notícias 2019
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Notícias em arquivo:
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ϟ Inclusão na
banca. Montepio lança cartões adaptados para cegos
DINHEIRO VIVO | Sara Fernandes |
21.10.2019
Banco acredita que novo cartão fará "toda a diferença no dia a
dia das pessoas com deficiência visual".
O Montepio lançou um novo cartão de débito adaptado para pessoas
com deficiências visuais. O cartão tem uma ranhura que torna
mais fácil não só distingui-lo dos restantes como a sua
utilização nos terminais. “A ranhura, em forma de meia lua,
posicionada no canto inferior direito do cartão, permite às
pessoas com deficiência visual distinguir de forma simples e
imediata a posição correta para inserir o cartão nos Caixas
Automáticas (ATM) e nos Terminais de Pagamento Automático
(TPA)”, indica o Montepio. O objetivo é que as pessoas cegas
consigam perceber pelo toque qual a posição correta para colocar
o cartão. Com a medida, as pessoas com deficiência visual
ultrapassam “um dos obstáculos que hoje encontram quando usam um
cartão, numa Caixa Multibanco, ao introduzi-lo, frequentemente,
de forma incorreta”.
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12.Nov.2019 publicado por
MJA
ϟ Google Maps introduz guia
de voz para invisuais
Motor24 | 20/10/2019
É a pensar, essencialmente, nos utilizadores invisuais que a Google
lançou nova atualização para o Google Maps, que acrescenta guia de voz
mais detalhada para caminhadas, funcionalidade que a empresa afirma ter
sido desenvolvida de raiz por e para pessoas cegas.
Se a popular aplicação da Google se tornou numa ferramenta comum pela
forma intuitiva como permite acompanhar as indicações do trajeto no
ecrã, para pessoas invisuais ou com baixa visão esta ferramenta está
agora mais completa, com o guia de voz com atualizações contínua,
muitíssimo mais detalhado, incluindo sinais sonoros para a localização
de passadeiras e alertas para a presença de todo o tipo de obstáculos no
caminho. Como explica Wakana Sugiyama, analista de negócios na
companhia, cega e com participação fundamental no processo de
desenvolvimento do novo Guia de Voz.
Para já, apenas disponível para iOS e Android em inglês e japonês. Mais
tarde, a versão atualizada da aplicação será introduzida a outros
idiomas e geografias.
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21.Out.2019 publicado por
MJA
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Magia na Escuridão de Juan
Esteban Varela
Espetáculo
de magia para invisuais ou para sentir de olhos vendados - de 17
a 21 de Setembro 2019 - Encontros Mágicos - 23º Festival
Internacional de Magia de Coimbra
À semelhança das duas últimas edições dos Encontros Mágicos, voltamos a
receber um espetáculo muito especial - MAGIA NA ESCURIDÃO, por Juan
Esteban Varela, reconhecido mágico chileno que protagoniza uma
experiência verdadeiramente inclusiva, sem precedentes, convidando a
comunidade invisual a assistir a um espetáculo de magia em que o sentido
da visão não intervém. Aos não invisuais serão colocadas vendas
para que assistam e vivam uma experiência única e em circunstâncias
tendencialmente idênticas.
A entrada é gratuita, sujeita à lotação da sala, mediante inscrição
prévia na bilheteira do Convento São Francisco.
Classificação etária: M/12
Duração: 60 minutos
Local: Convento São Francisco, Coimbra
Bilheteira: 239 857 191
bilheteira@coimbraconvento.pt
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21.Set.2019 publicado por
MJA
ϟ'Color You' é feita
por jovens, ajuda daltónicos a distinguir cores e venceu o Apps
for Good
Manuel Pestana Machado |
Observador | 16/9/2019
O vencedor da 5ª Edição do Apps for Good foi a Color You, aplicação
criada por jovens do Instituto dos Pupilos do Exército. Tem como
objetivo ajudar daltónicos a identificar as cores.
A final do concurso “Apps for Good” decorreu na passada sexta-feira,
na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e teve como vencedores a
equipa de jovens do Instituto dos Pupilos do Exército. O que criaram?
Uma app para ajudar toda a gente a distinguir cores, “facilitando o
quotidiano das pessoas daltónicas (que têm uma anomalia na visão, que
interfere na distinção das cores)”: a Color You.
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17.Set.2019 publicado por
MJA
ϟ PSI para crianças e jovens
com deficiência
INR | 06/09/2019
Foi, hoje, 6 de setembro, publicado o Decreto-lei n.º 136/2019, que
alarga o acesso à componente base da Prestação Social para a Inclusão
(PSI) às crianças e jovens com deficiência e com uma incapacidade igual
ou superior a 60%, com efeitos a partir do próximo dia 1 de outubro.
Este alargamento da PSI à infância e juventude consiste na atribuição de
um montante fixo, correspondente a 50% do valor de referência da
componente base, independentemente dos recursos económicos de que a
família disponha. O montante atribuído é majorado em 35% quando a
criança viva num agregado familiar monoparental.
Para além deste alargamento, é, ainda, introduzida a pensão de
Orfandade. como prestação social acumulável à Prestação Social para a
Inclusão.
Este diploma legal concretiza a 3.ª fase da implementação da PSI, criada
em outubro de 2017.
Existe o compromisso de reavaliação desta prestação social, no prazo de
cinco anos.
fonte:
http://www.inr.pt/
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9.Set.2019 publicado por
MJA
ϟEstatuto de Cuidador
Informal
INR | 06/09/2019
No dia 6 de setembro foi publicada a Lei n.º 100 / 2019, que
aprova o Estatuto de Cuidador Informal, com a definição dos
direitos e dos deveres do cuidador e da pessoa cuidada.
O reconhecimento do cuidador informal é da competência do
Instituto da Segurança Social (ISS), mediante requerimento por
aquele apresentado e, sempre que possível, com o consentimento
da pessoa cuidada, junto dos serviços da segurança social ou
através do portal da Segurança Social Direta.
As condições e os termos do reconhecimento e da sua manutenção
serão regulados por diploma próprio, no prazo máximo de 120 dias
a contar de hoje.
A Lei n.º 100/ 2019 considera “pessoa cuidada” a pessoa que
necessita de cuidados permanentes, por se considerar em situação
de dependência e beneficie do complemento por dependência de 2.º
grau e subsídio por assistência de terceira pessoa.
Pode ainda considerar-se pessoa cuidada quem, transitoriamente,
se encontre acamado ou a necessitar de cuidados permanentes, por
se encontrar em situação de dependência, e seja titular de
complemento por dependência de 1.º grau, mediante avaliação
específica dos Serviços de Verificação de Incapacidades do
Instituto da Segurança Social.
fonte:
http://www.inr.pt/
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9.Set.2019 publicado por
MJA
ϟ Prémio Champalimaud para
instituições que tratam da visão de milhões de brasileiros
Teresa Sofia Serafim
Público |
4 de Setembro de 2019
Um milhão de euros do Prémio António Champalimaud de Visão 2019 será
repartido por três instituições brasileiras que combatem a cegueira: O
Instituto Paulista de Estudos e Pesquisas em Oftalmologia – IPEPO, a
Fundação Altino Ventura e o Serviço de Oftalmologia da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) já realizaram milhões de consultas
oftalmológicas e cirurgias oculares em todo o território brasileiro.
Agora, pelo seu trabalho de combate à cegueira de milhões de pessoas,
estas três instituições brasileiras são distinguidas com o Prémio
António Champalimaud de Visão 2019 – a maior distinção nesta área – no
valor de um milhão de euros. A entrega deste galardão é esta
quarta-feira à tarde, no Centro Champalimaud, em Lisboa, numa cerimónia
presidida por Marcelo Rebelo de Sousa.
Combate ao pterígio
“O trabalho da nossa instituição consiste em facilitar o acesso do
atendimento oftalmológico na população combatendo a cegueira e usando
tecnologia moderna, teleoftalmologia e recursos modernos para actuar em
regiões mais remotas do Brasil.” É assim que Rubens Belfort, presidente
da IPEPO, resume o trabalho da instituição. Fundada em 1990, actua na
região de São Paulo e em áreas da Amazónia brasileira.
Só nos últimos cinco anos, a IPEPO realizou cerca de dois milhões de
consultas oftalmológicas e mais de 100 mil cirurgias oculares, segundo
um comunicado da Fundação Champalimaud. Além do atendimento, Rubens
Belfort destaca a investigação científica. “Realizamos estudos
epidemiológicos muito importantes para saber quais as causas de cegueira
na Amazónia e como actuar para as diminuir”, diz, salientando a
investigação relacionada com o pterígio, doença que ocorre quando o
tecido da conjuntiva (que cobre a parte branca dos olhos) cresce e fica
menos vascularizado do que a córnea (parte transparente do olho).
Através de um levantamento populacional feito a pessoas a partir dos 45
anos da Amazónia brasileira, percebeu-se que o pterígio era uma causa
muito substancial de cegueira na Amazónia.
“Quando estudámos as causas da cegueira [na Amazónia], o pterígio era a
terceira causa, o glaucoma a segunda e a catarata a primeira, mas ainda
não sabemos bem se o pterígio é uma causa reversível ou irreversível”,
esclarece Solange Salomão, professora da Escola Paulista de Medicina da
Universidade Federal de São Paulo, que está ligada ao IPEPO. De acordo
com Solange Salomão, a cirurgia ao pterígio resolverá, provavelmente,
esse problema, mas é uma operação difícil, tem um pós-operatório
complicado e cerca de 30% das pessoas que a fazem acabam por ter uma
recidiva.
Mesmo assim, a IPEPO não tem parado de combater esta doença: já se
fizeram mais de 50 expedições à Amazónia brasileira em que se realizaram
entre 500 a 1000 cirurgias gratuitas. Quanto às causas desta doença,
desconfia-se que esteja associada à maior incidência de raios
ultravioletas na Amazónia do que noutras partes do mundo e que isso
tenha efeitos em várias estruturas dos olhos. Agora, uma parte do Prémio
Champalimaud de Visão será usada no financiamento dos estudos da IPEPO e
no tratamento às cataratas.
Um “projecto muito lindo” com crianças
Fundada em 1986, a Fundação Altino Ventura dedica-se à investigação
científica, ao ensino e ao atendimento de pessoas do Sistema Único de
Saúde – o serviço público – no Nordeste do país. A história desta
fundação começou com uma clínica criada por Altino Ventura, em 1953. A
partir daí, as actividades foram crescendo até surgir a fundação, agora
presidida pelo seu filho Marcelo Ventura. Hoje esta família já tem 29
oftalmologistas.
Com sede no Recife, esta instituição já está em nove estados do Brasil,
na sua emergência oftalmológica atende 15 mil doentes por mês (500 por
dia) e trata de 190 mil doentes por ano. Ao longo da sua história, conta
com a realização de mais de 14 milhões de procedimentos oftalmológicos e
formou 572 oftalmologistas.
“Este prémio vai permitir-nos atender mais [pessoas] na área da
reabilitação visual auditiva, motora e intelectual”, assinala Marcelo
Ventura. O médico oftalmologista destaca que este prémio será investido
em recursos no atendimento às crianças, como as que têm problemas
neurossensoriais, motores e de desenvolvimento provocados pela infecção
congénita do vírus Zika. “Há algum tempo que temos trabalhado para fazer
um projecto muito lindo de reabilitação visual, a hidroterapia, que dá
acesso aos pacientes a tratamentos com água”, indica, referindo que o
prémio impulsionará este projecto e permitirá a contratação de mais
profissionais e a disponibilização de mais vagas para crianças.
Como grande problema da oftalmologia no Brasil, Marcelo Ventura frisa a
falta de financiamento. “Dentro do direito brasileiro existe o direito à
saúde plena, mas infelizmente não existe acesso para que todos possam
tê-lo garantido.” Por exemplo, “a causa de baixa visão mais
significativa é a falta de óculos” devido ao parco financiamento. Mesmo
assim, salienta que houve melhorias nos últimos anos, como o “teste do
olhinho”, um exame realizado em recém-nascidos que serve para detectar
oculares congénitos.
Livre das cataratas
Integrado no Hospital de Clínicas da Unicamp (um dos mais importantes
hospitais públicos do Brasil), o Serviço de Oftalmologia dessa
universidade dá aulas e presta atendimento. Actualmente, está em 90
municípios próximos da cidade de Campinas – abrangendo cerca de cinco
milhões de pessoas –, faz 3000 cirurgias às cataratas por ano, o seu
serviço de ambulatório de oftalmologia atende 500 pessoas por dia e tem
vários projectos reconhecidos mundialmente.
“Nos últimos anos, o que nos diferenciou foram as actividades a que
chamamos ‘extramuros’, que são de oftalmologia comunitária”, diz Carlos
Arieta, coordenador da disciplina de Oftalmologia na Unicamp. Como se
percebeu que as pessoas tinham dificuldade em chegar ao hospital, em
1986 iniciou-se o projecto “zona livre de catarata”. Carlos Arieta
recorda que, nessa altura, foram a um bairro pobre de Campinas com cerca
de 100 mil pessoas e fizeram exames, forneceram óculos e cirurgias. “A
maior parte das pessoas com problemas de visão precisava de cirurgia
para as cataratas [que ainda é a doença principal a causar cegueira no
Brasil e é reversível com uma cirurgia].” Depois, reproduziram este tipo
de atendimento e, ao fim de poucos anos, este projecto já abrangia
milhões de pessoas, acabando por ser replicado por outras instituições.
Agora, o maior desafio do Serviço de Oftalmologia da Unicamp continua a
ser fazer com que as pessoas cheguem ao hospital. Afinal, ainda há cerca
de um milhão de cegos no Brasil e entre três a quatro milhões de pessoas
com problemas visuais. “O acesso ao atendimento e à saúde ocular é
talvez o que a gente mais anseia”, considera Carlos Arieta. Por isso,
nos próximos anos, há a ambição de formar uma rede pública de
oftalmologia. Isto é, juntar os serviços de oftalmologia que estão
subutilizados para aumentar o atendimento das pessoas. Espera-se que
esta rede esteja em funcionamento entre 2020 e 2021.
“[Vamos aproveitar] a divulgação deste prémio para propor aos gestores
de saúde da região que se monte esta rede de oftalmologia para o sistema
público”, destaca Carlos Arieta. Esta distinção também irá contribuir
para o novo espaço físico do Serviço de Oftalmologia.
tp.ocilbup@mifares.aseret
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4.Set.2019 publicado por
MJA
ϟ Problemas de visão
aumentam insucesso escolar
André Manuel Correia
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
adverte que problemas de visão podem originar falta de interesse e
dificuldades de aprendizagem por parte dos alunos
O regresso às aulas está quase aí. Alunos e famílias preparam mais um
ano letivo. Compram-se os manuais, a mochila nova para os cadernos por
estrear, os estojos com as canetas e os lápis por usar. Tudo é
importante para obter bons resultados, mas é preciso não passar a
borracha sobre um fator que a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO)
aponta como potencial responsável de muitos casos de insucesso escolar.
Veja bem o problema: uma em cada cinco crianças apresenta algum tipo de
deficiência de função visual e os “erros refratários” — como miopia,
hipermetropia, astigmatismo e estrabismo — “são as doenças que mais
afetam” os mais novos.
“A falta de interesse e dificuldade de aprendizagem, por vezes
incorretamente entendidas como incapacidade natural do aluno para
aprender (preguiça ou pouca vontade de estudar), podem ter como fator
desencadeante um problema de visão”, adverte a oftalmologista Sandra
Barrão, da SPO. “A dificuldade em ver pode prejudicar o desenvolvimento,
a adaptação e o relacionamento com os outros no ambiente escolar”,
evidencia a especialista.
Olhos vermelhos, lacrimejo, prurido ocular, piscar muito os olhos,
franzir os olhos e a testa, sensibilidade à luz, dores de cabeça, visão
desfocada, perda de interesse por atividades que exigem esforço visual
(leitura ou desenho), posicionamento estranho a ler, fechar ou tapar os
olhos com alguma regularidade ou confundir letras são alguns dos sinais
de alerta.
Mas é preciso estar atento, porque “os sintomas de deficiência visual
nem sempre estão presentes” e “há crianças que não apresentam qualquer
tipo de sinal ou marca, principalmente aquelas em que um dos olhos vê
mal, por pequenos estrabismos ou por anisometropia (diferença de
graduação entre os dois olhos)”.
A lição passa, defende Sandra Barrão, por uma “deteção precoce” dessas
situações”, uma vez que “o olho humano atinge o desenvolvimento
funcional por volta dos 10 anos de idade”. A oftalmologista recomenda
que as avaliações visuais devem começar a ser feitas a partir dos 3 ou 4
anos ou, “idealmente, deve ser feito o primeiro rastreio entre os 12 e
os 18 meses”.
Além dos rastreios, é necessário respeitar as condições para uma leitura
mais adequada, valorizando a iluminação correta, a altura da cadeira e
evitar ler de barriga para baixo.
A distância de leitura deve posicionar-se entre os 30 e os 40 cm. Quando
o foco está no monitor do computador, “os olhos devem estar num nível
superior (10º ou 20º) do centro do mesmo”, enquanto se estiver a ver
televisão deve ficar a uma distância “cinco vezes superior à largura do
ecrã”, aconselha Sandra Barrão.
fonte:
vidaextra.expresso.pt
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4.Set.2019 publicado por
MJA
ϟ Adolescente fica cego
depois de fazer alimentação à base de batatas fritas
Ana Catarina Peixoto | 3/9/2019
Os exames mostraram
que o adolescente desenvolveu neuropatia ótica nutricional,
ou dano do nervo ótico, provocada por deficiências nutricionais
A partir da escola primária, o jovem começou apenas a comer batatas
fritas e, ocasionalmente, pão, fatias de presunto e salsichas. A sua má
alimentação levou à cegueira e a problemas de audição.
Um rapaz britânico de 17 anos ficou cego depois de ter feito uma
alimentação apenas à base de batatas fritas e, ocasionalmente, outros
produtos como pão, presunto e salsichas, revelou um relatório publicado
pelo Colégio Americano de Médicos. De acordo com este documento, a visão
do adolescente foi-se deteriorando gradualmente ao ponto de chegar à
cegueira total, uma vez que desenvolveu problemas neurológicos
provocados por deficiências nutricionais.
Quando saiu da escola primária, o jovem, cuja identidade não foi
revelada, passou a comer essencialmente batatas fritas e ocasionalmente
pão e fatias de presunto ou salsichas. Aos 14 anos, teve de ser
submetido a alguns exames, uma vez que se sentia constantemente cansado
e mal-disposto, revela o estudo, que acrescenta que o rapaz era um
“comedor exigente” e que não tomava medicamentos. Os exames revelaram
que o jovem tinha anemia macrocítica e défice de vitamina B12 e os
médicos receitaram alguns suplementos. No entanto, e algum tempo depois,
o adolescente deixou de fazer o tratamento e manteve a sua alimentação.
Os problemas não terminaram aqui. Aos 15 anos, o adolescente de Bristol,
no Reino Unido, começou a desenvolver problemas de visão e de audição,
mas os médicos não conseguiam encontrar uma causa, uma vez que os exames
que faziam apresentavam valores normais. Nos dois anos seguintes, a
visão do jovem continuava a piorar. Quando tinha 17 anos, foi ao
oftalmologista e fez exames, que revelaram que tinha uma visão de 20/200
em ambos os olhos, sendo assim considerado “legalmente cego”.
Não comia nenhuma fruta ou vegetal
Os exames mostraram que o adolescente desenvolveu neuropatia ótica
nutricional (NON), ou dano do nervo ótico, provocada por deficiências
nutricionais. Este tipo de problemas pode ser causado pelo consumo de
drogas, pela má absorção de alimentos, por má alimentação ou pelo
consumo excessivo de álcool. “As causas puramente alimentares são raras
nos países desenvolvidos”, explica o estudo. Além disso, o jovem
continuava também com baixos níveis de vitamina B12 e de cobre, selénio
e vitamina D.
Denize Atan, uma das médicas que tratou do jovem, revelou que a sua
dieta era “essencialmente uma dose diária de batatas fritas do
restaurante local” e que o jovem não comia “nenhuma fruta ou vegetal”.
Ele explicou que tinha aversão a certas texturas de comida que não
conseguia tolerar e, por isso, as batatas fritas eram o único tipo de
comida que queria e que achava que podia comer”, acrescentou a
especialista, citada pela BBC.
O caso vem revelar um facto pouco conhecido da má alimentação: além de
estar associada à obesidade e a doenças cardíacas, pode também
“danificar permanentemente o sistema nervoso, particularmente a visão”,
revela o estudo. Este problema em particular podia ser reversível se
tivesse sido detetado mais cedo. O jovem está agora a tomar mais
suplementos destinados a impedir que a sua visão piore ainda mais.
fonte:
Observador
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4.Set.2019 publicado por
MJA
ϟ Sunu Band - a pulseira
detetora de obstáculos inteligente
Sertec
Detecção de Obstáculos
A Sunu Band é uma pulseira detetora de obstáculos para pessoas cegas ou
com baixa-visão. Pode funcionar por si só ou em ligação ao Smartphone,
para funções adicionais. Desenhada para complementar a bengala, a Sunu
Band avisa-o da presença de obstáculos ao nível do peito e da cabeça,
através de vibrações. O alcance da deteção pode ser definido por si, e
existem dois modos: interior e exterior.
Relógio vibratório
a Sunu Band é também um relógio vibratório. Se estiver num ambiente
ruidoso, ou onde se faça silêncio, os relógios de voz podem ser
inadequados. É aí que a Sunu Band se mostra útil, ao dizer-lhe as horas
através de um código de vibrações sucessivas, que pode facilmente
aprender. Além disso, possui alarme despertador, programável através da
aplicação móvel para Android e iOS.
Bússola
A Sunu Band funciona também como uma bússola que lhe indica as direções
cardeais. Basta esticar o seu braço e rodar o corpo para saber em que
direção seguir. Esta função funciona em conjunto com a aplicação móvel,
e com o Google Mapas.
Localizador de sítios
A aplicação Localizador de Sítios é uma ferramenta de
orientação que permite explorar e aceder a vários locais que estão
próximos. Poderá explorar várias categorias de lugares, entre eles:
Estações de metro, Restaurantes, Lojas, Hospitais, Bancos, Farmácias,
Cafés, Multibancos, etc. O Localizador de Sítios permite que selecione
diferentes categorias de lugares que estão ao seu redor e receba
orientações guiadas, em tempo real, para chegar ao local desejado. A
orientação é oferecida por voz no seu dispositivo móvel.
Preço de lançamento: 350 euros (até 31 de dezembro)
Sertec - Tecnologia Acessível
Telefone: 219435183 | Email:
info@sertec.pt
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3.Set.2019 publicado por
MJA
ϟ Facing Emotions é a
aplicação da Huawei que ajuda pessoas cegas a interpretar emoções
Joao Bonell | Ago 14, 2019
A Huawei refere, acreditar que a tecnologia deve ser livre e estar
disponível para todos. Independentemente de quem somos ou de onde vimos.
Para que a vida de todos seja melhor. A aplicação Facing Emotions faz
parte desta missão assumida pela marca chinesa. Com aplicação Facing
Emotions, a Huawei consegue usar as novas tecnologias para ajudar
pessoas cegas e portadoras de deficiência visual a interpretar emoções
através de sons.
No mundo das pessoas que vêem, um simples sorriso é algo que todos
tomamos como garantido. Mas existem milhões de pessoas, que por serem
incapazes de ver rostos e “ler” pistas emocionais, ficam, muitas vezes
e, neste caso, literalmente, às escuras.
Com a aplicação Facing Emotions e o poder da Inteligência Artificial,
fica agora mais fácil interpretar as emoções no rosto das pessoas com
quem as pessoas com incpacidade visual está a conversar, mesmo para quem
não é capaz de ver. Para que desta forma consigam ouvir um sorriso. E
estar mais ligadas aos que as rodeiam.
COMO FUNCIONA
Com ajuda da poderosa câmara e da Inteligência Artificial do Kirin 980,
a aplicação é capaz de interpretar sete emoções humanas transformando-as
em sete sons únicos.
Através da câmara do telemóvel, a aplicação analisa o rosto da pessoa
com quem a pessoa cega está a conversar, identificando os olhos, nariz,
sobrancelhas e boca, assim como as suas posições.
A Inteligência Artificial processa, então, a emoção e produz um som
especifico no telefone, dependendo da emoção. Tudo isto acontece em
tempo real e em modo offline.
TRANSFORMAR SENTIMENTOS EM SONS
A aplicação utiliza Inteligência Artificial para reconhecer sete emoções
– raiva, medo, repugnância, felicidade, tristeza, surpresa e desprezo. O
compositor cego Tomasz Bilecki ajudou-nos a reinventar estas emoções
tranformando-as em sons. Utilizámos a sua perspetiva única sobre a
natureza do som para criarmos áudios curtos e fáceis de lembrar.
A Huawei desenvolveu a Facing Emotions em parceria com a Associação
Polaca para Pessoas Cegas e a própria comunidade de pessoas cegas, e em
conjunto com um grupo de testers trabalhamos para criar a experiência
final da aplicação, desde a funcionalidade até às cores e aos sons.
Foi através desta colaboração que conseguimos perceber que os
utilizadores desta aplicação gostariam de ter uma opção de mãos-livres,
uma vez que as pessoas portadoras de deficiências visuais precisam,
frequentemente, das mãos para segurar uma bengala ou para se conseguirem
deslocar. Foi assim que acabamos por juntar forças com o premiado
designer Janek Kochanski para criar um suporte 3D especial para
telemóveis. O design contemporâneo de Kochanski é uma combinação de
forma com funcionalidade, o que tornar a utilização do Mate20 Pro e da
aplicação mais intuitiva e simples para estas pessoas.
A parceria com a comunidade de pessoas cegas permitiu-nos compreender os
desafios que enfrentam e construir uma solução tecnológica que é
exclusivamente adaptada às suas necessidades. Uma ferramenta que,
esperamos, possa iluminar a escuridão e tornar o seu dia-a-dia um pouco
melhor.
Download disponível na
App Gallery da HUAWEI.
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2.Set.2019 publicado por
MJA
ϟ Lego vai
disponibilizar manuais de instruções em braille e áudio
ZAP | 31 Agosto, 2019
A Lego vai passa a disponibilizar
manuais de instruções de construção em braile e áudio, anunciou a
empresa de brinquedos dinamarquesa na sua página oficial.
O projeto-piloto, lançado este mês e que recorre à Inteligência
Artificial (IA), foi inspirado no empresário cego Matthew Shifrin. Tal
como conta o Newsweek, Shifrin viu-se obrigado a confiar numa amiga,
Lyla, para que lhe escrevesse as instruções da construção para que
depois as pudesse passar para braile.
“[Lyla] aprendeu braille ao relacionar-se comigo e ao apoiar a minha
paixão pela Lego. Passou inúmeras horas a traduzir instruções da Lego em
Braille”, disse Shifrin, que recorreu a estas instruções improvisadas
para criar modelos Lego da London Tower Bridge e da Ópera de Sidney, que
são compostas por centenas de peças.
“Para as pessoas cegas, os conjuntos da Lego atuam como substitutos
3D em miniatura de edifícios da vida real, em vez de fotografias
bidimensionais. Os tijolos da Lego permitem-se ver coisas impossíveis de
explorar pelo toque”, disse, citado pelo mesmo portal.
Depois da morte da sua amiga, em 2007, Shifrin entrou em contacto com
o Creative Play Lab da Lego para disponibilizar instruções de construção
para outros fãs com deficiência visual. Para isso, recorreram a um
software de IA que traduz as instruções gráficas disponibilizadas com os
brinquedos em texto em comandos de braile e voz. Os utilizadores poderão
gerar o áudio através de um ecrã leitor próprio ou pode usar o áudio
disponibilizado pela empresa. Há ainda a opção de leitura das instruções
em braile.
Atualmente, o programa oferece instruções sobre a criação de
conjuntos das séries Lego Classic, Lego City e Lego Friends. Dependendo
do feedback do consumidor, a Lego lançará mais áudios e instruções em
braille no início de 2020.
“Isto é extremamente importante para crianças cegas porque não há
muitos lugares em que podemos dizer: Eu construí isto sozinho”, explicou
Shifrin.
“Para crianças cegas, não temos o acesso que as crianças com visão
têm. Os tijolos de Lego permitem-nos aprender sobre o nosso ambiente,
ver o mundo. É tão importante porque as crianças cegas ficam de fora de
muitas coisas sociais, especialmente na escola primária. Mas a
construção de Lego é uma das coisas que podemos fazer”.
A diretora criativa da Lego, Fenella Blaize Charity, disse, também
citada pelo Newsweek, que a história de Shifrin mostra como é que as
peças de construção da lego estimulam a criatividade a aproximam as
pessoas. “Foi uma honra trabalhar com Matthew, a sua paixão e energia
são realmente inspiradoras. Mas o mais importante é que o seu projeto
ajudará crianças com deficiência visual em todo o mundo a ter a mesma
alegria de construir e o orgulho em criar que todos os nossos fãs
sentem”.
Ver o vídeo
aqui.
Δ
1.Set.2019 publicado por
MJA
ϟ
Os requisitos para aprovar Sistema de Navegação para Cegos -
Em parceria com 'The European Commission'-
Euronews | 22/07/2019
Quando se inventa uma nova tecnologia, o desenvolvimento é uma etapa
essencial, mas é preciso também que o aparelho seja aprovado pelas
autoridades.
Em entrevista à euronews, os investigadores do projeto europeu Sound of
Vision explicaram as condições necessárias para comercializar o novo
sistema de navegação para pessoas cegas.
"Temos a responsabilidade de garantir que o aparelho responde aos
requisitos legais e de segurança da União Europeia", explicou Arthur
Molnar, Investigador da InfoWorld. "Criámos um cenário e aperfeiçoamos o
software para comunicarmos com ele à distância. Podemos perguntar ao
aparelho se há algum problema ao nível do software e do hardware, antes
de o utilizador final saber", acrescentou o responsável.
A miniaturização do aparelho
"O aparelho tem de ser pequeno, para não atrapalhar o utilizador. É
muito importante que o utilizador se sinta bem e que não tenha a
sensação de usar algo estranho. O aparelho tem de ser concebido para
todos os estados do tempo, durante o dia, durante a noite, quando chove
ou quando há uma tempestade de neve, por exemplo", frisou o investigador
da InfoWorld.
+ informação aqui:
https://pt.euronews.com/
Δ
27.Jul.2019 publicado por
MJA
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Rede Nacional de Balcões da Inclusão
INR | 22/07/2019
A Rede Nacional de Balcões da Inclusão, coordenada pelo INR,I.P., tem
por objetivo prestar informação e mediação especializada e acessível ao
maior número de pessoas com deficiência e/ou incapacidade, suas
famílias, organizações e outros que direta ou indiretamente intervêm na
área deficiência, através dos balcões da inclusão sediados nas
autarquias, Segurança Social e INR,I.P. Atualmente conta com 74 balcões
da inclusão:
1 do INR;
19 do Instituto de Segurança Social (Centros Distritais e Madeira);
54 nas autarquias.
No primeiro semestre de 2019, foram efetuados 10 026 atendimentos,
abrangendo variadas temáticas, por exemplo: prestações sociais, produtos
de apoio e emprego/formação, entre outras.
Esta Rede caracteriza-se pelo seu dinamismo e proatividade, no serviço
que presta aos cidadãos diariamente e pretende abranger todas autarquias
a nível nacional.
Δ
27.Jul.2019 publicado por
MJA
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Projeto 'Filarmónica Enarmonia'
O Projeto Filarmónica Enarmonia promovido pela Associação Bengala
Mágica, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian através da iniciativa
PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social, pretende oferecer
aulas gratuitas de Instrumentos (de sopro e percussão), Teoria e
Formação Musical, Treino Auditivo e Memorização e Musicografia Braille,
a alunos cegos, com baixa visão e normovisuais. Pretende ainda
possibilitar e fomentar a Prática de Conjunto através da constituição de
uma banda filarmónica: “Filarmónica Enarmonia”.
As aulas terão início em setembro e destinam-se a crianças a partir
dos 8 anos, a jovens e a adultos.
Venha conhecer mais sobre este projeto! A Direção da Associação Bengala
Mágica e a Equipa de professores de música do projeto, esperam por si!
Associação Bengala Mágica
WEB: http://bengalamagica.pt/
email: associacao.bengalamagicamail@gmail.com
Telefone: nº 969197614.
Δ
23.Jul.2019 publicado por
MJA
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Tablets com Tinta inteligente para traduzir
Websites em braille
Expresso | Kristina Tsevetanova
| 11.06.2019
Ao falarmos de informação na atualidade, falamos do mundo digital e
da internet. Um mundo que é menos acessível para 285 milhões de pessoas
que sofrem de algum tipo de deficiência visual. O Blitab permitirá aos
invisuais estudarem, informarem-se, jogarem e, sobretudo, sentirem-se
integrados numa sociedade em que ninguém deve ser excluído.
Kent Cullers é um astrofísico norte-americano que sempre sonhou
trabalhar na NASA, e não desistiu até conseguir. Durante vários anos foi
um dos responsáveis pelo famoso programa SETI, cujo propósito é
encontrar sinais de inteligência extraterrestre no espaço. A sua
história, embora pouco comum, torna-se extraordinária graças a um
simples detalhe: Cullers é invisual. Na verdade, talvez seja o primeiro
astrónomo invisual dos Estados Unidos. Foi inclusive nessa peculiaridade
que Robert Zemeckis se inspirou para criar uma das personagens do filme
Contacto.
A história de Cullers – tal como a de outros invisuais famosos, como Ray
Charles ou Jorge Luis Borges – demonstra que, com determinação e uma
vocação verdadeira, os invisuais podem desempenhar praticamente qualquer
atividade profissional. Com determinação e com a ajuda das ferramentas
adequadas, claro. Ferramentas como a que Kristina Tsvetanova criou.
As dificuldades que um amigo invisual sentiu para se inscrever num curso
online, que para a maioria das pessoas é um processo simples,
incentivaram a engenheira búlgara a procurar uma solução que permitisse
aos invisuais superarem a barreira digital. “Só 1% da informação total
está disponível em braille. Essa é a única possibilidade que as crianças
e os adultos têm de se alfabetizarem, de aprenderem a ler e a escrever”,
explica Tsvetanova. “Isso é crucial para depois poderem arranjar
emprego”.
Ao falarmos de informação na atualidade, falamos do mundo digital e da
Internet. Um mundo que é menos acessível para 285 milhões de pessoas que
sofrem de algum tipo de deficiência visual. Foi dessa injustiça – que
emocionou Tsvetanova – e da vontade de ajudar que nasceu o Blitab, o
primeiro tablet do mercado capaz de, em tempo real, converter em braille
textos e gráficos provenientes de páginas na internet ou de equipamentos
de armazenamento digital, como drives USB. O sistema criado por
Tsvetanova e pelos seus parceiros consiste num líquido inteligente que
forma pequenas bolhas, para que se possa ler.
O Blitab permitirá aos invisuais estudarem, informarem-se, jogarem e,
sobretudo, sentirem-se integrados numa sociedade em que ninguém deve ser
excluído. Empresas, organizações sem fins lucrativos, governos e
universidade de todo o mundo já manifestaram interesse na sua ideia, o
que augura uma projeção mais interessante. Tsevetanova, eleita um dos 35
inovadores com menos de 35 anos pelo MIT, considera que os equipamentos
que recorrem ao áudio não são concorrentes do Blitab porque “o braille
nunca desaparecerá, tal como a palavra escrita”. Uma ideia bonita, que
nos enche de esperança.
Entrevista e edição: Noelia Núñez | Douglas Belisario -
Texto: José L. Álvarez Cedena
Δ
11.Jun.2019 publicado por
MJA
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Escalar muros, derrubar muros
Público | 2 de Junho de 2019
Marta Paço quebrou há dias uma barreira, ao tornar-se a primeira pessoa
cega campeã europeia de surf adaptado. A atleta portuguesa voltou este
sábado a testar os seus limites, mas em terra firme - se é que se pode
chamar terra firme a uma parede de escalada.
Há anos que o Clube de Escalada de Braga tenta mostrar que este
desporto pode ser praticado por gente aparentemente menos apta para
subir pelas paredes, e pelo interesse que a prova deste sábado suscitou
entre cegos, amputados de membros inferiores e superiores, deficientes
intelectuais e pessoas com paralesias várias, já o conseguiram. Subir um
muro é derrubar um muro. Depois dele, o horizonte fica livre, e tudo é
possível.
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2.Jun.2019 publicado por
MJA
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Relação das pessoas com Deficiência Visual com os Centros de Saúde
ACAPO
No âmbito de uma dissertação de mestrado em Comunicação Acessível pelo
Instituto Politécnico de Leiria, Rita Pereira encontra-se a investigar a
perceção das pessoas com deficiência visual relativamente à
acessibilidade comunicacional e de interação com os profissionais da
saúde no contexto dos cuidados de saúde primários (que decorrem nos
Centros de Saúde).
Como tal, solicita a participação das pessoas com deficiência visual no
preenchimento de um
questionário.
Para mais informações contacte a investigadora para o e-mail
ritap.mca@gmail.com.
Δ
30.Mai.2019 publicado por
MJA
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Unicamp cria colírio que evita perda de visão por diabéticos
Por
SorocabaniceS | 4 de maio de 2019
Um grupo de pesquisadores das faculdades de Ciências Médicas (FCM) e de
Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um
colírio para a prevenção e combate da degeneração gradativa que ocorre com
frequência nos olhos das pessoas com diabetes, a chamada retinopatia diabética.
“A grande vantagem desse achado é o fato de não ser invasivo. Por ser tópico não
implica em riscos e cria uma barreira contra as alterações neurodegenerativas
que afeta os diabéticos”, explicou a pesquisadora da FCM Jacqueline Mendonça
Lopes de Faria.
A cientista disse que a descoberta foi feita a partir de uma pesquisa que já
dura cerca de duas décadas. “É consequência de um estudo de 20 anos para
entender o mecanismo de ataque das células nervosas e de irrigação sanguínea no
tecido ocular.”
De acordo com a pesquisadora, por causa da hiperglicemia – excesso de açúcar no
sangue no organismo dos diabéticos – vários órgãos podem ser comprometidos. Em
cerca de 40% dos casos, a doença leva a complicações na retina provocadas pelo
efeito tóxico da glicose. O sistema nervoso e vascular da retina passam a ter
alterações progressivas que podem levar a cegueira. “Isso ocorre, muitas vezes,
justamente no momento em que a pessoa está em idade ativa.”
Atualmente, o tratamento da retinopatia diabética é feito com opções invasivas,
como a fotocoagulação com laser, injeções intravítrea ou mesmo cirurgia. A
expectativa dos pesquisadores da Unicamp é que, além de servir para a cura da
retinopatia diabética, a descoberta dessa tecnologia possa ser benéfica também
no tratamento de outras anomalias da visão, como o glaucoma.
Eficácia
Testes em laboratórios da Unicamp comprovaram a eficácia da fórmula. No entanto,
antes de ser transformado em medicamento para a distribuição e comercialização,
o colírio tem de ser submetido à fase clínica de tetes, com os ensaios em seres
humanos. Ainda não há previsão de quando isso vai ocorrer porque os testes
dependem do interesse de empresas em fazer o licenciamento da tecnologia junto
com a agência de inovação da universidade, a Inova Unicamp.
No teste com os roedores, não foram observados efeitos adversos e o colírio
mostrou-se eficaz na proteção do sistema nervoso da retina.
Também participam da pesquisa a professora Maria Helena Andrade Santana; a
pesquisadora Mariana Aparecida Brunini Rosales e a aluna de mestrado Aline
Borelli Alonso. Os estudos receberam financiamento da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério de Educação.
FONTE: Agência Brasil
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14.Mai.2019 publicado por
MJA
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Recursos acessíveis para cegos chegam também aos readers da Amazon
CANALTECH | 10 de Maio de 2016

Kindle, O E-Reader da Amazon
Depois de criar um ambiente melhor para os deficientes visuais em sua linha de
tablets, a Amazon está levando sua tecnologia VoiceView também para os
e-readers. O modelo Paperwhite é o primeiro a receber o acessório, capaz de não
apenas ler o que está escrito na tela mas também descrever ações e movimentos
para o usuário, facilitando a interação por meio da tela de toque.
Por US$ 140, ou cerca de R$ 485 em uma conversão direta, é possível levar para
casa o reader em si, juntamente com o dongle e um par de fones de ouvido, além
de US$ 10 em compras na loja virtual. Tudo, segundo a Amazon, funciona
exatamente como na versão para tablets, bastando conectar o acessório à saída
mini USB para que ele comece a funcionar por até seis horas, tempo máximo de
autonomia da bateria.
Em celulares e tablets, funções de leitura de tela já existem, e elas também
estão presentes nas versões padrões dos dispositivos da Amazon, permitindo, por
exemplo, que livros digitais convencionais possam ser lidos para os cegos.
Entretanto, o que diferencia o VoiceView – e também exige um dongle adicional –
é a ideia de que ele facilita a navegação pela touchscreen ao dar um feedback em
tempo real do que está acontecendo na tela.
Além disso, o acessório permite a configuração de gestos para as mais diversas
ações com o aparelho, desde aumentar ou diminuir a velocidade de leitura até
outros recursos, como o uso de aplicativos ou desbloqueio de tela. A ideia da
Amazon é dar mais liberdade de uso para os deficientes visuais e permitir que a
experiência deles, mesmo que diferente, seja tão completa e intuitiva quando a
dos usuários que enxergam.
Por enquanto, o VoiceView é compatível apenas com o leitor Paperwhite, mas a
Amazon garante que mais dispositivos entraram na lista de suporte bem em breve.
Quem já tiver o reader, inclusive, pode adquirir o adaptador separadamente, por
US$ 20, cerca de R$ 70. Por enquanto, o dispositivo não está disponível para
compra no Brasil.
Fonte: TechCrunch
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13.Mai.2019 publicado por
MJA
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Livro 'Como Dorinha Vê o Mundo'
Carina Brito |
Revista Galileu
| 03/05/2019
Dorinha pode não enxergar, mas isso não significa que ela não conheça o
que está em sua volta. "É através do tato, usando os dedos e as mãos, que os
cegos começam a perceber o mundo”, diz a personagem no livro Como Dorinha Vê o
Mundo, lançado nesta sexta-feira (03) em um evento na Fundação Dorina Nowill, em
São Paulo.
A abertura do evento foi feita por Alexandre Munck, superintendente da fundação,
que lembrou que Dorina de Gouvêa Nowill (a inspiração para a personagem da Turma
da Mônica) completaria 100 anos neste mês. No local, artistas com as fantasias
de Mônica e Dorinha fizeram muito sucesso com as crianças atendidas pela
fundação.
Feito em braile e com fonte ampliada para as pessoas com baixa visão, o livro
será distribuído gratuitamente para 500 escolas da rede municipal de ensino de
São Paulo. A iniciativa da Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma parceria com
o Instituto Mauricio de Sousa e do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente
(FUMCAD).
Nesta primeira edição, foram produzidos 3 mil exemplares: eles começarão a
chegar nas escolas neste mês. A ideia é que fiquem nas bibliotecas das escolas,
disponíveis para todos os estudantes.
O livro mostra como é a realidade de pessoas com deficiência visual, desde a
leitura pelo braile até a prática de esportes. Segundo Eliana Cunha,
coordenadora da área de educação inclusiva da fundação, a intenção é que o livro
seja trabalhado em toda a sociedade para que todos entendam como como é a vida
de uma pessoa com deficiência visual — e como isso não significa que ela será
menos capaz de fazer algo.
Como Dorinha Vê o Mundo fecha uma série que já tem cinco livros sobre a
acessibilidade da educação para deficicência visual. Com 24 páginas, o livro é
super fácil de ser lido pela criançada.
Δ
5.Mai.2019 publicado por
MJA
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A LEGO vai lançar tijolos de brincar que permitem aprender a ler em braille.
por MIGUEL LOPES | 26-04-19
| Os novos kits vão ser compostos por cerca de
250 blocos com o alfabeto completo, números de zero a nove e alguns símbolos
matemáticos. |
Existem cerca de 1,4 milhões de crianças cegas no mundo, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas cerca de
10% das crianças cegas aprendem braille, segundo um relatório de 2017, da
Federação Nacional dos Cegos. Foi a pensar nestes números que a LEGO Foundation
e a LEGO Group apresentaram esta quarta-feira, 24 de abril, em Paris, uma nova
coleção de tijolos de brincar em braille. O objetivo é o de ajudar as crianças
com dificuldades visuais a aprenderem a língua tátil dos cegos enquanto brincam.
Assim, de acordo com a LEGO, o número de pinos de encaixe dos novos blocos vai
corresponder a cada letra ou número do alfabeto braille. Também vão ter as
letras e os números para que os professores e crianças sem problemas de visão,
possam também aprender a ler em braille.
O Diretor Sénior de Arte da LEGO Group, Morten Bonde, que sofre de um distúrbio
nos olhos que o deixa cego gradualmente, participou como consultor no projeto e
afirmou que “experimentar as reações de alunos e professores à LEGO Braille
Bricks foi extremamente inspirador”.
“Fez-me perceber que as únicas limitações que vou encontrar na vida são aquelas
que eu crio na minha cabeça. Fico comovido por ver o impacto que este produto
tem no desenvolvimento da confiança académica e da curiosidade das crianças
cegas e deficientes visuais nos seus primeiros dias de vida.”
O projeto já está a ser testado em dinamarquês, norueguês, inglês e português e
durante o terceiro trimestre deste ano será também lançado em alemão, espanhol e
francês.
Ainda de acordo com a empresa dinamarquesa, é esperado que o produto final seja
lançado em 2020. Os kits serão compostos por cerca de 250 blocos de cinco cores
diferentes, com o alfabeto completo, números de zero a nove, alguns símbolos
matemáticos e também vão incluir ideias para jogos didáticos e interativos.
A ideia para o projeto LEGO Braille Bricks surgiu em 2011, sugerida pela
Associação Dinamarquesa dos Cegos. Em 2017, a Fundação dos Cegos Dorina Nowill
voltou a tocar no assunto. Agora, o projeto nasceu e conta com a colaboração de
associações da Dinamarca, Brasil, Reino Unido e Noruega.
Δ
28.Abr.2019 publicado por
MJA
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Despejos: inquilinos idosos ou deficientes
com proteção vitalícia
Idealista | 04 março 2019
O regime transitório que suspendia temporariamente o despejo de inquilinos em
situação vulnerável – idosos com mais de 65 anos e cidadãos com elevado grau de
deficiência que habitem a casa há mais de 15 anos – entrou em vigor em julho de
2018 e era válido até março de 2019. Uma proteção que passou a ser vitalícia,
com as medidas aprovadas no Parlamento, revela Helena Roseta.
Quer isto dizer, segundo a deputada do PS, que a proteção dos arrendatários
idosos ou com deficiência que vivem há mais de 15 anos na mesma casa não tem
prazo, sendo para a vida.
Citada pela TSF, Helena Roseta refere que as regras em causa passaram a
definitivas a meio de fevereiro num vasto pacote de medidas aprovadas no
Parlamento para travar o desequilíbrio de poder entre arrendatários e senhorios.
Uma mudança que passou despercebida, adianta a deputada, explicando que é
importante alertar os inquilinos que não têm valor as cartas que muitos
receberam nos últimos meses a dizer que o senhorio se recusava a renovar o
contrato e teriam de abandonar a casa onde vivem, terminada a proteção
transitória que tinham até ao final de março.
De acordo com Helena Roseta, os arrendatários idosos ou com deficiência que
vivem há mais de 15 anos na mesma casa só perderão o direito a arrendar a
habitação se o proprietário argumentar que precisa da mesma para habitação
própria ou de descendentes em 1.º grau, bem como para obras de remodelação ou
restauro profundos, hipótese que no entanto está sujeita a várias
condicionantes.
Δ
4.Mar.2019 publicado por
MJA
ϟ Próxima Curta Paralímpica de Anime destaca Judo
Otakupt | por Bushido | 28 Fevereiro 2019
A emissora NHK numa conferência de imprensa em Shibuya falou sobre o seu “Anime
x Para: Who is Your Hero?”, um projeto animado que destaca atletas nos Jogos
Paralímpicos. A seiyuu Mone Kamishiraishi (Chihayafuru, your name.) compareceu
ao evento com Katsutoshi Kawai, Kazuma Ueda da NHK, e Kohei Maeda, diretor de
produção.
Podem ver um trailer aqui:
www.nhk.or.jp/anime/anipara/detail06_real03.html#ttl
Kamishiraishi empresta a sua voz à heroína do anime, uma lutadora de judo com
deficiência visual. Ela afirmou que tomou conhecimento do judo para deficientes
visuais enquanto trabalhava no projeto. Ela disse que foi muito difícil, mas
tentou transmitir o “poder da alma” no seu trabalho.
"Anime x Para: Who is Your Hero?" é uma série de curtas animadas que procura criar
mais interesse nos desportos paralímpicos antes do jogos olímpicos de 2020 em
Tóquio.
A Curta vai ser exibida no Japão dia 3 de março de 2019. Anteriores curtas
focaram-se no futebol, ténis para cadeira de rodas, Golbol e rugby em cadeira de
rodas.
Δ
1.Mar.2019 publicado por
MJA
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Deficientes visuais com acesso a recomendações para o frio
Diário de
Leiria | 22 Fev 2019
Pessoas cegas ou com diminuição da acuidade visual podem agora passar a ter
acesso a recomendações para o frio disponibilizadas pela Unidade de Saúde
Pública.Numa colaboração da delegação de Leiria da Associação dos Cegos e
Amblíopes de Portugal (ACAPO), o Politécnico de Leiria, e a Unidade de Saúde
Pública do ACES Pinhal Litoral, a informação relacionada com o frio para pessoas
com deficiência visual está inserida no Plano de Contingência de Saúde Sazonal -
Módulo Inverno.
O documento intitulado ‘Recomendações para períodos de Frio Intenso’,
escrito em Braille e disponível aos associados da ACAPO, “foi elaborado de uma
forma simples e rigorosa, com base nas referências e parecer da Direcção-Geral
da Saúde, abordando informação relativa à protecção individual, cuidados a ter
para a prevenção de acidentes (incêndios, queimaduras e intoxicações) e
estruturas de apoio em caso de necessidade”, faz saber a Unidade de Saúde
Pública.
Δ
28.Fev.2019 publicado por
MJA
ϟ II Congresso da ACAPO e I Congresso Internacional da
Deficiência Visual
A ACAPO vai realizar, com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da
República, nos dias 11, 12 e 13 de abril de 2019, na Fundação Calouste
Gulbenkian, em Lisboa, o seu II Congresso e I Congresso Internacional da
Deficiência Visual.
Levado a cabo no âmbito das comemorações do 30.º aniversário da ACAPO, o
Congresso, que terá por tema "Sociedade Inclusiva + Participação Responsável =
CIDADANIA PLENA", visa fazer o balanço da situação das pessoas com deficiência
visual e das políticas a elas referentes e, principalmente, prospetivar o
futuro, contribuindo para definir opções e propor caminhos.
Centrada na realidade portuguesa, sem deixar, todavia, de ter em conta, para uma
completa contextualização da mesma, análises de outras realidades e contributos
delas decorrentes, a iniciativa contará com a participação de um significativo
conjunto de especialistas nacionais e internacionais.
Procurando produzir uma visão globalizante sobre a deficiência visual e as
políticas a ela referentes, fundada numa abordagem plural e amplamente
participada das problemáticas em análise, o Congresso encontra-se aberto à
participação de todos.
Assim, poderão os interessados apresentar à Comissão Científica do Congresso as
comunicações que entenderem pertinentes, às quais, desde que reconhecido mérito
pela referida Comissão, será concedido tempo de exposição durante as sessões.
As referidas comunicações deverão, impreterivelmente, respeitar as seguintes
normas:
- Serem apresentadas à Comissão Científica do Congresso até 31 de
dezembro de 2018;
- Em língua portuguesa, castelhana ou inglesa;
- Com extensão máxima de 15 mil caracteres (Incluindo títulos);
- Em suporte digital (formato word ou RTF).
- Remetidas para o endereço de correio eletrónico
congresso@acapo.pt.
Δ
19.Jan.2019 publicado por
MJA
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Cegos querem campanhas eleitorais
inclusivas
N.N./Lusa
A Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, ACAPO, apelou aos partidos
políticos para que as campanhas eleitorais sejam mais inclusivas, garantindo que
as suas mensagens chegam a todos.
A propósito do Dia Mundial do Braille, que se assinala na sexta-feira, a ACAPO
pede, em comunicado, campanhas eleitorais mais acessíveis, recordando que pela
primeira vez os portugueses invisuais podem este ano votar de forma autónoma e
secreta.
A 19 de julho do ano passado a Assembleia da República aprovou um pacote de
medidas no qual se inclui o voto em braille.
No comunicado, a ACAPO afirma que este ano Portugal terá três atos eleitorais,
em dois dos quais, Assembleia da República e Parlamento Europeu, os invisuais
podem pela primeira vez votar de forma autónoma, graças à criação de uma matriz
de voto em braille.
A matriz é uma réplica do boletim de voto escrita em braille, com recortes que
alinham com os quadrados impressos no boletim, o que permite ao eleitor colocar
a cruz no quadrado que se refere à sua preferência.
“A ACAPO saúda, por isso, o esforço da secretaria-geral do Ministério da
Administração Interna para concretizar a intenção do legislador e garantir um
voto independente por parte dos eleitores com deficiência visual”, mas defende
que “um verdadeiro voto independente é um voto informado”.
Comunicar com pessoas com deficiência visual “requer tão simplesmente vontade,
e, em grande parte das vezes, nem há custos adicionais significativos”, diz-se
no comunicado da ACAPO, citando o presidente da direção da associação, Tomé
Coelho.
Na sua página oficial a ACAPO tem um conjunto de recomendações aos partidos
políticos para que as suas mensagens sejam mais acessíveis, essencialmente
propondo que o conteúdo de imagens ou filmes seja descrito, quer nas redes
sociais quer em páginas na internet, em e-mails ou em panfletos. Nos comícios os
deficientes visuais também devem ser apoiados.
- O Dia Mundial do Braille assinala-se a 04 de janeiro, a data do
nascimento de Louis Braille, que criou um sistema de leitura para
invisuais que é usado em todo o mundo. Braille criou um sistema de
seis pontos que, combinados, permitem a leitura, estando hoje
acessível em livros mas também em locais públicos, em embalagens de
medicamentos ou em teclas de multibanco ou de elevador. Louis
Braille nasceu a 04 de janeiro de 1809 em França e terá ficado cego
por acidente quando tinha três anos. Criou o sistema de pontos em
relevo ainda adolescente.
Δ
19.Jan.2019 publicado por
MJA
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Companhia de tecnologia cria Kindle em braile para cegos
Redação, com Reuters | 15 de janeiro de 2019

O Canute 360: leitor eletrónico em Braille
Uma companhia britânica -
Braille Technology -
planeja lançar este ano um leitor eletrônico de livros
em braile que promete melhorar a experiência de leitura para deficientes
visuais. Desde que foi desenvolvido por Louis Braille no século 19, o alfabeto
de pontos em relevo permitiu que milhões de pessoas com deficiência visual
pudessem ler. Mas a forma impressa em papel da linguagem não é exatamente
conveniente ou portátil: uma cópia da bíblia em braile pode tomar cerca de 1,5
metro de uma prateleira.
A companhia britânica Braille Technology espera mudar isso com o Canute 360, um
aparelho chamado pela empresa de primeiro leitor digital multilinha de braile do
mundo, capaz de mostrar nove linhas de texto por vez, ou cerca de um terço de
uma página impressa. Qualquer texto que tenha sido traduzido para o braile pode
ser utilizado no Canute, afirmou a companhia.
“Isso significa que você só precisa apertar o botão para avançar a cada 360
caracteres, em vez de a cada 20”, disse Stephanie Sergeant, cuja companhia
Vision Through Sound fornece treinamento para pessoas cegas e tem trabalhado com
a Bristol Braille. “O aparelho atualiza a linha sozinho, começando pelo topo.
Então, enquanto leva um tempo para todas as linhas atualizarem, você pode
começar a ler assim que pressionar o botão para avançar.”
O protótipo final do dispositivo vai entrar em produção em massa neste ano, com
preço semelhante ao de notebook de alto padrão.
fonte: FORBES
Δ
18.Jan.2019 publicado por
MJA
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'A Shot in the Eye de
Eduard Arbós'
Círculo de Artes Plásticas de Coimbra | 12 Janeiro 2019
«A Shot in the Eye» é um projeto que parte de uma experiência traumática, um
problema ocular grave que me manteve quase dois anos afastado do mundo, lutando
para não perder definitivamente o meu olho direito.
Um projeto que, centrado na imagem e na sua construção, analisa e interroga os
mecanismos da perceção e da representação.
Partindo de um relato, uma espécie de crónica deste período, escrito ao modo de
um sintético guião cinematográfico, desenvolve-se um projeto estruturado através
de uma série de propostas que giram em torno da escrita e do desenho, com claras
referências à pintura, ao cinema e, incluso, a estilos como a Op Art.
Escrita e desenho devêm, assim, uma forma de «re-seguir» o processo, de fixar a
dura experiência, funcionando ao mesmo tempo como catarse, como via libertadora.
Desenhar, agora, é resistir. E ambos, desenho e escrita, se encontram aqui
relacionados, sendo a grafite e o papel os elementos que simbolizam esta união
entre texto e imagem. A grafite, por seu lado, tem uma característica ótica que
faz com que, segundo a incidência da luz, se possa ver como um negro profundo,
de aparência mate, ou como um cinza prata brilhante que chega incluso a
dificultar a correta visão da obra, mostrando, assim, a própria trama, ou seja,
os múltiplos traços que conformam o desenho. São o rasto do ato, da ação que
constrói a imagem. A trama, o elemento aparentemente invisível que sustenta e
conforma todo o ato da «re-presentação», é usada, aqui, como um jogo ótico entre
o visível e o invisível que interroga o modo de percecionar e representar a
realidade e, com isso, a própria construção da imagem.
-
***
- O Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) inaugura no próximo dia 12 de
janeiro 2019, sábado, pelas 17 horas, a exposição
A shot in the eye, de Eduard
Arbós. A exposição estará patente no Círculo Sereia, localizado no piso -1 da
Casa Municipal da Cultura, em Coimbra, e pode ser visitada até 23 de março, de
terça-feira a sábado, das 14h00 às 18h00. A entrada é livre.
Δ
9.Jan.2019 publicado por
MJA
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Politécnico de Leiria e Grutas da Moeda
lançam folhetos acessíveis no Dia Mundial do Braille
ANGELUS TV | 2018-12-27

Os folhetos têm como objetivo
principal promover a acessibilidade plena de todos os cidadãos
A partir de dia 4 de janeiro de 2019 será possível visitar as
Grutas da Moeda, em São Mamede, concelho da Batalha utilizando
folhetos acessíveis em braille, em português, inglês, e em linguagem
pictográfica.
Estas serão as primeiras grutas, em Portugal, a oferecer este tipo de
informação ao público, e ficarão agora acessíveis a novos públicos. Os
folhetos foram desenvolvidos pelo Centro de Recursos para a Inclusão
Digital do Politécnico de Leiria, sedeado na Escola Superior de Educação
e Ciências Sociais, em colaboração com a equipa técnica das Grutas.
Os folhetos têm como objetivo principal promover a acessibilidade plena
de todos os cidadãos, contribuindo para que a região de Leiria se
continue a afirmar na vanguarda da inclusão, e para uma comunicação mais
acessível através de vários olhares e em diversos contextos, para que a
sociedade atinja uma perspetiva holística do fenómeno inclusão. Os
folhetos contam com texto aumentado, braille e imagens em relevo para
pessoas cegas ou com baixa visão, e pictogramas para pessoas com
incapacidade intelectual ou limitações de outra natureza.
Δ
6.Jan.2019 publicado por
MJA
ϟ O Livro Braille -
Linhas e pontos na Era Digital
ACAPO
O Seminário "O Livro Braille - Linhas e pontos na Era Digital"
realiza-se no auditório do Departamento de Engenharia Civil da
Universidade de Coimbra, no dia 11 de janeiro de 2019 no âmbito da
comemoração do Dia Mundial do Braille.
Pretende-se qualificar o pensamento sobre o impacto pedagógico do livro
Braille na autonomia, participação e inclusão escolar, com as ideias e
as boas práticas apresentadas por peritos de Espanha e de Portugal.
Este evento é reconhecido e certificado como Ação de Curta Duração, nos
termos do Despacho n.º 5741/2015, alterado pela Declaração de
Retificação n.º 470/2015, de 11 de junho.
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5.Jan.2019 publicado por
MJA
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Primeiro Dia Mundial do Braille destaca
importância da linguagem escrita para os direitos humanos
NAÇÕES UNIDAS.ORG | 04/01/2019
Segundo a OMS, pessoas com deficiência visual têm mais chances de
vivenciar taxas mais altas de pobreza e desvantagens, que podem levar a
uma vida afetada por desigualdades. Foto: ONU/Rick Bajornas
Para aumentar conscientização sobre a importância do Braille para
aproximadamente 1,3 bilhão de pessoas que vivem com alguma forma de
deficiência visual, as Nações Unidas lembraram nesta sexta-feira (4 de
Janeiro) o
primeiro Dia Mundial do Braille.
Reconhecido a partir de agora em 4 de janeiro, o Dia foi proclamado pela
Assembleia Geral em novembro de 2018 como meio de alcançar plenamente
direitos de pessoas com deficiências visuais e elevar a língua escrita
como um meio essencial para a promoção de liberdades fundamentais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas com deficiência
visual têm mais chances de vivenciar taxas mais altas de pobreza e
desvantagens, que podem levar a uma vida afetada por desigualdades.
No mundo todo, 39 milhões de pessoas são cegas e outras 253 milhões
possuem algum tipo de deficiência visual. Para elas, o Braille fornece
uma representação tátil do alfabeto e de símbolos numéricos para que
possam ler os mesmos livros e periódicos das versões padrões de texto.
Seis pontos representam cada letra, número e até símbolos musicais e
matemáticos, permitindo a comunicação de informações escritas para
garantir competência, independência e igualdade.
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
cita o Braille como meio de comunicação, classificando-o como essencial
na educação, liberdade de expressão e opinião, acesso à informação e
inclusão social.
Para promover sociedades mais acessíveis e inclusivas, as Nações Unidas
lançaram seu primeiro relatório sobre deficiência e desenvolvimento no
ano passado, coincidindo com o Dia Internacional para Pessoas com
Deficiência, no qual o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu
para a comunidade internacional participar na redução de lacunas na
inclusão.
“Vamos reafirmar nosso compromisso de trabalhar juntos para um mundo
inclusivo e equitativo, onde os direitos das pessoas com deficiência
sejam totalmente alcançados”, disse.
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4.Jan.2019 publicado por
MJA
ϟ App da Huawei permite que cegos possam “ver” as emoções de outras pessoas
ZAP
|
3 Janeiro, 2019
Nas conversas cara-a-cara, é possível avaliar o humor da outra pessoa vendo as
suas expressões faciais. Este é um desafio constante para os cegos e é por isso
que a Huawei desenvolveu a app “Facing Emotions”. A empresa chinesa criou uma aplicação que traduz expressões faciais em sons,
para que pessoas cegas consigam “ver” as emoções daqueles com quem conversam.
Criado em parceria com a Polish Blind Association, a app para Android foi
projetada especificamente para uso no smartphone Mate 20 Pro da Huawei. Quando o utilizador cego fala com outra pessoa, as câmaras traseiras do telefone
fazem um scan ao rosto da pessoa. Utilizando algoritmos baseados em inteligência
artificial, a app presta atenção especial a recursos como os olhos, nariz,
sobrancelhas e boca, e suas posições em relação uns aos outros. Com base nesses dados, o programa é capaz de discernir sete emoções básicas e
permitir que o utilizador invisual saiba qual delas a outra pessoa está a
exibir, representando essa emoção como uma das sete músicas correspondentes. As músicas curtas, simples e não-intrusivas foram criadas pelo compositor cego
Tomasz Bilecki, com participantes invisuais, que alegam que são fáceis de
lembrar e entender. “Os sons que queria criar tinham de ser específicos para cada emoção e não
distrair os utilizadores das suas conversas”, disse o compositor à plataforma
Dezeen. As músicas podem ser ouvidas através dos altifalantes do telefone ou, mais
discretamente, através de auriculares de ouvido. Para facilitar a utilização, foi também desenvolvido um suporte para o
telemóvel: uma pequena bolsa deve ser utilizada ao pescoço para segurar o
telemóvel junto ao peito, fazendo com que este esteja apontado para o
interlocutor sem que seja necessário utilizar as mãos. A app “Facing Emotions”, que funciona totalmente em tempo real e offline, pode
ser adquirida na loja do Google Play. Esta não é a primeira app que pretende ultrapassar as barreiras com que as
pessoas cegas se deparam. A Samsung, juntamente com o Instituto Fraunhofer, da
Alemanha, já desenvolveu anteriormente apps de leitura de emoções. Em 2016, foi criada a Blind Tool, uma app que também utiliza a câmara
fotográfica do telemóvel para descrever objetos a pessoas cegas. Em 2018, investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e
do Inesc Tec criaram uma bengala eletrónica que, através da interação com uma
aplicação, obtém a localização do utilizador, armazena informação geográfica,
calcula rotas e comunica pontos de interesse. Também a Google anunciou, para breve, o lançamento de uma nova aplicação pensada
para pessoas cegas ou com deficiência visual: a Lookout. A app oferece
informação relevante para a atividade do utilizador, através de avisos orais,
que pretendem alertar para a existência de pessoas, textos ou pessoas no
ambiente circundante.
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4.Jan.2019 publicado por
MJA
ϟ “Bird Box”: o thriller da Netflix que ensinou Sandra Bullock a ser cega
NIT | 22/12/2018
Ricardo Farinha
Estreou esta sexta-feira, 21 de dezembro, na plataforma de streaming.
John Malkovich e Sarah Paulson completam o elenco. É a nova grande
produção da Netflix. “Bird Box” estreou na plataforma de streaming esta
sexta-feira, 21 de dezembro, e é um thriller psicológico e distópico.
Sandra Bullock é a grande protagonista do filme realizado pela
dinamarquesa Susanne Bier.
A história tem algumas semelhanças com “Um Lugar Silencioso”, filme
deste ano realizado por John Krasinski e protagonizado pelo próprio e
pela mulher, Emily Blunt — só que, neste caso, em vez de não poderem
fazer barulho, as personagens não podem ver.
Neste mundo há uma perigosa entidade, criatura ou vírus — ninguém sabe
muito bem o quê — que faz com que as pessoas se suicidem. Basta olharem
para ela para tirarem instantaneamente a própria vida. Por causa disso,
os poucos sobreviventes souberam tapar todas as janelas de casa e quando
estão na rua — não convém ser durante muito tempo — têm de andar
vendados e fingir que são cegos, mesmo que não o sejam.
Sandra Bullock interpreta uma mãe guerreira, disposta a tudo para salvar
os filhos naquele mundo cruel. Para fazer o papel, a atriz americana de
54 anos teve aulas com um coach cego, que trabalha com pessoas que
acabaram de perder a visão e que se têm de adaptar à nova condição.
“O que ele nos deu foram as ferramentas e os truques que são usados, nem
que fosse uma bengala. Quando fazes um som, consegues ouvi-lo a
dispersar-se. Se estás num campo aberto, consegues ouvi-lo, senti-lo.
Quando chegámos aos cenários de gravação, conseguíamos sentir tudo”,
disse Sandra Bullock.
A atriz quis mesmo gravar várias cenas do filme vendada, sem poder ver
nada, para que o comportamento fosse o mais natural possível. “Se eu
caísse, dizia para me deixarem cair. Se acertasse nalguma coisa, dizia
para me deixarem fazê-lo, a não ser que eu parasse. Só parei uma vez
quando comecei a sangrar.”
Sandra Bullock diz que foi um “desafio” gravar este filme com tantas
cenas de olhos vendados, sobretudo quando não conseguia comunicar com os
outros atores pelo olhar. Os operadores de câmara foram instruídos para
que se adaptassem aos movimentos dos atores, que poderiam variar já que
estavam vendados em várias cenas.
John Malkovich, Sarah Paulson, BD Wong e Trevante Rhodes também fazem
parte do elenco de “Bird Box”, que inclui ainda um papel do rapper
Machine Gun Kelly. A história baseia-se no livro com o mesmo título do
escritor americano Josh Malerman, publicado em 2015.
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3.Jan.2019 publicado por
MJA
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Instagram cria ferramentas para
pessoas com deficiência visual. Algoritmos automáticos vão descrever as
fotografias.
KARLA PEQUENINO
Público | 29-Nov-2018
O Instagram lançou duas novas ferramentas para ajudar pessoas com
deficiências visuais a navegar na rede social. Uma das funções usa
algoritmos de reconhecimento de imagens para criar descrições
automáticas das fotografias na aplicação.
Actualmente, todos os smartphones (sejam iPhone, Android) vêm com
leitores de ecrã já incluídos, que utilizam vozes sintetizadas para
descrever os elementos. Quando se clica numa parte do ecrã, o telemóvel
diz onde se está a carregar (“mensagens”, “73 por cento de bateria”).
Com notas para estranhos, Andy fez da positividade um trabalho a tempo
inteiro Com a nova funcionalidade do Instagram, em vez de a voz
sintética ler “fotografia”, ou o nome da imagem (em alguns casos, são
nomes como "imagem 123" ou "blablabla.jpg"), passa a descrever a imagem.
“A funcionalidade permite gerar uma descrição das fotos para os leitores
de ecrã, para que se possa ouvir uma lista de itens que podem fazer
parte das fotografias”, explica a equipa do Instagram em comunicado.
“Sabemos que há muitas pessoas que podem beneficiar de um site mais
acessível.”
A Organização Mundial de Saúde diz que há cerca de 285 milhões de
pessoas com problemas severos de visão em todo o mundo: 39 milhões são
cegas e 246 milhões têm baixa visão. No total, equivale a menos de 4% da
população mundial.
A rede social também está a introduzir uma caixa de “texto alternativo”
que pode ser preenchida pelos próprios utilizadores quando carregam uma
fotografia. O objectivo é ajudar o sistema de reconhecimento automático
com uma descrição mais detalhada da imagem.
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2.Jan.2019 publicado por
MJA
ϟ Audiolivros para
utentes com deficiência visual
Serviço de Leitura Especial da Biblioteca Municipal de
Coimbra
Desde 2011 que o Serviço de Leitura para Deficientes
Visuais da Biblioteca Municipal de Coimbra, através de
um projeto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian,
passou a deter os meios para a produção de livros áudio,
ao abrigo do artigo 80.º do Código dos Direitos de
Autor.
Estes livros, cuja leitura é feita por voluntários,
são disponibilizados gratuitamente a pessoas portadoras
de deficiência visual - para serem ouvidos nos seus
leitores de MP3, computadores ou telemóveis - sendo a
sua transferência realizada via plataformas electrónicas
(WE TRANFER e MEO CLOUD) ou através do envio postal das
gravações em CD ou DVD.
Os utilizadores -
nacionais ou estrangeiros - devem efectuar a sua
inscrição, fornecendo, para o efeito, cópia digital do
Atestado Multiusos de Incapacidade e os seus dados de
identificação.
Link para consulta dos audiolivros disponíveis
CONTACTOS:
Serviço de Leitura Especial
Biblioteca Municipal de Coimbra
telefone: 239.702.630 - ext. 2322 ou 2320
email:
leitura.especial@cm-coimbra.pt
Web:
http://www.cm-coimbra.pt/biblioteca/b309.htm
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1.Jan.2019 publicado por
MJA
Notícias em arquivo:
Maria José Alegre
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