Sobre a Deficiência Visual
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Livro Adélia Cozinheira inova sistema ADÉLIA COZINHEIRA Acaba de chegar ao mercado – escolas, bibliotecas e instituições educacionais – o livro Adélia Cozinheira, primeiro volume da Coleção Adélia - a primeira a utilizar um método de leitura em braille 100% inclusivo. O objetivo da publicação é atingir o público infantil de 3 a 10 anos, incluindo crianças com deficiência visual com grau de limitação de 10 a 100%. No Brasil, estima-se que existam 1,2 milhões de pessoas cegas e quatro milhões com algum tipo de deficiência visual. Resultado da união entre as pesquisas da designer gráfica Wanda Gomes e da concepção literária da
escritora Lia Zatz, o livro, que conta ainda com as ilustrações da artista plástica Luise Weiss, além de inédito – por usar
um método diferente de impressão do braille - é o primeiro para deficientes visuais que pode, ao mesmo tempo, ser lido e
manuseado por crianças e jovens com ou sem deficiência. Desde o ano em que o sistema braille de leitura foi criado - em 1827
pelo francês Louis Braille - o método de impressão em papel nunca havia sido alterado em seus aspectos básicos. A impressão Braille.BR é sobreposta e não prejudica a qualidade da impressão normal em offset.
A leitura da primeira não interfere na segunda e vice-versa, e por essa razão é 100% inclusiva. A durabilidade é
indeterminada e os pontos não cedem à leitura / pressão dos dedos como na impressão convencional do sistema braille. Além
disso, a qualidade visual não é prejudicada, já que o novo sistema de impressão não rompe o papel e não causa baixo relevo
no verso da folha. LIA ZATZ Lia Zatz nasceu em São Paulo, se
formou em Filosofia e desde 1984 se dedica a escrever livros infantis e juvenis. Ganhou duas vezes o Prêmio APCA de melhor
autor de literatura infantil, foi finalista do prêmio Jabuti e vários de seus livros receberam o selo Altamente Recomendável
da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Adélia Cozinheira recebeu incentivo para produção de três mil livros da IBM Brasil, através do benefício da Lei Roaunet, Ministério da Cultura. A tiragem foi doada a bibliotecas públicas e instituições de ensino. O segundo volume da coleção está em fase de captação de recursos.
O sistema de impressão Braille.BR
contou com apoio técnico da empresa Efeito Visual Serigrafia, gráfica especializada em alto relevo, que desenvolveu a tinta
exclusiva e realizou numerosos testes de impressão e leitura, necessários ao completo desenvolvimento do projeto. X
Portal do Cidadão
Descrição » Requerimento de subsídio para assistência a filho.
X Comunicação do grau de deficiência via Internet 27 de Dezembro de 2010 Encontra-se disponível uma nova funcionalidade, que permite comunicar, através da Internet, à Administração Tributária o grau de deficiência atribuído de acordo com a informação constante no Atestado de Incapacidade Multiusos. Esta nova funcionalidade de actualização do registo de contribuintes permite que os cidadãos possam indicar, de forma desmaterializada, o grau de deficiência fiscalmente relevante, sem que os mesmos tenham de se deslocar aos serviços de finanças. Para o efeito, deve o interessado identificar-se, no Portal das Finanças, com o respectivo Número de Contribuinte e Senha de Identificação, após o que deverá seleccionar "Cidadãos / Entregar / Pedido / Indicação/Alteração dos Dados de Deficiência Fiscalmente Relevante". Após a submissão do pedido (Indicação ou Alteração dos dados) deverá enviar, via e-mail, fax ou correio, sob registo, o documento comprovativo à Direcção de Serviços de Registo de Contribuintes. A referida Indicação ou Alteração dos dados só será
registada definitivamente após a necessária validação do documento comprovativo.
X Recruta-se formador na Área Oferta de Emprego: "A Competências" encontra-se em processo de recrutamento de formador para ministrar Formação
Profissional na área da Deficiência. Caso esteja interessado(a), envie o seu CV + CAP para
anaabreu@competencias.com.pt e coloque como assunto " Ref.
Q" Fonte: Centro de Emprego de Bragança X Bonecos com Deficiência 21 Dez 2010 Você compraria para este NATAL um "BONECO COM
Resido num condomínio faz 8 anos e passados 4 ouvi dos meus vizinhos: "A DRA. DEBORAH É ADVOGADA COMPETENTE, MAS É CEGA! POR ISSO TEM QUE SAIR DO CONSELHO CONSULTIVO E DAS AÇÕES DO CONDOMÍNIO." Chorar, lastimar e maldizer é sinônimo de PERDA DE TEMPO! Arregacei as mangas e parti para uma luta SUSTENTÁVEL em prol de um Planeta mais confortável para todos. Interessa para este momento um projeto de minha autoria de nome "BONECOS COM DEFICIÊNCIA". Seu objetivo é educar a sociedade - em geral - para que aprenda a conviver com os DIFERENTES. São dois bonecos: Uma boneca CEGA -
apresentada num kit contendo: 3 pares de óculos usados, 3 bengalas (sendo uma em forma de varinha de condão), um cão-guia com seus apetrechos e dois tapa olhos (para que tanto a criança, quanto quem esteja com ela na
brincadeira possam simular a realidade do cego e experimentar o uso do tato). Outro boneco, um DEFICIENTE MOTOR – apresentado num kit com sua cadeira de rodas e vestido de para-atleta, contendo toda a indumentária
característica do esporte escolhido pelo fabricante que faça parte dos próximos jogos paraolímpicos, além de um bloco contendo todos os esportes adaptados. Sem dúvida uma forma lúdica de interagir com a criança (adulto
do amanhã) em seu "mundinho de faz de conta". email: deborahprates@yahoo.com.br
X Filme conta história de movimento 20/12/10 BRASÍLIA - A
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, lança o documentário História do Movimento Político das Pessoas com
Deficiência. Será às 19h no Museu da República, em Brasília. X Protótipo de bengala eletrónica para
Peça propõe um novo conceito de produto para o portador de deficiência visual A peça premiada propõe um novo conceito de produto para o portador de deficiência visual. Ela auxilia na locomoção em ambientes abertos, superando o problema dos obstáculos urbanos localizados acima da linha de cintura. O protótipo é constituído por uma pega feita de polímero para acomodar o sistema eletrônico (sensor, placas eletrônicas, micromotor vibratório, potenciômetro e bateria). Também fazem parte do conjunto uma haste de alumínio e uma ponteira de nylon. Os testes finais com o protótipo mostraram sua eficácia para a identificação de barreiras físicas localizadas acima da linha da cintura dos deficientes visuais em espaços urbanos abertos. “Com base no desenvolvimento e testes deste protótipo, o equipamento poderá ser reproduzido e comercializado”, explica Alejandro Rafael Garcia Ramirez, pesquisador responsável pelo projeto. Como funciona o equipamento Diferente da bengala tradicional, que acompanha os desníveis do piso, mas não pode prever variações superiores, como orelhões, caixas de correio e outros, está possui sensores que, ao detectarem um obstáculo, fazem com que uma resposta tátil seja enviada ao usuário por meio de uma vibração na própria bengala. A medida que o deficiente visual se aproxima do obstáculo esta resposta tátil torna-se mais freqüente. O projeto integra design, hardware, software e linguagens de baixo nível utilizando a tecnologia conhecida como Haptics, ou mídia baseada em resposta (feedback) tátil. Mais informações: (48) 3281-1559/9102-9107, com Alejandro Rafael Garcia Ramirez, pesquisador do mestrado em Computação Aplicada da Univali.
X Luva falante para invisuais 16-12-2020
X A carga económica da cegueira Mais de 3,7% dos brasileiros foram aposentados por invalidez e ficaram incapacitados para o trabalho em função de problemas no olho ou anexo nos últimos anos, de acordo com os dados do Ministério da Previdência Social. A deficiência visual severa é responsável pela grande quantidade de pessoas cegas com idade entre 30 e 75 anos de idade, período em que ele está economicamente ativo. Preocupado com essa realidade, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia lança o Programa de Incentivo à Educação do Paciente que tem como objetivo contribuir para a prevenção da cegueira e levar conceitos de saúde ocular para toda a população brasileira. A perda da visão também implica na redução da qualidade de vida, decorrente de restrições ocupacionais, econômicas, sociais e psicológicas. Para a sociedade, representa encargo oneroso e perda de força de trabalho. Essa condição incapacita o indivíduo, aumenta sua dependência, reduz sua condição social, sua autoridade dentro da família e da comunidade e o aposenta precocemente da vida_ avalia o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o médico Paulo Augusto de Arruda Melo. A carga econômica da cegueira é significativa para o individuo, para a família e para a sociedade, o que significa que o indivíduo deve apresentar uma boa capacidade visual para que possa desempenhar o seu papel na comunidade. A pessoa com baixa acuidade visual tem diminuição de sua autoestima, depressão, maior probabilidade de trauma por quedas, produtividade diminuída e acarreta gastos extras para a família, comunidade e Governo. Uma das principais preocupações é a catarata. Essa doença torna limitadas as pessoas que estão fisicamente bem. É um grande sofrimento para a pessoa, para a família e para a sociedade avalia o presidente do CBO. A catarata é
considerada a principal causa de cegueira no Brasil e o impacto financeiro que essa doença traz é grande. Os custos diretos
incluem o tratamento de doenças oculares, incluindo a parcela relevante de custos para a execução de serviços médicos e de
serviços de saúde aliados, enquanto os custos indiretos incluem os ganhos perdidos - subsídios visuais, equipamentos,
modificações em casa, reabilitação, bem estar e morte prematura por deficiência visual. Estudos recentes sugerem que a
restauração da visão pela cirurgia de catarata produz benefícios econômicos e sociais para a família, para o indivíduo e
para a sociedade e aumentam produtividade anual do paciente operado em cerca de 1500% do valor do custo da cirurgia. Nossa intenção é incentivar e potencializar a discussão do assunto com os pacientes como forma de prevenção e diagnóstico precoce da doença. Com isso, esperamos promover a atenção e conscientização da população quanto à importância das ações preventivas em doenças passíveis de controle e tratamento, com potencial de cegueira irreversível, como o glaucoma e retinopatia_ explica Arruda Melo. A iniciativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) também tem como objetivo contribuir para reduzir drasticamente a cegueira evitável até o ano de 2020.
X Parlamentares suiços discutem O Parlamento suíço discute actualmente a possibilidade de
impor quotas para deficientes em empresas públicas e privadas, uma medida destinada a diminuir o número de pessoas que se
beneficiam do seguro-invalidez.
X Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha Carlos Barroso O Museu da Cerâmica nas Caldas da Rainha abre uma visita guiada a cegos no sábado. Os visitantes vão poder tocar nas réplicas do Zé Povinho e de Maria Paciência graças à iniciativa "O Museu da Cerâmica na Ponta dos Dedos". "Vamos ter em várias salas réplicas de peças de Bordalo [Pinheiro], como o Zé Povinho ou Maria Paciência, que podem ser tocadas por pessoas cegas e um guião em Braille com informações sobre as peças e o próprio palacete onde está instalado o museu", disse fonte do Museu à agência Lusa. Os invisuais vão passar a dispor de visitas tácteis guiadas em que poderão explorar peças originais do museu, entre as quais a lareira forrada a azulejos holandeses do século XVII, uma das atracções do Palacete Visconde de Sacavém, onde o museu se encontra. O projecto foi desenvolvido numa parceria com o Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Instituto Politécnico de Leiria, para trazer novos públicos como visitantes cegos ou com baixa visão que "normalmente são esquecidos", refere a mentora do projecto, Guilhermina Costa.
X Conferência sobre a "Convenção das Nações Unidas
X Universitários adaptam brinquedos 9-12-2010 Alunos de electrónica industrial do Laboratório de Automação e Robótica da Universidade do Minho iniciam, esta quinta-feira, o trabalho de adaptação de brinquedos para oferecer no Natal a crianças com deficiência. Os brinquedos que vão ser adaptados, foram oferecidos por uma empresa e com esta actividade que se realiza pelo sexto ano consecutivo, pretende-se também assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Tal como nos anos anteriores, os brinquedos adaptados, que deverão rondar os 60, serão distribuídos ainda antes do Natal por diversas instituições do Distrito.
X Instituição de apoio a deficientes 6-12-2010 A
Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL) foi distinguida com o prémio "BPI Capacitar", de 250 mil euros, que servirá para rentabilizar as suas unidades produtivas. Há mais de 30 anos que a
instituição contribui para a inclusão social de pessoas com deficiência e outras necessidades especiais.
X ACAPO pede mais apoios Lusa / DN 5 Dezembro 2010 O presidente da ACAPO, Carlos Lopes, reivindicou hoje mais apoios do Estado para aumentar o número de treinadores de cães guia e, assim, reduzir o tempo de espera, que neste momento é de quatro anos.
X Cidades acessíveis para pessoas com deficiência
Ávila, conhecida pelas suas muralhas e igrejas medievais, foi a primeira cidade a receber o novo prémio da UE Access City Award (Prémio "Cidade Acessível") pelo seu empenhamento em tornar-se mais acessível às pessoas com deficiência. Este prémio anual integra-se na estratégia da UE para melhorar os acessos às pessoas com deficiência e garantir os seus direitos em toda a União. O prémio foi lançado com vista a suscitar uma maior sensibilização para as dificuldades com que os deficientes se confrontam nas zonas urbanas e a recompensar as cidades que tenham removido algumas das barreiras à sua mobilidade. Ávila, situada a oeste de Madrid, foi recompensada por ter melhorado a acessibilidade dos seus edifícios públicos no âmbito de um plano urbanístico desenvolvido desde 2002 em colaboração com organizações que representam os deficientes e os idosos. A cidade incentivou igualmente o sector privado a tomar iniciativas análogas e melhorou o acesso dos deficientes às infra-estruturas turísticas e ao mercado de trabalho. Ávila, juntamente com Barcelona (Espanha), Colónia (Alemanha) e Turku (Finlândia) foi uma das quatro cidades finalistas seleccionadas entre as 66 cidades europeias que participaram no concurso. O prémio foi atribuído em Bruxelas no âmbito de uma conferência de dois dias concluída no Dia Europeu das Pessoas com Deficiência (3 de Dezembro). Entre os temas abordados salientam-se o reconhecimento mútuo dos cartões nacionais de deficiência, as oportunidades para estudar e trabalhar no estrangeiro, os regimes de segurança social e o acesso às actividades culturais e de lazer. Melhorar a acessibilidade para as pessoas com deficiência é um dos elementos centrais da Estratégia Europeia em matéria de Deficiência, adoptada em Novembro último para o período de 2010-2020. Entre outras propostas, a estratégia prevê iniciativas para promover o acesso das pessoas com deficiência aos edifícios, aos transportes e outros serviços, bem como às tecnologias da informação e da comunicação. Cerca de 80 milhões das pessoas que vivem na UE são portadoras de uma deficiência mais ou menos grave. Os obstáculos físicos com que se confrontam quando se deslocam, por exemplo, à escola ou ao local de trabalho tornam-nas vulneráveis à exclusão social. A taxa de pobreza das pessoas com deficiência é 70% superior à média devido a um menor acesso ao mercado de trabalho e a baixos níveis de educação. Fonte: Comissão Europeia X Empresas premiadas por integrar deficientes Marta Neves 4 Dezembro 2010 O Governo Civil do Porto vai premiar, a partir do próximo ano, empresas que contratem cidadãos com deficiência. A distinção de natureza simbólica foi anunciada, ontem, sexta-feira, pelo governadora civil, Isabel Santos, no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. O prémio de mérito distrital irá dividir-se em três modalidades: grandes empresas e entidades do sector público empresarial, entidades públicas, como instituições de solidariedade social, e pequenas e médias empresas. A condição essencial para a candidatura é que as empresas tenham integrado, de Janeiro a Outubro de 2011, pessoas com deficiência com contrato a termo. Ontem, sexta-feira, ainda sem a atribuição de galardões, Isabel Santos visitou um grupo de empresas que já se destacam na integração de pessoas com deficiência, como a Filinto Mota (Matosinhos), firma do ramo automóvel que há quatro anos empregou Bruno Luz, 27 anos, com deficiência mental. Em 2006, Bruno conquistou a primeira experiência profissional como "estagiário de lavador". Quatro anos volvidos, passou a trabalhador efectivo, com iguais direitos dos outros funcionários. O administrador da empresa, Mota Santos, fala de uma experiência que o "enche de orgulho". "É o reconhecimento do nosso esforço", frisou. Para a governadora civil "é importante que estas empresas sirvam de exemplo a outras firmas". Ontem, Isabel Santos também visitou a Nucleocar (Matosinhos), e a Fundação Obra do Padre Luís (Gaia), que também integram pessoas com deficiências nos seus quadros. publicado por MJA [5.Dez.10] Deficientes vão ter linha de crédito para adaptar casas HELDER ROBALO 3 Dezembro 2010 Governo apresenta
programa com 133 medidas para melhorar condições de vida de pessoas com deficiência. Associação diz que falta fazer muito
para melhorar acessibilidades publicado por MJA [5.Dez.10] Aprovada Estratégia Nacional para 3 Dezembro O Governo aprovou, na reunião de Conselho de Ministros de 2 de Dezembro, a Estratégia Nacional para a Deficiência 2011-2013 (Endef). O objectivo é promover os direitos das pessoas com deficiências e incapacidades e das suas famílias, nos vários domínios da sua vida. Segundo o
comunicado do Conselho de Ministros, as várias medidas definidas na Estratégia Nacional
para a Deficiência 2011-2013 distribuem-se por cinco eixos estratégicos: “Deficiência e multidiscriminação”; “Justiça e
exercício de direitos”; “Autonomia e qualidade de vida”; “Acessibilidades e design para todos”; e “Modernização
administrativa e sistemas de informação”. publicado por MJA [5.Dez.10] Apresentada a Estratégia
Nacional para a Deficiência
No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, 15 ministérios comprometeram-se com
133 medidas mais inclusivas, a começar pelo projecto que torna a partir de agora o Museu do Azulejo acessível a surdos e
invisuais. publicado por MJA [5.Dez.10] Fenprof alerta para "sério risco" no ensino especial PEDRO SOUSA TAVARES
DN Denúncia de carências "graves" de pessoal e docentes. Ministério desmente. A Federação
Nacional dos Professores (Fenprof) acusou o Governo de estar "a pôr em risco" a educação especial nas escolas públicas, ao
deixar alunos com "problemas muito graves" sem apoio ou com apoio insuficiente devido às medidas de contenção orçamental.
Críticas refutadas pelo Ministério da Educação, que garante que os apoios cresceram este ano e continuarão a aumentar em
2011. publicado por MJA [5.Dez.10] No Dia Internacional da
Pessoa com Deficiência,
publicado por MJA [5.Dez.10] Protocolo para promoção dos direitos 29 Novembro 2020
publicado por MJA [5.Dez.10] Mestrado em Reabilitação na Especialidade
Coordenação: publicado por MJA [26.Nov.10] Vai ser testado tratamento
para uma forma Clara Barata 22.11.2010 O primeiro tratamento com células estaminais embrionárias para uma doença que
pode levar à cegueira recebeu luz verde para ser ensaiado em 12 pessoas que sofrem da distrofia macular de Stargardt. O
anúncio feito pela empresa norte-americana Advanced Cell Technology.
Psicomotricidade na
Objectivos: Destinatários: Local: Descarregue aqui o Folheto informativo.
Estratégia Nacional para a Deficiência 16 Novembro 2010
A proposta para a Estratégia Nacional para a Deficiência - ENDEF - 2011-2013,
reúne um conjunto de medidas de âmbito interministerial, no respeito pelos princípios subjacentes à
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, com destaque para
cinco eixos estruturantes:
Nos próximos dias, a ENDEF 2011-2013 será apresentada e debatida em 4 sessões públicas pela Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação e pela Directora do INR, IP., de acordo com o seguinte calendário:
publicado por MJA [16.Nov.10] 10.º Congresso Nacional de Deficientes
Descarregue aqui as teses: Para mais esclarecimentos consultar/ contactar:
Intervenção precoce já chega a Helena Norte
O objectivo do sistema de intervenção precoce é detectar o mais cedo possível, de preferência antes dos três anos, as crianças que apresentem deficiência física ou mental ou sério risco de desenvolvimento (devido a factores sociais ou familiares, por exemplo), e iniciar rapidamente um plano individualizado de intervenção, explicou ao JN Filomena Pereira, directora do Serviço de Educação Especial do Ministério da Educação. Pela primeira vez, está a ser criada uma rede nacional integrada de serviços interdisciplinares para dar apoio às crianças, com recursos de três ministérios - Educação, Saúde e Trabalho e Solidariedade Social - cujas competências estão claramente definidas. A necessidade de melhorar a coordenação entre as várias entidades que prestam apoio às crianças com necessidades educativas especiais é, aliás, um dos pontos enfatizados num relatório da Agência Europeia para o Desenvolvimento das Necessidades Especiais, divulgado sexta-feira em Lisboa. O estudo, que analisa 26 países europeus, conclui que, na generalidade, todos apresentam melhorias no apoio a crianças com deficiência. A intervenção precoce destina-se às crianças em idade pré-escolar (até aos seis anos) e está centrada na família, ao contrário do que acontece com a educação especial, focada na escola, explica Filomena Pereira. "As famílias devem ter os serviços de que necessitam no momento e no local certo. É o recurso que tem de ir à criança e não a criança que tem de ir ao recurso", acrescenta. Uma das inovações do sistema é a existência de um responsável por cada caso, que faz a ligação entre os serviços e a família. A criação desta figura pretende corrigir um problema que muito penalizava as famílias: a frequente mudança de
interlocutores, de acordo com a responsável do Ministério da Educação. publicado por MJA [13.Nov.10] Abono de Família para crianças e jovens com
O valor da bonificação do abono de família para crianças e jovens portadores
de deficiência é majorado em 20%, se os titulares da bonificação estiverem inseridos em agregados familiares mono-parentais.
publicado por MJA [11.Nov.10] Viagens aéreas para pessoas com
A ANA - Aeroportos de Portugal tem um serviço de assistência a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada, Horta, Santa Maria e Flores, e ainda Funchal e Porto Santo (nestes casos através da ANAM, Aeroportos da Madeira). Através deste serviço, os passageiros poderão usufruir de acompanhamento personalizado no check-in, embarque e desembarque, e não implica a cobrança directa de uma taxa própria. Em comunicado, a Ana garante que os serviço serão gratuitos, sendo os seus custos "diluídos na taxa aplicada a todos os passageiros que embarcam nos aeroportos" portugueses. Na prática, "ao chegar ao aeroporto, o passageiro deverá informar o serviço MyWay através do telefone disponível nos meeting points designados para o efeito e aguardar o assistente", sendo depois "acompanhado até ao seu lugar no avião", com "direito a assistência pessoal e de bagagem, no check-in, nos controlos de segurança, de fronteira e de embarque". No desembarque, o passageiro será "acompanhado desde o seu lugar no avião até ao meeting point existente na área de Chegadas do aeroporto". Este serviço deve ser requisitado à companhia aérea transportadora ou ao agente de viagens no momento da reserva do voo, "até 48 horas da hora publicada da partida do voo". Passageiros cegos: Cães-guia:
Em alguns países, como o Reino Unido e a África do Sul, não é permitido o transporte de animais, nem mesmo os cães guias dos invisuais. Para mais detalhes consulte a página do serviço MyWay no site da ANA - Aeroportos de Portugal. Leia também o Regulamento da União Europeia n.º 1107/2006 5 de Julho, relativo aos direitos das pessoas com deficiência e das pessoas com mobilidade reduzida no transporte aéreo.
publicado por MJA [8.Nov.10] Chip promete devolver visão a pacientes cegos
3 de Nov de 2010 Um paciente finlandês, que começou a ficar cego quando era adolescente, conseguiu, agora, aos 46 anos, voltar a ver letras, graças ao implante de um chip pioneiro. A experiência com Miikka Terho está a entusiasmar os investigadores alemães responsáveis pelo chip. O finlandês, de 46 anos, foi submetido a uma intervenção para colocar um pequeno dispositivo atrás da retina, após o que conseguiu identificar as letras que compõem o seu nome. O chip permite aos doentes detetar objetos com os seus próprios olhos, ao contrário de outras técnicas que usam uma câmara externa. Para já, o chip foi testado em 11 pessoas: algumas não notaram qualquer diferença, mas outras puderam distinguir objetos brilhantes. Terho foi o paciente que mostrou melhores resultados: conseguiu distinguir talheres e uma caneca sobre a uma mesa, um relógio e sete cinzentos diferentes. Também conseguiu movimentar-se numa sala e aproximar-se de outras pessoas. Face a estes resultados promissores, a equipa de investigadores colocou-o perante um conjunto de letras que formavam o seu nome, embora mal escrito - "Mika", o que ele rapidamente reconheceu.publicado por MJA [5.Nov.10]
Dia Europeu das Pessoas com Deficiência 2010 2010-11-03
A conferência deste ano realiza-se nos dias 2 e 3 de Dezembro, em Bruxelas, e intitula-se «Cidadania Europeia: Benefícios reais para as pessoas com deficiência?». publicado por MJA [4.Nov.10] Deficientes têm serviço de mediação 30-10-2010 A Câmara da Póvoa de Lanhoso e o Instituto
Nacional de Reabilitação desencadeiam, no dia 5 de Novembro, às 10 horas, a criação do Serviço de Informação e Mediação para
Pessoas com Deficiência ou Incapacidade. A cerimónia conta com a presença da secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação,
Idália Moniz, está marcada para o Salão Nobre dos Paços do Concelho e constitui mais uma medida integrada no Ano Europeu do
Combate à Pobreza e Exclusão Social. publicado por MJA [2.Nov.10] Deficientes com subsídio e sem abono Helena Norte 2010-10-29 As crianças e jovens portadores de deficiência de famílias com rendimentos mensais superiores a 628 euros também deixam de receber o abono de família já em Novembro. Mantém-se, contudo, o subsídio por deficiência, que não está indexado aos rendimentos. O fim da atribuição do abono de família nos 4.º e 5.º escalões de rendimentos abrange também as crianças e os jovens com deficiência, confirmou o JN junto de fonte do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. O que continuará a ser pago, e nos mesmos moldes, é o subsídio por deficiência, cujo valor é calculado em função da idade e não dos rendimentos da família. A Portaria n.º 1113/2010, que fixa os montantes dos abonos de família a pagar já no próximo mês e que foi quinta-feira publicada em "Diário da República", mantém inalterados os subsídios por deficiência, de funeral, vitalício e por assistência a terceira pessoa. Nas famílias com rendimentos do 1.º escalão, os bebés até aos 12 meses passam a receber, por mês, 140,76 euros e, a partir daí, 35,19 euros. No 2.º escalão, os valores são 116,74 e 29,19 euros, respectivamente, para crianças até aos 12 meses e com mais de um ano. Para o 3.º escalão, os montantes são 92,29 e 26,54 euros. Os montantes do abono de família pré-natal e a majoração do abono para famílias numerosas também são actualizados pela portaria ontem publicada e que entra em vigor segunda-feira. A majoração para famílias monoparentais mantém-se em 20% sobre o valor do abono de família ou do abono pré-natal. A eliminação do abono para os 4.º e 5.º escalões - onde se incluem as famílias que aufiram um rendimento mensal bruto 1,5 superior ao indexante para os apoios sociais (628,83 euros/mês) - deverá afectar mais de 380 mil beneficiários. A decisão foi fixada pelo Decreto-Lei n.º 116/2010, de 22 de Outubro, que também aboliu a majoração de 25% que cerca de um milhão de agregados familiares mais carenciados (1.º e 2º escalões) recebia há dois anos. Os cortes foram decididos pelo Governo no âmbito das medidas de austeridade. publicado por MJA [2.Nov.10] Governo põe Forças Armadas a salvo Catarina Almeida Pereira 29 Outubro
publicado por MJA [2.Nov.10] Җ Um Brinquedo Adaptado pelo A distribuição e oferta gratuita de brinquedos adaptados, foi alargada a uma oferta de um brinquedo por semana a crianças que festejem o seu aniversário nesse período. Até fim de 2009 e durante 2010, o portal AjudasCom em conjunto com os mais recentes parceiros, SetCom (adaptação, produção de manípulos e tecnologias de apoio) e CONCENTRA (oferta de brinquedos, oferece um brinquedo por semana a crianças com deficiência motora severa, com perturbações no desenvolvimento ou com necessidade de intervenção precoce, que celebrem o seu aniversário nessa semana. Esta iniciativa é absolutamente exclusiva deste portal e a única que permite que brinquedos vulgares mas com as devidas adaptações e o respectivo manípulo, cheguem a muitas crianças que dependem desta ajuda para BRINCAR e APRENDER! Esta oferta surge como consequência natural do sucesso alcançado anteriormente, cujas quantidades totais já ultrapassam os 800 brinquedos. Para inscrever uma criança de forma a que possa receber um brinquedo adaptado, deverá enviar um e-mail para AjudasCom com as indicações seguintes: Nome da Criança,
género (masculino ou feminino), idade, nome da mãe, patologia ou principais dificuldades, DATA de ANIVERSÁRIO, morada, contacto directo telefónico. publicado por MJA [24.Out.10] Pessoas deficientes ou Sociedades com deficiência Rui Assis Ferreira 24 Outubro Indica-nos o último censo disponível que existiam em Portugal, em 2001, cerca de 635 000 pessoas com deficiência mental, física ou sensorial, das quais 84 000 no domínio auditivo e 165 000 (praticamente o dobro) no visual. As dificuldades do ouvido e da visão não se restringem, todavia, a estes casos “profundos”: elas atingem também, de forma mais ou menos incapacitante, um largo número de idosos. Ainda em 2001, eram quase dois milhões (1 874 000) os portugueses com mais de 65 anos – os mais atreitos a este tipo de problemas. Os surdos, cegos e amblíopes são, assim, a mais maioritária das minorias que connosco partilham o país. Mas, porventura, as que menos representamos como tal – são os “cidadãos invisíveis” de que alguém já falou. Isto, apesar de, a partir dos anos 70, a comunidade internacional ter adoptado um conjunto de documentos e iniciativas que pretendiam afastar-se da concepção caritativa da deficiência, para a encararem, mais certeira e justamente, como uma verdadeira questão de direitos humanos. Em 1975, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a sua Declaração sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a que se seguiram a escolha de 1976 para Ano Internacional das Pessoas com Deficiência e a consagração ao mesmo objectivo da Década de 1983 a 1992, para se alcançar, já em 2006, o consenso necessário à aprovação da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Paralelamente, a União Europeia fazia inscrever no Tratado de Roma, a partir da revisão introduzida no seu artigo 13º, em 1992, pelo Tratado de Amesterdão, a regra básica inspiradora de todo este trajecto: a recusa da discriminação assente na ideia de deficiência. Exactamente o que a Constituição da República Portuguesa consagra no seu artigo 71º, desde a redacção fundadora de 1976: o reconhecimento aos cidadãos portadores de deficiência física ou mental da plenitude dos direitos e deveres ali consignados, a par da responsabilidade do Estado na salvaguarda da sua integração social. Mas estaremos nós à altura destes propósitos humanistas, nas nossas percepções e práticas sociais? No domínio da comunicação social audiovisual, direi já que não. Apenas em 2003 se introduziram entre nós, em moldes organizados, os instrumentos clássicos da acessibilidade aos conteúdos audiovisuais: a interpretação em língua gestual e a legendagem para surdos. O protocolo então celebrado entre os três principais operadores televisivos, sob a égide do ministro responsável pelo sector, estabeleceu quotas mínimas de disponibilização daquelas ferramentas, numa base semanal, que foram genericamente respeitadas pelos diferentes serviços de programas. Quando, decorridos quatro anos, a actual Lei da Televisão foi publicada, as emissões televisivas da RTP, SIC e TVI superavam claramente esses valores, o que deixava claras expectativas, aos públicos com necessidades especiais, de verem reforçadas as suas garantias de acessibilidade. Por isso, era compreensível que o Plano Plurianual a adoptar pelo Conselho Regulador, nos termos desse diploma, procurasse sedimentar os progressos realizados, acrescentando-lhes as valências entretanto introduzidas pelo legislador. Ora, a verdade é que a ERC, ao regulamentar a matéria (em Abril de 2009), nem sequer subiu os patamares efectivamente praticados com a legendagem e a língua gestual, limitando-se a acrescentar-lhes valores mínimos (1,30h por semana) para a áudio-descrição. E por quê este aditamento? Porque, do ponto de vista formal, ele estava literalmente previsto pela Lei da Televisão; e porque, do ponto de vista substancial, o público destinatário da nova ferramenta – o portador de deficiência visual – tem sido o mais penalizado pelo défice de acessibilidades. Só que a esperança aberta a estas centenas de milhares de Portugueses está, afinal, longe da concretização. O Plano Plurianual foi impugnado contenciosamente e debate-se, neste momento, com uma providência cautelar suspensiva. No decurso desta última, o tribunal afirmou, inclusive, que seria “inequivocamente mais penalizante” para o operador televisivo a recusa da medida de suspensão que, para as pessoas com necessidades especiais, o congelamento das novas medidas de acessibilidade… Por outro lado, a comparação entre os valores apresentados pela RTP, SIC e TVI, em Julho de 2009 (data de início da primeira fase do Plano) e em Setembro de 2010 (mês de referência dos últimos dados disponíveis) revela recuos pontuais na utilização da legendagem e da língua gestual e uma inexplicável descida desta última em todos os serviços de programas. Isto, para não se evocarem aqui outras lacunas na disponibilização destas ferramentas em certos programas particularmente relevantes para a concretização do direito dos cidadãos a serem informados, como deveria ocorrer, pelo menos uma vez por semana, com a interpretação gestual de um dos serviços noticiosos, em horário nocturno, de cada operador. Ou seja, o panorama observável neste preciso momento não só não apresenta verdadeiros progressos como é paradoxalmente mais pobre, nalguns aspectos – mesmo abstraindo da quase ausência de áudio-descrição –, do que aquele que tínhamos alcançado em 2009, à data da adopção do Plano Plurianual. Estamos, pois, perante alguns impasses na protecção de direitos fundamentais, reveladores das insuficiências do país em matéria de coesão, solidariedade e inclusão sociais. E é precisamente esta perspectiva que pretendemos reflectir no título dado ao presente painel: vai chegando o momento de o Estado, a sociedade civil e os agentes económicos assumirem a sua própria deficiência, em lugar de a imputarem aos nossos concidadãos que são apenas...diferentes. publicado por MJA [24.Out.10] Orçamento sobe 7% para a educação especial 21-10-2010
"Há uma clara e manifesta decisão da parte do Ministério da Educação de investir nesta área", garantiu o secretário de Estado Adjunto e da Educação, que hoje, quarta-feira, apresentou os números na comissão parlamentar. Em relação ao ano lectivo anterior, mantém-se o mesmo número de escolas para alunos surdos (20) e de escolas de referência para alunos cegos e de baixa visão (52), mas aumenta o número de alunos tanto num caso como noutro, devido a uma optimização dos recursos, disse Alexandre Ventura. "Quanto às unidades de apoio especializado a alunos com autismo, passamos de 187 a 231 no ano em curso", indicou. Relativamente a unidades de apoio especializado a alunos com multideficiência passaram de 292 para 320. Mantêm-se 74 centros de recursos para a inclusão, bem como o respectivo volume de financiamento destes apoios que existem desde Setembro de 2009 com recurso à experiência de instituições privadas. "Apoiam 13.536 alunos que estão nas escolas públicas com a sua experiência", afirmou o secretário de Estado, explicando que estes técnicos dos centros de recursos para a inclusão se dirigem às escolas da rede pública para apoiar as crianças com necessidades educativas especiais. O secretário de Estado sublinhou também que em termos dos docentes em estabelecimentos públicos alocados a esta área específica passaram de 4779 para 6225, actualmente envolvidos na educação especial. "Em termos de alunos apoiávamos 25.029 e agora apoiamos 33.186 alunos", acrescentou. Alexandre Ventura apontou também um crescimento significativo, indicando que os docentes afectados às unidades especializadas passaram de 686 para 955 este ano. Já o número de educadores destacados para a intervenção precoce mantém-se em 500. De acordo com o secretário de Estado, os técnicos neste domínio, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala, fisioterapeutas, formadores e intérpretes de linguagem gestual portuguesa passaram de 1289 para 1300, enquanto os assistentes operacionais passaram de 700 para 714. Alexandre Ventura reafirmou a aposta do Ministério da Educação neste domínio e lembrou que o Governo encomendou um estudo para acompanhar as medidas no terreno que estará concluído em Dezembro e apresentará recomendações para a melhoria do sistema. publicado por MJA [21.Out.10] Cada deficiente gasta entre 20.10.2010 A secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz, elogiou ontem "como uma importante base de trabalho" o estudo feito na Universidade de Coimbra (UC) que indica que o Estado está longe de cobrir a desigualdade causada pelo impacto dos custos financeiros da presença de uma pessoa com deficiência num agregado familiar. Admitiu, no entanto, que "a situação actual, de grande contenção", não permite "avançar com soluções imediatas" para os problemas detectados. O estudo, que visava avaliar o impacto dos custos financeiros e sociais da deficiência no agregado familiar, foi encomendado pelo próprio Instituto Nacional da Reabilitação ao
Centro de
Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. E permitiu concluir, como ontem foi revelado, que os custos financeiros referidos podem variar entre os 6097 e os 27.301 euros, consoante cada
um dos 10 perfis desenhados pela equipa, correspondentes a vários tipos e graus e combinações de deficiência. publicado por MJA [20.Out.10] Deficiência tem custos para famílias 20-10-10 Carina Fonseca Ter uma pessoa com deficiência ou incapacidade na família implica custos adicionais que oscilam entre os 4.103 e os 25.307 euros por ano, revela o Estudo de Avaliação do Impacto dos Custos Financeiros e Sociais da Deficiência, apresentado, ontem, terça-feira, em Coimbra. "As condições de vulnerabilidade social e económica das pessoas com deficiência são óbvias", concluiu Sílvia Portugal, coordenadora do estudo, realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, a pedido do Instituto Nacional para a Reabilitação. De acordo com a investigadora, a existência de pessoas com deficiência significa "elevadíssimos custos" para as famílias. O modelo para calcular os custos consistiu na identificação de dez perfis, em função dos diferentes tipos de deficiência, com base na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Aquele que supõe um custo efectivo mais elevado - 25.307 euros anuais - é o perfil número dez, alusivo às pessoas com deficiências graves no que respeita à mobilidade e às faculdades de manipulação, e que possuem elevadas necessidades de assistência pessoal. O perfil que tem o custo mais baixo - 4.103 euros por ano - é o número oito. Diz respeito às pessoas que têm dificuldade em deslocar-se, devido a alterações nos membros inferiores, embora não careçam de cadeira de rodas. Estes valores referem-se aos custos efectivos (neles está deduzida a contribuição do Estado) da satisfação das necessidades da pessoa com deficiência, da garantia da sua autonomia e qualidade de vida, não correspondendo ao que as famílias gastam, como vincou Sílvia Portugal, em declarações aos jornalistas. Há quem gaste menos que isso, por falta de condições financeiras; e quem, podendo, gaste mais. Outra conclusão apontada pela investigadora é que "os apoios do Estado ainda são insuficientes, apesar do esforço enorme que foi feito", na área, nos últimos anos. "Pela primeira vez, temos um ponto de partida para que possamos olhar para os diferentes cenários e os diferentes tipos de deficiência e ver quais são os custos associados e que são acrescidos para as famílias com pessoas com deficiência", disse a secretária de Estado Ajunta e da Reabilitação, Idália Moniz, aos jornalistas, à margem da sessão. Sem deixar de observar que a deficiência é uma área sobre a qual "não é muito habitual produzir-se conhecimento", no país. publicado por MJA [20.Out.10]
Primeira aluna surda e cega por RAQUEL TERESO 2010-10-18 Síndrome de Usher retirou a visão a Carolina Canais, que gostava de ser escritora mas que, para já, quer apenas ter uma licenciatura. Carolina Ferreira Canais é a primeira aluna surda e cega a ingressar na universidade. Tem 44 anos e muita vontade de continuar activa, agora que está reformada devido à perda de visão que tem sofrido nos últimos cinco anos. É surda de nascença e escolheu o curso de Língua Gestual Portuguesa da Universidade Católica de Lisboa, o único perfeitamente adaptado e pensado para quem tem deficiência auditiva, pois todas as aulas são dadas em língua gestual.Porém, receber a Carolina exigiu um esforço redobrado por parte da universidade, tanto em recursos humanos e como em financeiros, já que foi preciso contratar dois guias-intérpretes para a acompanhar e traduzir as aulas em língua gestual táctil e converter os manuais em braille. Foi preciso criar aulas presenciais com um tutor, porque o curso funciona maioritariamente através de vídeoconferência. De tal forma que a turma só se encontra ao sábado, de quinze em quinze dias, para oito horas de aulas que cobrem três áreas: ciências da linguagem, ciências da educação e neurociências. O objectivo é formar professores, criando uma oportunidade para os 35 000 surdos portugueses. "Porque eles não têm problemas cognitivos", explica a coordenadora do curso, Ana Mineiro. Só precisam que a comunicação lhes seja adaptada. Durante pouco mais de três anos, será este o desafio de Carolina. Veio em busca de "um novo caminho" porque não gosta de estar "de braços cruzados". Sonha ser escritora, mas nunca tinha pensado voltar à escola, até se ver "encostada". Trabalhava como funcionária administrativa na Indústria Aeronáutica de Portugal, mas há quatro anos a perda de visão levou-a à reforma. "Percebi que o meu pesadelo se ia concretizar." Descobriu que tinha a síndrome de Usher, de tipo I, e que iria ficar cega. Mas não baixou os braços. Queria aprender braille, a usar a bengala, a orientar-se. Tudo o que precisasse para continuar a fazer a sua vida sozinha. E então foi para o Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos, que a princípio não a queria receber por ser surda e não estar completamente cega. "Mas aquela era a melhor escola para cegos de Portugal, e eu batalhei porque não queria entrar noutra." Hoje, a sua cegueira ainda não é total, apesar de estar progressivamente a piorar, e diz-se "solteira e independente". Vai, sem ajuda, ao centro de artes, ao café, às compras ou à natação. Aprendeu a cozinhar pelo olfacto e a tratar da roupa sem a ver. Vive num lar em Lisboa, dactilografa com a ajuda de um teclado de comunicação aumentativa e usa uma lupa para escrever mensagens no telemóvel. "Distingo tudo pelo toque", conta. Os ouvintes comunicam com ela desenhando as letras na palma da sua mão, os surdos por língua gestual apoiada, também nas mãos. Mas para comunicar, utiliza a língua gestual, que é a sua língua natural desde criança. A fala só a aprendeu aos 24 anos, com a ajuda de uma terapeuta. Mas o seu rosto transparece muito mais. A expressão acrescenta significado ao gesto. Como em qualquer língua, na linguagem gestual há regionalismos e calão. Mais ainda, uma "cultura surda" assente nela. publicado por MJA [18.Out.10] ACAPO e AAC mostraram que
Bruno Vicente Campanha nas ruas da cidade expôs as dificuldades que os invisuais enfrentam diariamente na via pública e sensibilizou os cidadãos para a importância de serem solidários. O Dia Mundial da Bengala Branca foi ontem assinalado em Coimbra, através de uma iniciativa conjunta da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e da Associação Académica de Coimbra (AAC), que procurou sensibilizar a população para a forma correcta de ajudar um cego na via pública. «Ajudar um cego é fácil. Basta perguntar se precisa de ajuda, para onde vai, o que quer fazer e dar-lhe o braço, mais nada. Infelizmente a população tem um certo medo de abordar um cego, as pessoas param ou afastam-se. E quando tentam ser simpáticas, são de tal maneira que atrapalham em vez de ajudar, quase que forçam os cegos na sua boa vontade», explicou ao Diário de Coimbra José Carlos, professor na ACAPO. Os transeuntes foram desafiados a vendar os olhos e a realizar pequenas tarefas, como pedir um copo de água num café, comprar qualquer coisa numa loja, sentar-se num banco de
jardim ou atravessar a estrada tendo em conta o sinal sonoro. Autocarros que circulam em espaços também destinados aos peões (como na Baixa), passeios que não são rebaixados, carros mal estacionados e escadas irregulares são alguns dos principais obstáculos para os invisuais. A iniciativa, que incluiu a distribuição de flyers informativos, aconteceu durante a tarde, em locais como a Praça 8 de Maio, a Estação Nova e o centro comercial Dolce Vita. Segundo a coordenadora geral do pelouro de Intervenção Cívica e Ambiente da Direcção Geral da AAC, Patrícia Damas, «as pessoas ficaram sensibilizadas». «No entanto a adesão foi maior por parte dos adolescentes do que dos adultos e dos cidadãos mais velhos», concluiu a estudante. publicado por MJA [16.Out.10] 15 de Outubro, Dia Internacional da
Bengala Branca Cristina Santos FÁTIMA MISSIONÁRIA
Ainda não estão garantidas as condições que permitam às pessoas cegas e amblíopes de «participar em sociedade em condições de plena igualdade», explicou o presidente da ACAPO, Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal. Na educação, formação profissional, acesso ao mercado de trabalho, acessibilidades, acesso à cultura, informação e desporto permanecem muitos obstáculos que o deficiente visual tem de ultrapassar. Educação das crianças«Em primeiro lugar, é importante que as próprias crianças e famílias assumam as suas limitações sem preconceitos, de uma forma realista», considera Carlos Lopes. É importante que definam métodos de estudo e aprendizagem de ferramentas que capacitem as crianças e lhes permitam ter acesso a uma educação de qualidade. «Muitas famílias têm ainda alguma rejeição ao facto de assumirem que os seus próprios filhos têm uma deficiência visual e que a mesma é real e tem que ser encarada e ultrapassada». Retardam a adopção de ferramentas fundamentais como o uso da bengala e o ensino do braille, sistema de leitura táctil, o que acaba por prejudicar o desenvolvimento das crianças. «Há ainda muitos professores e educadores que estão a trabalhar com crianças com deficiências que não têm formação em braille e não têm formação sobre como trabalhar com uma criança cega. Temos que trabalhar muito a esse nível», explica o responsável. É necessário investir no apetrechamento de instituições de ensino. Várias escolas de «referência» não são mais do que «escolas mais bem preparadas para receber alunos com deficiência visual». Muitas não contam com máquinas de braille, nem professores devidamente formados. Acesso ao mercado de trabalho«Há três vezes mais pessoas desempregadas [entre os deficientes visuais] do que na população em geral», revela. As próprias agências de emprego recusam-se a recrutar cegos e amblíopes por este ser um critério previamente colocado pelos seus clientes. «Ainda hoje se olha para a pessoa com deficiência visual muito pela limitação que tem e não tanto pelas capacidades que com certeza também tem», constata o presidente da ACAPO. Contudo, «há inúmeras funções em que a limitação não tem qualquer impacto». Por exemplo, a área do ensino, psicologia, direito, fisioterapia e telecomunicações. Houve um «despertar» entre a população com estas limitações: aventuraram-se em áreas que há duas décadas estavam fechadas aos deficientes visuais. publicado por MJA [15.Out.10] ACAPO inaugura centro de treino em
No dia 15 de Outubro, pelas 16h30, é apresentado na sede da delegação de Viseu da ACAPO um equipamento inovador destinado a pessoas com deficiência visual. O projecto, apoiado pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, através do subprograma Incluir Mais 2010, vai permitir dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela ACAPO no âmbito da estimulação sensorial e no apoio às actividades da vida diária, “numa lógica de proximidade e ajustada à realidade dos utentes” refere Carlos Lopes, presidente da Direcção Nacional da ACAPO. O centro, em tudo semelhante a uma casa de habitação, é composto por sala, cozinha, quarto e casa de banho, e destina-se ao treino de múltiplas tarefas quotidianas que permitam à pessoa com deficiência visual participar activamente no ambiente em que vive. Projectado a pensar na habilitação de todas as pessoas com deficiência visual, e em particular nas que perderam a visão recentemente, no Centro de AVD’s serão exploradas situações referentes à alimentação, higiene pessoal, segurança, actividades domésticas e vestuário. Estas competências serão adquiridas, com apoio especializado, segundo planos individualizados de trabalho, sendo prestado numa fase final uma intervenção ao domicílio do utente, de modo a possibilitar a readaptação aos seus próprios equipamentos. Até ao final do ano, a ACAPO espera inaugurar outros dois centros de AVD’s nas cidades de Coimbra e Lisboa, segundo revela o presidente da Direcção Nacional, Carlos Lopes.
Deficientes mantêm benefícios fiscais Vitor Costa 14/10/10 A proposta preliminar de Orçamento do Estado para 2011 mantém o regime transitório de que beneficiam os contribuintes portadores de deficiência. Na prática, tal como já acontece este ano, estes contribuintes têm o benefício de verem apenas considerados para efeito de imposto 90% do rendimento que recebem, quer seja por via de trabalho dependente, pensões ou trabalho independente. Assim, na prática, um contribuinte que receba um rendimento mensal de 1.000 euros, por exemplo, apenas verá 900 euros serem considerados para efeitos de impostos. Este benefício tem, no entanto, um limite, também à semelhança do que já acontece este ano. Ou seja, a diferença entre o valor efectivamente auferido e aquele que conta para efeito de imposto não pode ultrapassar os 2.500 euros por ano. Apesar de se manter este benefício de que usufruem estes contribuintes, a proposta do Governo prevê um aperto nas deduções que podem ser feitas. Actualmente, estes contribuintes podem deduzir 30% da totalidade das despesas efectuadas com a sua educação e a sua reabilitação ou dos seus dependentes assim como podem deduzir 25% da totalidade dos prémios de seguros de vida ou contribuições pagas a associações mutualistas que garantam exclusivamente os riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice. Mas com a proposta prevista no Orçamento do Estado para 2011, esta última dedução tem ainda uma limitação: não pode ultrapassar os 65 euros, no caso de sujeitos passivos individuais ou 130 euros no caso de contribuintes casados. publicado por MJA [14.Out.10] Lamego acolhe torneio de Goalball 12 Outubro 2010
O goalball éum desporto praticado por duas equipas de três elementos com o máximo de três suplentes. O objectivo do jogo é marcar golos à equipa adversária, através de lançamentos realizados apenas com os membros superiores. A baliza ocupa o comprimento da linha de fundo de campo, com uma altura de 1,30 metros. Todas as linhas do campo são visuais e tácteis. O uso de vendas é obrigatório para que todos os jogadores fiquem em igualdade de circunstâncias. A modalidade que agora regressa à cidade de Lamego constitui um desporto de características únicas, através da utilização de material específico, sendo por esta razão impossível de comparar com qualquer outro desporto convencional. É imprescindível que decorra em silêncio para que os atletas ouçam os guizos emitidos a partir do interior da bola. A realização do 1.º Torneio de Goalball – Cidade de Lamego conta com o apoio, entre outras instituições, da Câmara Municipal de Lamego, da empresa municipal Lamego ConVida – EEM e da Associação Nacional de Desporto para Deficientes Visuais. A final do torneio e o apuramento do 3º e 4º classificados estão marcados para a manhã de domingo. A entrada é gratuita para o público em geral. publicado por MJA [14.Out.10] Google desenvolve aplicativos 12 de outubro de 2010 Poucas pessoas perceberam, mas alguns dos melhores recursos lançados para os smartphones estão relacionados a acessibilidade. Há alguns meses, Austin Seraphin, um usuário de iPhone com deficiência visual, escreveu um artigo sobre como o dispositivo tinha mudado a sua vida. Com isso, desenvolvedores do Android também entraram na onda e passaram a criar aplicativos para ajudar a transformar estes telefones inteligentes em um complemento dos sentidos. Na semana passada, a Google lançou dois novos aplicativos para Android que ajudam os cegos a navegar melhor pelas cidades. Um dos aplicativos, chamado de WalkyTalky, lê em voz alta as indicações do caminho, além de falar os nomes das ruas conforme a pessoa vai passando por elas. Já o Intersection Explorer traz um mapa interativo com a localização atual do usuário. Ao arrastar o dedo sobre a tela, o aplicativo fala em voz alta os nomes dos locais, indicando a orientação e a distância. Desta forma, os deficientes visuais podem aprender a configurar o mapa na sua cabeça e lembrar os caminhos. Para saber mais sobre os dois aplicativos, entre no blog oficial: Eyes-Free Android. publicado por MJA [14.Out.10] Reino Unido quer melhor acesso à 12 de outubro de 2010
O governo do Reino Unido está traçando planos para melhorar sites públicos, modernizar equipamentos de acesso à internet e também oferecer melhor conteúdo online para pessoas com deficiência, fazendo com que elas desfrutem das vantagens que a tecnologia oferece. As medidas foram anunciadas pelo Ministro das Comunicações Ed Vaizey e tem como foco estabelecer uma mudança radical na acessibilidade à internet durante a época dos Jogos Paraolímpicos, que acontecem em 2012. Entre as mudanças estão previstos leitores de tela e conversores de Braille, além de possível disponibilização de e-books para pessoas com deficiência visual. O fórum para discutir sobre as mudanças será composto por mais de 60 especialistas do governo, da indústria e do setor do voluntariado. Uma das primeiras tarefas deste fórum será elaborar um projeto que vai regulamentar as medidas que serão tomadas para garantir que usuários com deficiência tenham acesso a serviços digitais da mesma forma que pessoas que não possuam deficiência. publicado por MJA [14.Out.10] olhos fechados em Coimbra Sandra Ferreira 11 Outubro 2010 De olhos vendados, André Caseiro, oito anos, serpenteia sem medo – e sem dificuldade – por entre as cadeiras espalhadas no Museu da Ciência. O truque? “Muitas vezes fecho os olhos e tento fazer obstáculos em casa”, confessa. É assim que tenta descobrir como é o mundo aos olhos dos pais, ambos invisuais. Ontem, o Museu da Ciência incentivou outros meninos a repetir os gestos que André. Objetivo: desmistificar preconceitos em relação às pessoas com deficiência. O projeto “Ciência em família” desafiou crianças e adultos a vestirem a pele de uma pessoa com deficiência. Andar de olhos vendados, percorrer caminhos repletos de obstáculos em cadeira de rodas ou abotoar um casaco com umas luvas de boxe calçadas foram algumas das propostas. Nada de muito complicado, pelo menos para Maria João Santos, 11 anos, que foi estudando os truques em cada atividade. “Quando se anda de olhos vendados, tem de se ter cuidado para não ficar com a bengala presa nas pernas das mesas e das cadeiras”, conta. Já com a cadeira de rodas, o mais difícil é “virar”, porque “tem de se usar só uma roda”. publicado por MJA [11.Out.10] Cegueira e bullying: Ana Valente
Sabemos que a escola não escapa à propagação e afirmação de modelos. É nesse ambiente, no contato com os outros, que as noções de diferença vão se formando em cada criança. [...] Eis a narrativa do fato: Quando nossa equipe entrou na escola, encontrou imediatamente um aluno deficiente visual total — aluno este que era o motivo para estarmos lá — sentado em uma espécie de mureta, sozinho, enquanto que no pátio da escola, próximo dali, acontecia um show de capoeira com participação dos demais alunos. Todos estavam bastante entusiasmados com a apresentação, assim como os estudantes que desejavam entrar na roda para ensaiar alguns movimentos, orientados pelo mestre de capoeira. Recebidas que fomos pela pedagoga e coordenadora da escola, entramos na sala para conversar sobre o aluno. Meu primeiro movimento foi questionar o motivo pelo qual ele não participava, assim como os demais, da roda de capoeira. Para meu total espanto, a justificativa era a cegueira do educando e a crença de que um aluno cego é alheio a alguns acontecimentos externos, ou mesmo que, em se tratando de atividades físicas ou jogo corporal, ele não está apto a participar. Obviamente a participação dele se dará de maneira diferente da dos demais, porém não será pior ou mesmo impossível. A escola, então, acreditava que ele não poderia participar, já que a capoeira exigia uma certa destreza corporal maior e mais dinamismo na locomoção. Ainda assim, perguntei se, por acaso, outro aluno ou mesmo o professor de Educação Física não poderiam ser facilitadores para o aluno no sentido de inseri-lo no grupo que assistia e até mesmo na roda, mediante a descrição espacial e a “montagem” corporal do movimento, sem contar com o efeito elucidativo e inclusivo que a linguagem poderia ter neste momento, descrevendo o ambiente e orientando o aluno espacialmente. Novamente, a resposta foi negativa. Pior ainda: tratava-se de uma prática comum nos momentos em que os alunos mantinham atividades fora de sala de aula. Não foi difícil perceber que a cegueira havia transformado este aluno, do ponto de vista da escola, em alguém inapto e que o preço seria o distanciamento das brincadeiras de criança e da inserção na escola e na vida social. Essa atitude denota justamente o tipo de movimento pelo qual as pessoas que trabalham em prol da inclusão vêm lutando: inclusão escolar também é inclusão social. É interessante notar também que colocar o aluno cego à parte constitui uma forma de bullying, termo em expansão hoje em dia, porém atribuído somente às relações discentes. Podemos imaginar que o bullying só pode ser caracterizado como tal se houver intencionalidade, relações entre crianças e jovens e dano físico à vítima. Porém, esse tipo de assédio guarda uma característica muito mais devastadora, que são os prejuízos psicológicos no desenvolvimento da autoimagem da vítima. Dentre as características do bullying, estão depreciar a vítima sem qualquer motivo e/ou provocar seu isolamento social. Mas e quando o bullying é praticado (mesmo que sem total consciência) por atitudes advindas da equipe que forma o corpo escolar? Vamos fazer um esforço de abstração e tentar imaginar como um aluno (a exemplo daquele que citei) que vem sendo excluído de algumas atividades dentro da escola em razão de sua cegueira, vai construir seu entendimento sobre o que seja ser cego? Uma vez percebendo a cegueira como elemento de diferença negativa, como será construída a autoimagem do indivíduo? E mais: o que ensinamos aos demais alunos a partir da história que narrei? Prezados, o processo de inclusão é mais do que a admissão de um aluno especial em sala de aula. O processo de inclusão está no entendimento de que a cegueira não é fator limitante e de que o cego é um indivíduo de potencialidades. Que nos fique como alerta: a recusa e/ou dificuldade em buscar as potencialidades de alguém pode indicar, muitas vezes, que devemos problematizar o processo de entendimento. Fonte: blog Cegueira publicado por MJA [11.Out.10] Fundação Champalimaud estabelece parceria 6-10-2010 Eduarda Ferreira
Chama-se C-Tracer 2 (Centro de Investigação Tranlacional na Visão) e a sua função será a de fazer pesquisa sobre problemas da visão. A Fundação Champalimaud já tem um destes centros a funcionar na Índia, apoiando a investigação feita no Prasad Institute. Agora, o contrato de parceria é estabelecido com a AIBILI, organização privada sem fins lucrativos e que decorrre por sua vez de uma parceria entre a indústria e a universidade. Os objectivos são o desenvolvimento de novas tecnologias para a medicina, nas áreas da luz, imagem, óptica e farmacologia. Deste centro especializado com reconhecimento científico de âmbito internacional, já saíram inovações como um produto que permite prever
o surgimento do edema macular em doentes com diabetes.
Programadores cegos criam aplicação grátis João Pedro Pereira
O problema, explicou James Teh, um dos programadores, é que os programas deste género têm de ser comprados, fazendo com que uma pessoa invisual tenha de gastar mais dinheiro do que as restantes para usar um computador (os sistemas
operativos mais populares, porém, já têm integradas funcionalidades para serem usados por pessoas com necessidades especiais de acessibilidade e há alguns outros leitores de ecrã gratuitos). publicado por MJA [10.Out.10] Design inclusivo para deficientes visuais Elisa Quartim 7 Outubro 2010 O design tem a função de suprir as necessidades das pessoas, porém acabam nivelando essas pessoas pela média, todos com boa saúde e sem nenhuma dificuldade de comunicação. As pessoas que saem da estatística acabam sendo prejudicadas e se
sentindo fora desse grupo e acabam ficando dependentes de outras pessoas que estão na media estudada.
As pessoas de baixa visão ou com algum tipo de deficiência visual, faz parte desse grupo que não é considerado na hora do desenvolvimento das embalagens. Os textos com os ingredientes em letras minúsculas podem fazer com que uma pessoa com esse tipo de dificuldade de leitura consuma o produto e corra o risco de ter alguma reação alérgica. No caso dos remédios a Anvisa determina a obrigatoriedade do nome do remédio em braile nas caixas, além da inclusão de informações sobre conservação e prazo de validade do produto após a abertura. O objetivo da medida é tornar os rótulos de medicamentos mais claros e úteis à sociedade. Mas no caso de outros produtos de consumo poucos fabricantes se preocupam em colocar as informações em Braile. No caso dos cartuchos de papel não há motivo para isso acontecer pois a tecnologia hoje para a impressão em braile está acessível e pode ser aplicado a curto prazo. Um exemplo completo nesse sentido é o um projeto conceitual da designer Andrea Zeman de embalagens de temperos. Ela conseguiu através de efeitos táteis, como formas e texturas, uma diferenciação de produto para os deficientes visuais, além do texto em braile. Já os cartuchos das embalagens da Taeq, além de usarem o papel reciclado obtido nas lojas da rede Pão de Açúcar (leia sobre a logística reversa), é uma das poucas empresas que coloca o texto em braile em suas embalagens de papel.
publicado por MJA [7.Out.10] Nokia cria um Smartphone com Rafael Alves / HypeScience 6 Outubro 2010 Os deficientes visuais estão sendo inseridos no contexto da inclusão digital. Uma empresa, a Nokia, inaugurou um projeto que está desenvolvendo um esforço nesse sentido: um Smartphone tátil, que pretende dar uma sensação de toque diferente a cada ícone. Com isso, a expressão “consigo usar esse aparelho até de olhos fechados” será uma realidade facilmente alcançável. Embora ainda não haja previsão sobre quando esta novidade estará disponível no mercado, a empresa já apresentou um protótipo. É uma espécie de touchscreen em estado avançado, onde se pode sentir a textura daquilo que está na tela. A tecnologia é baseada em um efeito chamado eletro-vibração, no qual os receptores táteis da pele podem ser “enganados” na percepção. Quando você deslizar a ponta do dedo através de uma “camada de isolamento”, instalada acima de uma superfície de metal, um sistema de tensão elétrica alternada entre os pontos de toque vai lhe fornecer a sensação de relevo. Quanto maior a freqüência dessa tensão alternada, mais sublime e preciso é o sentido de textura na tela. O efeito em si, na realidade, não chega a ser uma descoberta inédita. Segundo o
desenvolvedor do projeto, Piers Andrew, é conhecido desde os anos 50. Só agora, no entanto, está sendo posto em prática em um equipamento virtual do século XXI. O mecanismo funciona devido a uma atração
eletrostática, causada pela variação entre a camada metálica, superficial, e mais profunda, que se assemelha às atuais de LCD (Liquid Crystal Display), também preenchida com um fluido líquido, mas
diferencia-se pelo efeito.
A tecnologia é baseada no movimento do toque. Assim, você só vai sentir a textura quando mover o dedo pela superfície, e como o protótipo pode gerar apenas uma freqüência por vez, apenas uma textura em tela pode ser sentida em cada instante. O relevo na tela, portanto, só aparece no local por onde o dedo está passando. Mas é claro que os cientistas já estão pensando, como explica o desenvolvedor, em uma forma de proporcionar a multi-recepção. E, considerando que outras empresas além da Nokia estão correndo atrás de um produto que reúna estas qualidades, o tempo que essa novidade vai demorar a chegar ao mercado pode ser menor do que imaginamos. [New Scientist] publicado por MJA [7.Out.10] Como o iPhone mudou a vida de um deficiente visual Bianca Hayashi 24-09-2010 O deficiente visual Austin Seraphin, do blog Behind the Curtain, contou em um post como o smartphone da Apple ajudou-o a “enxergar” novamente. Austin é cego e consegue ver somente algumas poucas luzes e cores, embaçadas. Em junho, ele comprou um iPhone e disse que sua vida mudou para sempre. “Considero ser a melhor coisa que aconteceu aos cegos em muito tempo”, disse em seu blog. “Fui até uma loja da AT&T com a minha mãe. Pareceu o fechamento de um ciclo, já que eu tinha ido a uma Apple Store há anos para comprar o meu Apple II/E. Para o meu contentamento, o vendedor sabia sobre o VoiceOver e como ativá-lo, embora não soubesse como usar. Felizmente, eu tinha lido sobre isso antes de ir (à loja). […] Muitas resenhas e pessoas disseram ter passado pelo menos de meia a uma hora antes de fazer algum julgamento ao usar a interface sensível ao toque com voz. Já esperava uma estranha e dura jornada, especialmente ao usar o teclado. Para a minha surpresa, eu entendi imediatamente. Em 30 segundos, chequei a previsão do tempo. Depois, li alguns preços de bolsas de ações. […] Continuei fazendo perguntas (ao vendedor), assim como a minha mãe. “Ele pode receber mensagens de texto (no aparelho)?”, ela perguntou. “Bem, sim, mas ele não lê a mensagem”, disse o vendedor. As esperanças da minha mãe foram para o poço, mas as minhas não, já que eu tinha entendido bastante do software. “Vamos tentar”, sugeri. Ela pegou o telefone dela e me mandou uma mensagem. Em segundos, o meu telefone tocou um alerta e disse o nome dela. Rolei meus dedos e o iPhone leu a mensagem dela: Oi, Austin. Ela quase chorou. “Deixe para a Apple”, eu disse. “Foi quase tão emocionante do que quando eu fui até uma Apple Store pela primeira vez, mas talvez mais, porque nós sabíamos o que isso poderia fazer”. […] A possibilidade de tocar em qualquer lugar na tela e ouvir onde tocou adiciona uma nova dimensão. Pela primeira vez, os deficientes visuais podem ter informações espaciais de qualquer coisa. Na loja, minha mãe dizia “tente este botão” e eu fazia. Quantas vezes uma pessoa que podia enxergar disse “eu vejo um ícone no topo da tela”. Agora isso significa alguma coisa de verdade. […] Baixei um aplicativo chamado Color Identifier. Ele usa a câmera do iPhone e diz o nome das cores. […] Alguns deles eram surreais, como Laranja Atômico, Cósmico, Verde Hippie, Ópio e Preto-branco. […] No dia seguinte, fui para fora de casa. Olhei para o céu. Ouvi cores como “Horizonte”, “Espaço Sideral” e muitons tons de azul e cinza. Usei umas marcações para achar a minha plantação de abóboras, procurando pelo verde entre o marrom e as pedras. Passei 10 minutos olhando para as minhas plantas, com suas folhas verdes. Fui para o quintal e vi uma flor azul. Encontrei um depósito marrom e voltei para a casa cinza. Minha mente estava em êxtase. Observei o sol se pôr, ouvindo as cores mudarem enquanto o céu escurecia. Na noite seguinte, conversei com a minha mãe sobre como o céu estava azul naquela noite. Como posso ver luzes e cores, a experiência de saber o nome das cores ajudam na minha percepção e aumentam a experiência visual.” publicado por MJA [24.Set.10] Congresso Comunicar 2010 4 a 5 de Novembro de 2010, Lisboa Instituto Superior Técnico
Pode fazer a sua inscrição online! publicado por MJA [24.Set.10] Estágios remunerados para pessoas com deficiência 20/09/2010 Encontra-se aberto até 15 de Outubro o período de candidaturas para a 9ª edição do Programa de Estágios Remunerados do Parlamento Europeu, destinado a pessoas portadoras de deficiência. A iniciativa tem como objectivo promover a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres portadores de deficiência e facilitar a integração dessas pessoas no mercado de trabalho. Os candidatos a este programa devem:
publicado por MJA [20.Set.10] Dia da Retina em Faro e Portimão com acções de
A abertura das comemorações do Dia da Retina, dia 29 de Setembro, será marcada pela recepção aos sócios da ARP, residentes no Distrito de Faro, e seus familiares e pela inauguração, nesse mesmo dia, às 17:00 horas, na Biblioteca Municipal de Faro, de uma Exposição de Arte com pinturas e objectos criados pelos seus associados. Neste âmbito, serão ainda promovidos ateliers de arte para crianças com idades compreendidas entre os 4 e 9 anos do Colégio João de Deus, na Ecoteca da Biblioteca Municipal de Faro, nos dias 29 e 30 de Setembro, conduzida por uma das suas jovens associadas, para sensibilizar e promover a compreensão para a temática da Baixa Visão na camada mais jovem através de jogos, brincadeiras e pintura com o simulador de campo visual tubular, que culminará com rastreios visuais infantis e que constituem um projecto-piloto, desta instituição, nesta faixa etária. publicado por MJA [19.Set.10] Crédito à habitação: Provedoria alerta PATRÍCIA JESUS 17 Setembro 2010
O que está em causa, explica Miguel Coelho, responsável pela área dos assuntos judiciários na Provedoria, é o facto de a bonificação a que as pessoas com deficiência ou risco de saúde (por causa de doenças crónicas) têm direito quando fazem um crédito ser completamente "desvirtuada" por terem de pagar seguros de vida agravados por essa mesma incapacidade. Isto quando encontram uma companhia que lhes faça um seguro de vida, já que alguns nem isso conseguem e por isso não têm acesso a crédito para comprar casa, sublinha Miguel Coelho. Desde 1994 houve, pelo menos, 20 queixas de particulares na Provedoria da Justiça. A estas somam--se os pedidos de associações de deficientes e de entidades sindicais (como a CGTP), indica. Reclamações que levaram o provedor a sugerir ao Governo que desse orientações à Caixa Geral de Depósitos, cujo principal accionista é o Estado, para que as seguradores do grupo "não recusassem a celebração de contratos de seguro de vida associados a créditos à habitação nem agravassem os respectivos prémios" por causa de deficiências. Mas recebeu como resposta que a legislação existente já assegura os direitos dos deficientes. No entanto, e porque a Provedoria continua a receber reclamações, o provedor Alfredo José de Sousa vem alertar novamente para esta discriminação. E pedir às pessoas afectadas para apresentarem queixas ao Instituto Nacional de Reabilitação. Outra opção é que se crie um fundo que sirva para assegurar estes seguros. Uma sugestão que por razões económicas não foi acatada, conclui o responsável "Temos queixas em que esse agravamento é de 1000% e o queixoso paga mais de seguro do que de prestação da casa", indica a jurista Ana Sofia Ferreira, da Deco. Também a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor defende a criação de um sistema alternativo para segurar as pessoas cuja avaliação de risco resulta num prémio incomportável ou na recusa de fazer seguro - embora aproveite para lembrar que esta recusa é uma discriminação. Nos últimos quatro anos, a Deco mediou 11 processos deste tipo, recebeu mais 28 reclamações e cerca de 70 pedidos de informação. No caso de Bruno, depois de se queixar à Deco e de se ter iniciado o processo de mediação, a seguradora aceitou reduzir o agravamento da apólice para 300% e reembolsar os valores pagos desde a entrada da queixa. Mas não recebeu os 4000 euros pagos anteriormente. Anabela, de 56 anos, passou pela mesma situação. Com 65% de incapacidade depois de ser operada a um cancro na mama, viu a seguradora apresentar-lhe uma conta de cerca de 200 euros mensais. Com mais 80 do marido, o valor ficava muito perto da prestação da casa, que rondava os 300 euros. "Não pensei em discriminação, mas achei injusto e pensámos em desistir", conta. Depois, descobriram que havia a possibilidade de segurar apenas o marido - responsável pela maior fatia de rendimento do casal. Apresentaram a hipótese ao banco, que aceitou. A única forma que encontraram de contornar aquela "injustiça". publicado por MJA [19.Set.10] ONG americana narra revista Playboy 14-09-2010 A ONG americana Taping for The Blind (algo como
“ditando para cegos”) dedica-se a uma atividade de utilidade
pública: narrar revistas, jornais e demais publicações para
deficientes visuais através de programas de rádio ou na
internet, com suporte de cerca de 200 voluntários. O
inusitado é que a revista masculina Playboy entrou no rol das publicações “contadas”
aos deficientes.
A Igreja Católica anunciou hoje, em Fátima, a criação do Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência, iniciativa que pretende fomentar o acolhimento desta minoria nos espaços religiosos. O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, Carlos Azevedo, explicou que se trata de um “serviço novo que não existia na Conferência Episcopal Portuguesa”, ao contrário de outras congéneres na Europa. “Tem como objetivo ver como é que a Igreja e como é que as comunidades cristãs podem acolher as pessoas com deficiência e ajudar as suas famílias”, adiantou o prelado. Questionado se os deficientes são esquecidos nas comunidades cristãs, Carlos Azevedo declarou que “não é só esquecidos”, mas “muitas vezes há dificuldade em integrá-los e acolhê-los, sobretudo quando vão a uma celebração fazem barulho, têm reações que não são habituais”. “As comunidades sentem que há ali quase uma pessoa que vem perturbar o ambiente”, admitiu o bispo auxiliar de Lisboa, acrescentando que gostaria que “houvesse cada vez mais uma capacidade de acolhimento” para que estas pessoas pudessem mesmo fazer “um itinerário de crescimento cristão, com a adaptação que é inerente para que se sintam como membros de uma comunidade”.À pergunta se faz sentido falar de acolhimento e participação de pessoas deficientes nas celebrações religiosas quando muitos dos espaços litúrgicos não têm acessibilidades, Carlos Azevedo reconheceu que a Igreja e a sociedade não estavam sensíveis a esta questão. “Os espaços públicos em geral, os que são
construídos de novo, as igrejas que são
construídas de novo, são já adaptadas”, apontou,
defendendo que “as outras têm que sofrer
adaptações”, embora “às vezes não é fácil”. publicado por MJA [19.Set.10] Rui Cardoso Martins vence Grande Prémio 13 de Setembro de 2010 «Deixem Passar o Homem Invísivel», editado no ano passado pela Dom Quixote em Junho, «conta-nos a história de um homem, cego desde os oito anos, advogado, que, durante uma grande enxurrada em Lisboa, cai numa caixa de esgoto aberta, situada junto da Igreja de São Sebastião da Pedreira. Na mesma altura, um escuteiro que regressava de uma actividade na mesma Igreja é também arrastado para o mesmo esgoto. É a viagem de ambos, através de uma Lisboa subterrânea, enquanto cá fora são tomadas todas as medidas para os salvarem, que o autor nos conta. Mas é também a entreajuda e a cumplicidade entre o cego e criança que sobressaem neste romance». Rui Cardoso Martins, com «Deixem Passar o Homem Invisível», editado pela Dom Quixote, foi o grande vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE). Concorriam ao prémio 83 obras. O júri, constituído por José Correia Tavares, Eugénio Lisboa, Luís Mourão, Luísa Mellid-Franco, Pedro Mexia e Serafina Martins, deliberou por maioria a atribuição do galardão ao livro de Rui Cardoso Martins, escritor (o seu primeiro romance, «E Se Eu Gostasse Muito de Morrer», foi publicado em Espanha e na Hungria), jornalista (vencedor de dois prémios Gazeta de Jornalismo), argumentista (no cinema, autor do guião de «Zona J» e co-autor da longa metragem «Duas Mulheres») e fundador das Produções Fictícias (co-criador e autor de «Contra-Informação» e «Herman Enciclopédia», entre outros programas). publicado por MJA [19.Set.10] Nova frota da Carris tem Internet e 6 de Setembro 2010
José Manuel Silva Rodrigues, presidente da Carris, apresentou à agência Lusa
o novo autocarro, equipado com "sistema wi-fi grátis da TMN", como uma
referência "técnica inovadora", que permite ao utente, através de "computador ou
telemóvel", durante o percurso que está a efetuar, viajar via Internet por
"qualquer parte do mundo". publicado por MJA [7.Set.10] A falta de rigor científico no Decreto-Lei 3/2008" Andreia Lobo 9 Agosto 10 Luís de Miranda Correia é um dos investigadores mais críticos das políticas ministeriais para a Educação Especial, em Portugal. Recentemente desenvolveu um estudo que mostra as "limitações e confusões" inerentes à legislação nesta matéria. Reconhece
que é uma voz incómoda aos ouvidos dos responsáveis políticos pela Educação em
Portugal. Não se constrange em classificar a ex-ministra da titular desta pasta,
Maria de Lourdes Rodrigues, como "um dos piores ministros da Educação do pós-25
de Abril", pela forma como actuou em matéria de Educação Especial. Tem assistido
a muitas "incongruências" políticas no que toca às necessidades educativas
especiais (NEE). E não se cansa de as denunciar.
publicado por MJA [7.Set.10] Chegou a hora de acabar com o braile? Frederic K. Schroeder Revista Super Interessante - edição de Agosto -
Essas novidades conquistaram o espaço. E, confiando nelas, os cegos estão deixando de ler. Estão apenas ouvindo. Há deficientes visuais que já aderiram completamente à tecnologia. Alguns professores de escolas para cegos também não veem mais espaço para o braile. Tanto que quase 90% das crianças cegas americanas estão crescendo sem aprender a ler e escrever. Isso é um sinal de progresso? Devemos celebrar o declínio do braile? É verdade, a tecnologia permite a absorção rápida de muita informação. O problema é que essas novas ferramentas oferecem um tipo passivo de leitura. Ao contrário do braile, que permite uma leitura ativa. Com ele, o cérebro recebe as informações de forma diferente: além do conteúdo, absorve também as letras, a pontuação, a estrutura do texto. A falta desse conhecimento pode prejudicar a formação de alguém. Aconteceu comigo. Perdi parte da visão aos 7 anos de idade. Aos 16, fiquei completamente cego. Não fui alfabetizado em braile quando criança, e tive de aprender a ler e escrever sozinho depois de cego. O aprendizado tardio prejudicou minha educação e minha confiança. Quando entrei na universidade, não podia soletrar. Sabia pouco sobre pontuação e regras gramaticais. Fiz um doutorado em administração da educação, mas a alfabetização limitada foi sempre uma barreira. Hoje uso muita tecnologia de áudio. Com ela, posso ler o texto no computador em um ritmo de 250 palavras por minuto. Com o braile, leio 50 palavras por minuto. Mas a tecnologia é complicada para reuniões e palestras. Se preciso ler um discurso que escrevi, buscar notas no meio de uma apresentação, consultar tabelas, só o braile evita que eu desvie a atenção do conteúdo principal. É como para as pessoas que têm visão: rádio e TV são métodos úteis de conseguir informação, mas não substituem a leitura. Não quero dizer que a tecnologia de áudio não é importante na vida dos cegos. Ela é. Mas deficientes visuais necessitam de uma maneira eficiente de ler e escrever, como todo mundo. Isso significa que precisamos garantir o acesso a todo tipo de tecnologia que apareça e seja capaz de auxiliar. Sem esquecer também de trabalhar para manter o braile vivo. Fonte: SACI publicado por MJA [7.Set.10] Decálogo para cuidar
publicado por MJA [9.Ag.10] Ciência desvenda sensibilidade olfativa dos cegos Luciana Christante 23 de Julho de 2010
Segundo os autores, a diferença é que os cegos prestam mais atenção aos odores presentes no ambiente do que as outras pessoas. A pesquisa avaliou a capacidade olfativa de 25 voluntários, dos quais 11 eram cegos desde o nascimento. A primeira bateria de testes foi realizada com um olfatómetro para detectar o limiar de sensibilidade olfativa, isto é, a menor concentração do odor no ar que os participantes são capazes de reconhecer. Os resultados mostraram que não houve discrepância entre resultados obtidos nos testes com cegos e pessoas sem problemas de visão. A diferença entre os dois grupos apareceu na segunda etapa do experimento, quando os pesquisadores usaram técnicas de imageamento cerebral para identificar quais áreas do cérebro eram activadas em resposta à exposição aos odores. Observou-se maior atividade no córtex olfatório dos deficientes, mas, paradoxalmente, também o córtex visual destes se mostrou activo. Para o coordenador do estudo, Maurice Ptito, os dados indicam que a área visual do cérebro dos cegos passou por uma reorganização, o que talvez favoreça a atenção que eles dedicam aos estímulos olfativos, coisa que as pessoas que não têm problemas de visão, distraídas por outras sensações, não fazem. publicado por MJA [1.Ag.2010] Nova técnica evita perda da visão após 21/07/2010
Investigadores da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) descobriram que uma substância chamada óleo de silicone pode proteger a visão dos pacientes submetidos à terapia de radiação para melanoma ocular. Segundo o site de notícias científicas "Science Daily", o periódico The American Medical Association's Archive of Ophthalmology publicou os resultados do estudo em sua edição de julho. "A perda da visão é um efeito colateral devastador ainda comum na terapia de radiação", declarou Tara McCannel, professora assistente de oftalmologia e diretora do Centro de Oncologia Oftalmológica da UCLA no Instituto Jules Stein Eye. "Até pouco tempo atrás, os médicos focavam em matar o tumor e consideravam a perda de visão um problema secundário. Nossos resultados sugerem que o óleo de silicone é uma ferramenta segura para proteger a visão do paciente durante a radiação." O melanoma ocular se forma nas camadas pigmentadas sob a retina e é o câncer ocular mais comum entre os adultos. O Instituto Nacional do Olho registra cerca de 2.000 novos casos diagnosticados de câncer, cerca de sete em um milhão de pessoas, a cada ano. As causas permanecem desconhecidas. Para tratar o melanoma ocular, cirurgiões costuram uma placa de ouro com sementes radioativas no branco do olho e removem-na alguns dias depois. Embora a radiação mate as células cancerígenas, ela causa prejuízos irreversíveis nas fibras do nervo óptico e da mácula, a parte da retina responsável pela visão central. A radiação que danifica a mácula fragiliza os vasos sanguíneos que alimentam o olho, causando sangramentos e eliminando a circulação. Mesmo quando a radiação destrói o tumor com sucesso, as estruturas dos olhos permanecem extremamente frágeis e propensas à atrofia, o que pode levar à perda da visão. "Se os pacientes sobreviverem ao câncer, mais de metade irá perder a visão no olho tratado de seis meses a três anos mais tarde", disse McCannel, que também é membro do Centro de Câncer Jonsson Comprehensive da UCLA. O risco de cegueira aumenta ao longo do tempo. A técnica do UCLA ocorre imediatamente antes do olho do paciente ser exposto à radiação. Primeiro, os pacientes são submetidos a um exame para medir a visão da linha de base antes do tratamento. Em seguida, McCannel remove o gel vítreo, que suporta o formato interior do olho. Ela substitui o gel com óleo de silicone, uma substância aprovada pelo FDA (órgão que fiscaliza alimentos e medicamentos nos EUA similar à Anvisa), muitas vezes usada para manter a retina no lugar durante a cirurgia para o reparo do descolamento da retina. Após a remoção da placa de radiação no olho tratado, ela remove o óleo com uma solução salina, que eventualmente é substituída por fluidos naturais do paciente. "Nós descobrimos que o óleo de silicone absorve quase 50% da radiação", disse ela. "A substância age como um escudo físico, reduzindo a quantidade de raios radioativos que atingem as costas e os lados do olho. Esperamos que a capacidade do óleo para bloquear a radiação resulte em melhor visão para os pacientes." O óleo já é amplamente utilizado em cirurgias de retina, não interfere no tratamento do tumor e sua transparência permite que o cirurgião e o paciente vejam através dele. A equipe do UCLA usou três abordagens para demonstrar que o óleo de silicone absorve 50% dos raios de radiação. Embora sejam necessárias mais investigação a longo prazo, o acompanhamento dos pacientes de McCannel mostrou que a visão de cada um retornou aos níveis de base, sem interferir na resposta dos tumores à radioterapia. publicado por MJA [1.Ag.2010] Beber vinho tinto pode ser bom para visão 25/06/2010
O composto, conhecido como resveratrol, é eficaz porque impede que os vasos sanguíneos sejam danificados. A equipe acredita que a substância -que já foi associada ao antienvelhecimento e à proteção contra o câncer- funciona, pois protege contra a angiogênese anormal, a formação de vasos sanguíneos danificados. Esta característica pode ser associada ao câncer, doenças cardíacas e doenças oculares, como a degeneração macular (da retina, onde se forma a imagem), relacionada à idade. O autor da pesquisa, Rajendra Apte, afirmou que o estudo deve causar um "impacto substancial' sobre a compreensão de como o resveratrol funciona. Ele informou que é capaz de demonstrar que o resveratrol, um composto que ocorre naturalmente, pode inibir diretamente o desenvolvimento de vasos sanguíneos anormais, tanto dentro como fora do olho, e que a descoberta pode levar a novos tratamentos. O composto natural é produzido em uma variedade de plantas para evitar infecções bacterianas. Pode ser encontrado em níveis altos na casca da uva (e, consequentemente, no vinho tinto), e em níveis mais baixos de blueberries, amendoim e outras plantas. Vários estudos já demonstraram que o resveratrol pode diminuir os efeitos do envelhecimento e agir como um agente anticâncer. O vinho tinto também é conhecido por apresentar diversos benefícios à saúde. O consumo moderado é associado a uma reduzida incidência de doenças cardiovasculares, o chamado paradoxo francês. Apesar da dieta rica em manteiga, queijo e outras gorduras saturadas, os franceses têm uma incidência relativamente baixa de doenças cardiovasculares, que alguns atribuem ao consumo regular de vinho tinto Fonte: folha.com publicado por MJA [1.Ag.2010] Fenprof propõe a
revisão Alexandra Inácio 28-07-2010
Sobre a Educação Especial, a Fenprof leva propostas a Alexandre Ventura. Além do alargamento dos lugares de quadro do grupo desse recrutamento, a federação também defende a criação de quadros inter-agrupamentos, para que os docentes possam dar “respostas a situações permanentes do sistema, ainda que transitórias para as escolas”. As escolas de referência e unidades especializadas devem ser “transformadas em centros de recursos”, funcionando como “sede de equipas móveis/itinerantes” de docentes especializados e com recursos – lê-se na proposta que a Fenprof vai entregar e a que o JN teve acesso. Assim como o número máximo de alunos por turma, que tenha dois alunos com necessidades educativas especiais (NEE), deve ser reduzido dos actuais 20 para 17. As equipas multidisciplinares voltam a ser defendidas como essenciais nas escolas, até porque, sugere a Fenprof, devem ser esses técnicos a reavaliar os milhares de alunos excluídos das NEE, pela aplicação da CIF (classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde). A inclusão da Educação Especial nos currículos de base dos docentes, que não existe na maioria dos cursos superiores de Educação, também faz parte da proposta. Aliás, sublinha o líder da Fenprof, a colocação de docentes sem especialização nos lugares de Educação Especial é das queixas mais ouvidas pelo sindicato. A federação insiste, ainda, na criação do departamento curricular, destacando a “valorização” que representaria para os docentes serem avaliados por colegas da mesma área e não, por exemplo, por professores de Música ou Desenho, pelo facto de a Educação Especial estar incluída no grupo das Expressões. publicado por MJA [28.Jul.10] Governo atribui 2,5 milhões para 26-07-2010 O Governo anuncia, esta segunda-feira, a atribuição de
2,5 milhões de euros a organizações não-governamentais
para desenvolverem projectos de apoio a pessoas com
deficiência. publicado por MJA [27.Jul.10] Inclusão de cheiro, textura e sabor Juliana Daibert 25-07-2010 O papel de um jardim sensorial num jardim botânico transcende o espaço terapêutico e se ancora na inclusão social da pessoa com deficiência. Apesar do conceito de inclusão ser amplamente adotado, na prática os exemplos deixam a desejar. Em maio de 2008 o Jardim Sensorial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro ganhou novo patrocinador, que investiu em atividades lúdicas voltadas para a integração entre as pessoas com deficiência visual - público-alvo, e demais frequentadores. São encontros, apresentações culturais, oficinas de plantio e a concorrida visita guiada pelos deficientes visuais. Para abrigar essa agenda complexa, as instalações do jardim sensorial foram recuperadas. Os canteiros foram refeitos com plantas medicinais e aromáticas selecionadas por técnicos do Jardim Botânico. Repintura de muretas e pisos, confecção de corrimões com eucaliptos e placas de identificação em braile também foram medidas adotadas. O Jardim Sensorial possui dois jardineiros residentes formados pelos cursos de jardinagem da área de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro para auxiliar na manutenção e atendimento ao público. Pela página eletrônica do Jardim Botânico é possível fazer um passeio virtual e conhecer melhor as belezas do local. Acesse www.jbrj.gov.br.
Acatada recomendação do
Provedor Gabinete do Provedor de Justiça 21 de Julho de 2010
Com efeito, na medida em que os alunos portadores de deficiência estudam com currículos alternativos, muitos estabelecimentos de ensino recusavam certificar que eles haviam concluído com sucesso a escolaridade obrigatória, por que as suas aptidões eram diferentes das dos alunos com currículos ditos "normais". E, sem certificados de habilitações, os portadores de deficiência não podiam concorrer a empregos, designadamente na administração pública. Após a análise do assunto, o Provedor de Justiça recomendou ao Governo a alteração da lei, no sentido de que ficasse clara a forma de certificação das competências alcançadas pelos alunos com necessidades educativas especiais e, também, qual a entidade competente para passar aqueles certificados de habilitações. Em Fevereiro de 2010, o Governo aprovou um despacho que prevê que, sempre que atinjam a idade limite da escolaridade obrigatória, os órgãos de gestão dos agrupamentos de escolas passam aos alunos da educação especial com currículo alternativo certificados de equivalência à escolaridade obrigatória. publicado por MJA [24.Jul.10] 19 mil assinaturas em
defesa VG 21 Julho 2010 O presidente da Assembleia da República vai receber na quinta-feira uma petição com 19 mil assinaturas exigindo mais apoios aos Centros de Emprego Protegido (CEP), onde trabalham 300 pessoas com deficiência.A petição «Deixem trabalhar as pessoas com deficiência» contesta «o decreto-lei que trouxe profundas alterações para os Centros de Emprego Protegido», contou à Lusa António Martins, porta-voz dos peticionários e responsável pela comissão dos Centros de Emprego Protegido. Segundo António Martins, em causa está a «retirada de subsídios» e a «redução de verbas» que «condena» a actividade de alguns daqueles onze centros. «Dois já estão na iminência de fechar», apontou. O porta-voz dos peticionários lembrou que o diploma veio ainda limitar no tempo a estada das pessoas com deficiência nos CEP. «Quando terminam esse trabalho vão para onde», questionou o responsável, que considera que o diploma agora contestado manifesta «algo de extremamente errado do ponto de vista humano». «A generalidade dos trabalhadores dos CEP não têm real capacidade produtiva capaz de inserção no mercado de trabalho» e por isso, sem os CEP, «vão para o desemprego» ou «ficam completamente abandonados», uma vez que «muitos já não têm familiares ou os seus pais estão muito idosos», sublinhou. Segundo um estudo citado por António Martins, apenas 18 por cento das pessoas que frequentaram os CEP conseguem um emprego fora deste sistema. «Há um número muito significativo de pessoas que não se consegue inserir no mercado de trabalho» e, por isso, a única alternativa a estes centros seriam os Centros de Actividades Ocupacionais, que «representam uma triplicação dos custos para o Estado», referiu. Por isso, os 19 mil peticionários pedem a atenção dos deputados para que alterem as actuais regras de apoio aos CEP. publicado por MJA [24.Jul.10] Ministério e
sindicatos discutem 2010-07-15 As federações de professores reúnem-se, amanhã, sexta-feira, com o Ministério da Educação para analisar a avaliação e progressão em carreira dos docentes em funções fora das escolas ou sem turmas, no âmbito do Estatuto da Carreira Docente. Em declarações à agência Lusa, o secretário geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, afirmou ter recebido na quarta feira duas propostas do Ministério da Educação para avaliação de desempenho através de ponderação curricular e procedimentos a adoptar quando não possa ocorrer observação de aulas, como prevê o Estatuto da Carreira Docente (ECD). "São pessoas que estão fora dos serviços do Ministério da Educação e que estão em apoio noutras instituições e portanto estão sujeitas ao regime do SIADAP, no caso da Administração Pública, ou estão noutros serviços, com funções técnico pedagógicas", explicou o dirigente da FNE. Para estes professores, requisitados, em comissão de serviço, ou de licença, que estão noutras instituições, é necessário encontrar fórmulas de avaliação de desempenho para efeitos de progressão em carreira. Assim, os professores que não estão em exercício efectivo de funções nas escolas poderão ser sujeitos a um mecanismo de ponderação curricular e procedimentos alternativos à observação de aulas. Em causa estão dois documentos complementares à legislação entretanto elaborada, um despacho normativo e uma portaria para enquadrar estas situações de professores que estejam abrangidos pelo SIADAP, como os que estão num serviço da Administração Pública fora do Ministério da Educação e que queiram ter a classificação de "Muito Bom" ou "Excelente", disse João Dias da Silva. O secretário geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, acrescentou à Lusa que estarão também nesta situação professores que trabalham nas escolas, mas que não têm turmas, como o caso dos bibliotecários, dos docentes da educação especial, da intervenção precoce ou dos cursos de educação e formação. "Quisemos que todos fossem avaliados e para isso, como agora há observação de aulas, é preciso regras para que também possam ser avaliados e progredir na carreira", indicou. O líder da Fenprof vai aproveitar a reunião em que serão apresentadas as propostas do Ministério da Educação para colocar outras questões, como a dos horários de trabalho. O Estatuto da Carreira Docente foi publicado em Diário da República a 23 de Junho, acabando com a divisão da carreira em duas categorias: professor e professor titular.
Minitelescópio pode ajudar idosos
eBand A FDA (Fod and Drug Administration), agência do governo americano que regula
o setor de alimentos e medicamentos, aprovou o lançamento de um minitelescópio
que pode ajudar idosos com um problema comum da visão no envelhecimento, chamado
degeneração macular, que causa a perda da visão central.
Pós-graduação 2010/2011 em
Instituto
Superior de Ciências Sociais e Políticas
1. Objectivos: 2. Destinatários: 3. Condições de Acesso e Selecção dos Candidatos: Mais informações em ISCSP. publicado por MJA [7.Jul.10]
Portimão proporciona férias desportivas 5 Julho
A Câmara de Portimão pretende desta forma “responder à carência de oferta de atividades para crianças e jovens com limitações nos períodos de férias”, ao mesmo tempo que “proporciona um conjunto de atividades enriquecedoras para o seu desenvolvimento e integração social”. As atividades vão decorrer de segunda a sexta feira, entre as 9h00 e as 13h00, e vão estar centralizadas na Quinta Pedagógica de Portimão, local onde vão ser desenvolvidas atividades assistidas por animais, hipoterapia, apanha dos ovos, fabrico do pão, ações de estimulação sensorial mas também aulas adaptadas de dança, música e expressão dramática. No Complexo Desportivo de Alvor serão realizadas sessões de psicomotricidade, mas também natação e ténis adaptado e bocia e, na praia acessível de Alvor, atividades aquáticas típicas do Verão. publicado por MJA [5.Jul.10] GPS para cachorro orienta deficientes visuais 4 de Julho de 2010
“Desenvolvi o GPS Peepo para proporcionar maior autonomia aos deficientes
visuais”, diz o inventor, Jason Perkins, que procura investidores para lançar
mundialmente o aparelho, cujo o valor é aproximadamente de 300 libras (por volta
de mil reais).
Mais informações sobre o GPS Peepo aqui.
Jardim dos Aromas no
Foi construído com a vocação de museu e viveiro de espécies botânicas oriundas das mais diversas partes do mundo, sendo presentemente administrado pelo Instituto Superior de Agronomia. Foi alvo de exemplar recuperação. Fica junto ao Palácio da Ajuda, do lado oposto da calçada homónima. Muitos elementos decorativos como fontes e escadarias denotam influência barroca. O Jardim dos Aromas foi concebido especialmente para os invisuais: todas as indicações se encontram em braille e as plantas encontram-se dispostas de forma a que possam ser facilmente tocadas e cheiradas. Localização: Calçada da Ajuda, Lisboa Contactos: tel. 213622503 Mais informações: www.jardimbotanicodajuda.com
Escolas admitem ter dificuldades Romana Borja-Santos 03.07.2010
Segundo explicou ao PÚBLICO a coordenadora da avaliação externa, Manuela
Sanches Ferreira, as escolas estão a utilizar adequadamente a CIF e os alunos
incluídos na educação especial estão a ter 97 por cento da oferta educativa nas
salas de aula, sendo que o apoio pedagógico personalizado é a medida mais comum
(82 por cento), seguido das adequações curriculares (46) e das adequações das
metodologias de avaliação (77). Aos alunos que são excluídos pelas regras da CIF
mas que precisam de algum apoio à aprendizagem, o plano individual é aplicado em
40 por cento dos casos e o apoio educativo na mesma proporção. "É aqui que as
escolas estão a ter mais dificuldades, mas, mesmo assim, conseguem dar alguma
resposta", disse.
Educação Especial: pais e professores PEDRO SOUSA TAVARES 25 Junho 2010
A iniciativa foi revelada ao DN por Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), após uma reunião com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) realizada ontem, na qual também foi debatida a reorganização da rede escolar que o Governo aprovou (ver texto nesta página). Segundo Albino Almeida, a criação de departamentos dedicados à educação especial foi "um dos pontos de entendimento" entre as organizações, e é encarado como "uma medida de fácil aplicação" pelo Governo, até porque "não implica necessariamente um aumento da despesa". Os departamentos são serviços das escolas que organizam a oferta pedagógica dos diferentes grupos de disciplinas (por exemplo: as línguas e as ciências exactas), liderados por um professor coordenador da área. Actualmente, a educação especial não tem um departamento específico, sendo, conta Manuel Rodrigues, da Fenprof, "muitas vezes integrada pelas escolas no grupo das Expressões, a par da Educação Física ou da Educação Visual". Uma situação que, considera Albino Almeida, afecta a capacidade de "organização da resposta" às necessidades dos estudantes. "No cenário actual, muitas vezes há um aluno com determinadas características como a dislexia, que são detectado por um professor, depois a informação é transmitida à direcção da escola, que a encaminha para as unidades especializadas de apoio", explica. "Só depois é que é organizada uma resposta que muitas vezes é tardia e insuficiente." Com um coordenador, considera, "a sinalização seria feita mais cedo, e sobretudo melhor". E a "resposta adequada" - que provavelmente implicaria um aumento dos alunos apoiados - até poderia ser dada "recorrendo a outros técnicos, como os que as autarquias podem facultar através dos seus fundos sociais" e "do melhor aproveitamento e formação dos professores. "Neste momento, a Dislex, uma entidade apoiada pelos pais e por cientistas, está a oferecer 50 horas de formação aos professores", ilustrou. Para Manuel Rodrigues, a "eventual criação deste departamento pelo ministério da Educação, há muito exigida pela Fenprof, seria certamente positiva". Porém, o sindicalista tem mais dúvidas de que a medida, por si mesma, fizesse a diferença. "Seria um passo muito tímido, há milhentas coisas que é preciso alterar para que a escola seja realmente inclusiva", defende. "Nós temos preparado um conjunto de medidas para propor ao Ministério onde, desde logo se questiona a utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade [CIF] como meio de sinalizar os alunos. Defendemos também o fim da lógica das escolas organizadas por deficiência e defendemos a necessidade de mais professores e mais formação", descreve. A utilização da CIF é também considerada "insuficiente" pelos pais, que lembram os "estudos internacionais apontando para uma prevalência da ordem dos 10% de alunos com necessidades educativas permanentes". O DN tentou ontem, sem sucesso, conhecer a posição do Ministério da Educação sobre esta matéria.
Informática e deficiência visual:
publicado por MJA [24.Jun.10] Manual da Escuridão: FÁTIMA MARIANO
Víctor Losa é um mágico mundialmente consagrado que, aos 40 anos, fica cego. Ele que passou toda a vida a iludir os outros, passou a viver iludido pela própria vida. Manual da Escuridão, do escritor catalão Enrique de Hériz, fala-nos da cegueira - física, moral, sentimental, intelectual -, mas também do amor e das suas várias formas de manifestção. Algumas das quais nem sequer nos apercebemos. Qual a mensagem que pretende transmitir aos seus leitores com
este “Manual da Escuridão”? É uma história contada em duas partes muito distintas: uma que
nos fala de toda a aprendizagem de Víctor Losa enquanto mágico e a sua
consagração internacional, aqui, em Lisboa, e, a segunda, a forma como ele
reagiu à sua cegueira, aos 40 anos, recusando-se a continuar a ter uma vida
normal dentro das suas limitações. Ao contrário do que tinha acontecido até então, este era um
obstáculo que Víctor não queria ultrapassar. Quando começou a escrever esta história sabia já o que ia
acontecer a Víctor Losa? Voltando à história de Víctor Losa. No início referiu que
foram duas as pessoas que devolveram a luz à vida dele, depois que ficou cego.
Essas pessoas são uma técnica de reabilitação da ONCE (Organização Nacional de
Cegos Espanhóis) e uma prostituta romena e o seu filho. E a criança, filha da prostituta? Surpreendeu-o a reacção de Víctor à cegueira? Ele chega a
viver um ano sem sair de casa e sem falar com quem quer que seja. Preparou-se, de alguma forma, para escrever esta segunda parte do livro? Como foi essa experiência? publicado por MJA [22.Jun.10] Atendimento a consumidores Lia Nara Bau
Superação do visível LUÍS GARCIA 17.06.2010
Vodafone torna serviços de Multibanco 15-06-2010 A Vodafone apresentou uma versão do serviço MB Phone, que reúne serviços de Multibanco no telemóvel, acessível para utilizadores cegos ou com problemas visuais. A versão acessível do MB Phone baseia-se no software Vodafone Say, que permite dar voz às operações do telefone, através da conversão de texto em voz. Através desta aplicação é possível aos utilizadores com visão reduzida acederem a todos os serviços do MB Phone, como consultar o saldo ou efectuar transferências bancárias, entre outros. O download das aplicações Vodafone Say e MB Phone é gratuito para os clientes da operadora.
Prémio António Champalimaud de Visão 2010 Ana Gerschenfeld 11.06.2010 Em 1984, numa das suas célebres colunas no "New York Review of Books", o conhecido neurologista norte-americano Oliver Sacks (cujo livro "Despertares" inspirou o filme homónimo, com Robert de Niro no principal papel) descrevia o incrível caso de uma mulher que sofria de cegueira ao movimento (em inglês, "motion blindness"). LER AQUI. Essencialmente, ela não conseguia encher uma chávena de chá, porque não via o
nível do líquido a subir e entornava-o sistematicamente. E, o que era mais
perigoso, também não conseguia atravessar a rua porque apenas conseguia ver os
carros como se estivessem parados e não a aproximarem-se. Via-os ao longe e,
instantes depois, já quase em cima dela. A percepção do movimento dos objectos,
que nos permite ver o mundo como um filme – e que é vital para a sobrevivência
de qualquer ser vivo –, tinha-lhe sido vedada na sequência de um acidente
vascular cerebral.
O Instituto de Segurança
Social reconhece 2010-06-06 ALFREDO MAIA
Trata-se de um "dever de reparação da condição" da incapacidade, disse Edmundo Martinho, recordando estar sobre a mesa a criação, até ao final da legislatura, de uma nova prestação social que "coloque acima do limiar da pobreza as pessoas totalmente incapazes de gerar rendimentos". A alteração representará um elevado esforço financeiro, porque significa passar dos cerca de 190 euros mensais do actual subsídio mensal vitalício para um valor superior aos 405 euros convencionados presentemente como o rendimento per capita abaixo do qual se considera estar em situação de pobreza. Participando num painel sobre o tema "Depois da escola, que lugar para as pessoas com deficiência?", no âmbito de um seminário organizado pela Federação Concelhia das Associações de Pais do Porto, reconheceu que as respostas sociais são ainda "insuficientes" e que falta planificação, designadamente em equipamentos de formação profissional e de apoio, como lares residenciais e centros de actividades ocupacionais (CAO). A insuficiência de centros deste tipo foi um dos pontos em destaque no debate (ler "caixa"), reconhecendo-se que persistirá mesmo com os 120 novos equipamentos que deverão ser construídos nos próximos dois ou três anos (depois de amanhã, vão ser assinados acordos com instituições para instalações no valor de 80 milhões de euros). Na presença de várias organizações de pais e amigos de pessoas com deficiência, Edmundo Martinho observou que "os tempos são difíceis", mas apelou ao movimento associativo para que lute contra "eventuais tentações de recuo ou travagem no apoio às pessoas com deficiência ou incapacidade" e para que "não deixe que os recursos desçam". Propondo um debate crítico aberto e reconhecendo uma excessiva "fragmentação" nas respostas sociais, o presidente do ISS disse que o sistema de prestações é "um labirinto ininteligível que é difícil explicar", mas prometeu clarificá-lo e harmonizá-lo. Ouviu também críticas e reparos, como aos atrasos nas ajudas técnicas (próteses ou cadeiras de rodas, por exemplo) e nos subsídios de educação especial (para contratação de técnicos pelos pais quando as escolas não os asseguram), ou falta de verbas e meios oficinais nas escolas para a formação e falta de recursos para transportes.
Pessoas cegas podem jogar vídeo games 5 de Junho de 2010
Eles criaram o VI Fit, uma versão do Wii que pode ser usadas por cegos ou pessoas com dificuldade em enxergar. Trata-se do Wii Mote ligado a um computador rodando o Windows através de uma conexão Bluetooth. Por enquanto existem dois jogos VI Tennis e VI Bowling, que usam o áudio e a vibração do controle para direcionar seus jogadores. "A falta de visão cria uma barreira significante para a participação em atividades físicas e, consequentemente, crianças com deficiência visual têm maiores índices de obesidade e de doenças relacionadas a ela como o diabetes”, afirma Eelke Folmer, líder do projeto. Por enquanto o projeto foi testado por 19 pessoas cegas, sendo 13 crianças e 6 adultos. Os resultados até agora são positivos pois as pessoas que jogaram estão realmente mais ativas. Estes testes estão sendo realizados em um campo de atividades para deficientes visuais chamado Camp Abilities e os jogos podem ser baixados gratuitamente pelo site http://vifit.org/. Quando visitei o Instituto de Cegos da Bahia verifiquei várias atividades esportivas disponibilizadas aos deficientes visuais. Atividades físicas são necessárias para a manutenção da saúde de todos nós, enxergando ou não. Acredito que os jogos eletrônicos serão mais uma forma de entretenimento e atividade que possa ser oferecida a quem tem deficiência visual.
publicado por MJA [7.Jun.10] "Classificação
Internacional de Funcionalidade Andreia Lobo 31-05-2010 "O uso da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde em educação causa mais danos aos alunos com Necessidades Educativas Especiais do que lhes traz benefícios", esta é a conclusão do primeiro estudo sobre a matéria.
Esta é a
questão que tem incomodado os profissionais. Luís de Miranda Correia responde
com alguns dados elucidativos das problemáticas que se inserem no conceito de
necessidades educativas especiais. Cerca de 50% dos alunos com NEE têm
dificuldades de aprendizagem específicas, entre 16 e 18% problemas de
comunicação, entre 8 e 10% sofrem de perturbações emocionais e comportamentais,
6 e 8% sofrem de problemas intelectuais e 2 e 3% de outras problemáticas como o
autismo, impedimentos visuais, auditivos e motores.
Ompi lança fórum para ampliar 24/05/2010 Iniciativa online deverá estimular debate sobre a flexibilização da propriedade intelectual, para garantir maior acesso de cegos a conteúdos protegidos; fórum recebe comentários até 20 de Junho. Um fórum online para estimular a discussão e construir um consenso internacional para melhorar o acesso de deficientes visuais a obras com direito autoral protegido, em formato adequado, acaba de ser lançado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual, Ompi. Segundo a agência da ONU, fatores sociais, econômicos, tecnológicos e legais, e ainda a gestão do sistema de proteção da propriedade intelectual, podem prejudicar o acesso de cegos ou deficientes visuais.
Mais de 314 milhões de pessoas seriam beneficiadas com a flexibilização do regime de proteção intelectual, adaptado à realidade tecnológica, ainda de acordo com a Ompi. Os deficientes visuais geralmente convertem informações para o braille ou outros formatos assistenciais, como áudio. Apenas uma pequena porcentagem dos livros publicados no mundo estão disponíveis para cegos, o que limita o desenvolvimento educacional e profissional. O fórum deve permanecer aberto para comentários e sugestões até 20 de junho. Brasil, Equador e Paraguai apresentaram à Ompi uma proposta de instrumento legal com regras para o benefício dos deficientes visuais. Ela será discutida pela agência da ONU entre 26 e 28 de maio.
Férias para mães de pessoas com deficiência 22 Maio 2010
A organização desta 5ª edição está novamente entregue ao Movimento da Mensagem de Fátima (MMF) que, em nome do Santuário, assume a responsabilidade por esta actividade que decorre na casa dos Silenciosos Operários da Cruz, na Estrada de Torres Novas, localidade de Montelo, freguesia de Fátima. Esta actividade tem como objectivo proporcionar férias às mães de pessoas com deficiência que cuidam dos seus filhos em casa. As mães podem entregar os seus filhos ao comprometimento do Santuário de Fátima e dedicar-se por uns dias a elas próprias e aos seus outros familiares, ou decidir-se a acompanhar os seus filhos neste período em Fátima. Um grupo de voluntários toma a seu cargo os cuidados de alimentação, higiene e dinamização das actividades de recreio propostas às crianças e jovens deficientes. A inscrição para as férias é feita de acordo com periodos distintos. Para deficientes com mais de 7 e até aos 20 anos de idade as férias estão marcadas para os dias 9 a 15 de Agosto. Para pessoas com deficiência entre 21 e 40 anos de idade, o periodo de férias vai ser entre 18 e 24 de Agosto ou entre 27 de Agosto a 2 de Setembro. A proposta de inscrição para participação nas Férias e a proposta de serviço de voluntariado são disponibilizadas pelo Movimento da Mensagem de Fátima, com sede no Santuário de Fátima, e também se encontram disponíveis em www.fatima.pt . publicado por MJA [21.Mai.10] Retenções: reformados e deficientes LUCÍLIA TIAGO 22 Maio 2020
Até agora, as entidades empregadoras não retinham na fonte qualquer imposto a um deficiente que ganhasse até 1420 euros por mês. Mas, a partir de Junho, esta isenção fica limitada a quem ganha 1391 euros. Os rendimentos de 1431 euros já passam a pagar 1%, quando na tabela de 2009 (que foi usada até agora por não haver ainda a nova) a retenção só era aplicada quando o salário ultrapassava os 1600 euros. publicado por MJA [23.Mai.10]
Biblioteca para
invisuais vai nascer JOANA CARVALHO E AFONSO 21 Maio 2010 Uma biblioteca online, de acesso gratuito para pessoas invisuais, vai nascer no Porto até Dezembro. É um dos novos projectos da Tiflos, uma associação de apoio a pessoas com necessidades especiais, criada há cerca de seis meses. A ideia da biblioteca ocorreu ao fundador da Tiflos, Paulo Jesus, na sequência da sua experiência de vida. Portador de retinite vascular há oito anos, doença que afecta os olhos, deixou de conseguir ler. Neste momento, está a angariar áudio-livros e financiamento, através das vendas na loja de produtos doados na associação, situada na Rua Dr. Alberto Aguiar, no Porto.Prevê-se que a Tifloteca, assim se vai chamar a biblioteca online, comece a funcionar em 3 de Dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. No futuro, a Tiflos quer alargar o acesso aos livros a pessoas portadoras de outras deficiências, nomeadamente tetraplégicos e disléxicos. A Tiflos é uma associação particular de solidariedade social que tem como "grande missão melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas portadoras de necessidades especiais residentes em Portugal", explicou o fundador, Paulo Jesus. A instituição tem outros projectos em desenvolvimento, como a Tiflo-solidariedade (há três meses que a Tiflos tem garantido cabazes de alimentação a 15 famílias); e o Tiflo-talentos, para divulgar talentos de pessoas portadoras de deficiência. Outra ideia é a oferta de massagens por 10 euros, realizadas por um terapeuta deficiente visual. "Nos dias stressantes que correm, uma massagem alivia o stress. Além disso, ao aderir a esta ideia está a garantir o posto de trabalho de uma pessoa cega", sublinhou Paulo Jesus. Neste momento, a Tiflos precisa de uma carrinha e voluntários. Ser sócio custa 10 euros de inscrição (com oferta de uma massagem) e quota mensal é de um euro. publicado por MJA [21.Mai.10] Saúde ocular: mulheres sofrem mais Brasil: Portal Nacional de Seguros Márcia Wirth 19 de Maio de 2010 Estima-se que há 45 milhões de cegos no mundo, sendo que dois terços – 30
milhões – são mulheres. Desse total, 80% dos casos são evitáveis ou tratáveis.
“De 45 milhões de pessoas, 80% não precisariam estar cegos porque a doença ou
tinha tratamento ou poderia ter sido prevenida ou evitada se a pessoa tivesse
acesso adequado às informações apropriadas sobre saúde”, alerta o oftalmologista
Virgilio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares. publicado por MJA [21.Mai.10] Organizações reivindicam alterações à lei eleitoral 17 Maio 2010 Cinco organizações reivindicaram hoje ao Governo a alteração rápida da lei eleitoral do Presidente da República, com o objectivo de melhorar as condições de acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais ao acto eleitoral que decorre no início de 2011 A reivindicação foi feita através de uma mensagem enviada hoje ao primeiro-ministro, José Sócrates e envolve o Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), o Gabinete para a Inclusão da Universidade do Minho, a AJUDAS, o Centro Especializado em Baixa Visão e a Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (SUPERA). Esta iniciativa surge quase dez meses depois da aprovação da resolução da Assembleia da República n.º 72/2009 e numa altura em que se está a esgotar o período durante o qual é possível alterar a lei eleitoral do Presidente da República. Para que possam ter efeito nas próximas eleições Presidenciais, as organizações requerem que as alterações sejam concretizadas já em Junho. No fundo, explicam, trata-se de alterar o artigo 74º sobre o voto de cidadãos com deficiência de forma a garantir condições de acessibilidade, nomeadamente o acesso facilitado à mesa de voto para pessoas com mobilidade condicionada, assistência humana (já prevista na lei) ou a utilização de tecnologias de apoio para o acto da votação. Os subscritores querem ainda que seja adoptada a interpretação em língua gestual portuguesa ou de legendas nos tempos de antena e debates televisivos dos candidatos e informação em formato acessível sobre os boletins de votos e do acto de votação com recurso a tecnologias de apoio nas mesas de voto. Para os responsáveis das cinco organizações, o acto eleitoral do Presidente da República «é menos complexo» do que as eleições europeias, legislativas e autárquicas e, por isso, é o momento «mais adequado» para promover a melhoria das condições de acessibilidade, nomeadamente a possibilidade de utilização de tecnologias que permitam a cidadãos com deficiência visual votar de forma independente. Nas últimas Legislativas, o CERTIC da UTAD testou, em Vila Real, um sistema inovador, com recurso à tecnologia, para facilitar o acto de votar a invisuais, analfabetos ou idosos. Os eleitores foram convidados a testar a usabilidade de uma «interface áudio táctil», uma espécie de boletim adaptado que, segundo o coordenador do CERTIC, Francisco Godinho, é capaz de proporcionar «independência e privacidade de voto» a pessoas com necessidades especiais. As organizações enviaram cópia da mensagem ao Presidente da República, ao Presidente da Assembleia da República, aos grupos parlamentares, à Secretaria de Estado da Reabilitação e à Comissão Nacional de Eleições. Aprovada a 23 de Julho de 2009, a resolução da Assembleia da República n.º 72/2009 recomenda ao Governo que promova «a identificação das doenças e deficiências que geram dificuldades especiais no acesso à prática do voto» e «as melhores soluções institucionais e legais adequadas que garantam o exercício pleno do direito de voto, com autonomia e secretismo dos cidadãos e cidadãs com capacidade reduzida». publicado por MJA [17.Mai.10] 1.º Congresso Europeu Sobre Deficiência Visual
Para informações adicionais poderá consultar a página Web do congresso em http://www.eurovisionrehab.com - disponível em Inglês e Espanhol. Fonte: Boletim Informativo da ACAPO
Coimbra: missa às escuras 13 de Maio de 2010
"Pretende-se que, ao experimentarem o desconforto de não ver nada do que se está a passar, possam assim sentir mais solidariedade e compreensão por aqueles que vivem a vida toda às escuras", segundo uma nota da Diocese de Coimbra. Os textos litúrgicos serão lidos em Braille por uma associada da (ACAPO) - Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal - entidade também ligada à iniciativa. Vídeo RTP:
FIFA incrementa experiência de 13 de Maio de 2010
O conteúdo que será fornecido aos deficientes visuais se distancia das transmissões de rádio e TV tradicionais. O foco da narração, mais rápida e detalhada, é o movimento da bola - levando-se em consideração, inclusive, a posição desses espectadores no estádio. Outras medidas como a proibição de comentários interpretativos ou carregados de emoção e a transmissão das informações gerais sobre a partida somente antes de seu início também são características do projeto. Profissionais ligados ao Instituto para o Progresso do Jornalismo foram destacados para treinar e coordenar o trabalho dos narradores, também jornalistas, enquanto estudantes de Engenharia de Som trabalharão na área técnica, assegurando uma boa transmissão e a segurança de que os deficiente visuais aproveitarão de forma plena a iniciativa. Os outros parceiros da FIFA no projeto são a Associação Nacional para os Deficientes Visuais da Suíça e o Conselho Nacional para os Deficientes Visuais da África do Sul.
A legislação sobre a pessoa com Filipe Zau * 11 Maio 2010
Este exemplo de perseverança e de justiça, levou-me à iniciativa de divulgar a legislação promulgada em Angola sobre a pessoa com deficiência, tendo em vista uma maior integração de compatriotas que, por condicionalismos de ordem física, se sentem socialmente excluídos e procuram formas de autonomização pessoal, inserção estudantil e profissional:
Se a divulgação desta legislação, que foi compilada e me foi endereçada pelo meu amigo Rafael Calandou, contribuir para um maior conhecimento, elevação da baixa auto-estima e diminuição – nas ruas e praças da nossa cidade de Luanda –, dos mendigos portadores de deficiência, sentir-me-ei, desde já, satisfeito, pela iniciativa de a ter dado a conhecer a estes nossos concidadãos. *Ph. D em Ciências da Educação e Mestre em Relações Interculturais Fonte: Jornal de Angola publicado por MJA [11.Mai.10] No Recife, recurso de audiodescrição ajuda 10/05/10
Começou, no último fim de semana, no Recife, um dos maiores festivais de
teatro do Brasil: o Palco Giratório. Até o final do mês, 35 peças serão
encenadas em vários locais da cidade. A grande novidade, este ano, não está nos
palcos, e sim na platéia - um público que, normalmente, não é encontrado nos
teatros. publicado por MJA [11.Mai.10] Nova Estratégia Nacional para a
Deficiência 10.05.2010 Destak/Lusa
Para Idália Moniz, "o facto de a estratégia estar em construção não significa que as medidas não estejam a ser desenvolvidas". Segundo fonte do Gabinete da secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, a estratégia está a ser ultimada para aprovação em Conselho de Ministros e "a grande diferença será um compromisso maior entre o Governo e as organizações da sociedade civil". Em declarações à Lusa, Idália Moniz concretizou que a estratégia "tem recebido os contributos da sociedade civil e está numa fase de negociação com o Governo". "Vai ter um conjunto de objetivos, de metas, princípios assentes nos cinco pilares da Convenção" das Nações Unidas para os direitos da pessoa com deficiência, que Portugal assinou em julho do ano passado. Deficiência e multidiscriminação, justiça e exercício de direitos, autonomia e qualidade de vida, acessibilidades e design para todos e modernização administrativa e sistema de informação são as áreas listadas na estratégia. Idália Moniz recordou que o país também assinou um protocolo opcional que obriga a que Portugal seja avaliado de dois em dois anos. Este acordo "já foi ratificado e é para cumprir de uma forma transdisciplinar por todas as áreas da governação", disse. O novo instrumento das políticas para a área da deficiência será coordenado pelo Ministério do Trabalho e Solidariedade Social e terá "responsabilidades partilhadas e distribuídas pela quase totalidade" das áreas governamentais, já que "as políticas para a deficiência são necessariamente tão amplas como as pensadas para os restantes cidadãos", referiu a fonte do gabinete da secretária de Estado. Esta estratégia sucede ao Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade (PAIPDI), que vigorou entre 2006 e dezembro de 2009. Fonte do Gabinete afirmou que "foi pedido aos dirigentes dos principais organismos em que estão federadas as organizações representativas das pessoas com deficiência que enviassem contributos". O presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), Humberto Santos, disse à Lusa que esta entidade não foi convidada a dar contributo, mas, por iniciativa própria, elaborou e entregou a sua proposta. "É fundamental criar um conjunto de sinergias que permitam a concretização dos princípios e filosofia da Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência. Não podemos continuar a legislar em sentido contrário àquilo que aprovamos internacionalmente", defendeu. Além da educação, que considerou uma área decisiva, o presidente da APD apontou as acessibilidades e o emprego. Existe cerca de um milhão de pessoas com deficiência em Portugal, um número que, segundo Humberto Santos, tende a aumentar, porque a população está a envelhecer. publicado por MJA [10.Mai.10] Plano de integração de pessoas com deficiência 10 Maio 2010 O plano para a integração de pessoas com deficiência, que terminou em Dezembro de 2009, teve 68 por cento das medidas concretizadas, segundo o Governo, mas ficou "muito aquém das necessidades", na opinião de uma associação de deficientes. Fonte do Gabinete da secretária de Estado adjunta e da
Reabilitação disse hoje que no Plano de Acção para a Integração das Pessoas com
Deficiências ou Incapacidade (PAIPDI), que vigorou entre 2006 e 2009, "de um
total de 99 medidas, 68 foram concretizadas durante o prazo estipulado, 12
encontravam-se em fase de execução em Dezembro". publicado por MJA [10.Mai.10] Nova tecnologia permite que cegos "vejam" emoções 06/05/2010
Sem a visão, é impossível interpretar as emoções faciais - ou, pelo menos, é assim que se acreditava até hoje. Agora, pesquisadores desenvolveram uma espécie de código Braille para as emoções, que permite que os cegos "enxerguem" as emoções dos outros. "A tecnologia cria possibilidades totalmente novas de interações sociais para os deficientes visuais," diz o Dr. Shafiq ur Réhman, da Universidade de Umea, na Suécia, um dos criadores da nova técnica. Expressões faciais A falta do sentido da visão pode ser muito limitante na vida diária das pessoas. A limitação mais óbvia é certamente a dificuldade de se movimentar. Mas pequenos detalhes do dia a dia, que as pessoas com visão normal nem questionam, também são perdidos. Um desses detalhes é a capacidade para captar as expressões faciais das pessoas com quem se está interagindo. As expressões faciais fornecem informações sobre as emoções das pessoas e são importantes na comunicação. Um sorriso, ou um levantar de sobrancelhas, por exemplo, pode mudar completamente o sentido de uma frase. Visão artificial das emoções A falta das informações fornecidas pelas expressões faciais cria barreiras às interações sociais. "As pessoas cegas compensam as informações que a visão não lhes dá com outros sentidos, como o som. Mas é muito difícil entender emoções complexas apenas a partir da voz," diz Réhman. Para ajudar a resolver esse problema, o grupo de pesquisas de Réhman desenvolveu uma nova tecnologia baseada em uma web câmera comum, um aparelho eletrônico do tamanho de uma moeda e um "mostrador táctil" que fica em contato com a pele do usuário. Esse conjunto é suficiente para dar ao deficiente visual a capacidade de interpretar as emoções humanas. Linguagem Braille para as emoções A informação visual captada pela câmera é transformada em padrões vibratórios que são passados para o usuário por meio do mostrador táctil. "As vibrações são ativadas sequencialmente para fornecer informações dinâmicas sobre que tipo de emoção a pessoa está demonstrando e a intensidade da emoção," explica o pesquisador. O primeiro passo para usar a tecnologia é aprender os padrões das diferentes expressões faciais. Na fase de treinamento, o deficiente visual usa um mostrador táctil maior, instalado no espaldar da cadeira. Ele ouve o nome da emoção e outras características, como a intensidade da emoção, e faz a associação com o padrão vibratório que está sentindo. Sensações pelo celular O principal foco da pesquisa foi caracterizar as diferentes emoções e encontrar uma forma de apresentá-las. Para isso, os pesquisadores usaram os mais recentes avanços da engenharia biomédica e da visão artificial por computador. A possibilidade de transformar informações visuais em informações tácteis se mostrou tão promissora que os cientistas já estão pensando em utilizar a tecnologia em outras áreas. "Nós demonstramos com sucesso como a tecnologia pode ser implementada em um telefone celular para passar informações sobre um jogo de futebol e sobre as emoções humanas, tudo usando as vibrações do aparelho. Esta é uma forma interessante de otimizar a experiência dos usuários de celulares," diz o pesquisador. publicado por MJA [7.Mai.10] Audio em "Games" para Deficientes Visuais post de Abner Cordeiro 4 Maio 2010
Cursos e Workshops agendados pela 29 de Maio: Workshop sobre Novas Tecnologias na Educação - juntamente com o CRTIC de Alcácer [Apresentação de software e hardware para facilitar a comunicação e a aprendizagem a crianças e jovens e sensibilização para a utilização desses recursos como facilitares de comunicação.] 2 de Julho: 14, 15 e 16 de Julho: "Comunicação Aumentativa: Histórias Adaptadas" [criação e elaboração de materiais de intervenção, baseados na adaptação de histórias]
Informações e inscrições em:
Deficientes perdem pensão quando casam. CLARA VASCONCELOS 3 Maio 2010
"É de uma injustiça atroz", diz o presidente da APD, lembrando que a pensão é de apenas 189 euros. A lei diz que se essa pessoa casar e o cônjuge tiver rendimentos iguais ou superiores a 70% do Indexante dos Apoios Sociais (419, 22 euros) a pensão é cancelada. Esta percentagem era de 50% até à semana passada, altura em que entrou em vigor o orçamento de Estado e este valor foi actualizado. Ainda assim, basta, por isso, que o cônjuge aufira pouco mais de 200 euros para que a pessoa deficiente perca a pensão. "Estamos a falar de valores miserabilistas. O que é isto de 189 euros mais duzentos euros!? Ninguém consegue viver com estes valores", diz Humberto Santos Até 2007 o valor da pensão era calculado a partir do salário mínimo nacional, mas, desde então, é calculado a partir dos chamados Indexantes dos Apoios Sociais (IAS). Estes indexantes valem hoje menos que o salário mínimo, que é de 475 euros. Esta é, também, uma questão de dignidade humana. Por que razão tem a pessoa com deficiência de ficar absolutamente dependente do cônjuge? E com que direito se atira toda a responsabilidade para este, sabendo-se, como se sabe , que as pessoas com deficiência têm geralmente muitos encargos com a saúde? Questões a que Humberto Santos não sabe responder, mas, segundo assume, é por isso que muitos optam por não casar. Outros, nem sabem que a lei determina essa suspensão e só depois de casarem se apercebem do que lhes aconteceu. "É incrível, num Estado de Direito, poder condicionar-se assim a vida das pessoas". Para além desta questão, é o próprio valor da pensão que é contestada pela Associação de Deficientes. É que a mensalidade também é suspensa nos casos em que o deficiente encontra emprego ou realiza acções de formação e daí resultem rendimentos superiores a 50% do IAS. Se, por acaso, perde o emprego terá que requerer novamente a pensão, o que não é assim tão automático quanto isso. "Isto não tem ajudado o processo de inserção social e a situação só tende a agravar-se", garante. Segundo os censos de 2001 existem em Portugal 634 408 pessoas com deficiência (6,1%), metade das quais sem grau atribuído.
Estado não ajuda a única oficina 3 Maio 2010 CRISTIANO PEREIRA
Até há uns anos, as pessoas com deficiência visual eram obrigadas a comprar bengalas importadas do estrangeiro e a preços pouco simpáticos, quase proibitivos. Hoje, uma dessas bengalas custa cerca de 50 euros. Todavia, já há quem as faça em Portugal e a um preço de venda bem mais acessível: 15 euros. É das mãos de Álvaro Ribeiro, um amblíope, que nascem grande parte das bengalas "made in Portugal". "Começa-se por partir um tubo grande", explicou ao JN, "e depois é ir fazendo", disse, algo vago, justificando que "é mais fácil fazer que explicar". Na verdade, Álvaro Ribeiro parecia mais interessado em debitar piadas futebolísticas sobre o seu Benfica mas lá foi dizendo que uma bengala "demora cerca de uma hora a fazer se tudo correr bem". A maior dificuldade do seu ofício, asseverou, "é trabalhar à segunda-feira". Dois cegos também trabalham com Álvaro mas só Álvaro é que dominava as máquinas. "Esta aqui chama-se Touro e é para laminar à maneira", informou-nos. "Aquela ali", apontou, "é uma máquina de abutelhar". "As bengalas que são produzidas aqui também podem ser aqui reparadas", apontou, por seu turno, Vítor Graça, da direcção da Associação Promotora de Ensino de Cegos. O responsável disse que recebem "encomendas de bengalas do país inteiro" e depois enviam à cobrança. As bengalas, articuladas, de vários tubos (normalmente seis), são feitas de alumínio com um fio elástico no interior. A Associação Promotora de Ensino de Cegos tem mais de 120 anos de história e tem desenvolvido actividades regulares como cursos de leitura e escrita em Braille ou workshops sobre como usar a bengala. Isto entre outras valências. Todavia, o responsável da Associação teceu críticas à falta de apoios do Estado que "se esquece que estas instituições prestam um serviço à sociedade que cabia ao Estado fazer mas não faz". Vítor Graça criticou ainda o facto de nunca ter sido feito um levantamento para apurar o número certo de cegos em Portugal. "Os únicos dados que existem são os do Censos de 2001 e que foram mal feitos", apontou. Neste sentido, o responsável da Associação disse calcular que existem cerca de 40 mil cegos em território nacional, sendo que uma parte significativa diz respeito a pessoas que cegaram a partir dos 50 anos devido a diabetes ou outras doenças. Vítor Graça alertou para o perigo de muitos desses cegos estarem fechados em casa. Um dos colaboradores da Associação é Rogério Silva, também ele com deficiência visual, mas que tem desempenhado papel fundamental para facilitar a vida a cegos e amblíopes que pretendam usar telemóveis, de forma a que, por exemplo, as pessoas não paguem para ter o telefone adaptado.
Video Games para Deficientes Visuais 2-05-2010
Eu mesmo tenho conhecimento de duas pessoas que conseguiram feitos incríveis nos jogos eletrônicos, mesmo sendo portadores de deficiência. O primeiro se chama Jordan Verner, um garoto canadense fã do game “The Legend of Zelda: Ocarina of Time”, que resolveu procurar ajuda para jogar e se possível zerar esse game. Ele então conseguiu a ajuda de um outro garoto pela internet, o norte-americano Roy Williams, que reuniu amigos para ajudar o jogador com deficiência visual. Eles pensaram em ajudar da seguinte forma, segundo as palavras do próprio Roy: “Cada vez que fazíamos qualquer movimento, como rolar, saltar, fazer qualquer coisa, nós digitamos no computador exatamente o que estamos fazendo”, explicou Williams à rede “WIS TV”, mostrando que ele e os amigos usaram vendas nos olhos para que pudessem sentir o jogo como Verner e outros deficientes visuais. O norte-americano, o Roy Williams, inclusive disse o porquê de ter feito esse esforço para ajudar o canadense. “Quando eu era mais novo, um médico me disse que eu ia ficar cego, o que acabou não acontecendo, mas me assustou. Eu quis ajudá-lo a superar sua deficiência”, revelou Williams. As instruções digitadas eram então enviadas para Verner, que conseguiu recebê-las em seu computador com o auxílio de um programa de voz. Dois anos e mais de cem mil combinações de teclas mais tarde, segundo o site “Kotaku”, o canadense finalmente “zerou” o jogo. “Eu me senti ótimo”, disse Verner, “Me senti forte. Senti que o céu é o limite”, completou. [Fonte principal dessa notícia: G1]
O outro caso é ainda mais impressionante: Brice Mellen, um adolescente de 17 anos de Lincoln, Nebraska, é fã de videogames como qualquer garoto americano da sua idade. Mas um detalhe chama a atenção dos jovens que disputam e perdem partidas de Soul Calibur 2 contra ele em uma loja de games local: Brice é cego de nascença. Com a posição dos menus dos jogos de luta gravados na cabeça e usando o som com referência do que acontece na tela, Brice se tornou imbatível nos jogos de luta, a ponto de confessar estar entediado de tanto derrotar seus colegas. O adolescente é constantemente desafiado pelos freqüentadores da loja DogTags Game Center, que jamais imaginam terem alguma dificuldade em vencer um cego. “Eu os enfrento, mas só se considerar que há desafio”, diz cheio de confiança. “Eu assusto o adversário jogando de costas.” Brice começou a curtir games quando tinha 7 anos, e treinou bastante nos clássicos Asteroids e Space Invaders. Ele apenas sentou e tentou e tentou até conseguir, diz o pai do garoto, Larry Mellen. Ele nunca reclamou com ninguém quanto à dificuldade. Prestes a concluir o segundo grau, Brice já sabe a carreira que irá seguir na faculdade: quer ser designer de games. [Fonte principal dessa notícia: USA Today]
O jogo se chama “Onae, a aventura de Zoe”, foi desenvolvido pela Organização Nacional de Cegos Espanhóis (Cidat – Once). O jogo permite que cegos e pessoas que tem uma visão normal joguem igualmente. As vezes até com vantagens para nossos amigos, deficientes visuais. Você deve estar pensando: “Como isso é possível?” Vamos à história do Game. No game, a personagem Zoe é uma jovem estudante de geologia que trabalha em uma mina recolhendo amostras e que, no meio de um terremoto, vai parar em um mundo povoado por uma civilização desconhecida. Ela, então, é obrigada a cumprir várias provas para sair desse outro mundo. O novo jogo é o primeiro em terceira dimensão disponível no mercado. Além disso, sua tecnologia permite que uma pessoa cega jogue “quase nas mesmas condições que uma que enxerga”. Para isso, os efeitos sonoros são potencializados ao máximo, diz o diretor do Cidat. “Com o sistema, uma pessoa cega, através da audição, tem mais informação que uma que enxerga, já que o elemento sonoro o ajuda a ter certas vantagens e a avançar dentro do jogo”, afirma. “O jogo se passa em um formigueiro praticamente às escuras, no qual é preciso se movimentar superando obstáculos como paredes e portas e resolvendo situações”, diz Pérez. Nesse mundo de galerias com pouca luz, “a pessoa que enxerga tem dificuldade de se movimentar com agilidade”, e por isso, os sons são a pista fundamental. Abaixo se encontra um vídeo gameplay deste jogo.
Segundo o diretor da empresa desenvolvedora, Vector: “Há situações nas quais é preciso escolher um som e, se o jogador se guia pela visão, vai se enganar” “Pelo contrário, há situações nas quais enxergar atrapalha”, acrescenta. Basicamente no jogo existem as “rotas de som”. Os jogadores cegos ouvem um apitinho e, pela freqüência e a velocidade, sabem onde o objeto está. [Fonte principal: Terra]
A realidade virtual pode permitir que usuários de videogames escapem do mundo real, mas um grupo de pesquisadores está utilizando seus recursos para ajudar os deficientes visuais a voltarem ao mundo real, navegando por lugares que realmente existem. Pesquisadores da Universidade do Chile e da Harvard Medical School estão utilizando jogos de computadores baseados em som que permitem que os jogadores naveguem por um labirinto, um sistema de metrô e edifícios reais, com base em indicações auditivas. Os usuários partir desses jogos aprendem tanto a construir um mapa cognitivo espacial daquilo que os cerca, ajudando crianças com deficiências visuais a desenvolver capacidades espaciais, cognitivas e sociais, como permite que estes mesmos usuários avaliem edificações desconhecidas virtualmente antes de percorrê-las na vida real. [Fonte Principal: Mundo Cegal] Quem se interessar pelo assunto acesse: Game Accessibility. É um site que se dedica principalmente a divulgar pesquisas sobre jogos para deficientes físicos, auditivos, visuais e mentais. publicado por MJA [3.Maio.2010]
Vencedora do «Prémio Maria Cândida da Cunha» 2010-04-30 Um projecto destinado a minimizar deficiências visuais foi o vencedor da edição 2009 do Prémio Maria Cândida da Cunha, promovido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, cuja entrega de prémios teve lugar, durante o dia de hoje, no Porto. Nádia Khaled Zurba, aluna de Doutoramento em Ciências e Engenharia de Materiais da Universidade de Aveiro, é a autora do projecto vencedor que consiste num estudo transversal centrado na propriedade de fotoluminescência persistente do material estrôncio aluminato co-dopado com cério, disprósio e európio (SrAl2O4:Ce3+, Dy3+, Eu2+), em sistemas de sinalização de áreas de risco e emergências para pessoas com deficiências. À margem deste projecto, intitulado “Nano-emergência: luminescência persistente … para pessoas com deficiência”, foram desenvolvidos novos pavimentos, cerâmicos e fotoluminescentes que apresentam propriedades multisensoriais úteis para pessoas portadoras de deficiências utilizarem, no escuro, com a prioridade de salvar vidas em emergências. Estes pisos podem ser combinados para compor um exclusivo sistema de
paginação fotoluminescente multisensorial (relevos) que possibilita a rápida
evacuação mediante o uso de auxílios de mobilidade, como bengala, cadeira de
rodas, entre outros. Tais aluminatos podem ser amplamente aplicados como superfícies higiénicas de auto-limpeza no domínio de medicamentos antibióticos, na formulação de vacinas, e com ênfase à aplicação dos referidos pavimentos fotoluminescentes. A solução integrada nestas inovações, que potencializa a propriedade da fotoluminescência persistente de SrAl2O4:Ce3+, Dy3+, Eu2+ para as pessoas com deficiências como principais utilizadores, pode contribuir para salvar vidas, no escuro, em emergências. *** Nadia Khaled Zurba tem 31 anos e é natural de São Paulo, no Brasil. Actualmente está a aguardar a defesa da sua tese de doutoramento em Ciência e Engenharia de Materiais, sob orientação de José Ferreira. É (co)inventora de dez pedidos de Patente de Invenção, incluindo novos “nanotubos luminescentes” e “pavimentos cerâmicos fotoluminescentes para áreas de risco e emergência de pessoas com deficiências”, objectos integrantes da sua tese. Desde 2002, desempenha actividades de docência para os cursos de Arquitectura (UNISUL, Brasil), Ciência e Engenharia de Materiais e Design (UA, Portugal), tendo colaborado numa disciplina do Mestrado Europeu em Ciências e Engenharia da Materiais (EMMS-ERASMUS).
Na Serra da Lousã,
Festival do Cabrito 28-04-2010 O V Festival Gastronómico do Cabrito da Lousã foi apresentado, entre ilustres convidados e verdadeiras iguarias, confeccionadas pelos 12 restaurantes aderentes ao certame. No forno com batata assada e migas serranas, na fornalha com castanhas, ou até mesmo em ensopado, o cabrito é rei no próximo fim-de-semana e convida os apreciadores da boa cozinha a provar estes e outros repastos de quinta-feira a domingo. O cartaz deste ano traz consigo duas grandes novidades, uma das quais reporta-se a algumas actividades de sensibilização para a deficiência, no âmbito do projecto Lousã, Destino de Turismo Acessível que pretendem, não só afirmar o município como um local diferenciador, com atendimento especializado para que pessoas com capacidades condicionadas possam visitar o concelho sem qualquer restrição, mas também, promover uma sociedade mais inclusiva. Nesse sentido, dos 12 restaurantes aderentes, sete deles vão promover a acção “Mesa para Todos”, e, de forma a demonstrar as dificuldades sentidas pelos cidadãos cegos ou amblíopes, vão proporcionar aos seus clientes a experiência de saborear uma sobremesa de olhos vendados. «Nós pensamos que esta acção de sensibilização é extremamente importante porque um dos objectivos que nós temos é certificar o destino nesta trajectória do turismo acessível e, como tal, pensamos que é uma inovação e, ao mesmo tempo, uma mais-valia», avançou Fernando Carvalho, presidente da autarquia, explicando que os restaurantes que vão desenvolver esta iniciativa fazem parte da estrutura de missão do projecto Lousã, Destino de Turismo Acessível e que por isso estão mais habilitados e sensibilizados com o atendimento especializado. Ainda assim, todos os restaurantes que integram esta rota do cabrito na Lousã vão disponibilizar ementas em Braille atendendo aos clientes invisuais.
A par das acessibilidades foi também lançado um “voucher” de descontos no comércio local para os comensais nos restaurantes aderentes, que vão desde cinco a 50 por cento de descontos em produtos das lojas do concelho, promovendo, assim, o comércio local a par do certame gastronómico. Na conferência de imprensa Fernando Carvalho fez-se acompanhar de Belarmino de Azevedo, vice-presidente da ACIC – Associação Comercial e Industrial de Coimbra, parceira no evento, do chefe Albano Lourenço, chefe executivo do restaurante Arcadas da Capela da Quinta das Lágrimas, a delegada regional de Agricultura de Coimbra, Ângela Correia e Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal. Neste evento, organizado pela Câmara Municipal da Lousã, em parceria com a ACIC e co-financiado pelo programa Mais Centro, são aderentes, desde o primeiro certame, os restaurantes Casa Velha, Churrasqueira Copa, O Parque, Churrasqueira São Paulo, Churrasqueira “Tó dos Frangos”, Churrasqueira Borges, O Paraíso, Café Lousanense/Travessa c/ Tapas, Mélia Palácio – restaurante “A Viscondessa”, restaurante típico O Gato, O Burgo e Barca do Arouce. [...] publicado por MJA [29.Abr.2010]
Inov-Energia abrirá
1.500 estágios 27 Abril 2010
O Governo aprovou o
lançamento de uma
nova vertente do
programa INOV, que
visa a atribuição de
estágios a
desempregados,
determinando para o
Inov-Energia um
máximo anual de
1.500 estágios no
domínio do ambiente
e energias
renováveis. publicado por MJA [29.Abr.2010] Deficientes visuais passam a ter acesso fácil à Internet João Pedro 26 de Abril, 2010
Aberta amanhã, a loja, situada na Avenida Comandante Valódia, será pioneira, em Angola, na venda de um dispositivo electrónico especial que é instalado no computador e é adaptado especificamente às pessoas portadoras de deficiência visual. Segundo o director da Izonga Comercial, Bernardino Machado, única empresa no mercado angolano a comercializar tais produtos, o dispositivo pode ajudar um deficiente visual a acessar textos comuns disponibilizados na Internet sem necessidade de impressoras especiais e em tempo real. “Montados lado a lado num teclado de leitura, os dispositivos ligam-se a um processador capaz de ler um texto numa tela comum de computador e o converter para os sinais braille ”, explica Bernardino Machado. Bernardino Machado disse que o dispositivo pode contribuir para aumentar a capacidade de trabalho dos deficientes visuais em todas as actividades que empregarem computadores pessoais. “A tecnologia de computação tem tornado possível o rompimento das barreiras em relação aos portadores de deficiência visual. Antes, um texto extenso demorava horas para ser criado manualmente em braille. Hoje, o processo leva minutos com o uso de impressoras específicas para o sistema”, garantiu o director da Izonga Comercial. A Izonga Comercial, para além da comercialização de todos materiais para deficientes áudio visuais, como a máquina de escrita braille, audiocharta, que é o leitor autónomo de documentos, e impressoras diversas, presta também serviços técnicos especializados, através de uma adaptação quer do sistema educativo como profissional, facilitando a provisão de acessórios técnicos”, disse o nosso entrevistado. Bernardino Machado explicou que através dos aparelhos adaptados, ajudaram duas jovens deficientes visuais que terminaram o curso superior e que tinham as suas teses escritas na linguaguem comum. “ Nós tivemos que traduzir em sistema de livro digital e a sua defesa ficou mas facilitada”, acrescentou. O director da Izonga Comercial acredita que pelo facto de muitas pessoas desconhecerem a existência da loja, muitas escolas de ensino especial e pessoas particulares, não só em Luanda, mas também no resto do país, têm dificuldades em encontrar kits de matemática para os seus alunos. publicado por MJA [29.Abr.2010] Ecoturismo e Turismo acessível
A Trilha Peba, com extensão de 800 metros, está localizada no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, em Goiás, e foi desenvolvido pelo Centro Universitário de Goiás – UNI-Anhanguera. Em 2006, foi apresentado no painel “Acessibilidade no Turismo”, durante o Destinations – Fórum Mundial de Turismo, realizado em Porto Alegre/RS. Clique no link abaixo ↓ http://desenhouniversal.com/video/trilha-do-peba-goias-trilha para assistir a um vídeo sobre a trilha. Esse vídeo apresenta uma trilha em meio a natureza que foi adequada aos usuários com deficiência visual. Através de uma corda ao longo do trajeto e marcações em pontos estratégicos, como nas paradas com informações táteis, os deficientes visuais conquistaram autonomia e novos conhecimentos.
publicado por MJA [29.Abr.2010] Alunos «à cata» de barreiras para
pessoas 21-04-2010
Promovido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) e, no Algarve, pelo Governo Civil de Faro e dirigido aos alunos que frequentam estabelecimentos de ensino básico e secundário, os vencedores do concurso são da EB1 Coca Maravilhas (Agrupamento Vertical Engenheiro Nuno Mergulhão), em Portimão. O trabalho premiado foi desenvolvido por um total de 44 alunos do 1º e 2º ciclos, orientados por dois professores, que identificaram as barreiras arquitectónicas existentes na escola e na cidade de Portimão. No âmbito do trabalho de investigação realizado, os participantes efectuaram uma recolha de imagens fotográficas e de vídeo das barreiras detectadas, para cuja erradicação apresentaram um conjunto de soluções e medidas a implementar. No seguimento do trabalho desenvolvido, os autores premiados redigiram ainda uma comunicação ao Presidente da Câmara Municipal de Portimão, na qual descrevem o projecto e solicitam a resolução dos pontos negros identificados. Prémio de 600 euros A EB1 Coca Maravilhas, que integra uma unidade de apoio especial para a educação de alunos com multideficiência, será premiada com um cheque de 600 euros atribuídos pelo INR e um troféu, enquanto os alunos e professores envolvidos no trabalho serão galardoados com diplomas. O Concurso “Escola Alerta!” visa sensibilizar os alunos para a participação na superação da discriminação, sobretudo no que diz respeito a pessoas com deficiência, através da eliminação de barreiras sociais, de informação e comunicação, urbanísticas e arquitectónicas, que dificultam ou impedem a acessibilidade, o pleno gozo dos direitos humanos e de cidadania e, consequentemente, o exercício efectivo desses direitos. A cerimónia de entrega dos prémios decorre amanhã e será presidida pela governadora civil de Faro, Isilda Gomes. publicado por MJA [22.Abr.2010] Programa «Escola Alerta» 20-04-2010 Lançado em 2003, o Programa “Escola Alerta” pretende mobilizar as comunidades
educativas para o combate à discriminação de que são alvo as pessoas com
deficiência, através da eliminação das barreiras urbanísticas, arquitectónicas e
de comunicação, que dificultam ou impedem a sua acessibilidade e o pleno gozo da
sua cidadania. O Governo Civil de Setúbal, enquanto entidade coordenadora do Programa
“Escola Alerta” no Distrito, promove, no próximo dia 21 de Abril, pelas 14
horas, no Pavilhão do Clube de Pessoal da Siderurgia Nacional, no Seixal, a
cerimónia distrital de entrega de prémios, atribuídos aos projectos concorrentes
neste ano lectivo.
Tacteando o Brasil Marcos 19/04/2010 Nos próximos dois meses, a jornalista cega Moira Braga conta em blog como é percorrer as cidades brasileiras que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014 testando a acessibilidade de diversos ambientes para o público com deficiência visual Na última quarta-feira, 14 de abril, a jornalista Moira Braga embarcou em uma viagem diferente. Nos próximos dois meses, ela e mais algumas pessoas com diferentes deficiências percorrerão as cidades brasileiras que serão sede de jogos na Copa do Mundo de 2014. Batizada Novos Rumos, a iniciativa é desenvolvida pelo Instituto Muito Especial, com apoio do Ministério do Turismo. O objetivo do projeto é chamar a atenção de governos e iniciativa privada sobre a necessidade de todos os ambientes (estádios, hotéis, pontos turísticos, restaurantes, etc) serem adaptados a qualquer usuário. Daí a opção por escolher uma pessoa com cada uma das necessidades especiais mais frequentes: um deficiente visual, um deficiente auditivo, um usuário de cadeira de rodas e um idoso. Moira Braga representa os deficientes visuais nessa expedição. "A idéia do projeto é verificar, orientar e sobretudo, fomentar a necessidade de se criar ambientes acessíveis a todos. O objetivo final deste trabalho é produzir um guia de turismo com dicas de acessibilidade, além de um documentário e um livro sobre a expedição" ela conta. Sendo um projeto contínuo, os participantes estarão juntos durante todo o tempo em que durar a jornada. Começando pelo Rio de Janeiro, eles permanecerão uma média de 4 a 5 dias nas cidades de são Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Brasilia, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Natal, Recife e Salvador. E onde a Urece entra nessa história? Já tendo participado de alguns projetos da Urece (como as aulas de dança e yoga para pessoas com deficiência visual), Moira Braga aceitou o nosso convite para escrever um blog contando não só os bastidores da expedição e as experiências adquiridas nesse giro pelo país, mas, principalmente, como anda a acessibilidade de lugares importantes de cidades que receberão o maior evento esportivo do mundo daqui há quatro anos. Batizado de Tateando o Brasil, o blog trará uma visão muito particular da jornalista sobre a experiência. Os visitantes poderão acompanhar o dia-a-dia da viagem, além de deixarem mensagens e perguntas para a jornalista. A Urece Esporte e Cultura é uma das pioneiras no desenvolvimento de projetos de acessibilidade voltados para pessoas com deficiência visual, entre os quais se destaca a produção de um diretório de quartos em braille com conteúdo adaptado ao cliente cego, para o hotel Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro. Um dos consultores de acessibilidade da Urece e responsável pela comunicação e divulgação do projeto Tateando o Brasil, Marcos Lima explica que "em geral, as pessoas pensam que acessibilidade é construir rampas e botar barras de ferro, mas esse tipo de adaptação espacial acaba favorecendo apenas ao usuário de cadeira de rodas. A pessoa cega ou com baixa visão tem outro tipo de necessidades, em que as obras são menores, mas que, em compensação, exige produção de material em braille ou ampliado, capacitação de funcionários, piso tátil, além de pequenas modificações que facilitam o nosso acesso às instalações de qualquer lugar". Ele lembra ainda que os deficientes visuais formam, segundo o último censo do IBGE, um público de mais de 14 milhões de pessoas. Enquanto durar o projeto, você pode acessar o blog de Moira Braga ou clicando aqui no link Tateando o Brasil .
Alunos experimentam dificuldades 2010-04-19 Por iniciativa do CRIF, cerca de 60 alunos saíram à rua, uns de olhos vendados, outros de cadeira de rodas, para “sentir na pele” as dificuldades que os cidadãos com mobilidade reduzida e os invisuais enfrentam quando circulam nas ruas de Fátima. “Isto é um pesadelo. É uma escuridão imensa, os passeios não estão adequados, têm muitos obstáculos, muitas curvas, muitos postos”, afirma a aluna Karine Constantino, do Colégio de São Miguel. Mas andar de cadeira de rodas também não é fácil. Que o diga Liliana Marques: “É complicado, a calçada é incerta, é preciso manobrar bem a cadeira para conseguir subir e descer os passeios”. As duas jovens participaram num peddy paper organizado pelo CRIF – Centro de Recuperação Infantil de Fátima. A iniciativa decorreu durante a manhã de terça-feira e envolveu 60 alunos do ensino secundário de Fátima. “O objectivo é fazê-los sentir, sensibilizá-los e eles entenderem que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos, as mesmas necessidades e que a vida deles é bem mais difícil com as condições que temos ao nível das acessibilidades e da sociedade em geral”, explica Maria do Carmo Fialho, coordenadora da unidade educativa CRIF. Por outro lado, “serve também para eles ficarem mais despertos, tolerantes e solidários com o outro”. Esta iniciativa volta a repetir-se a 27 de Abril (mas com alunos do 7º, 8º e 9º ano) e a 25 de Maio. Nesse dia, a sensibilização será dirigida à Junta de Freguesia, Câmara Municipal e SRU. “Nós há uns anos fizemos o levantamento das barreiras arquitectónicas existentes em Fátima e entregámos esse levantamento na Câmara. Houve algumas melhorias, mas ainda não está tudo resolvido”, explica Maria do Carmo Fialho, lembrando: “A cidade de Fátima é uma cidade com muitos visitantes, essencialmente idosos, e o que facilitar a vida de uma pessoa com deficiência, de uma criança em cadeira de rodas e de um idoso é bom para todos e é bom também para a cidade de Fátima”. publicado por MJA [20.Abr.2010] Férias dos portugueses na Europa vão ser subsidiadas 19 Abril 2010 Ser turista vai passar a ser um direito de todos os europeus. A Comissão Europeia decidiu que vai atribuir um subsídio a idosos, jovens, famílias com dificuldades financeiras e pessoas com deficiência, avança a edição do i desta segunda-feira Idosos com mais de 65 anos, jovens entre os 18 e os 25, famílias com dificuldades financeiras e portadores de deficiência vão beneficiar de um subsídio que pode ascender aos 30% das despesas totais de uma viagem de férias. Segundo o i, a proposta estará em prática em 2013 e conta já com o apoio do executivo português. Em declarações ao jornal, o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, explica que o Governo apoia esta ideia «porque constitui uma medida que permite democratizar o acesso a férias e combater a sazonalidade do turismo». Ainda não é conhecida a forma de execução e financiamento, assim como o impacto orçamental deste programa. publicado por MJA [20.Abr.2010] Lar residencial é o sonho dos invisuais 17/04/2010
Aproveitando a visita do deputado povoense Frederico Castro, que visitou as instalações e ficou a conhecer a dinâmica da associação, Domingos Silva deu a conhecer os projectos ali desenvolvidos. ‘Gente feliz com olhos nas mãos’, um boletim trimestral, produzido em negro, áudio e braille, e o projecto ‘Visão Radical’, que possibilitou a prática de actividades radicais aos utentes da AADVDB foram algumas das actividades apresentadas durante a visita à sede da instituição. A associação dos deficientes visuais do destrito de Braga é uma das seis instituições do distrito abrangidas pela campanha de solidariedade ‘Unidos, Une-te a nós’, levada a cabo por três empresas de Braga. Cada uma das associações tem ao seu dispor 50 mil rifas que vão ser vendidas ao preço de um euro e dão a possibilidade de ganhar um automóvel. Para além desta campanha permitir a angariação de fundos, Jaime Pereira, da AADVDB, destacou que este momento será aproveitado para “sensibilizar as pessoas para a deficiência visual e para publicitar e dinamizar a associação”. Para além de louvar o trabalho ali desenvolvido, o deputado Frederico Castro mostrou-se disponível para apoiar, dentro das suas possibilidades, os projectos da associação sedeada na Póvoa de Lanhoso. Fonte: Correio do Minho publicado por MJA [18.Abr.2010] Dinheiro de cegos usado para antidepressivos e obras FILIPA AMBRÓSIO DE SOUSA 16-04-2010 Comissão vai pagar indemnizações na próxima semana. Walter Bom só decide no final do mês se aceita. Os doentes de Santa Maria que cegaram em Julho de 2009 vão receber o dinheiro da indemnização já para a semana. A única excepção é Walter Bom, o ex-cozinheiro que ficou cego dos dois olhos, que ainda não aceitou a proposta da comissão arbitral de 246 mil euros e tem de se decidir até 30 de Abril. Já os restantes cinco doentes - que a semana passada já foram contactados pela comissão para ser feita a transferência bancária - já estão a equacionar o destino que poderão dar ao dinheiro. Uma remodelação na casa de banho, a compra de antidepressivos e sessões de apoio psicológico são alguns dos exemplos. "Vamos ter de remodelar a nossa casa de banho", diz Ana Oliveira, mulher de Américo Palhota, que ficou sem a visão no olho esquerdo e recebeu o valor de 32,5 mil euros. "Porque temos de adaptar a casa de banho devido às limitações do meu marido", explicou ao DN. No final de Março, a comissão arbitral presidida pelo juiz Eurico Reis definiu os valores das indemnizações e todos os doentes aceitaram, à excepção de Walter Bom, que recebeu a proposta mais alta de sempre feita pela Justiça portuguesa. Maria das Dores - que ficou cega dos dois olhos - recebeu o valor mais elevado a seguir a Walter de 150 mil euros. Maria Antónia Martins - que perdeu a visão no olho direito e recebeu 37 mil euros - explicou ao DN que "o dinheiro será para a compra de remédios para a depressão que são muito caros". A septuagenária toma actualmente 24 comprimidos por dia. Mais sete que antes do incidente ocorrido na unidade hospitalar de Lisboa. "Este dinheiro sempre ajuda a pagar a medicação, já que ainda noutro dia fui à farmácia e gastei mais de 100 euros", explica Maria Antónia Martins, ao DN. António Correia recebeu 105 mil euros e Maria José Silva Marques - que até hoje não falaram publicamente sobre este assunto - o valor de 26 mil euros. Já Walter Bom - que ainda não assumiu se vai aceitar o valor que lhe foi proposto - espera agora a resposta da comissão a algumas questões enviadas há duas semanas pelo seu advogado. "Questões como se é dedutível no IRS, como vai ser pago o dinheiro e quanto tempo demora este tipo de decisão no tribunal judicial", explicou o ex--cozinheiro de 48 anos ao DN. "Eu não posso estar muito tempo à espera de uma indemnização num tribunal porque estou sem emprego", explica o doente que está actualmente a aprender a ler em braille. "E tem de estar explícito que o pagamento do valor é imediato." Em Dezembro, o DIAP de Lisboa acusou o farmacêutico Hugo Dourado e a técnica de farmácia Sónia Baptista de seis crimes de ofensa à integridade física grave, com dolo eventual. Terão sido responsáveis pela troca de fármacos que levou à cegueira dos seis pacientes.
Olho biónico com retina artificial
A prótese ocular foi projetada para dar melhor qualidade de vida a pacientes com perda visual decorrente da retinite pigmentosa e da degeneração macular.
O olho biônico, que até agora se encontrava em testes, consiste de uma câmera super miniaturizada e de um microchip implantado na retina do paciente. A câmera, montada na estrutura de um par de óculos, capta a entrada visual, transformando-a em sinais elétricos que são enviados para o microchip. O microchip, por sua vez, estimula diretamente os neurônios da retina que continuam saudáveis, apesar da enfermidade. O implante permite que os pacientes ganhem uma visão em baixa resolução, devido ao pequeno número de células sadias da retina, e limitada pela quantidade de eletrodos da retina artificial.
"Nós vislumbramos que este implante de retina dará aos pacientes uma maior mobilidade e independência, e que as futuras versões do implante acabarão por permitir que os usuários reconheçam rostos e leiam letras grandes," diz o professor Anthony Burkitt, membro da equipe responsável pela fabricação do olho biônico. O objetivo dos pesquisadores é passar de algumas manchas de claridade pouco definidas para uma visão biônica verdadeira dentro de cinco anos. Até lá, eles planejam contar com uma retina artificial implantada na parte posterior do olho, recebendo os sinais captados pelas câmeras por meio de conexões sem fios. O olho biônico está sendo fabricado por uma empresa emergente criada pelos próprios pesquisadores, a Bionic Vision Australia, reunindo médicos, oftalmologistas, neurocientistas, engenheiros biomédicos e engenheiros eletricistas das universidades de Melbourne, Nova Gales do Sul e do Centro de Pesquisas dos Olhos, todos na Austrália.
Como se sabe, as pessoas com deficiência 15-04-2010
Editora lança livro pornográfico para cegos 12 Abril 2010
Uma editora canadense está lançando a primeira publicação
pornográfica para pessoas com deficiência visual. O livro vem completo,
com textos explícitos e imagens em alto relevo de homens e mulheres sem
roupa. publicado por MJA [13.Abr.2010] Escola do ensino especial de Lunda Norte 12-04-2010 Dundo - A escola do ensino especial no Dundo, única na província da Lunda Norte, funciona com dificuldades de ordem material, informou hoje, segunda-feira, o subdirector pedagógico da instituição, Celestino Mwanza Modeste. Celestino Modeste clama por máquinas de informática, pautas metálicas, braile, réguas, opção (instrumento usado pelo deficiente na vez de um lápis de carvão) meios que cada aluno deveria possuir em vez de depender de um exemplar de cada instrumento que a escola tem. Em declarações à Angop, o responsável afirmou que a escola carece de muitos instrumentos sem os quais se torna mais difícil aos deficientes visuais, auditivos e outros a aprenderem.Informou que para além de pequena (2 salas) e funcionar num edifício impróprio, a escola não dispõe do material didáctico específico que facilita a aprendizagem do aluno. Celestino Modeste disse que este ano foram inscritos 177 alunos, mais 40 em relação ao ano 2009, que frequentam as aulas em dois turnos: manhã e tarde. Pelo facto do espaço ser exíguo, tendo em conta o número de alunos, sublinhou, alguns deles foram integrados no sistema normal de ensino. Realçou que a escola possui 18 professores capacitados, número suficiente para garantir o normal funcionamento das aulas desde a iniciação até a 6ª classe. Na Lunda Norte, o ensino para deficientes funciona desde 1998 e arrancou com dois alunos de cinco anos de idade que hoje frequentam o II ciclo do ensino secundário.
SCTP vence primeira edição do Prémio 12-04-2010
Ordem dos Enfermeiros
promove “Jantar às Escuras” 11 Abril Sensibilizar as pessoas para as dificuldades diárias que sentem os cidadãos cegos ou amblíopes e promover uma sociedade mais inclusiva para pessoas com deficiência são os objectivos da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros (OE) com a organização de um “Jantar às Escuras”, dia 23, no Hotel D. Inês. A iniciativa inserida na Semana da Bastonária, período de discussão e acompanhamento de políticas de saúde que se repete em cada distrito, pretende reconhecer o esforço e mérito da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), nomeadamente a sua delegação de Coimbra. Manuel Oliveira, presidente do Conselho Directivo Regional do Centro da OE, explicou ao Diário de Coimbra que este será o «momento de solidariedade» de um programa voltado para as questões da saúde e do exercício profissional dos enfermeiros. Várias entidades públicas e privadas foram convidadas para o jantar que está aberto a todos os interessados. Com preço de 20 euros por pessoa, os lucros revertem para a ACAPO, instituição particular de solidariedade social, como forma de apoio aos seus projectos. «Queremos dar visibilidade a uma causa que é de todos, a inclusão social, dando relevo às dificuldades que estes cidadãos sentem no dia-a-dia e em coisas tão simples como o acto de tomar uma refeição», referiu Manuel Oliveira, sublinhando a importância de campanhas pela acessibilidade e mobilidade dos cidadãos com limitações sensoriais ou motoras. Recordando um jantar semelhante organizado pela OE com a ACAPO de Viseu, no ano passado, o presidente do Conselho Directivo Regional adianta que «os participantes no jantar serão vendados e depois guiados até às suas mesas por pessoas da ACAPO, onde vão jantar sempre “às escuras”». No final, realiza-se uma troca de impressões sobre a experiência e a ocasião será aproveitada para debater os principais problemas com que os cegos e amblíopes se deparam no quotidiano.
O responsável da OE acredita que, colocando-nos na pele de um cidadão cego, podemos perceber melhor as suas dificuldades e, ao mesmo tempo, admirar «as competências que adquirem e a sua capacidade de autonomia», estando mais alerta para o desempenho do nosso papel numa «sociedade inclusiva». As inscrições para o “Jantar às Escuras” podem ser feitas, até dia 20 de Abril, na delegação de Coimbra da ACAPO, na Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 113 (telefone 239792180).
Cegos podem tocar peças no Museu Egípcio do Cairo 06/04/2010 Mayck
"Para os cegos é uma experiência incrível porque podem ligar o que lhes contaram com sua experiência ao tocar as peças", afirma o responsável pelo programa de visita para cegos do Museu Egípcio, Tahani Zakareia, à Agência Efe. Milhares de estudantes participaram deste projeto, no qual trabalham atualmente quatro guias, três deles cegos, que se propuseram agora a rotular em braille a pouca informação que o museu proporciona sobre as antiguidades. "A necessidade de tocar algo para imaginá-lo não é exclusiva dos cegos porque qualquer pessoa necessita ver ou tocar um objeto para ter uma ideia dele, mas no caso deles a única forma de sentir a história é através de suas mãos", acrescenta Zakareia. Os visitantes podem tocar túmulos, estátuas e mesas de mumuficação (Imagem/Getty Images) Nagwa Ibrahim, uma das quatro guias, explica que a primeira coisa a ser feita é proporcionar alguma informação aos cegos sobre o patrimônio faraônico. Esta explicação "muito singela", precisa Nagwa, lhes dá as boas-vindas e marca o início de uma visita que continua depois no interior do museu, que abriga uma coleção de mais de 120 mil peças do Antigo Egito (de 3150 a.C. ao 31 a.C). Durante a excursão, os visitantes cegos se movimentam pelas salas com restos arqueológicos pelas mãos dos guias que, segundo Nagwa, lhes permitem tocar antiguidades como túmulos, estátuas e mesas de mumificação. Estátuas de pedra e cobre, máscaras funerárias, relevos ou vasilhas são alguns dos objetos ao alcance dos cegos, que desfrutam de permissão para tocar, vetada ao resto dos visitantes. "Uma vez terminada a visita pelo museu, organizamos uma oficina e vemos como eles imaginam os restos", acrescenta Nagwa, uma jovem com problemas oculares contratada há um ano pelo centro, mas que colabora há três nesta atividade. Outro dos guias, Adel Mustafa, conta que "quando as crianças tocam as peças percebem primeiro seu tamanho e seus limites, e depois se pertencem a um homem ou uma mulher". "Tocamos os rostos com os dedos e através das barbichas sabemos se é de um faraó ou se se trata de um homem ou uma mulher porque seus traços faciais são diferentes", acrescenta Adel. Da mesma forma que os guias, as mãos dos estudantes percorrem as estátuas detendo-se em sua textura e em suas gravuras e descobrem, por exemplo, se a cabeça é humana ou animal. "E depois dão suas impressões sobre as peças", assinala Adel. Najib também é guia do Museu Egípcio e conta que "tocar as peças permite aos cegos sentilas, ter exemplos e, junto às explicações, imaginar como é a antiguidade". A presença dos cegos no museu não se reduz às visitas guiadas e os quatros guias trabalham para incluir alguns rótulos em braile junto às peças arqueológicas. "Assim, se o cego decide ir ao museu sozinho, poderá entender o significado das peças que tem em frente", acrescenta Najib, que explica, além disso, que estas melhoras também serão transferidas à seção para crianças do Museu Egípcio, inaugurada em janeiro e construída a partir de blocos de plástico de Lego. O programa não termina nas visitas, mas continua além das paredes do museu com a organização de peças de teatro em atores cegos interpretam durante um festival anual. Adel, responsável pelos roteiros, explica que sua tarefa foi "muito difícil no princípio" porque devia "fazer todos se sentirem iguais no palco", mas confessa a sua experiência como ator durante 12 anos ajudou.
Aplicativo para celular ajuda Por Rosa Golijan 31 de Março de 2010
Após ser “ensinado”, ele parece funcionar de maneira
rápida e precisa. Se o programa realmente funcionar como
no vídeo, smartphones podem se transformar em bons e – a
depender do preço – acessíveis assistentes para cegos e deficientes visuais.
Veja o vídeo. publicado por MJA [1.Abr.2010] Pesquisadores desenvolvem Por Nátaly Dauer, 31/03/2010 Pesquisadores de acessibilidade digital na Universidade do Estado da Carolina do Norte estão próximos de desenvolver um sistema display que permitirá aos deficientes visuais aproveitarem ao máximo a internet e os computadores. Os displays eletrônicos de Braille atuais mostram apenas uma linha de texto por vez, e são extremamente caros, diz o blog Boffin Watch do site The Inquirer. Entretanto, Neil Di Spigna, um assistente de pesquisas e professor na Universidade do Estado da Carolina do Norte e sua equipe estão trabalhando para criar um display de Braille de página inteira e atualizável. A tela traduziria imagens em displays tácteis, ou, no termo mais correto, de resposta háptica, mapeando pixels de uma imagem e representando-os como pontos em alto-relevo. O plano de Spigna é utilizar um mecanismo hidraulico e de fechamento, feito de um polímero eletroativo bastante elástico e de baixo custo. Isso permitiria aos pontos serem “levantados” a altura ideal para serem lidos. Após os pontos saltarem na tela, um mecanismo de fechamento suportaria a pressão do dedo humano durante a leitura dos pontos. O material também tem resposta rápida, permitindo ao leitor acompanhar a página de um site ou documento em poucos minutos. Tentativas de desenvolver telas em Braille não são novidade, embora ainda não haja resultados práticos ou voáveis comercialmente. Há pesquisas sendo desenvolvidas não só nos Estados Unidos como também na Finlândia e no Japão. A Nokia, que é da Finlândia, e a coreana Samsung já haviam apresentado antes celulares que traduzem mensagens de SMS para o Braille. A tecnologia, entretanto, está longe de ser bem quotada pelos próprios deficientes visuais. A Geek perguntou a oito portadores de alguma deficiência visual se usariam o sistema Braille para ler mensagens e textos, e a resposta de seis deles, quase uma unanimidade, é a de que os programas sonoros que lêem o texto em voz alta seriam mais produtivos do que um sistema tátil. Os outros dois não souberam opinar. Nenhum dos oito entrevistados experimentou pessoalmente algum sistema em Braille, opinando apenas baseado em sua experiência com programas leitores. publicado por MJA [1.Abr.2010] Miopia cresce entre os mais jovens 31 de Março, 2010
Dados publicados por investigadores norte americanos apontam para um crescimento do número de casos de miopia, afectando agora 41% da população dos EUA. Em Portugal, os dados concretos são inexistentes, mas os especialistas confirmam o aumento de miopes, em especial entre os mais jovens.
Congresso Internacional de Optometria 28 de Março, 2010
A segunda jornada do congresso coloca em cima da mesa assuntos relacionados com diversas patologias oculares, nomeadamente disfunções da visão binocular, estrabismo, miopia nocturna, retinopatia diabética, ectasias corneais e degeneração macular relacionada com a idade. Falar-se-á ainda dos mecanismos da secura ocular durante o uso de lentes de contacto, alterações da película lacrimal na pratica clínica e novas lágrimas artificiais. Em simultâneo às palestras cientificas, protagonizadas por especialistas de Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido e EUA, decorrerão sessões práticas relacionadas com os mesmos assuntos. De acordo com a comissão organizadora do evento, todo o programa do CIOCV2010 dedica-se ao aperfeiçoamento das competências do optometrista clínico. O congresso atrai anualmente a Braga mais de 500 alunos, vários profissionais e membros de empresas relacionadas com as ciências da visão.
Parlamento Europeu abre novos estágios 23 de Março de 2010
O programa abrange cinco meses de trabalho remunerado na instituição, estando as vagas repartidas maioritariamente entre Bruxelas e Luxemburgo, segundo o PE. Estes estágios vão decorrer entre 1 de Outubro deste ano e 28 de Fevereiro de 2011, dirigidos a universitários ou estudantes de estabelecimentos de ensino equiparáveis e a pessoas com habilitações não universitárias. Os candidatos que forem seleccionados vão ter uma bolsa mensal, um subsídio adicional relacionado com a deficiência, um reembolso das despesas de deslocação efectuadas no início e no fim do estágio e um seguro de saúde. Podem candidatar-se maiores de 18 anos (à data do início do estágio), devem ser residentes num Estado-membro e devem apresentar comprovativo da deficiência (certificado médico ou cartão de deficiente emitido por uma autoridade nacional). A iniciativa visa promover a igualdade de oportunidades e a inserção no mercado de trabalho de pessoas com deficiência.
Dia da Mulher:
Durante a apresentação do estudo "O impacto da discriminação com base na deficiência das mulheres", que decorreu hoje na Assembleia da Republica, em Lisboa, no Dia Internacional da Mulher, Idália Moniz sublinhou também a importância deste trabalho como base para que o Estado possa desenvolver melhor a sua estratégia para a deficiência. "Mais de oitenta por cento das pessoas com deficiência, com mais de 18 anos, não foram além do primeiro ciclo, não porque não conseguiram, mas porque nós temos andado errados quanto ao objetivo do nosso investimento", declarou a governante, salientando a "discrepância acentuada entre homens e mulheres". [Este texto da agência Lusa foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.] publicado por MJA [9.Mar.2010] Cegos ensinam idosos a utilizar computadores LUÍS GARCIA 8 Março 2010
Numa sala da sede da Vodafone, no Parque das Nações, dez idosos fixam atentamente os ecrãs à sua frente. Maria da Conceição, 61 anos, ainda demora a encontrar as letras que pretende, mas as mãos abertas sob o teclado mostram que reteve os conselhos dos instrutores no sentido de não utilizar apenas os indicadores para escrever no computador, como tende a fazer um iniciado. E o termo mais correcto para descrever a sexagenária nem sequer é iniciada mas sim estreante. "Nunca tinha usado um computador. Só sabia o que era o teclado e o rato. Até chamei visor ao ecrã", ri-se Maria da Conceição. Num só dia, a reformada e outros nove seniores do "Cantinho do Idoso", uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) da Pontinha, em Odivelas, aprenderam algumas noções de como editar documentos Word, consultar páginas da Net, enviar e-mails e utilizar o Messenger. Maria da Conceição, que quer aprender a pagar contas e a fazer compras através da internet, ficou tão entusiasmada com o dia passado a teclar que promete dar uso a um computador que tem lá para casa a apanhar pó. "Agora não quero outra coisa. Quando chegar a casa vou ligá-lo. Já não lavo a roupa, é só computador", brinca. Também satisfeita, embora já muito "cansada da vista", está Beatriz Pereira, 69 anos. "Há muitos anos, brincava no computador com o meu marido, a fazer joguinhos. Quando a minha filha saiu de casa, há 13 anos, levou-o", conta a reformada, em jeito de justificação para já não se lembrar de como se usa a máquina. A aula foi ministrada por formadores invisuais ou com reduzida visão da Associação Promotora do Ensino dos Cegos. O coordenador Vítor Graça explica que o objectivo é que "toda a gente consiga ter acesso à informação pela net". E afirma: "A experiência está a ser espectacular, porque criamos uma ligação muito interessante com os idosos, que têm grande vontade de aceder ao conhecimento".
Funcionárias do Pingo Doce
em Coimbra Patrícia Cruz Almeida 2 Março 2010
A residir em S. Martinho do Bispo, Rosa Esteves, invisual, de 41 anos, começou ontem uma vida nova. Foi contratada para trabalhar na área de embalamento e reposição na Padaria do Pingo Doce (grupo Jerónimo Martins) e na área administrativa, no sistema operacional de Informática. Com ela, Eunice Santos, de 33 anos, amblíope, foi contratada para trabalhar na reposição na secção de Frutaria e na Florista. Depois de três semanas de estágio, o desempenho das duas funcionárias “superou todas as expectativas”. “É a primeira vez que temos pessoas com deficiência visual a trabalhar na área operacional. Até aqui, essas pessoas eram, geralmente, contratadas para desempenhar as funções de telefonista ou recepcionista”, disse Rui Moreira, responsável do Pingo Doce na zona Centro. A intenção inicial era contratar apenas uma pessoa. Partiu-se, então, para a experiência: no Pingo Doce da Portela, durante o estágio, a empresa fez uma adaptação do equipamento, colocando informação em Braille para que Rosa e Eunice pudessem orientar-se no cumprimento das suas funções. Aposta feita, aposta ganha. O desempenho foi tão bom que o Pingo Doce resolveu contratar as duas mulheres. O contrato foi celebrado ontem e, a partir de agora, Rosa Esteves e Eunice Santos iniciam uma vida nova no mercado de trabalho. Começarão por ganhar 500 euros (ordenado mínimo da empresa), mais subsídio de alimentação (116 euros). Domingos e feriados serão remunerados conforme o disposto na lei. A contratação aconteceu no âmbito de uma parceria do grupo Jerónimo Martins com a ACAPO, na integração laboral de pessoas com deficiência de visão. Teresa Pedro, Departamento de Apoio ao Emprego e Formação Profissional da Acapo, mediou o processo. “Estamos a dar uma oportunidade para que as novas trabalhadoras possam crescer e integrar-se profissionalmente, mas sem proteccionismo”, ressalvou Rui Moreira. Rosa como Eunice sabem que muitas empresas não acreditam, ainda, na capacidade dos deficientes visuais”. Elas já provaram o contrário. publicado por MJA [3.Mar.2010] Deficientes visuais terão
ajuda de GPS 01/03/2010 Em Portugal, pessoas cegas contarão com a ajuda de equipamentos GPS integrados a dispositivos de áudio para se guiarem nas ruas. Os aparelhos emitirão mensagens que avisam a presença de buracos, elevações entre outros obstáculos, a distância de dois ou três metros. Uma equipe de investigadores fez a junção de várias tecnologias em um só projeto. A intenção também é comercializar o GPS-áudio a baixo custo. O Blavigator, está sendo desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão(GECAD), em Portugal. O sistema funciona como um aparelho de GPS que mistura avisos sonoros de aproximação de obstáculos, semelhantes aos que já existem em alguns carros. Com instruções simples, o aparelho visa não atrapalhar o deslocamento da pessoa que utilize a bengala. Um sistema de rádio frequência também está incluso. O aparelho será de pequena dimensão, parecido com um PDA, e também emitirá vibrações que indicarão onde o usuário deve virar ou se está saindo do caminho correto. As informações virão de uma central controlada por entidades públicas e privadas. Em Janeiro de 2011 começará a construção da interface do produto, e em 2012 a intenção é ter o primeiro protótipo do aparelho. João Barroso, membro do grupo de pesquisa, afirma que “o sistema será muito leve, robusto, fácil de colocar e transportar e não se tornará um obstáculo na locomoção”. O preço que o produto pode chegar no mercado é inferior a 400 euros. publicado por MJA [3.Mar.2010] Pais e docentes reclamam mais 01.03.2010 Graça Barbosa Ribeiro Se o chamado plano de acção para a escola inclusiva afastou milhares de alunos da educação especial, os que ficaram no sistema também não estão a trilhar um caminho fácil. Professores e pais denunciam que as escolas de referência
criadas para as crianças cegas e surdas não estão a dar a
resposta adequada. "Um ciclo que não se quebra sem uma aposta
séria na qualidade do ensino", avisa Carlos Lopes, da Associação
de Cegos e Amblíopes de Portugal (Acapo). A Federação Nacional
dos Professores (Fenprof) entregou esta semana um estudo ao
Ministério da Educação (ME) onde denuncia a falta de professores
para o ensino especial.
Nos EUA maioria das crianças cegas 22/02/2010
O dado apurado chamou tanta atenção que em sua convenção anual realizada em julho de 2009, a Federação lançou uma campanha como forma de aumentar a conscientização dos deficientes visuais sobre o tema. O slogan “ouvir não alfabetiza” foi reproduzido em diversos painéis espalhados pelo local do evento. Também circularam histórias com exemplos de crianças que não sabiam o que era um parágrafo, ou porque se usam letras maiúsculas e ainda que a expressão “felizes para sempre” é composto de três palavras separadas. Na convenção uma estatística era freqüentemente citada com orgulho: Um estudo de 1996 mostrou que, de uma amostra de adultos com deficiência visual, aqueles que aprenderam braille enquanto crianças tinham o dobro de chances de estar empregado com relação àqueles que não aprenderam braille. Para James Brown, participante do evento e usuário de livros falados e softwares sintetizadores de voz há definitivamente um sentimento de pressão em prol do braille, mas acredita que na atualidade os recursos tecnológicos tem mais espaço. Membros mais antigos da Federação americana não negam a importância da tecnologia na vida dos deficientes visuais, mas afirmam não se pode esquecer que a história moderna das pessoas cegas é, em muitos aspectos, uma história de luta pelo acesso a leitura sendo que até o século 19, os cegos estavam confinados a uma cultura oral. Em sua luta contra ao que foi perdido em prol da
tecnologia nos últimos anos, diversos membros da
federação têm utilizado a clássica expressão: “O que
está escrito permanece, o que é falado desaparece no
ar”. publicado por MJA [22.Fev.2010] Há cerca de três mil pessoas
com 19 de Fevereiro de 2010
Segundo Virgínio Bento, presidente da delegação açoriana da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, há aproximadamente cerca de três mil pessoas com falta de visão na Região, o que no seu entender é um número muito elevado. O presidente lamenta que de entre todas essas pessoas apenas 20 saibam ler braille: “infelizmente as pessoas não procuram a associação para aprender braille e isso está errado”, disse. Virgínio Bento referiu que uma das grandes dificuldades sentidas pelos invisuais está relacionada com o facto de as cartas emitidas por entidades públicas não serem enviadas em braille: “para pagar a água ou a luz recebemos o recibo normal (...) Isso está mal! Como é que uma pessoa cega vai saber o que tem a pagar?”, pergunta indignado Virgínio Bento, exemplificando que ontem pagou com multa a conta da água. Virgínio Bento lamenta que estas situações aconteçam e atribui a culpa aos governantes, que parece terem-se esquecido das necessidades dos invisuais: “eu acho que os nossos serviços municipalizados e governamentais têm de enviar para casa dos deficientes as coisas em condições”, realça o presidente da ACAPO-Açores, acrescentando que “o deficiente visual para poder pagar as suas contas tem de ter o recibo devidamente adaptado à sua deficiência”. O responsável da associação diz inclusivamente que os governantes somente pensariam nestes pormenores se vivessem as dificuldades dos deficientes visuais, mesmo que fosse apenas por duas horas. O mesmo diz não estar a exigir nada, apenas reivindica o direito de ter acesso a essas informações em braille: “só estou a pedir que me tratem tal e qual como os outros e me dêem a possibilidade de no meu próprio mundo viver como os outros”, sublinhou. Contudo, a falta de professores especializados em deficiência visual, que impossibilita a formação de leitura em braille para os invisuais residentes na Região, é uma realidade. Virgínio Bento
explicou que os poucos professores que
existiam já estão reformados e actualmente
conhece somente dois mestres especializados
para lidar com cegos, sendo que um reside em
São Miguel e o outro na Terceira: “noto que
o nosso Governo não teve em conta a
especialização de professores nesta área”,
frisou. A dificuldade com a formação
especializada também é um entrave para a
mobilidade dos cegos na Região. O
representante da ACAPO-Açores gostaria de
saber onde estão os técnicos de mobilidade
para ensinar os invisuais a andar na rua.
Diz saber ainda que o Governo Regional
formou várias pessoas nessa área, mas as
mesmas não se encontram a executar essa
função. Na opinião de Virgílio Bento, “saber
andar de bengala e saber ler braille é
fundamental” para quem tem deficiência
visual. Por essa razão faz um apelo para que
sejam criadas as condições necessárias aos
invisuais porque como o próprio diz, “o
deficiente visual bem trabalhado não é
burro, é muito esperto! É preciso é dar
oportunidade e qualidade”. Fonte: Açoriano Oriental publicado por MJA [19.Fev.2010] Projecto-piloto
equipa Biblioteca de Leiria Helena Amaro 18 Fevereiro 2010 Dinis Santos, presidente da delegação de Leiria da ACAPO - Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal -, não escondia ontem a sua felicidade por tornar real um sonho: frequentar a Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira e poder pesquisar e recolher informação como qualquer outro utilizador. A partir de agora, Dinis Santos e qualquer outra pessoa com deficiência tem à sua disposição na Biblioteca Municipal um computador, digitalizador e impressora, graças a um protocolo celebrado entre a câmara de Leiria e a Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI), através do qual foi dado início a um projecto-piloto que poderá estender-se a outras bibliotecas. "Esta é uma mais valia, uma nova valência e a captação de um novo público que costuma estar excluído", explicou Gonçalo Lopes, vereador com o pelouro da Cultura da câmara de Leiria, ontem, durante a apresentação do novo serviço 'Biblioteca Acessível'. Para o vereador, o novo serviço é "um grande desafio", mas "só será possível com o apoio do movimento associativo", pelo que apelou à sua divulgação junto dos seus associados. O equipamento agora cedido à Biblioteca Municipal no âmbito do protocolo encontrava-se nas instalações da delegação da Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação, localizada no Instituto Português da Juventude de Leiria, espaço pouco procurado por pessoas com deficiência. Com o material informático na biblioteca, João Afonso, administrador da FDTI, acredita que terá maior visibilidade e poderá chegar a mais pessoas. "Esta é uma solução completa, porque o software está preparado para invisuais, deficientes auditivos e motores", explicou João Afonso. Para o efeito, os utilizadores terão à disposição formação ministrada por técnicos da FDTI, que darão também aulas aos funcionários da biblioteca sobre a forma a manusear o equipamento. A 'Biblioteca Acessível' dá continuidade a um conjunto de novas valências que estão a ser introduzidas na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, com o objectivo de melhorar o serviço prestado aos utilizadores. O novo serviço funciona no espaço dos audiovisuais, à segunda-feira, entre as 14h00 e as 19h00, de terça a sexta-feira, entre as 10h00 e as 19h00, e aos sábados, das 10h30 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Presentes na apresentação do novo equipamento estiveram várias associações de Leiria. Dinis Santos, presidente da ACAPO, afirma que o seu dia-a--dia vai mudar a partir de agora, já que o sistema permite fazer pesquisas, ler e obter informações através da Internet. "Posso ser uma pessoa autónoma e normal, como qualquer outra" e "fico feliz por saber que, a partir de agora, muita gente carenciada pode utilizar um equipamento caríssimo", disse Dinis Santos. Em termos práticos, o presidente da ACAPO explicou ao Diário de Leiria que o novo equipamento permite coisas tão simples como ler um documento. "Se tiver alguma dúvida sobre um papel da Segurança Social, posso vir à biblioteca, digitalizá-lo e ler em Braille", exemplificou. Apesar de ter um computador com sistema de voz em casa, Dinis Santos prefere o equipamento agora cedido à Biblioteca Municipal, porque é composto por um teclado em Braille. "Gosto mais do teclado normal do que o de Braille, mas este também é importante, porque ajuda a corrigir o português", explicou. publicado por MJA [18.Fev.2010] Mais de metade dos sites
públicos estão 16.02.2010
Cumprir os requisitos necessários para
que os conteúdos sejam compreendidos pelos
cidadãos com deficiência é fácil e quase não
implica custos, se o trabalho for
desenvolvido na fase de construção do site.
Quando se trata de adaptar um site já a
funcionar não é tão simples, mas pode ser
feito. publicado por MJA [16.Fev.2010] Colocação de docentes privilegia
experiência Marco Lopes da Silva
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) denunciou hoje que há alunos com necessidades educativas especiais acompanhados nas escolas públicas por docentes sem qualquer tipo de especialização e, em alguns casos, que nunca deram aulas. "Nas situações de colocação de professores através de destacamento ou oferta de escola, sempre que não existem professores com formação especializada em educação especial, o processo de selecção privilegia a colocação de professores com experiência em educação especial", afirma a tutela, em nota enviada à agência Lusa. publicado por MJA [16.Fev.2010] Lentes dentro dos olhos para deixar os óculos de vez CATARINA CRISTÃO 14 Fevereiro 2010
Reinaldo Bartolomeu, de 31 anos, estava farto das lentes de contacto. "Colocá-las todos os dias de manhã e tirá-las à noite era um grande incómodo", explica. Mas sem elas, ou sem os óculos que usava quando chegava a casa, perdia grande parte da visão devido à miopia grave de que sofria desde criança. Há cinco anos pôs fim ao problema e a hábitos de toda a vida. Procurou um oftalmologista que lhe colocou dentro dos olhos lentes definitivas. "Hoje não me preocupo mais com o assunto. Ganhei qualidade de vida, além de melhorar a minha imagem", garante Reinaldo. A colocação de lentes intra-oculares (através de uma pequena cirurgia que não exige internamento) pode ser feita em Portugal desde há 15 anos. Inicialmente era usada para tratar as cataratas e tornou-se também procurada para corrigir miopias graves, astigmatismo e hipermetropias elevadas - que não podem ser tratadas com laser (ver caixa ao lado). Mas, hoje, é cada vez mais usada por pessoas com problemas menos graves, para se verem livres de vez dos incómodos óculos. Os materiais mais compatíveis e maleáveis, com os preços a descer, devido à concorrência, têm ajudado ao aumento da procura. "Estas lentes são seguras, adaptam-se a cada caso, e oferecem uma excelente qualidade de vida aos pacientes. São o futuro", admite Joaquim Murta, director do Serviço de Oftalmologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). Este é dos poucos hospitais do País onde só muito recentemente se começou a fazer este tipo de intervenções comparticipadas para os casos de erros refractivos - as cirurgias às cataratas já se fazem nesta unidade de saúde há cerca de 15 anos. "Começámos há um ano a adquirir este tipo de lentes. Já colocámos algumas, mas ainda estão a decorrer concursos públicos para aumentarmos o stock", explica o responsável. Entretanto, a lista de espera aumenta, diz, sem, querer revelar números. "Há muitas pessoas que precisam ou querem colocar estas lentes", sublinha. Há quem o faça por questões de saúde, mas muitos procuram este tipo de intervenção nas clínicas privadas por razões estéticas. "Há pessoas que colocam estas lentes quando têm pouca graduação, há quem o faça com menos de três dioptrias, não é por necessidade premente", admite. "O laser pode não ser recomendado nesses casos por razões médicas, mas a pessoa pode viver perfeitamente com os óculos", explica Joaquim Murta. Nos casos graves em que as lentes são recomendadas - pessoas com intolerância às lentes de contacto ou que usam óculos com graduação muito elevada -, esta solução "melhora significativamente a qualidade de vida". Mas nem todos as podem colocar. A primeira condição é ter mais de 20 anos (ver texto ao lado). "Temos de ter a garantia de que a graduação está estável", explica a oftalmologista Conceição Lobo Fonseca, autora de alguns estudos sobre o assunto, acrescentando: "É necessário esperar dois a três anos e ver se as dioptrias não aumentam." Já a idade-limite "pode ser estabelecida aos 60, quando se começa a ter outro tipo de problemas oculares como as cataratas", completa o oftalmologista Francisco Versteeg, da clínica I-Qmed, onde se fazem em média 20 intervenções destas por mês. Contudo, diz o clínico, a pessoa não pode ter problemas de saúde, como diabetes, ou outras patologias oculares mais graves. A cirurgia a laser ainda é a primeira opção dos médicos, por ser "mais fácil e barata". A colocação das lentes é escolhida sobretudo para casos em que o laser não resulta. "O problema é que o laser tem limites, depende da espessura da córnea. É como se fosse uma escavação, e só posso escavar até certo limite, caso contrário fura-se o olho", explica Adriano Aguilar, da clínica oftalmológica ALM, que, enquanto faz dez cirurgias a laser por semana, põe dez lentes intra- -oculares por mês. Uma cirurgia a laser a um olho custa perto de 600 euros numa clínica privada, mas uma lente intra--ocular pode chegar ao triplo: entre 1300 e 1600, dependendo se é progressiva ou não (tal como acontece com as lentes vulgares). "Pode-se colocar-se uma lente monofocal, para corrigir a visão ao longe, mas neste caso a pessoa teria sempre de usar óculos para ver ao perto. Já as lentes progressivas, ou bifocais, são mais caras, mas permitem ver ao longe e ao perto", salienta Conceição Lobo Fonseca. Depois de colocadas, são raros os casos em que são substituídas: "Só quando são substituídas por lentes para as cataratas. Se a graduação do olho aumentar, resolve-se com o laser", conclui Adriano Aguilar.
Operadora móvel lança novo produto 2010-02-09
A Tmn lançou um novo
produto destinado aos cidadãos com deficiência visual. O novo produto, chamado
Tmn Talks & Zooms permite converter em som toda a informação através de um
sintetizador de voz pela vertente Talks. Com esta vertente é dado a
possibilidade aos seus utilizadores de aceder aos menus, consultar a lista de
contactos, agenda, calculadora entre outros, tudo com o recurso ao sintetizador
de voz da língua portuguesa. Ampliar a informação do ecrã e proporcionar uma
leitura facilitada, com conteúdos mais legíveis é a função do Zooms. O Tmn Talks
& Zooms é compatível com uma vasta gama de telemóveis
Nokia ou com modelos que
possuam o sistema operativo Symbian 60 3rd Edition. Para o acesso gratuito ao Talks & Zooms os clientes
com necessidades especiais devem apresentar, no acto de compra, um comprovativo
da sua deficiência e adquirir um novo equipamento Tmn ou um cartão Sim. Para os
restantes clientes, este produto está disponível por 259,90 euros.
Banco dá 200 mil a quem ajudar quem mais precisa 2010-02-08
As organizações sem fins lucrativos destinadas a melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência têm agora a oportunidade de ganhar 200 mil euros. O concurso faz parte do programa de responsabilidade social do BPI e tem candidaturas abertas até 8 de Abril. «O objectivo é melhorar a qualidade de vida e integração social de pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade permanente, a começar por ajudá-las no dia-a-dia e a encontrar trabalho, por exemplo», explicou o presidente do banco, Fernando Ulrich. «O principal é a atitude. E a começar pelos funcionários do banco, que espero que com esta iniciativa estejam mais abertos e disponíveis para trabalhar com pessoas com deficiência», adiantou o responsável. Por isso, Fernando Ulrich não exclui a atribuição de quotas no seu banco. «Por norma não gosto muito dessa política, mas há momentos em que isso se justifica porque pode ajudar a criar uma nova dinâmica», explicou o banqueiro. No total, o banco vai despender 500 mil euros para este prémio que, a par do primeiro lugar, vai atribuir até 50 mil euros às organizações com melhores propostas. O prémio «BPI Capacitar» destina-se a todas as instituições sem fins lucrativos com sede ou actuação em Portugal. A candidatura pode ser feita no site do banco.
ANACOM promove seminário sobre acessibilidade
No evento, promovido pelo regulador, marcarão presença Barbara Delaney, responsável pela política do consumidor do regulador irlandês - 'ComReg' -, bem como Luís Carriço, Professor Associado do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. É propósito deste encontro analisar a aplicação da medida 'ComReg' no trabalho com grupos representativos de cidadãos com deficiência e da indústria de comunicações na Irlanda, "com o objetivo de tornar as comunicações acessíveis a todos", refere a ANACOM em comunicado.
Tartaruga cega viaja para Centro de animais deficientes 04 de Fevereiro de 2010 Uma tartaruga cega encontrada na Grécia foi levada para um centro de animais marinhos na Grã-Bretanha onde será alimentada e monitorada. Batizada de Homero, a tartaruga foi transportada de avião por um trajeto de mais de 2 mil quilômetros acompanhada por uma equipe de especialistas. Como não pode caçar e se alimentar sozinha, o Blue Reef Aquarium, em Newquay, passa agora ser a sua "casa definitiva". Homero, que pertence à espécie Caretta caretta, foi encontrada cega e com ferimentos na cabeça, provavelmente causados pela hélice de um navio. Seu nome é inspirado no poeta grego Homero, considerado o autor de Ilíada e Odisséia. "Nos primeiros dias vamos avaliar de perto sua condição e comportamento e também seu regime alimentar", disse David Waines, diretor do Blue Reef Aquarium. "Se tudo estiver bem, ela será transferida para um gigantesco tanque de 250 mil litros onde será monitorada continuamente. Nossos funcionários vão alimentá-la e cuidar dela", completou.
Prémio distingue empregadores de deficientes 2010-02-01
O Prémio de Mérito do IEFP constitui uma forma pública e solene de distinguir as pessoas com deficiência que, com sucesso, tenham criado o seu próprio emprego e as entidades empregadoras que, em cada ano, se tenham destacado na integração profissional da pessoa com deficiência. Atribuído pela primeira vez em 1990, o Prémio de Mérito começou por ser apenas atribuído às entidades empregadoras de pessoas com deficiência. Em 1999, este foi alargado às pessoas com deficiência, de modo a valorizar o envolvimento mais directo no seu processo de inserção socioprofissional. Entre 1998 e 2008, foram apresentadas 682 candidaturas por parte de entidades empregadoras, que se traduziram na celebração de contratos de trabalho sem termo com cerca de 870 pessoas com deficiência. Neste mesmo período de tempo, 68 pessoas com deficiência que criaram o seu próprio emprego, candidataram-se ao Prémio de Mérito. Às 17h00 na Fundação Portuguesa das Comunicações
Carros ficam mais caros para deficientes 29.01.2010 A manter-se tal como está a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2010,
os deficientes vão passar a pagar mais 20 por cento pelos carros do que até
aqui. O problema foi denunciado hoje pela Associação Todos com a Esclerose
Múltipla (TEM), que pede a rápida rectificação do documento.
Limitação do acesso às emissões televisivas
A reacção foi avançada na sequência da suspensão de um plano estabelecido no ano passado pelo organismo regulador dos media para obrigar as televisões em sinal aberto (RTP, SIC e TVI) a facultarem audiodescrição nos programas. Suspensão justificada pelas televisões privadas (apenas a RTP cumpre na área da ficção) pelos custos exigidos mas que indignou a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
Rendimentos de deficientes LUCÍLIA TIAGO 26 Janeiro 10 Em 2010, vai manter-se o regime transitório que poupa aos deficientes um agravamento fiscal. Assim sendo, para efeitos de IRS continuarão a ser tributados 90% (e não 100%) dos seus rendimentos (de trabalho e pensões). Ao que o JN apurou, este ano a dedução específica continuará a ser de valor equivalente a quatro salários mínimos (e não 3,5).
Lentes bifocais podem atrasar progressão da miopia MARIANA VERSOLATO
Tratam-se dos primeiros resultados significativos a respeito de uma investigação feita há anos sobre o efeito de lentes positivas --bifocais ou multifocais-- para reduzir a progressão do distúrbio, de acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, Célia Nakanami. "De tudo que já li a respeito, esse é o estudo em que as bifocais tiveram maior efeito na redução", diz. Pessoas com miopia têm dificuldades de enxergar de longe, mas não precisam se esforçar para ver de perto. A pesquisa mostrou que, com as lentes bifocais (que têm a parte superior para visão à distância e a parte inferior para a visão de perto), a pessoa míope precisaria fazer um esforço para ver de perto -e esse esforço ajudaria a diminuir a progressão da miopia. Durante dois anos, os pesquisadores estudaram o efeito das lentes em 135 crianças chinesas com média de dez anos de idade e altas taxas de progressão (maior que 0,5 grau por ano). Elas foram divididas em grupos que usaram lentes monofocais, bifocais e bifocais com prisma --geralmente usadas para corrigir estrabismo. No começo do estudo, a miopia das crianças era, em média, de três graus. Durante o estudo, aquelas que continuaram a usar lentes monofocais tiveram uma progressão de 1,55 grau por ano. As crianças que usaram bifocais e bifocais de prisma, no entanto, tiveram taxas de progressão de 0,96 e 0,7, respectivamente.
De acordo com a oftalmologista Denise Fornazari, do Hospital das Clínicas da Unicamp, as lentes bifocais melhorariam a qualidade da imagem na retina, prevenindo o crescimento anormal do olho e o consequente aumento da miopia. "No entanto, é preciso estudar o uso de bifocais em outras populações e a longo prazo. Ainda não há evidências suficientes que justifiquem a recomendação de lentes bifocais para crianças com o objetivo de retardar a progressão da miopia", afirma Fornazari. A mesma cautela é seguida por Nakanami. "Não se trata ainda de uma conduta aceita clinicamente, pois é necessário que mais estudos a respeito sejam feitos", diz. O trabalho afirma que as características da miopia não variam em diferentes grupos étnicos, mas diz que é preciso avaliar se o tratamento será eficaz a longo prazo para que os resultados sejam práticos. A tendência de rápida progressão da miopia é genética. Segundo Fornazari, a progressão estabiliza por volta dos 25 anos de idade. Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/
Lei ajuda consumidores cegos a fazer compras SANDRA ALVES 22-01-10 Já algum dia experimentou ir ao supermercado de olhos vendados? Para evitar que os consumidores cegos e de baixa visão façam compras "às escuras", a lei 33/2008 prevê o acompanhamento na loja e a etiquetagem em Braille dos produtos adquiridos.Veja o vídeo aqui: ¤ http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1475749 Mariana Rocha, de 30 anos, residente do Porto, costuma fazer compras através da Internet. "É mais simples e mais rápido". Desde que a nova lei entrou em vigor, há um ano, "os produtos são entregues em casa com etiquetas em Braille. Apenas tive de solicitar esta opção quando fiz o registo", disse ao JN. Sem este serviço, o segredo é "organizar a despensa e memorizar", mas por vezes acontecem imprevistos. "Já me aconteceu abrir uma lata de feijão a pensar que era ananás em calda", confessa, chamando a atenção para a semelhança das embalagens. No caso dos iogurtes, por exemplo, há muitas variantes - aromas, pedaços, cremosos, magros, bífidos - e sabores. O mesmo acontece com leite, vinhos e sumos, cuja embalagem (tetrapak) é idêntica. A lei 33/2008 obriga a que na etiqueta seja escrito o nome, validade e características principais do produto. "Se com o nome e a validade não há problema, o mesmo não acontece com as características do produto, uma vez que é um conceito relativo", aponta Mariana, também vice-presidente da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal. "Por exemplo, nem sempre é referido se o leite é magro ou meio gordo", explica. "As etiquetas por vezes são pouco legíveis. Em produtos congelados ou que precisam de frigorífico o Braille apaga-se com facilidade", acrescenta ainda Mariana Rocha. Helena Fonseca, de 46 anos, residente na Damaia, arredores de Lisboa, também partilha desta opinião. "A qualidade do papel devia ser melhorada, devia ser mais grosso. Assim o Braille aguentava mais", defende. "Ao passar o dedo para colar a etiqueta, durante o transporte, com outros produtos sobrepostos, etc. quando chega ao destino o Braille já está diferente". Adepta do serviço de encomendas por telefone, Helena Fonseca alerta também para a importância da colagem da etiqueta. "Quando não fica direita ao colar, basta uma pequena ruga para dificultar a leitura" na ponta dos dedos. A ACAPO considera a lei "um passo muito positivo", mas desejava que "fosse revista ou alterada". "A informação em Braille devia ser uma obrigação na origem, como já acontece com os medicamentos", justifica a vice-presidente, Mariana Rocha. "É uma lei imperfeita", acrescenta, por só obrigar a existência dos serviços num espaço comercial por concelho. Para perceber o impacto da lei, a ACAPO lançou um questionário junto dos seus associados. No primeiro ano em que a lei esteve em vigor, 1198 pessoas com deficiência visual beneficiaram dos serviços de acompanhamento na loja por um funcionário e/ou etiquetagem de produtos em Braille, segundo a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). Em todo o país, há 620 lojas com etiquetagem em braille, num investimento estimado pela APED de um milhão de euros.
Universidades criam código para inclusão de deficientes Marta Encarnação 22-01-2010 Nove universidades assinaram ontem, em Braga, um acordo de colaboração com o Instituto Nacional para a Reabilitação com o objectivo de proporcionar serviços de melhor qualidade aos estudantes com deficiência e de uniformizar procedimentos através da criação de um código de boas práticas. A cerimónia, realizada no âmbito do segundo seminário do Grupo de Trabalho para o Apoio a Estudantes com Deficiências no Ensino Superior realizado ontem, na Universidade do Minho, contou com a presença da secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação e do secretário de Estado do Ensino Superior. publicado por MJA [22.Jan.2010] Governo diz que há muito a fazer para 21 Janeiro 2010
A governante apontou, ainda, "a necessidade de serem criadas plataformas digitais que possam ser acedidas por todos na universidade", frisando que "as barreiras arquitectónicas não são apenas rampas e degraus são também para os surdos". Seminário sobre inclusão de deficientes Idália Moniz falava na Universidade do Minho, durnate o segundo seminário
organizado pelo Grupo de Trabalho para o Apoio a Estudantes com Deficiências no
Ensino Superior (GTAEDES). Serviços de melhor qualidade O documento visa proporcionar serviços de melhor qualidade aos estudantes com
deficiência e promover a investigação e o desenvolvimento de iniciativas
conjuntas e a racionalização de recursos. Dificuldades na fala, audição ou visão O reitor disse que na UMinho estão a ser apoiados 300 alunos, assinalando que há
situações muto diferentes pois há quem tenha dificuldades físicas na fala, na
audição ou na visão. Identificados 816 alunos com necessidades especiais Durante o encontro foi referido que um levantamento nacional feito pelo GTAEDES
indica que no ano lectivo de 2006/07 foram identificados 816 estudantes com
necessidades especiais (79% estavam no ensino superior público e 21% no
privado). publicado por MJA [22.Jan.2010] Tocando o céu nocturno
Nancy Atkinson As imagens deslumbrantes proporcionadas por telescópios na Terra e no espaço são imagens maravilhosas de observar. Mas aqueles que tem a visão prejudicada também podem admirar as imagens astronômicas graças ao trabalho de Noreen Grice. Por 25 anos, Grice tem trabalhado para assegurar que a astronomia seja acessível a todos, incluindo aqueles que são cegos, ou tem pouca visão, bem como os que tem deficiência auditiva. Ela criou uma série de livros e outros produtos desenvolvidos para trazer o Universo a todos. Os cinco livros de astronomia de Grice são produzidos com os textos em impressão comum e em Braille, acompanhado de figuras que são palpáveis. Usando revestimento tátil de desenhos de estrelas, planetas, cometas e outros objetos, imagens reais ganham vida para os deficientes visuais. (…) Grice trabalhou em conjunto com a NASA e outros astrônomos e educadores para criar seus livros. No encontro da American Astronomical Society Meeting semana passada, Grice compartilhou com os astrônomos a Nebulosa de Carina Tátil, que foi criada a partir de um grande mosaico de imagens do Telescópio Hubble. Trabalhando com cientistas, Grice foi capaz de incluir variações palpáveis para as diferentes regiões e objetos da imagem.
publicado por MJA [18.Jan.2010] As Escolas de Referência - Uma Solução
Conferência em Lisboa - dia 30 de
Janeiro 2010
Objectivos - Promover a análise e avaliação do processo de inclusão dos alunos com deficiência visual no sistema educativo regular. Destinatários - Profissionais dos serviços da educação, da saúde, da segurança social e do emprego e formação profissional. 9h00 Abertura do Secretariado 9h30 Sessão de Abertura 10h45 1º Painel: O Aluno com Deficiência Visual e a Escola - O que se alterou
desde Janeiro de 2008 (DL n.º3/2008)? Filomena Pereira, Directora de Serviços da DGIDC 14h00 2º Painel Debate - O que ainda está por consolidar… desde Janeiro de
2008 (DL n.º 3/2008) Graça Neves, Professora de Educação Especial 15h30 Debate 16h00 Conclusões 16:30 Sessão de encerramento (*) por confirmar
Fonte: LERPARAVER publicado por MJA [17.Jan.2010] Educação Especial nos Açores 2010-01-14
A titular da pasta da Educação e Formação, nos Açores, anunciou que será feita uma avaliação das necessidades de todas as unidades orgânicas dos Açores ao nível da educação especial. “Em áreas muito específicas poderá haver necessidades eventuais, nomeadamente nas áreas dos invisuais e deficientes auditivos”, reconheceu Lina Mendes. publicado por MJA [16.Jan.2010] Novas Oportunidades inclusivas: 13-01-2010
Na
cerimónia foram entregues 53 certificados de Formação Profissional a pessoas que
frequentaram cursos do Centro de Formação Profissional de Madeira e outros 124
diplomas a adultos que concluíram o seu processo de reconhecimento, validação e
certificação de competências no Centro de Novas Oportunidades da DRQP. publicado por MJA [16.Jan.2010] Lei que estabelece quota de empregos para 12-Janeiro-2010
Os três deputados socialistas que fazem parte do Movimento Humanismo e Democracia pedem ao Ministério das Finanças para criar um modelo que permita avaliar a aplicação da lei e ao do Trabalho para lembrar à administração pública que há um diploma que estipula que cinco por cento dos empregos que sejam criados devem ser atribuídos a pessoas com deficiência. Durante o ano passado, os três deputados do PS pediram dados aos dois ministérios, também a todas as câmaras municipais e tendo em conta as respostas que receberam concluíram que a lei não está a ser respeitada. Responderam quase 60 por cento das câmaras, também os ministérios das Finanças e do Trabalho. Entre as autarquias, foram abertos quase 12 mil concursos, aos quais se candidataram 811 pessoas com deficiência. Apenas 311 foram colocadas, ou seja, cerca de 2,5 por cento. A quota estabelecida pela lei é de pelo menos 5 por cento, o que leva a deputada socialista Teresa Venda a dizer que a lei não está a ser cumprida. Precisamente porque os modelos variam de acordo com as câmaras - não são uniformes - os 3 deputados socialistas que apresentaram o requerimento querem que seja criado um modelo sistematizado e uniforme de recolha de informação a prestar pelos serviços públicos. Além do Ministério das Finanças, os deputados Teresa Venda, Maria do Rosário Carneiro e Ricardo Gonçalves defendem que o ministério do trabalho deve promover e divulgar esta lei. Uma lei com quase 9 anos, mas que pela avaliação destes deputados, tem um «fraco grau de cumprimento». Tendo em conta esta denúncia e o pedido que foi enviado aos Ministério das Finanças, a TSF tentou obter esclarecimentos junto do gabinete de Teixeira dos Santos, mas até agora sem sucesso. publicado por MJA [12.Jan.2010] «O Livro Negro das Cores»: Sandra Gonçalves 11 de Janeiro de 2010
Com texto de Menena Cottin e ilustrações de Rosana Faria, esta obra é um apelo ao sentido táctil. Resulta com adultos e crianças e é uma delícia tactear as páginas de olhos fechados (não vale espreitar). O livro é todo ele negro (excepto as pequenas frases de Tomás). As ilustrações, em alto-relevo e o texto em braille, convidam a experimentar as texturas e jogar com as descrições das cores. O Tomás diz que «o azul é a cor do céu quando o sol lhe aquece a cabeça. No entanto, se as nuvens o cobrem e começa a chover, fica branco». Cada frase é antecedida da respectiva tradução em Braille e, na página ao lado, o leitor é convidado a experimentar a textura do que é descrito. Um livro que ajuda a reflectir sobre o que nos rodeia. Para quem vê, pode ser difícil não compreender que haja quem não saiba o que é o castanho, por exemplo. Mas, para Tomás, «o castanho estala debaixo dos pés quando as folhas estão secas. Às vezes cheira a chocolate, outras vezes cheira muito mal». No final, um brinde, o abecedário em braille muito intuitivo - ou melhor, fácil de perceber como é mas que só com muito treino é que lá se chega. É mesmo preciso redescobrir a riqueza sensorial do nosso corpo, fechar os olhos e rendermo-nos ao tacto. A imaginação fará todo o resto. Como acrescento, de referir que este livro ganhou os seguintes prémios: 2009 2008 2007 2006
Veja aqui o booktrailer do livro. publicado por MJA [12.Jan.2010] Por que razão a luz piora a enxaqueca 11-01-10 Descoberta de cientistas americanos ajuda a compreender melhor os mecanismos por trás do problema ainda sem cura que atinge milhões de pessoas em todo o mundo Embora se saiba que a luz piora o quadro de enxaqueca, os motivos que levam a isso não são conhecidos. Agora, um grupo de cientistas nos Estados Unidos conseguiu identificar um mecanismo que, durante crises de dor, ocorre tanto em pessoas com visão normal como em deficientes visuais. De acordo com o estudo, divulgado domingo (10) no periódico científico Nature Neuroscience, cerca de 85% dos indivíduos com enxaqueca são extremamente sensíveis à luz. “Alguns pacientes chegam até mesmo a usar óculos escuros durante à noite”, disse um dos autores do estudo, Rami Burstein, professor da Escola Médica de Harvard. A fotofobia, que faz com que muitos evitem atividades como dirigir ou ler e trabalhar, atinge, entre os pacientes com enxaqueca, até mesmo as pessoas cegas. Essa constatação levou o grupo de cientistas a investigar a hipótese de que os sinais transmitidos pela retina por meio dos nervos ópticos intensificariam as dores. Os pesquisadores examinaram dois grupos de deficientes visuais que sofriam de enxaqueca. Os voluntários no primeiro grupo eram totalmente cegos devido a doenças como câncer na retina ou glaucoma. Como não eram capazes de enxergar imagens ou de perceber luz, tinham dificuldade de manter ciclos normais de sono. O segundo grupo era formado por deficientes visuais devido a doenças degenerativas. Essas pessoas não são capazes de perceber imagens, mas podem detectar a presença de luz e manter ciclos normais entre estar acordado e dormir. “Enquanto os pacientes no primeiro grupo não experimentaram diferenças após a exposição à luz, os do segundo grupo tiveram uma intensificação nas dores”, disse Burstein. “Isso indicou que o mecanismo da fotofobia deveria envolver o nervo óptico, porque em indivíduos totalmente cegos esse nervo não transporta os sinais luminosos até o cérebro." Após experimento, os cientistas traçaram o caminho dos sinais através dos nervos ópticos até o cérebro de ratos, onde descobriram um grupo de neurônios que se tornaram eletricamente ativos durante crises de enxaqueca. Mesmo quando a luz era apagada, os neurônios permaneciam ativos. “Isso ajuda a explicar por que pacientes contam que suas crises se intensificam segundos após a exposição à luz e melhoram de 20 a 30 minutos depois que passam para ambientes escuros”, disse Burstein. Para os autores do estudo, a descoberta fornece novas rotas para abordar o problema da fotofobia em portadores de enxaqueca. “Clinicamente, a pesquisa monta um cenário para identificar maneiras de bloquear o caminho da dor de modo que os pacientes possam suportar a luz sem desconforto”, disse o pesquisador. publicado por MJA [12.Jan.2010] Chip permite a deficientes visuais Juliana Echer Manto
O novo mecanismo já foi testado com sucesso num paciente finlandês chamado Miika de 45 anos e é visto pelos especialistas como um avanço no desenvolvimento
de próteses visuais. “Com a ajuda da prótese, ele superou as limitações da
deficiência e a partir de então deixou de ser considerado completamente cego”,
revelou Eberhart Zrenner, chefe do grupo de pesquisadores. Ele explicou que o
implante é bem tolerado pelo organismo e que em nenhum dos pacientes se
constatou problemas graves, como uma inflamação, por exemplo.
publicado por MJA [9.Jan.2010] Bolsa para ajudar deficientes abre na Net — Base de dados permite trocar, alugar CLC /
IOL A Associação VIDA - Valorização Intergeracional e Desenvolvimento Activo criou
uma Bolsa de Ajudas Técnicas e Tecnológicas de Apoio (BATTA) que permite trocar,
alugar ou doar ajudas técnicas na Internet, informa a Lusa.
~4 de Janeiro ~ Dia Mundial do Braille
CONSIDERANDO QUE: o braille tem se revelado um meio eficaz de comunicação para os cegos, os surdo-cegos e para os deficientes visuais desde 1929, ano em que foi inventado em Paris (França) por Louis Braille; CONSIDERANDO QUE: o braille é equivalente às letras comuns impressas; CONSIDERANDO QUE: o braille é um sistema de leitura e escrita eficaz para os cegos, os surdocegos e os deficientes visuais; CONSIDERANDO QUE: o braille é um elemento básico para a alfabetização, a independência e a consecução de um emprego; CONSIDERANDO QUE: o braille significa para os cegos, os surdocegos e os deficientes visuais a possibilidade de usufruir de liberdade intelectual, segurança pessoal e igualdade de oportunidades; CONSIDERANDO QUE: saber ler e escrever em braille é essencial para o desenvolvimento pessoal no meio social e económico,
CONSIDERANDO QUE: a União Mundial de Cegos vem promovendo a alfabetização em braille em todo o mundo como direito humano fundamental para todos os cegos, os surdocegos e os deficientes visuais; CONSIDERANDO QUE: a União Mundial de Cegos apoia firmemente a alfabetização em braille como ferramenta para garantir que as pessoas cegas, surdocegas e deficientes visuais tenham acesso à igualdade e à liberdade universais e a convicção de que podem tomar parte no futuro vibrante do mundo, no campo social, político e econômico.
Pessoas sem problemas visuais 3 Janeiro 2010 Há cada vez mais pessoas sem problemas de visão a aprender Braille. Só no ano
passado, a ACAPO ensinou mais de uma centena de alunos e alguns aprenderam a ler
numa semana. No entanto, a maioria usa os olhos e não o tacto para o fazer.
publicado por MJA [3.Jan.10] Notícias em arquivo:| 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | 2025 |
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