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Nova estratégia da União Europeia
para a deficiência

Pequenos Lusitanos

31-12-2009


A Comissão Europeia está a preparar uma nova estratégia comunitária para a deficiência de 2010 a 2020. Neste contexto, pede a opinião do público sobre os problemas das pessoas com deficiência e sobre as formas de resolvê-los, num questionário que pode ser concluído em aproximadamente 20 minutos. Os resultados serão utilizados na elaboração da nova estratégia. O questionário permanecerá activo até 4 de Janeiro de 2010 e está disponível no sítio da Comissão Europeia.

O INR assume claramente a sua vocação e missão para dar corpo e voz àquelas que são as aspirações dos cidadãos e organizações no que diz respeito aos temas e problemáticas relacionados com a deficiência. Assim, o Instituto Nacional para a Reabilitação tem disponível, desde Agosto, na página de entrada do seu sitio internet, um inquérito de 2 perguntas, A sua opinião conta, um convite à participação de todos, a fim de aproximar o seu trabalho dos cidadãos e melhorar o serviço público que presta.

Fonte: Blog "Pequenos Lusitanos"

publicado por MJA  [31.Dez.09]

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Quer aprender braille?


A Delegação de Coimbra  da ACAPO vai realizar, a partir de 2 de Fevereiro do próximo ano, um curso de iniciação ao Braille destinado a pessoas sem qualquer deficiência visual. O objectivo é ensinar a técnicos, professores ou simples interessados, o sistema de leitura e escrita Braille.

O curso terá lugar em horário pós-laboral, às terças e quintas-feiras, durante um período de 10 semanas. As inscrições estão abertas, até 27 de Janeiro, na Delegação de Coimbra da ACAPO, onde poderá também obter mais informações.

publicado por MJA  [15.Dez.09]

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Acções de formação profissional na ACAPO


O Departamento de Apoio ao Emprego e Formação Profissional da ACAPO irá desenvolver Acções de Formação nas seguintes áreas:

  • Inglês (120 horas);
  • Empreendedorismo (24 Horas).

A realização das Acções de Formação estará sujeita ao número de inscrições, sendo o limite máximo de 6 participants por acção.

Para se inscrever ou obter mais informações, contacte o DAEFP mais próximo de si:

Porto
Telefone: 22 201 22 22
E-mail: ti-porto@acapo.pt

Coimbra
Telefone: 239 792 180
E-mail: ti-coimbra@acapo.pt

publicado por MJA  [15.Dez.09]

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Conclusões do 1.º Congresso Internacional
“Ser Professor de Educação Especial”

A Pró-Inclusão – Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, realizou de 27 a 29 de Novembro de 2009 o Primeiro Congresso Internacional subordinado ao tema “Ser Professor de Educação Especial”, com a presença de alguns dos mais proeminentes académicos e investigadores nacionais e internacionais. Os cerca de500 participantes, na sua maioria professores desta área, debateram, ao longo das mais de 70 conferências e comunicações, temas actuais relacionados com a Educação Inclusiva, Sistemas Educativos, Avaliação e Intervenção Educacional, Profissionalidade, Avaliação e Formação Docente, entre outros.

Da riqueza dos debates e das comunicações apresentadas, concluiu-se o seguinte:

1-EDUCAÇÃO INCLUSIVA: É necessário de continuar a reforçar o desenvolvimento de um modelo de Educação Inclusiva como caminho inovador, necessário e positivo para a melhoria da Educação para todos os alunos. A Educação Inclusiva (EI) é uma reforma educacional que tem por objectivo a melhoria e promoção do acesso e a eliminação da exclusão. Esta reforma é vista actualmente no âmbito dos direitos educativos dos alunos e deve portanto ser assumida no âmbito das políticas educativas globais e não apenas por um sector ou um grupo.

2-PRÁTICAS: A construção da EI implica transformações em todo o sistema educativo e nas escolas em particular: num ensino focado na aprendizagem, no currículo comum, nas interacções de grupo, no desenvolvimento de métodos activos e com recurso às TIC e na implementação de modelos de diferenciação pedagógica para todos os alunos. Devem assim, ser abandonadas as abordagens centradas nas incapacidades que se podem atribuir a alguns alunos. A escola regular pública é o local onde se constrói a Educação Inclusiva e a classes regulares são os contextos preferenciais de aprendizagem onde floresce a Inclusão. Desta forma, a escola deve-se implicar em processos de transformação e diferenciação e dispor de recursos humanos e materiais para responder aos desafios que se lhe colocam. Foi realçado que uma política de EI beneficia todos os alunos quer nas suas aprendizagens quer nas suas atitudes.

3-CENTROS DE RECURSOS: Nesta linha, foram analisados de forma crítica, a criação dos Centros de Recursos para a Inclusão (CRI). Recomenda-se que estes não surjam de forma desarticulada das escolas e que não vinculem formas mais conservadoras de intervenção na Educação Especial. Deverão responder às necessidades das escolas em termos de cooperação e capacitação, numa lógica de parceria e de diálogo. Estas estruturas deverão ser pólos dinamizadores de colaboração com as escolas, ao nível do apoio, acompanhamento e avaliação, para as fortalecer na tarefa de desenvolver práticas inclusivas. Foi realçado que as parcerias entre as escolas regulares e os CRI são essenciais como aprendizagem mútua de toda a complexidade do processo educativo inclusivo.

4-FINANCIAMENTO: Propõe-se a melhoria do processo de afectação de recursos técnicos e financeiros, dirigida directamente aos Agrupamentos de Escolas (onde os alunos realmente se encontram), criando uma política inclusiva também ao nível do financiamento. Foi repetidamente evocada a necessidade de fortalecer a escola com mais recursos para poder atender a diversidade.

5-COOPERAÇÃO: Um dos termos mais usados foi o da” cooperação”entre alunos, entre professores, entre escolas e entre comunidades. Foi apresentada como um dos pilares da Inclusão, a necessidade de todos os intervenientes trabalharem em conjunto/ cooperação/ parceria. O trabalho em equipa é fundamental para apoiar todos os alunos, devendo ser criados mecanismos que permitam desenvolver estes processos nas escolas e dentro do horário dos docentes como prática corrente e sistemática.

6-AVALIAÇÃO DOS ALUNOS: É igualmente consensual que a avaliação dos alunos se deve centrar na recolha de informação sobre as capacidades, necessidades e aprendizagens, possibilitando ao professor dispor de informação para melhorar o ensino, em vez de se centrar na classificação das incapacidades. É fundamental promover a avaliação formativa e a criação de equipas multidisciplinares centradas nas escolas ou agrupamentos, para avaliar e acompanhar os alunos.

7-EDUCAÇÃO ESPECIAL: A Educação Especial só se torna realmente eficaz quando se desenvolve num contexto de Educação Inclusiva. Olhando a escola como uma comunidade de aprendizagem verifica-se que a Educação Especial não deve ser um trabalho paralelo, mas sim complementar, integrado no processo regular de ensino-aprendizagem. A Educação Especial não é inclusiva só por si, tem de haver uma intencionalidade que a faça contribuir realmente para a Inclusão.

8-DOCENTE DE EE: É também consensual a necessidade de clarificar a especificidade da profissão de docente de Educação Especial (EE), através da valorização da sua identidade profissional no âmbito de uma acção transversal e de apoio global a toda a escola, bem como na promoção de práticas diferenciadas, nas parcerias em contexto, na cooperação, nos processos de avaliação, planificação e intervenção. Apesar das competências específicas que lhe são atribuídas, a actividade destes docentes, não se pode reduzir a numa intervenção meramente técnica e isolada. O professor de EE deve constituir-se como um recurso de apoio e coordenação dos esforços da escola na resposta à diversidade. Desta forma, devem ser também repensados os rácios presentes de colocação, a divisão do grupo disciplinar e a distribuição da carga horária.

9-MODELO DE FORMAÇÃO DOCENTE: Debatendo e comparando as realidades profissionais de diversos países, foi considerado de extrema importância repensar a formação dos docentes de Educação Especial no âmbito da complexidade dos desafios que se colocam na construção de uma Educação Inclusiva, no âmbito da parceria, da cooperação e das transformações no ensino e na escola. A formação deve decorrer de acordo com os modelos pedagógicos semelhantes aos que lhe serão exigidos implementar enquanto profissional. A presença de alunos com dificuldades na sala de aula é vista como uma forte motivação para a  formação em serviço dos professores.

10-DIÁLOGO INSTITUCIONAL: As questões levantadas ao longo do debate e a análise das práticas de outros países, deixaram clara a necessidade de um maior diálogo institucional em Portugal e de uma real audição dos diversos intervenientes, nomeadamente associações docentes, como parceiros privilegiados na avaliação, na formação e na planificação das medidas legislativas e políticas. Ficou claro que a EE actual necessita de uma discussão alargada em relação às linhas e modelos a seguir, bem como uma avaliação das medidas implementadas. Não deve haver uma política casuística. A investigação e os saberes devem concorrer para a construção de uma política sólida.

11-LEI PORTUGUESA: Nesta lógica, a lei em vigor (3/2008) deve ser alvo de um acompanhamento específico, de uma avaliação participada e da introdução de melhorias, de forma a adequar as medidas implementadas aos princípios que defende. Foram elencadas discrepâncias entre os princípios do seu preâmbulo e algumas medidas práticas apresentadas no articulado.

12-CONCEITOS: Ao contrário do que acontece noutros países, em Portugal não estão claramente definidos os conceitos básicos nesta área, nomeadamente Inclusão, Educação Especial, Necessidades Educativas Especiais, o que leva a diferentes interpretações em diferentes contextos, nomeadamente o conceito de Necessidades de Carácter Permanente, que carece de clarificação. Torna-se necessária e elaboração de um código de ética, clarificador e regulador dos valores e das práticas profissionais.

13-INTERVENÇÃO PRECOCE: A investigação internacional comprova os efeitos positivos da intervenção precoce no desenvolvimento das crianças. É fundamental a implementação de uma Intervenção Precoce moderna, generalizada e articulada, bem como o desenvolvimento de formação nesta área no âmbito da Educação Especial.

14-ENSINO SUPERIOR: As estruturas do ensino superior estão ainda fora da malha legal da Educação Especial. Não existe uma política de inclusão por parte do Estado no Ensino Superior, nem regulamentação específica, deixando a cada instituição a forma de acolher e apoiar os alunos com NEE. Esta situação é tanto mais grave quanto se verifica um crescente papel do Ensino Superior na formação profissional. Propõe-se, assim, o alargamento das medidas legislativas e dos recursos especializados a todos os níveis de ensino.

15-FAMÍLIAS e COMUNIDADE: Sendo a Educação Inclusiva a plataforma de construção da Inclusão Social, é igualmente necessária a generalização de políticas de promoção da Inclusão nos diversos sectores da sociedade, como no apoio às famílias, na formação profissional, no emprego, no acesso aos serviços, nos tempos livres, ma participação social a todos os níveis e na promoção da qualidade de vida, em geral.

Almada, 29 de Novembro de 2009

publicado por MJA  [11.Dez.09]

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Kindle ganhará recursos para deficientes visuais

FayerWayer Brasil

10/12/2009

O Kindle, leitor de e-books da Amazon, vai ganhar dois recursos para tornar o aparelho mais acessível a deficientes visuais.

O primeiro deles é o de leitura em voz alta para menus. O aparelho já possui o recurso de ler os textos em voz alta, mas era necessário navegar pelos menus visualmente. Com a extensão da funcionalidade aos menus, será possível para um usuário cego usar o aparelho sem ajuda de ninguém. O segundo recurso destina-se não aos cegos, mas àqueles que possuem deficiências visuais menos graves. Será a possibilidade de usar fontes extra-grandes no aparelho, para facilitar a leitura.

O anúncio destes recustos vem depois de duas universidades recusarem o Kindle como material didático justamente por sua falta de opções de acessibilidade.  Ações na justiça estavam sendo movidas por associações de cegos para barrar a adoção do Kindle em salas de aula por este mesmo motivo. Mas independentemente do que motivou o desenvolvimento das novas funcionalidades, elas são muito bem vindas. Além disso tornam o aparelho uma ferramenta de inclusão com um potencial enorme.

Os concorrentes devem divulgar medidas semelhantes em breve para não ficarem para trás. E eles terão tempo, já que o upgrade só sai no final do próximo semestre.

publicado por MJA  [11.Dez.09]

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Envolvam-se vocês também

Jornal Reconquista
de Castelo Branco

10 de Dezembro de 2009


O Agrupamento de Escolas José Sanches, de Alcains, desenvolveu dia 3 de Dezembro, actividades diferentes para chamar a atenção da população escolar para as pessoas com necessidades educativas especiais.

Alunos e professores experimentaram tarefas do quotidiano de uma pessoa com deficiência e sentiram as dificuldades, em particular das problemáticas relacionadas com a visão.

“Envolvam-se vocês também…”, no incremento da inclusão, foi o repto que a Equipa de Educação Especial do Agrupamento deixou a todos, através da história de um pequeno cogumelo que…”era diferente”. Esta história marcou o culminar de dois dias intensos de actividades que esta equipa propôs para assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Alunos e professores experimentaram sensações simulatórias de privação do sentido da visão, o que os “obrigou” a usar estratégias e compensações sensoriais para resolverem situações simples, do seu quotidiano, que, apresentadas desta forma se transformaram em grandes obstáculos.

“Isto não é nada fácil”, “…foi bué de giro, mas difícil”, “a primeira sensação foi a de olhar para um poço sem fundo, uma sensação de insegurança”, foram algumas das frases registadas no final das tarefas realizadas.

Do programa, em parceria com o órgão de direcção e docentes do projecto “Escola Alerta”, constou um “circuito sensorial”, realizado na EB1, Jardim-de-Infância de Alcains e EB2, e um “almoço sensorial” no refeitório da escola sede do Agrupamento de Escolas. Os alunos do curso de fotografia associaram-se às actividades fazendo a cobertura fotográfica dos momentos vividos com emoção por todos os participantes.

A Equipa de Educação Especial e Serviço de Psicologia e Orientação, encerraram o evento com uma acção de sensibilização para a diferença/deficiência e esclarecimento, dirigido a todos os professores do Agrupamento, procurando “esmiuçar” o Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro.

publicado por MJA  [11.Dez.09]

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Fundação Cupertino de Miranda adapta
exposições a pessoas com deficiência

Cláudia Pereira
jpn@icicom.up.pt

9.12.2009


A Fundação Cupertino de Miranda está a implementar novas estratégias de comunicação no Museu Papel Moeda, com o objectivo de adequar as exposições às necessidades das pessoas com deficiência.

Tornar as exposições do Museu Papel Moeda "acessíveis a cegos, surdos, pessoas com paralisia cerebral ou deficiência mental" é o objectivo da reformulação de estratégias de comunicação da Fundação Cupertino de Miranda. A missão a que a instituição, detentora do museu, se propõe tem por objectivo "encontrar formas do museu estar aberto a todos os públicos", esclarece a museóloga Sónia Almeida Santos, responsável pelo serviço de Educação da fundação.

A adaptação dos conteúdos tem sido efectuada de diferentes modos, dependendo do público a que se destina. "Temos guias em Braille, um percurso com notas tácteis, software e hardware cedidos pela Fundação Portugal Telecom", explica Sónia Almeida Santos.

"Uma pessoa cega tem acesso a um computador e ouve todo o teor da exposição. No caso da exposição «Dinheiro e Transportes» temos alguns carros que damos, para perceberem as alterações ao longo dos tempos", exemplifica Sónia Almeida Santos.

A museóloga refere que, para o público com surdez e com deficiência mental, há, também, computadores adaptados "com esquemas visuais e imagens". Do mesmo modo, há máquinas específicas para pessoas com paralisia cerebral e deficiência neuro-motora. "Nestes casos temos um ecrã táctil, joystick, rato alargado, uns braços adaptados que tocam na cara das pessoas e que funcionam como um rato para quem não consegue mexer os braços", expõe a responsável.

O Serviço Educativo da Fundação Cupertino de Miranda tem ainda utilizado novos recursos, como vídeos e jogos interactivos, na aproximação das escolas ao Museu. "Tudo com a educação como objectivo final", conclui a museóloga.

As inovações na interacção com o público que o museu está a implementar vão ser expostas num workshop de interpretação sensorial, organizado em parceria com a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).

publicado por MJA  [9.Dez.09]

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Projeto auxilia deficiente visual
a se localizar por meio de GPS

IDG Now!

07 de Dezembro de 2009


O Instituto Faber-Ludens divulgou um projeto tecnológico que orienta os deficientes visuais por meio de duas pulseiras conectadas a um dispositivo GPS.

As pulseiras seriam usadas em ambos os pulsos para orientar as rotas. Conectadas a um GPS por meio de conexão Bluetooth, elas emitiriam vibrações de acordo com o caminho que deve ser feito. Se o usuário precisar virar para a direita, a pulseira o alertaria, e vice-versa.

Além disso, o sistema também propõe um alerta para quando o usuário chegar a um cruzamento com tráfego agitado ou considerado perigoso. Depois de captar a informação dos mapas do dispositivo, ambas as pulseiras vibram. Ao chegar ao destino, o usuário é alertado com três vibrações de cada uma das pulseiras.

O projeto é aberto ao público e qualquer um pode participar do desenvolvimento. Para se registrar ou enviar um comentário, acesse o site oficial do Instituto Faber-Ludens.

publicado por MJA  [9.Dez.09]

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CDS procura trabalhos para deficientes

Diário de Notícias

4-12-09


A deputada do CDS-PP Teresa Caeiro questionou ontem o Governo sobre o número de pessoas com deficiência integradas nos serviços públicos do Estado, ao abrigo da legislação que impõe quotas para aqueles cidadãos nos concursos públicos.

"No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, queremos lembrar a enorme distância que há entre a letra da lei e a realidade", assinalou a deputada Teresa Caeiro, em declarações à Agência Lusa.

A deputada frisou que há um decreto-lei, aprovado em 2001, que estabelece um sistema de quotas de emprego para pessoas com deficiência com um grau de incapacidade superior a 60 por cento nos organismos do Estado, institutos públicos e administração local.

Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1438438

publicado por MJA  [4.Dez.09]

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Novas Oportunidades: Uma janela aberta para
deficientes conseguirem projecto de vida

LUSA

3-12-09


As Novas Oportunidades são uma janela aberta para os deficientes que queiram adquirir novas competências, não só em termos profissionais como de projecto de vida, disse hoje à Lusa a formadora Joana Baptista.

A formadora do Centro Novas Oportunidades da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), em declarações à agência Lusa a propósito do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, sublinhou o “impacto muito positivo” que as Novas Oportunidades têm nestes cidadãos.

“O impacto é de tal ordem que eles querem depois chegar a um patamar mais elevado (de formação)”, disse, salientando que são pessoas que “estiveram muito tempo paradas, sem estudar, e que tinham uma ideia de escola em que se sentiam marginalizados”.

Hoje, seis dos cerca de 80 formandos que recebem o certificado da equivalência ao 9.º ano de escolaridade, do Centro de Novas Oportunidades da APCC, na Quinta da Conraria, em Coimbra, são pessoas com dificuldades cognitivas.

“O entusiasmo deles é enorme, têm com as Novas Oportunidades uma porta aberta que lhes permite realização pessoal, aumentar a auto-estima e alguma oportunidade de mercado de trabalho”, considerou.

Joana Baptista conta que os formandos portadores de deficiência recebem mais sessões de formação que os restantes e trabalham com materiais adaptados à sua condição.

“Tivemos, por exemplo, uma pessoa com baixa visão que trabalhava com software adaptado e uma mulher com problemas de fala com quem comunicávamos através de computador”, disse.

A área das tecnologias, acrescentou, é a que capta mais atenção e que as pessoas com deficiência encaram como “a mais aliciante”, disse a formadora.

A funcionar há cerca de um ano e meio, o Centro de Novas Oportunidades da APCC já formou 154 cidadãos, incluindo pessoas com baixa visão, paralisia cerebral e surdez.

Fonte: http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=18916


publicado por MJA  [4.Dez.09]

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Serralves assina protocolo com ACAPO

Açoriano Oriental

2009-12-02


A Fundação de Serralves e a ACAPO, Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, assinam quinta-feira um protocolo de colaboração.

Este protocolo tem como principal objectivo contribuir para a igualdade de acesso de todos os cidadãos ao património de Serralves, nomeadamente de cidadãos
cegos ou com baixa visão.

A iniciativa integra uma visita especial às esculturas do Parque de Serralves, orientada por monitores do Serviço Educativo de Serralves.

Lusa / AO online

Fonte: http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/197414


publicado por MJA  [4.Dez.09]

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A certificação "Turismo e Deficiência"

Para que serve o certificado?


O certificado "Turismo e Deficiência" permite dar aos portadores de deficiência uma informação confiável, homogênea e objetiva acerca da acessibilidade dos pontos e das instalações turísticas, para os quatro grandes tipos de deficiência (motora, visual, auditiva e mental). Favorecendo uma oferta turística adaptada, permite o surgimento de produtos e serviços turísticos realmente abertos a todos, ao mesmo tempo em que garante a cada um o máximo de autonomia.

O certificado também valoriza os esforços dos profissionais de turismo em matéria de acessibilidade e de acolhimento de clientelas específicas. Eles são ao mesmo tempo atores e embaixadores da recepção do público portador de deficiência. Seu compromisso é para eles um meio de obter uma vantagem suplementar sobre a concorrência no plano nacional e europeu.


Para quem é o certificado ?

O certificado dirige-se a todos os profissionais de turismo que desejem abrir seus estabelecimentos ou seus locais a um público mais amplo. Ele diz respeito:

- aos alojamentos: hotéis, vilarejos de férias, casas de família, quartos de hóspedes, centros de recepção de jovens, albergues da juventude, residências de turismo, aluguéis de mobiliados e de pousadas, campings, etc.
- ao setor de alimentação: restaurantes, bares, cervejarias, hotéis-fazendas, etc.
- aos pontos turísticos: monumentos, museus, salas de exposição, castelos, locais notáveis, jardins, etc.
- locais de lazer: parques temáticos, salas de espetáculos, instalações esportivas e recreativas, piscinas e instalaçõess balneárias, centros de lazer, sala de esportes, etc.


Como é o certificado ?

Todos os profissionais de turismo e prestadores de serviços podem solicitar o certificado. É um processo voluntário da parte deles, que os compromete a garantir, de maneira perene, uma acolhida de qualidade à clientela portadora de deficiência que deseje receber.

Cada profissional interessado recebe em primeiro lugar um questionário de auto-avaliação que lhe permite apreciar o estado de acessibilidade da instalação, para os diferentes tipos de deficiência (motora, visual, auditiva, mental). Esse questionário descreve alguns critérios básicos de acessibilidade e acolhida, essenciais e necessários à autonomia dos portadores de deficiência - e isto em cada área de deficiência.

Se a auto-avaliação for positiva, o profissional pode entrar no processo de certificação propriamente dito. Recebe então a visita dos avaliadores (especializados e formados) encarregados de recensear, com a ajuda das instruções de obrigações e da tabela de avaliação específicas para a estrutura, as providências já realizadas ou a realizar para um ou vários tipos de deficiência.

Os critérios utilizados têm por objetivo identificar as instalações onde os turistas portadores de deficiência podem utilizar os serviços à disposição, do modo mais autônomo possível, e isto em cada área de deficiência.

Estabelecido o diagnóstico, a instância regional examina o relatório detalhado dos avaliadores, levando em conta ao mesmo tempo a regulamentação e também uma abordagem humana e de bom senso.

A associação "Turismo e Deficiência" confere o certificado e envia uma carta de compromisso da entidade certificada, contrato de obrigações que garante a acolhida e a preservação da acessibilidade permanente do local.

O certificado pode ser concedido para uma, duas, três ou quatro deficiências (motora, visual, auditiva e mental), ao qual é associado um pictograma particular. É atribuído por um prazo máximo de cinco anos, renovável após verificação da manutenção dos critérios de acolhida e de acessibilidade.


Para mais informações: tourisme.handicaps@club-internet.fr

Fonte: http://br.franceguide.com/viajante/turismo-e-deficiencia/
A-certificacao-Turismo-e-Deficiencia.html?NodeID=193&EditoID=15951

publicado por MJA  [4.Dez.09]

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Comissão parlamentar quer discutir educação especial na AR

Diário Digital / Lusa

27 de Novembro de 2009


A comissão parlamentar de Educação quer levar para a discussão política as conclusões do 1.º Congresso Internacional Ser Professor de Educação Especial, a decorrer entre hoje e domingo, no Instituto Piaget de Almada, disse hoje o seu presidente.

«Gostaríamos de tomar conhecimento das conclusões que saírem deste congresso, para levar para a discussão política as reflexões e preocupações encontradas aqui», afirmou Luiz Fagundes Duarte, na sessão de abertura do 1º Congresso Internacional Ser Professor de Educação Especial.

Para o deputado socialista, «importa, em relação à educação especial, fazer um ponto de situação, perceber os maiores problemas, quer ao nível da formação de docentes, quer ao nível das suas condições de trabalho e das suas carreiras».

publicado por MJA  [29.Nov.09]

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3 de Dezembro:

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

 

Declaração de Direitos das Pessoas com Deficiência

Resolução aprovada pela
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
em 9 de Dezembro de 1975


A Assembleia Geral

Consciente da promessa feita pelos Estados Membros na Carta das Nações Unidas no sentido de desenvolver acção conjunta e separada, em cooperação com a Organização, para promover padrões mais altos de vida, pleno emprego e condições de desenvolvimento e progresso económico e social,

Reafirmando, a sua fé nos direitos humanos, nas liberdades fundamentais e nos princípios de paz, de dignidade e valor da pessoa humana e de justiça social proclamada na carta,

Recordando os princípios da Declaração Universal dos Direitos do Homem, dos Acordos Internacionais dos Direitos Humanos, da Declaração dos Direitos da Criança e da Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência Mental, bem como os padrões já estabelecidos para o progresso social nas constituições, convenções, recomendações e resoluções da Organização Internacional do Trabalho, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, do Fundo da Criança das Nações Unidas e outras organizações afins.

Lembrando também a resolução 1921 (LVIII) de 6 de maio de 1975, do Conselho Económico e Social, sobre prevenção da deficiência e reabilitação de pessoas com deficiência,

Enfatizando que a Declaração sobre o Desenvolvimento e Progresso Social proclamou a necessidade de proteger os direitos e assegurar o bem-estar e reabilitação daqueles que estão em desvantagem física ou mental,

Tendo em vista a necessidade de prevenir deficiências físicas e mentais e de prestar assistência às pessoas com deficiência para que elas possam desenvolver suas capacidades nos mais variados campos de actividades e para promover tanto quanto possível, a sua integração na vida normal,

Consciente de que determinados países, nos seus actuais estádios de desenvolvimento, podem, desenvolver apenas limitados esforços para este fim.

PROCLAMA esta Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência e apela à acção nacional e internacional para assegurar que ela seja utilizada como base comum de referência para a protecção destes direitos:

  1. O termo "pessoa com deficiência" é aplicável a qualquer pessoa que não possa por si só responder, total ou parcialmente à exigência da vida corrente, individual e/ou colectiva, por motivo de qualquer insuficiência, congénita ou adquirida, das usas capacidades físicas ou mentais.
  2. As pessoas com deficiência gozam de todos os direitos estabelecidos  nesta Declaração. Estes são reconhecidos a todas as pessoas com deficiência sem qualquer excepção e sem distinção ou discriminação com base em questões de raça, cor, sexo, língua, religião, opiniões políticas ou outras, origem social ou nacional, estado de saúde, nascimento ou qualquer outra situação que diga respeito à própria pessoa com deficiência ou a sua família.
  3. As pessoas com deficiência têm o direito inalienável ao respeito pela sua dignidade humana. As pessoas com deficiência, qualquer que seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências, têm os mesmos direitos fundamentais que seus concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito de desfrutar de uma vida decente, tão normal e plena quanto possível.
  4. As pessoas com deficiência têm os mesmos direitos civis e políticos que os outros seres humanos. O artigo 7.º da Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência Mental é aplicável a qualquer possível limitação ou supressão daqueles direitos para estas pessoas.
  5. As pessoas com deficiência têm o direito às medidas destinadas a permitir-lhes tornarem-se tão autónomas quanto possível.
  6. As pessoas com deficiência têm direito a tratamento médico, psicológico e funcional, incluindo próteses e ortóteses, à reabilitação médica e social, à educação, educação vocacional e reabilitação, assistência, aconselhamento, serviços de colocação e outros serviços que lhes possibilitem desenvolver ao máximo as suas capacidades e aptidões e a acelerar o processo de sua integração ou reintegração social.
  7. As pessoas com deficiência têm direito à segurança económica e social e a um nível de vida decente. Têm o direito, segundo as suas competências, ao acesso e permanência no emprego ou ao exercício de actividades úteis, produtivas e lucrativas, e de fazerem parte das organizações sindicais respectivas.
  8. As pessoas com deficiência têm o direito a que o planeamento económico e social, a todos os níveis, tome em consideração as suas necessidades específicas.
  9. As pessoas com deficiência têm direito de viver com suas famílias ou os seus substitutos e de participar de todas as actividades sociais, criativas e recreativas. Nenhuma pessoa com deficiência será submetida, por razões de natureza habitacional a tratamento diferente, além daquele requerido pela sua condição ou necessidade de recuperação. Se a permanência de uma pessoa com deficiência num estabelecimento especializado for indispensável, as condições de vida e o meio ambiente devem aproximar-se, tanto quanto possível, de uma vida normal para pessoas da mesma idade.
  10. As pessoas com deficiência devem ser defendidas contra toda a espécie de exploração, de disciplina e de tratamento de natureza discriminatória, abusiva ou degradante.
  11. As pessoas com deficiência devem poder dispor de apoio jurídico qualificado, sempre que seja indispensável para à defesa das suas pessoas e bens. Se contra elas for instaurado procedimento judicial deverá ser tida em consideração a sua condição física e mental.
  12. É reconhecida a utilidade de consulta às organizações de pessoas com deficiência, em todos os assuntos relativos aos direitos daqueles cidadãos.
  13. As pessoas com deficiência, as suas famílias e as suas organizações deverão ser amplamente informadas, por todos os meios apropriados, dos direitos contidos nesta Declaração.

Resolução adoptada pela Assembleia Geral da Nações Unidas em 9 de Dezembro de 1975

publicado por MJA  [ 24.Nov.09 ]

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Educação especial conta com novo regime jurídico

Jornal da Madeira

24.11.09


A Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) procede hoje à votação final global da proposta de decreto legislativo regional que “Estabelece o regime jurídico da educação especial, transição para vida adulta e reabilitação das pessoas com deficiência ou incapacidade na Região Autónoma da Madeira”. Trata-se de um diploma destinado às crianças e jovens com necessidades educativas especiais e que irá definir e regular a efectivação de uma política integrada de educação especial, abrangendo medidas desenvolvidas no âmbito da intervenção precoce e da sobredotação.

O diploma, aprovado em Conselho de Governo Regional a 9 de Julho, mereceu voto favorável, na generalidade, em plenário, tendo merecido nova análise em sede de comissão especializada. Trata-se de uma proposta destinada a crianças e jovens com necessidades educativas especiais que frequentam os estabelecimentos de educação e de ensino da Região, ou que, de acordo com a lei, estejam em idade de os frequentar, no ensino público, particular, cooperativo ou solidário. Aplica-se ainda a crianças e jovens com deficiências ou problemas graves que permaneçam no domicílio.

A proposta que não altera ou revoga qualquer legislação, foi analisada pelas associações sindicais, enquadra-se no programa do X Governo Regional, estando inserida na política global traçada para a educação.

O diploma - pode ler-se na proposta - «surgiu da necessidade em efectivar uma política integrada e transversal de educação especial, sistematizando normativos dispersos sobre esta temática, actualizando-as à luz das concretizações mais recentes produzidas no contexto europeu e tornando-os compatíveis com o regime em vigor no espaço nacional».

Os proponentes referem que o presente diploma «pretende constituir-se em referência orientadora das políticas, acção e visão estratégica da Região, conducente à miss~~ao de assegurar a inclusão de crianças, jovens e adultos com necessidades especiais».

Pioneira em Portugal ao adoptar em 1982 uma política para a prevenção, reabilitação e integração social dos deficientes, a Região prepara-se desta forma para, entre outras, dar um novo passo para responder às necessidades especiais de carácter temporário ou prolongado , de acordo com as orientações currículares, com as competências essenciais e com a formação profissional.

publicado por MJA  [ 24.Nov.09 ]

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Lagos acolhe IV Jornadas da Deficiência

Região Sul

24-11-09

De dia 2 a 5 de Dezembro vão estar a decorrer as IV Jornadas da Deficiência em Lagos, cujos principais objectivos são informar e sensibilizar a comunidade para a temática da deficiência.

A iniciativa vai contemplar diversas iniciativas nas áreas da Educação, Desporto e Informação, nomeadamente o seminário: “Comunicar, Sentir e Agir na Deficiência” (com entrada livre, mas que carece de inscrição prévia até ao próximo dia 26 de Novembro). O seminário acontece durante todo o dia 4 no Auditório dos Paços do Concelho Séc. XXI.

No dia 2, destaque para a cultura com a exibição do filme “Perfume de Mulher”na Biblioteca Municipal de Lagos às 21:00 horas.

No dia 3, destaque para actividades como rapel e jogos tradicionais a decorrer no Pavilhão Municipal para utentes Casa Sto Amaro.

Ainda entre os dias 2 e 4, acontecem várias actividades ligadas à temática da deficiência em todas as escolas do concelho, através de livros, filmes e jogos temáticos (seguindo-se exposição dos trabalhos nas respectivas escolas).

JV/RS

publicado por MJA  [ 24.Nov.09 ]

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Concerto de Natal da
Orquestra Clássica do Centro
reverte a favor da ACAPO

Diário de Coimbra

Patrícia Isabel Silva

20 Novembro 09


A ACAPO (Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal), a Orquestra Clássica do Centro (OCC) e a Águas do Mondego (AdM) lançam o convite em forma de desafio: e que tal tomar um chá numa sala às escuras, a saborear uma fatia de bolo-rei e a ouvir música de fundo? Esta Ceia de Reis, no dia 6 de Janeiro, é apenas uma das várias iniciativas que vão decorrer no Pavilhão Centro de Portugal, a favor da ACAPO, que tem como ponto alto o concerto de Natal, no dia 19, às 21h30.

De acordo com Emília Martins, presidente da OCC, a primeira parte do concerto contará com a participação do guitarrista clássico Rui Gama e a segunda com a soprano Dora Rodrigues, sendo que a totalidade da verba conseguida com a venda dos bilhetes – 10 euros cada um ou para grupos de mais de três pessoas, cinco euros – a ser entregue à ACAPO.

A campanha de sensibilização intitula-se “Uma questão de visão” e arranca, então, com a inauguração da exposição “Tocar, sentir e imaginar”, elaborada por alunos do Colégio de S. José, no dia 13 de Dezembro, às 17h00, mantendo-se até dia 20. A 15 e 16, entre as 10h00 e as 20h00, quem visitar o Pavilhão Centro de Portugal encontra um verdadeiro teste aos sentidos. De olhos vendados, nalguns casos, vão tentar realizar algumas actividades que fazem parte do quotidiano de um invisual.

Luís André, animador cultural da ACAPO, explica que as acções estão organizadas sob a forma de stands, sendo esperada a participação maciça das crianças das escolas. No primeiro módulo, o desafio é ler e escrever o alfabeto Braille e perceber se alguém consegue escrever uma pequena frase ou o nome na máquina de Braille e depois fazer a sua assinatura também de olhos vendados.

“Os trilhos e os caminhos da vida – o espaço nas palmas dos pés” é o segundo stand, que consiste em fazer um pequeno percurso de simulação de um passeio, onde se podem encontrar os obstáculos habituais, desde carros estacionados a marcos do correio. O visitante usa uma bengala e é acompanhado por um técnico de orientação e mobilidade.

Depois, o desafio é ver como é que uma pessoa cega descasca uma maçã ou passa uma camisa a ferro e perceber se consegue fazer o mesmo, claro está, sem ver. Aqui, terá também de tentar identificar um conjunto de objectos através do tacto, olfacto, audição e o sabor.

E quem disse que os invisuais não sentem “o prazer de viver”? O quarto stand mostra como jogam às cartas ou outros jogos de mesa e observar imagens projectadas de prática desportiva por pessoas cegas. Depois, pode também experimentar jogar xadrez, damas ou dominó, de olhos vendados, e manusear materiais usados pelos atletas que não vêem. Por fim, é tempo de “Brincar às cegas”, ou seja, participar num jogo como o das cadeiras e perceber que a diversão é uma realidade.

Emília Martins considera que este será «um Natal diferente no Pavilhão Centro de Portugal, enquanto Nelson Geada, presidente da Comissão executiva da Águas do Mondego, explica que o patrocínio à iniciativa se insere na vertente de responsabilidade do social, com a «felicidade» dessa “obrigação” da empresa se concretizar numa acção cultural.

De realçar ainda que durante toda a campanha “Uma questão de visão”, a OCC terá à venda o CD “Cantar Coimbra”, com dois euros do valor a reverter a favor da ACAPO.

publicado por MJA  [ 20.Nov.09 ]

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Cavaco Silva visita empresa Deficiprodut
onde deficientes são maioria

Jornal de Notícias

MARTA NEVES

20 Novembro


Aristides Santos, com a mulher e o pai - os três portadores de deficiência - começou, em 1995, a vender porta-chaves. Actualmente é dono de uma fábrica onde emprega 22 deficientes. Cavaco Silva homenageia-o hoje, sexta-feira.

O lema de vida de Aristides Santos - "querer é poder" - está espelhado em cada canto da Deficiprodut, empresa que criou, em 1998, em Maceda, Ovar, depois de se ter lançado no sector da marroquinaria, três anos antes, com a simples venda de porta-chaves.

"Bendita poliomielite", solta o empresário, ao JN, de sorriso aberto, sobre a doença que o "atacou" aos três meses, deixando-o paraplégico. Mas também "mais sensível para o mundo das diferenças".

De tal forma que, actualmente, dá emprego a 39 funcionários, 24 dos quais com as mais variadas deficiências. O sonho maior de "criar uma empresa em que os protagonistas fossem cidadãos portadores de deficiência com dificuldades de inserção social" concretizou-se. Aristides é, por isso, "um homem feliz!".

A empresa da Aristides será uma das instituições a ser visitada por Cavaco Silva, hoje, no primeiro dia do Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras, que levará a comitiva presidencial a Ovar, Santa Maria da Feira, Espinho e S. João da Madeira.

À chegada à Deficiprodut, Carla Dias, 37 anos, é o primeiro rosto a sorrir. E o da diferença. Foi-lhe amputado o antebraço esquerdo quando tinha apenas nove meses. "Foi um acidente com um candeeiro a petróleo", conta Carla, sem ressentimentos. Afinal, a deficiência não foi impedimento para rumar do Algarve até ao Norte e tirar a Licenciatura de Marketing. Na Deficiprodut trabalha na direcção comercial. "Dentro desta empresa acabamos por vestir a camisola daquilo que nós próprios já somos. No entanto, ninguém é tratado como coitadinho", disse Carla. Ainda assim, a funcionária lamenta "não poder seguir o sonho de ser enfermeira". "Nem me deixam tirar o curso", desabafa.

Ao descer até à fábrica voltam a multiplicar-se sorrisos. Anabela Valente, 33 anos, surda, não tem dúvidas que na fábrica "todos se tratam como família". José Carlos Ferreira, 48 anos, que sofreu poliomielite aos 14 meses, afirma que, mesmo de muletas "caminha faça chuva ou sol" durante meia hora para todos os dias apanhar boleia para o trabalho. "Andava a pedir nas ruas da amargura, quando surgiu esta oportunidade de trabalho. Graças a isso, hoje tenho uma casa", conta, orgulhoso.

publicado por MJA  [ 20.Nov.09 ]

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Dia Mundial da Pessoa com Deficiência

RTP2: MagazineConsigo


No dia 3 de Dezembro, às 21h30, a Leiria e Nascimento promove um leilão de pintura e objectos decorativos, em conjunto com a Fundação AFID. Será o primeiro leilão de arte contemporânea feito em Portugal com obras de pessoas com deficiência.

A leiloeira mais antiga do país garante que este é apenas o primeiro de uma série de leilões inclusivos, a realizar nos próximos anos.

O objectivo é sensibilizar para a diferença, através da arte. As obras estarão em exposição de 29 de Novembro, das 15 às 20h, a 3 de Dezembro, até às 13h, na Rua Santo António à Estrela, 31B.

publicado por MJA  [ 19.Nov.09 ]

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Pesquisa no Google mais acessível


O Google tem uma página de pesquisa mais acessível para os deficientes visuais, que permite navegar pelos resultados utilizando as habituais teclas de navegação.

É uma ferramenta experimental, mas que se poderá tornar bastante útil para muitos utentes.

Link de acesso:  http://labs.google.com/accessible/

publicado por MJA  [ 16.Nov.09 ]

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Portimão: Rota Acessível mais extensa da Europa

Correio da Manhã

16 Novembro 2009


Falta apenas um mês para que pessoas portadoras de deficiência e com mobilidade reduzida possam circular com facilidade na zona comercial e entre vários pontos nevrálgicos – nomeadamente serviços públicos – da cidade de Portimão. Isto porque, nessa data, ficará concluída a Rota Acessível da cidade, com uma extensão total de cinco quilómetros.

Segundo fonte da autarquia portimonense, responsável pela obra, actualmente em fase de execução, trata-se da 'mais extensa Rota Acessível da Europa, no seu género'. Consiste num percurso pedonal de 1,20 metros de largura, contínuo, desobstruído e sinalizado, que será assinalado no pavimento a amarelo ocre e que representa um investimento de 320 mil euros .

A rota, cujos trabalhos decorrem agora na zona da alameda, da praça da República e rua do Comércio, tem já cerca de 1800 metros e passa pela Câmara, Correios, Bancos, PSP, Biblioteca e Museu. Estender-se-á em seguida à Av. S. João de Deus, Zona Ribeirinha, R. Júdice Biker, Largo 1.º de Dezembro, Av. Afonso Henriques e Av. Miguel Bombarda.

No final da empreitada, previsto para meados do próximo mês de Dezembro, será colocada sinalética e ainda informação em Braille, uma vez que o percurso se destina também a pessoas com visibilidade reduzida ou nula.

publicado por MJA  [ 16.Nov.09 ]

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Convento de Cristo acessível aos invisuais

O Ribatejo

Bruno Oliveira

Nov 11, 2009


A APTC, Associação Portuguesa de Turismo Cultural e os Serviços Educativos do Convento de Cristo realizaram na manhã de domingo, 8 de Novembro, uma visita guiada a um grupo de 40 pessoas, na sua maioria invisuais, da Associação Olhar Activo de Sintra.

O grupo composto na sua maioria por cegos e amblíopes, pessoas com visão reduzida, pôde visitar de uma forma diferente uma das jóias do património mundial, através de um percurso que foi estudado e adequado para que pudessem tactear e sentir a arquitectura.

Os visitantes foram levados a cada uma das esculturas mais relevantes e acessíveis, como a assinatura de João Castilho no Portal Sul, a figuras de anjos, formas antropomórficas e vegetalistas, a esferas armilares, cruzes e escudos, tão característicos do Gótico português. Na famosa Janela Manuelina, puderam na figura que suporta a árvore desta janela, comparando depois numa réplica da mesma em miniatura, feita em relevo.

A visita foi complementada com a descrição interpretativa dos técnicos da APTC e do Convento. Uma visita que vem mostrar que o património é acessível a todos, havendo sempre formas de adequar e apresentar a cada pessoa a cultura e história.

Fonte: http://www.oribatejo.pt/2009/11/convento-de-cristo-acessivel-aos-invisuais/

publicado por MJA  [ 11.Nov.09 ]

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Intel lança e-reader para pessoas com deficiência visual

IDG News Service

Robert McMillan

10 de Novembro de 2009


A Intel começará a vender nesta terça-feira um leitor de e-books capaz de fotografar livros e jornais para ler o conteúdo impresso na página para o usuário.

Chamado Intel Reader, o dispositivo de 1,5 mil dólares ajuda pessoas com deficiência visual ou dislexia, diz o diretor de tecnologia da Intel Ben Foss, idealizador do aparelho. “É feito para dar independência e acesso à leitura.”

A Intel estima que mais de 55 milhões de pessoas possam usar o aparelho nos Estados Unidos. Foss diz que o leitor vai dar a muitos deles a liberdade de ler livros, revistas e jornais que seriam inacessíveis de outra maneira. Os usuários simplesmente seguram o dispositivo um pouco acima da página que querem ler, ele tira uma foto e em segundos converte o conteúdo em texto, que pode ser demonstrado em uma fonte grande ou lido em voz alta.

“Estamos empolgados com isso e achamos que ele pode realmente fazer a diferença para milhões de pessoas”, disse o executivo da National Center for Learning Disabilities, James Wendorf, durante uma coletiva realizada na última segunda-feira (9/11), nos Estados Unidos.

Do tamanho de uma folha de papel, o Intel Reader combina uma câmera de 5 megapixels com um sistema de conversão de texto em fala. Ele conta com 2 Gigabytes para armazenamento, ou cerca de 600 páginas escaneadas.

O dispositivo também suporta arquivos MP3, WAV, além de formatos de texto, e pode tocar arquivos de som em diversas velocidades. A bateria tem duração de até quatro horas.

A Intel também fabricará um suporte para o leitor que poderá segurar e carregar o dispositivo enquanto ele estiver sendo usado para leitura de um grande número de páginas.

O aparelho representa uma alternativa mais barata em relação a outros dispositivos que ajudam na leitura, que custam cerca de 3 mil dólares cada, ou leitores de Braille, que custam entre 7 mil dólares e 10 mil dólares.

O Intel Reader estará disponível nos Estados Unidos a partir desta terça-feira (10/11). A companhia lançará o produto no Reino Unido nos próximos dias e planeja distribuí-lo em outros países no futuro, segundo Foss.

A subsidiária brasileira da Intel ainda não tem previsão de lançamento do leitor eletrônico no País.

publicado por MJA  [ 11.Nov.09 ]

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Deficientes de "reality show" são actores

Jornal de Notícias

5 Novembro 09

RITA JORDÃO
CORRESPONDENTE EM LONDRES

Quando todos os limites pareciam já ter sido ultrapassados no modelo "reality show", o canal britânico Channel 4 teve o condão de surpreender tudo e todos com "Cast offs" (rejeitados) - um programa com deficientes.

A nova série, estreada ontem, retrata as experiências de pessoas com graves deficiências abandonadas numa ilha deserta com poucos mantimentos e a lutarem pela sobrevivência. Só que os concorrentes são actores, com deficiência, é certo, mas são actores.

E ao contrário do que seria de esperar num programa com estas características, "Cast Offs" está a ser visto não como um escândalo mas antes como uma acção social que beneficia um grupo de pessoas normalmente excluídas. O programa acaba por acompanhar as dificuldades que cada um teve durante o concurso.

"Cast Offs" apresenta-se como um misto de ficção e realidade, pois as deficiências dos actores são reais. Segundo o canal, visa transformar a deficiência em normalidade eliminando o "último tabu" para que esta seja aceite de melhor forma. Um dos autores da série, Jack Thorne, assegurou que o programa não é "um espectáculo bizarro mas antes um documentário de choque".

Durante o suposto concurso, os participantes respondem a questões como "qual o momento mas vexante pelo qual passaram como consequência da vossa condição".

Uma das actrizes participantes, Victoria Wright, que sofre de querubismo - uma forma de desfiguração facial -, defendeu que o programa quebra muitas barreiras. "Isto nunca antes foi feito. Mostra-nos como adultos que bebem, soam e têm relações sexuais. Tenho a certeza de que muitas pessoas vão dizer que nunca pensaram que deficientes pudessem levar a vida que levamos", afirmou em entrevista ao jornal The Times. Camilla Campbell, do Channel 4, referiu que "a série conta com um grupo de pessoas com talentos fantástico, o que mostra o empenho do Channel 4 na programação ousada". Os seis actores escolhidos sofrem de cegueira, paraplegia, surdez, nanismo, querubismo e um paciente que sofre de efeitos da talidomida.

A iniciativa do canal está a ser bem vista entre grupos de apoio a deficientes do Reino Unido. Segundo a directora do website Disabity Arts, "O Channel 4 tem feito uma série de esforços no sentido de recrutar pessoas com deficiências para diversos programas. O próximo desafio era encontrar uma forma mais imaginativa e ambiciosa de cobrir as deficiências no ecrâ", afirmou Alison Walsh, que esteve envolvida no processo de selecção dos actores.

publicado por MJA  [ 5.Nov.09 ]

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Deficientes Visuais de Braga precisam de mais apoios

Correio do Minho

Miguel Viana

5-11-09

Os deficientes visuais do distrito de Braga estão a ter dificuldades na obtenção de postos de trabalho. O caso foi denunciado pela Associação de Cegos e Amblíopes de Braga (ACAPO), no decorrer da reunião de ontem do Fórum Municipal da Pessoa com Deficiência (FMPD). “Muitos dos patrões exigem dos portadores de deficiência, a mesma capacidade que tem um trabalhador dito normal. Todos sabemos que isso não é possível, e os portadores da deficiência, ao sentirem a pressão, acabam por desistir do emprego”, disse Alfredo Cardoso, do FMPD.

A solução passa por uma maior sensibilização dos empresários. “É preciso sensibilizar os empresários para as alterações necessárias de modo a poderem receber pessoas com deficiência.” Alfredo Cardoso mostrou-se, ainda, surpreendido com o facto de muitos dos portadores de deficiência não estarem a receber, da Segurança Social, a pensão social a que têm direito. “Dizem que têm capacidade para trabalhar”, referiu Cristina Ferreira, da ACAPO.

Nesse sentido, o responsável do FMPD prometeu “sensibilizar a Segurança Social para o efeito.” Em cima da mesa esteve, também, a questão da mobilidade. O FMPD reconheceu o esforço feito pela câmara de Braga para eliminar as barreiras arquitectónicas, salientando, apenas, a necessidade de fazer uma intervenção na passadeira existente na Rua do Raio, junto à Creche de Braga. A ACAPO vai apresentar um projecto, nesse sentido, que visa colocar guias para cegos (troços com piso especial junto às passadeiras).


Semana do Desporto Adaptado com a participação de galegos

Na reunião de ontem do FMPD ficou também definido que Braga vai servir de palco à realização da Semana do Desporto Adaptado nos primeiros dias de Dezembro. É que o primeiro dia desse mês é dedicado à pessoa com deficiência. Para além da participação das várias associações que compõem o FMPD, este evento sócio-desportivo deve contar com a presença de instituições galegas ligadas ao apoio a deficientes como a ONCE e a Fundação Menela de Vigo.

“Apesar de termos pouco tempo, achamos que chegou a altura de darmos o salto. Havia a ideia de que devia ser a nível nacional, mas pensamos que temos capacidade para alargar os horizontes. Por outro lado, eles, os espanhóis, têm pedido muita informação sobre a Semana do Desporto Adaptado”, disse Alfredo Cardoso. Os convites às duas instituições devem seguir ainda esta semana. O evento vai terminar com um seminário sobre o tema.

publicado por MJA  [ 5.Nov.09 ]

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Projecto de teatro com actores cegos
é premiado pela Funarte

Michel Fernandes

Aplauso Brasil

03/11/2009

 

O Projeto Expressividade Cênica para Pessoas com Deficiência Visual, do Festival Internacional de Londrina (FILO), ganhou o Prêmio de Teatro Myriam Muniz – da Fundação Nacional de Arte – Funarte 2009, com a produção Olhares Guardados, criação e direção de Paulo Braz, da Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da UEL. O Projeto foi contemplado com R$ 40 mil para montagem do espetáculo de fevereiro a junho do ano que vem, colocando no palco os atores deficientes visuais: Flávio Cordeiro, João Durval, Marcos Santos, Sebastião Narciso e Tatiane Quadros.

A Funarte selecionou, nas cinco regiões brasileiras, 86 projetos, entre 2.053 inscritos, que vão receber entre R$ 40 mil e R$ 150 mil. Eles serão beneficiados com a verba suplementar de R$ 7 milhões que o Ministério da Cultura destinou à Fundação. Concorreram ao prêmio Myrian Muniz companhias, grupos, empresas, associações, cooperativas e, pela primeira vez, artistas independentes. 

Olhares Guardados vai estrear no FILO 2010. A primeira reunião com os atores foi realizada no último dia 13, quando o ator e diretor Paulo Braz anunciou aos atores a vitória do projeto e os próximos passos para colocar o espetáculo em cena. A peça utilizará colagem de textos de Evgen Bavcar, Adauto Novais, Maurice Maeterlinck e de Sebastião Narciso, um dos atores do projeto. No palco, Paulo Braz pretende que a montagem destaque o trabalho artístico do elenco não a deficiência. Ele – que integra a Comissão Organizadora do FILO – Festival Internacional de Londrina desde 1985, sendo ator, diretor teatral, cenógrafo e produtor cultural – sinaliza que toda arte passa pelos cinco sentidos – visão, audição, olfato, paladar e tato. 

“Quando uma pessoa adquire uma deficiência os outros sentidos são mais requisitados e, automaticamente, desenvolvidos permitindo que o deficiente encontre novos meios de entender , compreender e se desenvolver na sociedade buscando a inclusão social, cultural, artística e educacional”, considera Braz.  Ele admite que através dessa ação “estamos buscando meios para que o cego desenvolva outras potencialidades”.

O projeto conta com apoio da Casa de Cultura da UEL, Espaço das Artes do Festival Internacional de Londrina e Associação dos Amigos da Educação e Cultura do Norte do Paraná (AMEM). Toda preparação dos atores – explica o diretor Paulo Braz – “será feita em um tapete (passarelas de borracha de 20 centímetros de espessura), onde os atores caminharão descalços. Assim ficará mais fácil para que eles se locomovam no espaço cênico com naturalidade e agilidade”, acrescenta. Segundo ele, todos os objetos de cena serão trabalhados com tato. Integrarão uma partitura cênica que, juntamente, com os textos serão definidas as ações adequadas ficando assim estabelecidas as marcações de cenas definitivas com auxílio também da sonoplastia, iluminação e figurinos, especialmente, pesquisados e elaborados para esta função.

O espetáculo prevê também um contato direto com o público em geral, utilizando o corpo, voz, expressão facial e corporal como veículos de expressão cênica. “Além disso, capacitará o ator cego para a comunicação com a platéia, tendo como tema principal a questão do olhar na sociedade contemporânea globalizada”, completa o diretor Paulo Braz.

O Projeto Expressividade Cênica para Portadores de Deficiência Visual realizou sua primeira ação em 2003, com a montagem As Cidades e os Olhos, que estreou no FILO, foi encenado também em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, nas edições do Festival de Artes sem Barreiras. Paulo Braz coordenou e dirigiu o mesmo espetáculo no Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos.

A trajetória de cada um dos atores, dois estreantes, é um verdadeiro exemplo de superação e de vida. Apesar das dificuldades, eles foram buscar alternativas para a inclusão: todos passaram pelo Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos. Até os que perderam a visão na vida adulta encontraram no Instituto ferramentas para trabalhar com a nova situação de suas vidas comenta a coordenadora pedagógica do estabelecimento, Ivone Gomes da Rocha Galdino. “Dos cinco, a maioria fez o curso de informática através do programa Virtual Vison, o recurso para a inclusão digital dos deficientes visuais, oferecido pelo Instituto”, informa.


Os atores

Tatiane Quadros, 24 anos, cursando o último ano do Ensino Médio, no Colégio Estadual Dario Veloso, nasceu com glaucoma congênito. Mas já contabiliza muitas horas de palco: ela faz parte do Projeto Expressividade Cênica para Pessoas com Deficiência Visual desde o início. Já atuou no espetáculo As Cidades e os Olhos, apresentando-se em todo o Paraná, São Paulo, Rio e Belo Horizonte. Dos 4 aos 21 anos, foi aluna do Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos, onde sempre atuou nas ações de artes cênicas da Escola e de outros grupos. Ela pretende cursar Artes Cênicas na UEL.

João Durval, 41 anos, é DJ e já atuou no Festival Internacional de Londrina. É colaborador da Rádio Universidade FM, onde apresenta o programa “Locomotiva Sonora”, que vai ao ar aos sábados, das 11 às 12 horas. Vai estrear no palco neste espetáculo. Graduado em Direito, orgulha-se de ter sido o primeiro cego a ser aprovado em vestibular da UEL, em julho de 1989.

Marcos Santos, 50 anos, nunca viu a luz do sol, mas expressa toda a luminosidade da alma na música: é vocalista – contrabaixista e tecladista. Conhecido na noite londrinense pelo seu trabalho, que já contabiliza mais de 30 anos, ele também vai estrear como ator. Como músico, já trabalhou no Cabaré do FILO, acompanhando cantores.

Flávio Cordeiro da Silva, 48 anos, aposentado, ex-micro-empresário, voltará aos palcos com esta montagem de Olhos Guardados. Pai de uma filha de 25 anos e um rapaz de 23, ele perdeu a visão aos 26 anos, devido a um glaucoma. Hoje, se dedica também ao artesanato, fazendo trabalhos em macramé. Atua no Projeto de Expressividade Cênica para Deficientes Visuais desde o início. Participa ainda de um grupo de interpretação de textos na Associação do Deficiente Visual de Londrina, comandado pela professora Onildes Fuganti. Lá, ele já interpretou textos de Machado de Assis, Guimarães Rosa, entre outros.

Sebastião Narciso, 51 anos, escritor, casado, pais de duas filhas, de 16 e 12 anos, perdeu a visão em acidente automobilístico na juventude. Sociólogo formado pela UEL, enfrentou muitas dificuldades para aceitar a nova condição de vida. Hoje, além das artes cênicas, ele trabalha com um projeto de contação de histórias patrocinado pelo Promic, desenvolvido nas escolas londrinenses. É autor de alguns dos textos que serão utilizados na peça Olhos Guardados.


Prêmio faz homenagem à atriz Myriam Muniz

A Funarte contemplou o Projeto de Expressividade Cênica para Portadores de Deficiência Visual com o Prêmio de Teatro Myriam Muniz, que objetiva incentivar a produção e a montagem de peças das mais variadas modalidades e gêneros. E também apoiar grupos e companhias teatrais envolvidas em projetos de pesquisa teórica, de experimentação de linguagem, de arte-educação, entre outras atividades. Já em sua quarta edição é patrocinado pela Petrobras e se consolidou como uma das principais ações de estímulo à produção teatral do país. O nome é uma homenagem à atriz Myriam Muniz (1931-2004), que fez parte da geração inovadora do Teatro de Arena, cuja obra teatral deixou marcas no teatro e no cinema nacional e dedicou os últimos anos de vida à formação de novos talentos.

publicado por MJA  [ 4.Nov.09 ]

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Haptica - o relógio em braille!

Internet Magazine

27 Outubro 2009

 

Esta é mais uma daquelas invenções geniais que nos fazem perguntar porque ninguém se lembrou delas há mais tempo. Haptica é o nome de um relógio de pulso concebido pelo designer americano David Chavez que tem a particularidade de possuir um mostrador em braille. A verdade é que existem já há bastante tempo no mercado relógios destinados a cegos e outros deficientes visuais mas que não passam no fundo de aparelhos convencionais onde é possível tactear os ponteiros de modo a saber as horas. Graças a um engenhoso sistema mecânico, o Haptica escreve as horas em caracteres braille no seu mostrador e, que se saiba, é o primeiro a fazê-lo.

A caixa do relógio apresenta dois rebordos laterais paralelos que formam um canal que conduz os dedos para a superfície de leitura. Esta superfície não é mais do que um conjunto de discos rotativos com incisões em código braille correspondentes aos algarismos das horas e minutos. No fundo é um sistema mecânico clássico em relojoaria e o mérito do designer foi o de ter a intuição de o adaptar a esta situação particular.

publicado por MJA  [ 31.Out.09 ]

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Retinas artificiais aproximam-se do uso prático

Inovação Tecnológica

Barbara Ritzertritzert

23/10/2009

 

Próteses eletrônicas de retina

Pessoas cegas ou com sérios problemas visuais, sofrendo de condições degenerativas da retina, sentir-se-iam muito felizes se fossem capazes de reconquistar a mobilidade, andar sem auxílio, serem capazes de levar uma vida independente, reconhecer faces e ler novamente.

Esses desejos estão documentados em uma pesquisa feita na Europa há cerca de 10 anos. O objetivo da pesquisa era descobrir o que os pacientes esperavam do desenvolvimento das próteses eletrônicas de retina.

Hoje esses desejos parecem estar se tornando realidade, de acordo com uma série de apresentações feitas no Simpósio Internacional de Visão Artificial, que aconteceu na semana passada em Bonn, na Alemanha.

Alta tecnologia para as pessoas

Os cientistas estão trabalhando no desenvolvimento de próteses para a retina há mais de 20 anos. As pesquisas têm sido conduzidas de forma particularmente intensivas na Alemanha, onde pacientes e cientistas têm trabalhado em conjunto para conseguir financiamentos governamentais para as pesquisas.

"Não queríamos alta tecnologia apenas para os programas espaciais e militares; finalmente estamos tendo alta tecnologia também para as pessoas," disse o professor Rolf Eckmiller, um especialista em neuroinformática da Universidade de Bonn e um dos pioneiros nesse campo.

Os investimentos e os esforços agora estão dando resultado: três dos quatro grupos que apresentaram progressos durante o evento são da Alemanha, que lidera claramente as pesquisas na área.

Reta final

Como as apresentações demonstraram, todas as próteses de retina já permitem impressões visuais, os assim chamados fosfenos. Pacientes que participaram de um estudo nos Estados Unidos foram capazes de distinguir claro e escuro, registrar o movimento e a presença de objetos grandes.

Além disso, relatos anteriores de um projeto que está sendo conduzido por um grupo de pesquisa liderada pelo professor Eberhart Zrenner, na Universidade de Tübingen, indicam que o reestabelecimento das habilidades visuais dos pacientes deficientes para a leitura não é apenas um sonho. Alguns pacientes já são capazes de ler letras se estas possuírem oito centímetros de altura.

"Estamos na reta final", explica o professor Peter Walter, diretor científico do simpósio. "Os estudos finais antes do lançamento no mercado já começaram ou estão com data marcada para começar," disse ele.

Esses testes têm como objetivo avaliar a longo prazo a tolerância do organismo humano aos implantes de retina e seus benefícios na vida cotidiana. Os pesquisadores esperam que os implantes sejam aprovados para uso médico em 2011.

Voltar a enxergar

Naturalmente, há um grande interesse dos pacientes nos novos produtos. "Em comparação com estudos realizados há dez anos, os pacientes têm uma ideia muito mais clara do que esperar das próteses de retina", diz Helma Gusseck, coordenadora da Fundação de Implantes de Retina.

Gusseck, que também coordena a Fundação Pró-Retinas, sofre de retinite pigmentosa, uma condição degenerativa da retina que agora só a permite distinguir entre claro e escuro.

Para ela, os resultados da pesquisa são um alívio: "Você pode, por assim dizer, não se preocupar por estar cega, sabendo que em breve o sistema de transplantes estará pronto, e nós teremos uma opção".

Tipos de próteses da retina

E isto é apenas o começo. "O que estamos vendo são diferentes opções a seguir", diz Peter Walter.

Em um dos sistemas - o Implante Sub-Retinal - o chip é implantado sob uma camada de células nervosas da retina. Lá, da mesma forma que os fotorreceptores da retina, o chip recebe os impulsos de luz, convertendo-os em sinais elétricos e transmitindo-os para as células nervosas da retina.

A prótese de retina desenvolvida pela equipe do professor Zrenner em Tübingen e da equipe dos Estados Unidos, liderada por Joe Rizzo e Shawn Kelly, do Boston Implant Project, em Cambridge, Massachusetts, funcionam seguindo os mesmos princípios.

No caso do chamado Implante Epirretinal, o chip é fixado na porção superior das células nervosas. Lá, ele recebe dados de uma pequena câmera instalada nos óculos do paciente e os converte em impulsos para as células nervosas.

Este é o princípio utilizado por outras duas equipes de pesquisa alemãs para a construção de suas próteses de retina. Um dos sistemas (IRIS) foi desenvolvido pela empresa Bonn IMI, a outra (EPIRET3) por um consórcio de pesquisa que inclui cientistas da RWTH Aachen, do Instituto de Sistemas e Circuitos Microeletrônicos e médicos da Clínica de Olhos da Universidade de Aachen, liderada por Peter Walter.

Implantes oculares do futuro

Juntamente com todos estes sistemas, que diferem entre si de diversas formas, a próxima geração de próteses de retina já está sendo preparada em diversos laboratórios ao redor do mundo.

Engenheiros, especialistas em ciência da computação, biólogos e médicos estão reunindo seus conhecimentos para desenvolver novas estratégias para a ligação de dispositivos eletrônicos ao sistema nervoso.

Equipes de pesquisa na Suíça e no Japão, por exemplo, estão desenvolvendo métodos onde o chip não é mais implantado, permanecendo na derme que protege o olho. Apenas os eletrodos que estimulam as células nervosas da retina são inseridos no interior do olho, por meio de pequenas incisões.

Pesquisadores chineses estão desenvolvendo implantes que estimulam diretamente os nervos ópticos, em vez das células da retina.

E uma equipe norte-americana está tentando estimular o córtex visual diretamente no cérebro. No momento não se sabe quando esses sistemas estarão prontos para testes em pacientes, e mesmo se isso irá ocorrer. Até o momento, todos continuam em fase experimental.

Melodia visual

Foram mostrados projetos muito interessantes de utilização de outros sinais de comunicação entre as células nervosas. Cientistas australianos e norte-americanos estão trabalhando em próteses de retina que produzem impulsos bioquímicos, em vez de impulsos elétricos.

A ideia é que a prótese de retina libere neurotransmissores seguindo padrões controlados espacial e temporalmente, e desta forma estimulem as células nervosas.

A questão que permanece é se as próteses de retina serão de fato capazes de registrar formas, como Rolf Eckmiller espera. "Para fazer isso vamos precisar de uma prótese que seja capaz de entender e produzir um tipo de padrão de impulsos, uma "melodia", que possa ser reconhecida pelo cérebro como uma forma específica, um copo, por exemplo."

Eckmiller está convencido de que o complexo sistema de visão central - que ocupa um terço do córtex cerebral - só consegue registrar uma forma se a "melodia" certa for transmitida por um número suficientemente grande de células.

publicado por MJA  [ 31.Out.09 ]

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Braille chega aos folhetos informativos sobre saúde

Hugo Rodrigues
Barlavento onLine

23 de Outubro de 2009

A ARS Algarve e a Acapo são parceiras numa iniciativa pioneira em Portugal que deverá ser alargada e permitir aos invisuais um melhor acesso aos serviços de saúde.

Os folhetos informativos da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARSA) vão passar a ter versões em Braille, dedicadas a invisuais.

A ideia é inovadora e surge de uma parceria entre o núcleo do Algarve da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal e o instituto público.

Esta parceria deverá ser alargada e vir a tornar as visitas dos que não vêem às unidades de saúde algarvias bem mais fácil.

O primeiro folheto informativo em Braille foi apresentado na passada semana em Faro, no âmbito das comemorações do Dia da Bengala Branca, que se celebra a 15 de Outubro. Esta informação foi traduzida para Braille em português e em inglês.

A informação escolhida para constar no primeiro folheto em Braille está relacionada com os cuidados a ter para evitar a propagação da Gripe A, nomeadamente a etiqueta respiratória, ou seja, os cuidados a ter com a tosse. Este material está disponível nos Centros de Saúde da região e a ser distribuído pela Acapo Algarve aos seus sócios.

Progressivamente, revelou ao «barlavento» o presidente da ARSA Rui Lourenço, o restante material informativo pelo qual este organismo é responsável vai ser traduzido.

Está já a ser tratada a tradução de mais informação sobre a Gripe A, estando prevista a tradução de materiais sobre outras matérias.

Mas esta parceria deverá ser levada ainda mais longe. Rui Lourenço revelou que a entidade a que preside já começou «a fazer o mapeamento dos serviços de saúde», para que se possa colocar informação em Braille que permita a um invisual orientar-se dentro das unidades de saúde.

Ao mesmo tempo, estão pensadas «acções de formação e sensibilização» dirigidas aos profissionais de saúde, para que saibam «como ajudar pessoas cegas».

«Às vezes, há pequenos pormenores que fazem a diferença, apesar da boa vontade das pessoas ser muita, como eu próprio já comprovei», disse o dirigente da Acapo a nível regional Ricardo Martins ao nosso jornal. A Acapo vai ajudar a ARSA nestas acções.

Da mesma forma, todo o trabalho que levou ao lançamento dos folhetos foi feito em estreita coordenação com a delegação algarvia da Acapo.

Segundo Ricardo Martins, a ideia surgiu de uma conversa mantida entre a sua associação e Rui Lourenço, no âmbito do lançamento da exposição «Fotografias em Relevo», que está patente na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.

«As conversas foram surgindo e nós sugerimos que a promoção de saúde estava inacessível a muitos dos cegos», revelou. «Quem tem acesso às novas tecnologias de informação, como é o meu caso, pode obter a essa informação. Mas os muitos que só têm acesso através do Braille ficariam em défice», explicou.

Esta ideia, admitiu o presidente da ARSA, nem sequer obriga a «um investimento extraordinário». «Normalmente, as coisas não surgem porque ninguém se lembra», considerou Rui Lourenço.

«Nestas coisas, a ideia tem de surgir e haver abertura suficiente das entidades, como a ARSA tem demonstrado», acrescentou Ricardo Martins.

publicado por MJA  [ 23.Out.09 ]

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Windows 7  vai facilitar a vida aos
utilizadores com deficiência

21 Outubro

(Lusa): O novo sistema operativo Windows 7 da Microsoft vai facilitar a vida aos utilizadores com deficiência, permitindo-lhes "falar" com o computador ou escrever no monitor, divulgou hoje a empresa, no âmbito de uma parceria com a Associação Salvador.

Num comunicado, a Microsoft anuncia "uma parceria inédita" com a Associação Salvador, que promove os direitos e os interesses das pessoas com mobilidade reduzida, à qual vai doar três euros por cada unidade de Windows 7 vendida até Junho de 2010, em qualquer das versões disponíveis no retalho.

A parceria contempla a "partilha de lucros nas vendas do novo sistema operativo da empresa", a implementação de um projecto de responsabilidade social envolvendo tecnologia e acessibilidade, uma campanha de angariação de novos Amigos da Associação e uma estreita parceria tecnológica.

Fonte: Google Notícias

publicado por MJA  [ 23.Out.09 ]

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Experimentar ser cego hoje no centro comercial Colombo

20 de Out de 2009


Lusa:   Um worshop de Braille é uma das iniciativas que a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal leva hoje a cabo no centro comercial Colombo. O objectivo é que os participantes vivenciem o quotidiano dos invisuais. 


A Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) assinala hoje os seus 20 anos de existência realizando em Lisboa actividades que desafiam quem vê a viver o quotidiano dos invisuais.

Esta iniciativa terá lugar no Centro Comercial Colombo entre as 10h00 e as 22h00 e visa dar a conhecer a missão da associação, permitindo a todos vivenciar varias componentes quotidianas da vida de uma cego.

Uma das actividades é um workshops sobre o Alfabeto Braille, onde os participantes podem escrever o seu nome em Braille num postal que podem levar para casa.

No Espaço dedicado às Novas Tecnologias e Emprego estará disponível um computador e telefone com software de voz, teclado amplificado, onde as pessoas poderão testar a acessibilidade das páginas Web e até navegar na internet com os olhos vendados.

O objectivo, segundo a associação, é conseguir que o visitante perceba que, com ajudas técnicas, a pessoa com deficiência visual pode estudar e trabalhar.


Fechar os olhos e experimentar

"Quisemos assinalar a data demonstrando à população que actividades e serviços a ACAPO disponibiliza e ao mesmo tempo convidar as pessoas a "fecharem os olhos" e vivenciarem algumas experiências, como por exemplo aceder a uma página de Internet sem verem o teclado do seu computador", explicou Carlos Lopes, presidente da ACAPO.

No Espaço de Estimulação Sensorial e Acessibilidade, o visitante, de olhos vendados, poderá "arrumar" na despensa vários produtos (frascos, embalagens, etc), pintar desenhos em alto-relevo, adivinhar alimentos e objectos através do tacto e do olfacto ou reconhecer notas e moedas em circulação.

Entre as 18h00 e as 19h00 é a hora do conto. Daniela Santiago, jornalista da RTP, é a autora do livro "O Caramelo da Leonor", lançado em Setembro, com a particularidade de ter uma versão em Braille. O conto será lido pela autora e por uma criança cega.


http://aeiou.expresso.pt/experimentar-ser-cego-hoje-no-centro-comercial-colombo=f542476

publicado por MJA  [ 20.Out.09 ]

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Salas de Estimulação Sensorial são um mundo
de experiências novas para crianças cegas

Agência Lusa

20 de Outubro de 2009


Ana Rita, 10 anos, tem a visão reduzida a cinco por cento devido a um glaucoma, mas na Sala de Estimulação Sensorial da delegação de Leiria da ACAPO ela descobriu um mundo de experiências novas e desafios apetecíveis.

Leiria tem uma das cinco salas de estimulação sensorial (SES) existentes em Portugal, criadas pela Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), que terça-feira faz 20 anos, para ajudar a aumentar a autonomia e a qualidade de vida dos cidadãos cegos e amblíopes, em particular das crianças e suas famílias. As outras estão no Porto, Braga, Castelo Branco e Faro.

Sexta-feira, Ana Rita experimentou pela primeira vez a sala de Leiria e adorou: "Fiz cambalhotas, joguei com a bola, fiz jogos, andei de baloiço. Acho que esta sala me vai ajudar a perceber mais coisas", disse a criança, afectada pelo glaucoma desde nascença.

Além de Ana Rita, outras sete crianças frequentam a SES de Leiria, criada há três anos.

As SES dirigem-se a crianças dos zero aos 14 anos. "A intervenção é individualizada: é feita uma avaliação das capacidades, dos pontos fortes e fracos, dos gostos, das atitudes e a partir daí é delineada a intervenção com cada criança", explica a técnica Ana Carvalho.

O objectivo é "colmatar as falhas decorrentes da limitação visual - que pode ser total -, estimular os sentidos alternativos à visão, mas também minimizar disfunções no desenvolvimento".

É um trabalho integrado, com diversas componentes: "Não trabalhamos só o tacto, fazemos um jogo que integra sensibilidade, percepção, cognição e tentamos ao máximo alargar o leque com cada actividade que fazemos".

Todas as SES são muito semelhantes. Há um armário com jogos de estimulação dos sentidos e competências cognitivas, para, através do tacto, desenvolver os pré-requisitos para o Braille.

E uma zona destinada "ao conhecimento do Mundo e das coisas do dia-a-dia, tudo feito a brincar: a cozinha, os talheres, os bebés, os animais, o dinheiro", descreve Ana Carvalho.

E há um canto com bolas, colchões, obstáculos e até um mini-trampolim, para trabalhar aptidões físicas, destreza e equilíbrio.

Tudo é muito colorido, adensando o contraste entre objectos e formas. Porque, como no caso da Ana Rita, "há crianças que têm uma percentagem de visão e os contrastes, para além de os estimularem, ajudam a perceber o que têm à frente".

Em Leiria falta o som, porque "havia um rádio que avariou. Mas é um aspecto muito importante e essa será uma das próximas aquisições", promete a técnica da ACAPO.

Há um outro recanto especial: o destinado aos pais. "Fazemos questão que estejam presentes com as crianças mais novas. A nossa intervenção é delineada em conjunto com eles. Queremos que eles estejam presentes e continuem o trabalho em casa", frisa Ana Carvalho.

A preparação das crianças para a vida adulta é uma meta bem clara da ACAPO e por isso, em Leiria, complementa-se o trabalho da SES com outras actividades.

A delegação aposta na hipoterapia para aprofundar a exploração das capacidades motoras e de coordenação. Ana Rita é uma das utentes dessa valência, todas as quartas-feiras. "É muito bom andar de cavalo. O cavalo em que eu ando chama-se 'Macaco' e eu já subo sozinha!".

No fim da sessão de 50 minutos na SES, Ana Rita pega numa boneca com pontos Braille e com destreza desenha algumas letras: "Isto é um 'e' com acento, mas se ficar só com um pontinho é um 'a'".

E já antecipa o regresso àquela sala, previsto para daí a duas semanas: "Quando voltar quero logo fazer o circuito de ginástica!".


Fonte: http://barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=37028&tnid=3

publicado por MJA  [ 20.Out.09 ]

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Póvoa de Lanhoso:
descobrir as plantas pelo cheiro

Lerparaver

16/10/2009


Sentir o cheiro e descobrir as diversas plantas aromáticas e medicinais através do toque foi a proposta do Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos para assinalar o Dia Mundial da Bengala Branca.

Alfazema, erva-príncipe, alecrim, caril, tomilho, absinto, cidreira, hipericão e coentros, foram algumas das ervas estudadas pelos cerca de 20 utentes da Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga (AADVDB), com sede na Póvoa de Lanhoso, a quem se dirigiu a actividade.

A ‘oficina dos sentidos’ teve como principal objectivo dar a conhecer aos invisuais as diferenças entre as várias plantas existentes na bordadura do centro. Para isso, “tentamos ao máximo que os invisuais utilizassem todos os sentidos nesta actividade, dando-lhes a conhecer as propriedades de cada uma das plantas, que são muito mais do que os próprios cheiros, toque e paladar”, disse aos jornalistas Melissa Costa, responsável pelo centro.

A jornada, que se insere no programa anual de actividades do Centro do Carvalho de Calvos, culminou, à tarde, com a criação de saquinhos de cheiro, onde foram servidas infusões de ervas para que os invisuais pudessem sentir o paladar das plantas que tocaram e sentiram durante a visita ao centro de interpretação.

A iniciativa teve um impacto “muito positivo, não só para os participantes como para os próprios técnicos”, acrescentou a responsável, afirmando que “de agora em diante vamos olhar para as plantas de outra forma porque apercebemo-nos de pormenores que eles (cegos) nos deram a conhecer, através da sua própria experiência”.

Em resultado das muitas perguntas levantadas pelos invisuais chegou-se à conclusão de que “andamos muitas vezes à procura de medicamentos nas farmácias quando podemos ter a solução à porta de casa”.

É objectivo do centro fazer chegar a ‘oficina dos sentidos’ aos restantes utentes da associação de deficientes visuais.

Fonte: http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=16115

publicado por MJA  [ 18.Out.09 ]

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Paragens falantes ajudam invisuais

2009-10-15

Talking Bus Stops

Há diversas formas de recorrer às novas tecnologias para tornar a sociedade mais inclusiva. Na localidade britânica de Brighton & Hove a entidade responsável pelos transportes públicos instalou paragens falantes, para ajudar os habitantes invisuais a encontrarem o autocarro que precisam.

Estreado em 2007, o projecto foi considerado pioneiro no Reino Unido, na medida em que até aquela data nenhuma outra localidade tinha instalado estas paragens falantes. Implementadas pela Câmara Municipal de Brighton & Hove, em parceria com a empresa de transportes local Brighton & Hove Bus and Coach Company, estas paragens estão ligadas a um sistema de informação em tempo real. Através deste sistema são enviados dados para as paragens que vão desde a localização da paragem, que autocarros param ali ou o tempo de espera até chegar a próxima viatura, entre outros aspectos.

Para a autarquia, esta tecnologia veio dar mais liberdade e autonomia aos cidadãos cegos, pois deixaram de ter pedir ajuda às pessoas que passam ou mesmo para as situações em que não se encontra ninguém nos postos de espera. O projecto acabou por ser reconhecido como uma boa prática na área da acessibilidade e já está a ser despertar interesse noutras localidades do Reino Unido, nomeadamente em Londres.

Equipa multidisciplinar

O desenvolvimento do sistema esteve a cargo de uma equipa multidisciplinar, que juntou esforços de profissionais tão diversos como vereadores, funcionários, programadores, consultores e os próprios beneficiários do projecto. Além disso foi criada uma parceria com o Royal National Institute for Blind, que ficou responsável por criar um outro sistema com mensagens de orientação, complementar ao sistema de informação em tempo real.

Outra das vertentes criadas com o sistema foi uma interface especial, capaz de converter texto em voz, que faz com que a informação dos painéis existentes nas paragens seja compreendida por quem não vê. No caso de Brighton & Hove, as autoridades de saúde locais estimam que sejam mais de 2.300 pessoas que têm dificuldades visuais e podem vir a beneficiar com a implementação desta tecnologia. Este número poderá contudo vir a aumentar, como resultado do envelhecimento da população e como consequência de algumas doenças que a possam afectar, como a diabetes, que pode causar perda de visão.


Talking Bus Stops & Porta-chaves electrónicos

Para que estes habitantes da localidade possam beneficiar em pleno da tecnologia, foram também distribuídos pequenos aparelhos electrónicos, semelhantes a porta-chaves, que interagem com as paragens. Assim, sempre que os utilizadores passam junto de uma das mais de 20 paragens onde o serviço está disponível, estes dispositivos alerta-os.

Depois o invisual apenas tem de pressionar um pequeno botão para obter os detalhes que necessita para saber se está no local correcto ou quando vai passar o próximo autocarro, por exemplo. Para quem precise de apanhar transporte para uma das localidades dos arredores de Brighton & Hove, como é o caso East Sussex, a autarquia resolveu também instalar aí algumas paragens destas.

Contactos: accesspoint@brighton-hove.gov.uk

Fonte: http://www.i-gov.org/index.php?article=11693&visual=2


publicado por MJA  [ 18.Out.09 ]

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ACAPO: Futura sede pretende
ser modelo de edifício acessível

15 de Outubro de 2009


A Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) apresenta esta quinta-feira o projecto da sua futura sede, que pretende ser o primeiro edifício público a reunir todas as regras de acessibilidades pensadas para facilitar a vida dos deficientes visuais.

A apresentação deste projecto arquitectónico visa assinalar o Dia Mundial da Bengala Branca e surge também no ano em que a associação faz 20 anos de existência.

Segundo Carlos Lopes, presidente da ACAPO, a inovação é que vai ser o primeiro edifício público em Portugal a reunir todas as acessibilidades, por cumprir a legislação e por ter todos os pormenores pensados para os deficientes visuais.

Diário Digital / Lusa

publicado por MJA  [ 18.Out.09 ]

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Algarve assinala Dia Mundial da Bengala Branca

14-10-2009

A campanha “Um olhar por quem não vê” marca as comemorações do Dia Mundial da Bengala Branca, assinalado a 15 de Outubro, no Algarve.

A campanha da delegação do Algarve da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) visa angariar fundos para a instituição e sensibilizar a sociedade civil para a problemática da deficiência visual, ao nível de acessibilidades e do ponto de vista da integração socioprofissional desta população.

As actividades agendadas para dia 15 de Outubro vão decorrer em Faro e incluem, no Museu Municipal, a exposição e demonstração de ajudas técnicas para a deficiência visual (10h00), uma sessão de esclarecimento sobre a mobilidade das pessoas com deficiência visual (15h00), a apresentação da campanha de angariação de fundos “Um olhar por quem não vê” (15h45) e o “Percurso dos sentidos” (16h30), onde pessoas com visão serão ‘cegas’ por uns minutos ao experimentarem a utilização de uma bengala branca, num percurso entre o museu e a Câmara Municipal.

À noite, o Auditório da Fundação Pedro Ruivo recebe, a partir das 21h30, um espectáculo de música e poesia, organizado pelo Lions Clube, cujo valor do bilhete de entrada (5 euros) reverte a favor da ACAPO.

http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=32367

publicado por MJA  [ 14.Out.09 ]

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Manuais escolares acessíveis requisitados online

2009-10-13


A Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) já tem disponível no seu site o formulário para a requisição de manuais escolares acessíveis aos alunos do ensino básico e secundário com necessidades educativas especiais.

O acesso a estes formulários é efectuado através do número de utilizador e palavra-chave da escola, atribuídos pelo GEPE.

Todos os anos, a DGIDC, através do seu Centro de Recursos para a Educação Especial, adapta e distribui estes manuais.

Tel: 21 393 46 02 / 21 393 46 08

e-mail: centro.recursos@dgidc.min-edu.pt

Fonte: http://www.i-gov.org/index.php?article=11672&visual=1

publicado por MJA  [ 14.Out.09 ]

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Abrir portas a um milhão de pessoas
com mobilidade reduzida

ANA GASPAR

JN

12 Outubro 09

Em Portugal, há um milhão de pessoas portadoras de uma deficiência, "que mal se vêem". O programa que a RTP1 estreia esta noite pretende dar-lhes visibilidade de uma forma positiva, através de actividades radicais.

Salvador Mendes de Almeida, também ele numa cadeira de rodas, apresenta o programa com o seu nome. O objectivo de "Salvador" é desafiar, em cada emissão, um convidado com deficiência a superar os seus limites através de uma aventura radical. E também dar a conhecer histórias de pessoas para quem o dia-a-dia se faz a vencer obstáculos. Ajudando, assim, à sensibilização da sociedade para a inclusão das pessoas com deficiência.

O convidado de hoje é Nuno Brites. Um jovem de 14 anos que sofre de artrogripose, um vírus que se instala no útero materno durante a gestação e que atrofia os membros superiores e inferiores. Bruno vai andar de caiaque e de moto de água e praticar bodyboard. O programa, tal como os restantes 12, vai para o ar a seguir ao "Telejornal". Tem periodicidade semanal.

O actor Paulo Azevedo, de "Podia acabar o Mundo", que nasceu sem mãos e sem pernas, é o convidado mais mediático de "Salvador". Uma corrida no Autódromo do Estoril ao volante de um Caterham é o desafio proposto, no quarto episódio.

"É uma afirmação de um milhão de pessoas que têm deficiência e que pouco ou nada se vêem. Todos nós temos limitações. As pessoas com deficiência, desde que os locais estejam bem preparados, podem contribuir para o país como as outras", frisou Salvador Mendes de Almeida.

O problema da falta de acessibilidades estará sempre "subjacente" nas emissões, mas não será o tema dominante, conforme explicou Mafalda Mendes de Almeida, directora da Mandala que produz o programa.

"Tivemos logo consciência de que não se tratava de um projecto fácil. O tema, a diferença, tinha de ser tratado com grande dignidade mas, ao mesmo tempo, tinha de ser dinâmico e empolgante", sublinhou a responsável que é tia de Salvador.

José Fragoso, director de Programas da RTP1, considera que o programa "enriquece de uma forma gigantesca" a grelha do canal, sendo "absolutamente obrigatório vê-lo". Por isso não lhe foi difícil a aprovação da proposta, que não demorou mais de cinco minutos. O responsável revelou que é intenção da RTP1 exibir uma segunda série de programas e que o formato foi concebido com intenção de haver "futuras edições" .


Oportunidade alargada a cinquenta candidatos

No site do programa, que é hoje colocado online, estão disponíveis 50 experiências para pessoas com mobilidade reduzida. Os interessados podem candidatar-se e a selecção é depois feita pela Associação Salvador.

Este espaço da Internet também servirá para a troca de informações entre espectadores. "Detectámos que havia pessoas que não tinham conhecimento de coisas que existiam, como praias onde há uma cadeira chamada tiraló que leva as pessoas ao mar; rampas especiais que se podem montar; ou cadeiras (de rodas) que se levantam...", disse Mafalda Mendes de Almeida. O site irá também recolher as inscrições para um casting onde se vai escolher os participantes dos novos programas.

À margem da apresentação, Salvador Mendes de Almeida lembrou que até 18 de Novembro estão abertas as inscrições para a "Acção Qualidade de Vida". A associação tem 50 mil euros para distribuir por pessoas com escassez de meios que precisem de apoios para melhorar o seu dia-a-dia no que diz respeito à mobilidade.

Fonte: Jornal de Notícias

publicado por MJA  [ 12.Out.09 ]

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OS SELOS E OS SENTIDOS

CTT


Esta emissão – constituída por cinco selos e um bloco com um sexto selo – surge na sequência de uma proposta da União Postal Universal para que fosse comemorado o bicentenário do nascimento de Louis Braille (1809-1852), inventor de um sistema de combinações de pontos salientes, aplicável à leitura, à escrita, ao cálculo e à música, para invisuais.

No bloco, realizado com a colaboração da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), toda a informação escrita surge repetida em caracteres Braille e no espaço restrito do respectivo selo, a palavra Braille também é legível sob as duas formas. Os restantes selos da emissão, dedicados a cada um dos cinco sentidos, permitem experimentar reais interacções físicas: o tacto sente a tinta impressa em relevo, à saída da bisnaga; o olfacto recebe o aroma da chávena de café; a visão detecta, nas lentes dos óculos, imagens holográficas que se alteram consoante a posição do selo; o gosto identifica sabor a baunilha na goma do selo do gelado; o ouvido é sensível ao ruído da lima quando friccionada a sua superfície rugosa e áspera.

Constituídos por diferentes células nervosas, que captam variações e respondem a estímulos, os órgãos dos sentidos abrangem, segundo a ciência actual, não só as clássicas cinco sensações descritas pelos antigos, mas também outras, como as de frio e calor, de equilíbrio e de dor, de contacto e pressão. Porém, esta emissão não pretende sublinhar enunciados teóricos mas contribuir para a modernidade da comunicação. Assim, graças à melhor tecnologia das artes gráficas, foi aqui incorporado um conjunto de elementos que, habitualmente ausentes dos selos comuns, tornam-se factores diferenciadores da presente emissão, conferindo-lhe um carácter inovador no panorama filatélico contemporâneo.

Dados Técnicos:

Obliterações do 1º dia em:
Lisboa / Porto / Funchal / Ponta Delgada

Emissão: 2009 / 10 / 02

publicado por MJA  [ 12.Out.09 ]

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Autárquicas 2009: CNE relata situação de
vários deficientes impedidos de votar

TSF

11 Outubro


Tem sido de trabalho intenso, este domingo, na Comissão Nacional de Eleições (CNE). Nuno Godinho de Matos, porta-voz da CNE afirmou à TSF que não consegue adiantar quantas queixas já chegaram à comissão, mas relata a situação de vários  deficientes que foram impedidos de votar.

Vários deficientes, sobretudo cegos, foram impedidos de votar nos concelhos de Alfândega da Fé e Vila Flor Vários deficientes  foram hoje impedidos de votar nas eleições autárquicas porque as delegações de saúde recusaram-se a passaram o atestado médico aos deficientes.

Nuno Godinho de Matos, porta-voz da CNE, revelou que esta foi «uma situação nova, que surgiu pela primeira vez com as eleições legislativas».

«As delegações de saúde recusaram-se a passar os atestados de saúde aos deficientes para eles poderem votar acompanhados com uma justificação de natureza administrativa. O que é de uma ilegalidade grosseira e chocante», sublinhou.

Tudo aconteceu nos concelhos de Alfândega da Fé e em Vila Flor. A CNE teve de intimar as delegações de saúde a passar o atestado médico.

«Não sei se [os deficientes] acabaram por ser impedidos de votar, mas nós, [CNE], chegámos ao ponto de interpelar as delegações de saúde, comunicando-lhes que se não passassem os atestados médicos cometiam o crime de desobediência», afirmou.

publicado por MJA  [ 12.Out.09 ]

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Dia Mundial da Visão

08-10-2009

Portal da Saúde

O Dia Mundial da Visão, data comemorada anualmente na segunda quinta-feira do mês de Outubro, é uma iniciativa que tem por objectivo a sensibilização  mundial para a cegueira, deficiência visual e reabilitação de deficientes visuais. Este ano é dado enfoque à igualdade de acesso aos cuidados de saúde dos olhos.

Esta data foi comemorada pela primeira vez em 2000 e é o principal instrumento de promoção da "Visão 2020: O direito a ver", uma acção global promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira, que tem por objectivo evitar a cegueira.

Estima-se que existam, no mundo, 37 milhões de cegos e 124 milhões de pessoas com deficiência visual. Três quartos dos casos de cegueira são evitáveis. Sem  intervenção, o número de pessoas cegas poderá aumentar para 75 milhões até 2020. A OMS está a trabalhar com os Estados Membros para desenvolver e implementar planos nacionais de cuidados de saúde para a visão.

Para saber mais, consulte:

Organização Mundial da Saúde - Dia Mundial da Visão.

publicado por MJA  [ 12.Out.09 ]

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Albufeira distinguida com bandeira de ouro da mobilidade

Jornal A Avezinha


Com 85% das barreiras arquitectónicas eliminadas, Albufeira é o primeiro concelho do Algarve a conquistar o galardão de ouro da mobilidade e o sexto a nível nacional

A cidade de Albufeira foi distinguida com a Bandeira de Ouro da Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, prémio instituído pela APPLA – Associação Portuguesa de Planeadores do Território.

Depois de ter recebido, há um ano, a Bandeira de Prata da Mobilidade com 43% das barreiras arquitectónicas eliminadas, o Município congratula-se por ter conseguido cumprir 85% dos objectivos previstos e conquistado agora o galardão de ouro que classifica Albufeira como uma cidade acessível para todos. “Temo-nos empenhado em promover a acessibilidade e mobilidade em todas as Freguesias do concelho, adoptando diversas medidas de intervenção quer ao nível da requalificação urbana, quer de equipamentos públicos”, salientou o Presidente da Câmara, acrescentando que “esta bandeira simboliza o reconhecimento do esforço empreendido pela autarquia, no sentido de melhorar a mobilidade urbana, sobretudo dos cidadãos com necessidades especiais”.

O rebaixamento e alargamento de passeios, reposicionamento de árvores e postes de electricidade, acessos para pessoas portadoras de deficiência, criação de zonas pedonais e pistas cicláveis são algumas das intervenções que justificaram o reconhecimento da APPLA.

Ao ultrapassar os 70% dos objectivos alcançados, Albufeira torna-se assim no primeiro concelho algarvio portador da insígnia de ouro da mobilidade e o sexto na classificação nacional. “O Município revelou, desde cedo, a sensibilidade e o empenho em promover a mobilidade dentro do concelho, valorizando o dia-a-dia de residentes e turistas”, frisou Sílvia Cabrita, representante da APPLA. Para Desidério Silva “o futuro passa por atribuir um pelouro à matéria da Mobilidade, dando continuidade ao excelente trabalho realizado até aqui”.

Refira-se que Albufeira aderiu à Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos em 2004, tornando-se num dos primeiros dez primeiros Municípios fundadores da Rede.

Fonte: LERPARAVER

publicado por MJA  [ 12.Out.09 ]

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INQUÉRITOS SOBRE A “UTILIZAÇÃO DAS TIC
NA EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM NEE”


No âmbito do trabalho de investigação do Laboratório de Conteúdos Digitais, do Centro de Investigação em Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, foram lançados a nível nacional, na passada segunda-feira dia 20 de Julho de 2009, dois questionários para levantamento de necessidades de formação em TIC em NEE.

Pretende-se aferir as necessidades de formação dos Docentes de Educação Especial (DEE), de Apoio Educativo (DAE) e dos Coordenadores TIC/PTE (Plano Tecnológico da Educação) na utilização das TIC na Educação de Alunos do Ensino Básico com NEE. O primeiro questionário procura identificar as carências de formação em TIC para os DEE e DAE e, o segundo, a formação em NEE essencial para Coordenadores TIC/PTE que se podem deparar com a possibilidade de prestar apoio técnico e pedagógico a alunos que dependem da utilização das TIC para a sua educação.

Para mais esclarecimentos, contactar:

jaimeribeiro@ua.pt  ou tel. 234 372 425.

publicado por MJA  [ 10.Out.09 ]

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MAIS DE 314 MILHÕES DE INVISUAIS NO MUNDO

TIMOR LOROSAE NAÇÃO

5 de Outubro de 2009

Mais de 314 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de deficiências visuais, sendo 46 milhões delas cegas, com os países em vias desenvolvimento, sobretudo África, a "acolherem" 87 por cento de todos os casos.

Os dados, "muito preocupantes", foram avançados hoje, domingo, à Agência Lusa pelo representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Cabo Verde, o malgaxe Andriamahefazafy Barrysson, à margem do 1º Encontro Luso-Africano de Oftalmologia, que decorre desde sábado na Cidade da Praia e que termina hoje, domingo.

Barrysson indicou que muitos dos problemas oftalmológicos poderão ser ultrapassados se houver políticas nacionais de apoio a esta especialidade médica, sobretudo na formação "intensa" de oftalmologistas.

Nesse contexto, Barrysson sublinhou a importância do congresso de oftalmologia que decorre na Cidade da Praia, onde, pela primeira vez, especialistas médicos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão reunidos para debater a cooperação neste domínio.

Em declarações à Lusa, António Travassos, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), destacou precisamente o facto do ineditismo do Congresso, uma vez que os meios "são muito escassos, ou nulos" nalguns dos oito países que integram a CPLP - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Sublinhando tratar-se de "um primeiro passo" para uma cooperação entre os "oito", António Travassos, que afirmou desconhecer o total de casos de deficiência visual no conjunto dos países da CPLP, lembrou, a título de exemplo, que a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste não dispõem sequer de oftalmologistas.

Portugal e Brasil podem, no seu entender, ser considerados neste contexto como uma mais-valia para dar início a essa cooperação, tendo, por exemplo, os Hospitais da Universidade de Coimbra disponibilizado um especialista para vir a Cabo Verde operar 70 crianças cabo-verdianas com deficiências visuais.

A este propósito, o ministro da Saúde cabo-verdiano, Basílio Mosso, em declarações também à Lusa, sublinhou a importância desta iniciativa, manifestada por um representante do Colégio da Especialidade de Oftalmologia da Ordem dos Médicos de Portugal, admitindo, porém, que Cabo Verde está ainda com "atrasos", que tenciona recuperar.

Segundo Basílio Mosso, data de 1998 o último estudo sobre a problemática da deficiência visual em Cabo Verde, onde estão já a trabalhar oito especialistas que, todavia, o ministro considera serem "manifestamente poucos" para uma população total de cerca de meio milhão de habitantes.

Naquela data, havia a indicação de que 0,7 por cento da população cabo-verdiana sofria de algum tipo de deficiência visual, não havendo, actualmente, uma actualização dessa percentagem.

No entanto, reivindicou o ministro, o governo cabo-verdiano tem vindo a implementar uma série de medidas para combater a deficiência visual, cujo Plano Nacional de Combate foi criado há 11 anos, pelo que, assegurou, essa percentagem "será substancialmente menor do que a registada em 1998".

O encontro é promovido pela SPO, em colaboração com a Ordem dos Médicos local, sendo debatidos temas como traumatismos oculares, glaucomas e desvios oculares, além da realização de um simpósio "Oftalmologia na CPLP: Cooperação e Futuro".

Fonte:

http://timorlorosaenacao.blogspot.com/2009/10/anunciado-em-cabo-verde-mais-de-314.html

publicado por MJA  [ 5.Out.09 ]

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Nova tecnologia ajuda a recuperar
visão de deficientes visuais

28/09/2009


Barbara Campbell começou a perder a visão quando era adolescente e, pouco antes de fazer 40 anos, perdeu o que restava de sua visão. Campbell, agora com 56 anos, ficaria emocionada em ver alguma coisa. Qualquer coisa.

Agora, como parte de uma experiência notável, ela pode. Até agora, ela consegue detectar as bocas de seu fogão, a moldura de seu espelho e se o monitor do computador está ligado ou não.

Ela está começando a fazer parte de um intensivo projeto de pesquisa de três anos que envolve eletrodos cirurgicamente implantados nos seus olhos, uma câmera sobre seu nariz e um processador de vídeo amarrado a sua cintura. Alguns dos outros 37 participantes do projeto conseguem diferenciar pratos de xícaras, perceber a diferença entre grama e calçada, separar meias brancas de pretas e ver onde há pessoas, embora nenhum detalhe delas.

"Para alguém que foi totalmente cego, isto é realmente notável", disse Andrew P. Mariani, diretor do programa do Instituto Nacional do Olho.

O projeto, uma retina artificial, faz parte de um número recente de pesquisas que buscam atingir um dos mais almejados objetivos da ciência: fazer cegos enxergarem. Mais de 3,3 milhões de americanos com 40 anos ou mais são cegos ou tem visão tão fraca que até mesmo com óculos, remédios ou cirurgia, tarefas cotidianas são difíceis, de acordo com o Instituto Nacional do Olho, uma agência federal. Este número deve duplicar nos próximos 30 anos.

As tentativas de cura incluem terapia genética, que melhorou a visão em pessoas que são cegas por causa de uma rara doença congenital. Pesquisas com células tronco também são consideradas promissoras e outros estudos envolvem proteínas que respondem à luz e o transplante de retina. E recentemente, Sharron Kay Thornton, 60, de Smithdale, Mississipi, que ficou cega por causa de uma doença de pele, recuperou a visão em um olho depois que médicos da Escola de Medicina da Universidade de Miami Miller extraíram um dente e o modelaram para servir como base para uma lente de plástico que substitui sua córnea.

Campbell, conselheira de reabilitação vocacional da Comissão de Nova Iorque para Cegos e Pessoas com Deficiência Visual, sempre foi independente e muito alegre. Mas pequenas coisas a irritam, como não saber se roupas estão manchadas e precisar de ajuda para comprar cartões comemorativos. O dispositivo não a fará "ver como antigamente", ela disse. "Mas será mais do que o que eu tenho. Não só para mim - mas para as outras pessoas que virão depois também".

Fonte:  http://sergiosg1959.spaces.live.com/blog/cns!FF653487BC35B800!908.entry

publicado por MJA  [ 29.Set.09 ]

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Tributação vai manter-se em 90%

Jornal de Notícias

25 Setembro 09

LUCÍLIA TIAGO

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais quer fixar nos 90% o rendimento dos deficientes sujeito a IRS, impedindo que suba para 100%. Também o aumento da dedução específica, que passou de 3,5 para 4 SMN, será para manter.

Em 2007, o acerto de contas que os deficientes estavam habituados a fazer com o Fisco, para efeitos de IRS, sofreu uma alteração radical. Em vez de deduzirem uma percentagem dos rendimentos (de trabalho ou de pensões), passaram a fazer um abatimento à colecta equivalente a 3,5 salários mínimos nacionais (SMN). Mas, para que a mudança fosse gradual, criou-se um regime transitório que considerava 80% e 90% do rendimento, em 2007 e 2008, respectivamente.

Se o calendário tivesse sido cumprido como o previsto, em 2009 os deficientes veriam a totalidade (100%) do seu rendimento ser considerado para efeitos do IRS. Mas Carlos Lobo defendeu, então, o prolongamento por mais um ano deste regime transitório. O objectivo é agora, segundo adiantou ao JN o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo, acabar com esta cláusula de salvaguarda, fixando definitivamente nos 90% o limite dos rendimentos tributáveis das pessoas com grau de invalidez igual ou superior a 60%.

Em 2009 foi igualmente decidido aumentar a dedução à colecta dos deficientes, alterando-a de 3,5 para 4 SMN, situação que vai manter-se.

Antes das alterações introduzidas em 2007, os deficientes tinham 30% dos seus rendimentos de pensões isentos ou 50% de isenção quando estavam em causa rendimentos de trabalho (dependente ou independente), até ao limite de 13 774 euros. Estes valores foram alterados para tornar o sistema mais equitativo, uma vez que, como referiu o então secretário de Estado, João Amaral Tomaz, beneficiava acima de tudo os deficientes com rendimentos mais elevados e penalizava os que tinham menos recursos.


Fonte: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1371523

publicado por MJA  [ 25.Set.09 ]

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"O Destino do Braille nos Dias de Hoje"


No âmbito do bicentenário do nascimento de Louis Braille, a Universidade de Coimbra, através da Divisão Técnico-Pedagógica – Gabinete de Apoio Técnico-Pedagógico ao Estudante com Deficiência, em pareceria com a Câmara Municipal de Coimbra – Serviço de Leitura para deficientes visuais da Biblioteca Municipal e a Delegação de Coimbra da ACAPO, promovem no dia 21 de Outubro no Auditório da Universidade de Coimbra um Seminário sobre o “ O Destino do Braille nos Dias de Hoje”

Programa

9,00h–9,30h – Recepção dos participantes e entrega de documentação

9,30h–10,00h – Sessão de Abertura

Dr.ª Idália Moniz -Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação*

Professor Doutor António Gomes Martins - Vice-Reitor da UC *

Dr. Mário Nunes -Vereador da Cultura da Câmara Municipal Coimbra

Manuel Alexandre Lopes - Presidente da Delegação de Coimbra da ACAPO


1.º Painel

Ensinar Braille…. Quando? Como? Onde?


1.ª Mesa

Professora Doutora Maria do Rosário Pinheiro
(Professora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da UC)

10,00h–10,30h - “O Braille como meio natural de leitura e escrita dos deficientes visuais”

Professor Doutor Augusto Deodato Guerreiro
(Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação da
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias)

10,30h -11,00h – “O Ensino e utilização do Braille nas Escolas”

Mestre Fernando Correia
(Professor de Educação Especial da Escola Básica e Secundária
Rodrigues de Freitas do Porto)

11,00h–11,30h – Pausa para café

2.ª Mesa

Moderadora - Dr.ª Maria José Miranda

(Directora da Biblioteca Municipal de Coimbra)

11,30h–12,00h – “Iniciação da escrita e leitura Braille em adultos cegos recentes e a sua importância no processo de reabilitação”
Dr.ª Teresa Maia (Professora de Braille)

12,30h–12,30h – “A importância do Braille no meu percurso académico”

Dr.ª Sara Esteves Tadeu (Antiga aluna da UC, acompanhada pelo ATPED)

12,30h–13,00h - Debate

Almoço Livre


2.º Painel

O Braille no presente e no futuro

Moderador - Professor Doutor Jorge Henriques
(Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia - Departamento de Engenharia Informática da UC )

14,30h–15,00h – “O Braille e as Tecnologias de Informação e Comunicação”

Dr. Jorge Fernandes (Responsável pela Unidade de Acesso da UMIC)

15,00h–15,30h – “A utilização do Braille na Vida Quotidiana”

Dr. José Guerra (Responsável pelo Serviço de Leitura para deficientes visuais da BMC)

15,30h–16,00h - “Núcleo para o Braille e Meios Complementares de Leitura”

Dr. Carlos Lopes (Presidente da Direcção nacional da ACAPO)

16,00h–16,30h – Debate

16,30h–17,00h – Sessão de Encerramento

Dr.ª Alexandra Pimenta - Directora do Instituto Nacional de Reabilitação

Professor Doutor Fernando Seabra Santos – Magnífico Reitor da UC

Dr. Mário Nunes - Vereador da Cultura da Câmara Municipal Coimbra

Dr. Carlos Lopes - Presidente da Direcção Nacional da ACAPO

Data: 21 de Outubro de 2009

Local: Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra

Participação gratuita mas sujeita a inscrição para os seguintes contactos:

 

Qualquer informação pode ser solicitada para: atped@dtp.uc.pt
239 857 000 (Ext. 391/395)

publicado por MJA  [ 22.Set.09 ]

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VideoGames ajudam deficientes visuais a 'mapear' mundo real

Globo


[Reuters] A realidade virtual pode permitir que usuários de videogames escapem do mundo real, mas um grupo de pesquisadores está utilizando seus recursos para ajudar os deficientes visuais a voltarem ao mundo real, navegando por lugares que realmente existem.

Pesquisadores da Universidade do Chile e da Harvard Medical School estão usando três jogos de computador baseados em som que permitem que jogadores naveguem por um labirinto, um sistema de metrô e edifícios reais, com base em indicações auditivas.

"O jogo funciona, essencialmente, pela interpretação de informações geradas por sons espectrais, tais como pegadas e batidas à porta", disse Lotfi B. Merabet, do Beth Israel Deaconess Medical Center e Harvard Medical School e co-autor de "AER Journal: Research and Practice in Visual Impairment and Blindness". 

"O jogador usa um teclado para se mover e interagir com o mundo virtual. Por meio de interação sequencial com um ambiente virtual em 3D, o usuário aprende a construir um mapa cognitivo espacial daquilo que o cerca", disse. O objetivo é desenvolver jogos com base em sons que ajudem crianças com deficiências visuais a desenvolver capacidades espaciais, cognitivas e sociais.

"Nos concentramos em desenvolver o software de jogo como ferramenta de reabilitação, de forma a permitir que usuários deficientes visuais avaliem edificações desconhecidas virtualmente antes de percorrê-las na vida real, e também conduzimos estudos com imagens de ressonância do cérebro para determinar de que maneira os cérebros de indivíduos com deficiência realizam essa tarefa", disse Merabet.

Há mais de 50 jogos baseados em sons disponíveis para os deficientes visuais, de acordo com Kelly Sapergia, que resenha jogos criados por e para esse público no programa de rádio "Main Menu", do American Council of the Blind. Segundo ela, as alternativas variam de fliperama a jogos do estilo "Space Invaders", passando por "GMA Tank Commander", um game que permite que o usuário dirija um tanque e dispare armas contra os inimigos.

http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1308540-6174,00.html

publicado por MJA  [ 22.Set.09 ]

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Nokia cria serviço de SMS para cegos

SOL

18 Setembro


A Nokia desenvolveu um novo serviço de SMS em Braille para pessoas com dificuldades visuais. A tecnologia destina-se aos telemóveis com ecrã táctil da fabricante.

Criado pelos Nokia Labs, o serviço consiste num leitor de SMS que consegue traduzir os textos escritos para Braille.

Dado que não é possível criar um texto em Braille directamente no ecrã do telemóvel, este serviço funciona através de vibrações que indicam ao utilizador qual é o carácter da mensagem.

Uma das diferenças em relação a outros serviços semelhantes, criados para outros dispositivos que lêem a mensagem em voz alta, é o facto de este ser silencioso, o que pode ser útil para manter a privacidade do SMS, caso esta seja inconveniente num determinado local.

 

A aplicação pode ser descarregada neste link.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=148281

publicado por MJA  [ 18.Set.09 ]

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Transportes mais acessíveis em Coimbra

Diário de Coimbra

16 Setembro


Vêm aí painéis para invisuais e novo sistema de bilhética

OS SMTUC preparam-se para lançar em breve mais duas novidades para facilitar a vida aos utentes. Depois de ter alargado para outras zonas da cidade – o mais recente foi instalado junto ao Hospital dos Covões – a instalação dos painéis com informação sobre o tempo de espera para cada um dos autocarros, os serviços querem agora apresentar painéis sonoros, que permitam dar a mesma informação a pessoas invisuais.

Está também nos projectos dos SMTUC fazer uma alteração do sistema de bilhética, introduzindo algumas valências novas, nomeadamente uma que permite ao utente, a qualquer momento, carregar o seu bilhete, ou perceber se ainda tem disponíveis viagens. «Trata-se do nosso futuro sistema de bilhética, que está a ser preparado», adiantou Manuel Oliveira, sem especificar quando é que entrará em funcionamento.

http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=3901&Itemid=135

publicado por MJA  [ 18.Set.09 ]

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ONCE estuda sistema de voto para
pessoas com deficiência da visão


No Boletim da União Europeia de Cegos deste mês vem publicado as conclusões de um estudo, realizado pela ONCE - Organização Nacional de Cegos Espanhóis - em 18 países europeus, sobre o sistema de voto para pessoas com deficiência da visão.

São, no essencial, 3, os modelos utilizados: voto por correspondência, voto por procuração e delegação do voto num amigo que o acompanha à urna de voto. Há, no entanto, um apelo forte ao voto independente e é crescente a utilização de uma matriz braille que pode ser sobreposta ao boletim de voto. Na Alemanha, é a própria Associação Nacional Representante das Pessoas com Deficiência da Visão que, por sua conta, produz e distribui as matrizes. Há outros países a seguirem-lhe o exemplo, como é o caso de Malta e Áustria. 

Fonte: Blog Acessibilidade Para Todos - 15/09/2009

por edinamarcorrea@ig.com.br

publicado por MJA  [ 16.Set.09 ]

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Núcleo de Braille avalia sistemas

9 Setembro 09

Diário de Notícias

O Governo acaba de constituir o Núcleo de Braille, que ficará sob a presidência do Instituto Nacional de Reabilitação, com a participação dos ministérios do Trabalho, da Educação, do Ensino Superior e da Cultura. O objectivo é acompanhar a aplicação do sistema de leitura e meios complementares para invisuais, promover a harmonização dos sistemas, dar pareceres, produzir investigação nesta área, avaliar e adaptar a simbologia braille face à evolução técnico-científica, devendo elaborar um relatório anual sobre a sua acção.

Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1356391

publicado por MJA  [ 13.Set.09 ]

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Concurso Escola Alerta

Instituto Nacional de Reabilitação


O concurso tem como objectivo sensibilizar as crianças e os jovens do Ensino Básico e do Ensino Secundário para as questões da deficiência, mobilizando-os para o combate à discriminação de que são alvo as pessoas com deficiências ou incapacidade, através da eliminação das barreiras urbanísticas, arquitectónicas, de informação e de comunicação que dificultam ou impedem a sua acessibilidade, participação e pleno gozo da cidadania.

À semelhança das edições anteriores, o Concurso Escola Alerta! privilegia:

- Uma vertente de compromisso para a acção, através da qual os alunos são estimulados a firmar cartas de compromisso/protocolos com agentes locais relevantes (tais como as autarquias, serviços de saúde, estabelecimentos comerciais, culturais e desportivos e outros), no sentido de reforçar a responsabilidade e o empenho dos mesmos relativamente à eliminação de barreiras e à participação das pessoas com deficiências ou incapacidade;

- Uma vertente de avaliação, traduzida na sensibilização dos alunos para a observação e o registo sistemáticos do impacto, na escola e/ou na comunidade, das propostas de solução preconizadas, comparando-as com a sua efectiva concretização.

Os mais novos poderão circunscrever o seu campo de acção à escola e espaço envolvente (o edifício, a sinalética, o material informático existente, a paragem do transporte público mais próxima, as lojas e outros estabelecimentos próximos) e apresentar as propostas de solução que julguem adequadas para cada situação.

Os mais velhos, jovens com maior autonomia, poderão fazer um levantamento acerca do quarteirão, da vila ou da aldeia onde habitam (a autarquia, a biblioteca, piscinas, as lojas, os centro de saúde, culturais e de desporto, etc.), dos transportes que utilizam (o autocarro, o eléctrico, o comboio, etc.) e das formas de informação e comunicação no caso de pessoas cegas ou surdas e apresentar as propostas de solução que julguem adequadas para cada situação (tecnologias de informação e comunicação, produtos e equipamentos de apoio, adaptações arquitectónicas, etc.).

Regulamento e ficha de inscrição:
http://www.inr.pt/content/1/825/escola-alerta

Fonte: CRTIC - Centro de Recursos TIC para a Educação Especial

publicado por MJA  [ 8.Set.09 ]

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Helen Keller International ganha
Prémio António Champalimaud de Visão 2009

04.09.2009

Público

Teresa Firmino


Chamam-lhe “pão de ouro” e é fácil perceber porquê. Tem uma cor alaranjada, como salta à vista assim que o padeiro tira a última fornada à frente dos clientes que se amontoam na padaria. Estão a comprar os novos pãezinhos, muito populares em Moçambique. “Este pão tem outro sabor. É diferente. Vou voltar a comprar o pão de ouro”, garante um deles.

O novo tipo de pão é uma das muitas expressões de uma revolução que começou em Moçambique há cerca de dez anos, entrou na vida das populações rurais e avançou para outros países africanos. A revolução laranja, como é chamada, envolveu a introdução de uma nova cultura agrícola em Moçambique — a batata-doce de polpa alaranjada. Nada tradicional naquele país, esta cultura tem-se revelado uma arma na luta contra a malnutrição e a prevenção da cegueira.

Esta batata-doce contém grandes quantidades de beta-caroteno, que o corpo humano depois converte em vitamina A e que é importante para a visão. Por ano, três milhões de crianças apresentam deficiências de vitamina A e, dessas, 500 mil ficam cegas. Nos países em desenvolvimento, a deficiência em vitamina A é mesmo a principal causa de cegueira que é perfeitamente evitável.

Uma forma de atacar o problema a curto prazo é distribuir cápsulas de suplementos de vitamina A às crianças. Em Moçambique, foi isso que o Ministério da Saúde começou a fazer em 1999, com a ajuda da Unicef e da Helen Keller International (HKI), organização fundada em 1915, com sede em Nova Iorque, que se dedica a combater a malnutrição e as doenças da visão.

Mas para cortar o mal pela raiz havia que introduzir uma mudança na alimentação das populações, para que comessem vitamina A em quantidades suficientes. Foi posta em marcha a operação da batata-doce de polpa alaranjada, no fim dos anos 90, para substituir a batata-doce de polpa branca, cultivada no país mas sem vitamina A.

A operação contou com vários parceiros, como o Centro Internacional da Batata, o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique ou a HKI. Primeiro, houve que escolher as variedades que se davam bem nos solos moçambicanos e que tivessem teores elevados de vitamina A. Depois, houve que promover a produção e o consumo desta batata, para que entrasse em força na vida de toda a gente.

Os agricultores tinham assim de começar a plantar esta batata. As populações tinham de ficar a saber como é rica em vitamina A e aprender a cozinhá-la, para a incluírem como novo alimento.

Onda laranja

A HKI desenvolveu então uma estratégia de comunicação, que passou por programas de rádio, teatro de rua e distribuição de t-shirts e bonés. A cor laranja apareceu por todo o lado, desde os sítios de venda da batata até a cartazes na rua (“para boa visão e saúde”, lê-se num deles).

Para saber como preparar comidas ricas em vitamina A, treinaram-se mulheres, que por sua vez treinaram outras mulheres (em 2008, 12 mil tinham recebido formação para melhorar a saúde nutritiva dos seus filhos). O trabalho da HKI passou ainda pela formação de trabalhadores agrícolas e a colaboração com escolas, onde se distribuíam as plantas.

E inventaram-se receitas novas. É o caso do pão de ouro. A equipa de Jan Low, do Centro Internacional da Batata (CIP), estudou a possibilidade de a batata-doce de polpa alaranjada substituir parte da farinha de trigo (quase sempre importada e cara) utilizada no fabrico do pão. A receita do pão de ouro substituiu 38 por cento da farinha de trigo por puré de batata-doce, refere um artigo no relatório anual de 2007 do CIP.

Fabricado inicialmente em padarias rurais no centro de Moçambique (Zambézia), passou depois a ser promovido noutras províncias, como Tete, Maputo e Gaza. A batata-doce alaranjada revelou-se fácil de cultivar, resistente à seca e com produções elevadas. Tornou-se moda.

“Os testes de sabor mostraram que as pessoas têm uma grande preferência pelo pão de ouro em detrimento do pão branco de farinha de trigo, por causa da sua textura mais pesada, melhor sabor e o seu atractivo aspecto dourado”, conta-se no artigo.

Esta história é relatada também no site da HKI e num documentário que ali se encontra (A Revolução Laranja), elaborado pelo Centro Internacional da Batata. É nele que se vê a padaria moçambicana com os pães de ouro ou os cartazes na rua.

Onze países africanos lançaram-se entretanto na luta contra a deficiência de vitamina A (como a Zâmbia, o Malawi, a Tanzânia ou o Quénia) através do cultivo e consumo de variedades de batata-doce de polpa alaranjada.

“Moçambique é especial para nós. Foi onde começou o projecto da batata-doce. Agora queremos reproduzi-lo noutros países”, conta-nos a presidente da HKI, Kathy Spahn, que prontamente comeu sobremesas de polpa alaranjada quando visitou aquele país. “Eram saborosas”, garante. “Uma das variedades tem duas vezes a dose de vitamina A recomendada por dia.”

O prémio

A história de sucesso da batata-doce alaranjada é um dos muitos projectos da HKI (em Portugal existe uma escola com o nome da activista política e palestrante norte-americana, mas nada tem a ver com aquela organização). Neste momento, a HKI combate a malnutrição e doenças de visão em 22 países, em parceria com 300 organizações não governamentais. Tem 560 funcionários espalhados pelo mundo e muitos voluntários, tantos que Kathy Spahn nem sabe dizer quantos no total. Só na Serra Leoa, os voluntários são mais de 30 mil. “Como os mantemos incentivados? Recebem uma t-shirt e um certificado a dizer que são voluntários. É muito pouco”, diz.

“Somos uma organização de assistência técnica. Uma boa parte dos fundos que recebemos vai para peritos e funcionários no terreno, que fornecem treino a organizações locais. Podem ser nutricionistas, especialistas da área da saúde, oftalmologistas. Estamos nos bastidores. O nosso grande sonho é deixarmos de ser necessários.”

Foi esse trabalho que a Fundação Champalimaud acabou de distinguir hoje, na terceira edição do Prémio António Champalimaud de Visão 2009, entregue no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

Este prémio “foi entregue como reconhecimento pelos notáveis resultados na prevenção e combate à cegueira nos países em vias de desenvolvimento, e em particular pelos avanços nas últimas décadas no controlo da deficiência de vitamina A – uma das principais causas de morte e cegueira infantil”, refere um comunicado da fundação.

Para Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, este prémio reconhece “um trabalho extraordinário que leva luz à sombra e esperança à resignação a milhões de pessoas em África, especialmente em Moçambique, e na Ásia”.

O que significa um milhão de euros, o valor do prémio, para a HKI? “Significa muito. É incrivelmente raro receber um fundo para ser gasto como quisermos, sem restrições”, responde Kathy Spahn.

Neste ano, a organização dispõe de 37 milhões de dólares (26 milhões de euros) para as suas actividades, dados por governos, fundações ou empresas, sem incluir por exemplo doações de medicamentos por empresas farmacêuticas.

Como vai usar-se o prémio? Kathy Spahn diz que nos seus planos está a continuação dos programas de distribuição de suplementos de vitamina A, hoje em curso em 18 países africanos e asiáticos e que abrangem 19 milhões de crianças.

“É relativamente fácil chegar a 80 por cento das crianças. Com este fundo, queremos fazer programas que ajudem a atingir os últimos 20 por cento.” Essas são principalmente as crianças com menos de seis meses. “Vivem em áreas remotas ou em bairros de lata”, explica Kathy Spahn. “Também queremos fazer com que os suplementos de vitamina A não sejam necessários. Uma maneira é treinar as mães a cultivar frutas e vegetais ricos em vitamina A.” Sinal disso é a cor alaranjada de papaias, cenouras ou mangas.

Entre outras iniciativas, a HKI está envolvida no tratamento do tracoma, a principal causa de cegueira infecciosa, que origina cicatrizes no interior das pálpebras, levando as pestanas a curvarem-se para dentro do olho e a arranharem a córnea. Nas fases iniciais, é tratável com antibióticos. A erradicação da cegueira dos rios, causada por parasitas, ou o tratamento das cataratas através de cirurgia são outros exemplos de iniciativas.

Mas há ameaças novas, lembra Kathy Spahn. Com a epidemia de obesidade, a diabetes não tem parado de aumentar e uma das suas complicações é o aumento da retinopatia diabética. No Bangladesh e na Indonésia, onde esta doença está a tornar-se uma ameaça, a HKI tem projectos-piloto.

Tratar grande parte dos casos de cegueira é sobretudo uma questão de recursos humanos e financeiros, frisa Kathy Spahn, que deixa a mensagem: “Oitenta por cento da cegueira é evitável ou tratável. Isto quer dizer que existem os conhecimentos para tratar estes casos.”

Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1399182&idCanal=13

publicado por MJA  [ 10.Set.09 ]

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Prémio Champalimaud de Visão 2007 e 2008

Champalimaud Foundation

O Prémio António Champalimaud de Visão tem por objectivo o reconhecimento de realizações científicas excepcionais que impliquem transformações na compreensão, diagnóstico, tratamento e/ou prevenção de doenças e distúrbios da visão. A sua atribuição alterna entre a valorização de descobertas científicas no campo da visão, num ano e, no ano seguinte, o reconhecimento de contribuições significativas para minimizar os efeitos das perturbações e perda de visão, especialmente nos países em desenvolvimento.

Um grupo de reputados cientistas, e um conjunto de notáveis figuras públicas, cujas vidas têm tido influência considerável no combate a problemas que afectam o mundo, especialmente relacionados com a busca de soluções para as carências dos países em desenvolvimento, constituem o júri responsável pela selecção das candidaturas ao Prémio.


2008 - Jeremy Nathans e King-Wai Yau

Em 2008 o Prémio de Visão António Champalimaud destina-se a reconhecer o mérito e a excelência na investigação científica. Os trabalhos de Jeremy Nathans e King Wai-Yau representam um enorme progresso no processo de compreensão dos mecanismos da visão. Jeremy Nathans descobriu o código genético dos pigmentos da visão humana, a sua forma de funcionamento e a o modo como as suas mutações provocam retinopatias. Por seu lado, King Wai-Yau mostrou como é que a absorção de luz por aqueles pigmentos gera impulsos eléctricos que permitem ver.


2007 – Aravind Eye Care System

Criado em 1976 com o objectivo de eliminar a cegueira desnecessária, Aravind é a maior e mais produtiva unidade de tratamento de doenças da visão do mundo e está sediada em Madurai, na Índia. Levando os seus serviços humanitários para as regiões rurais da Índia, as suas estratégias de combate à cegueira venceram distâncias e ultrapassaram barreiras de pobreza e ignorância, conseguindo criar um sistema auto-sustentado. De Abril de 2006 a Março de 2007 mais de 2,3 milhões de pacientes foram tratados e mais de 270.444 cirurgias foram realizadas. O Aravind Eye Care System inclui cinco hospitais, o centro de fabrico de produtos oftalmológicos, uma fundação internacional de investigação e um centro de treino que está a contribuir para revolucionar centenas de programas de tratamento de olhos no mundo em desenvolvimento.


Fonte: http://www.fchampalimaud.org/home/portuguese-summary/premio-de-visaeo/

publicado por MJA  [ 10.Set.09 ]

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Mais mil professores de Educação Especial em 2009/2010

Ana Henriques


Lisboa, 03 Set (Lusa) - O Ministério da Educação criou mais mil lugares nas escolas para professores de Educação Especial no ano lectivo que começa a 10 de Setembro, revelou à Lusa o secretário de Estado Valter Lemos.

A área da Educação Especial está a ser alvo de uma reforma e o decreto-lei que a enquadra esteve já a ser aplicado no ano lectivo transacto com resultados positivos, segundo o secretário de Estado da Educação.

Uma das medidas adoptadas no âmbito desta reforma é a aplicação da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) na sinalização de crianças com necessidades educativas especiais.

publicado por MJA  [ 8.Set.09 ]

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França cria praia para cegos

BBC Brasil

1/09/2009


A cidade de St. Jean de Luz, no sudoeste da França, criou uma praia que permite que os cegos nadem em segurança, graças a um sistema simples de rádio sem fio.

Boias com sensores de áudio colocadas a cada quinze metros no mar ajudam os cegos a se localizarem na água. Cada um deles usa no pulso um aparelho parecido com um cronômetro. Quando eles apertam o botão, os sensores dizem exatamente onde eles estão. E há um botão de emergência, caso haja algum problema.

Pascal Andiazabal é um frequentador do local e o diz que o problema para nadadores cegos, como ele, é perder o senso de direção na água. "Quando eu ouço as mensagens dos sensores dizendo perto de que boia eu estou, eu sei onde estou e não fico desorientado", diz Andiazabal.

O custo de instalar o sistema fica em cerca de 25 mil euros, mas o projeto ainda precisa de alguns ajustes.

"Isso aqui é uma baía com ondas e marés, e quando a maré está baixa, as boias com os sensores não ficam estáveis e isso precisa ser consertado", diz o vice-prefeito de St. Jean de Luz, Ferdinand Echave.

Praias preparadas para cegos estão sendo organizadas em várias partes do sul da França.

Vídeo BBC-Brasil aqui

publicado por MJA  [ 8.Set.09 ]

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TMN lança serviço comunicar.tmn Aladim
para pessoas com necessidades especiais

 28 de Agosto de 2009


Com o objectivo de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos com dificuldades ou incapacidades (desde que iguais ou superiores a 60%, a TMN acaba de lançar, com o apoio da Fundação PT, o serviço comunicar.tmn Aladim, um tarifário de grupo que contempla chamadas, SMS, MMS e vídeo-chamadas grátis para números com o mesmo tarifário ou com o tarifário Moche, incluindo 1500 SMS grátis, por dia, para outros números TMN.

Tratando-se de um tarifário pré-pago, o comunicar.tmn Aladim prevê uma mensalidade bastante competitiva, no valor de apenas 4,95 euros, em resultado do apoio aportado pela Fundação PT, que através da subsidiação em 50% do valor original da oferta, 9,90 euros, contribui para a expressiva redução do tarifário, tornando-o ainda mais convidativo.

Para aderir ao novo serviço tarifário da TMN, basta ir a um ponto de venda da rede de lojas PT e solicitar a alteração do tarifário actual para o comunicar.tmn Aladim, mediante a apresentação de documentação certificada. Para o esclarecimento de dúvidas, a TMN disponibiliza para além das lojas outros pontos de contacto com o cliente, caso do 1696 (a partir das redes TMN e PT Comunicações) e da Linha Directa Soluções Especiais PT, disponível através do 800206206 (em funcionamento nos dias úteis, das 9h00 às 19h00).

Programa Aladim – uma oferta integrada PT

De recordar que a PT, através da Fundação PT, disponibiliza um conjunto de ofertas especiais subsidiadas, compreendendo soluções tecnológicas e serviços à medida das pessoas com necessidades especiais. Assim, o comunicar.tmn Aladim insere-se num programa mais abrangente, disponibilizado pela PT, que visa promover e facilitar a integração social de pessoas com necessidades específicas de comunicação. No Programa Aladim da PT estão incluídos diferentes serviços móveis e fixos, tais como o ADSL.PT Aladim, o RDIS.PT Aladim e o SAPO Internet Móvel.PT Aladim.

Ao introduzir, com o comunicar.tmn Aladim, mais uma oferta inovadora no mercado das comunicações móveis em Portugal, a PT complementa a oferta já disponibilizada no âmbito do Programa Aladim e contribui uma vez mais para impulsionar a democratização da tecnologia, como forma de fazer abrir a todos os cidadãos, em condições competitivas, a possibilidade de estar em contacto com o Mundo.

Fonte: http://www.tmn.pt/portal/site/tmn/


publicado por MJA  [ 8.Set.09 ]

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Associação quer ver lei contra
discriminação regulamentada

SAPO


Lisboa, 28 Ago (Lusa) - A Associação Portuguesa de Deficientes (APD) quer regulamentar os conceitos da lei aprovada em 2006 contra a discriminação com base na deficiência, para evitar que processos jurídicos se percam numa multiplicidade de interpretações.

"O que queremos é que de facto as pessoas que se sintam discriminadas tenham um instrumento legal que possa suportar qualquer acção da sua parte para defesa dos seus direitos", declarou à Lusa o presidente da APD, Humberto Santos.

Numa mesa redonda organizada pela APD, num hotel em Lisboa, foi debatida a regulamentação da Lei 46/2006 e se esse seria realmente o melhor caminho para evitar que os processos que chegam a tribunal por queixas de discriminação com base na deficiência se vejam enredados, e muitas vezes se percam, nas diferentes possibilidades de interpretação dos conceitos consagrados na lei.

Fonte: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/10055137.html

publicado por MJA  [ 8.Set.09 ]

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Muçulmana deficiente visual tem cavalo-guia

Globo

28-07-09

Mona Ramouni viaja de ônibus, auxiliada por Cali, seu cavalo-guia, em Dearborn, no estado americano de Michigan.

Ramouni, de 28 anos, é deficiente visual e trabalha como revisora de textos em braile. Muçulmana, ela não pode usar um cão-guia, pois sua fé considera a saliva canina impura e seus pais não deixariam um cachorro entrar na casa da família. Então, ela 'adotou' um cavalo miniatura como condutor.

publicado por MJA  [ 29.Jul.09 ]

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Introdução de boletins de voto em Braille
defendida por todas as bancadas


Lisboa, 22 Jul (Lusa) -- O Parlamento apoiou hoje de forma unânime a introdução de boletins de voto em Braille, com a oposição a lamentar que os socialistas nada tenham feito nos últimos quatro anos para resolver a questão.

"Em quatro anos e meio de governação socialista é absolutamente incompreensível que o PS não tenha tomado nenhuma medida", afirmou a deputada do BE Mariana Aiveca, durante a discussão de uma petição no plenário da Assembleia da República para a introdução de boletins de voto em Braille e de um projecto de resolução socialista sobre a mesma matéria.

Pelo PCP, o deputado do PCP António Filipe admitiu também nada ter contra o projecto dos socialistas, mas lamentou que "nada acrescente".

"É uma matéria consensual nesta câmara", resumiu o deputado do CDS-PP Altino Bessa, sublinhando a necessidade de "agir e actuar" e deixando também críticas ao PS por só "tardiamente ter relembrado esta questão".

Acompanhando as preocupações e a linha apontada pelos socialistas, o deputado do PSD Luís Montenegro disse que o seu partido se irá envolver na procura de soluções.

"Não é fácil encontrar as melhores soluções", admitiu por outro lado a deputada do PS Esmeralda Ramires, defendendo a necessidade de identificar os problemas que afectam os invisuais, os deficientes motores e os portadores de nanismo ou gigantismo no acesso às assembleias de voto.

O deputado do partido ecologista Os Verdes Francisco Madeira Lopes alertou ainda para o cuidado que as autarquias devem ter na escolha dos locais onde são instaladas as mesas de voto.

A petição que foi esta manhã discutida no plenário da Assembleia da República foi assinada por 4 259 pessoas e apela ainda à existência de propaganda eleitoral em Braille para os indivíduos cegos ou com dificuldades de visão, além de melhores facilidades de acesso aos locais de voto.

Nas eleições europeias de 07 de Junho foram utilizados pela primeira vez facsimiles em Braille dos boletins de voto.

VAM.

Lusa/fim

Fonte: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=
view&fokey=ex.stories/527239

publicado por MJA  [ 26.Jul.09 ]

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Rota do Românico vai melhorar acessibilidade
a igrejas e mosteiros do Vale do Sousa

A Verdade
Jornal de Marco de Canaveses

2009.07.20

 Vitor Almeida

(Lusa) - Os seis municípios do Vale do Sousa vão avançar com um Plano de Promoção da Acessibilidade aos 26 monumentos românicos da região, disse hoje à Lusa o presidente da Comunidade Urbana do Tâmega e Sousa, Alberto Santos.

“Queremos ser a primeira região do país com uma rota de monumentos reconhecida internacionalmente pela sua boa acessibilidade”, afirmou o autarca.

Alberto Santos, que falava numa conferência de imprensa promovida hoje na Igreja Românica de Vila Verde,em Felgueiras, explicou que vai ser realizado até ao final do ano um levantamento das necessidades para se melhorar a acessibilidade dos diferentes monumentos, entre os quais mosteiros, igrejas e pontes.

A ideia é fazer pequenas intervenções, como colocação de rampas e alteração das quotas de soleiras, para facilitar o acesso às pessoas como mobilidade reduzida, incluindo idosos, crianças e grávidas.

Alberto Santos lembrou que os idosos são os que mais visitam este tipo de monumentos, justificando-se, por isso, criar condições para facilitar o acesso pedonal.

“Ao longo dos últimos 10 anos foram intervencionados quase todos os monumentos do românico no Vale do Sousa, recuperando muito do que estava degradado. Agora queremos passar para a fase seguinte, fazendo melhoramentos pontuais, mas que serão muito importantes para atrair mais gente ao nosso património românico”, afirmou o autarca de Penafiel.

Para tal - acrescenta o edil - foi criada uma equipa multidisciplinar para fazer um trabalho tão rigoroso quanto possível, no sentido de se encontrar as melhores soluções técnicas e arquitectónicas “que não ponham em causa a natureza de monumentos nacionais com centenas de anos de existência”. Este trabalho vai decorrer até ao final de 2009, seguindo-se a realização das obras, o que deverá ocorrer no âmbito de candidaturas a apresentar à União Europeia.

Em paralelo, já está a decorrer, também no quadro deste Plano de Promoção de Acessibilidade, outro conjunto de acções que visam facilitar a acessibilidade à página na Internet da Rota do Românico, incluindo a sua sonorização. A brochura oficial da rota vai também ser disponibilizada em escrita adequada a invisuais (Braille), enquanto que o vídeo oficial também será legendado e dotado de linguagem gestual.

Alberto Santos acredita que a melhoria das acessibilidades aos monumentos e a meios de promoção e divulgação da Rota do Românico vai atrair mais pessoas, ajudando a dinamizar o turismo da região. O autarca deu alguns exemplos, nomeadamente a cidade espanhola de Palencia, onde graças às melhorias da acessibilidade aumentou significativamente o número de visitantes.

Os 26 monumentos que integram a Rota do Românico do Vale do Sousa, espalhados pelos concelhos de Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Penafiel, Paredes e Castelo de Paiva, são visitados todos os anos por milhares de pessoas em grupo organizados ou de forma espontânea. Também muitas escolas da região têm promovido visitas, envolvendo muitas centenas de alunos

in LER PARA VER

Fonte: http://www.averdade.com/?mCAT=5&aID=3945


publicado por MJA  [ 26.Jul.09 ]

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EXPOSIÇÃO “O Braille em Portugal”
[integrada nas comemorações do Bicentenário do
Nascimento de Louis Braille]

De 4 a 13 de Julho de 2009
na Casa Municipal da Cultura de Coimbra

Exposição itinerante, promovida pela Biblioteca Nacional, a que se associa a Biblioteca Municipal de Coimbra (através da Secção Braille, e que consiste numa mostra de materiais de apoio à escrita e leitura Braille, produzidos nos últimos cem anos.

A mostra contempla um núcleo dedicado aos seguidores de Louis Braille em Portugal (com destaque para o filantropo e tiflo-pedagogo José Cândido Branco Rodrigues) apresentando desde os instrumentos de aprendizagem, leitura e impressão do Braille aos jogos e outros materiais didácticos.

A edição do catálogo “O Braille em Portugal”, com artigos específicos sobre a história da Tiflologia (tratado acerca da instrução intelectual e profissional dos cegos), servirá de memória e homenagem a beneméritos, voluntários e profissionais, empenhados no esforçado percurso da acessibilidade dos deficientes visuais à educação e à cultura, tendo por objectivo alcançar a plena cidadania.

Casa Municipal da Cultura - Tel. 239 702 630 / Fax 239 702 496

HORÁRIO
Segunda a Sexta: 9h00 - 19h30
Sábado: 13h30 - 19h00
Encerra Domingo e feriados

publicado por MJA  [ 5.Jul.09 ]

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RTP, SIC e TVI reforçam emissão para deficientes

SOL

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/

30 Junho 2009

RTP, SIC e TVI terão, a partir de 1 de Julho, uma hora e meia de programas com áudio-descrição, medida imposta pela Entidade Reguladora dos media para permitir o acompanhamento das emissões por deficientes

O plano plurianual da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que define um conjunto de obrigações que permitam o acompanhamento das emissões por pessoas com necessidades especiais, entra em vigor esta quarta-feira e está segmentado em dois períodos: de 1 de Julho de 2009 a 31 de Dezembro de 2010 e de 1 de Janeiro de 2011 a 31 de Dezembro de 2012.

Numa primeira fase, os canais generalistas de acesso livre devem garantir, entre as 8h e as 2h, oito horas semanais de programas de ficção ou documentários com legendagem destinada a pessoas com deficiência auditiva.

A garantia de três horas por semana de programas de informação com interpretação em linguagem gestual e a interpretação integral, com periodicidade semanal, de um noticiários da noite, é outra das obrigações a que os canais estão sujeitos.

As três televisões devem ainda assegurar uma hora e meia de programas de ficção ou documentários com áudio-descrição.

Os canais têm também de garantir a locução em português de peças inseridas nos noticiários que contenham excertos falados em línguas estrangeiras.

Além das obrigações fixadas pela ERC, os canais que difundam mensagens do Presidente da República, do primeiro-ministro e do Presidente da Assembleia da República, bem como comunicações da Protecção Civil, devem assegurar legendagem e interpretação por língua gestual das mesmas.

A RTP tem ainda obrigações reforçadas pelo contrato de concessão do serviço público de televisão.

O plano prevê também obrigações para os canais de informação em televisão por subscrição, obrigando a SIC Notícias, a RTPN e a TVI24 a emitir, entre as 19h e a meia-noite, duas horas por semana de programas de informação com tradução em linguagem gestual, incluindo, um noticiário por semana.

Para a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), parceira da ERC na elaboração do documento, o plano é «bastante insuficiente, apesar de melhorado».

Apesar de considerar que o «plano é bom para os deficientes auditivos», a vice-presidente da ACAPO, Mariana Rocha, admitiu à Lusa que o projecto é «muito fraco para os deficientes visuais».

«As boxes [caixas descodificadoras para a televisão por cabo]para aceder a canais pagos são inacessíveis a deficientes visuais. Podemos ter programas acessíveis, mas não conseguimos aceder aos canais», lembrou Mariana Rocha, defendendo que «a acessibilidade não se limita aos programas de televisão, mas também às boxes e aos telecomandos. Não conseguimos aceder aos menus. Carregamos nos botões, mas não sabemos o que acontece nos ecrãs», explicou.

Em Fevereiro, a associação pronunciou-se desfavoravelmente em relação a uma primeira versão do documento, «que propunha uma hora de áudio-descrição e não previa locução em português, só aconselhava».

Todas estas obrigações terão de ser reforçadas pelas estações de acesso livre a partir de 1 de Janeiro de 2011, altura em que é dado início à segunda fase do plano.

Lusa / SOL

Fonte: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=140156

publicado por MJA  [ 5.Jul.09 ]

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BANIF disponibiliza primeiro site português para invisuais

Diário Digital


O BANIF apresentou esta quarta-feira, em Lisboa, a primeira página portuguesa na Internet que permite aos invisuais aceder a todo o conteúdo do site, podendo obter conhecimento pormenorizado de todos os produtos do banco.

Entrando em http://www.banif.pt, os invisuais são, a partir de hoje, conduzidos pelos diversos separadores do site por uma voz que lê as informações disponíveis.

"Esta funcionalidade permite aos nossos clientes cegos terem acesso ao nosso site, através de um sistema que é muito simples, afirmou à Lusa Marques dos Santos, presidente da Comissão Executiva do BANIF.

Ao aceder ao site, o utilizador pode escutar uma mensagem áudio de boas-vindas e uma breve explicação de como usar a funcionalidade Text-to-Speech. Depois usa-se a combinação «Alt+1» no teclado e, a partir daí, os comandos são introduzidos com apenas três teclas: «seta esquerda», «seta direita» e «barra de espaço».

Por questões de segurança, o site não permite que o utilizador efectue qualquer tipo de operação.

Desenvolvida em colaboração com a Associação Promotora do Ensino dos Cegos (APEC), esta iniciativa insere-se no Programa de Responsabilidade Social do grupo BANIF e "contribui para a redução da infoexclusão", acrescentou Marques dos Santos.

Para Vítor Graça, assessor de direcção da APEC, esta iniciativa "é uma mais-valia para os cegos porque deixam de ter necessidade de estar dependentes de alguém" para aceder à informação.

Fonte: Diário Digital / Lusa

publicado por MJA  [ 25.Jun.09 ]

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Magalhães pode fazer rastreio visual das crianças

Margarida Gomes

Público
22 Junho 09

A  existência,  no  básico  e  secundário, de
uma plataforma computacional  homogénea
pode ajudar a combater um problema grave

O que é que o computador Magalhães pode fazer pelas crianças com doenças invisíveis como a ambliopia (síndrome do olho preguiçoso), por exemplo? Mais do que imagina.

Um grupo de engenheiros biomédicos e médicos oftalmologistas ligados à empresa tecnológica Blueworks, especializada na área da oftalmologia, está a desenvolver um software didáctico para ser aplicado ao Magalhães, permitindo o rastreio visual a todas as crianças em idade escolar.

O pai da ideia é o médico de Coimbra António Travassos, que preside à Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) e foi desenvolvida na empresa, da qual é um dos fundadores. A investigação partiu da cruel realidade dos números. "Todos os anos cerca de cinco mil crianças perdem entre 10 e 70 por cento da sua visão", um problema, dizem os especialistas, que "está a ser descurado em detrimento de outros, como a cirurgia das cataratas".

Atento à realidade de que as doenças como a ambliopia, que podem não ter sintomas, mas que têm de ser tratadas com urgência, porque depois são irreversíveis, e tendo em conta que todas as crianças do ensino básico e secundário têm uma plataforma computacional homogénea disponível, os investigadores lançaram-se na criação de um software que funciona essencialmente como um jogo onde vão aparecendo figuras com combinações diferentes.

A filosofia, segundo explicou ao PÚBLICO um dos engenheiros biomédicos que está a desenvolver o projecto, Paulo Barbeiro, consiste na existência de um jogo que, quando a dimensão do objecto vai mudando, permite fazer a avaliação da acuidade visual das crianças. Este processo é feito primeiro num olho e repetido depois no outro.

O presidente da SPO considera que "o facto de termos em todas as escolas um computador com características de ecrã uniformes é uma oportunidade de ouro para lançar uma campanha de rastreio visual de muito baixo custo, mas cujo impacto na saúde infantil é muito elevado".

Informação fidedigna
Entusiasmado com o desafio, Paulo Barbeiro realça a vantagem de haver um equipamento standard. "Todos os estímulos têm de estar calibrados para a dimensão e para o brilho dos vários monitores e o facto de o Magalhães ter o mesmo hardware para todas as crianças permite-nos criar um software em que nós recebemos a informação fidedigna", faz notar. A informação é depois "enviada de uma forma encriptada para o sistema central onde depois é analisada".

Paulo Barbeiro revela que o projecto está "numa fase adiantada de desenvolvimento", mas não está ainda concluído. "Mas, se tivéssemos hoje o ok do Ministério da Saúde para avançar, em dois ou três meses conseguíamos ter tudo distribuído em todos os computadores", assegura.

Michael Bach, professor universitário, que preside à Sociedade Internacional de Elecrofisiologia da Visão, e que é considerado com um dos grandes especialistas nesta área específica de testes electrónicos, está a colaborar no âmbito académico deste projecto inovador. E o que faz dele um projecto sigular não é o facto de os dispositivos que avaliam a acuidade visual serem electrónicos, "mas sim a utilização de uma plataforma computacional homogénea distribuída a todos os alunos, aplicando-a uma iniciativa concertada de saúde pública", revela o engenheiro biomédico.

Projecto pronto
Já o presidente da SPO prefere realçar o facto de este projecto possibilitar (através do Magalhães) uma distribuição online da ferramenta, possibilitando a existência de acções concertadas de rastreio de saúde visual a toda a população escolar, "com vantagens óbvias na detecção precoce de algumas patologias que quando tratadas adequada e atempadamente permitem que haja uma recuperação da função visual".

A equipa que está a operacionalizar o programa já teve contactos com os responsáveis pelo Plano Tecnológico da Educação (composto por três eixos de actuação: tecnologia, conteúdos e formação), mas as negociações encontram-se, aparentemente, num impasse, o que, de alguma maneira, pode comprometer o arranque do projecto no início do próximo ano lectivo.

O projecto foi apresentado como uma solução economicamente "muito eficaz" para o controlo da saúde ocular das crianças portuguesas. "O computador Magalhães é um veículo de excepcional qualidade, representando uma oportunidade de ouro para lançar uma campanha de rastreio visual", defende o presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. António Travassos salienta que o projecto vai ao encontro das orientações estratégicas 2004-2010 do Plano Nacional de Saúde.

O relatório do Ministério da Saúde (MS) a que alude refere que "a prevenção primária e a redução de risco, o rastreio e a detecção precoce, anteriores à manifestação dos primeiros sintomas (...), constituem as medidas eficazes e determinantes na redução das taxas de incidência e morbilidade das doenças da visão". Os números revelados pelo MS indicam, entre outros dados, que "cerca de um terço de todas as novas cegueiras poderiam ser evitadas, se as pessoas tivessem acesso atempado à tecnologia oftalmológica existente no país" e que "20 por cento das crianças e metade da população adulta portuguesa sofrem de erros de refracção; mais de 5.000.000 de pessoas usam óculos ou beneficiariam com o seu uso".

Convicto de que o Governo não deixará escapar esta oportunidade de efectuar um "rastreio visual exaustivo, único na Europa, por um custo que é uma fracção de uma campanha tradicional de rastreio", o médico oftalmologista revela que a Blueworks já foi contactada por outras entidades que se mostraram interessadas no projecto.

Os investigadores dizem que todos os anos cerca de cinco mil crianças perdem entre 10 e 70 por cento da visão


Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/magoo/noticias.asp?a=2009&m=06&d=22&uid=&id=311055&sid=59240

publicado por MJA  [ 22.Jun.09 ]

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Ex-atleta paralímpico retido em Paris

21-06-2009

Destak/Lusa

O ex-atleta paralímpico Carlos Lopes está retido em Paris por lhe ter sido vedado o acesso a um avião com destino a Lisboa porque o seu cão-guia não possuía açaime. «Estou retido em Paris com a minha esposa porque um comandante da TAP resolveu que o meu cão-guia não podia entrar no avião sem açaime», relatou, visivelmente indignado, o presidente da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).

Carlos Lopes garantiu já ter viajado várias vezes de avião, «inclusive na TAP», na companhia da cadela Gucci, que o acompanha há cerca de seis anos, sem nunca lhe ter sido levantado qualquer problema.

«Esta situação é completamente inimaginável. Há muito que viajo com a cadela e nunca tal me aconteceu», disse o também vice-presidente do Comité Paralímpico Português. «É um completo disparate que está a causar-me transtornos imensos», acrescentou.

Contactada pela Lusa, fonte da TAP lamentou a situação e garantiu terem já sido tomadas medidas para corrigir o sucedido. O voo em que Carlos Lopes deveria ter embarcado era o último do dia a fazer a ligação Lisboa-Paris. A TAP garantiu que o ex-atleta irá viajar no primeiro voo de segunda-feira e que está já a ser instalado num hotel da cidade francesa.

No entanto, Carlos Lopes promete tomar medidas quanto ao sucedido, por terem sido violadas leis nacionais e da aviação civil.

Um outra companhia aérea (Iberia) disponibilizou-se para transportar Carlos Lopes, mas este recusou-se por considerar que iria estar a «abrir um precedente». «A TAP não está acima da lei. O mais fácil seria optar por uma outra empresa, mas não é o que devo fazer», afirmou.

O jurista e presidente do Conselho Fiscal e de Jurisdição da ACAPO, José Guerra, aconselhou o ex-atleta a apresentar queixa na polícia.

De acordo com o jurista, contactado pela Lusa, o comandante da TAP violou o decreto-lei 74/2007 da lei dos cães de assistência [cães-guia para cegos e também cães que prestam assistência a surdos e a deficientes motores].

A legislação define que «o cão de assistência quando acompanhado por pessoa com deficiência ou treinador habilitado pode aceder a locais, transportes e estabelecimentos de acesso público, designadamente: Transportes públicos, nomeadamente aeronaves das transportadoras aéreas nacionais, barcos, comboios, autocarros, carros eléctricos, metropolitano e táxis» [artigo 2.º].

O artigo terceiro acrescenta que «os cães de assistência são dispensados do uso de açaimo funcional quando circulem na via ou lugar público».

O jurista refere ainda que o comandante violou o decreto-lei 241/2008 que tem por base «o princípio de que o mercado único dos serviços aéreos deve beneficiar todos os cidadãos, sem qualquer excepção».

Segundo o decreto-lei, constitui uma contra-ordenação muito grave: «a falta de autorização, por parte da transportadora aérea, do seu agente ou do operador turístico, de assistência, quando for solicitada, de um cão auxiliar».

publicado por MJA  [21.Jun.09 ]

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Escola ajuda invisuais a concluir os seus estudos

Cristina Santos

FÁTIMA MISSIONÁRIA

19-06-2009

CABO VERDE - Já há mais de trinta anos que a instituição fornece apoio à educação dos cegos. Actualmente, enfrenta algumas dificuldades e conta com a ajuda da população

A cidade de São Filipe, na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, tem a funcionar desde 1977 uma Escola para os cegos, no Centro Nacional de Reabilitação dos Deficientes. Actualmente enfrenta algumas dificuldades, nomeadamente na aquisição de material escolar adequado aos deficientes visuais. A instituição conta com a solidariedade do povo cabo-verdiano, no desenvolvimento da sua actividade.

O presidente da Associação dos Deficientes de Cabo Verde lamenta que o Braille, sistema de leitura para os cegos, seja pouco divulgado no país. Defende a obrigatoriedade de se aceitar as crianças invisuais nas escolas cabo-verdianas, no âmbito do programa ‘Ensino para Todos’. O objectivo é que as crianças cegas tenham um tratamento igual ao dos outros meninos e meninas, avança a agência INFORPRESS.

Em Cabo Verde, existem 50 invisuais no sistema educativo. Quatro são finalistas do ensino secundário e três do ensino superior. A escola acolhe 20 alunos, embora haja muitos mais invisuais com desejo de continuarem os estudos. A 26 de Junho a instituição festeja 32 anos.

publicado por MJA  [19.Jun.09 ]

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Concerto a favor da ACAPO

Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal

 

17 de Junho 2009 às 18h00

Heróis da Música - Virgílio Caseiro, maestro

Coro Municipal Carlos Seixas - João Santos, maestro

 

Pavilhão Centro de Portugal - Parque Verde do Mondego - Coimbra

Iniciativa do Lions – Coimbra (INGRESSO: 10,00€)

publicado por MJA  [16.Jun.09 ]

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Eleições: Boletins de voto em braille vão ser
distribuídos nas eleições europeias

Expresso


Lisboa, 01 Jun (Lusa) - Boletins de voto em braille vão ser distribuídos, pela primeira vez, nas eleições europeias em várias assembleias de voto, anunciou hoje o Ministério da Administração Interna.

Numa resposta enviada à Agência Lusa, após a Associação Portuguesa de Deficientes ter denunciado que o direito ao voto dos deficientes "não está garantido", o gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Magalhães, refere que em colaboração com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) foram produzidos, pela primeira vez, "fac-similes de boletins de voto em braille que serão distribuídos pelas várias assembleias de voto".

A Associação Portuguesa de Deficientes refere que "muitas pessoas com mobilidade condicionada não poderão exercer o seu direito de voto, porque não estão asseguradas condições para esse exercício".

Segundo a associação, o Estado "não garante" a acessibilidade física aos locais de voto às pessoas com deficiência motora e o acesso ao sistema de votação aos deficientes visuais.

De acordo com o gabinete de José Magalhães, a Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI) estabeleceu contactos com as associações com vista a "preparar e desenvolver um conjunto de acções que visam assegurar melhores condições para o exercício do direito de voto de pessoas com necessidades especiais", nomeadamente a necessidade de se encontrarem edifícios com "boas acessibilidades para o exercício de voto dos deficientes".

Na nota, o gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna salienta que a Comissão Nacional de Eleições tem feito apelo idêntico para que se consiga instalar as assembleias de voto em locais com acessibilidade para pessoas com capacidade reduzida, além dos "Guias Práticos dos Processos Eleitorais" destacarem esta matéria junto de quem tem competência para fixar os locais de voto.

O gabinete de José Magalhães diz ainda que ao longo dos últimos anos foi possível que muitas assembleias de voto passassem para pisos térreos e instalassem, nalguns casos, rampas amovíveis de acesso para cadeiras de rodas.

CMP.

Lusa/Fim

publicado por MJA  [1.Jun.09 ]

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Seminário “Para que serve o Braille nos dias de hoje”

 

LOCAL: Auditório da Biblioteca Almeida Garrett no Porto

DATA: 19 de Junho de 2009

OBJECTIVOS:
- Debater a importância do Braille na vida das pessoas com deficiência visual;
- Apresentar as potencialidades da aplicação do Braille;
- Dar conta do enquadramento legal da rotulagem braille.

DESTINATÁRIOS: Todos os profissionais dos serviços de educação, alunos, empresas públicas e privadas, público em geral

PROGRAMA:

1.º Painel:
Como tudo começou…
Vida e Obra de Louis Braille
Sociedade da Informação e o Braille: um paralelo necessário

2.º Painel:
O dia a dia de uma pessoa com deficiência visual
O Braille no percurso escolar
A importância do Braille na vida de um cego tardio

3.ª Painel:
Melhoria da Qualidade de Vida e Promoção da Autonomia dos Cidadãos com Deficiência Visual
O Braille na Reabilitação das Pessoas Cegas
Apresentação do Serviço + Acesso da Biblioteca Municipal Almeida Garrett

4.ª Painel:
Qualidade e Segurança
Menções obrigatórias e recomendadas na rotulagem Braille e suas aplicações
Promoção da Acessibilidade de Informação
Boas práticas / Casos de Sucesso
Testemunho na Aplicação da Lei n.º 33 /2008
Cartonagem nos Medicamentos
Acesso à informação escrita: O exemplo da Fundação PT, Braille nas paragens dos STCP

INSCRIÇÕES: inscricao@acapo.pt

Para mais esclarecimentos, contactar:
Susana Venâncio - tel. 213244500

publicado por MJA  [1.Jun.09 ]

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Workshop de interpretação sensorial
- Vamos Viver o Património -


Datas e Locais:
Faro - 3 de Junho no Museu Municipal de Faro;
Braga - 18 de Junho no Museu D. Diogo de Sousa;
Lisboa - 23 de Junho no Museu Nacional de Azulejo;
Porto - 30 de Junho no Museu do Papel-Moeda.

Horário: 10h00-17h30

Uma das razões é porque temos cinco sentidos mas um museu normalmente apela a apenas um deles: a visão. Os outros ficam "dormentes" enquanto exploramos o património… Há museus que já reparam nisso e outros que já ultrapassaram o problema.

A ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal - gostaria de juntar profissionais que se interessam pela interpretação sensorial numa série de workshops a realizar ao longo do país. De uma maneira prática e participativa, pretende-se analisar o potencial para criar vivências aos visitantes, respeitando a missão dos museus.

Informações e Inscrições: ACAPO / petercolwell@acapo.pt

Fonte: LERPARAVER

publicado por MJA  [1.Jun.09 ]

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PS quer permitir que inválidos
acumulem pensão com trabalho

Cristina Oliveira Silva

28/05/2009


O PS quer alterar as regras que permitem a acumulação de rendimentos com a pensão social de invalidez, permitindo que os seus beneficiários possam receber um salário sem que isso determine a perda da prestação. Para isso, prevê que o tecto de rendimentos que permite acesso à pensão social possa aumentar significativamente.

Actualmente, a pensão social por invalidez - atribuída, no âmbito do regime não contributivo, a 47.617 beneficiários (em Abril) - só chega aos trabalhadores com deficiência que não tenham rendimentos brutos superiores a 30% do Indexante dos Apoios Sociais, ou seja, que não ganhem (este ano) mais de 125,8 euros. No caso de casal, o limite de rendimentos é 50% do IAS (menos de 210 euros). Mas a pensão social tem um valor superior (187,18 euros). Na prática, esta limitação de rendimentos acaba por ser entrave ao retorno ao mercado de trabalho, diz o PS.

Assim, 12 deputados socialistas já avançaram com um projecto de lei que pretende alargar o tecto de rendimentos para o dobro do IAS. Este ano, isso significaria limitar as pensões sociais a pessoas com rendimentos até 838,44 euros. De acordo com a deputada socialista Teresa Venda, que subscreveu o projecto de lei, a intenção é associar este valor a rendimentos de trabalho sugerindo que esta filosofia ainda poderá ser particularizada no projecto. De acordo com o documento a que o Diário Económico teve acesso, o diploma prevê a sua entrada em vigor com a lei do Orçamento do Estado para 2010.

A medida vai abranger 50 mil deficientes que poderão receber salários até 838 euros.


in Verdadeiro Olhar - blog de Sérgio Gonçalves

Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/ps-quer-permitir-que-invalidos-acumule...

publicado por MJA  [1.Jun.09 ]

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A ERC define obrigações das emissões
para pessoas com necessidades especiais

6 Maio 2009


O Conselho Regulador da ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação aprovou, após audição dos operadores de televisão e das associações representativas das pessoas com deficiência, um plano plurianual de obrigações que permitem o acompanhamento das emissões por pessoas com necessidades especiais, nomeadamente através do recurso à legendagem, à interpretação por meio de língua gestual, à áudio-descrição ou a outras técnicas que se revelem adequadas.

O plano plurianual, correspondente ao período de 1 de Julho de 2009 a 31 de Dezembro de 2012 e segmentado em dois períodos temporais distintos, prevê o seu cumprimento gradual, atendendo às condições técnicas e de mercado em cada momento.

Os serviços de programas generalistas de acesso não condicionado livre deverão garantir, no horário compreendido entre as 8h00 e as 02h00, oito horas semanais de programas de ficção ou documentários com legendagem especificamente destinada a pessoas com deficiência auditiva, recorrendo, para o efeito, a qualquer meio técnico ao seu alcance. Deverão ainda garantir três horas semanais de programas de natureza informativa, educativa, cultural, recreativa ou religiosa com interpretação por meio de língua gestual portuguesa, incluindo, com periodicidade semanal, a interpretação integral de um dos serviços noticiosos do período nocturno, bem como uma hora e trinta minutos semanais de programas de ficção ou documentários com áudio-descrição.

Quanto aos serviços de programas temáticos informativos de acesso não condicionado com assinatura, deverão garantir, no horário compreendido entre as 19h00 e as 00h00, duas horas semanais de programas de natureza informativa com interpretação por meio de língua gestual portuguesa, incluindo, com periodicidade semanal, a interpretação integral de um dos serviços noticiosos.

Já os serviços de programas generalistas de acesso não condicionado livre e temáticos informativos de acesso não condicionado com assinatura de âmbito nacional deverão, no período em referência, duplicar os valores das obrigações fixadas para o período compreendido entre 1 de Julho de 2009 e 31 de Dezembro de 2011.

No operador de serviço público, os serviços de programas generalistas de âmbito nacional, além de outros instrumentos a que se encontrem vinculados, designadamente acordos de auto-regulação ou de co-regulação, deverão atender, quanto a esta matéria, às metas fixadas no Contrato de Concessão do Serviço Público de Televisão, devendo também antecipar em pelo menos um ano as condições definidas para os serviços de programas disponibilizados pelos operadores privados. Devem ainda difundir programas especificamente direccionados aos públicos com necessidades especiais, que não deverão ser emitidos em períodos de audiência reduzida.

Os serviços de programas generalistas de acesso não condicionado livre que procedam à difusão de mensagens do Presidente da República, do Presidente da Assembleia da República e do Primeiro-Ministro, assim como à divulgação de comunicações dos serviços de protecção civil, deverão assegurar a acessibilidade das mesmas às pessoas com dificuldades auditivas, através de legendagem e interpretação por meio de língua gestual portuguesa, assim como a disponibilização em linha dos respectivos conteúdos às pessoas cegas e com baixa visão.

O Conselho Regulador recomenda ainda aos operadores de televisão que prossigam esforços tendentes à adopção de novas técnicas susceptíveis de permitir o acompanhamento das emissões por pessoas com necessidades especiais, particularmente aquelas que são proporcionadas pelos avanços tecnológicos e pelo aproveitamento da capacidade das plataformas digitais, tendo em conta a necessidade de satisfazer o aumento progressivo das exigências quanto a esta matéria.

A ERC irá proceder à divulgação periódica dos resultados da execução do presente Plano Plurianual, bem como à apreciação desses mesmos resultados, assim como da sua evolução. O Conselho Regulador poderá rever, até 30 de Novembro de 2010, e com produção de efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2011, o conjunto das obrigações fixadas no presente Plano Plurianual, ponderando a evolução das condições técnicas e de mercado verificadas durante o seu período de validade.

Disponível para consulta: Deliberação 5/OUT-TV/2009
(na qual o Conselho aprova o referido Plano Plurianual)

Fonte: http://www.erc.pt/index.php?op=vernoticia&nome=
noticias_tl&id=256

publicado por MJA  [1.Jun.09 ]

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Empresas só integraram sete deficientes ao
abrigo de protocolos assinados em 2008

Jornal Negócios


Apenas sete pessoas com deficiência realizaram estágios profissionais ou foram contratadas até agora após protocolos assinados em 2008 entre o Governo e 17 empresas, no âmbito de um plano de acção nacional com metas a atingir até final deste ano.

O relatório do I Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou incapacidades (PAIPDI) para o período 2006-2009, ontem conhecido, indica que, até ao momento, estes protocolos permitiram apenas a integração de sete pessoas com deficiência: quatro em estágio profissional e três a contrato.

O Governo, pela voz da secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, que apresentou o relatório em Matosinhos numa sessão pública, diz que a política de emprego para as pessoas deficientes prevista no plano não se resume a estes protocolos.

“Temos, neste momento, 2.500 empresas que já contrataram quatro mil pessoas e que usufruem de um redução da taxa social”, disse à Agência Lusa, adiantando que nesta área forma gastos 70 milhões de euros. Estes protocolos, frisou Idália Moniz, são importantes para sensibilizar as grandes empresas.

O I PAIPDI assenta em cinco prioridades, sendo a qualificação, formação e emprego uma delas.

O plano estabelece como meta a participação de 20 empresas, garantindo 400 estágios e 200 integrações profissionais para deficientes. Millenium BCP, Epal, Galp, Jerónimo Martins, EDP, CTT, Carris, Delta, El Corte Inglês, CGD, Auchan, CP e Chamartin são algumas das empresas que aceitaram este desafio.

Fonte: LERPARAVER - 16/04/2009

publicado por MJA  [10.Mai.09 ]

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Algarve: 863 diabéticos tratados contra cegueira

Diário Digital
20 Abril

Dos 19 mil algarvios a sofrer da diabetes em 2008, 863 receberam tratamento de retinopatia, ou seja, não ficarão cegos ou pelo menos vão atrasar o processo de cegueira, uma consequência da doença diabética.

«O tratamento [da retinopatia] não é 100 por cento eficaz, mas atrasa a cegueira», explicou o coordenador do programa nacional de prevenção e controlo da diabetes, José Boavida, durante a apresentação dos resultados do programa de Rastreio da Retinopatia Diabética no Algarve, que decorreu hoje em Faro.

A retinopatia diabética é uma alteração nos vasos sanguíneos devido ao aumento de glicose (açúcar) no sangue e é o termo utilizado para designar formas de lesões não inflamatórias da retina ocular.

A diabetes é a principal razão para a cegueira e o rastreio da retinopatia diabética no Algarve em 2008 serviu para identificar não só os diabéticos, mas também para diagnosticar e tratar as retinopatias diabéticas, um programa que custou à Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve cerca de um milhão de euros.

«Este rastreio identificou as pessoas que precisam de ser tratadas com urgência», referiu José Boavida, alertando que se não existir uma «atitude pró activa» do Governo em 2025 estima-se que 15 a 25 por cento da população portuguesa vá ter diabetes.

«Estamos perante uma epidemia das doenças da mudança da sociedade, com uma alimentação hipercalórica em relação à actividade física», esclarece aquele especialista.

No Algarve, com 426 mil habitantes, foram identificados em 2008 perto de 19 mil pessoas com diabetes, ou seja, 11 por cento da população, e é nos concelhos de Alcoutim, Monchique, Castro Marim, Vila do Bispo e Portimão que se registam mais diabéticos.

Em Portugal 11,7 por cento da população tem diabetes e 10,1 por cento está identificada como tendo «pré-diabetes», sendo maior prevalência em homens (14,2 por cento) do que em mulheres (11,7 por cento).

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_
news=383721&page=0

publicado por MJA  [26.Abr.09 ]

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Decreto-Lei n.º 93/2009 de 16 de Abril


Publicado no Diário da República, 1.ª série — N.º 74 — 16 de Abril de 2009 o Decreto-Lei n.º 93/2009 de 16 de Abril do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.

Cria o enquadramento especifico para o Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio — SAPA, que vem substituir o sistema supletivo de ajudas técnicas e tecnologias de apoio para pessoas com deficiência, criado na década de 90.

publicado por MJA  [16.Abr.09 ]
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ACAPO, Câmara Municipal e
Universidade de Coimbra
juntas pelo livro acessível


A Delegação de Coimbra da ACAPO, o Departamento de Cultura (Biblioteca Municipal) da Câmara Municipal de Coimbra e a Universidade de Coimbra (Gabinete de Apoio ao Estudante com Deficiência) vão desenvolver um conjunto de iniciativas em prol do livro acessível.

As três instituições estarão presentes na Feira do Livro de Coimbra, a realizar-se entre 17 de Abril e 2 de Maio, em stand próprio, numa acção de demonstração dos meios de acesso à leitura dos deficientes visuais.

Com o intuito de sensibilizar editores e livreiros para a necessidade de serem editados livros acessíveis a todos, as três entidades envolvidas organizam, no dia 23 de Abril (Dia Internacional do Livro) pelas 16 horas, uma Conferência subordinada ao tema “Livro Acessível - um direito de cidadania”, proferida pelo Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Prof. Doutor Jónatas Machado, evento que contará com a presença e contributo de responsáveis das três entidades envolvidas.

publicado por MJA  [16.Abr.09 ]
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Finanças recuam nas exigências fiscais a deficientes

Diário Económico

2009-04-11

As Finanças vão aceitar todos os atestados que comprovem a incapacidade dos contribuintes com deficiência permanente para efeitos dos benefícios fiscais em sede de IRS.


A garantia foi dada ao Diário Económico pelo Ministério das Finanças, acabando com um desentendimento na interpretação da legislação existente entre o Ministério das Finanças e o Instituto Nacional de Reabilitação (INR).

Em causa estava uma lei prevista no Orçamento do Estado para 2007 que obrigava os deficientes a comprovar um grau de incapacidade igual ou superior a 60 % mediante o atestado multiuso, criado em 1996. Foi com base nesta norma que o Fisco recusou, no ano passado, atestados anteriores à criação do multiuso, apesar de se tratarem de deficiências permanentes. A situação tornou-se mais penalizadora no ano passado, quando entrou em vigor uma nova Tabela de Incapacidades por Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais, que era mais restritiva do que a anterior (de 1993).

A norma obrigava a que os contribuintes com deficiência - que no ano passado foram 103.668 - entregassem novos atestados, com a possibilidade de serem prejudicados nos seus benefícios fiscais, devido à nova tabela de incapacidades, em muitos casos, menos vantajosa do que a anterior. No entanto, o INR defendeu, desde o início, que os atestados passados ao abrigo do diploma anterior a 1996 deveriam ser considerados válidos pelas Finanças.

Da mesma forma, os atestados passados com base na Tabela de Incapacidades anteriores a 2008 deveriam também ser considerados válidos. O INR explica que quando há "um grau de incapacidade permanente avaliado de acordo com a Tabela Nacional de Incapacidades em vigor na altura da manifestação da deficiência, o documento apresentado para prova da deficiência para efeitos de IRS, deve ser considerado válido". Isto apesar "do diploma que lhe deu origem". Em Novembro do ano passado, as Finanças deram o primeiro passo atrás ao aceitarem os atestados de incapacidade emitidos segundo as leis em vigor à data da verificação da deficiência, mas apenas para a comprovação das situações relativas aos anos de 2004 a 2007.

Na informação emitida, as Finanças informavam que "não se pode aceitar como princípio a validade automática dos documentos que certificam as deficiências" quando as regras, segundo as quais os atestados foram emitidos, são substituídas por outras "que são susceptíveis de interferir com a medida da invalidez permanente". No entanto, "a título excepcional", o organismo tutelado por Teixeira dos Santos decidiu permitir a entrega dos atestados anteriores a 1996, deixando, contudo, em aberto face aos rendimentos relativos a 2008. Agora, em resposta ao Diário Económico, o Ministério das Finanças esclarece que todos os atestados serão aceites.

Regime fiscal dos deficientes

  • Contribuintes com um grau de deficiência superior a 60% ficam isentos de IRS no que toca a 10% do seu rendimento.
  • Podem ainda deduzir quatro salários mínimos nacionais (1800 euros) à respectiva colecta.
  • São dedutíveis:
    - 30% das despesas efectuadas com a educação e reabilitação; e
    - 25% dos custos com prémios de seguros de vida que garantam exclusivamente os riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice; e
    - 25% dos encargos com lares e residências autónomas.

Fonte: http://www.radio.cidadetomar.pt/noticia.php?id=7864

publicado por MJA  [13.Abr.09 ]

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Parlamento Europeu concede estágios
remunerados para pessoas com deficiência

09/04/2009

Prazo de apresentação de candidaturas: 15 de Maio de 2009

O Parlamento Europeu abriu candidaturas para a sexta edição dos estágios remunerados para pessoas portadoras de deficiência provenientes dos 27 Estados-membros.

Os estágios, com duração de cinco meses, têm início em Outubro e podem ter lugar em Bruxelas, no Luxemburgo ou nos gabinetes de informação do PE das capitais.

Os estágios encontram-se abertos a titulares de diplomas universitários ou de estabelecimentos de ensino equiparáveis ou com o ensino secundário. Os candidatos seleccionados terão um subsídio mensal, cobertura das despesas adicionais relacionadas com a deficiência, reembolso das despesas de deslocação efectuadas
no início e no fim do estágio e um seguro de saúde. Serão seleccionados entre oito a dez estagiários dos 27 Estados-membros.

Para concorrer a este programa, cujo principal objectivo é a integração no mercado de trabalho, os participantes devem ser nacionais ou residentes de um Estado-membro da União Europeia (UE), ter completado 18 anos de idade à data do início do estágio e comprovar que são portadores de deficiência através de um certificado médico ou do cartão de deficiente emitido por uma autoridade nacional.

Desde 2007, ano em que programa teve início, já participaram 40 pessoas portadoras de deficiência, nomeadamente em Bruxelas, Luxemburgo e nos gabinetes de informação do PE em Atenas, Liubliana, Madrid, Roma e Estrasburgo.

As candidaturas podem ser apresentadas até 15 de Maio, mediante o preenchimento do formulário de candidatura on-line disponível em:

http://www.europarl.europa.eu/parliament/public/staticDisplay.do?id=147&....

O programa foi lançado em cooperação com o Fórum Europeu das Pessoas com Deficiência (EDF), no intuito de garantir que o mesmo seja acessível a um amplo número de potenciais candidatos em todos os Estados-Membros da UE e países candidatos e facilitar a integração no mercado de trabalho.

Para mais informação:
Teresa Coutinho - teresa.coutinho@europarl.europa.eu
Tel: (+351) 21 350 4913/ (+351) 91 768 3430

Fonte: http://www.lerparaver.com/

publicado por MJA  [13.Abr.09] 

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Placas toponímicas para cegos

SOL

8 Abril 09


A Câmara de Lisboa está a estudar com a associação que representa os invisuais (ACAPO) que locais poderão receber placas toponímicas com informação em braille, texto em relevo e um sistema áudio, um projecto que será divulgado no estrangeiro.

Segundo o director técnico da empresa Electrosertec e autor do «Street», Aquilino Rodrigues, a ideia partiu de um pedido da autarquia para criar placas com o sistema de leitura utilizado pelos invisuais, mas acabou por motivar a construção de um modelo inédito no país.

«O que nós fizemos foi reformular esse pedido, uma vez que o 'braille' aplicado assim é praticamente inútil, as pessoas cegas não andam a apalpar paredes à procura das placas, não podem ir tactear no vazio. Já houve experiências em estações de metro e comboio e verificou-se que as pessoas não sabiam onde ficavam as placas», explicou à Lusa o responsável.

Além do braille, a placa concebida pela empresa tem texto ampliado, em relevo e cores fortes, para quem não conhece aquele sistema específico, e um dispositivo com uma gravação, através da qual as pessoas invisuais ou com baixa visão (grupo que representa 80 por cento das pessoas com deficiência visual) poderão ouvir o nome da rua, os números das portas e os serviços ali disponíveis, como lojas, restaurantes, hospitais, transportes, bancos ou museus.

Para que o transeunte identifique a localização da placa, deverá transportar um sensor do tamanho de um porta-chaves, que vibrará e poderá emitir um sinal sonoro sempre que a pessoa se aproximar da estrutura e dispõe de um botão que activará o sistema áudio.

A estrutura, semelhante às placas de pedra assentes num pé próprio, fica ao nível dos olhos, num altura compreendida entre 1,20 e 1,50 metros.

Aquilino Rodrigues revelou que a ideia vai ser divulgada entre os restantes municípios e no estrangeiro, até porque a capacidade financeira da autarquia lisboeta não é suficiente para suportar a sua implantação em toda a cidade.

De acordo com o director técnico da ElectroSertec, uma placa deste tipo - que já gerou reacções «muito boas» entre pessoas cegas - irá custar no máximo 400 euros (valor das actuais placas de pedra suportadas num pé próprio), funcionando a energia solar e tendo protecção anti-vandalismo, um pormenor que ainda está a ser desenvolvido.

«A aplicar esta ideia, será numa zona piloto; em toda a cidade seria incomportável», afirmou Aquilino Rodrigues.

A impossibilidade de estender o «Street» a toda a capital é confirmada pelo vereador responsável pela Toponímia na Câmara de Lisboa, José Cardoso da Silva: «Não temos capacidade para fazer isso em toda a cidade de Lisboa, mas temos de começar em algum sítio».

O autarca adiantou que o executivo está a estudar os circuitos «mais convenientes» com a ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, mas admitiu não ter ideia de quando o projecto poderá ser concretizado.

Fonte: Lusa/SOL

publicado por MJA  [8.Abr.09]

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Glaucoma: Inovação
EyeDropper garante terapêutica

Destak

3-4-09

Uma empresa de base tecnológica de Coimbra, a BlueWorks, está a desenvolver um dispositivo, o "EyeDropper", "inovador a nível mundial", que permitirá avaliar o rigor com que os doentes com glaucoma cumprem a terapêutica.

O engenheiro biomédico Paulo Barbeiro, do grupo de desenvolvimento do "EyeDropper" (conta-gotas), disse hoje à agência Lusa que a patente do dispositivo foi submetida ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial, do qual aguarda resposta, avançando depois para a fase internacional.

A baixa adesão dos doentes com glaucoma à terapêutica, que passa pela aplicação de gotas (os colírios) nos olhos, é um problema muito frequente em Portugal.

Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, António Travassos, "só 30 a 40 por cento dos doentes cumprem rigorosamente as prescrições aconselhadas".

O dispositivo desenvolvido pela BlueWorks, empresa que trabalha no domínio da oftalmologia, faz uma gravação vídeo de cada aplicação de gota, avalia o ângulo para a aproximação óptima e emite indicadores sonoros de aproximação da inclinação ideal.

"Sempre que o doente aplica uma gota no olho é activada uma câmara que vai gravar o processo e transmite esses dados para um "software", que os analisa. Percebe-se o movimento da gota, instante a instante, até atingir o destino", explicou Paulo Barbeiro.

Segundo este responsável, ainda em 2009 a BlueWorks deverá criar uma pré-versão comercial do "EyeDropper".

"Em doenças crónicas como o glaucoma uma fraca "compliance" (rigor) pode conduzir à cegueira irreversível", lê-se num texto sobre o dispositivo.

Em oftalmologia, "a questão fundamental é saber se a gota atingiu o olho e se foi colocada no olho correcto".

Além de avaliar se a gota chegou ou não ao olho nas condições ideais, o "EyeDropper" tem também capacidade de identificar se atingiu a vista esquerda ou a direita.

Neste momento, o dispositivo consiste num telemóvel acoplado a uma estrutura rígida, mas o objectivo é conceber um aparelho ergonómico, mais autónomo e com custos inferiores ao telemóvel, capaz de acomodar um frasco de gotas - adiantou Paulo Barbeiro à Lusa.

"É quase um ovo de Colombo", referiu acerca do sistema, adiantando que "não existia uma solução tecnológica" para avaliar se os doentes cumpriam ou não as indicações terapêuticas e realçando a importância do "EyeDropper" para o apoio à decisão médica.

O glaucoma é uma das principais causa de cegueira no mundo ocidental.

Centro Cirúrgico de Coimbra, ISA (Intelligent Sensing Anywhere) e NeuroEye são os parceiros empresariais da BlueWorks - Medical Expert Diagnosis.

A empresa foi criada por três recém-licenciados do curso de Engenharia Biomédica e por professores do Departamento de Física e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra com o objectivo de desenvolver e lançar à escala mundial sistemas inovadores de pré-diagnóstico baseados na análise inteligente de dados e imagens provenientes de exames clínicos e no seu processamento com recurso a redes neuronais e está sedeada nas instalações do Centro Cirúrgico.

Foi a primeira "spin-off" empresarial do curso de Engenharia Biomédica da Universidade de Coimbra, segundo os seus responsáveis.

Fonte: http://www.destak.pt:80/artigos.php?art=25940

publicado por MJA  [4.Abr.09]

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Pessoas com Deficiência:
Mobilidade, Educação e Trabalho

Fórum/Debate

26 Março de 2009 às 15 horas

Promovido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P.

Local: Auditório do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P.
Av. Conde de Valbom, 63 - Lisboa,

Sessão mensal do FORUM INR 2009,

O tema da sessão "Pessoas com Deficiência: Mobilidade, Educação e Trabalho", será dinamizado pela Doutora Isabel Guerra, Conselheira do Conselho Económico e Social.

ENTRADA LIVRE, SEM INSCRIÇÃO PRÉVIA.

CONTACTO - tel. 217929562

Fonte: http://www.lerparaver.com/node/8431

publicado por MJA  [22-Mar-09]
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Petição de 4.000 assinaturas entregue na AR

Cidadãos pedem boletins de voto em Braille

13-03-09

Um grupo de cidadãos entregou esta quarta-feira mais de 4.000 assinaturas ao presidente da Assembleia da República (AR), Jaime Gama, apelando à introdução de boletins de voto em "Braille" para que os cegos portugueses possam votar "secreta e autonomamente".

'Segundo a Constituição, o sufrágio deve ser secreto e individual e o actual sistema lesa a privacidade de voto dos invisuais, pois estes precisam do auxílio de uma terceira pessoa', argumentou Maria Manuel Pinto, representante do grupo de cidadãos que levou a cabo a iniciativa.

'O número de invisuais e surdos não é assim tão incipiente, dois por cento da população activa é afectada', justificou a representante, criticando o facto de, 'num tempo de tanta tecnologia e facilidades', os boletins de voto continuarem a 'não contemplar' estes cidadãos.

Além dos boletins de voto em braille, o grupo, que começou a trabalhar em Outubro, reivindicou ainda 'propaganda eleitoral em Braille e mais rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida ou problemas de saúde nos locais de voto'.

Maria Manuel Pinto revelou que o presidente da Assembleia da República mostrou 'uma abertura total e manifestou grande curiosidade' para com a iniciativa.
'Ficou sensibilizado e garantiu quer a primeira comissão parlamentar irá analisar a petição', concluiu a representante.

Fonte: o blog de Sérgio Gonçalves

publicado por MJA  [15-Mar-09]
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Cegos celebram 1.º voto regional
com material Braille, na Galiza


Diário Digital [1.03.09] Eleitores invisuais galegos saudaram hoje o facto de pela primeira vez num sufrágio regional poderem votar «em igualdade de circunstâncias» com os restantes eleitores, dado o uso de material eleitoral em Braille. Arturo Parrado, um dos primeiros invisuais a exercer hoje o seu direito ao voto em Santiago de Compostela destacou aos jornalistas o facto dos boletins de voto em Braille lhe permitirem «votar de forma confidencial».

Até aqui os invisuais eram acompanhados por amigos ou familiares que os ajudam a exercer o direito de voto.Dados do governo galego indicam que um total de 72 pessoas pediram acesso a boletins em Braille para este acto eleitoral.

As primeiras experiências do uso de Braille na votação foram feitas nas eleições nacionais espanholas do ano passado, sendo as de hoje as primeiras eleições autonómicas na Galiza onde o mesmo método é usado. Cada eleitor invisual que se apresente hoje numa mesa de voto pode solicitar ao presidente da mesa um «kit de voto em Braille» que inclui uma guia explicativa sobre como deve ser utilizado.

Em Espanha não se vota num boletim único, com todos os partidos, mas antes escolhe-se um dos boletins diferentes - um por cada partido - que por sua vez se introduz num envelope único que é depositado na urna. É a escolha do boletim (conhecido em Espanha como «papeleta» e onde se lê «dou o meu voto à candidatura apresentada por...») que formaliza a decisão do eleitor. Os eleitores podem trazer o boletim de casa, que é enviado pelos próprios partidos - com regras claras de formatação, dimensão e maquetagem - e que depois só têm que inserir na urna. Em alternativa podem escolher no local de voto o boletim do partido de entre os montes empilhados e disponibilizados aos eleitores.

As urnas para as eleições regionais de hoje na Galiza encerram ás 20:00 locais.

Diário Digital / Lusa

Fonte: http://www.lerparaver.com/node/8390

publicado por MJA  [8-Mar-09]
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Entrega de cão-guia


RTP [06-03-09] Funciona em Mortágua a escola para cães-guia, treinados para ajudar cegos. Amanhã, em Alvalade, um cão vai ser entregue a um cego.

Veja o vídeo: http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=20&visual=9&tm=8&t=Escola-de-caes-guia-em-Mortagua.rtp&article=206631

publicado por MJA  [7-Mar-09] 

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A ACAPO ajuda-o a cuidar da sua imagem

BOLETIM INFORMATIVO MENSAL DA ACAPO - n.º 1

Tendo em vista a melhoria e diversificação dos serviços a prestar aos seus associados, a ACAPO estabeleceu uma parceria com o cabeleireiro e centro de estética Academia de Cabelos Cila Barros, a qual consiste em conceder descontos e realizar sessões de consultoria de imagem. Os descontos são de 50% em todos os serviços, e as sessões são inteiramente gratuitas e têm por objectivo dar a conhecer aos participantes um conjunto de técnicas nas áreas do tratamento de cabelo, cuidados com a pele, noções de maquilhagem, manicure e pedicure, adaptadas ao seu caso concreto, que lhes permitam aperfeiçoar os cuidados com a sua imagem e, consequentemente, melhorar a sua auto-estima. As sessões terão lugar às terças-feiras, das 17h00 às 20h00, nas instalações da Academia, sitas na Rua Professor Moisés Amzalak, n.º 8 C, em Lisboa (próximo à Av. Das Nações Unidas em Telheiras). Os interessados poderão inscrever-se em uma ou mais sessões, de acordo com as suas áreas de interesse, sendo que apenas serão aceites três inscritos para cada sessão. Para mais informações e para se inscrever, contacte até ao próximo dia 3 de Fevereiro a Técnica de Relações Públicas da Direcção Nacional da ACAPO, Susana Venâncio, através do telefone 21 324 45 00 ou do e-mail susanavenancio@acapo.pt. Lembramos que só serão aceites inscrições de associados com as quotas em dia.


publicado por MJA  [1-Mar-09] 

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Governo quer gestão mais eficaz e
transparente no sistema de apoios a deficientes

Lisboa, 26 Fev (Lusa)


O Governo aprovou hoje um decreto que pretende introduzir regras de maior eficácia e transparência na atribuição pelo Estado de produtos de apoio a cidadãos com deficiência ou incapacidades temporárias. 

Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, a secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz, disse que o novo sistema de atribuição de produtos de apoio a pessoas com deficiência e a pessoas com incapacidade temporária passará a ter um novo parceiro, o Ministério da Educação, além dos ministérios do Trabalho e da Saúde. 

De acordo com os dados apresentados pela secretária de Estado, em 2008 "foram atribuídas cerca de 19500 ajudas técnicas de forma gratuita, o que correspondeu a um investimento da parte do Estado (repartido entre os ministérios do Trabalho e da Saúde) de 12,5 milhões de euros". 

"As principais preocupações inerentes ao novo sistema é continuar a atribuir de forma gratuita e universal os produtos de apoio às pessoas com deficiência e incapacidades temporárias, mas também a de fazer uma gestão mais eficaz da atribuição e dos financiamento destes produtos de apoio", apontou Idália Moniz. 

A partir de agora, a secretária de Estado da Reabilitação afirmou que haverá um sistema informático centralizado, permitindo evitar o duplo financiamento aos beneficiários, assim como desburocratizar o sistema. 

Com a entrada em vigor do decreto, os beneficiários passam a poder solicitar on-line a atribuição dos produtos e prevê-se a reutilização de alguns produtos de apoio. 

Com esta medida, Idália Moniz advogou que se evitará casos de desperdício com cadeiras eléctricas de rodas, ou próteses que deixem de estar conformes (por alteração da estrutura do corpo) e que poderão ser reutilizadas em outras pessoas. 

"Queremos uma gestão mais eficaz de todo este sistema de produtos de apoio", disse, antes de referir a intenção do executivo de criar um catálogo on-line com informação e que permitirá o acesso a todos os interessados. 

Fonte: lerparaver

publicado por MJA  [1-Mar-09] 

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Prémio Miguel Torga vai ser transcrito em Braille

Lusa

Coimbra, 12 Fev (Lusa) - A obra "Na Terra dos Homens", da autoria de Marlene Correia Ferraz, galardoada em 2008 com o Prémio Miguel Torga - Cidade de Coimbra, vai ser editada em Braille, informou hoje o vereador do pelouro da autarquia.

Segundo Mário Nunes, o livro vai ser vertido neste sistema pela secção de Braille da Biblioteca Municipal de Coimbra.

O vereador falava em conferência de imprensa realizada hoje na Casa Municipal da Cultura de Coimbra e destinada a apresentar os níveis de afluência de público às diversas propostas desenvolvidas pelo pelouro.

De acordo com o autarca, esta será a primeira obra transcrita para Braille por aquele serviço.

Será lançada no dia 4 de Julho, Dia da Cidade, a par com a edição regular do livro de contos premiado.

MCS.

Fonte: Literatura PNet

publicado por MJA  [18-Fev-09]

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Carnaval do Rio tem bloco especial
e quem enxerga pode pular vendado

Alexandre Rodrigues, RIO

Entre os blocos que animarão o carnaval de rua do Rio, um vai chamar a atenção pela condição especial de seus foliões. Improvisado no ano passado, o bloco "Beijamin no Escuro" promete voltar às ruas da Urca na terça-feira de carnaval com o cordão de deficientes visuais dos programas de reabilitação do Instituto Benjamin Constant (IBC), a mais tradicional instituição de educação para cegos do País. Cerca de cem pessoas com diferentes graus de deficiência visual vão desfilar, mas quem enxerga é bem-vindo e pode experimentar sambar no escuro usando as vendas que serão distribuídas na hora.

"Vamos dar as vendas, mas não é obrigatório; a maioria não suporta muito tempo. No ano passado, os cegos não tiveram problema de orientação. Tivemos de cuidar mesmo dos videntes vendados, que se enrolam mais", conta o engenheiro Fernando Gutman, voluntário que lidera uma oficina de teatro entre os reabilitandos do IBC. "O pessoal do teatro adora samba, marchinhas, mas não pode ir aos grandes blocos pelo risco de ser atropelados pela multidão. Então resolvemos fazer o primeiro bloco de cegos do Brasil."

Foi ostentando esse título que o bloco desfilou em 2008 pela Avenida Pasteur até a estação do bondinho do Pão de Açúcar, atraindo vizinhos e turistas. Neste ano, com mais organização, esperam maior adesão. Para cantar o enredo sobre o bicentenário de Louis Braille, criador da escrita para deficientes visuais, o samba das deficientes visuais Lucia Teles e Ro Ferreira foi escolhido numa eliminatória. No fim de semana, eles fazem ensaio técnico que inclui saudações aos turistas em várias línguas.

A espontaneidade da massoterapeuta Marilza Pereira, de 56 anos, a fez rainha da bateria. Ela perdeu quase toda a visão há oito anos em consequência do glaucoma, mas, frisa, manteve o alto-astral. "Fui escolhida porque gosto de dançar, sou muito desinibida. Vou na frente da bateria me guiando pelo som. Se vou saindo do meio da pista, alguém me avisa para realinhar e eu volto", conta Marilza, que sempre desfilou em escolas de samba.

No desfile, alguns videntes que se integraram ao grupo farão um cordão para ajudar os cegos, que são guiados pelo carro de som. A maioria dos que tocam na bateria também vê, mas há dois cegos entre os ritmistas. "Na hora, dá tudo certo, só vendo para crer", brinca Manoel dos Anjos, um dos idealizadores do bloco. Cego desde um acidente de carro em 1985, ele comanda uma "feijoada às cegas" aos domingos que, a exemplo das escolas de samba, virou ensaio oficial do bloco. Os garçons são cegos e os comensais que podem ver são convidados a degustar o prato com vendas nos olhos. No fim, todo mundo cai no samba.

in http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090211/
not_imp321843,0.php

Fonte: LERPARAVER

publicado por MJA  [15-Fev-09]

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Dino Alves veste alunos cegos do
Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos

em Passagem de modelos no Museu da Electricidade:


O programa  Consigo na RTP 2, em parceria com o Instituto Nacional para a Reabilitação, procura mudar mentalidades e mostrar o que de bom se vai fazendo pela inclusão dos cidadãos com necessidades especiais.

A juntar a quem nasce com deficiência, Portugal tem muitos cidadãos incapacitados pela guerra colonial, pelo elevado número de acidentes rodoviários e, cada vez mais, pela idade. Por isso, é urgente valorizar a diferença e tornar o país mais inclusivo.

Desde a saúde à educação, novas tecnologias ou turismo, o Consigo é feito de reportagens sobre casos de sucesso, inovações, informação útil e boas práticas.

Desfile e entrevistas em:  http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=23317&idpod=21738&formato=wmv&pag=recentes&escolha=

publicado por MJA  [4-Fev-09]

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Lista dos estabelecimentos que promovem
a acessibilidade a pessoas com deficiência

Portal do Consumidor

De acordo com o estabelecido na Lei nº 33/2008, de 22 de Julho, relativa à promoção da acessibilidade à informação sobre determinados bens de venda ao público para pessoas com deficiência e incapacidades visuais, e sem prejuízo de se encontrar ainda a decorrer o prazo para a comunicação da lista  dos estabelecimentos seleccionados para assegurar serviços de acompanhamento dessas pessoas, a Direcção-Geral  do Consumidor vem disponibilizar as listas dos estabelecimentos seleccionados que já lhe foram comunicadas no site:
http://www.consumidor.pt:80/.

publicado por MJA  [29.Jan.09]

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Processo de reabilitação só começa
depois de "fazer o luto da doença"

Diário de Notícias

24-01-09

Milagre. "Todos os cegos têm a secreta esperança de voltar a ver", diz a directora do centro de reabilitação

Quando ficam cegas, "as pessoas chegam aqui completamente perdidas, todas encolhidas, enroscadas, quase em posição fetal para se protegerem, porque têm medo de cair ou chocar contra as coisas", diz Conceição Luís, directora do Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Apolónia, Lisboa. "São pessoas que viam normalmente e, de repente, cegaram e ficaram perdidas", referiu ao DN.

"Trabalhamos imenso na recuperação da auto-estima. No primeiro mês e meio, a nossa função principal é tirar as pessoas do buraco em que se encontram", explicou, pois "entraram em depressão e ainda não aceitam o facto de terem cegado. Têm de fazer o luto. É preciso que a pessoa aceite que está cega".

"Não posso ensinar braile nem pôr a bengala na mão de uma pessoa que ainda não assumiu que está cega", esclarece a directora do centro, revelando que "todos têm a secreta esperança de que vão voltar a ver. Acreditam que a ciência vai evoluir e resolver o problema".

Salienta que "uma pessoa só está reabilitada quando está integrada. Por isso, tentamos colocar as pessoas em postos de trabalho, através dos serviços do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Mas é muito difícil, porque os responsáveis das empresas ainda não estão muito receptivos. O objectivo é colocá-los na função que queriam desempenhar antes de ficarem cegos".

"Se não ficarem com uma actividade, eles voltam a fechar-se em casa e a isolar-se. A solução é um emprego ou outra formação, como, por exemplo, o programa Novas Oportunidades para os que não têm a escolaridade completa", declarou.

E dá um exemplo: "Tive aqui um jovem de 20 anos, com descolamento da retina, que tinha feito várias operações e chegou a uma altura em que já não havia solução. Cegou."

"Nas aulas participava e era expert em informática. Quando não estava nas aulas, ficava fechado no quarto. Perguntámos-lhe porque se isolava assim e ele respondeu: "Quando não estou nas aulas, durmo, porque enquanto durmo sonho e enquanto sonho eu vejo", contou.

"Está a tirar um curso de programação informática e é DJ numa discoteca", revelou Conceição Luís, considerando que, "se ele fosse embora daqui sem ter uma colocação noutra actividade, acabaria por se fechar em casa e ficar outra vez perdido".

Adianta que, "normalmente, eles dizem que após terem cegado ainda conseguem imaginar as coisas às cores. Mas depois passa a ser tudo a preto e branco".

Este centro, que pertence à Segurança Social, existe há 46 anos e tem capacidade para 22 internos, que vêm de fora de Lisboa e ali permanecem durante o processo de reabilitação. Tudo é gratuito, incluindo refeições e alojamento. Quem vive na capital frequenta as aulas em regime externo.

Os períodos de reabilitação "são normalmente de três meses para utentes com baixa visão e de cinco meses a um ano para casos de cegueira total", informou a directora.

Ali ensinam mobilidade de quatro níveis, como movimentarem-se no interior do centro, na zona envolvente, nos transportes públicos e na área de residência. No programa de actividades da vida diária, a equipa de reportagem do DN encontrou Maria Bárbara na cozinha a receber formação e a confeccionar um bolo de ananás. Residente em Vila Viçosa, vê abaixo dos 10%. "Desde os 17 anos que tenho baixa visão, mas há cinco anos, devido a uma depressão, o problema agravou-se muito", contou Bárbara, que trabalhava no Centro de Saúde de Vila Viçosa, mas desde há três anos está em casa.

"Os meus filhos já são crescidos e vão-me ajudando, mas não me sentia muito bem a cozinhar e às vezes atrapalhava-me, porque não conseguia ver as coisas. Por isso vim para aqui. Agora já consigo fazer quase tudo mais à vontade", relatou, com um sorriso de satisfação.

A directora do centro revela que também acompanham os utentes "ao teatro, ao cinema e a outros eventos para perceberem que podem continuar a ter vida social".

Foram ver o filme Ensaio sobre a Cegueira, na antestreia, com auscultadores que lhes transmitiam por voz o que passava nas legendas. Salienta que, "no final do filme, um cego recupera a visão. Ficaram com aquela mensagem de esperança que os cegos podem voltar a ver".

"Gostei muito do filme. Aquele retrato das pessoas que perdem a visão de repente é mesmo o estado em que elas nos chegam aqui ao centro: completamente perdidas", observou Conceição Luís.

Fonte: http://dn.sapo.pt/2009/01/24/sociedade/processo_
reabilitacao_comeca_depois_.html

Centro de Reabilitação Nossa Senhora dos Anjos - CRRS
Trav. do Recolhimento de Lázaro Leitão, n.º 19, 1900 Lisboa
Tel 21 814 23 45 / 21 814 23 21

publicado por MJA  [24.Jan.09]

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Uma visão do Futuro da tecnologia por
Raman um engenheiro cego do Google

IP Jornal

The New York Times
MOUNTAIN VIEW, Califórnia

T. V. Raman era uma criança que gostava de livros e adorava matemática e quebra-cabeças desde muito cedo.

Essa paixão não mudou depois de ter ficado cego por causa de um glaucoma aos 14 anos. O que mudou foi o papel que a tecnologia - e suas próprias inovações - teve em ajudá-lo a ir atrás do que gosta.  Nascido na Índia, Raman deixou de depender de voluntários que liam livros em uma universidade técnica no país natal para viver uma vida independente no Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, onde é um respeitado cientista da computação e engenheiro no Google.

Em sua jornada, Raman criou uma série de ferramentas que lhe ajudam a aproveitar objetos e tecnologias que não foram pensados para usuários cegos. Elas vão de um Cubo Mágico com inscrições em braile, até um software que lê em voz alta fórmulas matemáticas complexas, que foi o tema de sua dissertação para de Ph.D. na Universidade de Cornell. Ele também criou uma versão do serviço de buscas do Google voltado para usuários cegos.

Raman, de 43 anos, agora trabalha para modificar o mais recente gadget tecnológico que, segundo ele, poderia facilitar a vida dos cegos: um telefone com tela sensível a toque (touch-screen).

"O que Raman faz é fantástico", disse Paul Schroeder, vice-presidente para programas e políticas na American Foundation for the Blind (Fundação Americana para os Cegos), que realiza pesquisas em tecnologia que podem ajudar pessoas com deficiência visual. "Ele é uma das maiores mentes na questão da acessibilidade e sua capacidade de criar e modificar tecnologia para atender a suas necessidades é sem igual".

Algumas das inovações de Raman podem auxiliar na criação de gadgets eletrônicos e serviços via Web mais amigáveis para todos usuários. Em vez de perguntar como algo deveria funcionar para alguém que não enxerga, ele diz que prefere perguntar: "como essa coisa deve funcionar quando o usuário não está olhando para a tela?"

Esses sistemas podem ser úteis para motoristas, ou qualquer pessoa que pode se beneficiar de acesso ao telefone sem usar os olhos. Eles poderiam também ser atrativos para a geração "baby boomers" (pessoas nascidas entre meados da década de 40 até meados dos anos 60), que estão envelhecendo e ficando com a visão fraca, mas querem continuar fazendo uso da teconologia da qual  dependem.  A abordagem de Raman reflete o reconhecimento de que muitas inovações criadas inicialmente para pessoas com deficiência acabaram beneficiando a população em geral, segundo Larry Goldberg, que supervisiona o National Center for Accessible Media (Centro Nacional de Mídia Acessível) na WGBH, emissora pública de Boston. Elas incluem rampas para cadeiras de rodas, legendas em transmissões de tv e tecnologia óptica de reconhecimento de caracteres, que foi aperfeiçoada para criar softwares que podem ler livros impressos em voz alta e é utilizada agora em diversas aplicações em computadores, ele disse.

Sem botões para guiar os dedos na superfície lisa, a tela sensível de celulares parece ser um desafio assustador. Mas Raman disse que com as adaptações certas, telefones com telas sensíveis — muitos dos quais já vêm com tecnologia de GPS e guia embutidos — poderiam ajudar os cegos a se orientarem pelo mundo.

"Não é preciso se esforçar muito para acreditar que seu telefone poderia dizer 'Ande reto e em 60 metros você chegará no cruzamento de X com Y'", Raman disse. "Isto é perfeitamente possível".

MILITANTES dos direitos dos cegos há muito tempo reclamam que as empresas de tecnologia geralmente pecam quando se trata da acessibilidade em seus produtos. A Internet, ao mesmo tempo em que abre diversas oportunidades para os cegos, ainda é recheada de obstáculos. E softwares de leitura de tela sofisticados, que lêem documentos e páginas da Web em uma voz sintetizada, podem custar mais de US$ 1.000 (R$ 2.300). Mesmo com o leitor de tela, alguns sites são difíceis de navegar.

No ano passado, a National Federation of the Blind (Federação Nacional dos Cegos) chegou a um acordo importante em um processo contra uma empresa cujo site os militantes declararam sem condições de uso, a Target (grande magazine, equivalente às Lojas Americanas no Brasil). No acordo, a varejista concordou em tornar seu site acessível para pessoas cegas. A federação avalia a usabilidade de sites e certifica apenas alguns como sendo totalmente acessíveis.

Um desafio enfrentado é que a tecnologia geralmente evolui muito mais rapidamente do que as diretrizes que garantem que os sites funcionem corretamente com leitores de tela. Em dezembro, o Consórcio World Wide Web, grupo que define os padrões para a Internet, disponibilizou a versão 2.0 de suas diretrizes para acessibilidade em websites. A versão anterior era de 1999, quando a Internet só tinha basicamente páginas estáticas, sem aplicações interativas.

Há diversos tipos de obstáculos na Internet. Um dos mais comuns é o Captcha, uma ferramenta de segurança que consiste em uma sequência de letras e números distorcidos que usuários devem ler e digitar antes de assinarem algum novo serviço ou enviar um e-mail. São poucos os sites que oferecem Captchas com suporte auditivo.

Algumas páginas são apenas mal desenvolvidas, como sites de comércio eletrônico, onde o botão de finalização da compra é uma imagem sem informação que possa ser compreendida pelos leitores de tela.  "Grande parte do setor não progrediu realmente para oferecer à comunidade cega acesso igualitário a seus produtos", segundo Eric Bridges, diretor de defesa e assuntos governamentais no American Council of the Blind (Conselho Americano dos Cegos). Bridges e outros militantes argumentam que a acessibilidade deveria ser criada junto com as novas tecnologias e não pensada posteriormente.

Pessoas com outras deficiências enfrentam problemas similares na Internet. "Do lado dos surdos, a decepção é enorme, por conta de todos o vídeos disponíveis sem legendas", de acordo com Goldberg.

RAMAN, que antes de começar a trabalhar no Google em 2005 trabalhou na Adobe Systems e como pesquisador na I.B.M., está acostumado com problemas de acessibilidade, tanto pessoal quanto profissionalmente. Em 2006, ele desenvolveu uma versão da ferramenta de busca do Google que prioriza sites que funcionam bem com leitores de tela. O sistema precisou testar milhões de páginas.

"É impossível encontrar uma única página que cumpre todos parâmetros de acessibilidade", de acordo com Raman. Ainda assim, o sistema foi capaz de encontrar quais páginas funcionavam melhor com leitores de tela. Este serviço não é utilizado tanto quanto ele gostaria. Mesmo assim, surtiu efeito. Diversas operadoras de sites, cujas páginas não apareciam em destaque nas buscas do Google perguntaram a Raman o que poderiam fazer para resolver os problemas e ter sites com maior destaque.

O serviço inclui um ampliador de tela que aumenta resultados de buscas individuais. Raman diz que a ferramenta serve para usuários com baixa visão, mas poderia ser usado por uma parcela maior da população, especialmente em telefones celulares e outros equipamentos com telas pequenas.

Para uso pessoal, ele construiu um sistema personalizado que lhe permite acesso eficiente a muito do que ele precisa em seu PC e na Internet, eliminando qualquer coisa que poderia diminuir sua velocidade. Por exemplo, o sistema acessa diretamente os artigos em sites de notícias que ele lê regularmente, evitando links de navegação e outras funções encontradas na maioria dos sites.

Alguns dias atrás, Raman estava trabalhando numa pesquisa sobre a estrutura da Internet no futuro. Um monitor estava pendurado sobre sua mesa. Ele geralmente fica desligado, a não ser que ele queira mostrar no que está trabalhando para algum colega ou visitante. Ele digitou em seu teclado, sua cabeça se moveu de leve para o lado, escutando o leitor de tela por meio de fones de ouvido sem fio. O leitor de tela está configurado para falar a aproximadamente três vezes a velocidade normal da fala. Para um ouvido sem treino, a informação é incompreensível, mas permite a Raman "ler" na mesma velocidade de uma pessoa sem deficiência visual.

Processar informação rapidamente é uma habilidade que ele desenvolveu com os anos: um vídeo no YouTube mostra-o resolvendo um Cubo Mágico em braile em 23 segundos. Quando não está digitando, Raman, que usa grandes óculos escuros, frequentemente dobra e desdobra pedaços de papel em pequenas formas geométricas, como origamis, em uma velocidade extraordinária.  Ele divide uma área de trabalho no Google com Charles Chen, um engenheiro de 25 anos, e Hubbell, cão-guia de Raman. (Hubbell possui seu próprio site).

Chen, que enxerga, desenvolveu um leitor de tela gratuito que funciona com o navegador Firefox. Trabalhando juntos, os dois recentemente adicionaram atalhos de teclado que ajudam usuários cegos e com baixa visão a navegar rapidamente pelos resultados de busca do Google. Eles também desenvolveram ferramentas que tornam aplicativos sofisticados da Internet, como e-mail e leitores de blogs, adequado para softwares de leitura de tela. Agora eles concentram seus esforços em celulares com telas sensíveis ao toque. "O que mais me interessa é tudo que está migrando para o mundo móvel, porque isso pode mudar vidas", disse Raman. Para mostrar o progresso, Raman pegou seu T-Mobile G1, um telefone com tela sensível com o software Android do Google, do bolso de seus jeans. Ele e Chen já o equiparam com um software que fala de modo semelhante ao leitor de telas no PC. Agora eles estão trabalhando em maneiras que permitam que cegos ou qualquer pessoa que não esteja olhando para a tela digitem textos, números ou forneçam comandos.  O desenvolvimento desse recurso complementaria sistemas de reconhecimento de voz, que nem sempre são confiáveis e não funcionam direito em ambientes com muito barulho. Como não consegue tocar com precisão um botão na tela sensível, Raman criou um discador que se baseia em posições relativas. O discador interpreta qualquer local tocado pela primeira vez como o 5, que se localiza no meio de um teclado de telefone comum. Para discar qualquer outro número, ele simplesmente escorrega o dedo na direção - para cima e esquerda para 1, para baixo e direita para o 9 e assim por diante. Se ele comete algum erro, ele pode apagar o último número balançando o telefone, que pode detectar movimentos.

Ele e Chen estão testando diversos outros métodos de inserir informações. Nenhuma dessas tecnologias foram apresentadas ao público, mas Raman, que já usa o G1 como seu celular principal, espera vê-las disponíveis em breve.  (Há poucos leitores de tela disponíveis para smartphones e eles podem custar tanto quanto o próprio telefone).
 
As tecnologias em celulares que podem fazer uma grande diferença — um telefone que reconhece e lê placas através da câmera — ainda podem estar alguns anos distantes, segundo Raman. Alguns equipamentos já podem ler textos desta maneira. Mas como os usuários cegos não sabem onde estão as placas, eles não podem apontar a câmera ou fazer um alinhamento apropriado, de acordo com Raman. Quando os chips forem potentes o suficiente, eles poderão detectar a localização de uma placa e ler letras pequenas ou tortas, por exemplo, ele disse. "Isso irá acontecer", concluiu. E quando acontecer, usuários com visão também se beneficiarão. "Se existisse uma tecnologia que pudesse reconhecer placas na rua conforme se passa por elas, isso auxiliaria a todos", declarou. "Em um país estrangeiro, ela poderia fazer a tradução".

As inovações de Raman já estão presentes em milhões de PCs. Na Adobe, nos anos 90, ele ajudou a adaptar o formato PDF para poder ser lido por leitores de tela. Isso foi requisito para que o formato PDF pudesse ser utilizado pelo governo federal e levou a tecnologia a ser adotada como um padrão mundial em documentos eletrônicos.

"Foi de grande importância para nós, como um negócio, e para os cegos", disse John Warnock, dirigente e fundador da Adobe. Raman diz acreditar que tem mais influência quando convence outros engenheiros a fazer seus produtos acessíveis — ou, melhor ainda, quando os faz acreditar que há problemas interessantes a serem resolvidos nessa área. "Se eu conseguir mais 10 engenheiros motivados a trabalhar em acessibilidade", diz, "será uma enorme vitória".

Fonte: http://www.ipjornal.com:80/noticias/1112_uma-visao-do-futuro-da-tecnologia-por-raman-um-engenheiro-cego-do-google.html

publicado por MJA  [23.Jan.09]

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Lei que obriga a etiquetagem em braille
é avanço muito importante

Expresso

Lisboa, 22 Jan (Lusa) - A lei que a partir de hoje obriga as grandes superfícies a etiquetarem os produtos em braille a pedido dos deficientes visuais é "um avanço legislativo muito importante", mas o sistema pode ser melhorado, admite uma associação de cegos.

Uma dirigente da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), Ana Morais, simulou hoje algumas compras no Continente do Centro Comercial Vasco da Gama, em Lisboa, e concluiu que na prática é ainda necessário proceder a melhoramentos no sistema que está a ser utilizado.

O director da ACAPO, Rodrigo Santos, explicou que a lei obriga a que haja nas grandes superfícies um acompanhamento das pessoas com deficiência visual e a etiquetagem em Braille dos produtos, nomeadamente traduzindo o nome do produto, características e validade.

"A entrada em vigor desta lei é um avanço legislativo muito importante. Portugal está a ser pioneiro. Nunca houve legislação que obrigasse a que a rotulagem dos produtos em Braille fosse tão longe ao ponto de incluir a data de validade", realçou o dirigente.

Apesar da satisfação, Rodrigo Santos considera importante que se avance no sentido de serem os próprios fabricantes a rotularem logo à partida o produto em Braille.

O dirigente lembra que a aplicação da lei vai ser acompanhada, devendo ser revista dentro de dois anos.

"É a solução que melhor se adequa às capacidades económicas e às necessidades dos deficientes visuais" no momento, referiu ainda sobre a lei.

A dirigente da ACAPO Ana Morais realçou a importância da lei, considerando ser, no entanto, cedo para fazer avaliações da forma como está a ser posta em prática.

A cadeia de supermercados Continente disponibiliza às pessoas com dificuldades visuais um aparelho onde, seleccionando letra a letra, é traduzido para Braille a informação que se pretende. O manuseamento da máquina pode ser feito pela própria pessoa ou por um funcionário que a acompanhe.

Esta cadeia disponibiliza ainda em braille, "embora não seja obrigatório por lei", o valor total da compra na factura emitida no final, explicou à Lusa Rui Gonçalves, director da loja visitada.

No final da simulação de algumas compras, Ana Morais lamentou à Lusa a lentidão no processo de etiquetagem.

De acordo com Rodrigo Santos, dirigente da ACAPO, além destes mecanismos "financeiramente mais acessíveis para os espaços comerciais" há outro que merece melhor acolhimento.

Esse sistema "imprime o Braille através de uma impressora Braille que pode ser ligada ao sistema informático da loja, permitindo uma impressão e colocação de etiquetas bastante rápida", explicou.

Ainda para este dirigente, a existência de etiquetas em Braille é um avanço que vai evitar confusões, porque, por exemplo, "um pacote de leite é, na forma, igual a um pacote de vinho".

SB/SZP Lusa
Fonte: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/493453

publicado por MJA  [22.Jan.09]

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Chegou a hora de arrumar os óculos

Palmira Correia

Expresso
17 de Janeiro de 2009

Operação com lente intra-ocular chegou a Portugal

Ana começou a usar óculos há seis anos, quando deixou de ver ao perto. Mas nunca se adaptou. A semana passada, aos 53 anos, tornou-se a primeira portuguesa a ser operada para lhe colocarem as chamadas lentes acomodativas. Adeus, óculos!

Chamam-se lentes acomodativas porque, como o nome indica, vão “flectir” ou acomodar-se para focar objectos a diferentes distâncias, proporcionando uma continuidade de visão perfeita ao perto, a média distância e ao longe. Eduardo Fernandes, director do Serviço de Oftalmologia do Hospital Cuf Infante Santo, foi o primeiro especialista a implantar esta lente em Portugal.

Segundo o oftalmologista, a nova lente tem o movimento dentro do olho semelhante ao movimento natural do cristalino. Que é a nossa lente natural e que vai perdendo essa função a partir dos 40 anos. É por ela que passam todas as imagens que captamos na retina. tendo por função focar objectos a diferentes distâncias. Ou seja, ao longe distende, ao perto retrai.

Desenvolvida nos EUA, onde a lente está a ser testada já há alguns anos. chega agora à Europa e a Portugal para resolver o problema de todos os que odeiam óculos. "A lente acomodativa adapta-se a qualquer graduação, quer se trate de miopia. hipermetropia ou presbiopia (dificuldade em ver ao perto). Só não corrige o astigmatismo", informa o médico para acrescentar que se trata de uma técnica de substituição do cristalino, ou seja, uma variante da cirurgia para as cataratas testadíssima há vários anos.

O procedimento correcto é, segundo o médico, operar um olho e 15 dias depois repetir o processo no outro olho. "Aguarda-se um mês e só nessa altura é que se avalia se o doente tem ou não necessidade de fazer a correcção do astigmatismo com laser. A colocação de cada lente custa cerca de €3 mil, um valor que os hospitais públicos não vão poder suportar nos próximos anos. já que o seu preço é dez vezes mais que o da lente monofocal para a catarata.

Num pais onde há uma extensa lista de espera para operar cataratas, em que alguns desses doentes já não vêem, não faz sentido colocar à frente pessoas que vêem, mas como não gostam de usar óculos querem ser operadas. "É um patamar de bem-estar acima da nossa realidade", frisa Eduardo Fernandes.

Cinco dias depois da operação, Ana A. falou ao Expresso. Quando tive conhecimento desta técnica não hesitei, mesmo sabendo que era a primeira pessoa a fazê-lo", conta.

Radiante com o resultado, Ana garante que já consegue ler sem óculos e também já tem uma boa visão ao longe. "Não tive uma única dor e a intervenção em si, feita com anestesia local com umas gotas, não causa nenhum sofrimento. Uma hora depois da operação, fui para casa pelo meu pé. Agora estou desejosa de operar o outro olho já para a semana, desabafa.

Para tranquilizar a paciente, o representante da Crystalens para a Península Ibérica fez questão de acompanhar a doente e a cirurgia para lhe garantir que esta técnica não envolve risco. "O pior que podia acontecer era não ver bem ao perto, e aí teria de continuar a usar óculos, mas nunca há o risco de deixar de ver", reafirma o médico.

As outras lentes

Antes das lentes acomodativas, os médicos portugueses há muito que colocam lentes monofocais e multifocais. As primeiras são concebidas para proporcionar melhor visão a uma determinada distância, normalmente ao longe. O principal inconveniente é o doente ter de usar óculos para ver ao perto. Já as lentes multifocais utilizam múltiplas zonas de visão integradas na própria lente para proporcionar visão a várias distâncias. Podem comparar-se aos círculos de um alvo, com alguns deles dedicados à visão ao longe e outros à visão ao perto, como se a pessoa tivesse lentes bifocais ou trifocais dentro do olho, Alguns pacientes sentem dificuldade em adaptar-se. Além disso, a visão intermédia (à distância do braço) pode ficar comprometida, pois esta tecnologia aplica-se essencialmente à visão ao perto e ao longe e exclui a visão intermédia.

Com o aparecimento da nova lente, tudo indica que o espectro das várias necessidades fica completo mas é o próprio médico que faz questão de sublinhar que não há técnicas perfeitas. "A qualidade da visão não é perfeita". e é por isso que não as recomenda a uma pessoa que precise de usar a visão a 100%. como um relojoeiro. Mas se pensarmos que 100 por cento da população acima dos 50 anos precisa de usar óculos é uma invenção muito bem-vinda.

Fonte: LERPARAVER

publicado por MJA  [18.Jan.09]

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O Livro Negro das Cores


EL LIBRO NEGRO DE LOS COLORES
  de Menena Cottin e Rosana Faría é uma obra singular sobre a percepção das cores. Escrito a tinta e a braille e ilustrado com imagens a preto e branco e em relevo, este livro negro propõe a todos as crianças uma experiência sensorial inédita: perceber as cores sem necessidade de as ver. Uma edição original da editora mexicana Tecolote mereceu o primeiro prémio na categoria "Novos Horizontes", outorgado pela Feira do Livro Infantil de Bolonha 2007. Em Novembro o New York Times incluiu-o entre os 10 melhores álbuns ilustrados de 2008.

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=R6xNg0544sE&eurl=&feature=player_embedded

publicado por MJA  [13.Jan.09]

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À conversa com... Jerónimo Nogueira

A Biblioteca Municipal de Coimbra recebe, no próximo dia 14 de Janeiro, quarta-feira, pelas 18h, Jerónimo Nogueira, para falar  "do verbo e da luz".

Jerónimo Nogueira é invisual e vem contar-nos como tem uma sensibilidade diferente em relação a tudo aquilo o que o rodeia e como é possível ver o mundo com «o olhar dos outros sentidos que não o da visão».

Para mais informações, contacte a Casa Municipal da Cultura de Coimbra:

Casa Municipal da Cultura
Rua Pedro Monteiro -- 3000-329 Coimbra
Tel. 239 702 630 - Fax 239 702 496

publicado por MJA  [12.Jan.09]

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Escola de cães-guia preocupada com oportunistas

12-01-2009


O presidente da direcção da Associação Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual (ABAADV), a única escola de cães-guia existente em Portugal, denunciou ontem o aparecimento frequente de pessoas que fazem venda a invisuais de animais, quando não têm competência para os treinar para este tipo de função. «Aproveitam-se da ansiedade e necessidade para tentarem fazer negócio», referiu João Fonseca, explicando que se trata de pessoas que apenas «dão o treino básico aos animais, mas não têm capacidade para a preparação específica».

Na ABAADV, ontem visitada pela secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, Iládia Moniz, os cães são treinados durante dois anos, segundo normas internacionalmente regulamentadas e auditadas, sendo que os treinadores têm três anos de formação no estrangeiro.

«Estamos a falar de coisas sérias», explicou o responsável, defendo o rigor e a qualidade do trabalho realizado na instituição, tanto mais que os animais são entregues gratuitamente aos invisuais seleccionados, não sendo admissíveis esquemas que envolvam dinheiro. É por esta razão que João Fonseca reconhece alguma irritação, tanto mais que já houve um caso em que a publicidade de venda de animais foi feita através da internet, com o uso abusivo do logótipo da Federação Internacional, em que a ABAADV está integrada.

Contudo, apesar das situações detectadas, a escola de cães-guia de Mortágua continua desenvolver as suas actividades, tendo já entregue mais de sete dezenas de animais, desde a sua fundação. Outra das preocupações tem a ver com as dificuldades que os invisuais têm para entrar com os cães em determinados locais, sendo mais grave o impedimento verificados em transportes públicos.

Neste âmbito, Idália Moniz deixou ontem uma mensagem de apoio e de que o Governo está a alterar a legislação no sentido de colmatar as lacunas encontradas, permitindo melhores acessibilidades aos espaços públicos a cegos que se façam acompanhar de um cão-guia. Defendendo que, mesmo antes da alteração legislativa, «já estávamos muito à frente de outros países, incluindo os nossos parceiros comunitários», a governante lembrou que, no sentido de auscultar quem está dentro do sector, «a melhor decisão que tomei, foi chamar a ABAADV e outra instituição para os ouvir». «Não podíamos desperdiçar a sua experiência», sustentou.

Idália Moniz pediu ainda mais intervenção da sociedade civil no processo, referindo que, «temos o hábito de acompanhar a legislação, mas falta “feed back” por parte das instituições». Exemplificando com o reduzido número de queixas de incumprimento, «apesar de vermos várias situações, todos os dias na imprensa», a secretária de Estado apelou a um maior envolvimento da sociedade civil.

Idália Moniz referiu ainda não ter recebido qualquer queixa da tentativa de venda de cães-guia, mas disse ter conhecimento de que existem situações que considerou «uma nova realidade cruel». Tanto mais que, segundo garantiu, «o Estado dá, gratuitamente, todos os anos, 13,5 milhões de euros para cerca de 25 ajudas técnicas». A governante, ainda antes de conhecer as instalações e observar uma demonstração, deixou «o reconhecimento público pelo excelente trabalho realizado» pela ABAADV, tendo também elogiado a forma sustentável como a escola tem evoluído.

Instituição precisa crescer para o dobro

Sendo a única escola de cães-guia do país, a ABAADV necessita ver aumentadas as suas valências para poder fazer face ao número de invisuais que, podendo, necessitam de receber um animal.
Tendo em conta que os cães demoram dois anos a treinar e só trabalham durante oito, com a actual capacidade, a instituição estará a trabalhar, brevemente, quase só para substituir os animais que morreram ou se reformaram.

João Fonseca disse aos jornalistas que, «sem entrar em loucuras, preferia que esta escola crescesse», não pondo de parte a hipótese de colaborar com outras instituições que «venham de boa-fé». «Produzimos 14 cães por ano», explicou, referindo que, de início eram apenas oito. Contudo, o número revela-se insuficiente, pela substituição de animais mais antigos, mas também porque existe uma lista de espera extensa e a que não há possibilidade de responder em tempo útil. Desde logo, cerca de 70 pessoas estão inscritas, sendo que mais de 40 já passaram positivamente pelos critérios de selecção, esperando agora que possam chegar a sua vez de receber um cão-guia.

Outra dificuldade prende-se com a necessidade de encontrar mais famílias de acolhimento para os animais, durante a sua formação. Actualmente são cerca de 30, «mas o ideal era se tivéssemos 60 ou 70», refere.

Fonte: Hoskare e Tuchay

publicado por MJA  [12.Jan.09]

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Comissão para facilitar acesso à escrita Braille

SOL

6 Janeiro

A secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz, anunciou hoje a criação da Comissão de Braille e de meios complementares de leitura, justificando-a com a necessidade de alargar o acesso dos invisuais a esta escrita.

«É um órgão que vai funcionar dentro do Instituto Nacional para a Reabilitação, que faz um acompanhamento das necessidades de uma boa e eficaz utilização dos signos de Braille. Há áreas como a música ou a matemática onde é necessário estabilizar o sistema de escrita para que as pessoas cegas possam utilizá-lo devidamente», explicou.

A secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação falava na cerimónia de inauguração da nova área de leitura para cegos da Biblioteca Nacional, em Lisboa, inserida nas comemorações do bicentenário do nascimento de Louis Braille, o criador do sistema de leitura para cegos.

Idália Moniz, que não precisou quando vai entrar em funcionamento a Comissão, revelou ainda que no ano passado foram apresentadas cerca de 100 queixas por incumprimentos da lei que proíbe e previne a discriminação com base na deficiência e risco agravado de saúde, «muitas relacionadas com seguros e acesso a espaços públicos, poucas questões laborais».

«Foram cerca de 100 queixas e, atendendo à percepção que temos de insatisfação e do incumprimento de direitos fundamentais de pessoas com deficiência, temos que ter uma sociedade civil mais participativa. Estamos aquém da utilização dos instrumentos legislativos que nos permitem punir quem não cumpre», afirmou a secretária de Estado.

Já o presidente da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), Carlos Lopes, também presente na cerimónia, reiterou a necessidade de promover a utilização da «escrita a branco», mostrando-se preocupado com a renitência dos jovens cegos em utilizar o Braille, consequência da própria dificuldade em reconhecer a sua deficiência.

«Há um conjunto de factores que nos fazem reflectir sobre a continuidade e a utilização do Braille. Há questões de natureza psicológica e de aceitação da própria deficiência visual. Estou em crer que numa fase inicial, aqueles jovens que ainda têm algum resíduo visual, mas que muitas vezes já é manifestamente insuficiente para escreverem a tinta, têm uma rejeição grande ao Braille», disse à Lusa Carlos Lopes.

O presidente da ACAPO referiu ainda a inaptidão de alguns professores para leccionar Braille como um factor que coloca em risco a continuidade da utilização desta escrita pelos jovens invisuais.

O novo espaço da Biblioteca Nacional vai albergar todos os serviços relacionados com a área de leitura para deficientes visuais.

«Desde os gabinetes de trabalho, passando pelas cabines de gravação e uma sala de leitura que permite a leitura presencial. De sublinhar também que o essencial do serviço é prestado através do empréstimo domiciliário dos livros em Braille e dos livros sonoros. Foi também integrado neste serviço o depósito dos milhares de publicações em Braille. Recentemente, deu-se início à produção de livros electrónicos, ou seja de e-books», explicou à Lusa o director geral da Biblioteca Nacional, Jorge Couto.

Lusa/SOL

Fonte: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.
aspx?content_id=122009

publicado por MJA  [6.Jan.09]

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Biblioteca Nacional renova área de leitura para cegos

Público

04.01.2009

A A Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) inaugura amanhã a nova área de leitura para deficientes visuais e inicia este ano a digitalização e colocação na Internet dos livros sonoros e em braille, disse o director, Jorge Couto, à agência Lusa. A BNP celebra assim os 40 anos da criação do Serviço de Leitura para cegos e assinala, em simultâneo, o bicentenário do nascimento de Louis Braille, criador francês do sistema de escrita e leitura para cegos.

A nova área de leitura da BNP terá um espaço alargado e em exclusivo para os deficientes visuais, que inclui depósito de colecções e logística adaptada aos trabalhos de impressão em braille e digitalização. Terminado este processo de modernização, em 2009 irá proceder-se à "reconversão das cassetes e dos livros braille para a Internet para digital". São "centenas de milhares de páginas" que serão digitalizadas.
De acordo com o director da Biblioteca Nacional, existem cerca de 1700 títulos em áudio, nove mil volumes em braille e cerca de 430 em formato electrónico (e-book). A colecção de livros em braille inclui, por exemplo, o primeiro livro impresso em Portugal, mas as áreas com maior expressão são os manuais escolares e a literatura.

Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fid%3D15500940

publicado por MJA  [5.Jan.09]

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Três quartos dos sites públicos
já estão preparados para deficientes

João Pedro Pereira

Público
03.01.2009

Quase todo o Estado tem presença na Web. Quem está de fora queixa-se sobretudo da falta de recursos financeiros. Dos organismos da administração pública central que têm site, 76 por cento garantem que as páginas cumprem as regras internacionais de acessibilidade para cidadãos com deficiências. Em 2007, pouco menos de metade afirmava estar nestas condições.

Os números, revelados esta semana, são de um inquérito feito pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento aos próprios organismos, com o objectivo de apurar o grau de penetração das tecnologias de informação em toda a administração pública.

As normas de acessibilidade são definidas pelo W3C, consórcio de boas práticas para a criação de páginas na Internet. O objectivo é que os sites sejam construídos de forma a poderem, por exemplo, ser lidos por programas especiais para cibernautas cegos ou a permitirem que a navegação seja feita apenas com o teclado e sem recurso ao rato (de manuseio difícil para algumas pessoas com deficiências motoras).

O número de sites com preocupações de acessibilidade faz com que Portugal esteja "muito bem colocado" neste campo, garante o presidente da UMIC, Luís Magalhães. Não há números concretos para comparação, mas um estudo da Comissão Europeia, divulgado em finais de 2007, classificava como "pobre" a adesão dos sites públicos europeus às normas de acessibilidade - apenas cinco por cento indicaram respeitar estas regras. Neste estudo, Portugal surgia em quarto lugar ao nível da "sofisticação" dos serviços on-line oferecidos aos cidadãos.

Ouvir os cidadãos on-line
No entanto, por parte das regiões autónomas e das câmaras municipais, as preocupações com a acessibilidade dos sites parecem ser muito mais reduzidas. Apenas 19 por cento dos sites da administração pública dos Açores estão conforme as normas, número que desce para os oito por cento no caso da Madeira. No caso das autarquias, os dados são de 2007 e indicam que só 18 por cento das câmaras construíram páginas apropriadas para cidadãos com deficiências.

Apesar do indicador positivo, há ainda quem nem sequer tenha presença on-line. Das mais de 300 entidades da administração pública central inquiridas pela UMIC, oito por cento não têm site. A principal razão, apontada em 30 por cento das respostas, é a falta de dinheiro, seguida de "não ser necessário" ou "não se adequar ao perfil do organismo", e da falta de pessoal com competências.

O estudo indica também um aumento no número de organismos que usam a Net para a comunicação com os cidadãos (de 60 por cento em 2007 para 77 em 2008) e dos que estão integrados via Internet, para oferecer num único portal o acesso a funcionalidades de vários serviços - prática já adoptada por um quarto da administração pública.

Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fid%3D15494493

publicado por MJA  [3.Jan.09]

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Paciente com danos cerebrais prova que vê

Salvador Nogueira


Globo

É um caso único na história da medicina. Um paciente sofreu dois derrames consecutivos, que devastaram o córtex estriado, área do cérebro responsável pelo processamento da visão. O indivíduo ficou, para todos os efeitos, cego. Mas, embora viva com a convicção de que não enxerga nada, ao ser submetido a uma caminhada por um corredor cheio de obstáculos, ele desviou-se de todos com sucesso. O feito emocionou os cientistas, que explodiram em palmas quando ele chegou do outro lado. Mas o que restou desse resultado foi uma tonelada de dúvidas.

Na prática, a única coisa que o estudo, divulgado na última edição do periódico científico "Current Biology", concluiu é que não se pode mais dizer que não ver e pensar que não se vê são a mesma coisa. O achado sugere que informações visuais podem ser processadas sem passar pela mente consciente - e que os mecanismos cerebrais ligados a esse fenômeno muito provavelmente nada têm a ver com o córtex estriado.

A equipe internacional de Beatrice de Gelder, do Centro Athinoula A. Martinos para Imageamento Biomédico, ligado à Universidade Harvard, nos EUA, tomou todos os cuidados para se certificar de que o paciente, um senhor identificado apenas como TN, de fato não registrava conscientemente nenhuma informação visual.

TN foi "descoberto" em Genebra, logo após sofre seu segundo derrame. O primeiro já havia danificado a região do córtex estriado em um dos lados do cérebro. O seguinte detonou a mesma região, só que no outro hemisfério. O dano foi radical. Além de declarar não enxergar nada, o efeito foi confirmado com técnicas de imageamente cerebral, que não detectaram atividade no córtex estriado quando TN foi exposto a estímulos na visão.

Na prática, o paciente tinha os olhos e nervos ópticos em perfeito estado, mas a parte do cérebro responsável por interpretar esse sinais estava avariada. Uma "cegueira cerebral", por assim dizer.

Após o segundo derrame, a vida de TN mudou completamente. Ele passou a viver como um cego, usando uma bengala para identificar obstáculos e exigindo um guia para saber onde ir. Mas quando os cientistas encheram um corredor de potenciais "tropeçadores", como caixas, cadeiras e outros objetos, TN conseguiu caminhar perfeitamente, sem ajuda alguma, e evitar colisões.

Como? Para os cientistas, está claro que há mais regiões no cérebro trabalhando com as informações visuais do que o córtex estriado. Mas é tudo que eles sabem.

Apenas um outro caso parecido foi reportado, e com uma macaca. Mas mesmo ela não teve dano completo à região do cérebro responsável pela visão. Ainda assim, ela demonstrou habilidades semelhantes, mesmo tendo ficado cega.

"Dada a consonância com os resultados das pesquisas com animais e a extrema raridade de casos com cegueira cortical completa em humanos, essa observação impressionante servirá como ponto de partida para estudos futuros, quando e se outros pacientes similares forem descobertos", afirmam os cientistas, em seu artigo na "Current Biology".

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/
0,,MUL932026-5603,00PACIENTE+COM+DANO+CEREBRAL
+PROVA+QUE+ENXERGA+MESMO+SE+ACHANDO+CEGO.html

publicado por MJA  [3.Jan.09]

 

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