|

índice
ϟ
Posturologia | SDP
Dr. Rufino Ribeiro, Médico Oftalmologista
O Síndrome de Deficiência Postural (SDP) é, no essencial, uma disfunção do nosso
sistema de controlo da postura e/ou da tonicidade muscular. Há uma alteração
profunda da propriocepção – considerada o nosso 6.º sentido.
Calcula-se em 10 % a população que pode sofrer desta afecção nos seus múltiplos
e variados aspectos.
Sintomas
O SDP geralmente não é diagnosticado como tal uma vez que se pode apresentar sob
as formas mais diversas: depressões, enxaqueca, tonturas, dificuldades de
leitura sem justificação aparente em problemas escolares, angústia e mal estar
em espaços abertos (como os centros comerciais e supermercados), dores nas
costas ou disseminadas pelo corpo (semelhantes às fibromialgias), bruxismo
(“ranger” de dentes durante a noite), insónias, etc. Geralmente os doentes com
SDP apresentam mais do que uma destas patologias associadas. Por este facto é
que um dos primeiros sinais de alerta é a “coincidência” de concorrerem no mesmo
doente algumas destas patologias ou a resistência ao tratamento de qualquer
delas. Pelo vasto leque de queixa é normal os doentes tratarem-se em múltiplas
especialidades médicas com resultados variáveis mas sempre sob uma forma que o
doente aceita como de doença crónica.
Origem
O SDP tem origem no mau funcionamento do chamado Sistema Postural Fino. O
funcionamento deste sistema depende da coordenação dos seguintes “órgãos”: olho
e músculos oculares, articulação temporomaxilar e dentes, ouvido interno e
“sensibilidade” da planta dos pés (transmitida pelo eixo constituído pelos
membros inferiores e coluna vertebral). A não coordenação destes “órgãos” pode
existir mesmo sem que nenhuma doença afecte particularmente nenhum deles – é a
relação entre eles que está perturbada.
Diagnóstico
O diagnostico do SDP passa por múltiplos exames físicos e funcionais embora o
que actualmente se possa considerar como o mais rigoroso e quantificável seja a
Estabilometria.
A estabilometria consiste na colocação do indivíduo sobre uma placa com
sensores, que ligada a um computador vai fazendo o registo “on line” das suas
oscilações, separando a importância e ou comprometimento dos vários sistemas
implicados: visão e músculos oculares, ouvido interno, articulação
temporomaxilar e plantar dos pés e coluna.
A evolução e o aumento da importância deste exame cujos princípios e equipamento
já existiam, ainda que de uma forma mais recuada, deve-se à evolução da
tecnologia electrónica mas, principalmente, à aplicação das novas técnicas
matemáticas e estatísticas, com recurso a computadores de grande capacidade,
desenvolvidas na nossa clínica, que permitem concluir sobre a interrelação,
evolução e avaliação quantitativa dos diversos sistemas intervenientes.
Terapêutica
As novas abordagens terapêuticas incidem na integração de todos os sistemas que
têm papel relevante no sistema postural fino: sistema óptico através de prismas
posturais e de exercícios para a função visual e percepção visual, equilíbrio do
sistema plantar e estimulação auditivo-sensorial através de audições programadas
e manipuladas de trechos musicais – (método Tomatis).
Divulgação
A oftalmologia é a especialidade médica que melhor se encontra colocada para o
diagnóstico e tratamento do SDP, sendo relevante, muitas vezes, a intervenção de
fisiatras e estomatologistas.
A divulgação do Síndrome de Deficiência Postural, tratando-se de uma doença eminentemente multidisciplinar, é
lenta e difícil.
Ξ
30.Abr.2018
publicado por MJA
ϟ
A Osteopatia e a Visão
Dr. Manuel da Fonseca,
Naturologista e Osteopata
A visão é considerada um sentido maior. Algo tão precioso que nos permite ver o
mundo tal como ele é. Isso, sem dúvida, tem um valor inestimável.
Com o avançar da idade, é normal a degenerescência de inúmeras funções
orgânicas, incluindo a visão. Por volta dos 40 anos, é comum surgirem os
primeiros sintomas da presbiopia - dificuldade em ver as imagens ao perto, dor
de cabeça e vista cansada. Devido à perda de elasticidade do cristalino e à
diminuição da flexibilidade dos músculos oculares, o olho tem dificuldade em
focalizar os objectos que lhe estão mais próximos.
A partir do aparecimento desses sintomas, é frequente recorrer-se a uma consulta
de oftalmologia.
No entanto, existem alterações da visão que podem estar relacionadas com
perturbações de outros sistemas orgânicos - o sistema vestibular (ouvido
interno), o sistema músculoesquelético (tornozelos, pés, coluna vertebral,
músculos e tendões) e a articulação têmporomandibular. Muitas vezes, os sintomas
que o paciente apresenta confundem-se e interrelacionam-se, sendo em alguns
casos necessário recorrer-se à realização de exames complementares de
diagnóstico para aferir-se a causa dos mesmos. O que acontece, na maioria das
vezes, é a inexistência de alterações nos exames realizados (Rx, TC, análises
clínicas) e nos testes médicos, que justifiquem as referidas queixas e daí a
dificuldade de se adoptarem medidas terapêuticas. Mas o paciente continua com as
queixas e resiste aos medicamentos habitualmente utilizados para este tipo de
sintomas - analgésicos, antivertiginosos e estimulantes cerebrais.
Sintomas Comuns Associados a Alterações da Visão
Existem muitos sintomas que, mesmo não estando directamente relacionados com a
visão, podem traduzir perturbações de sistemas orgânicos que afectam
indirectamente a percepção visual. Entre eles, incluem-se:
-
Perturbações do equilíbrio
-
Tonturas, sensação de enjoo - náusea, sensação de embriaguez, vertigens,
descoordenação motora, quedas sem justificação.
-
Dores de diversa localização
-
Cefaleias (dores de cabeça) que podem atingir a forma de enxaqueca, dores na
coluna vertebral, dores nos braços e nas pernas, dores intercostais, ciática,
dores musculares associadas a fadiga crónica.
-
Perturbações psíquicas
-
Ansiedade, depressão, ranger dos dentes durante o sono, dificuldade em utilizar
elevadores, frequentar grandes superfícies, orientar- se na rua e no metro,
estacionar o automóvel e exercer todo um conjunto de actividades que exija uma
boa percepção do espaço que os rodeia.
-
Dificuldades de aprendizagem
-
Dificuldades de atenção, concentração e memorização, dificuldade na leitura
(dislexia), dificuldade em conseguir longos tempos de leitura, erros na escrita
(disortografia), leitura irregular (disgrafia), dificuldade em perceber o que
ouve (surdez ou atraso de percepção auditiva), fadiga persistente,
hiperactividade.
A importância da Postura e a Visão
A estabilidade da postura corporal está dependente de três sistemas - os
sistemas somatosensorial, vestibular e visual. Só quando se verifica uma
interacção adequada destes sistemas é que o organismo pode adquirir a capacidade
de posicionar-se e interagir adequadamente com o meio envolvente.
Existe uma relação entre a visão e a postura, que interfere com o equilíbrio do
indivíduo e a interacção entre o corpo e o ambiente, pelo que se torna
importante detectar as alterações posturais decorrentes das aferências visuais e
vice-versa. Esta interdependência entre visão e postura justifica as alterações que decorrem
em cada um dos sistemas e a forma como cada um pode afectar o outro.
O sistema visual possui relações significativas com o controle postural. Isto
porque, no sistema visual, a retina é sensibilizada por ondas electromagnéticas
visíveis que por sua vez são transmitidas ao córtex visual, localizado na região
occipital, determinando modificações do tónus e da postura. Assim, os problemas de visão podem afectar a postura, tal como os problemas de
postura podem afectar a visão.
A postura corporal também pode ser expressão de alterações psicológicas (stresse
emocional, depressão). Um indivíduo desanimado ou deprimido adopta uma postura
fechada e tensa, cabisbaixa, com os ombros avançados e braços caídos para a
frente, o esterno retraído e as costas encurvadas. Isto afecta o equilíbrio
postural e a própria percepção visual. A adopção de posturas corporais
incorrectas baralha a percepção que o cérebro tem da posição das diferentes
partes do corpo. Esta alteração da orientação espacial leva a que o cérebro
passe a dar ordens erradas a diversas estruturas do organismo, interferindo com
o estado de contracção ou relaxamento de vários músculos e afectando todo o
esqueleto.
A Síndrome de Deficiência Postural
No início dos anos 60, o médico Luís Carpinteiro, especialista em Reabilitação
Funcional, começou a abordar o tratamento de doentes que apresentavam lombalgias
(dores na região da coluna lombar) de uma forma peculiar. Em vez de os submeter
a terapêuticas com agentes químicos ou físicos, colocava-os diante de um espelho
para que pudessem ter consciência do seu corpo e mostrava-lhes como corrigir a
postura. A eficácia desta técnica sobre a dor tinha excelentes resultados e a sua
experiência clínica contribuiu para evidenciar um conjunto de sinais clínicos
comuns. Em 1979 foi publicada em França, pelo médico Henrique Martins da Cunha, a
Síndrome de Deficiência Postural (SDP).
A SDP é a designação para o conjunto de sinais e sintomas relacionados com as
alterações da postura corporal e engloba a dor (dores musculares persistentes,
cefaleias, nevralgias), o desequilíbrio (vertigens e perda de equilíbrio) e a
dificuldade de aprendizagem. Assim como muitos outros sintomas como a
deficiência circulatória, náuseas, vómitos, desorientação espacial, fadiga
injustificada, limitação de movimentos articulares, dificuldades de localização
exacta de cada segmento do corpo, dificuldade em articular palavras, em perceber
o que se ouve, quedas e acidentes sem explicação plausível. O autor verificou que a maioria dos pacientes tinha alterações na forma como se
posicionavam e também como percepcionavam o corpo. Embora nem todos os casos
possuíssem o quadro clínico completo, todos eles tinham em comum uma dificuldade
de percepção do próprio corpo.
Propriocepção "o sexto sentido"
Existem cinco sentidos clássicos que todos conhecemos e que basicamente informam
o nosso cérebro sobre a percepção da realidade exterior. Existe, porém, um
"sexto sentido", que informa o cérebro sobre o que se passa no nosso corpo.
Trata-se da Propriocepção que, estando integrada a nível global no organismo,
forma o Sistema Proprioceptivo.
A SDP descrita pelo médico Martins da Cunha é na sua essência uma desregulação
do sistema proprioceptivo, produzida por erros posturais sistemáticos. O cérebro
acaba por interpretar esses erros como normais e organiza-se em função deles.
Instala-se assim um programa cerebral incorrecto que bloqueia circuitos
neurológicos e produz acções erradas a nível dos diversos efectores do nosso
organismo.
Estima-se que 10% da população portuguesa apresente a SDP, recorrendo a diversas
consultas de especialidade médica convencional (Oftalmologia, Neurologia,
Otorrinolaringologia, Psiquiatria, etc), sem que obtenha uma solução e
manifestando alterações que interferem com a qualidade de vida.
Compreende-se assim que não se encontrem lesões orgânicas e que as localizações
dos sintomas sejam múltiplas, sendo difícil o diagnóstico.
Reprogramação Postural
A reprogramação postural é uma técnica que foi desenvolvida por Martins da Cunha
e que consiste num reposicionamento dos diversos segmentos do corpo, através de
técnicas posturais adequadas, associado a um conjunto de manobras e conselhos a
praticar na vida corrente destinados a normalizar o sistema proprioceptivo. Através desta técnica, é possível eliminar a maioria dos sintomas apresentados
pelos pacientes.
Como a Osteopatia pode ajudar?
As alterações da visão podem estar relacionadas com alterações das curvaturas da
coluna vertebral (escolioses, lordoses e cifoses), que interferem com o fluxo de
energia nervosa que chega ao cérebro e que afecta o equilíbrio. A osteopatia,
através das manipulações vertebrais, permite o desbloqueamento de subluxações e
de desalinhamentos das vértebras cervicais, melhorando a condução nervosa dos
pares de nervos cranianos que controlam a visão, a audição e o equilíbrio (II,
III, IV, V, VI, VII e VIII pares de nervos cranianos).
As técnicas osteopáticas permitem um alinhamento da coluna vertebral,
reequilibrando a postura e melhorando a percepção do corpo em geral.
A massagem osteopática permite uma diminuição da tensão nervosa, da tensão
muscular dos ombros, região cervical e inserções dos côndilos occipitais,
melhorando a circulação à região do crânio, com consequente aumento da irrigação
no globo ocular. É comum os pacientes que recorrem aos tratamentos de osteopatia
referirem a diminuição da sensação de vista cansada, da sensação de peso nas
órbitas oculares e verificarem a melhoria da visão.
Lentes Prismáticas Activas
Esta técnica, desenvolvida pelo médico oftalmologista Orlando Alves da Silva,
consiste na utilização das vias ópticas secundárias para fazer chegar uma nova
informação aos centros cerebrais que controlam a propriocepção.
As lentes prismáticas activas não têm como objectivo corrigir a visão, mas podem
ser adiccionadas às lentes visuais, sempre que o doente delas necessite. Quando
o doente não necessita de lentes para a visão, as lentes prismáticas são usadas
isoladamente. Estas lentes têm especificações técnicas de montagem que exigem
know how especial por parte do óptico que as monta. A utilização das lentes prismáticas pressupõe a utilização simultânea e
complementar da reprogramação e reeducação postural.
Ergononização
Esta técnica consiste na prescrição do mobiliário adequado (secretária, colchão,
almofada), calçado postural e outros objectos compatíveis com uma postura
correcta. Trata-se não apenas de um complemento ao tratamento, mas também de uma
forma de prevenir recidivas. Através desta metodologia, que associa o tratamento
de lentes prismáticas à correcção postural e à ergonomização, verifica-se o
desaparecimento de todos os sintomas físicos e cognitivos referidos
anteriormente.
Ξ
excerto do artigo:
'A Osteopatia e a Visão'
autor: Manuel da Fonseca
Naturologista especializado em Homeopatia e Osteopatia
30.Abr.2018
publicado por MJA
ϟ
Deficiência postural
O tratamento inclui uso de lentes prismáticas e correção postural. 10% da
população têm essa síndrome.
Em muitos casos, a Síndrome da Deficiência Postural (SDP) pode diminuir a
capacidade de convergência dos olhos, tornando o paciente incapaz de fixar o
mesmo ponto por períodos de tempo normais. Ou seja, do problema postural decorre
uma instabilidade ocular que interfere com a informação visual que chega ao
cérebro, levando a pessoa a ser incapaz de reconhecer determinadas letras e
representações gráficas. Nas crianças, uma das possíveis consequências desta
´cegueira´ seletiva é a dislexia, que, por impedir o bom desenvolvimento da
capacidade de leitura, compromete a aprendizagem escolar e a qualidade de vida.
Distúrbios da visão e da audição, dores musculares persistentes, cefaléias,
nevralgias, vertigens e perdas de equilíbrio, dificuldades de concentração e
perdas de movimentos são alguns dos sintomas comuns dos problemas de postura
que, globalmente, se designam por SDP, informa a oftalmologista cearense Islane
Verçosa, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP),
com habilitação em atendimento de posturologia, SDP e dislexia.
Percepção do cérebro
´Os problemas surgem quando o indivíduo adota posturas corporais incorretas, que
embaralham a percepção que o cérebro tem da posição das diferentes partes do
corpo´, descreve o oftalmologista Orlando Alves da Silva, chefe de serviço no
Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Considerado um dos grandes impulsionadores da Posturologia, uma disciplina
médica emergente, Dr. Alves da Silva está convencido de que ´em mais de 90% dos
casos a dislexia é uma manifestação da SDP. Para tratar a dislexia é forçoso
corrigir a deficiência postural´. Argumenta que o êxito desta abordagem será
tanto maior quanto mais cedo for diagnosticada a patologia.
O médico português pede atenção especial dos pais para que observem as crianças
que gostam cair ou deixar cair objetos com maior frequência. Isso mostra que,
´defasado da orientação espacial do esqueleto e do estado de contração ou
relaxamento de vários músculos, o cérebro passa a dar ordens erradas a diversas
estruturas do organismo´, diz .
Principais causas
Em crianças, os problemas decorrentes da
'Síndrome da Deficiência Postural' (SDP)
surge pelo uso de ténis sem apoio plantar adequado, mochilas pesadas usadas de
um só lado, cadeiras escolares sem apoio de pé e sem a inclinação adequada para
o posicionamento do papel e o estresse causado por múltiplas tarefas e muita
pressão familiar.
Os adultos costumam ser afetados por hábitos próprios do modismo e convenção
social: uso de bolsas pesadas, salto alto e estresse.
Segundo Dra. Islane Verçosa, são sintomas da SDP na população infantil:
hiperatividade, troca de letras, dificuldade de concentração e de compreender o
que lê, enjôo ao andar de carro, cair e tropeçar com freqüência, mãos e pés
frios e úmidos. No público adulto a síndrome costuma se apresentar através de
dores e contrações musculares, ranger de dentes (bruxismo), dificuldades de
interpretar textos, além de tonturas.
´Dependendo da intensidade do sintoma, a qualidade de vida é bastante
comprometida. Imagine uma criança com falta de concentração ou um adulto com
tontura, vivendo situações que causam um grande estresse tanto para a família
como para o paciente´, alerta a médica.
De acordo com estimativas recentes, a incidência da SDP afeta cerca de 10% da
população. Dra. Islane Verçosa esclarece que dos 331 casos atendidos por sua
equipe médica, 26% foram de crianças de até 15 anos de idade; 15,1% a adultos
jovens (de 16 a 30 anos); 40,1% de adultos (de 30 a 60 anos); 18% de adultos (de
60 a 85 anos).
Síndrome X dislexia
A Síndrome da Deficiência Postural possui três formas clínicas, ou seja, a
muscular, a pseudo vertiginosa e a cognitiva, sendo a dislexia de evolução (uma
disfunção de origem proprioceptiva) a principal queixa da forma cognitiva.
´Para ler, é preciso um controle ocular, mas também um controle cefálico e
postural, sendo tudo dependente de um bom funcionamento do sistema
proprioceptivo. Trata-se de um sistema global que liga praticamente todas as
partes do organismo e está relacionado com muitas outras funções fisiológicas´,
explica Islane Verçosa.
Diagnóstico e tratamento
Tanto o diagnóstico quanto o tratamento são multidisciplinares. ´Muitas vezes o
tratamento é iniciado com a utilização de óculos com prismas posturais de baixa
potência que ajustam a percepção dos receptores proprioceptivos relacionados aos
músculos extra- oculares. Isso influi nos proprioceptores musculares de toda a
região superior do corpo´, descreve a médica.
As correções visuais e a reprogramação postural (exercícios respiratórios e da
postura), criam condições mais favoráveis ao reequilíbrio do sistema
proprioceptivo. Alguns casos também necessitam de apoio psicológico,
fonoaudiológico ou de ambos. Muitos pacientes precisam utilizar acessórios como
leitoril, apoio plantar, palmilhas e placa ortodôntica.
O diagnóstico da síndrome inicia-se por um exame postural geralmente realizado por
um oftalmologista especializado. Envolve um total de 17 etapas, com medida da
extensão e rotação da cabeça, avaliação da convergência e da acomodação, do
apoio plantar e da abertura de boca, entre outros. Muitas vezes é necessária
avaliação motora proprioceptiva por um fisioterapeuta especializado, avaliação
de linguagem por um fonoaudiologista, avaliação cognitiva e visuo-perceptiva por um
psicólogo.
30.Abr.2018
publicado por MJA
|