SOBRE A DEFICIÊNCIA VISUAL

   notícias 2018

 

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Cartaz 3 de Dezembro | Dia Internacional das Pessoas com Deficiência - Prémio 2018

INR


O Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. (INR, I.P.) promove, anualmente, um concurso destinado a premiar o melhor cartaz alusivo à comemoração do dia 3 de Dezembro - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

O Cartaz de Ana Beatriz Gouveia e Costa e de André de Figueiredo e Silva 'Ser humano. Ser Único' obteve o Prémio 2018.

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11.Dez.2018
publicado por MJA


 

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Carta ao Pai Natal em braille

ACAPO | Dezembro 2018


Os conhecimentos de Braille do Pai Natal estão cada vez melhores e chegada esta altura do ano ele quer pô-los em prática.

Se tens deficiência visual, idade até aos 12 anos, e tal como ele sabes escrever em Braille, ajuda-o a treinar. Temos uma ideia! Quando lhe escreveres diz-lhe qual foi o melhor momento que viveste em 2018 e porquê.

Queremos muito receber a tua carta, de preferência em Braille, ou então para o e-mail painatal@acapo.pt , até ao dia 21 de dezembro. Ah! Não te esqueças de nos dizer a tua morada, pois o Pai Natal gosta sempre de enviar uma pequena lembrança.

Um abraço (nosso e do Pai Natal).

ACAPO
 

A morada do Pai Natal:

A/C Pai Natal
ACAPO
Av. D Carlos I, 126. 9.º andar
1200-651 Lisboa

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10.Dez.2018
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Atribuição de grau de deficiência "deve ser repensada", diz Secretária de Estado da Inclusão

Diário de Notícias

Ana Mafalda Inácio | 4 Dez 2018

A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência defende que a atribuição do grau de deficiência tem de ser repensado. O de agora, tem algumas injustiças. "Não faz sentido a cegueira ter uma atribuição de 90%, por exemplo, e a paralisia 75%."

Ao fim de três anos de mandato, Ana Sofia Antunes faz um balanço. Em relação às grandes prioridades que tinha, para as quais olha regularmente, está de consciência tranquila, sobretudo em relação a algumas áreas muito específicas, como pobreza, autonomia e trabalho. Para todas estas há legislação e medidas concretas que estão já a ser aplicadas para apoiar as pessoas com deficiência. Mas para trás deixa uma área que diz ter consciência de que se mexeu, mas pouco. Ou, pelo menos, "não como gostaria".

Ana Sofia Antunes refere-se ao modelo de atribuição de deficiência. Para ela, "este modelo tem de ser repensado". Segundo explicou ao DN, hoje temos um modelo de atribuição muito assente na incapacidade das pessoas, mas muitos países estão já a trabalhar esta atribuição com base na funcionalidade. A questão, salvaguarda, é que muitos destes países também estão a chegar à conclusão de que não é a melhor fórmula, alguns estão mesmo a desistir. Por isso, "vamos ter de encontrar um meio-termo entre o que são as incapacidades, as dificuldades da pessoa e a funcionalidade, o que é capaz de fazer".

O caminho, defende, terá de ser para um modelo misto, embora saiba que a reavaliação do modelo vai trazer alguma agitação ou polémica. Isto porque "quem perceba que sai beneficiado vai ficar satisfeito, quem perceba que pode ficar prejudicado, comparativamente ao modelo atual, vai contestar".

O trabalho a fazer terá de ser a nível interministerial, entre Segurança Social e Saúde, "não vai depender só de nós", mas, mais uma vez, afirma: "É algo que tem de ser feito. Eu sei que quem passa por um cargo destes não pode ter a expectativa de que tem de fazer tudo. Aliás, hoje olhamos para trás e percebemos que há coisas que podem ser ajustadas, melhoradas, mas há coisas que não podem ficar para trás."

De acordo com a secretária de Estado, o modelo atual de atribuição de deficiência "contém em si algumas injustiças na forma como estabelece valores muito díspares para diferentes tipos de deficiências".

Segundo explica, não faz sentido olhar para as tabelas e vermos que uma situação de cegueira é avaliada com mais de 90% de incapacidade, enquanto uma situação de paralisia cerebral é avaliada com 75%. "Não há razão para isto, não está estudado, mas não há nada que indique que isto tem de ser assim. Tal só acontece porque a questão em relação à cegueira surge da ideia que existia antigamente: nada poderia acontecer pior a uma pessoa do que ficar cega."

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8.Dez.2018
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Poderá a realidade aumentada ser os “olhos” dos cegos?

Tek.SAPO

Rui Parreira | 29 nov 2018


2018 será o ano do Magic Leap e da nova geração de realidade aumentada? Investigação utiliza o HoloLens da Microsoft para informar cegos dos obstáculos em seu redor através de voz.

Cães de companhia ou as simples bengalas são os auxiliares de pessoas cegas, na sua “luta” pela autonomia na deslocação. Mas a tecnologia poderá ter algo, literalmente a dizer, na ajuda a contornar obstáculos. Pelo menos é essa a ideia de um grupo de investigadores da Caltech que utilizou o sistema HoloLens para desenvolver um assistente cognitivo de realidade aumentada (CARA) em que basicamente fala com os utilizadores.

O sistema utiliza visão computorizada para identificar objetos num determinado lugar e diz o seu nome aos utilizadores. E para que não restem dúvidas, a tecnologia utiliza som espacial, para projetar as palavras da direção onde se encontram os objetos, soando mais alto quanto mais perto estiver dos mesmos.

Para que a informação não se acumule e baralhe os utilizadores, a equipa criou três modos. O primeiro condiciona a vocalização dos objetos apenas quando estão a olhar para os mesmos, o segundo servirá para um primeiro contacto com a sala e sentir o que existe em redor. Por fim, o modo “alvo” permite focar-se apenas em um objeto.

Ainda que o sistema esteja apenas numa primeira fase, já foram feitos alguns testes com cegos que se voluntariaram, alertando-os para a presença de escadas, onde necessitam agarrar o vão da escada ou onde mudar de direção.

Os investigadores estão a implementar novos esquemas para identificação em tempo real de objetos e pessoas, afirmando que o sistema poderá ser utilizado em bancos, mercearias, museus e outras localizações para ajudar os cegos a circularem em espaços que não estão familiarizados.
 

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8.Dez.2018
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Do que falamos quando falamos de inclusão?

Joana Almeida

Observador | 16/11/2018

 

Numa escola inclusiva, são os professores, com toda a responsabilidade que lhes está inerente, que ajudam a regular, a equilibrar as expectativas e as aflições de muitos pais.

O conceito Inclusão poderá parecer simples, mas no que toca à Educação tem demonstrado um historial difícil. Um historial que já revogou duas leis e onde ainda andamos a tentar perceber o que podemos fazer para que esta seja uma sociedade inclusiva.

O novo ano letivo trouxe consigo mudanças fortemente significativas naquilo que se espera ser uma nova cultura de escola. Uma filosofia que há muito se tem vindo a apregoar em inúmeros fóruns e conversas e que permaneceu em fila de espera até agora. O novo Decreto-Lei 54/2018, que veio substituir o antigo Decreto-Lei 3/2008 e que tutela as medidas educativas, consigo traz, também, um manual como documento orientador para uma Escola Inclusiva.

A sociedade evoluiu para deixar de esconder e não olhar como parte integrante pessoas com deficiência, para perceber os seus direitos e deveres enquanto cidadãos. Mas à revelia do que a evolução nos poderia dar, ainda precisamos de um Manual para a Inclusão. Ainda estamos no tempo em que precisamos de, perante o que é diferente, encontrar respostas que negamos estarem em nós (de repente esquecemo-nos de ser professores e focamo-nos apenas na nossa amarra a um currículo, a um formato único a que historicamente não temos conseguido escapar). Na falta de tempo e disponibilidade e perante aquilo a que não conseguimos responder exigimos, única e exclusivamente, respostas a determinados departamentos. Saímos de cena e delegamos as Necessidades Educativas Especiais (NEE) para um espaço específico dentro da escola.

Ao não compreender e fugir para o nosso mundo, mais confortável e seguro, tomamos as dores (de longe) dos “outros” aplicando-lhes toda a nossa condescendência. Afinal são “NEE”, são diferentes, não aprendem da mesma maneira. Quando estão na aula deixo-os sossegados, não chateiam, estão “integrados” numa sala. A colega do lado ajuda porque não tenho tempo a perder e há matéria para dar. Esquecemo-nos que, na maior parte dos casos, “perder” cinco minutos no final da aula com um aluno é ganhar cinco minutos na relação, essencial para o sucesso, professor-aluno.

As amarras a um currículo, a um formato e a condescendência latente aos alunos “NEE”, que ainda não se safaram dos rótulos, continuam a ser um dos maiores desafios a ultrapassar. Assumo-me como muito impaciente no que toca a títulos e mensagens condescendentes. O palavreado por vezes rebuscado que arranjamos para denominar qualquer aspeto, quer físico ou intelectual, com receio de ferir suscetibilidades por parecer menos socialmente aceite, ou quando suavizamos a postura e palavras para tornar o nosso discurso “mais fácil” de ser compreendido pelo “coitadinho”, é no meu entender uma enorme falta de respeito. É o mesmo sentimento quando oiço, em reuniões de conselhos de turma, “Como ele faz (fazia) parte do D.L. 3/2008 e tem um PEI (Programa Educativo Individual), eu dei-lhe um 3”. Como se existisse um documento que servisse de um passe livre para “ir andando” pela escola sem definir objetivos que devem ser, igualmente, exigentes e rigorosos, dentro do perfil de funcionalidade de cada aluno. Esta é, infelizmente, ainda a realidade de muitas escolas, por muito decreto que se elabore ou organize. Porque ainda há um desenho de escola que (ainda) não consegue corresponder à pluralidade existente.

Apontar falhas e fragilidades ao antigo Decreto Lei 3/2008 foi recorrente à medida que foi sendo implementado. Existiam constrangimentos identificados, objeto de reflexões contínuas. Este novo projeto (Decreto Lei 54/2018) pretende não só responder às fragilidades encontradas como ir mais além, revolucionando a conceção de currículo e de aluno nas suas várias valências. Sou favorável a esta nova legislação, com a salvaguarda de que devem continuar a existir, como solução possível e não descentralizadora, outras estruturas e instituições que possam continuar a responder a casos de fim de linha. Encará-los como desnecessários não é fechar os olhos à Inclusão, mas sim fechar os olhos à realidade. Mas sou sobretudo favorável a um novo paradigma que responsabiliza toda a comunidade escolar por todos os alunos não se fechando em gabinetes, em salas e em departamentos e que, acima de tudo, não assuma todos como Manel e todos como Maria.

A verdade é que, com decreto ou menos decreto, nos temos vindo a esquecer de ser professores. Temos atualmente toda uma comunicação social e uma grande parte da sociedade a querer endireitar os professores, mas esquecem-se que são os professores, os bons professores, que nos conseguem endireitar. E que numa escola inclusiva são os professores, com toda a responsabilidade que lhes está inerente, que ajudam a regular, a equilibrar as expetativas e as aflições de muitos pais e que ajudam a percorrer um caminho que traz grandes ansiedades a ambos. São os professores que conversam com os pais regularmente; que estão disponíveis para ouvir; que sabem avaliar pedagogicamente um aluno; que sabem aquilo que necessita e dominam as técnicas e as ferramentas para chegarem a bom porto. São os professores que nos endireitam quando ligamos assustados sobre os nossos filhos. São eles que às vezes chegam a conhecer melhor um filho (sim, acontece). E são eles que endireitam os pais quando os chamam a assumir as suas responsabilidades.

A Inclusão não é, nem nunca poderá ser, condescendência. Pelo contrário. Numa corrida de 100 metros quem é coxo pode fazê-la na mesma, mas não podemos exigir a mesma velocidade. Podemos no entanto exigir, como direito e dever, que o aluno a faça. A Inclusão é um estado. Não pode nem é decretada, é sentida.

Inclusão é a responsabilidade de perceber e conhecer os seres humanos por detrás dos alunos, independentemente do seu background e do seu ponto de partida. É exigir, dentro do seu perfil, aquilo que percebemos que pode corresponder, nunca nivelando por baixo, por respeito e dignidade. Inclusão é o dia em que não me amedronto com rótulos ou diagnósticos e quando encaro aquele aluno, todos os alunos, como mais um desafio, já sem manual e de preferência com amarras menos apertadas.
 

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16.Nov.2018
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Pessoas com deficiência querem ver aprovada redução da idade de reforma

Esquerda.net  | 4 de Novembro, 2018


Enquanto decorre o debate orçamental, “é altura de se fazer justiça”, dizem os peticionários pela diminuição da idade da reforma de quem tenha 20 anos de trabalho, dos quais 15 com incapacidade igual ou superior a 60%.

A petição pode ser subscrita aqui:

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT90914&fbclid=IwAR0tloTLAjItFFLUbx3-VDPfDd2JmvYk-4dG3ggcdnyiUIPcxfqRnznGH6g

Os promotores da petição, que conta com o apoio do deputado Jorge Falcato, defendem que se justifica, “tal como para algumas profissões consideradas de desgaste rápido, baixar a idade de reforma para todos aqueles que tiveram pelo menos 20 anos de trabalho, 15 dos quais correspondam a uma incapacidade igual ou superior a 60%”.

Os peticionários lembram que “as pessoas que vivem e envelhecem com uma deficiência de longo prazo têm uma elevada prevalência de condições de saúde secundárias”, a somar ao sobre esforço necessário a manter uma atividade profissional e à “precocidade no envelhecimento” na maior parte das deficiências.

“Temos direito a gozar a reforma sem que as nossas incapacidades estejam de tal modo agravadas que nos impeçam fruir com alguma qualidade de vida esse tempo de recompensa por uma vida de trabalho”, resume o texto da petição, recordando que “já por duas vezes foram recusadas propostas para a diminuição da idade de reforma para as pessoas com deficiência” no parlamento.

“Pensamos que é altura de se fazer justiça”, concluem os peticionários, apelando a que os partidos “apresentem propostas neste sentido ou aprovem as propostas que forem apresentadas”.

Esta proposta vai ser apresentada a quando da discussão do Orçamento de Estado na especialidade. Caso não seja aprovada e havendo as 4000 assinaturas será discutida novamente em plenário, obrigatoriamente. Por isso será sempre importante ter muitas assinaturas. Quer para a discussão em sede de orçamento, quer depois.

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9.Nov.2018
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Children urged to play outdoors to cut risk of shortsightedness

-Research reveals link between environmental factors and rising cases of myopia -

The Guardian | Nicola Davis | 6 Nov 2018


Children who spend more time outdoors have a lower risk of becoming shortsighted, the study found.

Children should be encouraged to spend time outdoors to reduce their risk of becoming shortsighted, experts have said.

Shortsightedness is rising around the world, with the condition said to have reached epidemic proportions in east Asia: estimates suggest about 90% of teenagers and young adults in China have the condition.

While genetics are thought to play a large role in who ends up shortsighted – a condition that is down to having an overly long eyeball – research also suggests environmental factors are important.

Several studies have found children who spend more time outdoors have a lower risk of myopia. While some report that looking into the distance could be important, others say exposure to outdoor light is key.

Experts say they have found new factors, and confirmed others, which could affect a child’s risk of becoming shortsighted. These include playing computer games, being born in the summer and having a more highly educated mother.

“There is not much you can do about when your child is born … but periods indoors doing indoor activities does increase your risk of myopia,” said Katie Williams, an author of the study by King’s College London. “A healthy balance of time outdoors and a balance during early education is important.”

Writing in the British Journal of Ophthalmology, Williams and her colleagues report how they used data from the twins early development study, which followed children born in England and Wales between 1994 and 1996. The project tracked their development, behaviour and education through questionnaires and tests, and studied their genetics.

Using data from 1,077 individuals for which all the necessary information was available – and taking into account factors such as age, sex and family relatedness – the team found children born by fertility treatment had a 37% reduced odds of myopia by the time of a sight test in their mid-teens.

“That wasn’t something we were expecting,” said Williams. She added that one reason is that such children have a lower birth weight and gestation, which might mean they have a slight neurodevelopmental delay.

However, those born in the summer had almost twice the odds of being shortsighted, which the researchers say is probably down to starting school earlier in life. In addition, for every higher level of education the mother had, the odds of the teenager having the condition rose by 33%. Williams said the latter could be due to a genetic link between intelligence and myopia or to genetic or social factors including class, wealth and encouragement.

The team learned from previous studies that every extra hour the child spent on computer games each week increased the chance of them having myopia by 3%. This is possibly due to proximity to screens or spending more time indoors. However, the research was conducted before widespread use of smartphones.

That said, the researchers noted that the four factors together only accounted for 4.4% of the overall variation in shortsightedness, while the study did not control for any genetic factors.

“We know from previous genetic studies that genetics plays a high role in population variance,” said Williams. “But genetics can’t explain [why myopia is becoming more common] because genes can’t change that quickly over a couple of generations, so it must be the pressures of modern-day childhood that is causing a rise in prevalence.”

James Wolffsohn, a professor of optometry at Aston University, who was not involved in the research, said high levels of myopia in Asia might be due to a genetic predisposition, but agreed that environmental factors are important.

“More gaming time and a more studious household may increase the progression of myopia through a mechanism of less time outdoors,” he said. “But the link with fertility treatment seems to be new and will help in targeting treatment for the most susceptible individuals.

“While myopia can easily be corrected by spectacles and contact lenses, the risk of sight-threatening conditions increases with the level of the shortsightedness. So anything that can be done to restrict its progression is of benefit to the individual.”
 

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7.Nov.2018
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Parlamento aprova quotas de emprego para pessoas com deficiência no sector privado

LUSA | Público

30 de Outubro de 2018


O parlamento aprovou esta terça-feira, em votação final global, o projecto de lei do BE e do PS que impõe quotas de emprego para pessoas com deficiência no sector privado, estando abrangidas empresas a partir dos 75 trabalhadores.

Esta iniciativa, que foi inicialmente apresentada pelo BE e aprovada na generalidade em 11 de Maio, sofreu depois alterações na sequência de um trabalho conjunto, na especialidade, entre bloquistas e socialistas, dando origem ao texto final que hoje foi aprovado no plenário do parlamento com a abstenção do PSD e CDS-PP e os votos a favor das restantes bancadas.

Na quarta-feira, na altura da aprovação em votação indiciária na comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social, na quarta-feira, o deputado do BE José Soeiro explicou que o projecto de lei "visa promover a integração das pessoas com deficiência no mercado de trabalho".

O deputado bloquista recordou que, "desde 2004, existe uma lei que tem uma norma genérica que aponta para o estabelecimento de quotas para pessoas com deficiência nas contratações que são feitas", mas "nunca foi regulamentada".

"O que fizemos com este projecto de lei foi criar regras para concretizar este objectivo que já existia e que pudessem ser um passo no sentido de ele ter efectividade. É uma forma de criar regras concretas para implementar as quotas de emprego no sector privado para pessoas com deficiência", com um grau de incapacidade igual ou superior a 60%, concretizou.

Segundo as novas regras, "as empresas a partir de 75 trabalhadores devem admitir anualmente um número não inferior a 1% do seu pessoal com deficiência, com diversidade funcional", devendo este número ser de 2% nas grandes empresas.

"Define-se um regime sancionatório para as empresas que não cumpram estas quotas. Ficam sujeitas a serem alvo de contra-ordenações, as que estão definidas na lei, com coimas. Se houver reincidência podem também ficar inibidas de concorrer a concursos públicos como sanção acessória", detalhou ainda o deputado.

O diploma prevê, igualmente, "um prazo transitório para que essas quotas possam ser cumpridas" e, "também, um dever de informação obrigatória das empresas quanto ao número de trabalhadores com deficiência que foram contratados", assim como a forma de adaptação dos concursos para as pessoas com deficiência e as excepções a esta lei, prosseguiu José Soeiro.

Para o deputado do BE, "é importante que se institua esta cultura de, cada vez que as empresas façam contratações, possam incluir pessoas com diversidade funcional", até porque isso "já acontece na administração pública", que tem a obrigação de ter uma quota de 5%, apesar do congelamento dos últimos anos nas novas admissões ter impedido "um avanço tão forte quanto seria desejável".

"Ainda assim, existem na administração pública cerca de 15.500 trabalhadores que cabem neste critério, ou seja 2,3%. No sector privado estamos a falar de uma realidade muito inferior, 0,2%", contabilizou.
 

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2.Nov.2018
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Uma retina de grafeno para devolver a vista a 230 milhões de pessoas

Expresso | 29.10.2018
 

Retina de grafeno
Retina artificial de grafeno

Projetos como o THEIA são necessários precisamente para atenuar o sofrimento que a perda de um sentido pode provocar. Este projeto consiste num implante de grafeno que está a ser desenvolvido pelos investigadores do BIST e que será colocado em contacto com a retina para estimular os neurónios ganglionares através de uma série de elétrodos.

De acordo com a mitologia grega, Theia (ou Tea) fazia parte da poderosa raça dos Titãs, que precedeu e gerou os próprios deuses do Olimpo. Era filha de Gaia (a terra) e Urano (o céu) e foi mãe de Hélios (o sol), Eos (a aurora) e Selene (a lua), pelo que os gregos a consideravam uma deusa de luz, responsável por dar brilho às pedras e metais preciosos, bem como à sua própria descendência. Deusa da visão, Theia podia apertar a venda que cobre os olhos dos humanos para lhes permitir ver a realidade tal como é, uma capacidade (devolver a visão aos cegos) que partilha com o moderno implante que está a ser desenvolvido no projeto com o seu nome, impulsionado pelo Barcelona Institute of Science and Technology (BIST). Gabriel Silberman, diretor geral do BIST, explica a importância deste projeto em que está a colocar todos os seus esforços. “A visão é algo muito importante para quase tudo, desde o desenvolvimento intelectual até às oportunidades económicas. Se não vês bem, tens um problema muito grave”.

A complexidade do projeto THEIA encaixa nas aspirações das instituições que o impulsionam, já que o BIST é uma iniciativa dos sete maiores centros de investigação da Catalunha (Centre for Genomic Regulation, Institute for Bioengineering of Catalonia, The Institute of Photonic Sciences, Institute of Chemical Research of Catalonia, The Catalan Institute of Nanoscience and Nanotechonology, Institute for High Energy Physics e Institute for Resarch in Biomedicine) cujo objetivo é colaborar na construção de um projeto científico conjunto. Graças ao ponto de vista multidisciplinar que permite a interação de centros dedicados a campos da investigação tão diversos, é possível enfrentar projetos tão ambiciosos como o THEIA, com o qual pretendem devolver a visão a 230 milhões de pessoas em todo o mundo.

O THEIA combina as capacidades de três centros BIST, o Instituto Catalán de Nanociencia y Nanotecnología (ICN2), que coordena o projeto e onde está a ser elaborado o dispositivo, o Instituto de Ciencias Fotónicas (ICFO) e o Instituto de Física de Altas Energías (IFAE), com a contribuição da visão clínica pelo Centro Oftalmológico Barraquer.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicados em 2017, existem 253 milhões de pessoas com incapacidade visual no planeta, 36 das quais são completamente invisuais. Apesar de a OMS assegurar que 80% dos casos poderiam ser evitados ou curados, o número de pessoas invisuais poderá continuar a aumentar até alcançar 115 milhões em 2050. Assim, torna-se urgente e necessário tomar medidas. Neste contexto, a proposta do projeto THEIA é uma das mais interessantes e revolucionárias. O implante de grafeno que está a ser desenvolvido pelos investigadores do BIST será colocado em contacto com a retina para estimular os neurónios ganglionares (responsáveis por levar os impulsos ao cérebro), através de uma série de elétrodos. Atualmente, os investigadores estão a testar as próteses de vidro para assegurar que funcionam corretamente mas, muito em breve, começarão a testá-las em porcos anões, pois os seus olhos são muito semelhantes fisiologicamente ao olho humano.

Apesar de as investigações apresentarem resultados encorajadores, é provável que, dentro de 10 ou 15 anos, este dispositivo não possa ainda ser distribuído comercialmente, mas o seu potencial é avultado, pois o envelhecimento da população nos países ocidentais está a provocar o aumento da degeneração ocular. Projetos como o THEIA são necessários precisamente para atenuar o sofrimento que a perda de um sentido pode provocar. Sem dúvida, esta é uma das grandes missões da ciência, porque, como assegurava o próprio Silberman numa conferência: “Temos a obrigação de dar aos nossos cientistas as ferramentas necessárias para que possam mudar o mundo”. Para melhor, obviamente…

https://youtu.be/5B0urLa7GOc 

Texto: José L. Álvarez Cedena
Entrevista e edição: Pedro García Campos | Cristina del Moral
 

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29.Out.2018
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A Criança com Multideficiência: o impacto da deficiência visual

-VI Jornadas de Deficiência Visual & Intervenção Precoce-


10 NOVEMBRO 2018 | Auditório do Hospital Pediátrico de COIMBRA (CHUC)

09:00 | SESSÃO DE ABERTURA
Maria José Baldaia | Vice-Presidente da ANIP
Guiomar Oliveira | Diretora do Hospital Pediátrico de Coimbra (CHUC) *
Joaquim Murta | Diretor do Serviço de Oftalmologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) *
Patrícia Valério | Assistente Social do CAIPDV (ANIP)

09:30 | PAINEL I - Défice Visual Cerebral (DVC): perspetivas na contemporaneidade
Moderadora: MADALENA MONTEIRO - Oftalmologista Pediátrica | Hospital Pediátrico de Coimbra
09:30 | O crescente número de casos de crianças com défice visual cerebral: Principais causas
- Ana Cláudia Fonseca, Neuroftalmologista | Grupo Português de Neuroftalmologia
10:00 | A avaliação de crianças com multideficiência, investigação e introdução a Escalas de Avaliação da Visão CVI-PIMD, um instrumento de
observação multidisciplinar [em língua inglesa]
- Marieke Steendam, Terapeuta Ocupacional Pediátrica | Royal Dutch Visio
- Marjolein Wallroth, Psicóloga Infantil | Royal Dutch Visio [ Holanda ]
11:00 | Avaliação multidisciplinar de casos com défice visual cerebral: Constrangimentos e desafios
- Catarina Paiva, Oftalmologista Pediátrica | Consulta de Baixa Visão do Hospital Pediátrico de Coimbra
11:30 | Coffee break

12:00 | PAINEL II - Participação e Aprendizagem de Crianças com DVC
Moderadora: Miriam Azevedo – Engenheira Biotécnica | ANDITEC
12:00 | A comunicação na criança com multideficiência: O impacto da visão
- Isabel Amaral | Escola Superior de Saúde - Instituto Politécnico de Setúbal
12:30 | Construir práticas pedagógicas inclusivas: Desenho universal para a aprendizagem
- Clarisse Nunes | Escola Superior de Educação de Lisboa
13:00 | Pausa para ALMOÇO

14:30 | PAINEL II (cont) - Participação e Aprendizagem de Crianças com DVC
14:30 | Intervenção em crianças com multideficiência: uma abordagem tridimensional:
psico-educativa, intervenção direta através de “diagnostic teching” e utilização
de estratégias compensatórias [em língua inglesa]
- Marieke Steendam, Terapeuta Ocupacional Pediátrica | Royal Dutch Visio
- Marjolein Wallroth, Psicóloga Infantil | Royal Dutch Visio [ Holanda ]
15:30 | Recursos de apoio à criança com multideficiência e défice visual cerebral
- Rui Teles | Escola Superior de Educação do Porto
16:00 | Coffee break

16:15 | PAINEL III - Défice Visual Cerebral e comunidade
Moderador: Paulo Martins – Pai de uma criança com DVC
16:15 | Intervenção Precoce e défice visual cerebral
- CAIPDV – Centro de Apoio à Intervenção Precoce na Deficiência Visual
16:45 | Família e Intervenção Precoce: Promover competências visuais no contexto natural
- Família, Equipa Local de Intervenção e Jardim de Infância
17:15 | Crianças com multideficiência: O desafio da inclusão
- David Rodrigues | Pró Inclusão

17:45 | ENCERRAMENTO
Leonor Carvalho | Diretora de Serviços da ANIP
Viviana Ferreira | Diretora Técnica do CAIPDV

(*) [a aguardar confirmação]

INSCRIÇÕES & INFORMAÇÕES: formacao@anip.net

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22.Out.2018
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ACAPO celebra Dia da Bengala Branca

Campeão das Províncias | 15 de Outubro 2018
 

Celebra-se, hoje, o ‘Dia da Bengala Branca’ e a Delegação de Coimbra da ACAPO (Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal) não deixa passar em branco um dia tão importante para a consciencialização da população.

Nesse sentido, a Associação vai promover uma caminhada pela cidade, procurando “estreitar a ligação com pessoas e/ou entidades e, também, dar enfoque a uma matéria de abordagem fundamental: as acessibilidades e o impacto das mesmas na qualidade de vida das pessoas com deficiência visual”, explica a ACAPO.

A caminhada, que terá início pelas 17h30, parte da sede da instituição (na rua dos Combatentes) até à Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, podendo os participantes observar neste percurso “bons e maus exemplos em matéria de acessibilidades naquela zona da cidade”.

No final desta actividade, e em local ainda a definir, realiza-se um jantar/tertúlia para convidados, intitulada “As Acessibilidades e o impacto das mesmas na qualidade de vida das pessoas com deficiência visual”.
 

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15.Out.2018
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Novas regras da Prestação Social para a Inclusão entram hoje em vigor

Bruno Simão

Jornal de Negócios | 1 de outubro de 2018

Pessoas com incapacidade e carências financeiras já podem pedir nova prestação. Também os trabalhadores com longas carreiras contributivas podem a partir desta segunda-feira requerer o acesso antecipado à pensão de velhice sem qualquer penalização.

Entra esta segunda-feira em vigor a segunda fase da Prestação Social para a Inclusão destinada às pessoas com incapacidade igual ou superior a 60%, com insuficiência de recursos económicos. Esta prestação tem por objectivo o combate à pobreza e é calculada tendo por base o agregado familiar em linha recta e colateral de primeiro grau, ou seja, cônjuge, filhos, pais e irmãos.

O montante do complemento pode ter um valor máximo de 431,32 euros mensais e apenas nos casos em que haja várias pessoas com direito à Prestação Social para a Inclusão (PSI) a viver no mesmo agregado familiar é que o montante máximo poderá ser superior.

Somando este valor ao máximo atribuído no componente base, que é de 269,08 euros, significa que o montante mais elevado que uma pessoa com deficiência pode receber é de 700,04 euros.

A secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, afirmou recentemente, citada pela Lusa, que a expectativa é que este complemento possa beneficiar 86 mil pessoas, entre 83 mil que já recebem o componente base e outras três mil cujo processo foi diferido, mas o valor base ficou nos zero euros.

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4.Out.2018
publicado por MJA


 

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Educação Inclusiva 2018


No seguimento da publicação do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, e conforme definido no seu artigo 32.º, a DGE disponibiliza o Manual de Apoio à Prática cuja finalidade é a de apoiar os profissionais na implementação do novo regime jurídico da educação inclusiva, assim como apoiar os pais/encarregados de educação na sua colaboração com a escola.

Consultar | Descarregar aqui.

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3.Out.2018
publicado por MJA


 

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A grande balbúrdia, a que chamam inclusão

Se o modelo tivesse sido pensado a partir das realidades teríamos melhorado o que existia. Assim, retrocedemos.

Santana Castilho

Público | 3 de Outubro de 2018

 

[...] Das festividades fátuas actuais sobressai um excelente diploma sobre educação inclusiva. O que o atrapalha é a realidade: as escolas que temos, os meios que não temos e os alunos que existem com necessidades educativas especiais severas (assim continuarei a designá-las). Dito de outro modo, se o modelo tivesse sido pensado a partir das realidades, que não de abstracções e de teorias diletantes, teríamos melhorado o que existia. Assim, retrocedemos. Embora habituados, custa.

Ter todos dentro da escola é um excelente princípio, que nenhum civilizado contesta. Mas os demagogos iludem, em nome do populismo pedagógico, a necessidade de dotar a escola dos meios, humanos e materiais, para que ela seja uma via de inclusão. E mais que isso (ou pelo menos a par disso), a dura realidade da vida impõe que reconheçamos que uma escola igual para todos é uma abstracção utópica, inconciliável com a circunstância de termos muitos, à entrada, que nunca poderão ser iguais aos outros, lá dentro. Trabalhar a diversidade supõe, numa escola forçosamente orientada para as massas, sair, em situações extremas, dos ambientes de homogeneidade, voltando a eles quando seriamente for viável. Isso é perseguir a integração possível. Outra via, qual seja a de fingir que determinados alunos podem dar respostas que sabemos que nunca poderão dar, pedindo do mesmo passo aos restantes que fiquem parados, é (afirmação politicamente incorrecta) promover a exclusão dupla.

Ou a inclusão é pensada a partir das realidades dos alunos, ou a inclusão é pensada a partir do discurso dos teóricos. No primeiro caso, cabe à escola descobrir soluções. No segundo basta-lhe aceitar imposições. Difere o grau de responsabilidade política quando o que se faz é por ignorância ou por consciente demagogia. Mas a consequência para os que nasceram diferentes é a mesma: ficam para trás, em nome de uma falsa inclusão.

Recentemente, foi tornado público o caso de um aluno do 10.º ano, com problemas do foro físico e psíquico, que originam dificuldades severas de aprendizagem. Este aluno, no contexto anterior, estava a tempo inteiro numa sala de actividades consideradas adequadas ao seu quadro, na sede do agrupamento a que pertence, acompanhado por uma equipa de Educação Especial (terminologia agora proscrita) e só era integrado na turma correspondente nas aulas de Educação Física. O que mudou para ele este ano e até ao momento? Foi “integrado” na turma “normal” do 10.º ano da escola secundária respectiva, onde o confrontam com disciplinas que nunca teve, nada lhe dizem, nem podem dizer. O apoio pedagógico é-lhe agora dado por um professor de Educação Inclusiva (terminologia do século XXI) que, por mais competente e esforçado que seja, não pode contar com o vínculo relacional e afectivo, extremamente crítico nestes casos, que já ligava a anterior equipa a este jovem. Deixou de frequentar as anteriores sessões de equitação terapêutica, determinantes para o seu equilíbrio psíquico. O aluno está revoltado, chora e começou a recusar a escola. Eu, do século passado, compreendo-o bem. Mas os normativos modernos dizem que é por aqui que vamos.

Professor do ensino superior

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3.Out.2018
publicado por MJA



 

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Ecografia 3D permite a casal cego conhecer a bebé

texto de Ana Sofia Reis

Jornal de Notícias | 24 Setembro 2018

Juntos há dois anos, Daniel Iturria, 26 anos, e Silvina Ibarra, 29 anos, moram em Córdoba, na Argentina, e são cegos. Há menos de um ano, ficaram a saber que Silvina estava grávida. No entanto, dados os condicionalismos dos pais, a gravidez não foi propriamente normal. Tudo porque Daniel e Silvina não podiam acompanhar da forma habitual as idas ao médico quando era altura de fazer as ecografias. Mas nada que não se tivesse resolvido. Quando Silvina estava grávida de 29 semanas, tudo mudou. Com o avanço da tecnologia, muito presente na medicina, foi possível imprimir o rosto da bebé em 3D, o que permitiu aos pais conhecerem a filha, Malena, mesmo antes do nascimento.

Mario Pellizari, pediatra, Mario Ledesma, especialista em diagnóstico por imagem, e Santiago Nicolini, técnico de impressão 3D, foram os responsáveis por uma ecografia tão especial. “Como já estávamos a contar, ela é muito rechonchuda. Tocamos-lhe na cara e a impressão é muito real”, disse Daniel, comovido.

Os dias passaram e a verdade é que Malena já nasceu, depois de uma gravidez muito tranquila. “Estamos felizes. A cesariana não era algo que esperávamos, mas graças a Deus correu tudo bem. É inacreditável”, relatou ainda o pai.
 

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26.Set.2018
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Braille for a New Digital Age

by Nazanin Lankarani

New York Times | Sept. 3, 2018


Though the Blitab looks like other tablet-style devices, its glass at the top is perforated into a grid with holes that allow liquid-based technology to present content in Braille. Credit: Jason Henry

When she was a graduate student in her native Bulgaria about five years ago, Kristina Tsvetanova was once asked to help a blind friend sign up online for a class. Understanding why he could not do so opened her eyes to the lag in technological innovation to benefit blind and visually impaired people.

“The shock that my friend couldn’t perform this simple task stayed with me,” Ms. Tsvetanova said in an interview.

Ms. Tsvetanova, who went on to earn a bachelor’s degree in industrial management and a master’s in engineering, knew that she had stumbled onto an untapped opportunity.

“I realized that there was a gap in the market and a business opportunity in developing technology to provide access to content and services for the blind,” she said. “I am a second-generation entrepreneur, my father taught me to take risks.”

In 2014, Ms. Tsvetanova, who turned 30 last month, moved to Vienna to take advantage of its more sophisticated business culture, where she co-founded the start-up Blitab Technology (a play on the words blind and tablet). She is also the company’s chief executive and has since relocated to San Francisco for proximity to Silicon Valley investors. Later this fall, she plans to introduce Blitab’s debut product, a portable tablet (also called Blitab) designed for blind and visually impaired people.

“Blitab will soon be available for pre-order on our website,” Ms. Tsvetanova said. “We plan to ship by the end of the year.”

Design-wise, Blitab looks like any other tablet-style device. It is slightly thicker than an iPad, but with two separate display fields. On the tablet’s bottom half, a touch screen allows users to select an application or web browse using their voice.

On the top half, the tablet’s glass is perforated into a grid with holes, which allow Blitab’s liquid-based technology to create tactile relief — or “tixels” — that outputs content in the Braille alphabet — the touch-reading system that has been the literacy tool for blind people since 1824. The “smart” liquid alters the surface of the tablet to convert text, maps and graphics into Braille, by creating a rising sensation under the user’s fingertips.

“Blitab can translate any type of content into Braille using our cloud-based software and displays one page of content at a time,” Ms. Tsvetanova said.

Priced at around $500, Blitab could be the improved and affordable alternative to existing portable Braille readers that blind people have long desired.

“With this tool, the blind can surf the net, connect with friends and download books, like everyone else,” she said.

The impact of Blitab on the lives of visually impaired people is potentially enormous.

In 2017, the World Health Organization estimated that there were 253 million people living with vision impairment across the globe, including 36 million blind people and 217 million with moderate to severe vision impairment. Those numbers are expected to triple by 2050.

Existing keyboards for the blind mostly operate via piezoelectric technology, which uses pressure to generate electricity, allowing them to function as a Braille reader. The keyboards are often bulky, limited in functionality and sell for thousands of dollars. There are also portable Braille readers, which have been around for two decades, but typically offer only single-line displays.

“Can you imagine reading Harry Potter one line at a time?” Ms. Tsvetanova said.

“Only 1 percent of published books is available in Braille,” she said. “People with sight loss cannot actually read most books, they can only listen to them being read.”

Braille illiteracy contributes to high unemployment rates for blind and visually impaired people, estimated to be 75 percent in Europe (according to the European Blind Union) and 70 percent in the United States, according to Cornell University’s Disability Statistics. These numbers are even higher on a global scale.

Since Blitab’s founding, Ms. Tsvetanova has been recognized for its potential to change the lives of people with sight loss. She won the Rising Innovator award in 2017 from the European Institute of Innovation and Technology and was recognized in 2017 by MIT Technology Review’s Spanish edition as one of its European Innovators Under 35. Last year, Blitab was among 56 finalists selected from 1,401 entries in the Index: Design to Improve Life, a design competition based in Denmark, which awards about 500,000 euros (about $580,000) in total prize money.

“This tablet will be especially impactful for the life progress of young blind persons,” said Mette Laursen, a former board member of the Index competition.

“Just imagine the first time you used an iPad and the possibilities it opened for you,” Ms. Laursen said. “Blitab can do the same for the blind.”

Ms. Laursen was also a member of the jury of the 2018 Cartier Women’s Initiative Awards, an annual international business plan competition funded by the luxury jeweler that rewards innovative projects by women entrepreneurs. At its awards ceremony in April in Singapore, Ms. Tsvetanova was the top prize winner, or “laureate,” from Europe.

“Cartier’s prize is a springboard to help our laureates secure investment from banks and investors who rely on our due diligence and our assessment that these businesses are viable,” said Cyrille Vigneron, president and chief executive of Cartier.

While she awaits closing on a new round of financing this month, Ms. Tsvetanova is negotiating with a number of American service providers in the telecom and banking sectors to integrate Blitab into their businesses.

“With our technology, a visually impaired employee can review a document unassisted, and a blind client can read a contract before signing it,” Ms. Tsvetanova said.

“Blitab means literacy,” she said. “Reading it yourself is a big step toward independence.”
 

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12.Set.2018
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App brasileiro (e gratuito) permite que cegos leiam textos impressos

Rafael Rodrigues Da Silva

Canaltech | 10 de Setembro de 2018

 

Um novo aplicativo desenvolvido no Brasil promete auxiliar a vida de pessoas que possuem problemas de visão. Batizado de EyeFy, o aplicativo utiliza técnicas avançadas de inteligência artificial e aprendizado de máquina para reconhecer textos e efetuar a leitura deles em voz alta, o que permite maior autonomia não só para pessoas com problemas de visão, como também para aquelas não alfabetizadas.

De acordo com Jonathan Santos, criador do aplicativo, a principal motivação para o desenvolvimento do app foi a chegada ao Brasil de um sistema que, a partir de uma câmera acoplada na armação do óculos, faz a leitura de textos e identificação de objetos para pessoas cegas ou com baixa visão. O problema é o preço disso: ao pesquisar sobre, Santos descobriu que o sistema custava R$ 19 mil para ser instalado. Isso fez com que Jonathan criasse um aplicativo que atua de forma parecida a esse sistema, mas de forma mais inclusiva. Por isso, Jonathan garante que o EyeFy será para sempre um aplicativo gratuito, sem propagandas, e que não necessita de uma conexão com a internet para funcionar.

O funcionamento dele é bem simples: ao executar o programa, o app acessará a câmera do celular e então é só apontar a lente para o texto desejado, segurando o dedo sobre a tela por alguns segundos. Ao soltar o dedo, o aplicativo reconhecerá o texto no quadro e o lerá em voz alta. O EyeFy já está disponível para download na Play Store e estará na App Store.
 

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11.Set.2018
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Primeira terapia genética a curar doença humana vence Prémio Champalimaud de Visão 2018

Expresso | 04.09.2018

Virgílio Azevedo

A causa genética da doença hereditária conhecida por Amaurose Congénita de Leber, uma forma de cegueira infantil, foi descoberta por Michael Redmond, investigador do Instituto Nacional de Visão dos EUA


Sete investigadores do Reino Unido e dos EUA receberam esta terça-feira em Lisboa o maior prémio do mundo na área da visão, por descobrirem tratamento genético da cegueira infantil.

A cura através de uma terapia genética de uma doença hereditária conhecida por Amaurose Congénita de Leber, uma forma de cegueira infantil, acaba de ser distinguida com o Prémio António Champalimaud de Visão 2018, o maior do mundo nesta área, no valor de um milhão de euros.

A entrega do prémio vai decorrer esta terça-feira ao fim da tarde na Fundação Champalimaud, em Lisboa, numa cerimónia presidida por Marcelo Rebelo de Sousa e onde participará também a presidente desta instituição científica, Leonor Beleza. Os premiados são investigadores do Instituto Nacional de Visão dos EUA (Michael Redmond), da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia (Jean Bennett e Samuel Jacobsen), do Hospital Infantil de Filadélfia (Albert Maguire), do Instituto de Oftalmologia do University College London (Robin Ali), do Moorfields Eye Hospital do Reino Unido (James Bainbridge) e da Escola de Medicina da Universidade da Flórida (William Hauswirth).

A causa genética desta doença foi descoberta por Michael Redmond, e o trabalho dos outros seis investigadores premiados baseou-se na clonagem prévia do gene RPE65 deste cientista do Instituto Nacional de Visão americano, assim como no reconhecimento do seu papel decisivo no metabolismo da vitamina A para a visão.


MUTAÇÃO GENÉTICA TORNA AS CRIANÇAS CEGAS DESDE O NASCIMENTO

Mais concretamente, Michael Redmond “demonstrou que este gene é essencial para converter a vitamina A na forma ativa nas células foto-recetoras da retina”, explica um comunicado da Fundação Champalimaud. Depois desta demonstração os cientistas descobriram “que as mutações deste gene tornam as crianças funcionalmente cegas desde o nascimento”.

Os outros seis premiados pertencem a três equipas de investigação e desenvolveram formas de fornecer uma substituição funcional do gene RPE65, usando uma terapia de reposição do gene do olho, o que permitiu restaurar a visão não apenas nas crianças cegas como também em adultos.

Como é a primeira vez que uma terapia genética consegue curar uma doença hereditária, este avanço científico abre caminho ao desenvolvimento de terapias genéticas para o tratamento de muitas outras doenças de natureza hereditária.

Michael Redmond afirma ao Expresso que “a nova terapia genética foi bem sucedida muito rapidamente porque tivemos uma boa compreensão da função biológica do gene RPE65 e usámos excelentes modelos animais para a testar” (ratinhos e cães). Por outro lado, os enzimas RPE “são uma camada de células relativamente resilientes” que não pertencem ao grupo de fotorrecetores com tendência “para se danificarem com facilidade”.


RPE65, A ENZIMA CRUCIAL PARA OS OLHOS

O investigador considera que “o RPE65 é uma enzima crucial no sistema visual”, porque “converte a forma dietética da vitamina A, através de um processo bioquímico denominado isomerização, numa forma ativa chamada 11-cis retinal, que permite às nossas retinas capturar a luz de tal forma que conseguimos ver”.

A identidade da enzima que faz esta conversão “esteve a ser procurada durante décadas, desde que o processo foi delineado nos anos de 1930 pelo Prémio Nobel George Wald”, conta Michael Redmond. Nos anos de 1990, Redmond descobriu a proteína e o seu gene, que tinha as propriedades necessárias para ser esta enzima. E deu-lhe o nome de RPE65 porque foi encontrada no epitélio pigmentar da retina (RPE), uma fina camada de células localizada imediatamente atrás dos fotorrecetores sensíveis à luz. O epitélio é o tecido que cobre os as paredes dos nossos vasos sanguíneos e dos nossos órgãos.


EXPERIÊNCIAS EM 41 DOENTES

Entretanto, Jean Bennett, a investigadora da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia também distinguida pelo Prémio Champalimaud de Visão, revela ao Expresso que a sua equipa fez testes da nova terapia em 41 doentes. “Hesitamos a usar a palavra “cura” porque não temos a certeza de quanto tempo poderá durar a melhoria da visão dos doentes”. Em todo o caso, “se olharmos para os resultados da fase final dos nossos testes, a visão em 93% das pessoas tratadas melhorou de forma muito significativa”.

O reagente injetado nos olhos dos doentes testados foi aprovado como medicamento pelas autoridades dos EUA em dezembro de 2017 e vários centros de investigação no país resolveram tratar pessoas atingidas pela Amaurose Congénita de Leber. “Recebemos relatórios de cientistas sobre a administração do tratamento, bem como dos pais das crianças tratadas, e todas elas estão a sentir melhorias na visão”, conta Jean Bennett.

Ninguém sabe ao certo quantas crianças têm esta doença em todo o mundo. A investigadora recorda: “precisámos de desenvolver métodos para demonstrar as melhorias na função visual resultantes do tratamento desta doença severa e o facto de estas melhorias serem duradouras”. Agora que a terapia genética foi bem sucedida, “queremos tratar outras doenças que provocam a cegueira, passando de uma doença rara como a Amaurose Congénita de Leber para outras mais comuns, como a degeneração macular nos idosos, a retinopatia diabética ou o glaucoma”. E há “doenças neurológicas extra-oculares que são excelentes alvos para uma terapia genética, como a perda de audição ou aquelas que provocam efeitos devastadores na função cerebral”, adianta Jean Bennett.

 

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4.Set.2018
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Samsung lança aplicativo que ensina cegos a tocarem violão. Aplicativo está disponível para Android

Diário de Pernambuco

Júlia Galvão | 23-08-2018


Transformar obstáculos em superação é a principal proposta do aplicativo Samsung Audio Acordes, que ensina pessoas com deficiência visual a tocarem violão de forma prática e intuitiva. O projeto foi desenvolvido no Brasil e a partir desta quarta-feira (22) está disponível, no primeiro momento, na Play Store para tablets e smartphones Samsung, além do site.

Por comando de voz, o aplicativo funciona como um dicionário de acordes. A escolha por esse sistema inovador se deu pela constatação de dados alarmantes: apenas 10% dos brasileiros, que têm alguma deficiência visual, sabem ler em braille. O professor de música Laercio Sant’anna é deficiente visual e foi um dos consultores para ajudar no desenvolvimento do aplicativo. Ele, amante da música e especialmente do violão, relata que era muito difícil conseguir tocar e ler ao mesmo tempo. "Perde a continuidade, a sensação natural da música", ressalta.

Com promessa de amadurecer, a ferramenta já conta com 30 músicas no repertório, permitindo salvar as músicas favoritas para compartilhar nas redes sociais. Não é preciso ser um músico nato, as aulas foram desenvolvidas tanto para iniciantes quanto para praticantes.

Andréa Mello, Diretora de Marketing Corporativo da Samsung, conta que o grande diferencial é acreditar no potencial humano e no poder transformador da música e da tecnologia. "O aplicativo é um esforço da empresa para oferecer às pessoas com deficiência visual a oportunidade de seguirem com o sonho de aprender a tocar violão. Seu desenvolvimento foi pensado de forma a oferecer total suporte e acessibilidade, mesmo para aqueles que estão em seus primeiros acordes", pontua.

Esse não é o primeiro passo da Samsung na questão acessibilidade. Nos últimos anos, a empresa tem tomado iniciativas como o #Pracegover nas mídias sociais, o hand talk - avatar animado em libras no site da Samsung, produtos com função de acessibilidade para cego e surdo, entre outras.
 

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1.Set.2018
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Congresso Internacional sobre Deficiência e Cidadania

5 e 6 de Setembro 2018
Local: Faculdade de Letras | Universidade do Porto
Programa aqui: https://sites.google.com/
 

O Instituto de Sociologia da Universidade do Porto organiza o primeiro congresso internacional sobre deficiência e cidadania, a ser realizado na cidade do Porto, em Portugal, nos dias 5 e 6 de setembro de 2018.

O objetivo geral deste encontro passa por reunir invetsigadores, estudantes e todas as partes interessadas relevantes para analisar os desafios da cidadania no contexto da deficiência. Serão tópicos abordados neste evento, a mobilidade e acesso à informação, participação no mercado de trabalho, educação, dinâmicas familiares, identidades e direitos.

Os oradores convidados já confirmados incluem alguns dos principais especialistas na matéria: Mark Priesley, da Universidade de Leeds, Paula Campos Pinto, da Universidade de Lisboa, Ema Loja, da Universidade do Porto, e Fernando Fontes, da Universidade de Coimbra.

fonte: ACAPO

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14.Ago.2018
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A Informática e os teclados de madeira que dão esperança aos cegos de São Tomé

TSF | Nuno Guedes | 08 Agosto 2018

 

Reportagem no primeiro curso de braille e informática para cegos, num país onde a maioria não tem computador em casa.

Maria da Cruz tem 36 anos e ficou cega aos 28. Um medicamento mal prescrito pelo médico e que tomou durante meses causou uma alergia que começou por lhe queimar a pele "da cabeça aos pés" até que chegou aos olhos: "Era como um fogo...", descreve, emocionada, esta mulher com dois filhos que viu a vida mudar completamente e passar a estar totalmente dependente de terceiros.

Maria é um dos doze alunos do primeiro curso de braille e informática para cegos no Centro de Formação Profissional de São Tomé e Príncipe, mais conhecido como centro Budo-Budo, bairro nos arredores da capital onde está situado. Um centro que nos últimos 15 anos recebeu 5,2 milhões de euros do Estado português no âmbito da cooperação para a formação profissional, na luta contra a pobreza, neste pequeno país ao largo de África onde dois terços das pessoas vivem abaixo do limiar da pobreza.

As formações dadas neste centro são várias. Por exemplo, técnico de reparação de aparelhos de frio, cabeleireiro, auxiliar de ação educativa ou contabilidade.
 

A solução dos teclados de madeira

O último curso, que arrancou na semana passada, é, no entanto, uma novidade: braille e informática para cegos, num país onde a esmagadora maioria da população nem tem computador em casa.

Um desafio, como admite o formador de informática, António Assunção, que obrigou a soluções criativas. Por estes dias andam a desenvolver teclados de madeira, com as saliências do braille, para que os alunos treinem, em casa, a disposição das letras nos teclados reais que usam nas aulas e, se tudo correr bem, num futuro emprego.

Num país onde as ruas estão cheias de buracos e as bengalas dos invisuais têm de ser grossas e redondas na ponta para evitar armadilhas, este curso é uma esperança para quem é cego e não tem qualquer rendimento.

Maria da Cruz espera sair daqui com conhecimentos que lhe permitam entrar no mercado de trabalho. Esperança que se repete nas palavras de Eugénia Neto, aluna e presidente da Associação de Cegos de São Tomé e Príncipe, que sublinha que o desejo é ser "uma pessoa formada".

Hoje, detalha Eugénia, os cegos nesta aula "não têm rendimento nenhum. Imagina como é... Já pensou um adulto a depender a 100% de outra pessoa?"

A TSF viajou até São Tomé e Príncipe a convite do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
 

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14.Ago.2018
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Estudo diz que luz azul emitida por smartphones acelera degeneração ocular

Cláudio Yuge | 10 Agosto


Que não faz bem ficarmos grudados na tela de quaisquer dispositivos, isso todo mundo sabe. Acontece que ultimamente estamos ficando mesmo mais e mais viciados em smartphones e laptops e isso tem aumentado os problemas de saúde relacionados com tecnologia. Agora, um estudo publicado no periódico Nature revela que a luz azul emitida pelos aparelhos — que chegou a ser classificada como inofensiva no passado — pode acelerar o processo de degeneração de nossa visão.

A pesquisa foi realizada pela Universidade de Toledo, em Ohio, nos Estados Unidos. Uma equipe de cientistas descobriu que o brilho contínuo da luz azul transforma moléculas vitais em uma versão tóxica capaz de deteriorar mais rápido o processo de envelhecimento natural dos olhos — e a idade avançada é uma das maiores razões pela cegueira em todo o mundo.

"Estamos sendo expostos à luz azul continuamente e a córnea e a lente do olho não podem bloqueá-la ou refleti-la. Não é nenhum segredo que a luz azul prejudica a nossa visão, danificando a retina. Nossos experimentos explicam como isso acontece e esperamos que isso leve a terapias que retardem a degeneração macular, como um novo tipo de colírio", explica Ajith Karunarathne, professor assistente do Departamento de Química e Bioquímica da universidade.


Problemas de saúde relacionados à tecnologia têm aumentado

Não é somente a degeneração macular que vem preocupando os especialistas. Além de problemas psicológicos que a vida constante em um ambiente virtual possa levar, já existe o que os médicos chamam de “Síndrome da Visão Computacional”. Isso acontece quando a luz dos dispositivos está tão intensa que chegam a ser capazes de imitar a luz solar e bagunçar nossos hormônios, ao ponto de diminuir substancialmente a qualidade do sono.

Para evitar os problemas com a luz azul nos olhos, Kaunarathne até recomenda óculos de sol com filtro ultravioleta — mas muitos dizem que isso também não surte muito efeito. Certo mesmo é o limite que cada um impõe para evitar exposição excessiva, especialmente no quarto escuro antes de dormir.

“Todos os anos, mais de 2 milhões de novos casos de degeneração macular relacionada à idade são relatados nos Estados Unidos. Esperamos encontrar uma maneira de proteger a visão das crianças que crescem em um mundo de alta tecnologia”, completa o cientista.
 

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10.Ago.2018
publicado por MJA


 

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Biblioteca Nacional lança plataforma para partilha de livros acessíveis a invisuais

LUSA

 

Existem "14 mil volumes em braille, que podem ser requisitados, em papel, correspondentes a cerca de quatro mil títulos, dois mil volumes de partituras musicais, 400 livros em formato digital braille, 2200 livros em registo sonoro, que correspondem a mais de 20 mil horas de gravação, e cerca de dois mil títulos em texto digital", como confirma Carlos Ferreira, responsável pela área de leitura para deficientes visuais da BNP.

A Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) lançou nesta segunda-feira uma plataforma digital que permite a partilha online de livros em formatos acessíveis a pessoas invisuais ou com visão reduzida, contando já com milhares de obras disponíveis em braille e áudio.

De acordo com Carlos Ferreira, responsável pela área de leitura para deficientes visuais da BNP, esta plataforma é o "culminar de um processo para responder a uma necessidade que, há muitos anos, pessoas com deficiência visual, pais e técnicos que trabalham com estas pessoas, nomeadamente professores, sentiam".

Trata-se de uma plataforma, designada Repositório Nacional de Objectos em Formatos Alternativos (RNOFA), que permite saber o que existe em formatos alternativos, onde existe e como ter acesso, disse à Lusa Carlos Ferreira.

"É uma plataforma simples, funcional que permite que as pessoas possam passar a ter essa informação à distância de um teclado. O utilizador acede ao site rnofa.bnportugal.pt e faz a pesquisa por temas", acrescentou.

A partir daí, os utilizadores credenciados — pessoas com deficiência visual, que tenham feito prova disso — podem fazer reservas de livros em braille, que são enviados para casa por correio, ou fazer transferência de obras para as suas máquinas — smartphone, computador, leitor de mp3.

Os "objectos digitais" disponíveis são audiolivros (registo de som), arquivos digitais RTF, um padrão que permite sincronização de áudio e texto, e um outro "mais recente", o chamado formato ePub3, que "permite sincronizar num único ficheiro texto, áudio e imagem", explicou o responsável.

Uma das vantagens desta plataforma é a possibilidade de trabalhar com um conjunto de parceiros, o que acontece já a partir desta segunda-feira, durante a sessão de apresentação do RNOFA, com a assinatura de um protocolo com três instituições: a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), o Instituto Nacional de Reabilitação e o Centro Professor Albuquerque e Castro, da Santa Casa da Misericórdia do Porto, responsável por edições em braille.

Carlos Ferreira adianta, contudo, que em breve serão alargadas as parcerias, estando já prevista a adesão da Biblioteca Municipal do Porto, da biblioteca inclusiva de Gaia - Espaço Gaia Inclusiva da Biblioteca Municipal e da Direcção-Geral da Educação.

Podem ser parceiras do RNOFA quaisquer entidades portuguesas, públicas ou privadas, que sejam produtoras ou detentoras de conteúdos em formatos alternativos.

Estas entidades parceiras têm acesso autenticado ao back-office do sistema, para poderem carregar as suas descrições bibliográficas e armazenar os seus objectos digitais sem qualquer custo.

Para o responsável, este é um "passo muito grande" em relação ao que já existia na biblioteca, que é um serviço de acesso à leitura por pessoas com deficiência, através da Área de Leitura para Deficientes Visuais (ALDV), que completará 50 anos em 2019.

Este serviço vai continuar a existir paralelamente à plataforma, porque "nem todos têm de ser infoincluídos", referiu.

"É uma mais-valia, mas os que não querem, não podem ou não sabem, como por exemplo pessoas sem alfabetização, podem continuar a usar os nossos serviços."

Segundo Carlos Ferreira, "actualmente existem 14 mil volumes em braille, que podem ser requisitados, em papel, correspondentes a cerca de quatro mil títulos, dois mil volumes de partituras musicais, 400 livros em formato digital braille, 2.200 livros em registo sonoro, que correspondem a mais de 20 mil horas de gravação, e cerca de dois mil títulos em texto digital".

A biblioteca tem registados cerca de "760 leitores com deficiência visual, o que é um número significativo, atendendo a que a população com deficiência visual corresponde a 1% [do total] e, neste grupo, a literacia não é elevada".

O RNOFA foi desenvolvido pela BNP, com o apoio da Unidade ACESSO da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

in Público, 3 de Julho de 2018
 

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9.Ago.2018
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Uma nova forma de ver os jogos com 'Another Sight'

Pplware  | 31 Jul 2018

 
Para o final deste ano está previsto o lançamento de um jogo que, numa primeira análise, parece vir a ser bastante interessante. Refiro-me a Another Sight que está a cargo dos italianos Lunar Great Wall Studios, e que pela sua temática, promete vir a ser uma aventura… diferente.

Recentemente foi revelado um “Behind the Scenes” no qual Marco Ponte (CEO e Fundador) e Andrea Basilio (Diretor Criativo) falam um pouco sobre o jogo.

A ação de 'Another Sight' decorre em plena época Vitoriana na cidade de Londres. É um jogo que aposta claramente na narrativa densa e emotiva e que centra a sua história em Katherine, uma menina cega, e no seu companheiro de aventura, um gato chamado Hodge. Ambos percorrem as ruas de Londres e os seus subterrâneos numa aventura de exploração, descoberta e espiritual.

O ponto de partida da aventura é o London Metropolitan Railway, onde acontece o acidente que provocou a cegueira de Katherine. Segundo os responsáveis do jogo, e de uma forma não muito clara, é aqui que ela se apercebe que existe “uma guerra“. Que guerra será esta? E qual o papel que estes dois companheiros de aventura irão ter?

O jogo terá ainda um particular interesse na forma como irá descrever o que “um cego consegue ver através dos sons“. Essa dinâmica, ainda está por se perceber como irá ser implementada no jogo mas será algo de interessante acompanhar.

Kit e Hodge embarcam desta forma numa aventura por um mundo subterrâneo surreal e repleto de fantasia utilizando os seus talentos e habilidades próprias para ultrapassar obstáculos e resolver puzzles e quebra-cabeças.

Segundo os responsáveis do jogo, o universo subterrâneo de Londres teve grandes influências do Mundo Fantástico de Neil Gaiman onde Kit e Hodge irão descobrir toda uma sociedade secreta e onde irão encontrar grandes artistas do passado como Claude Monet, Jules Verne entre outros.

'Another Sight' será lançado ainda este ano para PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.
 

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6.Ago.2018
publicado por MJA


 

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Através deste site pode ver o mundo da mesma forma que as pessoas com doenças graves de visão

TEK.sapo | 19 Jul 2018


Sejam cataratas ou problemas de retinopatia existem doenças de visão que podem ser curadas. Este website sensibiliza as pessoas a tomarem medidas de apoio.

É difícil interiorizar o sofrimento que as doenças nos olhos, que podem eventualmente levar à cegueira total, causam nas pessoas afetadas. Existem doenças que podem ser curadas, mas os custos elevados das operações enviam os pacientes para listas de espera intermináveis, e muitas vezes é tarde de mais…

Para sensibilizar e mobilizar as pessoas a ajudar quem precisa, a organização See Now disponibiliza um “simulador de cegueira” para que possa ver o mundo, de forma virtual, da mesma forma que as pessoas afetadas por diferentes doenças de visão. A organização estima que a cada cinco segundos alguém no mundo fica cega, e quatro em cinco pessoas que enfrentam a cegueira poderiam ter evitado se recebessem o tratamento.

O website coloca-o numa perspetiva de Street View do Google Maps e pode ativar três filtros de visão, das diferentes doenças associadas: cataratas, retinopatia e glaucoma, esta considerada uma das principais causas de cegueira do mundo. Durante a simulação pode regular a intensidade da doença e verificar a forma como as pessoas mais afetadas olham para o mundo…
 

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6.Ago.2018
publicado por MJA


 

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Jovens criam etiquetas em braile para incluir os deficientes visuais na moda

Hypeness | 29Jul18

 

Pensar em maneiras de tornar a moda mais inclusiva é um dos desafios que movem as jovens Amanda Gotado e Camila Dinapoli, que desenvolveram um sistema de etiquetas para roupas voltado para o público com deficiência visual.

Parte do projeto Sense, que elas criaram para o Trabalho de Conclusão de Curso de Design de Moda, do Centro Universitário Belas Artes, de São Paulo, as etiquetas trazem, além do braile, QR Codes que podem ser acessados pelo celular. Assim, os deficientes visuais podem acessar informações como cor, tamanho, detalhes visuais e instruções de lavagem de forma autônoma.

De acordo com a dupla, as ideias do projeto surgiram a partir de entrevistas com pessoas cegas, que relataram as principais dificuldades na hora de comprar roupas. Falta de acessibilidade nas lojas, falta de profissionais aptos a ajudar, dificuldade para interpretar as peças e a necessidade de ir fazer compras acompanhado foram os problemas mais apontados.

As etiquetas com braile e QR Code auxiliam nas duas últimas, mas não resolvem todos os problemas. É por isso que Amanda e Camila também estão desenvolvendo um treinamento para lojistas, que ajudaria a entender as necessidades específicas na hora de atender clientes com deficiência, além de um serviço de consultoria para ajudar cada cliente a encontrar seu próprio estilo e a se expressar através da forma como se veste.
 

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4.Ago.2018
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As nossas escolas são inclusivas. E a inclusão, é uma utopia ou não?

Público | Rita Soares
 

Nas novas escolas inclusivas, para que a inclusão não passe de uma utopia, vai ser necessário mais do que o Decreto-Lei nº 54/2018. Vai ser necessária a continuação do investimento, da reflexão e da construção constantes.

Nas duas últimas décadas, as políticas de educação especial em Portugal levaram à inclusão da quase totalidade das nossas crianças e jovens com deficiência e incapacidade nas escolas de ensino regular.

Portugal é um país com leis bonitas, bons especialistas e profissionais sempre solidários e com capacidade de improviso, por isso chegámos a resultados sem precedentes na educação especial em Portugal.

Os alunos com Necessidades Educativas Especiais passaram a representar 7% da população escolar (81 672 alunos, em 2017/ 18) nas escolas públicas. Modificou-se a escola para acomodar estes alunos e não se esperou o contrário. Criaram-se agrupamentos de escolas especializados no atendimento a alunos com deficiência e incapacidade: auditiva, visual, com perturbação do espetro do autismo e com multideficiência.

A nossa situação tornou-se única. Hoje, a inclusão nas escolas públicas abrange a maioria das crianças e jovens com deficiência. A passagem destes alunos para as escolas regulares levou à diluição ou extinção de outros programas sociais e da saúde a eles dirigidos. As consultas e programas hospitalares especializados passaram a cobrir quase exclusivamente a idade pré-escolar, muitos serviços especializados da segurança social foram reestruturados e as respostas para os alunos com deficiência à saída da escolaridade obrigatória escasseiam.

Comparado com outros países, as nossas práticas e números da educação especial tornaram-se diferenciados.

Por exemplo, no Reino Unido quando se frequenta uma “escola especial”, é porque não se consegue ter um acesso comprovado e mínimo aos currículos, estruturas e aprendizagens oferecidos pelas escolas “regulares”. Beneficia-se da maior inclusão possível na comunidade circundante à escola especial e todas as práticas são tuteladas uniformemente e com base em conceitos claros.

Os alunos portugueses com deficiência, independentemente do seu nível de alteração e de participação não podem escolher frequentar uma escola especializada, aberta todo o ano, com uma equipa multidisciplinar alargada e com estruturas e recursos especializados, sem antes terem de passar pela escola regular e terem de justificar muito bem o seu “pedido de encaminhamento”.

A 6 de Junho deste ano foi publicado em Diário da República o novo regime jurídico da educação inclusiva em Portugal, acompanhado pela operacionalização do perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória (Decreto-Lei nº 54/2018 e Decreto-Lei nº 55/2018, respetivamente).

A “nova escola pública” preconizada na lei vai modernizar-se, centrar-se mais no aluno e abraçar a diversidade que atualmente a carateriza. Com especial enfoque na flexibilização curricular (a possibilidade de substituição de até 25% do currículo obrigatório por projetos da escola), pretende-se criar medidas e procedimentos mais atuais, dirigidos à promoção da equidade e do sucesso educativo de todos, “chegando a todos os alunos e aos contextos das suas vidas, com medidas universais, seletivas ou adicionais de gestão curricular”.

A inclusão e a diversidade vão ser trabalhadas em cada escola desde a sua base e incluir todos os adultos e alunos num desenho universal da aprendizagem para todos. A escola inclusiva vai dominar e lidar com diferentes temas e áreas e vai incluir todas as seções da sociedade.

Mas no contexto dos alunos tão especiais como os que encontramos nas escolas portuguesas, a diversidade não deveria continuar a implicar a mobilização de acessibilidades e recursos significativos, a prestação de cuidados especiais nas escolas, o desenho de atividades centradas nestes alunos e a transformação de um conjunto significativo de atividades e estruturas para as tornar suficientemente inclusivas para quem tem níveis reduzidos de funcionamento e participação?

É possível aplicar um modelo tão lato ao nosso contexto de educação especial/deficiência e incapacidade tão único?

Para os alunos surdos e cegos, que têm uma apetência natural para a comunicação e aprendizagem e para quem o novo regime jurídico da educação inclusiva prevê manter o mesmo atendimento, o desafio está ganho.
Para os alunos com alterações graves nas estruturas e funções do corpo, para quem a cognição, comunicação ou mobilidade está comprometida, o novo enquadramento jurídico da educação inclusiva nada diz de específico.

Nas novas escolas inclusivas, para que a inclusão não passe de uma utopia, vai ser necessário mais do que o Decreto-Lei nº 54/2018. Vai ser necessária a continuação do investimento, da reflexão e da construção constantes.

E o novo regime jurídico da educação inclusiva ainda não parece dar resposta à questão já batida na educação especial: a inclusão educativa em Portugal pode afinal ser uma realidade ou é só uma utopia?

Psicóloga Clínica no CADIn – Neurodesenvolvimento e Inclusão
 

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4.Ago.2018
publicado por MJA


 

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Sol: Já protegemos a pele mas ainda esquecemos os olhos

Observador

Vera Novais | 29 Julho 2018


Que doenças oculares podem ser causadas pela exposição solar?

“Determinados grupos funcionais [profissionais ou de lazer] com maior exposição ao sol têm mais problemas oculares”, diz ao Observador Manuel Monteiro Grillo, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. E dá como exemplo os surfistas, que sofrem frequentemente de pterígio — o tecido da conjuntiva cresce e fica mais espesso do que a córnea (o tecido transparente que cobre a parte da frente do olho), podendo reduzir a visão. O tratamento do pterígio pode ser feito com uma cirurgia, mas o problema pode voltar.

A exposição solar prolongada pode ainda estar relacionada com outros problemas oculares:

Cataratas — Quando o cristalino, a lente do olho, fica opaco pela acumulação de pigmento. As cataratas podem surgir com o envelhecimento do olho, que é acelerado pela radiação UV, e são a principal causa de cegueira em todo o mundo, refere a Organização Mundial de Saúde.

Degenerescência Macular Relacionada com a Idade — É uma doença degenerativa da área central da retina (mácula), fazendo com que o olho deixe de ver claramente os pormenores. A visão central fica diminuída de forma irreversível (e sem tratamento possível), embora a visão periférica seja conservada. A idade, o historial familiar e o tabagismo são os principais fatores de risco. A radiação UV também pode ser considerada um fator de risco, embora de menor relevância, refere a SPO. A luz azul é outro fator de risco, segundo a Associação Americana de Optometria. É emitida pelo Sol, mas também por fontes artificiais como lâmpadas LED, computadores e smartphones.

Tumores nas pálpebras — As pálpebras podem apresentar vários tipos de lesões tumorais, sejam elas benignas ou malignas. Os principais fatores de risco são os fatores genéticos e a radiação UV. A alimentação e o tabagismo também podem aumentar o risco de desenvolver tumores. Os malignos podem ainda ser causados por vírus.

Além destas doenças, a exposição à luz solar intensa também pode ter consequências mais imediatas, como as fotoqueratites e fotoconjuntivites, inflamações tratáveis da córnea e conjuntiva, respetivamente. Este tipo lesões são causadas pela reflexão da luz, na neve, mar ou areia, por exemplo, e podem ser muito dolorosas. No fundo, assemelham-se a uma queimadura, como acontece também aos soldadores que trabalham sem óculos de proteção.


Como se pode prevenir?

As recomendações para os olhos são semelhantes às que nos habituámos a ouvir para a pele. O médico Manuel Monteiro Grilo recomenda, por exemplo, que as pessoas evitem a exposição ao sol nas horas de maior radiação ultravioleta, entre as 11 e as 16 horas. Quando no exterior, devem usar chapéus na cabeça, com aba ou pala que faça sombra sobre a cara, e óculos cujas lentes tenham proteção contra as radiações ultravioleta. É melhor esquecer os óculos de sol que não cumpram estes parâmetros, porque não o protegem da mesma forma. Estas recomendações são aplicáveis a crianças, jovens e adultos, mesmo nos dias enevoados, porque a radiação ultravioleta atravessa as nuvens.

Os óculos de sol devem:


Bloquear 99 a 100% da radiação UVA e UVB;
Filtrar 75 a 90% da luz visível;
Ter lentes sem distorções nem imperfeições;
Ter lentes que permitam um reconhecimento de cor apropriado;
Para as pessoas que passam mais tempo no exterior, a parte lateral do óculos deve estar tapada com uma abas.

A isto acresce um alerta mais específico: “se está a ser medicado, o cuidado deve ser redobrado, os seus olhos podem estar mais sensíveis à luz solar”, alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, em comunicado. “São vários os medicamentos fotossensíveis, mas destacam-se, por exemplo, alguns anti-histamínicos, antibióticos ou antidepressivos.” Nesses casos, o cuidado deve ser ainda maior, porque o risco também o é.


Os melanomas podem surgir noutras localizações?

Um melanoma é um tumor com origem nos melanócitos, as células que produzem melanina (o pigmento escuro que dá cor à pele e protege dos raios ultravioleta). A quantidade de melanócitos é muito maior na pele do que em qualquer outra localização, mas a úvea (estrutura do olho que inclui a coroideia, o corpo ciliar e a íris), o ouvido interno, o epitélio vaginal, os ossos e o coração também têm melanócitos.

O melanoma da pele é, de longe, a forma de melanoma mais frequente (mais de 90%). O melanoma ocular é muito menos frequente, representando menos de 5% dos casos. Ainda mais raros são os melanomas noutros tecidos que não a pele, não só porque têm muito menos melanócitos, mas também porque estão muito menos expostos — ou nada expostos — à radiação ultravioleta (UV), explica Fernando Ribas.

“Numa manhã de primavera, quando estava a maquilhar-me e a colocar sombra nas pálpebras, verifiquei que não via do olho direito. Não dei importância, referindo apenas que teria que usar óculos e que estava a ficar com falta de visão. Que ignorância a minha… Fui a uma consulta com uma especialista em oftalmologia e após ter efetuado diversos exames, eis que os resultados confirmam o diagnóstico.” Susana tinha 23 anos quando lhe foi diagnosticado um melanoma no interior do olho, conforme testemunhou na página da LPCC.

O melanoma da coroideia (estrutura localizada atrás da retina), como o que invadiu o olho de Susana, é a forma mais comum de cancro ocular — representa 85% deste tipo de cancros, segundo um artigo de revisão na Acta Médica Portuguesa. “O melanoma primário pode afetar diversas estruturas oculares, desde a pálpebra, conjuntiva, úvea (coroideia, corpo ciliar e íris) e, muito raramente, a órbita, sendo responsável por cerca de 3 a 5% de todos os melanomas”, escrevem os autores do artigo.

Mas se o melanoma da pele e até os melanomas oculares são mais ou menos fáceis de detetar, para os melanomas noutras localizações “é muito difícil conseguir fazer um diagnóstico precoce”, diz Fernando Ribas. Mesmo quando dão sintomas, é muito difícil encontrá-los, acrescenta o dermatologista.

“Muitas vezes, o tumor primário é indetetável e só é diagnosticado quando se encontram metástases”, diz o médico. Estas metástases indicam que se trata de um melanoma, mas não indicam a origem. Só depois de eliminada a possibilidade de ser melanoma da pele ou ocular é que se assume que poderá ter outra localização. Grande parte das vezes, essa localização não chega a ser conhecida. O médico acrescenta, no entanto, que “estes melanomas são raríssimos”.


Qual a relação entre melanoma da pele e melanoma ocular?

O melanoma da pele é o único tipo de tumor, entre os tumores analisados no estudo, que aumenta o risco de aparecimento de melanoma ocular, concluiu Rita Laiginhas, oftalmologista no Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, em Santa Maria da Feira. O trabalho foi apresentado na conferência da Associação para a Investigação em Visão e Oftalmologia, que teve lugar no Centro Champalimaud. Além disso, o risco aumenta após o período de latência — 10 a 15 anos depois do primeiro tumor.

Para este trabalho, a investigadora focou-se nos melanomas oculares que apareciam como tumores primários, ou seja, que se desenvolviam originalmente no olho (primeira localização). Esta escolha opõe-se aos tumores oculares que podem surgir como resultado de metástases de outros tumores, incluindo de melanomas da pele.

Para chegar a estas conclusões, Rita Laiginhas usou uma base de dados norte-americana com registos de melanoma ocular de 1973 a 2014. Aqui encontrou dados de 509 doentes que tiveram melanoma ocular como segundo tumor (como tumor primário depois de terem tido outro tumor). “Em Portugal é muito difícil fazer estudos primários [como este] porque temos muito poucos doentes”, diz a investigadora ao Observador.


Quais os principais fatores de risco para o melanoma ocular?

No caso do melanoma da pele, é bem conhecido que a radiação UVB é o principal fator de risco para o aparecimento da doença. Mas, para o melanoma ocular, o número de casos é tão pequeno que é difícil determinar quais os fatores mais importantes, explica Rita Laiginhas.

O oftalmologista Manuel Monteiro Grillo aponta que o estilo de vida, a alimentação e o facto de o doente estar imunodeprimido (ter a resposta imunitária debilitada) também podem influenciar o aparecimento da doença.

Ao contrário do melanoma da pele, não foi possível estabelecer uma relação entre a exposição à radiação ultravioleta e o aparecimento do melanoma ocular. Mas, para uma e para outra doença, as pessoas com olhos e pele clara parecem ter maior probabilidade de desenvolver a doença.


Como é feito o diagnóstico e tratamento?

“Corria o ano de 2002 e eu, na altura com 37 anos, comecei a sentir dores no olho esquerdo. Fui ao médico de família que me diagnosticou enxaquecas. A dor voltou passados poucos meses e aí fui ao hospital, o diagnóstico foi o mesmo”, conta Vítor Paixão na página da LPCC. “Em maio de 2004, quando estava conduzir para a praia, com a família, veio uma crise de dor mais forte e reparei que deixei de ver do olho esquerdo. Fui ao hospital e aí viram que era algo grave dentro do olho. Alguns dias depois, operaram-me de urgência no IPO, porque o tumor já tinha 19 milímetros de tamanho (melanoma da coroide).” Mesmo sem olho, Vítor Paixão estava determinado a fazer uma vida normal e nem as metástases que apareceram quatro anos depois o impediram de o fazer.

O melanoma ocular é uma doença silenciosa, mas agressiva. Grande parte destes tumores são assintomáticos e, quando são detetados, já estão numa fase avançada. “Mais de 50% dos melanomas oculares já estão metastizados quando são detetados”, refere Rita Laiginhas. E, uma vez metastizado, a probabilidade de se conseguir um tratamento bem sucedido é menor.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, Manuel Monteiro Grillo, assume que este tipo de tumor é difícil de detetar, mas diz que é possível fazê-lo durante um exame de rotina, quando o oftalmologista observa o interior do olho. “Não existe uma campanha de rastreio para esta doença porque a prevalência é tão pequena que não justifica”, diz o médico. Mas as consultas de rotina no oftalmologista ou a procura de um médico sempre que existam queixas ajudam a identificar a doença numa fase tão precoce quanto possível.

Quando detetado atempadamente, o melanoma ocular é tratável. “Até alguns anos, era preciso tirar o globo ocular, mas, de há uns anos para cá, é possível optar por uma terapêutica mais conservadora”, diz Monteiro Grillo. Uma das opções é a braquiterapia, que consiste na aplicação de placas radioativas na parede ocular junto ao tumor. Este método evita a lesão dos tecidos saudáveis do olho e permite manter o olho funcional, além das vantagens em termos estéticos para o doente. As placas são colocadas por meio de cirurgia, são deixadas até se atingir a dose de radiação necessária e removidas novamente por cirurgia.

“Fazemos muito menos enucleações [remoção do globo ocular] porque a deteção é muito mais precoce”, refere Monteiro Grillo. Por um lado, os doentes são vistos com mais frequência. Por outro, os meios de diagnóstico são melhores. Mas se o tumor já estiver muito avançado, a enucleação pode ser a única opção. Nestes casos, é provável que o tumor já esteja metastizado (se tiver espalhado as células tumorais por outros órgãos), sendo muito mais difícil de tratar. “Estima-se que a taxa de mortalidade do melanoma da coroideia aos 10 anos seja de 50%, mas, na presença de doença metastática, este costuma ser fatal, em média, após seis a 12 meses”, referem os autores do artigo na Acta Médica Portuguesa.

 

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29.Jul.2018
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Lego vai lançar peças em Braille para alfabetizar deficientes visuais

Patrícia Gnipper | 09 de Julho de 2018
 

A Lego, que fabrica brinquedos desenvolvidos para despertar sinapses cognitivas, abraçou a ideia do projeto premiado Braille Bricks depois de dois anos. A ideia é lançar, globalmente, peças em Braille para ajudar na alfabetização de deficientes visuais.

O projeto, inicialmente, foi disponibilizado na Creative Commons com a campanha #braillebricksforall, permitindo, portanto, que qualquer fabricante produzisse os Braille Bricks sem custos de licença. Com muita repercussão internacional, a Lego, então, decidiu abraçar o projeto.

De acordo com Felipe Luchi, sócio e CCO da Lew’LaraTBWA (agência de publicidade envolvida no projeto), "o formato de comercialização ainda não está definido; o importante é que a marca vai implementar globalmente o projeto, e a Lego vai usar seu conhecimento para ajudar uma fatia importante da sociedade: crianças com deficiência visual e escolas".

O ensino do Braille não é nada fácil, e o projeto tem como objetivo principal incluir socialmente os deficientes visuais por meio de algo que se assemelhe a uma brincadeira. "Transformar o ensino do Braille em uma brincadeira, com o respaldo de um brinquedo mundialmente conhecido, deixa a tarefa mais simples, usual e divertida", opina Luchi.

A produção do projeto levou cerca de seis meses e, para chegar ao resultado, mantendo as cores clássicas do Lego e seus encaixes, as peças do protótipo, que foram confeccionadas uma a uma, passaram por etapas variadas, como corte, lixa, alisamento e posicionamento dos pinos. No total, o projeto, desde a idealização até a confecção, levou cerca de um ano para ser concluído.

Fonte: Propmark

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11.Jul.2018
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EKUI: o baralho de cartas que se multiplica e cria emprego

Mónica Silvares | 10 Janeiro 2018
 


Os cartões da EKUI com as quatro formas de comunicação: grafia comum, braille visual e tátil, alfabeto da Língua Gestual Portuguesa e alfabeto fonético internacional.
 

O projecto EKUI, que conjuga quatro formas de comunicação num baralho de cartas, foi distinguido com o prémio Maria José Nogueira Pinto. O primeiro lugar permitiu a finalização da app que transporta esta forma de alfabetização para o meio digital.


EKUI são 26 cartas, cada uma com uma letra do alfabeto, que reúnem quatro formas de comunicação. O projeto de inovação social é pioneiro a nível mundial.

A ideia surgiu em 2003, mas só chegou ao mercado em 2015”, conta Celmira Macedo. A professora de educação especial usou o seu trabalho com Francisco, um menino que não sabia ler nem escrever — e que progressivamente se tornava uma criança frustrada e conflituosa por não conseguir aprender –, para lançar um produto inovador a nível mundial que conjuga quatro formas de comunicação diferentes.

Francisco não é caso único, garante Celmira Macedo: que em Portugal há cerca de 500 mil analfabetos (dados da Pordata de 2011) e quase metade da população portadora de deficiências (47%) é analfabeta e 35% não consegue comunicar com os outros, o que é “potenciador dos casos de bulling“, explica.

Em vez de se resignar à situação, a professora deitou mãos à obra. Primeiro fundou a Leque, uma associação sem fins lucrativos em Alfândega da Fé, e mais tarde decidiu criar uma linha de material lúdico e didático, a primeira em Portugal. “A Ekui tem como objetivo alfabetizar e reabilitar pessoas com e sem necessidades especiais”, explica.

EKUI é o acrónimo de Equidade, Knowledge (conhecimento), Universalidade e Inclusão. No fundo trata-se de uma espécie de jogo. São 26 cartas, cada uma com uma letra do alfabeto, que reúnem quatro formas de comunicação: a grafia comum, braille visual e braille tátil, alfabeto da língua gestual portuguesa e alfabeto fonético internacional.

Este primeiro projeto começou por ser uma metodologia de alfabetização para crianças com deficiência (surdos, cegos, autistas, etc.) e com dificuldades de aprendizagem, como a dislexia. No entanto, rapidamente se mostrou também eficaz na alfabetização e reabilitação de crianças sem deficiências, bem como de adultos, conta Celmira Macedo.

Esta é uma iniciativa de empreendedorismo social que conseguiu financiamento do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE) para passar à fase seguinte, ou seja, criar novas linhas da EKUI para ajudar a aprender, as cores, os animais e a família. O apoio conseguido foi de 99 mil euros, sendo que 30 mil são garantidos pela Fundação Gulbenkian e o restante pelo POISE. “Sem a Gulbenkian não teria sido possível candidatarmo-nos ao POISE”, explicou fonte oficial da Associação.
 


As novas edições da EKUI que estão em preparação, para ajudar a aprender as cores, a famílias, os animais, etc.

O projeto está montado de forma a que cada caixa de EKUI vendida financie outras duas: uma para venda e a outra para oferta às escolas ou a uma família desfavorecida. Cada conjunto de cartas é vendido por 14 euros (mais IVA) e tem um custo de produção de cinco euros. Um valor baixo porque as cartas são produzidas nas Caldas da Rainha, mas as embalagens são montadas pela própria associação. Só esta opção permite reduzir os custos em 30%, mas também dar emprego a pessoas portadoras de deficiência.

A EKUI pode ser comprada online, em lojas que a têm à consignação ou vendida diretamente na sequência de ações de formação. Quanto às novas edições ainda não está definido qual será o preço final, já que o produto ainda está em desenvolvimento.
 

Para Celmira Macedo, a ideia de que os projetos sociais não podem ser rentáveis, gerar dinheiro, é um disparate. “No terceiro setor, dizer que se tem lucro é um tabu”, lamenta. “Com um euro consigo desenvolver competências muito sérias“, sublinha orgulhosa, como por exemplo um aumento em 89% da aprendizagem mais rápida do alfabeto, um aumento de 93% das atitudes inclusivas ou ainda de 67% da reabilitação de pessoas com deficiências.

A professora de educação especial garante que a EKUI tem “potencial de mercado”, até porque “Moçambique quer traduzir os cartões para português moçambicano e Malta quer traduzir para maltês e inglês”, conta. A metodologia EKUI já chegou a 200 escolas e a mais de 2.500 beneficiários: crianças, jovens e adultos com e sem deficiências. E esta história tem já assegurado um final feliz, porque começou com Francisco e hoje, o Francisco já sabe ler e escrever e trabalha na Associação Leque na montagem das embalagens da EKUI.

Fonte: http://eco.pt/

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5.Jul.2018
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BLIND SOUNDS
Oficina | Rudolfo Quintas

LOCAL: Convento São Francisco | Welcome Centre
DATAS: 2 Julho - 6 Julho
HORA: 18h00 às 20h30
PÚBLICO-ALVO: M/6 / Invisuais
Gratuito
 

Nesta oficina as pessoas cegas vão experienciar a criação de música electrónica através do movimento do corpo. Uma proposta inovadora que possibilita a criação de uma nova relação com o corpo proporcionada pela imersão sonora. Através do som, potencia-se a consciência do corpo, a sua relação com o espaço e o desenvolvimento cognitivo e criativo. Conforme o relato de Joana Gomes que já realizou o workshop essa foi uma das melhores experiências da sua vida.

O workshop Blind Sounds pretende investigar questões relacionadas ao som interativo recorrendo a tecnologia de captura de movimento 3D e ao som digital para pessoas cegas. O projecto foi desenvolvido no âmbito do DMAD - Doutoramento em Média-Arte Digital da UAb/UAlg e já se realizou um teste piloto contando com a participação de: a Joana Gomes, o Luís Oliveira e a Maria da Conceição Romano.O workshop teve a sua primeira edição em Lisboa no âmbito do festival Lisboa Soa.
 

BIOGRAFIA
Rudolfo Quintas desenvolve projetos multidisciplinares no âmbito da new media art/artes digitais, criando instalações audiovisuais interativas na interseção da performance e software art. Integrou, desde o início, o movimento internacional da expressão artística da cultura digital com SWAP (2015), um projeto de cruzamento da dança com as artes digitais interativas, e outras instalações como Displacement (2004). A reflexão sobre a expressão do corpo na prática da composição sonora e visual, através da programação generativa e interativa do software que desenvolve, é também uma presença constante no seu trabalho. Tem apresentado os seus projetos em galerias, centros culturais e festivais de arte, em Portugal e no estrangeiro. Recebeu o Transmediale Distinction Award, pelo festival de arte e cultura digital Transmediale em Berlim, entre outros prémios e bolsas. O seu trabalho encontra-se publicado em jornais de investigação e edições de arte.
 

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2.Jul.2018
publicado por MJA


 

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Passaporte português vai ser o primeiro da UE com vinheta em braille

JN | 27 Junho 2018

 

O passaporte eletrónico português vai incluir uma vinheta em braille, uma medida inovadora na União Europeia que permitirá aos cidadãos com deficiência visual identificar nome, número e data de validade do documento, anunciou esta quarta-feira o SEF.

Esta nova funcionalidade do passaporte eletrónico português (PEP) foi hoje apresentada durante uma cerimónia que assinalou os 42 anos de existência do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Na ocasião, foi também entregue à secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, um PEP com a vinheta em braille.

A secretária de Estado saudou esta iniciativa "em que uma vez mais Portugal foi pioneiro". "Pequenos passos como este vão permitir às pessoas mais e melhor autonomia", disse Ana Sofia Antunes.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou aos jornalistas que há vários países que estão a trabalhar neste projeto, mas Portugal foi o primeiro país europeu a ter o passaporte com este tipo de grafia "em pleno funcionamento".

"A vinheta em braille é decisiva e integra a nossa política de igualdade de oportunidades. Tem uma dimensão simbólica, mas é uma garantia de igualdade de oportunidades entre os cidadãos", sustentou.

Durante a cerimónia foi também lançado o novo portal do SEF, uma ferramenta digital que faz uma harmonização de conteúdos e novos serviços online, nomeadamente o pedido de certidão online e pedido de segunda via do título de residência, sendo também apresentados publicamente os portais ARI (dos chamados 'Vistos Gold') e SAPA (Sistema Automático de Pré-Agendamento).

Sobre estas funcionalidades, o ministro referiu que os agendamentos podem ser marcados previamente por via digital e o atendimento pode ser feito em qualquer zona do país.

Como exemplo, explicou que se um atendimento não for possível num curto prazo de tempo em Lisboa, onde ainda há dificuldades, poderá ser marcado para outra zona do pais onde existirem vagas.
 

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[1.Jul.2018]
publicado por MJA


 

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Instituto Politécnico de Leiria promove workshop de fotografia para pessoas cegas

LUSA /SaúdeOnLine | 29 de Junho de 2018
 

No próximo dia 30 de junho, a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria promove um workshop para ensinar técnicas e estratégias de fotografia para pessoas cegas, anunciou a instituição.

“A iniciativa promete a partilha de técnicas e estratégias que permitam que as pessoas com deficiência visual se exprimam por meio da fotografia, bem como visa sensibilizar os profissionais da área da comunicação visual para a necessidade de formação sobre esta temática”, informa uma nota de imprensa do estabelecimento de ensino do Instituto Politécnico de Leiria.

À agência Lusa, a coordenadora do mestrado em Comunicação Acessível da escola, Carla Freire, declarou que o ‘workshop’, de seis horas e denominado “Fotografia para pessoas cegas – técnicas e estratégias”, pretende “explicar, de uma forma sucinta, como é que pessoas cegas ou com baixa visão podem utilizar a fotografia como um meio de expressão”.

“Esta iniciativa vem no âmbito do mestrado, no qual uma estudante, agora mestre, tem vindo a trabalhar no Brasil em oficinas para pessoas cegas”, adiantou Carla Freire, referindo que a aluna, Andrea Gurgel de Freitas, o ano passado “deu continuidade ao trabalho desenvolvido a explorar essas técnicas e estratégias”, cujos resultados serão apresentados na formação no sábado.

A docente Carla Freire referiu ainda que, “tudo correndo bem, o Instituto Politécnico de Leiria gostaria de desenvolver este tipo de formação mais vezes”, atendendo a que “em Portugal existem muitas lacunas nesta área”.

Para já estão inscritas 30 pessoas, incluindo da ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal e da CEERIA – Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça, sendo que a atividade, “inclusiva e inovadora, é gratuita e aberta a toda a comunidade”.

“Há pessoas cegas que vão estar presentes, o que vai permitir uma maior interação entre os participantes, cruzando as diferentes perspetivas ou diferentes visões, porque apesar de não verem com os olhos, utilizam outros sentidos para verem”, salientou Carla Freire.
 

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[30.Jun.2018]
publicado por MJA


 

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Melhor artigo científico na área da Oftalmologia

Jornal Público

Texto de Ana Maria Henriques | 11/06/2018


O melhor artigo científico da Harvard Medical School é (outra vez) da Inês.

Inês Laíns venceu, pelo segundo ano consecutivo, o prémio de melhor artigo científico na área da Oftalmologia da Harvard Medical School. A médica e investigadora dedica-se ao estudo do diagnóstico da principal causa de cegueira em pessoas acima dos 50 anos

A portuguesa Inês Laíns publicou, pelo segundo ano consecutivo, o melhor artigo científico na área da Oftalmologia da Harvard Medical School, instituição norte-americana onde desenvolve investigação há já quatro anos sobre a degenerescência macular relacionada com a idade (DMI). O prémio — que, no passado, só por uma vez tinha sido atribuído duas vezes à mesma pessoa — foi entregue na última sexta-feira, 8 de Junho. “Estamos a tentar desenvolver biomarcadores que nos indiquem quais as pessoas com maior risco de ter DMI ou de ficar pior com o passar do tempo”, explica a médica, ao telefone com o P3 a partir de Boston, onde vive.

A degenerescência macular relacionada com a idade é “a principal causa de cegueira em pessoas acima dos 50 anos” e, numa fase precoce, é “maioritariamente assintomática”. “Estudos indicam que 69% dos doentes que nos chegam já estão numa fase avançada da doença, já perderam a visão e não há muito que possamos fazer”, diz a médica, para quem urge “identificar as pessoas mais cedo”. A pensar nisso, a também investigadora de 32 anos está a trabalhar numa “nova técnica” com “resultados muito encorajadores” que mostram como “as pessoas com DMI apresentam diferenças numa análise ao sangue, quando comparadas com pessoas da mesma idade que não a têm”. “E essas alterações variam com a evolução da doença.”

A conimbricense, formada no Centro Hospitalar e Universitário da sua cidade, simplifica: “Quando vamos ao médico de família, ele pode pedir análises ao sangue. Sabemos que se tivermos um nível de colesterol elevado apresentamos um risco maior de sofrer um enfarte ou um acidente vascular cerebral — e temos que tentar modificar alguma coisa. E isso é o que nós chamamos biomarcadores.” Na Universidade de Harvard, Inês está a tentar identificar algo semelhante no sangue que esteja relacionado com a DMI.

“Potencial e idealmente, este deveria ser um teste feito a todas os indivíduos com mais de 50 anos”, continua. “Claro que podemos diagnosticar as pessoas que vão ao oftalmologista, mas o problema é que muitas não vão de uma forma regular.” Esta doença, com “uma prevalência enorme”, tem consequências terríveis para a qualidade de vida dos doentes porque “mesmo quem não perde a visão tem uma distorção e alterações na visão central”. “Imagina o que é viver com uma zona preta no meio do campo visual.”

Esta doença “muito complexa” precisa de ser estudada, acredita Inês, até porque é “multifactorial”: “Tanto envolve factores genéticos como ambientais e nós não compreendemos muito bem como é que esses factores interagem para promover o seu aparecimento.” A investigação em curso em Harvard — em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra — foi inicialmente financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e pelo programa Harvard-Portugal. Há 500 doentes envolvidos: 200 dos Estados Unidos, seguidos no Massachusetts Eye and Ear Hospital, e 300 portugueses, seguidos na unidade de Coimbra.

Existem diferenças entre os pacientes portugueses e os norte-americanos, sim, e o objectivo da investigação é explorá-las. “Queremos perceber como é que essas diferenças se relacionam com as diferenças genéticas e com o estilo genético de ambos os grupos”, refere. Os investigadores têm informações sobre a dieta dos participantes, bem como estudos genéticos dos mesmos, e o próximo passo é “voltar a ver os doentes ao fim de cinco anos”. Isto porque as conclusões publicadas agora resultam de dados colhidos em 2015 e 2016 e a ideia é analisar o perfil do sangue dos doentes, quer daqueles que sofreram agravamento da DMI, quer daqueles cujo estado se manteve inalterável.

Em 2017, o artigo premiado pela Universidade de Harvard — Structural Changes Associated with Delayed Dark Adaptation in Age-Related Macular Degeneration —, focava-se no teste de adaptação ao escuro, que também é útil para a compreensão dos mecanismos da DMI. Isto porque existe apenas um único tratamento para a doença, desenvolvido por Joan Miller. Inês e o grupo de investigação onde está inserida dedicam-se ao diagnóstico e à compreensão da doença. “Se compreendermos melhor os mecanismos, vamos conseguir ajudar quem estuda o tratamento.”

Depois de vencer pela segunda vez o Evangelos S. Gragoudas Award — que inclui uma “gratificação pessoal” de 5000 dólares (4237 euros) — com o trabalho 'Human Plasma Metabolomics Study Across All States of Age-related Macular Degeneration Identifies Potential Lipid Biomarkers', Inês prepara-se para repetir a especialidade médica em Oftalmologia para poder exercer nos Estados Unidos. “Estive quatro anos só a fazer investigação, tenho saudades de ver doentes.”

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[13.Jun.2018]
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Mais anos de estudo associados a aumento de miopia

Lusa | RTP | 10 Jun, 2018

 

Mais anos a estudar contribuem para o aumento da miopia, concluiu um estudo realizado na Grã-Bretanha e publicado na revista científica British Medical Journal. Os investigadores analisaram quase 68 mil pessoas, estudando o seu ADN para perceber a predisposição genética para a miopia. Depois, adicionaram à investigação a variável do número de anos dedicados ao estudo.

As conclusões, publicadas esta semana, mostram que frequentar uma faculdade, num total de 17 anos a estudar, pode contribuir para um grau de miopia adicional, comparando com quem parou de estudar com 16 anos de idade e cerca de 12 anos de educação.

Os investigadores assumem que um grau de miopia é relativamente pouco, mas é suficiente para uma pessoa precisar de óculos para conduzir, por exemplo.

"Este estudo mostra que a exposição a mais anos na educação contribui para o aumento da prevalência de miopia. Um aumento no tempo dedicado à educação pode, inadvertidamente, aumentar a prevalência de miopia e a potencial deficiência visual futura", indicam as conclusões divulgadas no British Medical Journal.

Os investigadores consideram que os resultados do estudo devem estimular uma educação sobre as práticas educativas, não para reduzir os anos dedicados a estudar, mas para intervir na prevenção ou interrupção da miopia na infância.

"O crescimento do olho axial ocorre predominantemente durante os anos escolares e, uma vez que os níveis de miopia tendem a estabilizar na idade adulta, qualquer intervenção para interromper ou prevenir a miopia precisa de ser aplicada na infância", referem.

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[12.Jun.2018]
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'Lente de contacto especial' reduz progressão de miopia em crianças

DN | Lusa | 10.01.2018


"É possível atrasar o crescimento do olho humano com dispositivos óticos", apontam investigadores Uma equipa internacional, que inclui cientistas da Universidade do Minho (UMinho), conseguiu reduzir em 59% a progressão da miopia em crianças dos oito aos 12 anos através de uma "lente de contacto especial", anunciou hoje a academia.

Em comunicado enviado à Lusa, a UMinho explica que o ensaio clínico com uma nova lente de contacto decorreu desde 2012 e concluiu que o uso daquela lente na infância "traz benefícios claros para a saúde pública, porque é na infância que os valores da miopia mais agravam, podendo disparar na fase adulta a probabilidade de problemas severos de visão".

A miopia consiste em ver mal ao longe e deve-se ao crescimento excessivo do olho, sendo que a cada milímetro que este aumenta, ganha-se três dioptrias de miopia. A equipa internacional mostrou que, após três anos, as crianças com as lentes de contacto especiais tiveram 0,5 milímetros de crescimento ocular, isto é, menos de metade face às outras crianças do estudo.

"É possível atrasar o crescimento do olho humano com dispositivos óticos", aponta no texto diretor do Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental (CEORLab) do Centro de Física da UMinho, José González-Méijome, que trata esta linha de estudo precursora há 15 anos.

Estas lentes de contacto "distinguem-se pela distribuição específica da potência, o seu desenho ótico, que vai alterar a imagem que se forma na retina, estimulando menos o crescimento do olho", refere o investigador.

Segundo a UMinho, "a miopia em menores de dez anos costuma alcançar valores elevados na idade adulta e pode levar a doenças da retina e nervo ótico, como glaucoma, desprendimento da retina, mácula e mesmo a cegueira", sendo que "a probabilidade de ter estas doenças é dez vezes maior em míopes com mais de três dioptrias e até cem vezes maior para aqueles com cinco ou mais dioptrias".

Aquela "anomalia visual" tornou-se uma pandemia em diversas partes do mundo e, refere o comunicado, "prevê-se que em 2050 mais de 50% da população mundial tenha este defeito ocular, 10% da qual com miopia alta".

A UMinho salienta que as Ciências da Visão são uma área de "importância extrema a nível social e científico", referindo que CEORLab tem em curso vários estudos epidemiológicos, ensaios e parcerias.

Por exemplo, enumera, "concluiu recentemente que a miopia afeta um terço dos que ingressaram no ensino superior de 2015 a 2017, com base numa amostra a 2.000 jovens da UMinho", uma proporção que quase duplicou nos últimos 15 anos.

A equipa liga também a investigação às neurociências, entendendo melhor os processos de crescimento e controlo do globo ocular e os mecanismos de ação destes e outros tratamentos, para desenvolver dispositivos mais eficazes.

A UMinho explica ainda que "é a única instituição em Portugal e das raras da Europa com formação de licenciatura, mestrado, doutoramento e ensino a distância em Optometria e Ciências da Visão, em particular na área da miopia".

O ensaio clínico com a nova lente de contacto envolveu ainda as universidades de Aston (Reino Unido), de Waterloo (Canadá) e o Hospital Universitário de Singapura.
 

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[11.Jun.2018]
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iSeaBlind, a bengala tecnológica que auxilia invisuais

Exame Informática  |  06.06.2018

 

Investigadores do INESC TEC estão a testar uma bengala e um sistema com tecnologia GPS, Wi-Fi, RFID e visão por computador para ajudar os invisuais. A bengala liga-se ao tablet ou ao telemóvel para dar a localização e vibra em caso de deteção de obstáculos.

Vídeo com entrevistas aqui.

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[6.Jun.2018]
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Designer cria fonte que combina a escrita em Braille com a tradicional

Guilherme Dantas
 

Quantos espaços públicos você conhece que conseguem implementar a sinalização em Braille de forma realmente eficiente?

Infelizmente são poucos, não é mesmo?

Pensando numa solução para esse problema, o designer japonês Kosuke Takahashi criou a Braille Neue, uma família tipográfica que une de forma muito inteligente a escrita tradicional e o alfabeto Braille.

Como funciona?
Os pontos em relevo, que fazem parte do alfabeto Braille, aparecem integrados aos caracteres do alfabeto tradicional, tornando qualquer palavra legível tanto para pessoas de visão normal quanto aos deficientes visuais.
 

O designer criou a proposta para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, e defende que a implementação dessa fonte em espaços públicos não só seria de ajuda para deficientes visuais como também seria uma ótima forma de familiarizar o público geral com o alfabeto Braille.

Conhecer projetos como esses aumenta ainda mais nossa admiração pelo design e seu poder de inclusão na sociedade, e ver designers trabalhando em prol dessas coisas é ainda mais satisfatório.

Saber + aqui: http://disq.us/

fonte da notícia: http://www.designerd.com.br/
 

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[2.Jun.2018]
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Benefícios fiscais por incapacidade: quais são e como obter

Júlia Rocha | Ekonomista


Os benefícios fiscais por incapacidade são destinados a apoiar pessoas com incapacidade igual ou superior a 60%. A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) prevê tratamento fiscal diferenciado a contribuintes com deficiência.

As pessoas com deficiência fiscalmente relevante, ou seja, que apresentem um grau de incapacidade, permanente e devidamente comprovado, igual ou superior a 60%, têm previstos, legalmente, benefícios fiscais por incapacidade.

Os benefícios ficais por incapacidade são levados em conta na tributação para efeitos do IRS, isenção de IVA, IUC (Imposto Único de Circulação), imposto sobre a importação de um veículo e no direito a requerer um Cartão de Estacionamento.


BENEFÍCIOS FISCAIS POR INCAPACIDADE: COMO COMPROVAR A SITUAÇÃO

Pode comunicar à AT a situação de deficiência fiscalmente relevante em qualquer Serviço de Finanças ou no Portal das Finanças. Para fazer o pedido, é necessário um atestado médico multiuso, obtido no centro de saúde da área de residência através de uma junta médica.

No portal das Finanças, terá que seguir os seguintes passos:

Serviços Tributários > Cidadãos > Entregar > Pedido > Indicação/Alteração dos dados de deficiência fisicamente relevante.

Após a submissão do pedido, deverá remeter à Direção de Serviços de Registo de Contribuintes — DSRC, no prazo de 15 dias, os seguintes documentos:

  • Cópia do documento comprovativo do pedido efetuado no Portal;
  • Cópia autenticada do atestado médico de incapacidade multiuso.


BENEFÍCIOS FISCAIS POR INCAPACIDADE: QUAIS SÃO

DEDUÇÕES EM IRS
Os rendimentos brutos dos contribuintes com deficiência (categorias A, B e H) são considerados, para efeitos de IRS, apenas por 85% (categoria A – rendimentos de trabalho dependente e B – Rendimentos empresariais e profissionais). Apenas por 90% no caso da categoria H (pensões). A parte do rendimento excluída de tributação não possa ultrapassar, por categoria de rendimentos, os 2.500€;

É dedutível à coleta um montante correspondente a quatro vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS), por cada dependente com deficiência, e uma importância igual a 2,5 vezes o valor do IAS, por cada ascendente com deficiência;

É dedutível 30% da totalidade das despesas efetuadas com a educação e a reabilitação do sujeito passivo ou dependentes com deficiência, assim como 25% da totalidade dos prémios de seguro de vida ou contribuições pagas a associações mutualistas (a dedução não pode exceder 15% da coleta de IRS);

É, também, dedutível à coleta, por despesas de acompanhamento, uma importância igual a quatro vezes o valor do IAS por cada sujeito passivo ou dependente, cujo grau de invalidez permanente seja igual ou superior a 90%;


ISENÇÃO NO IVA
Pessoas com benefícios fiscais por incapacidade beneficiam de isenção no Imposto de Valor acrescentado na aquisição de triciclos, cadeiras de rodas, com ou sem motor, automóveis ligeiros de passageiros ou mistos para uso próprio de pessoas com deficiência, de acordo com as condições previstas no Código do Imposto sobre Veículos (CISV). O reconhecimento depende do pedido dirigido à AT.


ISENÇÃO NO IMPOSTO SOBRE VEÍCULOS (ISV)

Isenção nas viaturas destinadas a uso próprio de pessoas com deficiência motora, maiores de 18 anos, com grau de incapacidade igual ou superior a 60% (independentemente da sua natureza); bem como ao uso (independente da idade) de pessoas com multideficiência profunda, com grau de incapacidade igual ou superior a 90%; pessoas com deficiência que se movam exclusivamente apoiadas em cadeiras de rodas, com grau de incapacidade igual ou superior a 60% e pessoas com deficiência visual, com grau de incapacidade de 95%.

É obrigatório que os veículos possuam nível de emissão de CO2 até 160 g/km, não podendo a isenção ultrapassar o montante de 7800€.


ISENÇÃO NO IUC (IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO)

Ficam isentas as pessoas com grau de deficiência ou incapacidade igual ou superior a 60%, em relação a viaturas da categoria B que possuam um nível de emissão de CO2 até 180 g/km, ou a viaturas das categorias A e E.

Por cada beneficiário, a isenção só pode ser usufruída da seguinte forma: isenção válida para o IUC de uma viatura por ano, não podendo o montante ultrapassar os 240€.


fonte: http://www.e-konomista.pt/artigo/beneficios-fiscais-por-incapacidade/ (01-02-2018)
 

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[4.Mai.2018]
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Ford Feel: um vidro que permite aos invisuais “sentirem” a paisagem

Correio da Manhã


A Ford apoiou o desenvolvimento do protótipo "Feel the View" para permitir que todos os que viajam num automóvel possam desfrutar da paisagem, permitido aos invisuais perceber as nuances da paisagem e senti-la na ponta dos dedos.

A Ford apoiou o desenvolvimento do protótipo "Feel the View" para permitir que todos os que viajam num automóvel possam desfrutar da paisagem, permitido aos invisuais perceber as nuances da paisagem e senti-la na ponta dos dedos.

O desenvolvimento foi realizado pelos italianos da Aedo, uma start-up especializada em dispositivos destinados a invisuais. O sistema transforma a superfície de uma janela de automóvel num ecrã transparente e táctil. O "Feel the View" recolhe a imagem exterior captada por uma câmara e transforma-a em estímulos sensoriais perceptíveis ao tacto.

O software transforma as imagens numa escala de cinzentos de alto contraste, que é reproduzida no vidro graças a um sistema de LED’s. O vidro, ao ser tocado pelo utilizador, emite vibrações perceptíveis, podendo chegar a 225 intensidades diferentes: quanto menor for a intensidade do cinzento, maior será a intensidade da vibração. Deste modo, graças à exploração táctil de toda a janela, o cérebro consegue reconstruir os volumes que formam a paisagem, permitindo que a viagem possa ficar na memória de um invisual.
 

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[2.Mai.2018]
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Camp Abilities 2018 - Colónia Inclusiva para Crianças Cegas
 


A 'Camp Abilities Portugal' é a adaptação de um modelo americano de colónias de férias para jovens com deficiência visual, que teve como motor de inovação o facto de os monitores serem também crianças e jovens, mas sem qualquer deficiência. Este é um programa único no nosso país.

A missão desta colónia é a INCLUSÃO, através da actividade desportiva, de crianças com deficiência visual e crianças ditas normais. Por um lado, os participantes com deficiência visual têm oportunidade de, num ambiente seguro, experimentar diversos desportos, actividades físicas e interagir em ambientes diferentes. Por outro lado, os jovens sem deficiência convivem e ajudam outros com deficiência visual, o que lhes permite conhecer de uma forma muito próxima as suas dificuldades, mas, também, o seu enorme potencial.

Divulgue este projeto junto dos pais de crianças invisuais totais, entre os 9 e os 16 anos, que saibam ler braille. Aceitamos inscrições até ao dia 15 de Maio 2018.

Fazer do mundo um lugar onde não haja exclusão depende de todos. Conceber e lutar pela realização deste projeto é a nossa contribuição.

Acompanhe a nossa aventura na página de Facebook:
https://www.facebook.com/Camp-Abilities-Portugal

SIC notícias | Reportagem 2015
http://sicnoticias.sapo.pt/programas/reportagemespecial/2015-08-03-Impossivel-e-so-um-exagero-para-dificil

Camp Abilities Portugal
Associação de Actividade Motora Adaptada
Junta de Freguesia de Carnide
Largo das Pimenteiras, 6 A
1600-576 Lisboa
Tel. 217 121 330

 

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[21.Abr.2018]
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Governo lança "app" e dicionário para entender o Diário da República

António Larguesa

Jornal de Negócios | 13 de abril de 2018


A versão electrónica do Diário da República ganha novas ferramentas de acesso no âmbito do programa Simplex+. Os diplomas passam também a poder ser lidos em áudio, braille e em letras maiores e com maior contraste.

O Diário da República Electrónico (DRE) já está disponível numa aplicação móvel ("app") que promete ser "uma forma simples" de aceder aos conteúdos do dia e também de consultar e partilhar todos os diplomas publicados, "em termos idênticos aos do site.

Numa segunda fase, promete o gabinete da ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, vai ser ainda possível "criar uma área personalizada para cada utilizador, bem como ser notificado dos diplomas mais relevantes" publicados sobre esse assunto.

A "app", que já pode ser descarregada na Google Play Store ou na App Store, é apenas uma das três novas funcionalidades divulgadas esta sexta-feira, 13 de Abril. Também no âmbito do programa Simplex+ e para "facilitar a compreensão dos actos legislativos" por parte dos portugueses, foi criado um dicionário jurídico que dá "uma explicação clara e sucinta dos conceitos jurídicos mais recorrentes e importantes".

O Lexionário, assim se chama esta ferramenta, é um dicionário de conceitos jurídicos especialmente dirigido a não-juristas. "A maioria dos actos legislativos que é publicada em Diário da República contém expressões e conceitos jurídicos que, sendo importantes para se perceber o significado e o contexto do próprio diploma, não são perceptíveis pela maioria da população, que não tem conhecimentos jurídicos", admite o Executivo, numa nota de imprensa.


Links e leitura para deficientes e idosos

A acessibilidade é o terceiro vector das novidades agora apresentadas pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Tanta na vertente mais tecnológica – a versão HTLM passa a apresentar as hiperligações para as remissões feitas nos diplomas –, como possibilitando a utilização de ferramentas de apoio à leitura utilizadas, por exemplo, pelos cidadãos com deficiência visual, como os sintetizadores de voz.

Os sumários e os textos integrais dos diplomas publicados no DRE passam a poder ser lidos em áudio, em braille e também em carateres ampliados e com permissão para alterar o contraste, com o Executivo a sublinhar que esta terceira possibilidade é "especialmente importante para cidadãos com baixa visão ou mesmo para cidadãos que necessitam de modificações mais ligeiras, como é o caso dos idosos".
 

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[13.Abr.2018]
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Aprovado Tratado de Marraquexe para facilitar acesso a pessoas com deficiência visual

INR | 2018


A União Europeia aprovou o Tratado de Marraquexe para facilitar o acesso das pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades à consulta/leitura de textos impressos em obras publicadas.

O Tratado de Marraquexe foi adotado em 2013 na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), com o objetivo de facilitar a disponibilidade e o intercâmbio transfronteiras de livros e outros materiais impressos em formatos acessíveis em todo o mundo. Foi assinado pela União Europeia em abril de 2014.

O Tratado exige que as partes prevejam exceções ou limitações ao direito de autor e direitos conexos em benefício das pessoas cegas, com deficiência visual e com outras dificuldades de acesso a textos impressos e permite o intercâmbio transfronteiras de cópias em formato especial de livros, incluindo audiolivros, e outro material impresso entre os países partes.

A diretiva tem por objetivo disponibilizar obras e outro material protegido, por exemplo, livros, publicações periódicas, jornais, revistas e outros escritos, partituras e outro material impresso, incluindo sob a forma sonora, em formatos acessíveis às pessoas beneficiárias.

A referida decisão foi publicada no Jornal oficial da União Europeia (21.2.2018) e entra em vigor na data da sua adoção.
 

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[10.Abr.2018]
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Apple sugere integração de 13 emojis de pessoas com deficiência

Pedro Fernandes | 24/03/2018
 

 

Ao que tudo indica, a Apple possui planos para integrar um conjunto de novos emojis no padrão Unicode, tendo recentemente emitido uma sugestão para a organização que gere este padrão entre plataformas.

De acordo com o portal Emojipedia, a empresa terá sugerido a criação de 13 novos emojis que irão incluir pessoas com deficiência motora, tendo em conta que, atualmente, não existe nenhuma representação oficial das mesmas nos pacotes de emojis.

Entre as sugestões apresentadas encontra-se a representação de aparelhos auditivos, pessoas com deficiência visual e em cadeira de rodas, prótese de braço e perna, entre outros.

in https://tugatech.com.pt/

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[9.Abr.2018]
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Há muitas pessoas cegas que vivem fechadas em casa a precisar de ajuda

LUSA | 12 de Março de 2018


O presidente da 'Associação Promotora do Ensino dos Cegos' (APEC), Vítor Graça, alertou nesta segunda-feira que há muitas pessoas cegas a viverem fechadas em casa e a precisarem de ajuda para tudo, desde vestir, comer ou andar na rua.

"Segundo o Censos, existem em Portugal cerca de 163 mil pessoas com deficiência visual e, se calhar, nas ruas não andam mais de 10 mil pessoas. Todas as outras, muitas delas, estão fechadas em casa e a precisar que alguém os ajude e os integre", disse à agência Lusa Vítor Graça, no dia em que a associação completa 130 anos.

O projecto tem como principal objectivo apresentar "soluções inovadoras" para dar mais oportunidades de inclusão social, no sentido de "resolver a lacuna existente em Portugal, relativamente às condições em que vivem as pessoas com deficiência visual". "A escassez de serviços e respostas sociais de proximidade, de prevenção da exclusão social e negligência é um problema ainda existente que aumenta exponencialmente os riscos que vão muito para além das limitações próprias da perda de visão", sublinha a associação.

Quando uma pessoa está no hospital e os médicos lhe dizem que vai ficar cega "a pessoa e a família ficam muito perdidas porque não sabe que instituições existem, não sabem o que fazer, e a família acaba por fechar a pessoa em casa". "O trabalho que estamos a fazer é estar no hospital para explicar que o mundo não termina ali", disse Vítor Graça. "É verdade que a pessoa deixa de ver e que a sociedade está feita para quem vê, mas com o apoio das instituições é perfeitamente possível a pessoa ser reabilitada e é isso que nós queremos", defendeu.

O presidente da associação contou que "há muita gente que está fechada em casa que não sabe cozinhar, não sabe andar na rua, não conhecem as novas tecnologias". O objectivo da associação é reabilitá-las e capacitá-las ensinando-lhes, por exemplo, "a andar na rua com bengala, a trabalhar com o computador, a passar a ferro, a comer, a vestir-se".

Desde Outubro, a associação já apoiou 230 pessoas, mas pretende apoiar muito mais, estando para isso a fazer o levantamento das necessidades das pessoas com deficiência junto de várias instituições. "O projecto está a crescer, temos bastantes pedidos e estamos a responder às necessidades das pessoas", disse Vítor Graça. "A sociedade está feita para as pessoas que vêem e infelizmente exclui as pessoas porque são diferentes, mas cabe-nos a nós lutar e dizer que as pessoas são cegas, mas são capazes de fazer outras coisas", rematou.

A Associação Promotora do Ensino dos Cegos assinala esta segunda-feira o seu aniversário com uma cerimónia que conta com a presença da secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.
 

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[9.Abr.2018]
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Mais de dois mil profissionais de optometria exercem sem formação

Dados são citados num estudo divulgado nesta segunda-feira pela Associação de Profissionais Licenciados em Optometria.

PÚBLICO | 3 de Abril de 2018
 

Um estudo divulgado pela Associação de Profissionais Licenciados em Optometria (APLO) nesta segunda-feira revela que existem mais de 2000 profissionais desta especialidade a fazer diagnósticos sem terem formação adequada. Para além dos diagnósticos, estes profissionais dão ainda consultas de optometria sem estarem habilitados para tal.

Num país onde "mais de dois milhões de pessoas sofrem de deficiências visuais", o estudo Saúde da Visão – Impacto Socioeconómico, conduzido pela Universidade Nova de Lisboa, pretende “demonstrar o quanto a falta de legislação e acesso aos cuidados básicos de saúde ocular custa ao Estado e aos portugueses”, lê-se no comunicado da APLO.

De acordo com os dados recolhidos pelos investigadores que assinam o estudo, o tempo médio de acesso a uma consulta de oftalmologia no Serviço Nacional de Saúde ronda os seis meses. Dos mais de dois milhões de portugueses com algum tipo de deficiência visual, “dois terços dos casos de perda de visão depois dos 50 anos seriam evitáveis quando diagnosticados a tempo”, conclui o estudo.

O estudo alerta também que as consequências causadas pelas deficiências visuais se estendem até à produtividade laboral. Os custos causados pelas deficiências visuais ascendem “a valores entre os 203 e os 722 milhões de euros”, cita o estudo. Já o custo para contratar mil optometristas para o SNS — que eliminaria as listas de espera — não ultrapassaria os 28 milhões de euros no primeiro ano, estima o documento.

Em 2014, Portugal comprometeu-se a reduzir a deficiência visual e a cegueira evitável em 25% até 2019; no entanto, a associação garante que “até hoje nenhuma alteração foi implementada com vista à obtenção das metas estipuladas”. Sem acesso a médico de família que os possa reencaminhar para uma consulta de oftalmologia, os utentes têm dificuldades em recorrer ao Serviço Nacional de Saúde.
 

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[3.Abr.2018]
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Nova lei do ensino especial só é viável se houver formação de professores

CLARA VIANA

Público| 16 de Março de 2018

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Alerta é do Conselho das Escolas, o órgão que representa os directores junto do Ministério da Educação. Que critica também o pouco temjpo que será dado aos professores para aplicarem o novo regime da educação inclusiva.

O Conselho das Escolas (CE), órgão que representa os directores junto do Ministério da Educação, considera que o futuro regime jurídico da educação inclusiva, que irá substituir a legislação sobre necessidades educativas especiais, só poderá assegurar a “defesa dos interesses” dos alunos se for precedido ou acompanhado “de um plano de formação para o pessoal docente e não docente”.

Esta preocupação é expressa num parecer sobre o diploma, aprovado pelo Conselho das Escolas (CE) nesta segunda-feira. Ao PÚBLICO o Ministério da Educação referiu que o novo regime, que esteve em discussão pública em Setembro de 2017, se encontra ainda “em processo legislativo”, do qual faz parte a recolha de pareceres junto das entidades que, por lei, têm de ser ouvidas neste âmbito, como é o caso do CE.

Ou seja, especifica o CE, o novo regime “aplica-se a todas as crianças e jovens que se encontram na escolaridade obrigatória e que, pontualmente ou ao longo de todo o seu percurso escolar, venham a encontrar barreiras que não lhes permitam aceder ao currículo e às aprendizagens”. Existirão três níveis de intervenção, que não são estanques, mas que terão em conta o tipo de dificuldades dos alunos e que nos casos mais graves exigirão uma “maior especialização dos recursos envolvidos”, frisa. É sobretudo nestes casos, para os quais se prevê a aplicação na sala de aula de medidas ditas “adicionais”, que o CE considera ser necessária mais formação.

Com o novo regime, deixará de ser aplicada a 'Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde' (CIFIS), uma metodologia da Organização Mundial de Saúde que avalia o grau de incapacidade de uma pessoa, e que é um dos instrumentos fundamentais da lei ainda em vigor. Os alunos tinham que passar por essa avaliação, feita em centros de saúde ou em centros de recursos especializados, para terem acesso às medidas educativas especiais.


Dependência de terceiros

Apesar deste pressuposto, o CE considera que o articulado do novo regime não garante um nível adequado de autonomia às escolas para o cumprimento desta missão, já que “muitas das medidas e dos recursos a disponibilizar dependerão de vários organismos e entidades exteriores”, de que são exemplo a Administração Educativa, os serviços de emprego e formação profissional e os serviços de segurança social e adesão.

E é esta dependência que justifica o segundo reparo do CE ao novo regime. Mais concretamente, receia que as medidas e recursos dependentes destas entidades exteriores à escola “possam não ser disponibilizadas, de facto, ou não sê-lo em tempo oportuno, sempre em prejuízo dos que deles necessitam”.


Pouco tempo

Como o novo regime serão também criadas nas escolas as chamadas equipas multidisciplinares de apoio à educação inclusiva, que contarão em permanência com cinco docentes e um técnico. O CE discorda. E esta é a terceira grande crítica ao diploma: que os professores que vão integrar as estruturas apenas lhes possam dedicar uma parte reduzida do seu horário.

Das 35 horas de horário semanal dos professores, 22 são destinadas a dar aulas (componente lectiva), sendo as restantes integradas na componente não lectiva, que frequentemente é ocupada por actividades de apoio aos alunos e por reuniões. É deste último bloco que sairão as horas dedicadas às equipas multidisciplinares.
 

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[19.Mar.2018]
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Número de alunos com necessidades especiais continua a subir

CLARA VIANA

Público | 2 de Março de 2018

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Alunos com necessidades educativas especiais já são quase 90 mil RUI GAUDÊNCIO

Aumento começou a ser mais significativo a partir do alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos.

O número de alunos do ensino básico e secundário com Necessidades Educativas Especiais (NEE) voltou a aumentar neste ano lectivo, passando de 81.672, em 2016/2017, para 87.081, em 2017/2018, indicam dados preliminares divulgados pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

Este aumento de 6,6% é superior ao registado no ano anterior (4%), o que se deve, sobretudo, a uma maior subida do número de alunos do ensino básico identificados como tendo NEE. Entre 2015/2016 e 2016/2017 a variação neste grupo foi de 3%, enquanto a registada em 2017/2018 por comparação ao ano anterior foi de 5,1%. Por lei considera-se que um aluno tem NEE quando apresenta dificuldades significativas de comunicação, de aprendizagem e participação, entre outras.

O primeiro grupo de alunos abrangido pela nova escolaridade obrigatória chegou ao ensino secundário em 2012/2013. Nesse ano o número de crianças e jovens com NEE neste nível de ensino (5426) quase duplicou em relação ao registado em 2010/2011 (2997). Actualmente existem 15.015 alunos sinalizados no secundário, o que representa um aumento de 14,8% por comparação a 2016/2017.

Também o número de professores afectos ao ensino especial, que têm por missão acompanhar aqueles jovens, voltou a aumentar neste ano lectivo (de 7264 para 7518). Já o número de técnicos que trabalham com alunos NEE diminuiu: de 1141 para 1016. Entre estes técnicos há, por exemplo, psicólogos, terapeutas da fala e terapeutas ocupacionais. Apesar de o seu número ter diminuído, há mais horas mensais de trabalho registadas para estes profissionais. Serão 63.418 quando, no ano lectivo anterior, com mais técnicos no activo nas escolas, tinham sido 51.333.


Currículo específico individual

Os dados da DGEEC confirmam também a tendência de decréscimo na aplicação do chamado currículo específico individual, que é a medida para os casos mais severos de NEE, prevendo a adaptação do currículo às características e necessidades de cada aluno, substituindo as competências definidas para esse nível de ensino. Num ano o número de alunos a quem foi determinada esta medida desceu de 12.994 para 12.563.

O currículo específico individual já não consta aliás das medidas previstas na revisão da legislação sobre necessidades educativas especiais. Um dos problemas identificados quando se aplica esta medida tem a ver com o facto de esta ser fortemente condicionadora quanto ao futuro destes alunos. Os alunos podem concluir a escolaridade obrigatória sem realizarem exames, porque as suas limitações os impedem de fazer estas provas, mas esta possibilidade faz com que fiquem excluídos logo à partida do ensino superior. Vários especialistas têm alertado que estas possibilidades têm sido aplicadas a crianças e jovens que não necessitavam delas.

tp.ocilbup@anaivc

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[19.Mar.2018]
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Inovação: Uma bengala, um smartphone e um sistema de visão artificial para ajudar os invisuais

Fernanda Pedro

Jornal Económico| 15 Fev 2018

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Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro criaram um sistema inovador para aumentar a autonomia dos cegos ou de pessoas com visão reduzida.

Trata-se de um sistema composto por vários módulos de informação geográfica, visão artificial e uma bengala eletrónica e capaz de dar informações de contexto e de suporte à navegação dos invisuais.

Para aperfeiçoar todas estas tecnologias que no próximo dia 19 de fevereiro, no edifício da Escola de Ciência e Tecnologia da UTAD, irão realizar-se testes com invisuais.

João Barroso, investigador do INESC TEC e docente da UTAD, explica que “nesta fase do projeto é essencial fazermos testes com invisuais, porque há por vezes pequenos detalhes que enquanto visuais não conseguimos perceber. Foi, nesse sentido, que a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) se juntou a nós na organização destas demonstrações”.

No que diz respeito aos equipamentos em si, a bengala eletrónica, por exemplo, foi desenvolvida de forma a estender a funcionalidade da bengala branca tradicional (que os cegos não dispensam), adicionando-lhe a eletrónica necessária para o cego interagir com uma aplicação móvel (a aplicação de navegação) e, ao mesmo tempo, ajudar esta aplicação a localizar o utilizador.

“O custo desta bengala que desenvolvemos é relativamente baixo se compararmos com outras bengalas para cegos que são muito mais limitadas nas suas funcionalidades. A produção da nossa bengala, de uma forma isolada e em termos dos componentes adicionados por nós, ronda os 300 euros. No entanto, é necessário ter em conta que a bengala não funciona sozinha e a implementação do sistema envolve outros custos que, em teoria, caem sobre os instaladores, e não sobre o utilizador”, explica João Barroso.

A bengala desenvolvida pelos investigadores está instrumentada com: um punho (impressão 3D) que incorpora toda a eletrónica, um leitor de etiquetas de radiofrequência (RFID) e uma antena na ponta (componente que ajuda a estimar a localização do utilizador), um joystick de cinco direções (cima, baixo, esquerda, direita e centro) para fazer o interface com a aplicação móvel, um emissor de sinais sonoros (beep), um atuador háptico (emissão de vibrações com várias durações e frequências), um transmissor Bluetooth (para comunicação com o smartphone) e uma bateria.

Para a bengala funcionar é preciso que esta interaja com a aplicação móvel de navegação. É da responsabilidade da aplicação de navegação: a obtenção da localização do utilizador recorrendo a outras tecnologias (GPS, Wifi, Visão por computador, entre outras), o armazenamento da informação geográfica necessária ao seu funcionamento (mapas desenvolvidos pelos investigadores numa plataforma web também desenvolvida por eles), o cálculo de rotas para pontos de interesse, o alerta sobre a existência de pontos de interesse na vizinhança do utilizador e o interface com o utilizador via áudio (texto to speech) e via háptica (bengala).

Para testar todos estes conceitos, os investigadores criaram um cenário de demonstração no polo da UTAD que, para além dos vários equipamentos referidos, vai contar também com uma maquete 3D do local para que as pessoas cegas possam utilizar no início da demonstração de modo a fazer um reconhecimento prévio do espaço dos testes através do sentido do tato.

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) reconheceu este projeto com o Prémio Inclusão e Literacia Digital 2015, no valor de 29 mil euros. As demonstrações que agora estão a ser feitas surgem na sequência deste reconhecimento.

“No futuro, espera-se que qualquer utilizador consiga configurar o nível de informação que pretende obter através do sistema, sendo que a qualidade e a quantidade são fatores de extrema relevância. Não chega dizer se existem ou não escadas num determinado edifício, é preciso informar a pessoa quantos degraus tem a escada, se existe ou não um corrimão, entre outros”, conclui João Barroso.
 

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[21.Fev.2018]
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≡ Voto em braille estará disponível em breve

Jornal i  | 09/01/2018


A proposta prevê que existam boletins de voto com matriz em braille.

O voto em braille poderá ser uma realidade já em 2019. António Costa assegurou que só falta a Assembleia da República aprovar a proposta “em tempo útil” para que o voto em braille esteja disponível já no próximo ano.

Caso a proposta seja aprovada a tempo, haverá “condições para, no próximo ano, poder ter eleições legislativas e europeias com o boletim de voto com a matriz em braille”, garantiu o primeiro-ministro no debate quinzenal desta terça-feira.

André Silva, deputado do PAN, pediu ainda a presença de intérpretes de língua gestual nos serviços do Serviço Nacional de Saúde para que os pacientes surdos se possam expressar.

 

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[11.Jan.2018]
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Tipografia de 1956 não deixa morrer o braille com produção industrial

André Gomes e Milene Marques | 04 Janeiro 2018
 

No Dia Mundial do Braille, fomos conhecer a única imprensa neste código do país. O Centro Professor Albuquerque e Castro, da Santa Casa da Misericórdia do Porto, funciona desde 1956.


VÍDEO: http://www.jn.pt/nacional/especial-patrocinado/videos/interior/tipografia-de-1956-nao-deixa-morrer-o-braille-com-producao-industrial-9024372.html?autoplay=true

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[8.Jan.2018]
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4 de Janeiro é o Dia Mundial do Braille


4 de Janeiro é a data de nascimento de Louis Braille. O vídeo 'Jovens Heróis' dramatiza a vida de Louis Braille, incluindo o acidente que causou a sua cegueira. Ilustra a sua criação e desenvolvimento do sistema Braille, com a idade de 15 anos, e como começou por ser rejeitado no Instituto Real dos Jovens Cegos em Paris, onde estudou quando criança e mais tarde foi professor.

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[3.Jan.2018]
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Seminário Literacia braille no séc. XXI

4 Janeiro 2018|Comemorações oficiais do Dia Mundial do Braille

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Local:

Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria


Objetivos do Seminário:

  • Assinalar o dia mundial do braille 2018;
  • Promover a reflexão sobre o ensino/aprendizagem do braille e suas grafias e
  • Refletir sobre a importância do braille na construção da identidade das pessoas cegas e com baixa visão.


Programa:

Painel 1: "Desafios do ensino-aprendizagem do Braille"

Painel 2: "Perspetivas didáticas sobre o ensino-aprendizagem das diferentes grafias Braille"

Painel 3: "O impacto da literacia Braille na construção identitária da pessoa"
 

+ informações: http://www.acapo.pt/

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[2.Jan.2018]
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Cartaz 3 de Dezembro - Prémio 2017
 

Cartaz 3 de Dezembro - Prémio 2017


O Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. (INR, I.P.) promove, anualmente, um concurso destinado a premiar o melhor cartaz alusivo à comemoração do dia 3 de Dezembro - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

O Cartaz de Ricardo Jorge de Brito Ramos 'Por um mundo unido na diferença' obteve o Prémio 2017.

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[2.Jan.2018]
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Audiolivros para utentes com deficiência visual

Serviço de Leitura Especial da Biblioteca Municipal de Coimbra

imagem: "Quando a voz de um se torna os olhos de outros"

Desde 2011 que o Serviço de Leitura para Deficientes Visuais da Biblioteca Municipal de Coimbra, através de um projeto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, passou a deter os meios para a produção de livros áudio, ao abrigo do artigo 80.º do Código dos Direitos de Autor.

Estes livros, cuja leitura é feita por voluntários, são disponibilizados gratuitamente a pessoas portadoras de deficiência visual - para serem ouvidos nos seus leitores de MP3, computadores ou telemóveis - sendo a sua transferência realizada via plataformas electrónicas (WE TRANFER e MEO CLOUD) ou através do envio postal das gravações em CD ou DVD.

Os utilizadores - nacionais ou estrangeiros - devem efectuar a sua inscrição, fornecendo, para o efeito, cópia digital do Atestado Multiusos de Incapacidade e os seus dados de identificação.

Link para consulta dos audiolivros disponíveis

CONTACTOS:
Serviço de Leitura Especial
Biblioteca Municipal de Coimbra
telefone: 239.702.630 - ext. 2322 ou 2320
email: leitura.especial@cm-coimbra.pt
Web: http://www.cm-coimbra.pt/biblioteca/b309.htm

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[1.Jan.2018]
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Maria José Alegre