Alergias oculares são reacções alérgicas dos olhos, ou seja, são respostas do sistema imunológico (sistema de defesa do organismo) a uma determinada substância, que se chama
alergeno.
O QUE É UM ALERGENO?
- São substâncias capazes de produzir reacções alérgicas.
QUAIS SÃO OS ALERGENOS MAIS COMUNS?
Pólen (arvores, flores e algumas ervas que libertam o pólen no ar).
Mofo (esporos de mofo existente nas folhas e no feno e que são libertadas no ar)
Pêlo dos animais (nomeadamente do gato)
Ácaros da poeira, poluição, cosméticos e produtos de maquilhagem
Alimentos de origem marinha (camarão, lagosta)
Qual é a manifestação clínica das reacções alérgicas oculares?
- É a conjuntivite alérgica e as reacções alérgicas palpebrais.
O QUE É UMA CONJUNTIVITE ?
- É uma inflamação da conjuntiva. A conjuntiva é uma membrana fina e transparente que reveste a parte branca do olho (esclera) e a superfície interna das pálpebras.
A CONJUNTIVITE ALÉRGICA MANIFESTA-SE POR OLHO VERMELHO?
- Sim. Se a conjuntiva for exposta a um alergeno, irá levar a uma irritação dos vasos sanguíneos, com consequente dilatação, o que origina o olho vermelho.
A CONJUNTIVITE ALÉRGICA PODE SER A ÚNICA MANIFESTAÇÃO DE ALERGIA?
- Sim. Pode manifestar-se somente como conjuntivite alérgica, quando as pessoas contactam com substâncias perigosas levadas pelo vento, como esporos de fundos, pó e o
pêlo dos animais domésticos.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA ALERGIA OCULAR?
Prurido (comichão)
lacrimejo (choro)
ardor
pálpebras ( edema, eritema e descamação)
QUAIS SÃO OS SINAIS DA ALERGIA OCULAR?
hiperemia da conjuntiva (olho vermelho)
quemose ( conjuntiva inchada e de aspecto gelatinoso)
edema e descamação da pele das pálpebras
QUAIS SÃO OS TIPOS DE ALERGIA OCULAR?
Conjuntivite alérgica sazonal ou perene (febre dos fenos). Na forma sazonal, os alergenos mais comuns são o pólen das gramíneas ou das ervas daninhas. Na forma perene,
os alergenos mais comuns são o ácaro do pó da casa e o pêlo dos animais.
Conjuntivite Vernal - É rara, mas potencialmente grave, devido ao atingimento da córnea. Muitas vezes não é possível estabelecer um alergeno predominante. Habitualmente
a doença tem uma duração de 5-10 anos.
Conjuntivite atópica - Pode levar á cegueira, por atingimento da córnea. Pode ter a duração de décadas.
Conjuntivite Papilar - Habitualmente é resultado da intolerância ás lentes de contacto e/ou aos produtos de desinfecção das lentes de contacto.
Conjuntivites por contacto ou tóxicas - Por reacção alérgica a alguns fármacos (anestesicos, atropina cloranfenicol, gentamicina, etc.) e a conservantes.
QUEM PODE TER ALERGIAS OCULARES?
- Qualquer pessoa pode ter reacções alérgicas oculares. No entanto, os doentes com asma, rinite alérgica ou alergias da pele, têm mais risco de desencadear alergias
oculares.
A CONJUNTIVITE ALÉRGICA QUE SURGE NAS CRIANÇAS PODE MELHORAR COM A IDADE?
- Sim. Habitualmente têm uma duração autolimitada, com uma duração de 5-10 anos. A excepção é a conjuntivite atópica, que pode ter uma duração de décadas.
COÇAR OS OLHOS DEVE SER EVITADO?
- Sim, por 2 razões. A primeira é que o acto de coçar os olhos vai estimular o aparecimento de substâncias químicas, que elas próprias vão estimular a comichão (é um
circulo vicioso). A segunda razão é porque, nos doentes com conjuntivite atópica o acto de coçar os olhos pode levar ao desencadeamento dum doença da córnea chamada
queratocone.
COMO SE EVITAM AS REACÇÕES ALÉRGICAS OCULARES?
Manter ambientes sempre livres de pó.
Lavar as roupas guardadas há muito tempo, antes de as usar.
Evitar ambientes com muito pó, fumos e com odores fortes.
Eliminar tecidos que acumulem poeiras, como tapetes, alcatifas, cortinados e bonecos de peluche.
Manter limpo o filtro do ar condicionado
Dormir com roupa de cama sintética, evitando edredons de lã, mantas, cobertores felpudos e lençóis de flanela
Evitar almofadas nos sofás, utilizando sempre capas de plástico.
Evitar objectos de decoração que possam acumular pó.
Evite ter plantas, flores e animais de pêlo dentro de casa.
Limpe o pó, com frequência, e sempre com aspirador ou um pano húmido.
Evite o contacto com animais domésticos.
Evite passear pelo campo, sobretudo na Primavera e Outono, sobretudo em dias de muito vento.
Tentar manter as janelas fechadas na Primavera e Outono.
Aspirar semanalmente o colchão
Guardar em armários e gavetas os objectos que possam acumular pó, como bonecos de peluche e livros.
Substitua a vassoura pelo aspirador.
Evite medicamentos ou produtos que tenham causado alergia anteriormente.
Forrar os travesseiros e almofadas com capas impermeáveis.
Restringir o uso de cosméticos e produtos de maquilhagem.
Evitar o uso de lentes de contacto
Evite banhar-se em piscinas, sem óculos protectores e vedantes.
Evite os alimentos mais alergenos (bananas, morango, kiwi, mariscos)
Durante os passeios ao ar livre, proteger sempre os olhos com óculos escuros.
Evite esfregar ou coçar os olhos.
O QUE SE DEVE FAZER QUANDO SURGEM OS SINTOMAS DE ALERGIA OCULAR ?
Deve abandonar-se rapidamente o local onde apareceram os sintomas.
Lavar os olhos com soro fisiológico
Não esfregar os olhos
Aplicar compressas frias sobre os olhos fechados
Procurar um Oftalmologista para iniciar o tratamento médico
QUAL É O TRATAMENTO DA ALERGIA OCULAR?
- A única cura é a evicção do alergeno ( não contactar mais com o alergeno)
- Para aliviar os sintomas pode aplicar-se tratamento tópico (gotas oculares e pomadas oftálmicas) ou sistémico.
A alergia ocular é uma inflamação dos olhos provocada por uma reacção do nosso corpo a substâncias aparentemente inofensivas.
No doente alérgico, o pólen, o pó de casa, ou alimentos como o chocolate ou marisco, são reconhecidos pelo sistema imunitário como perigosos! Assim, sempre que há
contacto com estas substâncias - designadas por alergénios - o organismo activa uma resposta de defesa que leva ao aparecimento dos sintomas da alergia.
2.
Quais são os sintomas da alergia ocular?
Os sintomas mais frequentes de alergia ocular são:
olhos vermelhos e inchados
comichão e ardor
sensação de "areia nos olhos"
dificuldades em suportar a luz (fotofobia)
lacrimejo
Em alguns casos, os sintomas de alergia ocular podem coexistir com sintomas de rinite alérgica (nariz entupido e a "pingar", espirros consecutivos...) ou bronquite
alérgica (tosse, asma, pieira).
3.
Como descobrir a causa da alergia ocular?
Os alérgicos mais comuns são:
Pólen
Pó da casa
Pêlos e penas de animais
Alimentos: chocolates, mariscos, ovos...
Para determinar a causa da alergia o médico analisa a história clínica do doente (existem mais casos na família? Em que altura do ano é que a alergia se manifesta?
Durante todo o ano, mais na primavera e Outono?...) e faz exame ocular detalhado.
Na maioria dos casos a história clínica e o exame ocular são suficientes para que o médico determine a causa da alergia. No entanto, em alguns casos, o médico pode achar
conveniente realizar também um teste de alergia.
O teste de alergia mais comum é um teste cutâneo, simples, rápido e muito fiável, que permite identificar a substância responsável pela alergia e que indica o grau
alérgico do doente.
Alternativamente, o teste de alergia pode ser realizado a partir de uma análise do sangue do doente, num laboratório especializado.
Se é alérgico ao pólen...
O pólen origina crises alérgicas, principalmente na Primavera e no Outono.
Se é alérgico ao pólen saiba que:
Deve fazer uma terapêutica de prevenção com um medicamento antialérgico, antes e durante a estação polínica;
É conveniente manter as janelas de casa fechada durante as primeiras horas da manhã, e usar óculos escuros quando andar na rua;
Se utiliza sistemas de ar condicionado, deve mandar instalar um filtro próprio para retenção de pequenas partículas.
Se é alérgico ao pó de casa...
Os ácaros que vivem no pó da casa são responsáveis por inúmeros casos de alergia. Estes ácaros alimentam-se das escamas que se libertam da nossa pele, e gostam de viver
em ambientes quentes e húmidos. Deste modo, roupas de cama e colchões constituem autênticos "reservatórios" de ácaros, particularmente durante os meses húmidos do
Inverno!
Nestes casos deve:
Evitar alcatifas, tapetes grossos e cortinas de tecido dificilmente laváveis;
Guardar em armários ou gavetas todos os objectos que possam acumular pó: peluches, livros, etc;
Evitar cobertores felpudos, edredões de penas e lençóis de flanela;
Aspirar semanalmente o colchão e o estrado.
4.
Qual o tratamento para a alergia ocular?
Para além das medidas de prevenção referidas anteriormente, o seu médico indicar-lhe-á o tratamento mais indicado para o seu caso.
Anti-alérgicos: Os medicamentos anti-alérgicos podem ser usados para tratamento e para a prevenção da alergia. De um modo geral, é aconselhável a utilização do medicamento durante todo o
tempo em que existe risco de contacto com o alérgico (ex: durante a estação polínica, se o doente for alérgico ao pólen), mesmo na ausência de sintomas.
Descongestionantes: Os descongestionantes são utilizados para alívio temporário dos sintomas de alergia. No entanto, é importante lembrar que este tipo de produtos só pode ser usado durante
um curto espaço de tempo, uma vez que a sua utilização prolongada pode causar efeitos secundários graves.
Lágrimas artificiais: As lágrimas artificiais reduzem a irritação ocular e protegem a superfície dos olhos, podendo ser utilizada várias vezes ao dia. As lágrimas artificiais estão disponíveis
em frascos conta-gotas e em embalagens individuais (unidoses), especialmente concebidas para olhos muito sensíveis.
Para terminar, resta lembrar que alergia ocular, apesar de ser uma situação incómoda, é fácil de controlar se forem tomadas as precauções necessárias e se for seguido o
tratamento indicado pelo médico. E, mais uma vez, não se esqueça que a alergia é uma situação onde MAIS VALE PREVENIR...!
Conjuntivite alérgica:
forma mais comum de alergia ocular
Luís Delgado / Sofia Filipe
“Os sintomas de alergias oculares são muito parecidas com os
da a conjuntivite,
por sso é importante procurar um oftalmologista para receber o diagnóstico correto.”
A forma mais comum de alergia ocular não raras vezes faz-se acompanhar de sintomas nasais de rinite e manifesta-se, sobretudo, por «olho vermelho».
«A alergia ocular consiste numa doença inflamatória da superfície ocular externa, frequentemente recorrente, apresentando-se geralmente por sinais e
sintomas agudos, bilaterais, de prurido, por vezes sensação de ardência (queimor), lacrimejo, fotofobia, hiperemia (olho vermelho) e quemose (edema da
conjuntiva). Nalgumas formas de alergia ocular há envolvimento palpebral com edema e reacção papilar na sua superfície interior (tarsal)», refere o Prof.
Luís Delgado, imunoalergologista, professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, vice-presidente da SPAIC – Sociedade Portuguesa
de Alergologia e Imunologia Clínica.
A alergia ocular manifesta-se por «olho vermelho», sendo uma apresentação clínica muito frequente, que causa mais de 60% das prescrições tópicas
oftalmológicas.
Conjuntivite alérgica e medicamentosa
Em mais de 50% dos casos, a conjuntivite alérgica é a forma mais comum de alergia ocular, sendo muitas vezes acompanhada por sintomas nasais de rinite
(rinoconjuntivite alérgica).
Nas formas sazonais da Primavera é, normalmente, provocada por pólenes das gramíneas, oliveira e parietária. Nas formas persistentes (perenes), é causada
pelos ácaros do pó da casa e pelos epitélios de animais domésticos, por exemplo, o gato .
«Já a “conjuntivite medicamentosa” (queratoconjuntivite tóxica) surge pelo uso repetido de medicação ocular tópica e toxicidade ou sensibilização aos seus
constituintes, geralmente os conservantes», observa Luís Delgado, salientando que «os conservantes utilizados nos colírios oftálmicos (cloreto de
benzalcónio, timerosal) são a principal causa».
A pele fina das pálpebras é também particularmente susceptível a reacções de alergia de contacto. Por isso, além dos constituintes e conservantes dos
tópicos oculares, vários produtos de cosmética podem também estar envolvidos.
De acordo com o autor de Alergia Ocular. 25 Perguntas sobre Diagnóstico e Tratamento, «curiosamente, não são os de uso
directo nos olhos que colocam mais problemas de diagnóstico. Os cosméticos aplicados no cabelo, na face ou nas unhas podem ser inadvertidamente
transferidos para os olhos, provocando sensibilização, por vezes, sem qualquer sintoma no ponto de origem, onde a epiderme é mais espessa».
As armações dos óculos, as respectivas dobradiças e parafusos metálicos, assim como instrumentos de cosmética ocular (eyeliners), podem originar eczema de
contacto periorbitário em doentes sensibilizados ao níquel, por exemplo.
Evitar ácaros e pólenes
Se a prevenção da alergia de contacto a um objecto ou produto passa por simplesmente evitar o dito contacto, o mesmo não se poderá dizer em relação a outros
alergénios, como os pólenes ou os ácaros.
Tal como acontece com outras manifestações alérgicas, previne-se o desencadear ou agravamento da alergia ocular através de medidas de evicção.
É fundamental evitar a acumulação de pó na casa e a proliferação de ácaros nos quartos, nos casos de conjuntivite alérgica persistente ou
queratoconjuntivite atópica, quando existe IgE específica para os ácaros do pó da casa e uma relação clínica com os sintomas (agravamento nocturno e/ou ao
levantar e no Outono/Inverno).
«Os ácaros domésticos (Dermatophagoides pteronyssinus e Dermatophagoides farinae) são a principal fonte alergénica do pó da casa, alimentando-se das
escamas que continuamente se libertam da pele humana e de certos bolores», menciona Luís Delgado, acrescentando:
«O seu crescimento é facilitado pelo calor e, sobretudo, pela humidade. Daí que seja no quarto de dormir – na roupa da cama, nas almofadas, cobertores e,
sobretudo, nos colchões – que eles existem em maior abundância e, particularmente, a partir de Outubro e durante todo o Inverno.»
Como não poderia deixar de ser, nas conjuntivites alérgicas com sensibilização aos pólenes e agravamento sazonal interessa diminuir a exposição àqueles
alergénios.
No nosso País, a época polínica inicia-se em fins de Fevereiro/Março (pólenes de árvores), tem um pico máximo em Maio/Junho (gramíneas) e termina em
Julho, por vezes, um pouco mais tarde (parietária).
Deste modo, durante este período, «deve evitar-se caminhar em grandes espaços relvados ou cortar relva, andar na rua nos dias de vento forte, em dias
quentes e secos e nas primeiras horas da manhã, pois, são alturas em que há maior polinização», aconselha o especialista, apontando outras medidas
preventivas a ter durante a época polínica:
«Na Primavera, é também de evitar andar de moto ou bicicleta, praticar campismo, caça ou pesca. Deve-se viajar com as janelas do carro, autocarro ou
comboio fechadas e usar óculos escuros de protecção quando se anda na rua, com 100% de filtração ultravioleta!»
Soluções terapêuticas
O uso de medicamentos tópicos no local da reacção alérgica é, hoje, uma das principais estratégias terapêuticas, pois os efeitos são rápidos e há uma
diminuição dos eventuais efeitos sistémicos.
«Os agentes farmacológicos desenvolvidos mais recentemente para uso tópico ocular têm múltiplos mecanismos de acção. É o caso dos fármacos de dupla acção
– anti-histamínicos de acção rápida e com efeito estabilizador dos mastócitos – que são usados de uma forma mais cómoda (duas vezes por dia) e eficaz»,
avança Luís Delgado, acrescentando:
«Alguns estudos recentes demonstram também que a aplicação de tópicos oculares pode melhorar os sintomas nasais da rinite, mas não vice-versa.»
E continua: «No entanto, a coexistência de uma rinite aumenta as queixas do doente, diminui a sua qualidade de vida e mantém uma inflamação local, que
pode favorecer a penetração do alergénio. Assim, os anti-histamínicos orais não sedativos podem melhorar também os sintomas conjuntivais quando estes se
associam à rinite e poderão ser utilizados em tratamento único, em formas ligeiras e intermitentes.»
Os corticosteróides tópicos são também muito eficazes na alergia ocular, dado suprimirem múltiplos passos da reacção inflamatória.
Todavia, Luís Delgado adverte que «por se associarem ao atraso na cicatrização do epitélio corneano, aumento da tensão intra-ocular (glaucoma), formação
de catarata e imunossupressão local, com consequente risco de sobreinfecção da córnea e da conjuntiva, a sua utilização deve ser cuidadosa, por períodos
curtos e monitorizada por oftalmologistas».
A prevalência
Ainda não existem informações epidemiológicas precisas sobre as conjuntivites alérgicas, quer a nível nacional, quer a nível internacional. Muitas vezes, os
sintomas referidos em diversos inquéritos estão associados a perguntas que têm a ver com outras manifestações alérgicas, como a rinite.
No entanto, alguns dados referentes a outras manifestações clínicas da alergia permitem ter uma ideia da evolução epidemiológica provável das
conjuntivites alérgicas.
Segundo Luís Delgado, «pelo menos 15% da população europeia com menos de 30 anos tem rinite. A prevalência em Portugal, para a rinite, é de cerca de 10%
na população adulta e, pelo menos, 20% nas crianças; para a rinoconjuntivite, os dados dos inquéritos realizados na população infantil (ISAAC)
correspondem a cerca de metade da prevalência de rinite, portanto entre 8 a 13%».
Quando a conjuntivite não é alérgica...
Perante uma conjuntivite, resta ao clínico definir se é alérgica ou infecciosa.
«Na conjuntivite infecciosa (bacteriana ou vírica) predominam as secreções seromucosas e formação de crostas matinais em contraste com a lágrima
límpida e o prurido da alergia», elucida o imunoalergologista, prosseguindo:
«Em contraste com a alergia ocular, bilateral, com frequência as conjuntivites infecciosas são assimétricas, associando-se a sintomas de recente infecção
respiratória alta e, nas víricas, a adenopatias pré-auriculares ou submandibulares.»
«Na suspeita de conjuntivite alérgica raramente é necessário pedir exames laboratoriais numa primeira aproximação, pois os elementos da história clínica e
do exame oftalmológico são os mais determinantes para o diagnóstico», aponta o vice-presidente da SPAIC.
Contudo, numa conjuntivite alérgica persistente ou recidivante, são importantes os testes cutâneos e/ou a quantificação sérica da IgE específica,
nomeadamente para revelar o(s) alergénio(s) implicado(s).