ACAPO
Homem cego
conduzido ao Hospital pela filha | Tiberíadas - Galileia
Muitas vezes queremos ajudar uma pessoa com deficiência visual a atravessar uma
rua ou a chegar ao comboio mas não sabemos como. Em poucos passos, aprenda a
guiar uma pessoa com deficiência visual.
Em primeiro lugar temos de saber se a pessoa necessita de ajuda ou não. Então,
perguntamos. Se a resposta for sim, é provável que a pessoa procure o nosso
braço e aí poderemos avançar. Mas se ela não tomar a iniciativa, podemos tocar
levemente no seu braço para indicar a nossa posição. Devemos lembrar que será a
pessoa com deficiência visual a segurar no nosso braço e não o contrário.
O guia vai à frente. A pessoa com deficiência visual está habituada a ser
ajudada e vai andar ao lado do guia, meio passo atrás. Podemos manter o nosso
braço fletido ou pendurado. Devemos andar a uma velocidade que seja confortável
para os dois. Quando andamos ao longo de uma rua, o guia deveria andar do lado
em que circula o trânsito. Se estivermos do lado errado, podemos parar e propor
mudar de posição. Contudo, algumas pessoas vão recusar porque preferem usar
sempre a mesma mão. Alguns dos nossos passeios são estreitos e outros estão
ocupados por carros e outros obstáculos que não permitem que duas pessoas andem
lado a lado. Mas a solução é simples. Dois ou três passos antes da zona mais
complicada, o guia deve avisar que está perante uma “passagem estreita” e
colocar o braço atrás das costas. A pessoa com deficiência visual sabe que deve
colocar-se atrás do guia. Quando AMBOS ultrapassaram o obstáculo, o guia traz o
braço para frente e voltam a andar lado a lado.
Passar uma porta é simples também. O guia abre a porta e a pessoa com
deficiência visual fecha-a. É ainda mais fácil quando o guia fica do lado do
puxador e a outra pessoa do lado das dobradiças.
As pessoas com deficiência visual sobem e descem escadas regularmente. O guia
apenas indica onde começa a escada, parando mesmo junto dela e dizendo “escada a
subir (ou descer)”. Damos a oportunidade à pessoa guiada de segurar no corrimão
e depois subimos (ou descemos) normalmente, sem paragens. Se começarmos com a
perna mais perto da pessoa guiada fornecemos informação mais precisa sobre o
tamanho dos degraus.
Antes de atravessar a rua com uma pessoa com deficiência visual, convém
verificar que não há nenhum carro estacionado do outro lado que possa impedir a
nossa subida para o passeio. Andamos normalmente e subimos para o outro lado sem
parar na estrada. Nas zonas movimentadas, se ouvirmos alguém a apitar ou travar
bruscamente podemos explicar à pessoa cega o que aconteceu para ela perceber que
não está a correr riscos. NÃO devemos atravessar a rua na diagonal.
Quando entramos num autocarro com uma pessoa com deficiência visual, devemos
lembrar-nos da regra geral – o guia vai sempre à frente. Dentro do autocarro
devemos indicar onde se encontra um assento livre, colocando a nossa mão, do
braço que a pessoa está a segurar, nas costas de uma cadeira. A pessoa com
deficiência visual assim, vai sentar-se sozinha. Se for apenas a pessoa com
deficiência visual a entrar no autocarro, colocamos a pessoa em frente da porta,
perto da corrimão. A pessoa subirá sozinha.
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Textos do folheto “Guia do Guia” elaborado pela Direção Nacional da ACAPO.
LB
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