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 Sobre a Deficiência Visual

 

 Retinopatia Serosa Central

Acumulação de líquido, debaixo da retina, afecta a mácula produzindo distorção das imagens e visão turva
A acumulação de líquido debaixo da mácula produz imagens turvas e distorcidas

 



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Corioretinopatia Serosa Central

T. Quintão, S. Barrão, Paula Sens, F. Querido

Instituto de Oftalmologia Dr.Gama Pinto, Lisboa


A corioretinopatia serosa central, também conhecida como retinopatia serosa central, é uma deficiência visual, muitas vezes temporária, geralmente em apenas um olho, que afecta principalmente os individuos do sexo masculino na faixa etária dos 20 aos 50 anos, mas que também pode afetar as mulheres. Quando a doença está ativa é caracterizada pelo extravasamento de líquido sob a retina, com propensão a acumular-se sob a mácula central. Este liquido resulta numa visão borrada ou distorcida (metamorfopsia).

Diagnóstico
O diagnóstico geralmente começa com um exame de dilatação da retina, seguido de uma confirmação por tomografia de coerência óptica. O exame de retinografia geralmente apresenta um ou mais pontos fluorescentes com vazamento de fluido. Para um correto diagnóstico da doença é feito um exame onde existe dilatação da retina, o exame chama-se (angiografia de fluorescência).

Etiologia
A doença ainda não está bem definida: é causada pelo stress e pelos efeitos secundários de alguns medicamentos, como os glicocorticóides. Observou-se também a correlação durante a gravidez: em tais casos, o distúrbio é encerrado no momento do parto, embora em casos raros, têm sido observadas recidivas.

A corioretinopatia serosa central é uma patologia extremamente comum em indivíduos jovens do sexo masculino podendo originar incapacidade temporária para o trabalho. Daqui a importância que atribuímos ao estudo desta patologia.

Importância da tomografia de coerência óptica na corioretinopatia serosa central (CRCS)

Material e Métodos:
Avaliamos 5 casos de indivíduos do sexo masculino com idade média de 38,4 anos, com o diagnóstico de CRCS. Foram efectuadas angiografia fluoresceínica digitalizada e OCT, como métodos de estudo complementares.

Resultados e Conclusão:
A tomografia de coerência óptica mostrou-se em todos os casos analisados como método de diagnóstico com elevada sensibilidade (100%).

Quando precedido por um exame clinico cuidado e Retinografia permite efectuar o diagnóstico, apresentando uma especificidade elevada.

Daqui se conclui o interesse do OCT no diagnóstico e follow-up da CRCS, associada à Retinografia e ao exame clinico.


fonte: fotos antes e depois

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17.Set.2014
publicado por MJA



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Terapêutica Fotodinâmica no Tratamento da Coriorretinopatia Serosa Central Crónica

Tatiana Gregório et al.

[Centro de Responsabilidade de Oftalmologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra]


A Coriorretinopatia Serosa Central (CSC) é uma doença idiopática benigna caracterizada por um descolamento seroso da retina neurossensorial (DNS) na região macular central. Geralmente de sintomatologia unilateral, afecta preferencialmente homens saudáveis, entre os 30 e os 50 anos. A doença é usualmente esporádica e auto-limitada, e tem sido associada a situações como stress emocional, personalidade tipo A, gravidez e ao uso sistémico de esteroides.

Quando ocorre envolvimento da mácula central, os doentes referem início súbito de diminuição ligeira da acuidade visual (AV), micrópsia, metamorfópsias e escotoma central ou para-cental. O diagnóstico baseia-se na oftalmoscopia e é confirmado pela Angiografia Fluoresceínica (AF) e a Tomografia de Coerência Óptica (OCT).

A Angiografia com Verde de Indocinina (AVI) mostra a presença de áreas de hiperfluorescência multifocal e derrame nos tempos intermédios do exame (5-10 minutos), que correspondem a hiperpermeabilidade vascular coroideia e capilares coroideus dilatados e dispersão da fluorescência nas fases tardias (20-30 minutos).

Por vezes podem observar-se áreas de hipofluorescência rodeadas por anel hiperfluorescente. O prognóstico visual é geralmente bom, com evolução natural favorável e recuperação espontânea do DNS e da AV de base. Contudo, numa minoria de doentes, o Descolamento Neurosensorial (DNS) torna-se persistente, recorrente ou multifocal com descompensação difusa do Epitélio Pigmentar da Retina (EPR), condição que se denomina de CSC Crónica (CSCC). Nestes casos a recuperação funcional pode não ser total e a perda visual pode tornar-se permanente devido à disfunção macular.

As recorrências são frequentes ocorrendo em cerca de um terço a metade dos doentes após o 1º episódio.

A Fotocoagulação com laser árgon dos locais de derrame angiográfico extrafoveais contribui para a absorção mais rápida do fluido sub-retiniano (FSR). No entanto, não parece haver redução da taxa de recorrência nem benefício visual a longo prazo.

Até ao momento, não existe orientação terapêutica comprovadamente eficaz quando a situação evolui para a cronicidade. A Terapêutica Fotodinâmica (TFD) com verteporfina, tendo sido inicialmente indicada no tratamento da neovascularização coroideia (NVC) secundária a Degenerescência Macular da Idade (DMI), está hoje igualmente aprovada na miopia patológica e no síndrome de histoplasmose ocular.

Vários autores têm publicado resultados anatómicos e funcionais favoráveis no tratamento da CSCC com TFD. [...]


Artigo completo
in Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia,
Vol. 35 - Nº 1 - Janeiro-Março 2011

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17.Set.2014
publicado por MJA



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Retinopatia Serosa Central

Portal da Retina


A retinopatia serosa é considerada uma doença do mundo moderno, que tem causa relacionada com o stress e a ansiedade. Doença pouco comum, que afeta a mácula, região central da retina (lente do olho). O nome correto da doença é retinopatia serosa central e costuma atrapalhar a visão repentinamente. Pessoas sem outras doenças oculares podem sofrer do problema.

Em geral, para cada dez doentes, nove são homens. A idade mais comum para surgimento de problemas é entre 25 e 45 anos. Em mulheres, é mais comum durante a gravidez.


Como Surge a Doença

  • O enfraquecimento de uma membrana abaixo da retina – de Bruch – faz com que escape líquido dos vasos próximos à mácula.

  • O acúmulo de líquidos faz surgir uma bolha que eleva a camada mais superficial da retina, formando um tipo de calombo.

  • A bolha deforma a superfície da retina, provocando deslocamento do foco na região central da formação da imagem, onde está a mácula.

Causa
Apesar de ter causas desconhecidas, a serosa tem forte relação com o stress e a ansiedade. Acredita-se que o uso de corticóide inalatório também provoque a doença.

Cura
Na maioria dos casos, é espontânea e os sintomas regridem entre quatro e oito semanas. Aproximadamente um terço dos pacientes apresenta recorrência do problema. Se o líquido não for reabsorvido em poucas semanas, apenas o laser resolverá o problema.

Diagnóstico
Feito através de um exame de fundo do olho e confirmado por uma angiofluoresceinografia, exame no qual são feitas fotografias do fundo de olho. O oftalmologista consegue notar, a partir de uma injeção de contraste, a área invadida pelo líquido sob a retina.

Tratamento
Anti-inflamatórios não-hormonais - sem corticóide - ajudam na reabsorção do líquido extravasado.

Laser
O jato de laser atravessa o olho e queima o tecido no ponto onde está vazando líquido. Em uma semana, forma-se uma cicatriz no ponto de escoamento. A doença pode reaparecer em outra região da retina.
 

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17.Set.2014
publicado por MJA