, de forma a preservar a pensão de 189 euros que o Estado lhes atribui mensalmente. A lei diz que perdem a pensão se o cônjuge auferir rendimentos iguais ou superiores a pouco mais de 200 euros.

Esta situação é antiga e foi por diversas vezes contestada pelo presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), Humberto Santos, sem que surtisse qualquer efeito.

"É de uma injustiça atroz", diz o presidente da APD, lembrando que a pensão é de apenas 189 euros. A lei diz que se essa pessoa casar e o cônjuge tiver rendimentos iguais ou superiores a 70% do Indexante dos Apoios Sociais (419, 22 euros) a pensão é cancelada. Esta percentagem era de 50% até à semana passada, altura em que entrou em vigor o orçamento de Estado e este valor foi actualizado. Ainda assim, basta, por isso, que o cônjuge aufira pouco mais de 200 euros para que a pessoa deficiente perca a pensão.

"Estamos a falar de valores miserabilistas. O que é isto de 189 euros mais duzentos euros!? Ninguém consegue viver com estes valores", diz Humberto Santos

Até 2007 o valor da pensão era calculado a partir do salário mínimo nacional, mas, desde então, é calculado a partir dos chamados Indexantes dos Apoios Sociais (IAS). Estes indexantes valem hoje menos que o salário mínimo, que é de 475 euros.

Esta é, também, uma questão de dignidade humana. Por que razão tem a pessoa com deficiência de ficar absolutamente dependente do cônjuge? E com que direito se atira toda a responsabilidade para este, sabendo-se, como se sabe , que as pessoas com deficiência têm geralmente muitos encargos com a saúde? Questões a que Humberto Santos não sabe responder, mas, segundo assume, é por isso que muitos optam por não casar. Outros, nem sabem que a lei determina essa suspensão e só depois de casarem se apercebem do que lhes aconteceu.

"É incrível, num Estado de Direito, poder condicionar-se assim a vida das pessoas".

Para além desta questão, é o próprio valor da pensão que é contestada pela Associação de Deficientes. É que a mensalidade também é suspensa nos casos em que o deficiente encontra emprego ou realiza acções de formação e daí resultem rendimentos superiores a 50% do IAS.

Se, por acaso, perde o emprego terá que requerer novamente a pensão, o que não é assim tão automático quanto isso.

"Isto não tem ajudado o processo de inserção social e a situação só tende a agravar-se", garante.

Segundo os censos de 2001 existem em Portugal 634 408 pessoas com deficiência (6,1%), metade das quais sem grau atribuído.


publicado por MJA  [3.Maio.2010]

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Estado não ajuda a única oficina
de bengalas para cegos

Jornal de Notícias

3 Maio 2010

CRISTIANO PEREIRA


A Associação Promotora de Ensino de Cegos auxilia sozinha invisuais de todo o país. A única oficina de bengalas para invisuais de Portugal funciona nas traseiras da Associação Promotora do Ensino de Cegos, em Campo de Ourique, Lisboa. Fabricam bengalas para todo o país enquanto a Associação luta com falta de apoios.

Até há uns anos, as pessoas com deficiência visual eram obrigadas a comprar bengalas importadas do estrangeiro e a preços pouco simpáticos, quase proibitivos. Hoje, uma dessas bengalas custa cerca de 50 euros. Todavia, já há quem as faça em Portugal e a um preço de venda bem mais acessível: 15 euros.

É das mãos de Álvaro Ribeiro, um amblíope, que nascem grande parte das bengalas "made in Portugal". "Começa-se por partir um tubo grande", explicou ao JN, "e depois é ir fazendo", disse, algo vago, justificando que "é mais fácil fazer que explicar".

Na verdade, Álvaro Ribeiro parecia mais interessado em debitar piadas futebolísticas sobre o seu Benfica mas lá foi dizendo que uma bengala "demora cerca de uma hora a fazer se tudo correr bem". A maior dificuldade do seu ofício, asseverou, "é trabalhar à segunda-feira". Dois cegos também trabalham com Álvaro mas só Álvaro é que dominava as máquinas. "Esta aqui chama-se Touro e é para laminar à maneira", informou-nos. "Aquela ali", apontou, "é uma máquina de abutelhar".

"As bengalas que são produzidas aqui também podem ser aqui reparadas", apontou, por seu turno, Vítor Graça, da direcção da Associação Promotora de Ensino de Cegos. O responsável disse que recebem "encomendas de bengalas do país inteiro" e depois enviam à cobrança. As bengalas, articuladas, de vários tubos (normalmente seis), são feitas de alumínio com um fio elástico no interior.

A Associação Promotora de Ensino de Cegos tem mais de 120 anos de história e tem desenvolvido actividades regulares como cursos de leitura e escrita em Braille ou workshops sobre como usar a bengala. Isto entre outras valências.

Todavia, o responsável da Associação teceu críticas à falta de apoios do Estado que "se esquece que estas instituições prestam um serviço à sociedade que cabia ao Estado fazer mas não faz".

Vítor Graça criticou ainda o facto de nunca ter sido feito um levantamento para apurar o número certo de cegos em Portugal. "Os únicos dados que existem são os do Censos de 2001 e que foram mal feitos", apontou. Neste sentido, o responsável da Associação disse calcular que existem cerca de 40 mil cegos em território nacional, sendo que uma parte significativa diz respeito a pessoas que cegaram a partir dos 50 anos devido a diabetes ou outras doenças. Vítor Graça alertou para o perigo de muitos desses cegos estarem fechados em casa.

Um dos colaboradores da Associação é Rogério Silva, também ele com deficiência visual, mas que tem desempenhado papel fundamental para facilitar a vida a cegos e amblíopes que pretendam usar telemóveis, de forma a que, por exemplo, as pessoas não paguem para ter o telefone adaptado.


publicado por MJA  [3.Maio.2010]

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Video Games para Deficientes Visuais

Bob Mota

2-05-2010


Eu particularmente não tinha parado para pensar nisso até agora. Mas pessoas com deficiência visual jogam videogame também. E são bons jogadores.

Eu mesmo tenho conhecimento de duas pessoas que conseguiram feitos incríveis nos jogos eletrônicos, mesmo sendo portadores de deficiência.

O primeiro se chama Jordan Verner, um garoto canadense fã do game “The Legend of Zelda: Ocarina of Time”, que resolveu procurar ajuda para jogar e se possível zerar esse game.

Ele então conseguiu a ajuda de um outro garoto pela internet, o norte-americano Roy Williams, que reuniu amigos para ajudar o jogador com deficiência visual.

Eles pensaram em ajudar da seguinte forma, segundo as palavras do próprio Roy:

“Cada vez que fazíamos qualquer movimento, como rolar, saltar, fazer qualquer coisa, nós digitamos no computador exatamente o que estamos fazendo”, explicou Williams à rede “WIS TV”, mostrando que ele e os amigos usaram vendas nos olhos para que pudessem sentir o jogo como Verner e outros deficientes visuais.

O norte-americano, o Roy Williams, inclusive disse o porquê de ter feito esse esforço para ajudar o canadense.

“Quando eu era mais novo, um médico me disse que eu ia ficar cego, o que acabou não acontecendo, mas me assustou. Eu quis ajudá-lo a superar sua deficiência”, revelou Williams.

As instruções digitadas eram então enviadas para Verner, que conseguiu recebê-las em seu computador com o auxílio de um programa de voz. Dois anos e mais de cem mil combinações de teclas mais tarde, segundo o site “Kotaku”, o canadense finalmente “zerou” o jogo. “Eu me senti ótimo”, disse Verner, “Me senti forte. Senti que o céu é o limite”, completou. [Fonte principal dessa notícia: G1]

 

O outro caso é ainda mais impressionante:

Brice Mellen, um adolescente de 17 anos de Lincoln, Nebraska, é fã de videogames como qualquer garoto americano da sua idade. Mas um detalhe chama a atenção dos jovens que disputam e perdem partidas de Soul Calibur 2 contra ele em uma loja de games local: Brice é cego de nascença.

Com a posição dos menus dos jogos de luta gravados na cabeça e usando o som com referência do que acontece na tela, Brice se tornou imbatível nos jogos de luta, a ponto de confessar estar entediado de tanto derrotar seus colegas. O adolescente é constantemente desafiado pelos freqüentadores da loja DogTags Game Center, que jamais imaginam terem alguma dificuldade em vencer um cego. “Eu os enfrento, mas só se considerar que há desafio”, diz cheio de confiança. “Eu assusto o adversário jogando de costas.”

Brice começou a curtir games quando tinha 7 anos, e treinou bastante nos clássicos Asteroids e Space Invaders. Ele apenas sentou e tentou e tentou até conseguir, diz o pai do garoto, Larry Mellen. Ele nunca reclamou com ninguém quanto à dificuldade.

Prestes a concluir o segundo grau, Brice já sabe a carreira que irá seguir na faculdade: quer ser designer de games. [Fonte principal dessa notícia: USA Today]


Vamos falar então dos games
desenvolvidos para Deficientes Visuais:

O jogo se chama “Onae, a aventura de Zoe”, foi desenvolvido pela Organização Nacional de Cegos Espanhóis (Cidat – Once).

O jogo permite que cegos e pessoas que tem uma visão normal joguem igualmente. As vezes até com vantagens para nossos amigos, deficientes visuais.

Você deve estar pensando: “Como isso é possível?” Vamos à história do Game.

No game, a personagem Zoe é uma jovem estudante de geologia que trabalha em uma mina recolhendo amostras e que, no meio de um terremoto, vai parar em um mundo povoado por uma civilização desconhecida.

Ela, então, é obrigada a cumprir várias provas para sair desse outro mundo.

O novo jogo é o primeiro em terceira dimensão disponível no mercado. Além disso, sua tecnologia permite que uma pessoa cega jogue “quase nas mesmas condições que uma que enxerga”. Para isso, os efeitos sonoros são potencializados ao máximo, diz o diretor do Cidat.

“Com o sistema, uma pessoa cega, através da audição, tem mais informação que uma que enxerga, já que o elemento sonoro o ajuda a ter certas vantagens e a avançar dentro do jogo”, afirma.

“O jogo se passa em um formigueiro praticamente às escuras, no qual é preciso se movimentar superando obstáculos como paredes e portas e resolvendo situações”, diz Pérez.

Nesse mundo de galerias com pouca luz, “a pessoa que enxerga tem dificuldade de se movimentar com agilidade”, e por isso, os sons são a pista fundamental.

Abaixo se encontra um vídeo gameplay deste jogo.
 


Segundo os desenvolvedores além de toda a informação sonora no game, existem teclas de apoio que ajudam o jogador saber onde se encontra e que na maioria das vezes o cenário não representa vantagem nenhuma.

Segundo o diretor da empresa desenvolvedora, Vector: “Há situações nas quais é preciso escolher um som e, se o jogador se guia pela visão, vai se enganar”

“Pelo contrário, há situações nas quais enxergar atrapalha”, acrescenta.

Basicamente no jogo existem as “rotas de som”. Os jogadores cegos ouvem um apitinho e, pela freqüência e a velocidade, sabem onde o objeto está. [Fonte principal: Terra]


Os games para deficientes visuais ajudam também
os deficientes visuais a mapearem o mundo real.

A realidade virtual pode permitir que usuários de videogames escapem do mundo real, mas um grupo de pesquisadores está utilizando seus recursos para ajudar os deficientes visuais a voltarem ao mundo real, navegando por lugares que realmente existem.

Pesquisadores da Universidade do Chile e da Harvard Medical School estão utilizando jogos de computadores baseados em som que permitem que os jogadores naveguem por um labirinto, um sistema de metrô e edifícios reais, com base em indicações auditivas.

Os usuários partir desses jogos aprendem tanto a construir um mapa cognitivo espacial daquilo que os cerca, ajudando crianças com deficiências visuais a desenvolver capacidades espaciais, cognitivas e sociais, como permite que estes mesmos usuários avaliem edificações desconhecidas virtualmente antes de percorrê-las na vida real. [Fonte Principal: Mundo Cegal]

 

Quem se interessar pelo assunto acesse:  Game Accessibility. É um site que se dedica principalmente a divulgar pesquisas sobre jogos para deficientes físicos, auditivos, visuais e mentais.
 

publicado por MJA  [3.Maio.2010]

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Vencedora do «Prémio Maria Cândida da Cunha»
pretende minimizar deficiências visuais

Ciência Hoje

2010-04-30


Um projecto destinado a minimizar deficiências visuais foi o vencedor da edição 2009 do Prémio Maria Cândida da Cunha, promovido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, cuja entrega de prémios teve lugar, durante o dia de hoje, no Porto.

Nádia Khaled Zurba, aluna de Doutoramento em Ciências e Engenharia de Materiais da Universidade de Aveiro, é a autora do projecto vencedor que consiste num estudo transversal centrado na propriedade de fotoluminescência persistente do material estrôncio aluminato co-dopado com cério, disprósio e európio (SrAl2O4:Ce3+, Dy3+, Eu2+), em sistemas de sinalização de áreas de risco e emergências para pessoas com deficiências.

À margem deste projecto, intitulado “Nano-emergência: luminescência persistente … para pessoas com deficiência”, foram desenvolvidos novos pavimentos, cerâmicos e fotoluminescentes que apresentam propriedades multisensoriais úteis para pessoas portadoras de deficiências utilizarem, no escuro, com a prioridade de salvar vidas em emergências.

Estes pisos podem ser combinados para compor um exclusivo sistema de paginação fotoluminescente multisensorial (relevos) que possibilita a rápida evacuação mediante o uso de auxílios de mobilidade, como bengala, cadeira de rodas, entre outros.

A investigadora natural de São Paulo (Brasil) debruçou-se sobre o tratamento de deficiências visuais, tendo criado ainda um novo equipamento biomédico, especialmente adaptado aos utilizadores portadores de deficiência, que serve para o diagnóstico de biofuncionalidade das células retinais fotoreceptoras. Este equipamento é também útil na personalização dos materiais fotoluminescentes que podem ser utilizados nos ditos pavimentos, bem como para a prevenção da cegueira evitável e como suporte à telemedicina oftalmológica.

Nádia Khaled Zurba criou assim novos aluminatos luminescentes dopados com cério e encapsulados com dióxido de titânio, de forma a obter-se novas propriedades multifuncionais, designadamente fotocatalíticas, com acção antimicrobiana e antibacteriana, assim como resistência à água.

Tais aluminatos podem ser amplamente aplicados como superfícies higiénicas de auto-limpeza no domínio de medicamentos antibióticos, na formulação de vacinas, e com ênfase à aplicação dos referidos pavimentos fotoluminescentes. A solução integrada nestas inovações, que potencializa a propriedade da fotoluminescência persistente de SrAl2O4:Ce3+, Dy3+, Eu2+ para as pessoas com deficiências como principais utilizadores, pode contribuir para salvar vidas, no escuro, em emergências.

***

Nadia Khaled Zurba tem 31 anos e é natural de São Paulo, no Brasil. Actualmente está a aguardar a defesa da sua tese de doutoramento em Ciência e Engenharia de Materiais, sob orientação de José Ferreira. É (co)inventora de dez pedidos de Patente de Invenção, incluindo novos “nanotubos luminescentes” e “pavimentos cerâmicos fotoluminescentes para áreas de risco e emergência de pessoas com deficiências”, objectos integrantes da sua tese.

Desde 2002, desempenha actividades de docência para os cursos de Arquitectura (UNISUL, Brasil), Ciência e Engenharia de Materiais e Design (UA, Portugal), tendo colaborado numa disciplina do Mestrado Europeu em Ciências e Engenharia da Materiais (EMMS-ERASMUS).


publicado por MJA  [3.Mai.2010]

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Na Serra da Lousã, Festival do Cabrito
sensibiliza turistas para a deficiência

Diário de Coimbra

28-04-2010

O V Festival Gastronómico do Cabrito da Lousã foi apresentado, entre ilustres convidados e verdadeiras iguarias, confeccionadas pelos 12 restaurantes aderentes ao certame. No forno com batata assada e migas serranas, na fornalha com castanhas, ou até mesmo em ensopado, o cabrito é rei no próximo fim-de-semana e convida os apreciadores da boa cozinha a provar estes e outros repastos de quinta-feira a domingo.

O cartaz deste ano traz consigo duas grandes novidades, uma das quais reporta-se a algumas actividades de sensibilização para a deficiência, no âmbito do projecto Lousã, Destino de Turismo Acessível que pretendem, não só afirmar o município como um local diferenciador, com atendimento especializado para que pessoas com capacidades condicionadas possam visitar o concelho sem qualquer restrição, mas também, promover uma sociedade mais inclusiva.

Nesse sentido, dos 12 restaurantes aderentes, sete deles vão promover a acção “Mesa para Todos”, e, de forma a demonstrar as dificuldades sentidas pelos cidadãos cegos ou amblíopes, vão proporcionar aos seus clientes a experiência de saborear uma sobremesa de olhos vendados.

«Nós pensamos que esta acção de sensibilização é extremamente importante porque um dos objectivos que nós temos é certificar o destino nesta trajectória do turismo acessível e, como tal, pensamos que é uma inovação e, ao mesmo tempo, uma mais-valia», avançou Fernando Carvalho, presidente da autarquia, explicando que os restaurantes que vão desenvolver esta iniciativa fazem parte da estrutura de missão do projecto Lousã, Destino de Turismo Acessível e que por isso estão mais habilitados e sensibilizados com o atendimento especializado. Ainda assim, todos os restaurantes que integram esta rota do cabrito na Lousã vão disponibilizar ementas em Braille atendendo aos clientes invisuais.


Festival promove comércio local

A par das acessibilidades foi também lançado um “voucher” de descontos no comércio local para os comensais nos restaurantes aderentes, que vão desde cinco a 50 por cento de descontos em produtos das lojas do concelho, promovendo, assim, o comércio local a par do certame gastronómico.

Na conferência de imprensa Fernando Carvalho fez-se acompanhar de Belarmino de Azevedo, vice-presidente da ACIC – Associação Comercial e Industrial de Coimbra, parceira no evento, do chefe Albano Lourenço, chefe executivo do restaurante Arcadas da Capela da Quinta das Lágrimas, a delegada regional de Agricultura de Coimbra, Ângela Correia e Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal.

Neste evento, organizado pela Câmara Municipal da Lousã, em parceria com a ACIC e co-financiado pelo programa Mais Centro, são aderentes, desde o primeiro certame, os restaurantes Casa Velha, Churrasqueira Copa, O Parque, Churrasqueira São Paulo, Churrasqueira “Tó dos Frangos”, Churrasqueira Borges, O Paraíso, Café Lousanense/Travessa c/ Tapas, Mélia Palácio – restaurante “A Viscondessa”, restaurante típico O Gato, O Burgo e Barca do Arouce. [...]

publicado por MJA  [29.Abr.2010]

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Inov-Energia abrirá 1.500 estágios
por ano no ambiente e renováveis

Jornal de Negócios

27 Abril 2010

Miguel  Prado

O Governo aprovou o lançamento de uma nova vertente do programa INOV, que visa a atribuição de estágios a desempregados, determinando para o Inov-Energia um máximo anual de 1.500 estágios no domínio do ambiente e energias renováveis.

Para o acesso a estes estágios, que serão remunerados com bolsas, serão elegíveis jovens até 35 anos de idade que estejam desempregados e que possuam uma qualificação com diploma do Ensino Superior nas áreas de engenharia, ciências físicas e químicas, da vida, do ambiente, agrárias e empresariais, economia e direito.

Segundo o regulamento hoje publicado, "é assegurada, em cada edição do programa, uma quota de 5 % da totalidade dos estágios a ser preenchida por pessoas com deficiência que a ele se candidatem".

Vão beneficiar do Inov-Energia não só as empresas privadas mas também as do sector empresarial do Estado e as empresas municipais, intermunicipais ou metropolitanas cujas actividades estejam ligadas ao ambiente, energias renováveis e desenvolvimento sustentável.

Os estágios terão a duração de 12 meses e as bolsas serão comparticipadas em 60% pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) ou 80% caso se trate de portadores de deficiência.
 

publicado por MJA  [29.Abr.2010]

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Deficientes visuais passam a ter acesso fácil à Internet

Jornal de Angola

João Pedro

26 de Abril, 2010


Deficientes visuais em Angola passam a ter acesso a Internet, graças a uma tecnologia moderna que, a partir de amanhã, estará à disposição do público-alvo numa loja especializada, em Luanda.

Aberta amanhã, a loja, situada na Avenida Comandante Valódia, será pioneira, em Angola, na venda de um dispositivo electrónico especial que é instalado no computador e é adaptado especificamente às pessoas portadoras de deficiência visual. Segundo o director da Izonga Comercial, Bernardino Machado, única empresa no mercado angolano a comercializar tais produtos, o dispositivo pode ajudar um deficiente visual a acessar textos comuns disponibilizados na Internet sem necessidade de impressoras especiais e em tempo real.

“Montados lado a lado num teclado de leitura, os dispositivos ligam-se a um processador capaz de ler um texto numa tela comum de computador e o converter para os sinais braille ”, explica Bernardino Machado.

Bernardino Machado disse que o dispositivo pode contribuir para aumentar a capacidade de trabalho dos deficientes visuais em todas as actividades que empregarem computadores pessoais. “A tecnologia de computação tem tornado possível o rompimento das barreiras em relação aos portadores de deficiência visual. Antes, um texto extenso demorava horas para ser criado manualmente em braille. Hoje, o processo leva minutos com o uso de impressoras específicas para o sistema”, garantiu o director da Izonga Comercial. A Izonga Comercial, para além da comercialização de todos materiais para deficientes áudio visuais, como a máquina de escrita braille, audiocharta, que é o leitor autónomo de documentos, e impressoras diversas, presta também serviços técnicos especializados, através de uma adaptação quer do sistema educativo como profissional, facilitando a provisão de acessórios técnicos”, disse o nosso entrevistado.

Bernardino Machado explicou que através dos aparelhos adaptados, ajudaram duas jovens deficientes visuais que terminaram o curso superior e que tinham as suas teses escritas na linguaguem comum. “ Nós tivemos que traduzir em sistema de livro digital e a sua defesa ficou mas facilitada”, acrescentou. O director da Izonga Comercial acredita que pelo facto de muitas pessoas desconhecerem a existência da loja, muitas escolas de ensino especial e pessoas particulares, não só em Luanda, mas também no resto do país, têm dificuldades em encontrar kits de matemática para os seus alunos.

publicado por MJA  [29.Abr.2010]

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Ecoturismo e Turismo acessível

Floripa para Todos


[21-04-2010] Trilha para Deficientes Visuais oferece oportunidade de contato com a natureza.

A Trilha Peba, com extensão de 800 metros, está localizada no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, em Goiás, e foi desenvolvido pelo Centro Universitário de Goiás – UNI-Anhanguera. Em 2006,  foi apresentado no painel “Acessibilidade no Turismo”, durante o Destinations – Fórum Mundial de Turismo, realizado em Porto Alegre/RS.

Clique no link abaixo

http://desenhouniversal.com/video/trilha-do-peba-goias-trilha

para assistir a um vídeo sobre a trilha. Esse vídeo apresenta uma trilha em meio a natureza que foi adequada aos usuários com deficiência visual. Através de uma corda ao longo do trajeto e marcações em pontos estratégicos, como nas paradas com informações táteis, os deficientes visuais conquistaram autonomia e novos conhecimentos.

 

publicado por MJA  [29.Abr.2010]

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Alunos «à cata» de barreiras para pessoas
com deficiência em Portimão

Observatório do Algarve

21-04-2010


“Escola e cidade sem barreiras” é o título do trabalho premiado no concurso nacional “Escola Alerta!” destinado a sensibilizar os alunos para a participação na superação da discriminação, sobretudo no que diz respeito a pessoas com deficiência.

Promovido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) e, no Algarve, pelo Governo Civil de Faro e dirigido aos alunos que frequentam estabelecimentos de ensino básico e secundário, os vencedores do concurso são da EB1 Coca Maravilhas (Agrupamento Vertical Engenheiro Nuno Mergulhão), em Portimão.

O trabalho premiado foi desenvolvido por um total de 44 alunos do 1º e 2º ciclos, orientados por dois professores, que identificaram as barreiras arquitectónicas existentes na escola e na cidade de Portimão.

No âmbito do trabalho de investigação realizado, os participantes efectuaram uma recolha de imagens fotográficas e de vídeo das barreiras detectadas, para cuja erradicação apresentaram um conjunto de soluções e medidas a implementar.

No seguimento do trabalho desenvolvido, os autores premiados redigiram ainda uma comunicação ao Presidente da Câmara Municipal de Portimão, na qual descrevem o projecto e solicitam a resolução dos pontos negros identificados.

Prémio de 600 euros

A EB1 Coca Maravilhas, que integra uma unidade de apoio especial para a educação de alunos com multideficiência, será premiada com um cheque de 600 euros atribuídos pelo INR e um troféu, enquanto os alunos e professores envolvidos no trabalho serão galardoados com diplomas.

O Concurso “Escola Alerta!” visa sensibilizar os alunos para a participação na superação da discriminação, sobretudo no que diz respeito a pessoas com deficiência, através da eliminação de barreiras sociais, de informação e comunicação, urbanísticas e arquitectónicas, que dificultam ou impedem a acessibilidade, o pleno gozo dos direitos humanos e de cidadania e, consequentemente, o exercício efectivo desses direitos.

A cerimónia de entrega dos prémios decorre amanhã e será presidida pela governadora civil de Faro, Isilda Gomes.

publicado por MJA  [22.Abr.2010]

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Programa «Escola Alerta»
- acessibilidade a todos - em Setúbal

Rostos ON LINE

20-04-2010

Lançado em 2003, o Programa “Escola Alerta” pretende mobilizar as comunidades educativas para o combate à discriminação de que são alvo as pessoas com deficiência, através da eliminação das barreiras urbanísticas, arquitectónicas e de comunicação, que dificultam ou impedem a sua acessibilidade e o pleno gozo da sua cidadania.

Este ano, o Distrito contou com a participação de 26 escolas e instituições, 1004 alunos e utentes e 74 professores e técnicos, num total de 28 trabalhos a concurso.

O Governo Civil de Setúbal, enquanto entidade coordenadora do Programa “Escola Alerta” no Distrito, promove, no próximo dia 21 de Abril, pelas 14 horas, no Pavilhão do Clube de Pessoal da Siderurgia Nacional, no Seixal, a cerimónia distrital de entrega de prémios, atribuídos aos projectos concorrentes neste ano lectivo.

Lançado em 2003, o Programa “Escola Alerta” pretende mobilizar as comunidades educativas para o combate à discriminação de que são alvo as pessoas com deficiência, através da eliminação das barreiras urbanísticas, arquitectónicas e de comunicação, que dificultam ou impedem a sua acessibilidade e o pleno gozo da sua cidadania.

O Programa, que este ano tem como lema a Acessibilidade a Todos, destina-se a alunos do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, público e particular e às crianças e jovens que frequentem centros educativos do Instituto de Reinserção Social ou outras instituições educativas sob a tutela do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.

O concurso “Escola Alerta” é uma iniciativa do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), desenvolvida em colaboração com os Governos Civis e as Direcções Regionais de Educação.

A organização, a cargo do Governo Civil, conta com a participação da Câmara Municipal do Seixal, das Direcções Regionais de Educação do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo e da CCDR/LVT. Colaboram, ainda, todas as autarquias com trabalhos a concurso e a GNR.


Setúbal apresenta a concurso 28 trabalhos

Este ano, o Distrito contou com a participação de 26 escolas e instituições, 1004 alunos e utentes e 74 professores e técnicos, num total de 28 trabalhos a concurso.

Mais uma vez, o Distrito registou uma ampla participação, com um aumento, em relação a 2009, do número de escolas envolvidas neste projecto, bem como de alunos (mais 456 que em relação ao ano passado), resultado do interesse que as comunidades educativas e IPSS demonstraram pela temática da deficiência

Crianças, jovens, portadores de deficiência ou não, acompanhados pelos seus Professores e Técnicos, produziram trabalhos de reflexão e de intervenção na área da deficiência, abarcando uma ou mais incapacidades, dentro da escola e na comunidade (bairro, rua, freguesia, concelho).

Identificaram barreiras físicas, mas também de atitude e comportamentais, sugeriram soluções para correcção, levaram autarcas, comerciantes, empresários, responsáveis da administração pública a firmar compromissos que melhorassem o espaço físico e social, em 9 dos 13 concelhos do Distrito.


publicado por MJA  [20.Abr.2010]

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Tacteando o Brasil

Urece Esporte e Cultura

Marcos

19/04/2010


Nos próximos dois meses, a jornalista cega Moira Braga conta em blog como é percorrer as cidades brasileiras que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014 testando a acessibilidade de diversos ambientes para o público com deficiência visual

Na última quarta-feira, 14 de abril, a jornalista Moira Braga embarcou em uma viagem diferente. Nos próximos dois meses, ela e mais algumas pessoas com diferentes deficiências percorrerão as cidades brasileiras que serão sede de jogos na Copa do Mundo de 2014. Batizada Novos Rumos, a iniciativa é desenvolvida pelo Instituto Muito Especial, com apoio do Ministério do Turismo.

O objetivo do projeto é chamar a atenção de governos e iniciativa privada sobre a necessidade de todos os ambientes (estádios, hotéis, pontos turísticos, restaurantes, etc) serem adaptados a qualquer usuário. Daí a opção por escolher uma pessoa com cada uma das necessidades especiais mais frequentes: um deficiente visual, um deficiente auditivo, um usuário de cadeira de rodas e um idoso.

Moira Braga representa os deficientes visuais nessa expedição. "A idéia do projeto é verificar, orientar e sobretudo, fomentar a necessidade de se criar ambientes acessíveis a todos. O objetivo final deste trabalho é produzir um guia de turismo com dicas de acessibilidade, além de um documentário e um livro sobre a expedição" ela conta.

Sendo um projeto contínuo, os participantes estarão juntos durante todo o tempo em que durar a jornada. Começando pelo Rio de Janeiro, eles permanecerão uma média de 4 a 5 dias nas cidades de são Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Brasilia, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Natal, Recife e Salvador.

E onde a Urece entra nessa história?

Já tendo participado de alguns projetos da Urece (como as aulas de dança e yoga para pessoas com deficiência visual), Moira Braga aceitou o nosso convite para escrever um blog contando não só os bastidores da expedição e as experiências adquiridas nesse giro pelo país, mas, principalmente, como anda a acessibilidade de lugares importantes de cidades que receberão o maior evento esportivo do mundo daqui há quatro anos.

Batizado de Tateando o Brasil, o blog trará uma visão muito particular  da jornalista sobre a experiência. Os visitantes poderão acompanhar o dia-a-dia da viagem, além de deixarem mensagens e perguntas para a jornalista.

A Urece Esporte e Cultura é uma das pioneiras no desenvolvimento de projetos de acessibilidade voltados para pessoas com deficiência visual, entre os quais se destaca a produção de um diretório de quartos em braille com conteúdo adaptado ao cliente cego, para o hotel Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro.

Um dos consultores de acessibilidade da Urece e responsável pela comunicação e divulgação do projeto Tateando o Brasil, Marcos Lima explica que "em geral, as pessoas pensam que acessibilidade é construir rampas e botar barras de ferro, mas esse tipo de adaptação espacial acaba favorecendo apenas ao usuário de cadeira de rodas. A pessoa cega ou com baixa visão  tem outro tipo de necessidades, em que as obras são menores, mas que, em compensação, exige produção de material em braille ou ampliado, capacitação de funcionários, piso tátil, além de pequenas modificações que facilitam o nosso acesso às instalações de qualquer lugar". Ele lembra ainda que os deficientes visuais formam, segundo o último censo do IBGE, um público de mais de 14 milhões de pessoas.

Enquanto durar o projeto, você pode acessar o blog de Moira Braga ou clicando aqui no link Tateando o Brasil .


publicado por MJA  [20.Abr.2010]

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Alunos experimentam dificuldades
dos cidadãos com deficiência

Notícias de Fátima

2010-04-19

Por iniciativa do CRIF, cerca de 60 alunos saíram à rua, uns de olhos vendados, outros de cadeira de rodas, para “sentir na pele” as dificuldades que os cidadãos com mobilidade reduzida e os invisuais enfrentam quando circulam nas ruas de Fátima.

“Isto é um pesadelo. É uma escuridão imensa, os passeios não estão adequados, têm muitos obstáculos, muitas curvas, muitos postos”, afirma a aluna Karine Constantino, do Colégio de São Miguel. Mas andar de cadeira de rodas também não é fácil. Que o diga Liliana Marques: “É complicado, a calçada é incerta, é preciso manobrar bem a cadeira para conseguir subir e descer os passeios”.

As duas jovens participaram num peddy paper organizado pelo CRIF – Centro de Recuperação Infantil de Fátima. A iniciativa decorreu durante a manhã de terça-feira e envolveu 60 alunos do ensino secundário de Fátima. “O objectivo é fazê-los sentir, sensibilizá-los e eles entenderem que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos, as mesmas necessidades e que a vida deles é bem mais difícil com as condições que temos ao nível das acessibilidades e da sociedade em geral”, explica Maria do Carmo Fialho, coordenadora da unidade educativa CRIF. Por outro lado, “serve também para eles ficarem mais despertos, tolerantes e solidários com o outro”.

Esta iniciativa volta a repetir-se a 27 de Abril (mas com alunos do 7º, 8º e 9º ano) e a 25 de Maio. Nesse dia, a sensibilização será dirigida à Junta de Freguesia, Câmara Municipal e SRU. “Nós há uns anos fizemos o levantamento das barreiras arquitectónicas existentes em Fátima e entregámos esse levantamento na Câmara. Houve algumas melhorias, mas ainda não está tudo resolvido”, explica Maria do Carmo Fialho, lembrando: “A cidade de Fátima é uma cidade com muitos visitantes, essencialmente idosos, e o que facilitar a vida de uma pessoa com deficiência, de uma criança em cadeira de rodas e de um idoso é bom para todos e é bom também para a cidade de Fátima”.

publicado por MJA  [20.Abr.2010]

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Férias dos portugueses na Europa vão ser subsidiadas

SOL

19 Abril 2010


Ser turista vai passar a ser um direito de todos os europeus. A Comissão Europeia decidiu que vai atribuir um subsídio a idosos, jovens, famílias com dificuldades financeiras e pessoas com deficiência, avança a edição do i desta segunda-feira

Idosos com mais de 65 anos, jovens entre os 18 e os 25, famílias com dificuldades financeiras e portadores de deficiência vão beneficiar de um subsídio que pode ascender aos 30% das despesas totais de uma viagem de férias.

Segundo o i, a proposta estará em prática em 2013 e conta já com o apoio do executivo português. Em declarações ao jornal, o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, explica que o Governo apoia esta ideia «porque constitui uma medida que permite democratizar o acesso a férias e combater a sazonalidade do turismo».

Ainda não é conhecida a forma de execução e financiamento, assim como o impacto orçamental deste programa.

publicado por MJA  [20.Abr.2010]

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Lar residencial é o sonho dos invisuais

blog de Sérgio Gonçalves

17/04/2010


A construção de um lar residencial é um dos grandes sonhos da direcção da Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga (AADVDB), localizada na Póvoa de Lanhoso e presidida por Domingos Silva.

Aproveitando a visita do deputado povoense Frederico Castro, que visitou as instalações e ficou a conhecer a dinâmica da associação, Domingos Silva deu a conhecer os projectos ali desenvolvidos.

‘Gente feliz com olhos nas mãos’, um boletim trimestral, produzido em negro, áudio e braille, e o projecto ‘Visão Radical’, que possibilitou a prática de actividades radicais aos utentes da AADVDB foram algumas das actividades apresentadas durante a visita à sede da instituição.

A associação dos deficientes visuais do destrito de Braga é uma das seis instituições do distrito abrangidas pela campanha de solidariedade ‘Unidos, Une-te a nós’, levada a cabo por três empresas de Braga.

Cada uma das associações tem ao seu dispor 50 mil rifas que vão ser vendidas ao preço de um euro e dão a possibilidade de ganhar um automóvel.

Para além desta campanha permitir a angariação de fundos, Jaime Pereira, da AADVDB, destacou que este momento será aproveitado para “sensibilizar as pessoas para a deficiência visual e para publicitar e dinamizar a associação”.

Para além de louvar o trabalho ali desenvolvido, o deputado Frederico Castro mostrou-se disponível para apoiar, dentro das suas possibilidades, os projectos da associação sedeada na Póvoa de Lanhoso.

Fonte: Correio do Minho

publicado por MJA  [18.Abr.2010]

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Dinheiro de cegos usado para antidepressivos e obras

Diário de Notícias

FILIPA AMBRÓSIO DE SOUSA

16-04-2010


Comissão vai pagar indemnizações na próxima semana. Walter Bom só decide no final do mês se aceita.

Os doentes de Santa Maria que cegaram em Julho de 2009 vão receber o dinheiro da indemnização já para a semana. A única excepção é Walter Bom, o ex-cozinheiro que ficou cego dos dois olhos, que ainda não aceitou a proposta da comissão arbitral de 246 mil euros e tem de se decidir até 30 de Abril.

Já os restantes cinco doentes - que a semana passada já foram contactados pela comissão para ser feita a transferência bancária - já estão a equacionar o destino que poderão dar ao dinheiro. Uma remodelação na casa de banho, a compra de antidepressivos e sessões de apoio psicológico são alguns dos exemplos.

"Vamos ter de remodelar a nossa casa de banho", diz Ana Oliveira, mulher de Américo Palhota, que ficou sem a visão no olho esquerdo e recebeu o valor de 32,5 mil euros. "Porque temos de adaptar a casa de banho devido às limitações do meu marido", explicou ao DN.

No final de Março, a comissão arbitral presidida pelo juiz Eurico Reis definiu os valores das indemnizações e todos os doentes aceitaram, à excepção de Walter Bom, que recebeu a proposta mais alta de sempre feita pela Justiça portuguesa. Maria das Dores - que ficou cega dos dois olhos - recebeu o valor mais elevado a seguir a Walter de 150 mil euros.

Maria Antónia Martins - que perdeu a visão no olho direito e recebeu 37 mil euros - explicou ao DN que "o dinheiro será para a compra de remédios para a depressão que são muito caros". A septuagenária toma actualmente 24 comprimidos por dia. Mais sete que antes do incidente ocorrido na unidade hospitalar de Lisboa. "Este dinheiro sempre ajuda a pagar a medicação, já que ainda noutro dia fui à farmácia e gastei mais de 100 euros", explica Maria Antónia Martins, ao DN.

António Correia recebeu 105 mil euros e Maria José Silva Marques - que até hoje não falaram publicamente sobre este assunto - o valor de 26 mil euros.

Já Walter Bom - que ainda não assumiu se vai aceitar o valor que lhe foi proposto - espera agora a resposta da comissão a algumas questões enviadas há duas semanas pelo seu advogado. "Questões como se é dedutível no IRS, como vai ser pago o dinheiro e quanto tempo demora este tipo de decisão no tribunal judicial", explicou o ex--cozinheiro de 48 anos ao DN.

"Eu não posso estar muito tempo à espera de uma indemnização num tribunal porque estou sem emprego", explica o doente que está actualmente a aprender a ler em braille. "E tem de estar explícito que o pagamento do valor é imediato."

Em Dezembro, o DIAP de Lisboa acusou o farmacêutico Hugo Dourado e a técnica de farmácia Sónia Baptista de seis crimes de ofensa à integridade física grave, com dolo eventual. Terão sido responsáveis pela troca de fármacos que levou à cegueira dos seis pacientes.


publicado por MJA  [16.Abr.2010]

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Olho biónico com retina artificial
está pronto para ser implantado

Site Inovação Tecnológica


Pesquisadores australianos apresentaram o protótipo de um olho biônico que está pronto para ser implantado no primeiro paciente humano.

A prótese ocular foi projetada para dar melhor qualidade de vida a pacientes com perda visual decorrente da retinite pigmentosa e da degeneração macular.


Olho biônico

O olho biônico, que até agora se encontrava em testes, consiste de uma câmera super miniaturizada e de um microchip implantado na retina do paciente.

A câmera, montada na estrutura de um par de óculos, capta a entrada visual, transformando-a em sinais elétricos que são enviados para o microchip.

O microchip, por sua vez, estimula diretamente os neurônios da retina que continuam saudáveis, apesar da enfermidade.

O implante permite que os pacientes ganhem uma visão em baixa resolução, devido ao pequeno número de células sadias da retina, e limitada pela quantidade de eletrodos da retina artificial.


Implante de retina

"Nós vislumbramos que este implante de retina dará aos pacientes uma maior mobilidade e independência, e que as futuras versões do implante acabarão por permitir que os usuários reconheçam rostos e leiam letras grandes," diz o professor Anthony Burkitt, membro da equipe responsável pela fabricação do olho biônico.

O objetivo dos pesquisadores é passar de algumas manchas de claridade pouco definidas para uma visão biônica verdadeira dentro de cinco anos.

Até lá, eles planejam contar com uma retina artificial implantada na parte posterior do olho, recebendo os sinais captados pelas câmeras por meio de conexões sem fios.

O olho biônico está sendo fabricado por uma empresa emergente criada pelos próprios pesquisadores, a Bionic Vision Australia, reunindo médicos, oftalmologistas, neurocientistas, engenheiros biomédicos e engenheiros eletricistas das universidades de Melbourne, Nova Gales do Sul e do Centro de Pesquisas dos Olhos, todos na Austrália.


publicado por MJA  [16.Abr.2010]

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Como se sabe, as pessoas com deficiência
não passam sem uma boa gincana

Bruno Sena Martins

15-04-2010
 


Casa de Banho da Estação de Santa Apolónia


publicado por MJA  [16.Abr.2010]

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Editora lança livro pornográfico para cegos

Época NEGÓCIOS Online

12 Abril 2010


Publicação é a primeira do gênero e traz 17 imagens em alto relevo, com textos em braille, para incluir pessoas com deficiência visual em “cultura saturada com imagens sexuais”

Uma editora canadense está lançando a primeira publicação pornográfica para pessoas com deficiência visual. O livro vem completo, com textos explícitos e imagens em alto relevo de homens e mulheres sem roupa.

O projeto editado pela fotógrafa canadense Lisa Murphy chama-se “Tactile Mind” (Mente Táctil) e foi desenvolvido para que pessoas cegas pudessem se “divertir”. Segundo ela, a ideia nasceu para preencher um espaço no mercado editorial. Ela resolveu fazer o livro após perceber que “os cegos foram deixados de fora numa cultura saturada com imagens sexuais”.

A publicação traz 17 imagens em alto relevo, que incluem uma mulher dançando nua, uma mulher com “seios perfeitos” e um “amante robô”. Todas as imagens são acompanhadas de uma descrição detalhada em braille.

O livro é o primeiro do gênero. Antes, apenas a Playboy havia publicado edições em braille entre 1970 e 1985, mas apenas com texto, sem imagens.

Lisa Murphy tem um certificado em criação de imagens em alto relevo para cegos. Antes, ela havia criado “imagens” em 2-D para crianças.

Para chegar às imagens do livro, a fotógrafa convidou amigos para posar com máscaras de látex, fantasias ou simplesmente sem roupa. Depois ela ampliou as imagens e criou esculturas em cerâmica, à moda das antigas obras greco-romanas.

Até agora, as livrarias do Canadá demonstraram pouco interesse pela obra. Além de ser vendido pela internet, o livro encontrou espaço apenas em uma sex shop para fetichistas, Northbound Leather, onde ocupa lugar entre chicotes e roupas de couro. O gerente, Enza, garante que “é uma coisa completamente nova, diferente”.

A diversão, porém, vai sair um pouco cara. O livro custa R$ 265. Em compensação, se houver interessados apenas pelas imagens, elas vão custar R$ 45.
 

publicado por MJA  [13.Abr.2010]

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Escola do ensino especial de Lunda Norte
com dificuldades materiais

Agência Angola Press

12-04-2010


Dundo - A escola do ensino especial no Dundo, única na província da Lunda Norte, funciona com dificuldades de ordem material, informou hoje, segunda-feira, o subdirector pedagógico da instituição, Celestino Mwanza Modeste.

Celestino Modeste clama por máquinas de informática, pautas metálicas, braile, réguas, opção (instrumento usado pelo deficiente na vez de um lápis de carvão) meios que cada aluno deveria possuir em vez de depender de um exemplar de cada instrumento que a escola tem.

Em declarações à Angop, o responsável afirmou que a escola carece de muitos instrumentos sem os quais se torna mais difícil aos deficientes visuais, auditivos e outros a aprenderem.

Informou que para além de pequena (2 salas) e funcionar num edifício impróprio, a escola não dispõe do material didáctico específico que facilita a aprendizagem do aluno.

Celestino Modeste disse que este ano foram inscritos 177 alunos, mais 40 em relação ao ano 2009, que frequentam as aulas em dois turnos: manhã e tarde.

Pelo facto do espaço ser exíguo, tendo em conta o número de alunos, sublinhou, alguns deles foram integrados no sistema normal de ensino.

Realçou que a escola possui 18 professores capacitados, número suficiente para garantir o normal funcionamento das aulas desde a iniciação até a 6ª classe.

Na Lunda Norte, o ensino para deficientes funciona desde 1998 e arrancou com dois alunos de cinco anos de idade que hoje frequentam o II ciclo do ensino secundário.


publicado por MJA  [13.Abr.2010]

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SCTP vence primeira edição do Prémio
Acessibilidade aos Transportes

SOL

12-04-2010


A rodoviária SCTP, que actua na Área Metropolitana do Porto, venceu hoje a primeira edição do Prémio Acessibilidade aos Transportes, atribuído pelo Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), com uma candidatura denominada «rede de acesso fácil»

Ao classificar-se em primeiro, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (SCTP) ganhou 25 mil euros, enquanto os segundo e terceiro classificados - a Comboios de Portugal (CP) e a Câmara Municipal de Lagos, respetivamente - vão receber 15 mil e 10 mil euros.

O anúncio foi feito hoje em Lisboa, durante uma conferência promovida pelo instituto.

A concurso estiveram sete candidaturas admitidas pelo júri, constituído por representantes do IMTT, do Instituto Nacional para a Reabilitação, da Associação Portuguesa de Deficientes, da ACAPO - Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal e do Centro Português de Design.

Segundo informação da organização, o objectivo era distinguir um projecto que se destacasse pela acessibilidade e pela integração de soluções inovadoras e eficientes, sobretudo no que se refere às pessoas com necessidades especiais e mobilidade reduzida, para contribuir para a eliminação efetiva de barreiras.

Entre os participantes estiveram também a Fertagus, a parceria EMEL/EasyBus e a Carris.

O júri considerou, no entanto, que a SCTP (que apresentou duas candidaturas) correspondeu da melhor forma ao desafio proposto, ao mostrar uma «visão abrangente e global» na melhoria do acesso à sua rede de transportes públicos e ao intervir num conjunto de áreas que facilitam a acessibilidade, como a adaptação dos veículos e das paragens ou a informação disponibilizada.

O Prémio Acessibilidade aos Transportes tem uma periodicidade anual e está integrado no Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade e no Plano de Acção para a Integração de Pessoas com Deficiência ou Incapacidades.

Sol / Lusa


publicado por MJA  [13.Abr.2010]

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Ordem dos Enfermeiros promove “Jantar às Escuras”
dia 23 no Hotel D. Inês em Coimbra

Diário de Coimbra

11 Abril


Sensibilizar as pessoas para as dificuldades diárias que sentem os cidadãos cegos ou amblíopes e promover uma sociedade mais inclusiva para pessoas com deficiência são os objectivos da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros (OE) com a organização de um “Jantar às Escuras”, dia 23, no Hotel D. Inês. A iniciativa inserida na Semana da Bastonária, período de discussão e acompanhamento de políticas de saúde que se repete em cada distrito, pretende reconhecer o esforço e mérito da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), nomeadamente a sua delegação de Coimbra.

Manuel Oliveira, presidente do Conselho Directivo Regional do Centro da OE, explicou ao Diário de Coimbra que este será o «momento de solidariedade» de um programa voltado para as questões da saúde e do exercício profissional dos enfermeiros. Várias entidades públicas e privadas foram convidadas para o jantar que está aberto a todos os interessados. Com preço de 20 euros por pessoa, os lucros revertem para a ACAPO, instituição particular de solidariedade social, como forma de apoio aos seus projectos.

«Queremos dar visibilidade a uma causa que é de todos, a inclusão social, dando relevo às dificuldades que estes cidadãos sentem no dia-a-dia e em coisas tão simples como o acto de tomar uma refeição», referiu Manuel Oliveira, sublinhando a importância de campanhas pela acessibilidade e mobilidade dos cidadãos com limitações sensoriais ou motoras.

Recordando um jantar semelhante organizado pela OE com a ACAPO de Viseu, no ano passado, o presidente do Conselho Directivo Regional adianta que «os participantes no jantar serão vendados e depois guiados até às suas mesas por pessoas da ACAPO, onde vão jantar sempre “às escuras”». No final, realiza-se uma troca de impressões sobre a experiência e a ocasião será aproveitada para debater os principais problemas com que os cegos e amblíopes se deparam no quotidiano.


O que é fácil torna-se difícil

«Não temos ideia do difícil que é ingerir uma simples refeição sem ver. Para estes cidadãos é já um gesto integrado, que fazem de forma natural e autónoma, mas para nós é bastante complicado. Deslocar o talher à boca, pegar os alimentos no prato e controlar o volume de água que se deita no copo tornam-se experiências sensoriais únicas», conta Manuel Oliveira.

O responsável da OE acredita que, colocando-nos na pele de um cidadão cego, podemos perceber melhor as suas dificuldades e, ao mesmo tempo, admirar «as competências que adquirem e a sua capacidade de autonomia», estando mais alerta para o desempenho do nosso papel numa «sociedade inclusiva».

As inscrições para o “Jantar às Escuras” podem ser feitas, até dia 20 de Abril, na delegação de Coimbra da ACAPO, na Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 113 (telefone 239792180).


publicado por MJA  [12.Abr.2010]

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Cegos podem tocar peças no Museu Egípcio do Cairo

06/04/2010

Mayck


O Egito dos Faraós era até bem pouco tempo atrás um lugar negro para milhares de cegos que graças a um programa do Museu Egípcio do Cairo agora podem tocar e pôr forma a algum dos restos faraônicos mais importantes.

"Para os cegos é uma experiência incrível porque podem ligar o que lhes contaram com sua experiência ao tocar as peças", afirma o responsável pelo programa de visita para cegos do Museu Egípcio, Tahani Zakareia, à Agência Efe.

Milhares de estudantes participaram deste projeto, no qual trabalham atualmente quatro guias, três deles cegos, que se propuseram agora a rotular em braille a pouca informação que o museu proporciona sobre as antiguidades.

"A necessidade de tocar algo para imaginá-lo não é exclusiva dos cegos porque qualquer pessoa necessita ver ou tocar um objeto para ter uma ideia dele, mas no caso deles a única forma de sentir a história é através de suas mãos", acrescenta Zakareia.

Os visitantes podem tocar túmulos, estátuas e mesas de mumuficação (Imagem/Getty Images)

Nagwa Ibrahim, uma das quatro guias, explica que a primeira coisa a ser feita é proporcionar alguma informação aos cegos sobre o patrimônio faraônico.

Esta explicação "muito singela", precisa Nagwa, lhes dá as boas-vindas e marca o início de uma visita que continua depois no interior do museu, que abriga uma coleção de mais de 120 mil peças do Antigo Egito (de 3150 a.C. ao 31 a.C).

Durante a excursão, os visitantes cegos se movimentam pelas salas com restos arqueológicos pelas mãos dos guias que, segundo Nagwa, lhes permitem tocar antiguidades como túmulos, estátuas e mesas de mumificação.

Estátuas de pedra e cobre, máscaras funerárias, relevos ou vasilhas são alguns dos objetos ao alcance dos cegos, que desfrutam de permissão para tocar, vetada ao resto dos visitantes.

"Uma vez terminada a visita pelo museu, organizamos uma oficina e vemos como eles imaginam os restos", acrescenta Nagwa, uma jovem com problemas oculares contratada há um ano pelo centro, mas que colabora há três nesta atividade.

Outro dos guias, Adel Mustafa, conta que "quando as crianças tocam as peças percebem primeiro seu tamanho e seus limites, e depois se pertencem a um homem ou uma mulher".

"Tocamos os rostos com os dedos e através das barbichas sabemos se é de um faraó ou se se trata de um homem ou uma mulher porque seus traços faciais são diferentes", acrescenta Adel.

Da mesma forma que os guias, as mãos dos estudantes percorrem as estátuas detendo-se em sua textura e em suas gravuras e descobrem, por exemplo, se a cabeça é humana ou animal. "E depois dão suas impressões sobre as peças", assinala Adel.

Najib também é guia do Museu Egípcio e conta que "tocar as peças permite aos cegos sentilas, ter exemplos e, junto às explicações, imaginar como é a antiguidade".

A presença dos cegos no museu não se reduz às visitas guiadas e os quatros guias trabalham para incluir alguns rótulos em braile junto às peças arqueológicas.

"Assim, se o cego decide ir ao museu sozinho, poderá entender o significado das peças que tem em frente", acrescenta Najib, que explica, além disso, que estas melhoras também serão transferidas à seção para crianças do Museu Egípcio, inaugurada em janeiro e construída a partir de blocos de plástico de Lego.

O programa não termina nas visitas, mas continua além das paredes do museu com a organização de peças de teatro em atores cegos interpretam durante um festival anual.

Adel, responsável pelos roteiros, explica que sua tarefa foi "muito difícil no princípio" porque devia "fazer todos se sentirem iguais no palco", mas confessa a sua experiência como ator durante 12 anos ajudou.


FONTE: LERPARAVER / Último Segundo


publicado por MJA  [12.Abr.2010]

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Aplicativo para celular ajuda
cegos e deficientes visuais

Gizmodo

Por Rosa Golijan

31 de Março de 2010


O LookTel é um software de assistência a cegos e deficientes visuais. Ele permite que celulares sejam usados para reconhecer e identificar de maneira audível objetos e locais quase instantaneamente.

Após ser “ensinado”, ele parece funcionar de maneira rápida e precisa. Se o programa realmente funcionar como no vídeo, smartphones podem se transformar em bons e – a depender do preço – acessíveis assistentes para cegos e deficientes visuais. Veja o vídeo.
 

publicado por MJA  [1.Abr.2010]

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Pesquisadores desenvolvem
monitor com função Braille

Geek

Por Nátaly Dauer,
com Henrique Cesar Ulbrich

31/03/2010

Pesquisadores de acessibilidade digital na Universidade do Estado da Carolina do Norte estão próximos de desenvolver um sistema display que permitirá aos deficientes visuais aproveitarem ao máximo a internet e os computadores.

Os displays eletrônicos de Braille atuais mostram apenas uma linha de texto por vez, e são extremamente caros, diz o blog Boffin Watch do site The Inquirer.

Entretanto, Neil Di Spigna, um assistente de pesquisas e professor na Universidade do Estado da Carolina do Norte e sua equipe estão trabalhando para criar um display de Braille de página inteira e atualizável.

A tela traduziria imagens em displays tácteis, ou, no termo mais correto, de resposta háptica, mapeando pixels de uma imagem e representando-os como pontos em alto-relevo.

O plano de Spigna é utilizar um mecanismo hidraulico e de fechamento, feito de um polímero eletroativo bastante elástico e de baixo custo. Isso permitiria aos pontos serem “levantados” a altura ideal para serem lidos. Após os pontos saltarem na tela, um mecanismo de fechamento suportaria a pressão do dedo humano durante a leitura dos pontos. O material também tem resposta rápida, permitindo ao leitor acompanhar a página de um site ou documento em poucos minutos.

Tentativas de desenvolver telas em Braille não são novidade, embora ainda não haja resultados práticos ou voáveis comercialmente. Há pesquisas sendo desenvolvidas não só nos Estados Unidos como também na Finlândia e no Japão. A Nokia, que é da Finlândia, e a coreana Samsung já haviam apresentado antes celulares que traduzem mensagens de SMS para o Braille.

A tecnologia, entretanto, está longe de ser bem quotada pelos próprios deficientes visuais. A Geek perguntou a oito portadores de alguma deficiência visual se usariam o sistema Braille para ler mensagens e textos, e a resposta de seis deles, quase uma unanimidade, é a de que os programas sonoros que lêem o texto em voz alta seriam mais produtivos do que um sistema tátil. Os outros dois não souberam opinar. Nenhum dos oito entrevistados experimentou pessoalmente algum sistema em Braille, opinando apenas baseado em sua experiência com programas leitores.

publicado por MJA  [1.Abr.2010]

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Miopia cresce entre os mais jovens

31 de Março, 2010


O número de Portugueses com miopia é cada vez maior. Para além dos factores genéticos, o elevado número de horas dedicadas ao computador, à televisão ou à leitura pode estimular este defeito, que atinge a visão à distância. Contudo, “o facto de hoje em dia as pessoas estarem mais atentas e tratarem-se atempadamente é outra das razões para este incremento nas estatísticas.

Dados publicados por investigadores norte americanos apontam para um crescimento do número de casos de miopia, afectando agora 41% da população dos EUA.

Em Portugal, os dados concretos são inexistentes, mas os especialistas confirmam o aumento de miopes, em especial entre os mais jovens.

in Mundo de Optometria


publicado por MJA  [31.Mar.2010]

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Congresso Internacional de Optometria
e Ciências da Visão

28 de Março, 2010


O sétimo Congresso Internacional de Optometria e Ciências da Visão (CIOCV) realizar-se-á  sob o nome “Inovação Clínica e Tecnológica em Optometria e Ciências da Visão”. Nos dias 1 e 2 de Maio a Universidade do Minho, Braga, acolherá vários profissionais da área para aprofundar a temática e difundir os seus trabalhos. A primeira jornada incidirá em temas como o desenho óptico do olho, instrumentação avançada de avaliação e imagiologia oftálmica, qualidade óptica e aberrometria. Além disso, abordar-se-ão novas aplicações de lentes de contacto, inovações e resultados clínicos das lentes progressivas com controlo de aberrações, lentes de contacto multifocais, apodização, Mix & Match e suas implicações na cirurgia refractiva intra-ocular actual.

A segunda jornada do congresso coloca em cima da mesa assuntos relacionados com diversas patologias oculares, nomeadamente disfunções da visão binocular, estrabismo, miopia nocturna, retinopatia diabética, ectasias corneais e degeneração macular relacionada com a idade.

Falar-se-á ainda dos mecanismos da secura ocular durante o uso de lentes de contacto, alterações da película lacrimal na pratica clínica e novas lágrimas artificiais.

Em simultâneo às palestras cientificas, protagonizadas por especialistas de Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido e EUA, decorrerão sessões práticas relacionadas com os mesmos assuntos.

De acordo com  a comissão organizadora do evento, todo o programa do CIOCV2010 dedica-se ao aperfeiçoamento das competências do optometrista clínico.

O congresso atrai anualmente a Braga mais de 500 alunos, vários profissionais e membros de empresas relacionadas com as ciências da visão.

in Mundo de Optometria


publicado por MJA  [31.Mar.2010]

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Parlamento Europeu abre novos estágios
a pessoas com deficiência

Diário Digital

23 de Março de 2010


Estão abertas até 15 de Maio as candidaturas para a oitava edição do Programa de Estágios Remunerados para pessoas portadoras de deficiência, promovido pelo Parlamento Europeu.

O programa abrange cinco meses de trabalho remunerado na instituição, estando as vagas repartidas maioritariamente entre Bruxelas e Luxemburgo, segundo o PE.

Estes estágios vão decorrer entre 1 de Outubro deste ano e 28 de Fevereiro de 2011, dirigidos a universitários ou estudantes de estabelecimentos de ensino equiparáveis e a pessoas com habilitações não universitárias.

Os candidatos que forem seleccionados vão ter uma bolsa mensal, um subsídio adicional relacionado com a deficiência, um reembolso das despesas de deslocação efectuadas no início e no fim do estágio e um seguro de saúde.

Podem candidatar-se maiores de 18 anos (à data do início do estágio), devem ser residentes num Estado-membro e devem apresentar comprovativo da deficiência (certificado médico ou cartão de deficiente emitido por uma autoridade nacional).

A iniciativa visa promover a igualdade de oportunidades e a inserção no mercado de trabalho de pessoas com deficiência.


publicado por MJA  [31.Mar.2010]

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Dia da Mulher:
Escolarização de mulheres com deficiência
tem que ser prioridade de investimento

Diário de Notícias


Lisboa, 08 mar (Lusa) - Oito em cada dez deficientes não passaram do primeiro ciclo, com especial incidência nas mulheres, alertou hoje a secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, considerando que esta é uma área de investimento prioritária.

Durante a apresentação do estudo "O impacto da discriminação com base na deficiência das mulheres", que decorreu hoje na Assembleia da Republica, em Lisboa, no Dia Internacional da Mulher, Idália Moniz sublinhou também a importância deste trabalho como base para que o Estado possa desenvolver melhor a sua estratégia para a deficiência.

"Mais de oitenta por cento das pessoas com deficiência, com mais de 18 anos, não foram além do primeiro ciclo, não porque não conseguiram, mas porque nós temos andado errados quanto ao objetivo do nosso investimento", declarou a governante, salientando a "discrepância acentuada entre homens e mulheres".

[Este texto da agência Lusa foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.]

publicado por MJA  [9.Mar.2010]

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Cegos ensinam idosos a utilizar computadores

Jornal de Notícias

LUÍS GARCIA

8 Março 2010


Seniores de IPSS recebem formação no Parque das Nações

Cerca de 150 idosos de Odivelas estão a aprender a utilizar o computador. A formação é ministrada por cegos ou pessoas com reduzida visão, para mostrar que a informática está ao alcance de quase todos, independentemente da idade e das capacidades.

Numa sala da sede da Vodafone, no Parque das Nações, dez idosos fixam atentamente os ecrãs à sua frente. Maria da Conceição, 61 anos, ainda demora a encontrar as letras que pretende, mas as mãos abertas sob o teclado mostram que reteve os conselhos dos instrutores no sentido de não utilizar apenas os indicadores para escrever no computador, como tende a fazer um iniciado.

E o termo mais correcto para descrever a sexagenária nem sequer é iniciada mas sim estreante. "Nunca tinha usado um computador. Só sabia o que era o teclado e o rato. Até chamei visor ao ecrã", ri-se Maria da Conceição.

Num só dia, a reformada e outros nove seniores do "Cantinho do Idoso", uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) da Pontinha, em Odivelas, aprenderam algumas noções de como editar documentos Word, consultar páginas da Net, enviar e-mails e utilizar o Messenger.

Maria da Conceição, que quer aprender a pagar contas e a fazer compras através da internet, ficou tão entusiasmada com o dia passado a teclar que promete dar uso a um computador que tem lá para casa a apanhar pó. "Agora não quero outra coisa. Quando chegar a casa vou ligá-lo. Já não lavo a roupa, é só computador", brinca.

Também satisfeita, embora já muito "cansada da vista", está Beatriz Pereira, 69 anos. "Há muitos anos, brincava no computador com o meu marido, a fazer joguinhos. Quando a minha filha saiu de casa, há 13 anos, levou-o", conta a reformada, em jeito de justificação para já não se lembrar de como se usa a máquina.

A aula foi ministrada por formadores invisuais ou com reduzida visão da Associação Promotora do Ensino dos Cegos. O coordenador Vítor Graça explica que o objectivo é que "toda a gente consiga ter acesso à informação pela net". E afirma: "A experiência está a ser espectacular, porque criamos uma ligação muito interessante com os idosos, que têm grande vontade de aceder ao conhecimento".


publicado por MJA  [8.Mar.2010]

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Funcionárias do Pingo Doce em Coimbra
superaram expectativas

Diário As Beiras

Patrícia Cruz Almeida

2 Março 2010


A missão é nobre. O Pingo Doce, com a ajuda da ACAPO, contratou duas funcionárias com deficiência visual.

Rosa chega a ansiosa. É o primeiro dia de trabalho, depois de ter ficado desempregada em 2007. Trabalhou, durante 10 anos, na ARCA. Quando ficou de licença de parto, foi informada da extinção do seu posto de trabalho. Desde então, tem estado desempregada.

A residir em S. Martinho do Bispo, Rosa Esteves, invisual, de 41 anos, começou ontem uma vida nova. Foi contratada para trabalhar na área de embalamento e reposição na Padaria do Pingo Doce (grupo Jerónimo Martins) e na área administrativa, no sistema operacional de Informática. Com ela, Eunice Santos, de 33 anos, amblíope, foi contratada para trabalhar na reposição na secção de Frutaria e na Florista.

Depois de três semanas de estágio, o desempenho das duas funcionárias “superou todas as expectativas”. “É a primeira vez que temos pessoas com deficiência visual a trabalhar na área operacional. Até aqui, essas pessoas eram, geralmente, contratadas para desempenhar as funções de telefonista ou recepcionista”, disse Rui Moreira, responsável do Pingo Doce na zona Centro.

A intenção inicial era contratar apenas uma pessoa. Partiu-se, então, para a experiência: no Pingo Doce da Portela, durante o estágio, a empresa fez uma adaptação do equipamento, colocando informação em Braille para que Rosa e Eunice pudessem orientar-se no cumprimento das suas funções. Aposta feita, aposta ganha. O desempenho foi tão bom que o Pingo Doce resolveu contratar as duas mulheres.

O contrato foi celebrado ontem e, a partir de agora, Rosa Esteves e Eunice Santos iniciam uma vida nova no mercado de trabalho. Começarão por ganhar 500 euros (ordenado mínimo da empresa), mais subsídio de alimentação (116 euros). Domingos e feriados serão remunerados conforme o disposto na lei.

A contratação aconteceu no âmbito de uma parceria do grupo Jerónimo Martins com a ACAPO, na integração laboral de pessoas com deficiência de visão. Teresa Pedro, Departamento de Apoio ao Emprego e Formação Profissional da Acapo, mediou o processo.

“Estamos a dar uma oportunidade para que as novas trabalhadoras possam crescer e integrar-se profissionalmente, mas sem proteccionismo”, ressalvou Rui Moreira. Rosa como Eunice sabem que muitas empresas não acreditam, ainda, na capacidade dos deficientes visuais”. Elas já provaram o contrário.

publicado por MJA  [3.Mar.2010]

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Deficientes visuais terão ajuda de GPS
com áudio para se guiarem nas ruas

InfoGPS

01/03/2010

Em Portugal, pessoas cegas contarão com a ajuda de equipamentos GPS integrados a dispositivos de áudio para se guiarem nas ruas. Os aparelhos emitirão mensagens que avisam a presença de buracos, elevações entre outros obstáculos, a distância de dois ou três metros. Uma equipe de investigadores fez a junção de várias tecnologias em um só projeto. A intenção também é comercializar o GPS-áudio a baixo custo.

O Blavigator, está sendo desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão(GECAD), em Portugal. O sistema funciona como um aparelho de GPS que mistura avisos sonoros de aproximação de obstáculos, semelhantes aos que já existem em alguns carros. Com instruções simples, o aparelho visa não atrapalhar o deslocamento da pessoa que utilize a bengala. Um sistema de rádio frequência também está incluso. O aparelho será de pequena dimensão, parecido com um PDA, e também emitirá vibrações que indicarão onde o usuário deve virar ou se está saindo do caminho correto. As informações virão de uma central controlada por entidades públicas e privadas.

Em Janeiro de 2011 começará a construção da interface do produto, e em 2012 a intenção é ter o primeiro protótipo do aparelho. João Barroso, membro do grupo de pesquisa, afirma que “o sistema será muito leve, robusto, fácil de colocar e transportar e não se tornará um obstáculo na locomoção”. O preço que o produto pode chegar no mercado é inferior a 400 euros.

publicado por MJA  [3.Mar.2010]

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Pais e docentes reclamam mais
apoios para ensino especial

Público

01.03.2010

Graça Barbosa Ribeiro


Se o chamado plano de acção para a escola inclusiva afastou milhares de alunos da educação especial, os que ficaram no sistema também não estão a trilhar um caminho fácil.

Professores e pais denunciam que as escolas de referência criadas para as crianças cegas e surdas não estão a dar a resposta adequada. "Um ciclo que não se quebra sem uma aposta séria na qualidade do ensino", avisa Carlos Lopes, da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (Acapo). A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) entregou esta semana um estudo ao Ministério da Educação (ME) onde denuncia a falta de professores para o ensino especial.

No ano lectivo passado, Maria José Salgueiro, coordenadora do Gabinete de Educação Especial da Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap), teve de decidir: no 9.º ano deveria manter o filho de 16 anos, surdo profundo, em Gaia, "onde não teria apoios garantidos desde o início do ano", ou enviá-lo para o recém-criado agrupamento de escolas de referência para alunos surdos, no Porto, onde supostamente se concentrariam todos os professores e técnicos?

Esta mãe não foi a única a quem se colocou o problema, de acordo com o inquérito da Fenprof às direcções de mais de metade dos agrupamentos de escolas do país; nem a única a decidir manter o filho no local de residência, contra as expectativas do ME que, através do Decreto-Lei n.º 3/2008, deu o mais polémico passo da reforma da educação especial.

Graças à adopção da tão contestada Classificação Internacional de Funcionalidade, a equipa liderada por Maria de Lurdes Rodrigues tirou apoios a milhares de alunos (ver texto ao lado), tornando assim possível oferecer condições excepcionais aos restantes, supostamente crianças e jovens com limitações mais significativas. Nesse sentido, criou duas redes de escolas de referência (para os alunos surdos e para cegos e com baixa visão, respectivamente) e outra de unidades de apoio especializado a alunos com espectro do autismo, a crianças com multideficiência e surdo-cegueira congénita.

No caso das escolas de referência, a estratégia definida pelo ME passou pela concentração dos recursos humanos e materiais em 20 agrupamentos de escolas e 20 secundárias para a educação bilingue de alunos surdos e em 25 agrupamentos e 27 secundárias para a educação de alunos cegos e com baixa visão. No entanto, a dispersão dos alunos - e, consequentemente, de recursos - mantém-se, segundo denuncia a Fenprof e confirmam as associações contactadas pelo PÚBLICO.

Segundo Manuel Rodrigues, um dos coordenadores do estudo que a Fenprof realizou, a rede de unidades de apoio especializado para crianças autistas e com multideficiência (479) tem uma malha "relativamente mais apertada, embora desequilibrada, pelo que chega a haver casos de sobrelotação". Já os estabelecimentos de referência mostram-se "ineficazes na atracção de alunos, entre outras razões por se situarem, principalmente e quase só, nas sedes de distrito". "Ou os alunos têm a sorte de viver naquelas cidades ou, então, para os frequentarem podem ter de percorrer, diariamente, largas dezenas de quilómetros", alerta.

Maria José Salgueiro sublinha a importância da questão: o filho João "não é, apenas, um estudante surdo, é um adolescente que tem um grupo de colegas e de amigos no local de residência, que gosta de praticar desporto e que não passa sem navegar na Internet, ver televisão ou entreter-se com jogos electrónicos, como qualquer outro rapaz da sua idade", afirma. Daí a decisão de o manter em Gaia. Uma decisão semelhante à dos pais de mais 40 crianças surdas do concelho e de muitos outros em todo o país, assegura a mãe.

Esta opção corresponde, também, à posição oficial da Confap, que não contesta a estratégia do ME, mas reclama o urgente apertar da malha da rede de escolas de referência e a respectiva dotação de recursos humanos e materiais.

A Acapo tem uma posição semelhante, mas o presidente, Carlos Lopes, realça "uma agravante": "No secundário, este modelo limita imenso a oferta de cursos disponíveis, já que nenhuma escola, isoladamente, pode corresponder à diversidade da oferta existente para os restantes alunos". Para além disso, "se haveria vantagem em concentrar e rentabilizar recursos materiais e humanos, a verdade é que, na esmagadora maioria dos casos, o apetrechamento das escolas de referência está longe de ser o ideal, o número de professores especializados é escasso e a formação dos docentes e do pessoal auxiliar manifestamente insuficiente", enumera.


Valéria está 13 horas fora

Do mesmo se queixa a Confap e confirmam pais que optaram por fazer deslocar os filhos para as escolas de referência. Por exemplo, Fátima Ottati, que vive em Santa Maria da Feira, conta que Valéria, a filha surda profunda, de 18 anos, acorda às 5h30 e regressa a casa 13 horas depois. "O mais grave é que, apesar das consequências sociais e familiares do desenraizamento", na escola secundária do Porto que frequenta, dita de referência, não tem terapia da fala e "é obrigada" a faltar às aulas de Língua Gestual Portuguesa, porque ocupam o último tempo do horário e a impedem de apanhar os transportes públicos de regresso a casa. Ou seja, na prática, Valéria, que optou pela escola de referência, não tem mais apoios do que os conseguidos ("depois de muita luta, é verdade", frisa Maria José Salgueiro) por João, que também frequenta o 10.º ano, mas a cinco minutos de casa.

É este tipo de fragilidades que, na perspectiva da Confap e da Acapo, contribui, também, para colocar em causa o êxito do modelo. "Enquanto não oferecerem um ensino de qualidade, as deslocações - que embora desejavelmente menores serão sempre inevitáveis - não se justificam e a concentração de meios continuará a ser impossível", insiste Carlos Lopes, que apela ao quebrar do "círculo vicioso".


publicado por MJA  [1.Mar.2010]

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Nos EUA maioria das crianças cegas
não sabe ler Braille

Equipe Blog Dorina

22/02/2010


Quase 90% das crianças norte-americanas com deficiência visual não sabem ler e escrever porque não aprendem braille ou não têm acesso a ele, segundo a Federação Nacional dos Cegos dos Estados Unidos. Para a organização, existem poucos professores qualificados, conceitos errados sobre o uso do sistema, além do fato do braile visto como fator de isolamento dos deficientes visuais.

O dado apurado chamou tanta atenção que em sua convenção anual realizada em julho de 2009, a Federação lançou uma campanha como forma de aumentar a conscientização dos deficientes visuais sobre o tema.

O slogan “ouvir não alfabetiza” foi reproduzido em diversos painéis espalhados pelo local do evento. Também circularam histórias com exemplos de crianças que não sabiam o que era um parágrafo, ou porque se usam letras maiúsculas e ainda que a expressão “felizes para sempre” é composto de três palavras separadas.

Na convenção uma estatística era freqüentemente citada com orgulho: Um estudo de 1996 mostrou que, de uma amostra de adultos com deficiência visual, aqueles que aprenderam braille enquanto crianças tinham o dobro de chances de estar empregado com relação àqueles que não aprenderam braille.

Para James Brown, participante do evento e usuário de livros falados e softwares sintetizadores de voz há definitivamente um sentimento de pressão em prol do braille, mas acredita que na atualidade os recursos tecnológicos tem mais espaço.

Membros mais antigos da Federação americana não negam a importância da tecnologia na vida dos deficientes visuais, mas afirmam não se pode esquecer que a história moderna das pessoas cegas é, em muitos aspectos, uma história de luta pelo acesso a leitura sendo que até o século 19, os cegos estavam confinados a uma cultura oral.

Em sua luta contra ao que foi perdido em prol da tecnologia nos últimos anos, diversos membros da federação têm utilizado a clássica expressão: “O que está escrito permanece, o que é falado desaparece no ar”.
 

publicado por MJA  [22.Fev.2010]

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Há cerca de três mil pessoas com
falta de visão na Região

Viver com a Diferença

19 de Fevereiro de 2010


Existem cerca de três mil invisuais residentes nos Açores, mas apenas 20 sabem ler em braille, escrita que permite aos cegos através do tacto reconhecer o conteúdo dos textos.

Segundo Virgínio Bento, presidente da delegação açoriana da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, há aproximadamente cerca de três mil pessoas com falta de visão na Região, o que no seu entender é um número muito elevado. O presidente lamenta que de entre todas essas pessoas apenas 20 saibam ler braille: “infelizmente as pessoas não procuram a associação para aprender braille e isso está errado”, disse. Virgínio Bento referiu que uma das grandes dificuldades sentidas pelos invisuais está relacionada com o facto de as cartas emitidas por entidades públicas não serem enviadas em braille: “para pagar a água ou a luz recebemos o recibo normal (...) Isso está mal! Como é que uma pessoa cega vai saber o que tem a pagar?”, pergunta indignado Virgínio Bento, exemplificando que ontem pagou com multa a conta da água. Virgínio Bento lamenta que estas situações aconteçam e atribui a culpa aos governantes, que parece terem-se esquecido das necessidades dos invisuais: “eu acho que os nossos serviços municipalizados e governamentais têm de enviar para casa dos deficientes as coisas em condições”, realça o presidente da ACAPO-Açores, acrescentando que “o deficiente visual para poder pagar as suas contas tem de ter o recibo devidamente adaptado à sua deficiência”.

O responsável da associação diz inclusivamente que os governantes somente pensariam nestes pormenores se vivessem as dificuldades dos deficientes visuais, mesmo que fosse apenas por duas horas. O mesmo diz não estar a exigir nada, apenas reivindica o direito de ter acesso a essas informações em braille: “só estou a pedir que me tratem tal e qual como os outros e me dêem a possibilidade de no meu próprio mundo viver como os outros”, sublinhou. Contudo, a falta de professores especializados em deficiência visual, que impossibilita a formação de leitura em braille para os invisuais residentes na Região, é uma realidade.

Virgínio Bento explicou que os poucos professores que existiam já estão reformados e actualmente conhece somente dois mestres especializados para lidar com cegos, sendo que um reside em São Miguel e o outro na Terceira: “noto que o nosso Governo não teve em conta a especialização de professores nesta área”, frisou. A dificuldade com a formação especializada também é um entrave para a mobilidade dos cegos na Região. O representante da ACAPO-Açores gostaria de saber onde estão os técnicos de mobilidade para ensinar os invisuais a andar na rua. Diz saber ainda que o Governo Regional formou várias pessoas nessa área, mas as mesmas não se encontram a executar essa função. Na opinião de Virgílio Bento, “saber andar de bengala e saber ler braille é fundamental” para quem tem deficiência visual. Por essa razão faz um apelo para que sejam criadas as condições necessárias aos invisuais porque como o próprio diz, “o deficiente visual bem trabalhado não é burro, é muito esperto! É preciso é dar oportunidade e qualidade”.

Dia Mundial do Braille Braille é o meio universal de leitura e escrita das pessoas com deficiência visual. É um alfabeto cujos caracteres se indicam por pontos em relevo. Nos Açores, num total de três mil cegos, apenas 20 sabem braille.

ACAPO no continente começou há cerca de cinco anos a dar cursos de braille para pessoas sem qualquer deficiência visual, sendo que no ano passado a associação ensinou a mais de uma centena de alunos.

Fonte: Açoriano Oriental

publicado por MJA  [19.Fev.2010]

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Projecto-piloto equipa Biblioteca de Leiria
com equipamento em Braille

Diário de Leiria

Helena Amaro

18 Fevereiro 2010

Dinis Santos, presidente da delegação de Leiria da ACAPO - Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal -, não escondia ontem a sua felicidade por tornar real um sonho: frequentar a Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira e poder pesquisar e recolher informação como qualquer outro utilizador.

A partir de agora, Dinis Santos e qualquer outra pessoa com deficiência tem à sua disposição na Biblioteca Municipal um computador, digitalizador e impressora, graças a um protocolo celebrado entre a câmara de Leiria e a Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI), através do qual foi dado início a um projecto-piloto que poderá estender-se a outras bibliotecas.

"Esta é uma mais valia, uma nova valência e a captação de um novo público que costuma estar excluído", explicou Gonçalo Lopes, vereador com o pelouro da Cultura da câmara de Leiria, ontem, durante a apresentação do novo serviço 'Biblioteca Acessível'. Para o vereador, o novo serviço é "um grande desafio", mas "só será possível com o apoio do movimento associativo", pelo que apelou à sua divulgação junto dos seus associados.

O equipamento agora cedido à Biblioteca Municipal no âmbito do protocolo encontrava-se nas instalações da delegação da Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação, localizada no Instituto Português da Juventude de Leiria, espaço pouco procurado por pessoas com deficiência. Com o material informático na biblioteca, João Afonso, administrador da FDTI, acredita que terá maior visibilidade e poderá chegar a mais pessoas.

"Esta é uma solução completa, porque o software está preparado para invisuais, deficientes auditivos e motores", explicou João Afonso. Para o efeito, os utilizadores terão à disposição formação ministrada por técnicos da FDTI, que darão também aulas aos funcionários da biblioteca sobre a forma a manusear o equipamento.

A 'Biblioteca Acessível' dá continuidade a um conjunto de novas valências que estão a ser introduzidas na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, com o objectivo de melhorar o serviço prestado aos utilizadores.

O novo serviço funciona no espaço dos audiovisuais, à segunda-feira, entre as 14h00 e as 19h00, de terça a sexta-feira, entre as 10h00 e as 19h00, e aos sábados, das 10h30 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

Presentes na apresentação do novo equipamento estiveram várias associações de Leiria. Dinis Santos, presidente da ACAPO, afirma que o seu dia-a--dia vai mudar a partir de agora, já que o sistema permite fazer pesquisas, ler e obter informações através da Internet.

"Posso ser uma pessoa autónoma e normal, como qualquer outra" e "fico feliz por saber que, a partir de agora, muita gente carenciada pode utilizar um equipamento caríssimo", disse Dinis Santos.

Em termos práticos, o presidente da ACAPO explicou ao Diário de Leiria que o novo equipamento permite coisas tão simples como ler um documento. "Se tiver alguma dúvida sobre um papel da Segurança Social, posso vir à biblioteca, digitalizá-lo e ler em Braille", exemplificou.

Apesar de ter um computador com sistema de voz em casa, Dinis Santos prefere o equipamento agora cedido à Biblioteca Municipal, porque é composto por um teclado em Braille.

"Gosto mais do teclado normal do que o de Braille, mas este também é importante, porque ajuda a corrigir o português", explicou.  

publicado por MJA  [18.Fev.2010]

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Mais de metade dos sites públicos estão
acessíveis a cidadãos com deficiência

Público

16.02.2010


[LUSA] Mais de metade dos sites da Administração Pública já estão acessíveis a cidadãos com deficiência, sendo Portugal dos países mais avançados nesta área, diz a agência responsável. Entidades privadas, como empresas, não registam a mesma adesão.

Cumprir os requisitos necessários para que os conteúdos sejam compreendidos pelos cidadãos com deficiência é fácil e quase não implica custos, se o trabalho for desenvolvido na fase de construção do site. Quando se trata de adaptar um site já a funcionar não é tão simples, mas pode ser feito.

O presidente da UMIC - Agência para a Sociedade de Conhecimento, Luís Magalhães, explicou que Portugal tem “alguns dos poucos sítios de Internet do mundo que satisfazem o nível de exigência máximo”, como todos sites desta entidade e de vários da rede solidária que mantém com cerca de 250 instituições para apoio a pessoas com deficiência.

No nível máximo, AAA, Portugal tem “talvez duas dezenas de sítios que satisfazem os requisitos. No nível A, que já é bastante bom, há uma percentagem considerável dos sítios da Administração Pública Central, cerca de 50 ou 60 por cento”, uma média melhor do que em outros países, onde não é ultrapassado cinco a dez por cento, mas ainda “aquém do que seria desejável”, especificou o responsável.

Outras instituições começam a aderir às normas internacionais nesta área, como a Caixa Geral de Depósitos (CGD), que para o presidente da UMIC é “o caso mais significativo até ao momento”. O seu portal tem nível de acessibilidade máximo, “raríssimo de encontrar internacionalmente”.

Este exemplo demonstra a outras entidades, não só bancos, como entidades comerciais e do sector económico privado “que a sua presença na Net não fica dificultada pela necessidade de satisfazer estes requisitos”. Aliás, “frequentemente as pessoas julgam que assegurar que a acessibilidade das suas páginas satisfaz os requisitos máximos para cidadãos com necessidades especiais piora a sua apresentação e atractividade para os cidadãos que não têm esses problemas, mas não é verdade. É perfeitamente possível compatibilizar as duas coisas”, defendeu o presidente da UMIC.

Luís Magalhães realçou que as empresas podem estar presentes na internet da forma habitual, com a vantagem de chegarem a mais clientes, atendendo a que cerca de dez por cento da população tem problemas de deficiência ou dificuldades que os tornam cidadãos com necessidades especiais.

Quando é desenvolvido um novo sítio “é muito fácil” integrar as normas de acessibilidade, “faz-se com custos reduzidíssimos”, mas a equipa tem de estar “consciente dessas regras e saber o que fazer”. A tarefa “já não é tão simples para um sítio que existe”. Em ambos os casos, a UMIC pode contribuir com aconselhamento técnico. Portugal foi o segundo país a nível mundial a traduzir as normas de boas práticas definidas internacionalmente, ou seja, o português foi a segunda língua de tradução, depois do inglês, no original, e do húngaro.

publicado por MJA  [16.Fev.2010]

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Colocação de docentes privilegia experiência
na área da educação especial, diz ME

Marco Lopes da Silva


Lisboa, 16 Fev (Lusa) - O Ministério da Educação (ME) garantiu hoje que na colocação de professores para apoiar alunos com necessidades educativas especiais é privilegiada a experiência nesta área, sempre que não existam docentes com formação especializada.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) denunciou hoje que há alunos com necessidades educativas especiais acompanhados nas escolas públicas por docentes sem qualquer tipo de especialização e, em alguns casos, que nunca deram aulas.

"Nas situações de colocação de professores através de destacamento ou oferta de escola, sempre que não existem professores com formação especializada em educação especial, o processo de selecção privilegia a colocação de professores com experiência em educação especial", afirma a tutela, em nota enviada à agência Lusa.

publicado por MJA  [16.Fev.2010]

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Lentes dentro dos olhos para deixar os óculos de vez

CATARINA CRISTÃO

DN Ciência

14 Fevereiro 2010


As lentes intra-oculares estão cada vez mais na moda, seja por razões de saúde ou de imagem. Utilizam-se nos casos  mais graves, quando o laser não resolve.

Reinaldo Bartolomeu, de 31 anos, estava farto das lentes de contacto. "Colocá-las todos os dias de manhã e tirá-las à noite era um grande incómodo", explica. Mas sem elas, ou sem os óculos que usava quando chegava a casa, perdia grande parte da visão devido à miopia grave de que sofria desde criança. Há cinco anos pôs fim ao problema e a hábitos de toda a vida. Procurou um oftalmologista que lhe colocou dentro dos olhos lentes definitivas. "Hoje não me preocupo mais com o assunto. Ganhei qualidade de vida, além de melhorar a minha imagem", garante Reinaldo.

A colocação de lentes intra-oculares (através de uma pequena cirurgia que não exige internamento) pode ser feita em Portugal desde há 15 anos. Inicialmente era usada para tratar as cataratas e tornou-se também procurada para corrigir miopias graves, astigmatismo e hipermetropias elevadas - que não podem ser tratadas com laser (ver caixa ao lado). Mas, hoje, é cada vez mais usada por pessoas com problemas menos graves, para se verem livres de vez dos incómodos óculos. Os materiais mais compatíveis e maleáveis, com os preços a descer, devido à concorrência, têm ajudado ao aumento da procura.

"Estas lentes são seguras, adaptam-se a cada caso, e oferecem uma excelente qualidade de vida aos pacientes. São o futuro", admite Joaquim Murta, director do Serviço de Oftalmologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). Este é dos poucos hospitais do País onde só muito recentemente se começou a fazer este tipo de intervenções comparticipadas para os casos de erros refractivos - as cirurgias às cataratas já se fazem nesta unidade de saúde há cerca de 15 anos. "Começámos há um ano a adquirir este tipo de lentes. Já colocámos algumas, mas ainda estão a decorrer concursos públicos para aumentarmos o stock", explica o responsável. Entretanto, a lista de espera aumenta, diz, sem, querer revelar números. "Há muitas pessoas que precisam ou querem colocar estas lentes", sublinha.

Há quem o faça por questões de saúde, mas muitos procuram este tipo de intervenção nas clínicas privadas por razões estéticas. "Há pessoas que colocam estas lentes quando têm pouca graduação, há quem o faça com menos de três dioptrias, não é por necessidade premente", admite. "O laser pode não ser recomendado nesses casos por razões médicas, mas a pessoa pode viver perfeitamente com os óculos", explica Joaquim Murta.

Nos casos graves em que as lentes são recomendadas - pessoas com intolerância às lentes de contacto ou que usam óculos com graduação muito elevada -, esta solução "melhora significativamente a qualidade de vida".

Mas nem todos as podem colocar. A primeira condição é ter mais de 20 anos (ver texto ao lado). "Temos de ter a garantia de que a graduação está estável", explica a oftalmologista Conceição Lobo Fonseca, autora de alguns estudos sobre o assunto, acrescentando: "É necessário esperar dois a três anos e ver se as dioptrias não aumentam."

Já a idade-limite "pode ser estabelecida aos 60, quando se começa a ter outro tipo de problemas oculares como as cataratas", completa o oftalmologista Francisco Versteeg, da clínica I-Qmed, onde se fazem em média 20 intervenções destas por mês. Contudo, diz o clínico, a pessoa não pode ter problemas de saúde, como diabetes, ou outras patologias oculares mais graves.

A cirurgia a laser ainda é a primeira opção dos médicos, por ser "mais fácil e barata". A colocação das lentes é escolhida sobretudo para casos em que o laser não resulta. "O problema é que o laser tem limites, depende da espessura da córnea. É como se fosse uma escavação, e só posso escavar até certo limite, caso contrário fura-se o olho", explica Adriano Aguilar, da clínica oftalmológica ALM, que, enquanto faz dez cirurgias a laser por semana, põe dez lentes intra- -oculares por mês.

Uma cirurgia a laser a um olho custa perto de 600 euros numa clínica privada, mas uma lente intra--ocular pode chegar ao triplo: entre 1300 e 1600, dependendo se é progressiva ou não (tal como acontece com as lentes vulgares).

"Pode-se colocar-se uma lente monofocal, para corrigir a visão ao longe, mas neste caso a pessoa teria sempre de usar óculos para ver ao perto. Já as lentes progressivas, ou bifocais, são mais caras, mas permitem ver ao longe e ao perto", salienta Conceição Lobo Fonseca.

Depois de colocadas, são raros os casos em que são substituídas: "Só quando são substituídas por lentes para as cataratas. Se a graduação do olho aumentar, resolve-se com o laser", conclui Adriano Aguilar.


publicado por MJA  [15.Fev.2010]

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Operadora móvel lança novo produto

Jornal Diario

2010-02-09


Com o objecto de promover a info inclusão a Tmn lançou o novo produto Talks and Zooms.

A Tmn lançou um novo produto destinado aos cidadãos com deficiência visual. O novo produto, chamado Tmn Talks & Zooms permite converter em som toda a informação através de um sintetizador de voz pela vertente Talks. Com esta vertente é dado a possibilidade aos seus utilizadores de aceder aos menus, consultar a lista de contactos, agenda, calculadora entre outros, tudo com o recurso ao sintetizador de voz da língua portuguesa. Ampliar a informação do ecrã e proporcionar uma leitura facilitada, com conteúdos mais legíveis é a função do Zooms. O Tmn Talks & Zooms é compatível com uma vasta gama de telemóveis Nokia ou com modelos que possuam o sistema operativo Symbian 60 3rd Edition. Para o acesso gratuito ao Talks & Zooms os clientes com necessidades especiais devem apresentar, no acto de compra, um comprovativo da sua deficiência e adquirir um novo equipamento Tmn ou um cartão Sim. Para os restantes clientes, este produto está disponível por 259,90 euros.
Está incluído nesse pacote o cd Tmn Talks & Zooms e respectivo manual do utilizador, um manual em Braille e informações sobre os procedimentos de instalação e registo.


publicado por MJA  [12.Fev.2010]

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Banco dá 200 mil a quem ajudar quem mais precisa

Agência Financeira

Rita Leça

2010-02-08


Objectivo é promover qualidade de vida nas pessoas com deficiência

As organizações sem fins lucrativos destinadas a melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência têm agora a oportunidade de ganhar 200 mil euros. O concurso faz parte do programa de responsabilidade social do BPI e tem candidaturas abertas até 8 de Abril.

«O objectivo é melhorar a qualidade de vida e integração social de pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade permanente, a começar por ajudá-las no dia-a-dia e a encontrar trabalho, por exemplo», explicou o presidente do banco, Fernando Ulrich.

«O principal é a atitude. E a começar pelos funcionários do banco, que espero que com esta iniciativa estejam mais abertos e disponíveis para trabalhar com pessoas com deficiência», adiantou o responsável.

Por isso, Fernando Ulrich não exclui a atribuição de quotas no seu banco. «Por norma não gosto muito dessa política, mas há momentos em que isso se justifica porque pode ajudar a criar uma nova dinâmica», explicou o banqueiro.

No total, o banco vai despender 500 mil euros para este prémio que, a par do primeiro lugar, vai atribuir até 50 mil euros às organizações com melhores propostas.

O prémio «BPI Capacitar» destina-se a todas as instituições sem fins lucrativos com sede ou actuação em Portugal. A candidatura pode ser feita no site do banco.


publicado por MJA  [12.Fev.2010]

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ANACOM promove seminário sobre acessibilidade
a portadores de deficiências

JN


08 Fev (Lusa) - A Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) promove na próxima quinta-feira, em Lisboa, um seminário sobre acessibilidade das comunicações a utilizadores portadores de deficiências.

No evento, promovido pelo regulador, marcarão presença Barbara Delaney, responsável pela política do consumidor do regulador irlandês - 'ComReg' -, bem como Luís Carriço, Professor Associado do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

É propósito deste encontro analisar a aplicação da medida 'ComReg' no trabalho com grupos representativos de cidadãos com deficiência e da indústria de comunicações na Irlanda, "com o objetivo de tornar as comunicações acessíveis a todos", refere a ANACOM em comunicado.


publicado por MJA  [12.Fev.2010]

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Tartaruga cega viaja para Centro de animais deficientes

Terra

04 de Fevereiro de 2010


Uma tartaruga cega encontrada na Grécia foi levada para um centro de animais marinhos na Grã-Bretanha onde será alimentada e monitorada. Batizada de Homero, a tartaruga foi transportada de avião por um trajeto de mais de 2 mil quilômetros acompanhada por uma equipe de especialistas.

Como não pode caçar e se alimentar sozinha, o Blue Reef Aquarium, em Newquay, passa agora ser a sua "casa definitiva". Homero, que pertence à espécie Caretta caretta, foi encontrada cega e com ferimentos na cabeça, provavelmente causados pela hélice de um navio. Seu nome é inspirado no poeta grego Homero, considerado o autor de Ilíada e Odisséia.

"Nos primeiros dias vamos avaliar de perto sua condição e comportamento e também seu regime alimentar", disse David Waines, diretor do Blue Reef Aquarium. "Se tudo estiver bem, ela será transferida para um gigantesco tanque de 250 mil litros onde será monitorada continuamente. Nossos funcionários vão alimentá-la e cuidar dela", completou.


publicado por MJA  [12.Fev.2010]

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Prémio distingue empregadores de deficientes 

Portal do Governo

2010-02-01


A Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Helena André, preside hoje à cerimónia de entrega do Prémio de Mérito do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), que terá lugar na Fundação Portuguesa das Comunicações.

O Prémio de Mérito do IEFP constitui uma forma pública e solene de distinguir as pessoas com deficiência que, com sucesso, tenham criado o seu próprio emprego e as entidades empregadoras que, em cada ano, se tenham destacado na integração profissional da pessoa com deficiência.

Atribuído pela primeira vez em 1990, o Prémio de Mérito começou por ser apenas atribuído às entidades empregadoras de pessoas com deficiência. Em 1999, este foi alargado às pessoas com deficiência, de modo a valorizar o envolvimento mais directo no seu processo de inserção socioprofissional.

Entre 1998 e 2008, foram apresentadas 682 candidaturas por parte de entidades empregadoras, que se traduziram na celebração de contratos de trabalho sem termo com cerca de 870 pessoas com deficiência. Neste mesmo período de tempo, 68 pessoas com deficiência que criaram o seu próprio emprego, candidataram-se ao Prémio de Mérito.

Às 17h00 na Fundação Portuguesa das Comunicações
Rua do Instituto Industrial, 16, Lisboa


publicado por MJA  [3.Fev.2010]

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Carros ficam mais caros para deficientes

PÚBLICO

29.01.2010

A manter-se tal como está a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2010, os deficientes vão passar a pagar mais 20 por cento pelos carros do que até aqui. O problema foi denunciado hoje pela Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM), que pede a rápida rectificação do documento.

É que o OE, ao acabar com a dupla tributação na aquisição de automóveis, transfere para o Imposto Sobre Veículos (fica 20 por cento mais caro) aquilo que os cidadãos vão deixar de pagar de IVA. Para a restante população nada muda mas para os deficientes, que até aqui estavam isentos de IVA, os veículos ficam assim 20 por cento mais caros.

A TEM chama ainda a atenção para outra “aberração” da lei. Desde 1996 que as juntas médicas podem passar declarações de incapacidade permanente. Contudo, para efeitos de aquisição de veículo, só são aceites declarações emitidas há menos de cinco anos, o que obrigará as pessoas com deficiência motora a irem a uma junta médica sempre que quiserem trocar de carro.


publicado por MJA  [29.Jan.2010]

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Limitação do acesso às emissões televisivas
viola direitos dos cidadãos com deficiência

VISÃO


Lisboa, 28 Jan (Lusa) - A limitação do acesso às emissões televisivas de pessoas com deficiência é uma "violação grosseira dos direitos destes cidadãos", disse à Lusa a secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, garantindo já ter pedido intervenção da tutela.

A reacção foi avançada na sequência da suspensão de um plano estabelecido no ano passado pelo organismo regulador dos media para obrigar as televisões em sinal aberto (RTP, SIC e TVI) a facultarem audiodescrição nos programas.

Suspensão justificada pelas televisões privadas (apenas a RTP cumpre na área da ficção) pelos custos exigidos mas que indignou a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).


publicado por MJA  [28.Jan.2010]

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Rendimentos de deficientes

JN

LUCÍLIA TIAGO

26 Janeiro 10

Em 2010, vai manter-se o regime transitório que poupa aos deficientes um agravamento fiscal. Assim sendo, para efeitos de IRS continuarão a ser tributados 90% (e não 100%) dos seus rendimentos (de trabalho e pensões). Ao que o JN apurou, este ano a dedução específica continuará a ser de valor equivalente a quatro salários mínimos (e não 3,5).


publicado por MJA  [26.Jan.2010]

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Lentes bifocais podem atrasar progressão da miopia

Folha Online

MARIANA VERSOLATO

25 Janeiro 2010


O uso de lentes bifocais pode reduzir a progressão da miopia em crianças, revela um estudo publicado na última edição do "Archives of Ophthalmology". Na comparação com lentes monofocais, as bifocais ajudaram a diminuir a progressão do problema em até 55%.

Tratam-se dos primeiros resultados significativos a respeito de uma investigação feita há anos sobre o efeito de lentes positivas --bifocais ou multifocais-- para reduzir a progressão do distúrbio, de acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, Célia Nakanami. "De tudo que já li a respeito, esse é o estudo em que as bifocais tiveram maior efeito na redução", diz.

Pessoas com miopia têm dificuldades de enxergar de longe, mas não precisam se esforçar para ver de perto. A pesquisa mostrou que, com as lentes bifocais (que têm a parte superior para visão à distância e a parte inferior para a visão de perto), a pessoa míope precisaria fazer um esforço para ver de perto -e esse esforço ajudaria a diminuir a progressão da miopia.

Durante dois anos, os pesquisadores estudaram o efeito das lentes em 135 crianças chinesas com média de dez anos de idade e altas taxas de progressão (maior que 0,5 grau por ano). Elas foram divididas em grupos que usaram lentes monofocais, bifocais e bifocais com prisma --geralmente usadas para corrigir estrabismo.

No começo do estudo, a miopia das crianças era, em média, de três graus. Durante o estudo, aquelas que continuaram a usar lentes monofocais tiveram uma progressão de 1,55 grau por ano. As crianças que usaram bifocais e bifocais de prisma, no entanto, tiveram taxas de progressão de 0,96 e 0,7, respectivamente.

 

De acordo com a oftalmologista Denise Fornazari, do Hospital das Clínicas da Unicamp, as lentes bifocais melhorariam a qualidade da imagem na retina, prevenindo o crescimento anormal do olho e o consequente aumento da miopia.

"No entanto, é preciso estudar o uso de bifocais em outras populações e a longo prazo. Ainda não há evidências suficientes que justifiquem a recomendação de lentes bifocais para crianças com o objetivo de retardar a progressão da miopia", afirma Fornazari.

A mesma cautela é seguida por Nakanami. "Não se trata ainda de uma conduta aceita clinicamente, pois é necessário que mais estudos a respeito sejam feitos", diz.

O trabalho afirma que as características da miopia não variam em diferentes grupos étnicos, mas diz que é preciso avaliar se o tratamento será eficaz a longo prazo para que os resultados sejam práticos.

A tendência de rápida progressão da miopia é genética. Segundo Fornazari, a progressão estabiliza por volta dos 25 anos de idade.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/
noticias/ult263u684177.shtml


publicado por MJA  [12.Fev.2010]

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Lei ajuda consumidores cegos a fazer compras

— legislação em vigor há um ano é "positiva"
mas ACAPO admite pedir revisão —

Jornal de Notícias

SANDRA ALVES

22-01-10

Já algum dia experimentou ir ao supermercado de olhos vendados? Para evitar que os consumidores cegos e de baixa visão façam compras "às escuras", a lei 33/2008 prevê o acompanhamento na loja e a etiquetagem em Braille dos produtos adquiridos.

Veja o vídeo aqui: ¤

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1475749

Mariana Rocha, de 30 anos, residente do Porto, costuma fazer compras através da Internet. "É mais simples e mais rápido". Desde que a nova lei entrou em vigor, há um ano, "os produtos são entregues em casa com etiquetas em Braille. Apenas tive de solicitar esta opção quando fiz o registo", disse ao JN.

Sem este serviço, o segredo é "organizar a despensa e memorizar", mas por vezes acontecem imprevistos. "Já me aconteceu abrir uma lata de feijão a pensar que era ananás em calda", confessa, chamando a atenção para a semelhança das embalagens.

No caso dos iogurtes, por exemplo, há muitas variantes - aromas, pedaços, cremosos, magros, bífidos - e sabores. O mesmo acontece com leite, vinhos e sumos, cuja embalagem (tetrapak) é idêntica.

A lei 33/2008 obriga a que na etiqueta seja escrito o nome, validade e características principais do produto. "Se com o nome e a validade não há problema, o mesmo não acontece com as características do produto, uma vez que é um conceito relativo", aponta Mariana, também vice-presidente da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal. "Por exemplo, nem sempre é referido se o leite é magro ou meio gordo", explica. "As etiquetas por vezes são pouco legíveis. Em produtos congelados ou que precisam de frigorífico o Braille apaga-se com facilidade", acrescenta ainda Mariana Rocha.

Helena Fonseca, de 46 anos, residente na Damaia, arredores de Lisboa, também partilha desta opinião. "A qualidade do papel devia ser melhorada, devia ser mais grosso. Assim o Braille aguentava mais", defende. "Ao passar o dedo para colar a etiqueta, durante o transporte, com outros produtos sobrepostos, etc. quando chega ao destino o Braille já está diferente".

Adepta do serviço de encomendas por telefone, Helena Fonseca alerta também para a importância da colagem da etiqueta. "Quando não fica direita ao colar, basta uma pequena ruga para dificultar a leitura" na ponta dos dedos.

A ACAPO considera a lei "um passo muito positivo", mas desejava que "fosse revista ou alterada".

"A informação em Braille devia ser uma obrigação na origem, como já acontece com os medicamentos", justifica a vice-presidente, Mariana Rocha. "É uma lei imperfeita", acrescenta, por só obrigar a existência dos serviços num espaço comercial por concelho. Para perceber o impacto da lei, a ACAPO lançou um questionário junto dos seus associados.

No primeiro ano em que a lei esteve em vigor, 1198 pessoas com deficiência visual beneficiaram dos serviços de acompanhamento na loja por um funcionário e/ou etiquetagem de produtos em Braille, segundo a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

Em todo o país, há 620 lojas com etiquetagem em braille, num investimento estimado pela APED de um milhão de euros.


publicado por MJA  [22.Jan.2010]

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Universidades criam código para inclusão de deficientes

Diário do Minho

Marta Encarnação

22-01-2010

Nove universidades assinaram ontem, em Braga, um acordo de colaboração com o Instituto Nacional para a Reabilitação com o objectivo de proporcionar serviços de melhor qualidade aos estudantes com deficiência e de uniformizar procedimentos através da criação de um código de boas práticas.

A cerimónia, realizada no âmbito do segundo seminário do Grupo de Trabalho para o Apoio a Estudantes com Deficiências no Ensino Superior realizado ontem, na Universidade do Minho, contou com a presença da secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação e do secretário de Estado do Ensino Superior.

publicado por MJA  [22.Jan.2010]

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Governo diz que há muito a fazer para
integrar alunos deficientes do Ensino Superior

SIC Notícias

21 Janeiro 2010


A secretária de Estado da Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, disse hoje, em Braga, que há muito que fazer nas universidades, com medidas que vão "para além das rampas e dos degraus", para a integração de alunos portadores de deficiência.

São precisos, desde logo, manuais de acolhimento nas universidades, bem como instruções sobre a forma como se devem formatar aulas em formato digital que depois possam ser convertidas em áudio ou para pessoas com baixa visão", referiu.

A governante apontou, ainda, "a necessidade de serem criadas plataformas digitais que possam ser acedidas por todos na universidade", frisando que "as barreiras arquitectónicas não são apenas rampas e degraus são também para os surdos".

Seminário sobre inclusão de deficientes

Idália Moniz falava na Universidade do Minho, durnate o segundo seminário organizado pelo Grupo de Trabalho para o Apoio a Estudantes com Deficiências no Ensino Superior (GTAEDES).

O encontro subordinado ao tema "As Acessibilidades e os Desafios para a Promoção do Ensino Superior Inclusivo" contou, ainda, com a presença da Secretária de Estado do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor e do reitor da instituição, António Cunha.

O evento, que visou promover o intercâmbio de informação sobre o tema da inclusão dos estudantes com deficiência ou necessidades especiais no Ensino Superior, incluiu a assinatura de um protocolo de colaboração entre Instituições de Ensino Superior Público e o Instituto Nacional para a Reabilitação.

Serviços de melhor qualidade

O documento visa proporcionar serviços de melhor qualidade aos estudantes com deficiência e promover a investigação e o desenvolvimento de iniciativas conjuntas e a racionalização de recursos.

Idália Moniz disse que "a integração de alunos com deficiência nas escolas e universidades envolve um conjunto de questões tão abrangente que tem de ser trabalhado como um todo a melhor", frisando que se trata, não apenas de acolher mas também de "acompanhar os alunos que têm deficiências no ensino superior".

"Muitas vezes não é uma questão de recursos financeiros, é uma questão de vontades e de uniformizarmos a intervenção", acentuou.

Dificuldades na fala, audição ou visão

O reitor disse que na UMinho estão a ser apoiados 300 alunos, assinalando que há situações muto diferentes pois há quem tenha dificuldades físicas na fala, na audição ou na visão.

"Estão a ser dados passos certos no sentido do acompanhamento destes alunos, criando, por exemplo, material pedagógico específico, mas ainda há muito a fazer", frisou.

Identificados 816 alunos com necessidades especiais

Durante o encontro foi referido que um levantamento nacional feito pelo GTAEDES indica que no ano lectivo de 2006/07 foram identificados 816 estudantes com necessidades especiais (79% estavam no ensino superior público e 21% no privado).

Este número foi obtido pelas respostas de algumas instituições do Ensino Superior, podendo o número real de estudantes com necessidades especiais ser muito superior.

Lusa

publicado por MJA  [22.Jan.2010]

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Tocando o céu nocturno

Nancy Atkinson
(adaptado)

As imagens deslumbrantes proporcionadas por telescópios na Terra e no espaço são imagens maravilhosas de observar. Mas aqueles que  tem a visão prejudicada também podem admirar as imagens astronômicas graças ao trabalho de  Noreen Grice. Por 25  anos, Grice tem trabalhado para assegurar que a astronomia seja acessível a todos, incluindo aqueles que são cegos, ou tem pouca visão, bem como os que tem deficiência auditiva.  Ela criou uma série de livros e outros produtos desenvolvidos para trazer o Universo a todos.

Os cinco livros de astronomia de Grice são produzidos com os textos em impressão  comum e em Braille, acompanhado de figuras que são palpáveis. Usando revestimento tátil de desenhos de estrelas, planetas, cometas e outros objetos, imagens reais ganham vida para os deficientes visuais. (…)

Grice trabalhou em conjunto com a NASA e outros astrônomos e educadores para criar seus livros.

No encontro da American Astronomical Society Meeting semana passada, Grice compartilhou com os astrônomos a Nebulosa de Carina Tátil, que foi criada a partir de um grande mosaico de imagens do Telescópio Hubble. Trabalhando com cientistas, Grice foi capaz de incluir variações palpáveis para as diferentes regiões e objetos da imagem.


Fonte: Denise Selmo's blog

publicado por MJA  [18.Jan.2010]

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As Escolas de Referência - Uma Solução
para os Alunos com Deficiência visual?

Conferência em Lisboa - dia 30 de Janeiro 2010
promovida pela ACAPO


Local: Centro Ismaili em Lisboa

Data: Sábado, 30 Janeiro, 2010

Objectivos - Promover a análise e avaliação do processo de inclusão dos alunos com deficiência visual no sistema educativo regular.

Destinatários - Profissionais dos serviços da educação, da saúde, da segurança social e do emprego e formação profissional.

9h00 Abertura do Secretariado

9h30 Sessão de Abertura
Carlos Lopes, Presidente da Direcção Nacional da ACAPO
Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular – DGIDC (*)
Alexandra Pimenta, Directora do Instituto Nacional Para a Reabilitação

10h45 1º Painel: O Aluno com Deficiência Visual e a Escola - O que se alterou desde Janeiro de 2008 (DL n.º3/2008)?
Moderadora: Leonor Moniz Pereira, Professora Catedrática - Faculdade Motricidade Humana

Filomena Pereira, Directora de Serviços da DGIDC
António Lopes, Direcção Regional de Educação do Centro
Serafim Queirós, Direcção Regional de Educação do Norte
Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (*)

14h00 2º Painel Debate - O que ainda está por consolidar… desde Janeiro de 2008 (DL n.º 3/2008)
Moderadora: Andreia Brito, Jornalista - Antena 1

Graça Neves, Professora de Educação Especial
Graça Pegado, Professora de Educação Especial
Albino Almeida, Presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais
Inês Gonçalves, Representante da Comissão Nacional de Jovens da ACAPO
Cátia Baptista, Aluna em Escola de Referência para o Ensino de Alunos Cegos e com Baixa Visão (11.º ano)

15h30 Debate

16h00 Conclusões
Fernando Matos, Representante da Comissão de Educação da ACAPO

16:30 Sessão de encerramento
Fernando Matos, Representante da Comissão de Educação da ACAPO
Amirali Bhanji, Presidente do Conselho Nacional da Comunidade Muçulmana Ismaili
Idália Moniz, Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação*

(*) por confirmar


Caso esteja interessado em participar deverá enviar um e-mail com nome, profissão e contacto para o endereço ritapereira@acapo.pt

Fonte: LERPARAVER

publicado por MJA  [17.Jan.2010]

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Educação Especial nos Açores

Jornal Diario

2010-01-14


A Comissão dos Assuntos Sociais dos Açores ouviu a secretária regional da Educação e Formação sobre a criação de bolsas de formação e incentivos à fixação de professores especializados em Educação Especial.

A titular da pasta da Educação e Formação, nos Açores, anunciou que será feita uma avaliação das necessidades de todas as unidades orgânicas dos Açores ao nível da educação especial. “Em áreas muito específicas poderá haver necessidades eventuais, nomeadamente nas áreas dos invisuais e deficientes auditivos”, reconheceu Lina Mendes.

publicado por MJA  [16.Jan.2010]

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Novas Oportunidades inclusivas:
primeiro curso do género avança este ano

Diário de Notícias/Funchal

ALC

13-01-2010


A Direcção Regional de Qualifciação Profissional (DRQP) da Madeira, em colaboração com a Direcção de Educação Especial, vai avançar em breve com um curso de Novas Oportunidades direccionado para pessoas portadoras de deficiência. A notícia foi avançada esta tarde por Sara Relvas, directora regional de Qualificação Profissional da Madeira à margem de uma cerimónia de entrega de certificados e diplomas.

Na cerimónia foram entregues 53 certificados de Formação Profissional a pessoas que frequentaram cursos do Centro de Formação Profissional de Madeira e outros 124 diplomas a adultos que concluíram o seu processo de reconhecimento, validação e certificação de competências no Centro de Novas Oportunidades da DRQP.
 

publicado por MJA  [16.Jan.2010]

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Lei que estabelece quota de empregos para
pessoas com deficiência longe de ser cumprida

TSF

12-Janeiro-2010


Três deputados do PS pediram dados sobre quotas para o emprego de pessoas com deficiência, como nos explica a jornalista Cristina Lai Men, e constataram que a lei não está a ser cumprida

Os três deputados socialistas que fazem parte do Movimento Humanismo e Democracia pedem ao Ministério das Finanças para criar um modelo que permita avaliar a aplicação da lei e ao do Trabalho para lembrar à administração pública que há um diploma que estipula que cinco por cento dos empregos que sejam criados devem ser atribuídos a pessoas com deficiência.

Durante o ano passado, os três deputados do PS pediram dados aos dois ministérios, também a todas as câmaras municipais e tendo em conta as respostas que receberam concluíram que a lei não está a ser respeitada.

Responderam quase 60 por cento das câmaras, também os ministérios das Finanças e do Trabalho.

Entre as autarquias, foram abertos quase 12 mil concursos, aos quais se candidataram 811 pessoas com deficiência. Apenas 311 foram colocadas, ou seja, cerca de 2,5 por cento.

A quota estabelecida pela lei é de pelo menos 5 por cento, o que leva a deputada socialista Teresa Venda a dizer que a lei não está a ser cumprida.

Precisamente porque os modelos variam de acordo com as câmaras - não são uniformes - os 3 deputados socialistas que apresentaram o requerimento querem que seja criado um modelo sistematizado e uniforme de recolha de informação a prestar pelos serviços públicos.

Além do Ministério das Finanças, os deputados Teresa Venda,  Maria do Rosário Carneiro e Ricardo Gonçalves defendem que o ministério do trabalho deve promover e divulgar esta lei.

Uma lei com quase 9 anos, mas que pela avaliação destes deputados, tem um «fraco grau de cumprimento».

Tendo em conta esta denúncia e o pedido que foi enviado aos Ministério das Finanças, a TSF tentou obter esclarecimentos junto do gabinete de Teixeira dos Santos, mas até agora sem sucesso.

publicado por MJA  [12.Jan.2010]

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«O Livro Negro das Cores»:
um novo mundo através do tacto

Sandra Gonçalves

Diário Digital

11 de Janeiro de 2010


No momento em que se assinalam os 200 anos do nascimento de Louis Braille - o francês que desenvolveu, ainda adolescente, o sistema de escrita para deficientes visuais, a Bruaá Editora da Figueira da Foz acaba de lançar «O Livro Negro das Cores».

Com texto de Menena Cottin e ilustrações de Rosana Faria, esta obra é um apelo ao sentido táctil. Resulta com adultos e crianças e é uma delícia tactear as páginas de olhos fechados (não vale espreitar).

O livro é todo ele negro (excepto as pequenas frases de Tomás). As ilustrações, em alto-relevo e o texto em braille, convidam a experimentar as texturas e jogar com as descrições das cores.

O Tomás diz que «o azul é a cor do céu quando o sol lhe aquece a cabeça. No entanto, se as nuvens o cobrem e começa a chover, fica branco».

Cada frase é antecedida da respectiva tradução em Braille e, na página ao lado, o leitor é convidado a experimentar a textura do que é descrito.

Um livro que ajuda a reflectir sobre o que nos rodeia. Para quem vê, pode ser difícil não compreender que haja quem não saiba o que é o castanho, por exemplo. Mas, para Tomás, «o castanho estala debaixo dos pés quando as folhas estão secas. Às vezes cheira a chocolate, outras vezes cheira muito mal».

No final, um brinde, o abecedário em braille muito intuitivo - ou melhor, fácil de perceber como é mas que só com muito treino é que lá se chega.

É mesmo preciso redescobrir a riqueza sensorial do nosso corpo, fechar os olhos e rendermo-nos ao tacto. A imaginação fará todo o resto.

Como acrescento, de referir que este livro ganhou os seguintes prémios:

2009
NCTE Notable Children's Book in the Language Arts

2008
New York Times Best Illustrated Books
Booklist Top 10 Art Books
Booklist Editors' Choice - Books for Youth
School Library Journal Best Books of the Year

2007
Bologna Ragazzi - New Horizons

2006
CANIEM
Prémio nacional de las artes gráficas
Benny
Selección SEP Biblioteca de aula

Veja aqui o booktrailer do livro.
 

publicado por MJA  [12.Jan.2010]

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Por que razão a luz piora a enxaqueca

Revista Época/Globo

11-01-10


Descoberta de cientistas americanos ajuda a compreender melhor os mecanismos por trás do problema ainda sem cura que atinge milhões de pessoas em todo o mundo

Embora se saiba que a luz piora o quadro de enxaqueca, os motivos que levam a isso não são conhecidos. Agora, um grupo de cientistas nos Estados Unidos conseguiu identificar um mecanismo que, durante crises de dor, ocorre tanto em pessoas com visão normal como em deficientes visuais.

De acordo com o estudo, divulgado domingo (10) no periódico científico Nature Neuroscience, cerca de 85% dos indivíduos com enxaqueca são extremamente sensíveis à luz. “Alguns pacientes chegam até mesmo a usar óculos escuros durante à noite”, disse um dos autores do estudo, Rami Burstein, professor da Escola Médica de Harvard.

A fotofobia, que faz com que muitos evitem atividades como dirigir ou ler e trabalhar, atinge, entre os pacientes com enxaqueca, até mesmo as pessoas cegas. Essa constatação levou o grupo de cientistas a investigar a hipótese de que os sinais transmitidos pela retina por meio dos nervos ópticos intensificariam as dores.

Os pesquisadores examinaram dois grupos de deficientes visuais que sofriam de enxaqueca. Os voluntários no primeiro grupo eram totalmente cegos devido a doenças como câncer na retina ou glaucoma. Como não eram capazes de enxergar imagens ou de perceber luz, tinham dificuldade de manter ciclos normais de sono. O segundo grupo era formado por deficientes visuais devido a doenças degenerativas. Essas pessoas não são capazes de perceber imagens, mas podem detectar a presença de luz e manter ciclos normais entre estar acordado e dormir.

“Enquanto os pacientes no primeiro grupo não experimentaram diferenças após a exposição à luz, os do segundo grupo tiveram uma intensificação nas dores”, disse Burstein. “Isso indicou que o mecanismo da fotofobia deveria envolver o nervo óptico, porque em indivíduos totalmente cegos esse nervo não transporta os sinais luminosos até o cérebro."

Após experimento, os cientistas traçaram o caminho dos sinais através dos nervos ópticos até o cérebro de ratos, onde descobriram um grupo de neurônios que se tornaram eletricamente ativos durante crises de enxaqueca. Mesmo quando a luz era apagada, os neurônios permaneciam ativos. “Isso ajuda a explicar por que pacientes contam que suas crises se intensificam segundos após a exposição à luz e melhoram de 20 a 30 minutos depois que passam para ambientes escuros”, disse Burstein.

Para os autores do estudo, a descoberta fornece novas rotas para abordar o problema da fotofobia em portadores de enxaqueca. “Clinicamente, a pesquisa monta um cenário para identificar maneiras de bloquear o caminho da dor de modo que os pacientes possam suportar a luz sem desconforto”, disse o pesquisador.

publicado por MJA  [12.Jan.2010]

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Chip permite a deficientes visuais
voltarem a enxergar

Juliana Echer Manto


Médicos da Univ. de Tübingen, na Alemanha, desenvolveram um microchip que lhes devolverá uma forma simples de ver e reconhecer formas. Conforme noticiou a revista “Der Spiegel”, o grupo de pesquisadores implanta o chip sob a retina do paciente, permitindo que ele visualize objetos e consiga inclusive ler.

O novo mecanismo já foi testado com sucesso num paciente finlandês chamado Miika de 45 anos e é visto pelos especialistas como um avanço no desenvolvimento de próteses visuais. “Com a ajuda da prótese, ele superou as limitações da deficiência e a partir de então deixou de ser considerado completamente cego”, revelou Eberhart Zrenner, chefe do grupo de pesquisadores. Ele explicou que o implante é bem tolerado pelo organismo e que em nenhum dos pacientes se constatou problemas graves, como uma inflamação, por exemplo.

No próximo ano, ampliando a fase de testes e de pesquisa, cerca de 20 implantes deverão ser realizados.


Fonte: Centro Alemão de Informação

publicado por MJA  [9.Jan.2010]

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Bolsa para ajudar deficientes abre na Net

— Base de dados permite trocar, alugar
ou doar ajudas técnicas na Internet —

CLC / IOL

6-01-10

A Associação VIDA - Valorização Intergeracional e Desenvolvimento Activo criou uma Bolsa de Ajudas Técnicas e Tecnológicas de Apoio (BATTA) que permite trocar, alugar ou doar ajudas técnicas na Internet, informa a Lusa.

Co-financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, a BATTA consiste numa base de dados, disponível no endereço www.bolsadasaude.org, que visa «facilitar o encontro entre instituições e/ou particulares que dispõem de produtos de apoio para doar, emprestar, trocar ou alugar e aqueles que necessitam destes produtos», explicou à Lusa, Teresa Almeida Pinto, da associação VIDA.

Estão nesta categoria produtos tão diversos como: camas articuladas, cadeiras de rodas, bengalas ou outros de utilização mais global como sejam os computadores, colchões, roupa ou relógios.

A bolsa funciona como uma «montra» de produtos onde particulares e instituições podem anunciar gratuitamente os produtos que dispõem ou procurar por esses produtos, caso deles necessitem.

«Apesar da BATTA ter sido criada a pensar na população mais idosa, podem aceder aos produtos pessoas de qualquer idade, portadoras de deficiência ou com incapacidade temporária», sublinhou Teresa Almeida.

As instituições interessadas em divulgar ou usufruir dos produtos divulgados devem aceder ao site www.bolsadasaude.org e preencher o questionário de recolha de informações.

Assim, acrescentou, quem dispõe de produtos de apoio e os queira doar, emprestar, trocar ou alugar, solicita a divulgação da oferta no site e articula a sua entrega directamente com os potenciais interessados.

A divulgação dos produtos e dos contactos das instituições e pessoas individuais junto dos potenciais interessados nesses produtos é gratuita. Apesar de se esperar «um crescimento num futuro próximo», a BATTA dispõe actualmente de 1.263 produtos, referenciados por instituições do Norte, Centro e Sul do país.


publicado por MJA  [6.Jan.2010]

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~4 de Janeiro ~

Dia Mundial do Braille


A resolução seguinte, pela qual fica proclamado o Dia Mundial do Braille  - 04 de Janeiro -, foi aprovada em Novembro de 2000 na V Assembleia Geral da União Mundial de Cegos realizada em Melbourne, na Austrália.

CONSIDERANDO QUE: o braille tem se revelado um meio eficaz de comunicação para os cegos, os surdo-cegos e para os deficientes visuais desde 1929, ano em que foi inventado em Paris (França) por Louis Braille;

CONSIDERANDO QUE: o braille é equivalente às letras comuns impressas;

CONSIDERANDO QUE: o braille é um sistema de leitura e escrita eficaz para os cegos, os surdocegos e os deficientes visuais;

CONSIDERANDO QUE: o braille é um elemento básico para a alfabetização, a independência e a consecução de um emprego;

CONSIDERANDO QUE: o braille significa para os cegos, os surdocegos e os deficientes visuais a possibilidade de usufruir de liberdade intelectual, segurança pessoal e igualdade de oportunidades;

CONSIDERANDO QUE: saber ler e escrever em braille é essencial para o desenvolvimento pessoal no meio social e económico,


A V Assembléia Geral da União Mundial de Cegos, celebrada na cidade de Melbourne, Austrália determina:

CONSIDERANDO QUE: a União Mundial de Cegos vem promovendo a alfabetização em braille em todo o mundo como direito humano fundamental para todos os cegos, os surdocegos e os deficientes visuais;

CONSIDERANDO QUE: a União Mundial de Cegos apoia firmemente a alfabetização em braille como ferramenta para garantir que as pessoas cegas, surdocegas e deficientes visuais tenham acesso à igualdade e à liberdade universais e a convicção de que podem tomar parte no futuro vibrante do mundo, no campo social, político e econômico.


QUE o dia 04 de Janeiro, data de nascimento de Louis Braille, seja declarado como Dia Mundial do Braille.

AINDA se resolve que a União Mundial de Cegos exorte a Organização das Nações Unidas a aprovar e declarar o dia 04 de Janeiro como "Dia Mundial do Braille".


publicado por MJA  [3.Jan.2010]

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Pessoas sem problemas visuais
aprendem a ler braille numa semana

Correio do Minho

3 Janeiro 2010

Há cada vez mais pessoas sem problemas de visão a aprender Braille. Só no ano passado, a ACAPO ensinou mais de uma centena de alunos e alguns aprenderam a ler numa semana. No entanto, a maioria usa os olhos e não o tacto para o fazer.

'Mais do que aquele pequeno fascínio de querer conhecer uma coisa nova, nota-se um interesse real da comunidade em conhecer o sistema', disse à agência Lusa o director da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), Rodrigo Santos, a propósito do Dia Mundial do Braille, que se assinala segunda-feira.

Há cerca de cinco anos, a ACAPO começou a dar cursos para as pessoas sem qualquer deficiência visual. Só no ano passado, diz Rodrigo Santos, mais de uma centena de portugueses quis aprender o sistema de leitura criado há quase duas décadas por Louis Braille.

Mas estes alunos não lêem com a ponta dos dedos, 'a maior parte usa os olhos', explica aquele responsável, lembrando que esta é uma 'vantagem', já que não é preciso ganhar sensibilidade táctil para conseguir ler.

O sistema Braille é um alfabeto cujos caracteres se indicam por pontos em relevo. A partir dos seis pontos salientes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais.

Depois, existe toda uma lógica que é preciso perceber. 'Não basta decorar, é preciso perceber-se a lógica do sistema e algumas regras', explica Rodrigo Santos.

Apesar de parecer complicado ao olhar de um leigo, uma semana pode ser suficiente para se conseguir ler na perfeição. 'Há cursos em horário pós-laboral que demoram entre três semanas a um mês. Mas um curso intensivo demora em geral uma semana a quinze dias'.

Estes alunos querem aprender porque 'precisam de contactar com pessoas cegas ou porque querem estar aptos para o conseguir fazer'.

Além do aumento de pedidos de formação, a ACAPO tem tido também mais pedidos de produção em Braille por parte de empresas privadas e organismos públicos. No entanto, lamenta Rodrigo Santos, 'ainda há pouca produção', porque 'não há muita sensibilização'.

Em Portugal estima-se que existam cerca de 163 mil pessoas com deficiência visual, segundo os dados do Censos de 2001, mas estes números parecem não sensibilizar a sociedade para a mudança de hábitos.

'Felizmente o panorama vem mudando, mas é uma mudança lenta', diz o responsável, sublinhando que ainda há muita informação que não está acessível aos invisuais. 'Ainda recebo em casa muita correspondência de organismos públicos que não vem em Braille', critica.

Rodrigo Santos lembra que o Braille é o meio universal de leitura e escrita das pessoas com deficiência visual: 'Representa a nossa porta para a alfabetização e para uma comunicação escrita que está omnipresente'.

 

publicado por MJA  [3.Jan.10]

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