Sonja Myrimer
Laura Bridgman, enfiando uma agulha com a língua - foto 1885
INTRODUÇÃO
O objectivo deste meu trabalho é apresentar propostas e dar alguns conselhos a todas
as pessoas que tenham interesse e sejam responsáveis pelo desenvolvimento das crianças
deficientes visuais, família, professores e pessoal de vigilância. Não me dirijo
especialmente a nenhum grupo etário. Com efeito, é uma questão de avaliação
subjectiva decidir quando devem ser iniciadas certas partes do treino das actividades da
vida diária. De qualquer maneira, os momentos de treino não devem ser organizados
artificialmente. Os exercícios devem ser feitos dentro de contextos naturais, e
utilizados com bom senso. É necessário ter em conta que a criança deficiente visual
não possui modelos e fundamenta a sua compreensão na maneira como é informada.
O que é o treino das actividades da vida diária ou AVD? É a maneira de treinar uma
criança de modo a ela poder levar uma vida diária, activa, na medida das suas
possibilidades.Quando estiveres a ensiná-la, lembra-te também de activar os outros
sentidos, conduzindo as mãos da criança, descrevendo por palavras as cores, as formas e
as funções. Diz os nomes das coisas e verifica se a criança percebe o seu significado.
Informa também as pessoas que trabalham com a criança, para que todas tenham os mesmos
objectivos e procurem consequentemente falar e mostrar as coisas da mesma maneira.
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O que é que a criança sabe?
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De que mais tem ela necessidade de aprender neste preciso momento?
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O que é que a criança quer aprender a fazer neste preciso momento?
Tenta motivar a criança a querer fazer sozinha o maior número possível de coisas,
para mais tarde poder libertar as energias necessárias para outras que pretenda fazer.
Isto reforça a sua autoconfiança e constitui a base da aprendizagem futura.
HIGIENE
Retrete:
Algumas crianças sentem-se inquietas perante a ideia de ir à retrete. Talvez a sanita
seja muito alta. Para quem não vê pode parecer assustador sentar-se em cima dum buraco
aberto, talvez mesmo sem saber o que quer dizer o barulho forte que se ouve quando se puxa
o autoclismo. Mostra à criança o que é a retrete, por exemplo, como se limpa e como
funciona. Talvez ela se sinta mais segura se usar um assento especial posto na sanita, ou
se puser um banco debaixo dos pés. Habitua-a a fechar a porta, a utilizar suficiente
papel higiénico, a puxar o autoclismo, a lavar as mãos.
Lavar as mãos:
As mãos são os melhores utensílios que temos. É importante que a criança deficiente
visual tenha as mãos limpas e unhas cortadas, em termos de sensibilidade das pontas dos
dedos. É mais fácil usar uma lima de unhas do que cortá-las. Ensina a criança a ter
uma boa higiene manual. Ajuda-a a ensaboar as mãos, a usar a escova das unhas, a tirar o
sabão das mãos pondo-as por baixo da torneira, e a enxugá-las muito bem, especialmente
no inverno, se vai sair. Treinar rotinas de lavar as mãos depois de ir à retrete, antes
e depois das refeições e lavar os dentes. Treinar também a limpar o lavatório, de
maneira a ser uma rotina deixá-lo sempre bem limpo.
Tomar duche:
Sentir-se limpo e cheirar bem é uma sensação agradável. Treinar a criança a pensar na
sua higiene e que tomar um duche todos os dias é uma necessidade absoluta e evidente.
Pôr as toalhas, etc., sempre nos mesmos lugares, ao alcance da criança. Quando é
preciso lavar um corpo que não se vê, é necessário ter ajuda para aprender o nome das
partes do corpo, bem como as suas funções. Chama a atenção da criança para os vincos
da pele. Enxaguar e limpar bem o corpo, numa certa sequência. Pode levar algum tempo até
a criança se atrever a abrir a torneira. Começar e acabar sempre com a torneira da água
fria.
Lavar o cabelo:
Há à venda uma roda de plástico (para colocar na cabeça como se fosse um chapéu sem
copa) que impede que o champô entre nos olhos.
Lavar os dentes:
Para alguns é um problema pôr a pasta de dentes na escova. Segurar na escova e pôr o
tubo da pasta de dentes mesmo junto dela. Segurar a tampa na mão, espremer o tubo,
eventualmente na boca, se todos os membros da família tiverem a sua própria bisnaga.
Pôr o cabo da escova na boca em vez de colocá-la na borda do lavatório, pois é muito
fácil deixá-la cair para o chão enquanto se põe a tampa da bisnaga.
VESTUÁRIO
Reconhecer a sua roupa:
É necessário marcar a roupa da criança para que ela possa distinguir
facilmente as costas da frente. A roupa tem quase sempre uma etiqueta na parte de trás do
decote, mas se não a tiver, podes coser uma numa das costuras. Com a ajuda da tua
própria imaginação, podes inventar outro tipo de marcas. É conveniente que estejam
sempre nos mesmos sítios, em todas as peças de roupa. Trata-se também de poder
distinguir a sua roupa da roupa dos outros. Colocar cabides individuais a alturas certas,
ter um cesto para a roupa miúda, como por exemplo, barretes, luvas, etc., é também uma
boa ideia. Na entrada da escola é bom ter sempre à mão algumas molas de roupa para
emparelhar as botas, os sapatos, etc.
Despir e vestir:
É mais fácil despir-se do que vestir-se, Pode ser difícil manter o equilíbrio
e é por isso que muitos preferem ficar sentados. Ensina a criança a pôr a roupa a seu
lado, sempre pela mesma ordem, para que fique na ordem certa quando voltar a vesti-la.
Tens aqui oportunidade de treinar conceitos tais como "fora e dentro",
"para cima e para baixo". Serve-te das tuas mãos para conduzir as mãos da
criança. Descreve a roupa, para que ela aprenda os nomes das peças do vestuário. Para
enfiar uma camisola, passa-a primeiro por cima da cabeça da criança, e enfia depois um
braço e em seguida o outro. Puxa a camisola para baixo.
Abotoar botões:
É mais fácil abotoar certo se começares por de baixo. Deixa que a criança
sinta os teus movimentos com as mãos e começa a treiná-la a abotoar os botões grandes.
Fechos de correr:
Se for difícil segurar a pega do fecho de correr, enfia qualquer coisa maior,
por exemplo, uma argola ou uma borla. Se o fecho não correr bem, a estearina costuma dar
uma ajuda.
Meias:
Ensina a criança a conhecer o calcanhar e a parte de baixo da meia, para que as
vire bem, logo de princípio. Depois de ter enfiado os dedos na meia, ver onde está o
calcanhar. Nas lojas de desporto há meias sem calcanhar. Para tirar a meia, a criança
puxa-a para baixo do calcanhar. Segura nos dedos e puxa a meia para fora.
Fazer laços:
Atar os atacadores dos sapatos não é tarefa fácil para o deficiente visual. Se
for totalmente impossível, escolhe sapatos com molas em vez de atacadores. No entanto,
tanto as botas como os sapatos desportivos podem ter atacadores. E dar um laço na fita do
embrulho do presente ou da prenda de Natal é uma coisa muito agradável!
Começa o treino como se fosse um passatempo. Deixa que a criança principie por passar um
atacador de bota à volta do seu joelho, enquanto que tu, por detrás o ensinas passo a
passo: 1) Dar o primeiro nó. 2) Fazer uma laçada entre o polegar e o indicador de ambas
as mãos. 3) Passar a laçada esquerda em diagonal, por cima da laçada direita. Passar
através da abertura. Puxar as laçadas.
Sugestão: Há à venda atacadores elásticos com o laço já dado. Para distinguir o
sapato direito do esquerdo, põe uma fita adesiva em todos os sapatos direitos, por
exemplo.
REFEIÇÕES
É importante pensar no lugar ocupado pela criança deficiente visual à mesa. A melhor
posição sentada é quando os antebraços podem ser postos em cima da mesa.
Para as crianças com restos de visão, o efeito de contraste é muito importante.
Comida de cor clara em cima duma louça escura, comida escura em cima de louça clara.
Nada de toalhas com grandes estampados e nenhuma contraluz que encandeie. Pensa na
instalação das persianas das janelas. Vêr adiante a proposta de iluminação da mesa.
A criança pequena deve ter oportunidade de investigar a comida com as suas próprias
mãos. Qual é a forma da almôndega de carne, da rodela do chouriço? Como é o
esparguete? Este período de sujidade é importante, de outro modo corre-se o risco de a
criança mais velha continuar a sujar-se sempre. Aprende-se gradualmente a comer como deve
ser.
Se tiveres de dar de comer à criança, põe-te atrás dela, de pé ou sentado,
obliquamente, e dá-lhe de comer pela direita. Uma primeira fase até a criança ser capaz
de levar sozinha a colher à boca. Deixa que a criança sinta o movimento com a sua mão.
Depois da criança saber usar a colher na mão direita, começa a aprender a servir-se
duma faca de manteiga de madeira, segura na mão esquerda, para treinar a coordenação
manual e desenvolver a motricidade.
Fica por detrás da criança e conduz as suas mãos até porem juntos a comida em cima
do prato. Explica o que está a ser servido!
Depois de terem treinado a comer com garfo e faca, ajuda a criança a partir a comida
segundo o mesmo processo. Com o tempo, ela aprende o sistema, come sozinha e descobre as
vantagens de não depender dos outros. Ela encontra facilmente a comida no prato se for
posta pouca comida de cada vez.
O RELÓGIO
Segundo o relógio põe-se o que tem de ser cortado, por exemplo carne ou peixe, mais
perto da criança, portanto na posição das 6 horas. As batatas por exemplo na posição
das 9 horas, a salada nas 3 horas e a mostarda ou o "ketchup" nas 12 horas.
Durante a refeição vai-se empurrando a comida dos bordos do prato para o meio, para
evitar que salpique para fora do prato. As crianças da pré-escola aprendem assim, mesmo
sem saber ver as horas! Se querem temperar mais a comida, é melhor deitar um pouco de sal
na palma da mão e depois espalhá-lo com os dedos.
Se houver sempre lugares certos para a manteiga, para o pão, para o leite, etc., é
mais fácil para a criança participar activamente na refeição. Por exemplo, para passar
em volta a comida, há à venda grandes cestos para pôr os pratos que vão ao forno.
Sugestão: Abrir pacotes de leite - quadrangulares: Sentir se a ranhura do pacote não
está voltada para ti, para que fique em posição de ser rasgada com a mão direita. O
contrário, no caso de seres esquerdino.
ILUMINAÇÃO DA MESA DAS REFEIÇÕES
[como regra, lâmpadas incandescentes]
É importante escolher uma armadura com um bom efeito de amortecimento. Não esquecer
que os olhos da criança estão a menos altura do que os olhos do adulto. Devem ser
colocadas exigências especiais quanto ao efeito de amortecimento e distribuição da luz
da armadura usada. É bom que a luz possa ser distribuída para cima e para baixo,
consoante as necessidades. Em princípio, 55 cm por cima da mesa.
AJUDAS TÉCNICAS ESPECIAIS
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Cortador de pão
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Cortador de manteiga
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Talheres para fritos
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Relógio com marcação ponteada
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Cafeteira com obstrução de nível
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Fundo para panelas que faz ruído
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Arco para ovos
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Separador de ovos
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Cortador de ovos
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Balança com marcações ponteadas
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Polvilhador de açúcar
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Tabuleiro com revestimento de protecção para não escorregar
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Caixa para o dinheiro
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Marcador de telefone
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Balança de casa de banho
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Metro com marcação ponteada
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Fita métrica com marcação ponteada
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Pequena régua com marcação em relevo
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Bolas com campainha
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Jogos: dominó, etc.
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Enfiador de agulha
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Pequenas chapas para marcação de roupa
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Protecção para o ferro de engomar
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Pregadeira para agulhas
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Suporte para os carrinhos de linha
Descrição de algumas ajudas técnicas:
Cortador de pão
Como deficiente visual, é possível facilitar a vida comprando o pão já
cortado ou carnes frias cortadas. Mas há tanta outra coisa que pode ser cortada com este
aparelho! As crianças podem aprender a cortar fatias iguais para fazer as suas
sanduíches, e muito cedo tiram proveito deste cortador.
Cortador de manteiga
Existem balanças de cozinha com marcações ponteadas para pesar com precisão.
Mas lembra-te que é mais fácil medir do que pesar! E ensina as crianças que querem
participar na confecção de comida ou de bolos a usar o conjunto de medidas, com as
medidas rasas. Quando não se vê que as embalagens da margarina e da manteiga têm as
medidas marcadas, é bom saber que a largura do indicador corresponde a cerca de 50 gramas
da embalagem. O cortador de manteiga serve para medir com maior precisão. É composto por
duas peças. Por cima da tábua de madeira, que pode ser deslocada sobre uma armação
inferior, colocas a embalagem de margarina ou de manteiga, que cortas com a faca segundo
as marcações ponteadas, correspondentes a 25 gramas.
Talheres para fritos
É emocionante e divertido quando, pela primeira vez, nos atrevemos a fritar o
nosso próprio hambúrguer ou salsicha. Há tanto em que pensar! Ter luvas de cozinha,
não forradas com espuma de plástico (o calor passa através), de preferência feitas de
turco grosso, ou de flanela. Também se deve saber como usar o fogão. Pôr um bocadinho
de banha na frigideira fria. Como contém água, começa a frigir à medida que a
frigideira aquece. Escuta! Quando não faz mais barulho é porque está derretida. É
altura de começar a fritar. Instala o relógio da cozinha para sair tudo bem. Baixa a
chama do fogão. Usa os talheres para fritos em vez da espátula dos fritos. Os talheres
são de metal leve. O garfo e a colher têm uma articulação de mola e também podem ser
usados como talheres para saladas. Se tiver medo dos salpicos da gordura, há à venda um
dispositivo de protecção, de rede de aço, com uma pega, próprio para frigideiras.
O Forno
Para nos atrevermos a usar o forno é preciso conhecê-lo bem, quando está frio.
Investiga a sua largura e profundidade, onde estão as dobradiças, a tampa do forno e a
sua pega. Na maioria dos casos o termostato do forno tem botões reguláveis, às vezes
também para as placas do fogão. Podemos marcar as temperaturas mais usadas, por exemplo,
175° ou 200° com pequenas tiras dymo ou contas decorativas, etc., que podem ser
compradas nas lojas de passatempos. OBS! A superfície deve estar absolutamente limpa, sem
gordura, senão não cola. Há colas especiais que resistem ao calor. Experimenta a
receita que damos em baixo. Trabalha a massa com as mãos. Isto fortalece a motricidade
manual e exercita o sentido da forma.
Bolinhos de coco
100 g de margarina
1/2 dl de açúcar
1 1/2 dl de coco ralado
1 1/2 dl de farinha.
1. Pôr o forno a 175° .
2. Barrar o tabuleiro de manteiga.
3. Trabalhar todos os ingredientes numa tigela.
4. Fazer bolinhas com a massa e fazer um incisão com um garfo.
5. Meter no forno 8 minutos.
Usa um relógio de cozinha com marcações ponteadas, que dá sinal conforme o tempo
instalado. Pode marcar até 5 horas. Usar evidentemente luvas de cozinha bem grossas.
Cafeteira com obstrução de nível
Podemos servir-nos de bebidas frias, pondo um dedo na borda do copo ou da caneca
que seguramos na mão. É muito pior com o chá ou com o café. Há uma cafeteira, do tipo
de apito, que está equipada com duas tampas e um dispositivo no bico. Usa a tampa de
sinalização quando ferveres a água, tem cuidado com o vapor de água na cara enquanto
mudas para a tampa de expansão, que nunca deve ferver pois os bordos de borracha secam e
desfazem-se. Aparafusa a tampa para ficar bem apertada. No bico da cafeteira há dois
canais, um para a entrada do ar, outro para deitar o líquido. Ouves um barulho de
"plop, plop'' que termina quando o líquido chega até cima e obstruiu o canal do ar.
Não há perigo de encher demasiado a chávena. Depois de usada, desaparafusa a tampa e
deixa-a secar ao ar.
Fundo para panelas
É feito de aço inoxidável e deve ser posto no fundo das panelas. Faz um barulho
intermitente quando o vapor de água começa a juntar-se por debaixo e o líquido começa
a ferver. Evita que o leite transborde depois de se ter tirado para fora a panela do lume,
conforme o sinal. Muito útil quando cozes ovos.
Arco para ovos
Este dispositivo ajuda o deficiente visual a estrelar ovos. Sobretudo quando
frita mais dum ovo na mesma frigideira. Os ovos não se misturam uns com os outros. É
feito em aço inoxidável e a pega isolada ajuda a encontrar o ovo na frigideira.
Separador de ovos
Às vezes é preciso separar a gema da clara. Como ajuda existe um disco de
plástico que se põe em cima da chávena ou do copo. No meio há uma pequena reentrância
onde fica a gema, enquanto que a clara escorre pelos canais nos lados.
Cortador de ovos
Serve para cortar ovos cozidos, batatas ou beterrabas. É feito em aço
inoxidável com uma rede de metal. Há vários modelos de cortadores de ovos.
Caixa para o dinheiro
Caixa de plástico, muito prática, para moedas, com uma carteira para as notas na parte
de trás. Uma outra sugestão é procurar nas lojas uma carteira com divisões suficientes
para todas as moedas.
Enfiador de agulhas
Quando se tem a vista fraca e para mais uma motricidade fina dos dedos mal desenvolvida,
é muito difícil enfiar a linha no buraco da agulha. Mas é muito útil saber coser um
botão que caiu. Começa o treino por coser botões grandes, só com dois buracos. O
enfiador de agulhas destina-se a agulhas n.os 3, 5 e 7. É feito de plástico, tem duas
peças que se montam. A agulha é posta na extremidade do tubo, com o buraco para baixo. A
pequena canela é para o carrinho de linha. Coloca o fio numa ranhura atrás do tubo. Faz
pressão na alavanca e o fio entre dentro do buraco da agulha. Puxa a linha uns
centímetros para fora antes de tirares a agulha. Corta a linha.
Fita métrica
Fita métrica de plástico, com um metro, um lado amarelo e o outro verde. As extremidades
da fita têm protecções de metal e as marcações são salientes, nos primeiros dez
centímetros (1 - 10 cm) e depois em cada decímetro.
Protecção para o ferro de engomar
É útil tanto para os que vêem como para os deficientes visuais. Como os ferros de
engomar de marcas diferentes têm feitios tão diversos, a protecção tem que ser feita
à medida de cada modelo. Faz um molde do ferro. Deve ser cerca de 2 cm mais comprido do
que a ponta do ferro, para que o vapor possa enfiar-se para baixo da protecção.
Material: tela de silicone, linho de trama larga, 1 toalha (Wettex ou semelhante), 3 cm de
fita de bardana
Dobra em dois um arame de aço (com a ajuda duma pequena tenaz redonda) e vira para dentro
as extremidades. Dá ao arame assim dobrado o feitio do ferro de engomar. Ele deve ficar
no fundo da protecção, para lhe dar a forma e o peso. Corta na tela de silicone o molde
inteiro da parte exterior mais parte de baixo do lado interno. Corta o resto do lado de
dentro, que vai formar o saco para pôr a toalha de linho. Cose em ziguezague o linho e a
tira de silicone. Deixa que os bordos se sobreponham 1/2 cm. Dobra o lado de cima do linho
e faz uma costura em ziguezague. Cose o lado de cima e o lado de baixo. Vira e faz a
bainha do resto do lado de cima, dobrada e em ziguezague. Dobra a toalha em diagonal (deve
ficar dupla) e corta-a à medida do saco. Mete o arame de aço no fundo do saco e prende-o
com alguns pontos do lado do direito. Mete dentro a toalha. Prova a protecção no ferro e
marca onde deve ser posta a fita de bardana para manter a protecção no seu lugar. A
toalha deve ser mudada passado um tempo.
Pregadeira para agulhas e alfinetes cheia de areia
Devido ao seu peso, esta pregadeira fica no sítio onde for posta. Uma outra vantagem é
poder ser posta em cima do trabalho, onde não se pode usar uma ventosa. O material não
custa nada. Cose um pequeno saco de tecido apertado, mas não demasiado rijo. Enche-o com
areia fina. Cose a abertura à mão.
ϟ
Este trabalho foi efectuado durante o ano lectivo de 1981-1982 na Escola
Superior de Formação de Professores - Professores do Ensino Especial - Ramo Visão -
Estocolmo por Sonja Myrimer sob Direcção de Ingrid Nilsson
Tradução: Margarida Rydin - DGEBS / DEE
Δ
publicado
por
MJA
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