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Cegueira Cortical

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Cegueira Cortical
Conselho Brasileiro de Oftalmologia
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Cegueira Cortical
Conselho Brasileiro de Oftalmologia
O córtex cerebral divide-se em dois hemisférios - o hemisfério
esquerdo e o hemisfério direito - ligados por um feixe de
fibras nervosas denominado corpo caloso.
Cada hemisfério possui 4 lóbulos: parietal, temporal, occipital e frontal.
E cada lóbulo possui 2 áreas:
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primária - recebe e produz as informações sensoriais;
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secundária - interpreta as informações recebidas pelas áreas primárias,
coordenando os dados sensoriais
O Lóbulo Occipital
Está localizado na parte inferior do cérebro. É o responsável pela recepção e processamento da informação
visual. As suas áreas associativas estão relacionadas com a
interpretação do mundo visual e do transporte da experiência visual para
a fala.
É a área visual primária que processa a visão da cor, do
movimento, de profundidade, da distância, etc. Depois de percebidas por
esta área, estes dados passam para a área visual secundária ou área
visual de associação. É aqui que a informação recebida é comparada com
os dados anteriores e que permite a identificação de objectos.
Lesões na área visual primária podem provocar cegueira cortical, isto é incapacidade para receber informação dos estímulos visuais,
perda de
visão.
Lesões que ocorrem na área visual secundária poderão produzir agnosia visual e cegueira verbal ou alexia.
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Agnosia visual é a incapacidade de
reconhecer/ identi-ficar objectos, pessoas, símbolos gráficos e espaços.
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Cegueira
verbal ou alexia é a impossibilidade de ler um texto, dado que não
reconhece as letras, apesar de ver os sinais gráficos
Podem ainda
ocorrer outras alterações tais como:
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Dificuldade
de localizar objectos no meio;
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Agnosia
para as cores;
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Cegueira para
palavras;
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Dificuldade em
reconhecer objectos desenhados;
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Incapacidade de reconhecer o movimento de um objecto
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Dificuldades na
movimentação visual
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Dificuldades na
visão tridimensional
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Alucinações e
ilusões visuais;
Cegueira Cortical é, assim, a perda bilateral da visão com resposta
pupilar normal e com exame ocular sem anormalidades. Esta designação implica não existir resposta sensorial aos estímulos
luminosos; porém, muitas crianças com alterações no córtex visual mostram alguma
visão residual. Assim, pode ser preferível a denominação "Deficiência Visual
Cortical" (DVC).
A causa mais comum da Deficiência Visual
Cortical é a hipóxia (falta de
oxigênio) peri e pós-natal, mas também pode ocorrer por trauma cranioencefálico, epilepsia,
infecção, seqüela de meningite, hidrocefalia, alterações metabólicas, drogas, envenenamentos e doenças neurológicas.
O mesmo evento que
causa a lesão das vias visuais geniculadas e/ou extrageniculadas também pode lesar outras áreas do cérebro ou
da retina, nervo óptico ou quiasma. Assim estas crianças frequentemente
apresentam outros problemas neurológicos associados.
[Jun.2010]
publicado por MJA
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Algumas diferenças
entre Deficiências Visuais puras e Deficiências Visuais Corticais
Jan J.E. &
Groenveld
CARACTERÍSTICAS
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VISUAIS PURAS
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VISUAIS CORTICAIS
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Exame do olho
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Usualmente anormal
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Normal
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Função visual
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Consistente
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Altamente variável
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Nível de atenção visual
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Usualmente normal
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Marcadamente curta
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Nistagmo Sensorial
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Presente quando congênito ou pequeno
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Não está presente
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Pouca coordenação do movimento do olho
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Quando congênito ou pouca idade
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Usualmente normal
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Tremor horizontal rápido da cabeça
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Ocasional
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Nunca
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Olhar compulsivo para a luz
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Raramente
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Comum
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Sensibilidade à luz
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Depende da patologia
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Em 1/3 dos casos
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Pressão do olho
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Especialmente nas enfermidades congênitas
da retina
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Nunca
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Ver de perto
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Comum, usado para magnificação.
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Comum usado para magnificação, para reduzir aglomeração
ou ambos.
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Percepção de cores
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Depende da patologia
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Preservado
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Aparência
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Parece visualmente incapacitada.
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Geralmente normal
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Perda de campo periférico
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Ocasionalmente
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Quase sempre
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Presença de deficiências neurológicas adicionais.
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Muito comum.
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Quase sempre
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Fonte: Jan J.E. & Groenveld (1993) -
Comportamentos Visuais e adaptações associadas com deficiência cortical e visual
nas crianças: Diário de deficiências visuais e cegueira, 87,101-105 - in
AHIMSA
[Jun.2010]
publicado por MJA
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Deficiência visual cortical na infância
Ana Maria Marcondes e
Nélson Macchiaverni Filho
A Organização Mundial da Saúde calcula em um
milhão e meio o número de crianças cegas no mundo: um milhão na Ásia, 300 mil na
África, 100 mil na América Latina e 100 mil no resto do mundo. Nos países em
desenvolvimento os principais fatores de perda visual são infecções e
desnutrição. Nos países desenvolvidos, a cegueira na infância mudou
radicalmente seu perfil nas últimas décadas. Atendimento oftalmológico precoce
aliado às novas técnicas cirúrgicas contribuíram para diminuição significativa
de cegueira de causa ocular. Entretanto, continua em franca ascensão o número de
casos de deficiência visual neurológica, o que pode ser atribuído aos grandes
avanços da medicina, que possibilitam, cada vez mais, a sobrevivência de
crianças prematuras e/ou portadoras de doenças graves. Na Suécia, um estudo
realizado, em 1997, revelou que as maiores causas de cegueira na infância estão
relacionadas com doenças neuro-oftalmológicas, sendo que o diagnóstico mais
freqüente foi "deficiência visual cortical" (DVC).
O termo "cegueira cortical" se refere à perda visual secundária à lesão ou mau
desenvolvimento das vias genículo-estriadas. Manifesta-se, clinicamente, por
ausência de visão e do reflexo optocinético, na presença de exame ocular normal
e respostas pupilares à luz presentes e intactas. Em crianças, a causa mais freqüente é hipóxia perinatal, mas também pode ocorrer como seqüela de
meningite, trauma cranioencefálico, hidrocefalia e alterações metabólicas.
Cegueira cortical implica a abolição de respostas aos estímulos visuais. Como a
maioria destas crianças apresenta algum resíduo de visão se emprega hoje,
preferencialmente, o termo "deficiência visual cortical" para designar esta
condição. Ressalta-se que algumas crianças podem vir a ter, com o crescimento,
alguma acuidade visual suficiente para permitir às mesmas se locomoverem
independentemente e até receberem uma educação parcialmente visual. O
conhecimento de tal fato é de fundamental valor para erradicar a idéia de
"cegueira total e definitiva" nestes pacientes.
A deficiência visual cortical resulta de afecções das vias visuais, logo o
conhecimento anatômico e funcional destas áreas é condição essencial para
reconhecer e entender esta enfermidade. Além do bem conhecido trajeto visual,
muitos pesquisadores têm demonstrado evidências de um sistema visual
extrageniculado, que se estenderia do colículo superior até o córtex
paraestriado. Esta via visual acessória estaria relacionada com detecção de
movimento, localização de objetos no espaço e controle de respostas de
orientação. Denomina-se "visão cega" a capacidade de regiões cerebrais,
consideradas cegas, reagirem a determinados estímulos visuais. Este fenômeno e
os mecanismos neurais responsáveis por ele ainda não foram claramente
demonstrados. O conceito de "visão cega" foi recentemente abalado pela
evidência de que pacientes com lesão occipital podem ter ilhotas residuais de
visão que, associadas a tecido neural preservado, explicariam a presença de
algum desempenho visual.
É lógico supor que o fator que causa uma deficiência visual cortical lesa
concomitantemente outras regiões do cérebro e por isso a maioria destes
pacientes apresenta também associação com doenças neurológicas, oculares e
sistêmicas, implicando na necessidade, muitas vezes, de uma equipe
multidisciplinar para sua condução terapêutica.
Avaliação oftalmológica
O exame oftalmológico deve ser criteriosamente realizado para detectar a
coexistência de anormalidades das estruturas oculares que podem contribuir para
a piora da função visual. O exame de uma criança com DVC é difícil e se deve
enfatizar que mais importante que a medida da acuidade visual é a avaliação
global da função visual. Para isso, basta observar o comportamento da criança.
A medida da acuidade visual começa com uma avaliação da capacidade da criança em
seguir luz ou achar objetos. Crianças portadoras de DVC mostram mais interesse
por objetos coloridos, os quais devem ser preferencialmente utilizados na
realização do exame. Explicação plausível para isto pode ser atribuída ao fato
de que a visão de cores está representada difusa e bilateralmente no córtex
estriado. O teste de Snellen não se aplica nestas crianças, porque exige maior
compreensão, resposta verbal e motora mais elaboradas e melhor acuidade visual
do que as geralmente encontradas nestes casos. O teste de Teller é o preferido,
porque seu resultado não depende da capacidade mental e desempenho verbal do
paciente.
O exame de campo visual é impraticável na maioria das vezes. Sabe-se, todavia,
que predominam defeitos de constrição de campo, campo tipo "queijo suíço" e
defeitos hemianópicos.
Anormalidades oculomotoras são freqüentes em crianças com DVC. Exotropia
constante no um ano de vida pode ser sugestiva de defeito visual cortical.
Estrabismo paralítico, também, pode ser indicador de doença neurológica.
Nistagmo de fixação não ocorre em DVC, salvo na coexistência de defeitos
bilaterais das vias visuais anteriores, como atrofia óptica bilateral ou
hipoplasia dos nervos ópticos. Este conceito, entretanto, é controverso, porque
há evidência de que vias posteriores intactas são pré-requisito para a presença
de nistagmo, quando existem lesões anteriores. Assim, uma criança com atrofia
óptica bilateral não apresenta nistagmo se também tiver DVC.
Adaptação neurocomportamental
A adaptação de uma criança com DVC ao meio ambiente gera uma série de
comportamentos classicamente conhecidos como "ceguismos" ou "blindismos". Entretanto, devido a
carga preconceituosa deste termo, dá-se preferência, atualmente, ao termo
"adaptação neurocomportamental". A variabilidade do desempenho visual de
crianças com DVC leva, muitas vezes, ao diagnóstico errôneo de simulação. Nunca
se deve determinar a acuidade visual numa única consulta. Presume-se que o
defeito de campo tipo "queijo suíço" seja uma das causas desta inconsistência da
capacidade visual: se um alvo visual cai numa área preservada do campo o
resultado será uma acuidade visual melhor.
A atração por luzes brilhantes é um sinal tão freqüente em casos de DVC, que se
torna precioso auxílio diagnóstico. Os pais referem que a criança "olha para o
sol"; em ambiente fechado ela "fica fixando um foco de luz", principalmente luz
fluorescente. Por outro lado, se o paciente for portador de lesão talâmica irá
apresentar fotofobia, porque sendo o tálamo um modulador de experiências
sensoriais, sua lesão irá dificultar a modulação da intensidade de luz.
A inclinação de cabeça ao olhar um objeto de interesse faz supor que crianças
com DVC utilizam, muitas vezes, a visão periférica preservada para relacionar-se
com o ambiente.
A manifestação comportamental mais intrigante em crianças com cegueira total é a
capacidade de "navegar", ou seja, locomover-se em ambiente desconhecido, sem
esbarrar em nada. Este fenômeno é explicado pela presença da visão "extrageniculada"
ou "visão cega", que permite a navegação subliminar. A "visão cega" confere ao
paciente a habilidade de localizar alvos, julgar a orientação de linhas
estacionárias e ver e discriminar cores. Todavia, recomenda-se critério ao
atribuir-se qualquer desempenho visual à visão extrageniculada. Isto porque um
indivíduo com cegueira cortical pode ter ilhotas preservadas de córtex visual, o
que pode induzir a interpretação falsa de visão extra-geniculada. Assim a
chamada "visão de navegação" ocorre porque o córtex está relativa e parcialmente
preservado em alguns pacientes.
Exames para diagnóstico
Os exames eletrofisiológicos são de grande utilidade. O eletrorretinograma
detecta doenças retinianas em pacientes com deficiência visual e geralmente
apresenta padrão normal em casos de DVC.
A eletroencefalografia demonstra disfunção genículo-calcarina. Este exame
revela, nestes pacientes, ausência do ritmo alfa, que é uma onda iniciada pelo
fechamento dos olhos e é abolida pela abertura dos mesmos. Portanto,
pressupõe-se a existência de visão residual em pacientes capazes de gerar ritmo
alfa. Está ausente em casos de cegueira total e está presente em casos de
doenças oculares mesmo quando a visão está seriamente comprometida. O EEG ainda
pode mostrar outras alterações como distúrbio de fundo e descargas
epileptiformes.
O potencial evocado visual (PEV), em casos de DVC, é de grande valor
diagnóstico, mas pode ter resultados contraditórios. A resposta do PEV nem
sempre mantém correlação com a gravidade da perda visual. Assim, o exame de uma
criança com DVC pode ter o mesmo traçado do PEV de uma criança com déficit
neurológico, mas sem problemas visuais. Um PEV normal pode ser obtido de um
paciente com DVC e o inverso também é verdadeiro. Para explicar esta
disparidade, alguns autores supõem que este exame possa registrar também
respostas do sistema extrageniculado. Outros admitem que o registro depende da
área estudada. Assim um paciente com ilhotas funcionantes de córtex pode ter
eventualmente um PEV normal, se a resposta for obtida a partir de umas destas
ilhotas de visão. A técnica de mapeamento pelo PEV é mais refinada, pois permite
estudar dinamicamente vastas áreas do cérebro.
Os exames de neuroimagens mais apropriados ao estudo da DVC são a
ultra-sonografia, a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância nuclear
magnética (RNM). Em prematuros, a lesão por hipóxia isquêmica resulta de dano
da substância branca periventricular, que é melhor identificada na fase aguda
pela ultra-sonografia. Na fase crônica, a ultra-sonografia, a tomografia e a
ressonância apresentam alargamento dos ventrículos e diminuição da substância
branca entre as margens dos ventrículos e o córtex cerebral. Em crianças a
termo, o padrão é extremamente variável e depende do tipo de lesão.
Etiologia
Vários estudos comprovam o que se observa na clínica diária, ou seja, a causa
mais comum de DVC em crianças é a hipóxia isquêmica perinatal. Traumatismo cranioencefálico também é causa importante e nestes casos se deve, sempre,
procurar por outros sinais de violência, que poderiam levantar a suspeita de
maus-tratos à criança. Convulsões freqüentes na infância também podem causar DVC.
O tratamento pronto e satisfatório dessas convulsões permite, muitas vezes, o
retorno da função visual, embora, em alguns casos, a deficiência de visão
permaneça para sempre. É bom lembrar que crianças com DVC costumam apresentar
descargas epileptiformes nos lobos occipitais. Nestes casos, os
anticonvulsivantes são indicados somente em casos de convulsões, uma vez que
apenas a erradicação destas descargas não melhora a visão. Além do mais, o uso
insensato de anti-convulsivantes pode exacerbar a DVC, principalmente quando
grandes doses de drogas sedativas são usadas. A escolha cuidadosa de
anticonvulsivantes e controle rigoroso de seu uso são cuidados imprescindíveis
no tratamento de crianças com DVC e epilepsia.
Outra causa é a meningite bacteriana. O início do quadro é tardio, geralmente
quando a criança já esta em fase de recuperação. O retorno da visão é lento e em
cerca de 50% dos casos a visão fica séria e permanentemente prejudicada.
Muitas drogas podem causar ou exacerbar uma DVC. Cita-se a cyclosporina-A,
cisplatina, sedativos (em particular os anticonvulsivantes), monóxido de
carbono.
A hidrocefalia é apontada como a patologia neurológica que mais causa DVC,
pois se admite que a circulação cerebral posterior seja muito suscetível à
anoxia.
A cegueira cortical pode ocorrer em casos de hipoglicemia e como complicação de
hemodiálise. Também acompanha muitos quadros neurodegenerativos como doença de
Tay-Sachs e lipofuscinose neuronal ceróide.
O termo "maturação visual retardada" designa a ausência de resposta visual na
presença de vias visuais aparentemente normais e intactas. Esta condição seria
provocada por um retardo na mielinização das vias visuais posteriores. Crianças
com maturação visual retardada, sem defeito ocular, geralmente alcançam visão
plena por volta de um ano de idade.
Defeitos graves de motilidade ocular, como apraxia oculomotora, podem simular um
quadro de DVC, porque tais pacientes são incapazes de mover os olhos para
fixar um objeto. Somente, quando ficam mais velhas e ganham o controle do
movimento de cabeça é que se torna fácil o diagnóstico verdadeiro.
Reabilitação
Espera-se algum grau de melhora visual, na grande maioria dos casos de
deficiência visual cortical. Entretanto, apesar desta recuperação, os pacientes,
freqüentemente, permanecem como deficientes visuais. A DVC congênita, usualmente
causada por hipóxia perinatal, tem um prognóstico ruim. A recuperação varia
muito de paciente para paciente e depende de muitos fatores como causa, idade de
início e tipo e extensão da lesão cerebral.
A reabilitação tem de basear-se numa avaliação criteriosa do paciente. O
ambiente familiar é o que fornece as informações mais úteis e reais sobre a
habilidade da criança em relacionar-se com o meio ambiente. Este desempenho pode
ser obtido por meio de uma fita de vídeo que permitirá a identificação de
aspectos positivos e negativos. A avaliação da visão da criança não deve ter
como meta a obtenção de um índice quantitativo da capacidade visual e sim um
índice qualitativo que facilite o treinamento nos estágios de desenvolvimento
subseqüentes.
É inegável o valor da reabilitação em pacientes portadores de DVC. Ela não deve
restringir-se às habilidades visuais, devendo ser mais ampla e realizada por
equipes multidisciplinares. É preciso muito cuidado ao tentar integrar crianças
com DVC em classes regulares. Isto porque, na escola comum, o meio ambiente
visual é muito rico, as apresentações são muito rápidas, o que impossibilita
esta criança de usar ao máximo o seu resíduo visual.
Para finalizar, é preciso que todo oftalmologista tenha sempre em mente que,
como o prognóstico da DVC é altamente incerto, ele deve sempre permanecer
otimista acerca do potencial da criança em recuperar alguma visão e transmitir
aos pais este sentimento de esperança.
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Ana Maria Marcondes é Professora assistente doutora da Faculdade de
Ciências Médicas da Universidade de Campinas
Nélson Macchiaverni Filho é Professor assistente da Faculdade de Ciências Médicas
da
Universidade de Campinas
Jun.2010
publicado por MJA
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