Vitaminas previnem a progressão das
doenças degenerativas da retina
Universo Farmacêutico
Pesquisadores irlandeses apresentaram os resultados do primeiro estudo
comparativo do uso de suplementos para prevenir o aparecimento precoce da
degeneração macular da retina. Essa doença leva à perda progressiva da visão,
sendo principal causa de cegueira no mundo ocidental.
A causa principal da doença retiniana é a disfunção da camada mais interna do
olho humano, o epitélio pigmentar retiniano. Dois tipos básicos de complicações
acontecem nessa região. Uma delas é a degeneração seca da retina e a outra é a
formação de áreas de formação de vasos sanguíneos, que fazem com que o epitélio
da retina se separe e deixe de funcionar. A perda de visão habitualmente passa
por etapas que vão desde o borramento da visão até a perda total da visão
central, impedindo o reconhecimento de outras pessoas e a capacidade de ler.
A busca dos especialistas, mais do que um tratamento eficaz, é descobrir o que
pode ser feito para retardar ou evitar esse processo degenerativo. O uso de
vitaminas com características antioxidantes vem sendo proposto, porém nenhum
estudo tinha conseguido comparar a evolução entre pessoas que usavam ou não as
vitaminas. No caso da pesquisa irlandesa o complexo vitamínico testado em mais
de 400 pacientes era rico em xantina e luteína, classificadas entre as chamadas
de carotenoides. Essas vitaminas estão presentes de forma natural, tais como
outras, nos vegetais e nas frutas.
O acompanhamento dos dois grupos por mais de cinco anos mostrou que, no grupo
que usou as vitaminas, não só a progressão da degeneração macular se deteve, bem
como a visão desses participantes melhorou nesse tempo. Por outro lado, a visão
e a retina dos outros participantes piorou sem o uso das vitaminas. Novos
estudos são necessários para determinar a dosagem necessária e o tempo de
utilização do complexo vitamínico para que se obtenham os efeitos sobre a
degeneração da retina.
O descobrimento da luteína é um dos grandes avanços da
medicina. Este carotenóide, de ocorrência natural, possui a cor amarela e é
amplamente distribuído (frutas, verduras, gema do ovo e na mácula humana).
Está se comprovando que este pigmento possui uma acção antioxidante.
Diversos estudos relacionam a luteína como um agente preventivo tanto para a
degeneração macular associada com a idade quanto para a catarata.
A luteína, no olho humano, atua como um filtro dos raios
solares evitando danos à retina e à mácula. Estudos estão relacionando a
diminuição da luteína, por exposição aos raios UV da luz solar, com a
ocorrência da degeneração macular e a catarata. Como o organismo humano não
consegue fabricar esse pigmento a ingestão, através da dieta, assume um
papel muito importante. São alimentos ricos em luteína o repolho, a couve e
o espinafre.
Numerosos estudos comprovam que a suplementação com luteína
melhora a função visual. O mercado para os suplementos de luteína e
alimentos enriquecidos com luteína tem aumentado muito, nos últimos anos.
A degeneração macular é uma causa considerável de cegueira
para pessoas acima dos 65 anos de idade. A mácula possui uma grande
quantidade de carotenóides do subgrupo das xantofilas. De entre as xantofilas
estão presentes a luteína e a zeaxantina. O conteúdo de luteína é
reduzido com a idade e pode liderar a ocorrência da degeneração macular.
Em relação à catarata percebe-se que os olhos normais
possuem mecanismos de combate aos radicais livres. A catarata ocorre quando
proteínas se depositam na lente dos olhos gerando perda da acuidade visual.
Uma dieta rica em luteína e zeaxantina pode actuar como preventiva para a
catarata.
Estudos têm sido realizados na tentativa de se determinar as
doses máximas úteis de luteína e zeaxantina, para benefício máximo da função
visual sem a geração de efeitos adversos.
Como os pigmentos luteína e zeaxantina combatem radicais
livres e filtram radiação UV, outra linha de estudo visa identificar possíveis
benefícios da ingestão oral para a saúde da pele exposta à radiação
solar.
A luteína é um carotenóide antioxidante naturalmente presente
em legumes de folha verde escura (espinafre, couve, bróculos) e frutos
(laranja, kiwi). Conhecem-se cerca de 600 carotenóides
na natureza, embora apenas 40 a 50 tenham sido identificados na dieta.
No
plasma, foram identificados 14 carotenóides, para além dos seus isómeros,
sendo os mais abundantes: luteína, zeaxantina,
betacaroteno, licopeno, alfacaroteno e criptoxantina.
A luteína/zeaxantina são carotenóides da
família das xantofilas e, ao contrário dos carotenos, as xantofilas não têm
actividade pró-vitamínica A. A zeaxantina é um estereoisómero da luteína
presente na dieta humana em quantidades muito inferiores à luteína, além do
que, a mácula consegue obter zeaxantina a partir da luteína.
De todos os carotenóides presentes no plasma humano, só a luteína/zeaxantina se encontram depositadas no globo ocular, nomeadamente na retina e mácula,
constituindo o pigmento macular (PM).
A luteína é, assim, o antioxidante
predominante no olho, protegendo os tecidos da oxidação ao filtrar a luz azul
e ao neutralizar os radicais livres.
O organismo não produz
luteína mas pode obtê-la da dieta ou através de suplementos dietéticos.
Não há nenhuma recomendação oficial sobre a quantidade diária de luteína a ingerir, mas nutricionistas e oftalmologistas recomendam cerca de
6
mg por dia.
Estudos demonstram que o consumo regular de luteína reduz em 48%
o risco de desenvolvimento de Degenerescência Macular
relacionada com a Idade (DMI).
A DMI é uma doença de evolução lenta,
progressiva e indolor que afecta de forma irreversível o tecido da mácula e
que conduz inevitavelmente à perda de visão.
A idade, o tabaco, a íris clara, a arteriosclerose e uma dieta com baixo teor
de vegetais de folha verde constituem factores de risco para o desenvolvimento de DMI, dado que
contribuem para a redução do PM.
A DMI e outras
doenças oftalmológicas
A luteína
é o antioxidante predominante nos olhos, encontrando-se depositado na retina e
na mácula, com o principal objectivo de proteger os tecidos da oxidação ao
filtrar a luz azul e ao destruir os radicais livres.
A Degenerescência Macular relacionada com a idade (DMI) provoca a destruição
irreversível do tecido da mácula que, quando não retardada, conduz
inevitavelmente à cegueira.
A DMI afecta cerca de 30 milhões de pessoas em todo o mundo - é responsável
por 50 por cento dos casos de cegueira no Reino Unido e é a maior causa de
cegueira a partir dos 50 anos nos E.U.A.
Factores de
risco
Assim, para além da idade avançada e da dieta deficiente em legumes de folha
verde (couve, espinafre, bróculos, entre outros) e frutos (laranja e kiwi),
afiguram-se como factores de risco da DMI a excessiva exposição aos olhos à
incidência directa da luz solar (com ênfase nas íris claras), doenças
cardiovasculares, o fumo do tabaco, o sexo (com incidência no feminino) e a raça
(particularmente a branca).
Gabinete de Informação sobre Luteína
Segundo Steven G. Pratt, presidente do Gabinete deInformação sobre Luteína,
"o gabinete ajudará a educar as pessoas em todo o mundo sobre a luteína
e esclarecerá o importante papel que esta desempenha ao nível da visão e da
saúde em geral. Esperamos que o web site e outras actividades do gabinete
ajudem, em última instância, a diminuir as doenças relacionadas com a visão
e estimulem a progressão de pesquisas em torno da luteína". Na verdade, o
Gabinete de informação é o primeiro fórum dedicado à ciência
e aos benefícios da luteína, afirmando-se "uma preciosa fonte de
investigação para a comunidade científica, meios de comunicação social e
publico em geral", segundo responsáveis da Kemin Foods.
Assim, via luteininfo.com
é possível o acesso a informação detalhada
sobre a luteína, os seus benefícios médicos, esclarecimentos sobre a Degenerescência
Macular relacionada com a Idade (DMI), entre outras matérias.
Análise científica
1994 - Uma dieta rica em luteína pode reduzir o risco de DMI:
Um estudo realizado na Universidade de Harvard, provou a existência de uma
forte correlação entre a prevenção da DMI e a ingestão diária de 6mg de
luteína.
1995 - A luteína pode inibir os radicais livres que afectam a mácula:
O papel bioquímico da luteína na DMI foi também analisado em Harvard e , em
consequência, foi concluído que a luteína e a zeoxantina absorvem os raios
azuis , impossibilitando a foto-oxidação.
1995 - O papel da dieta alimentar na quantidade de luteína existente na mácula:
A quantidade de luteína existente na região macular é determinada pela dieta
alimentar, sendo posta de parte a interferência de factores genéticos. Para
tal, foi desenvolvido um estudo baseado na dieta de gémeos - na Universidade of
New Hampshire -, variando apenas a presença, ou não, de luteína na alimentação
administrada a cada um.
1996 - A luteína pode prevenir a progressão da DMI:
O exame dos efeitos da ingestão de antioxidantes em pacientes que já tinham
desenvolvido a DMI levou investigadores a concluir que os suplementos de
antioxidantes prevenirem o avanço da doença. O estudo foi publicado no Journal
of the American Optometric Association.
1996 - Indivíduos que sofrem de DMI apresentam baixos níveis de luteína:
Investigadores da Universidade internacional da Florida compararam indivíduos
com e sem DMI e encontraram níveis de luteína inferiores na região macular
dos indivíduos com problemas oculares.
1997 - Os indivíduos que tomam luteína apresentam um aumento desta substância
na região mácula:
Para complementar as conclusões anteriores, investigadores da Universidade
Internacional da Florida seleccionaram uma amostra da população á qual deram
30 mg de luteína, durante cinco meses. Resultado: os indivíduos a quem tinha
sido administrada luteína apresentam um aumento de 20% a 30% desta substância
na região macular da retina, resultante da administração de 30% a 40% da acção
dos radicais livres nesta região.
1998 - Elevados níveis de luteína indicam um aumento da sensibilidade
visual: A medição da densidade do pigmento macular de 26 idosos (com idades
compreendidas entre os 60 e 84 anos) e 10 jovens (entre os 24 e 36 anos) teve
como objectivo a determinação da sensibilidade visual dos indivíduos. Os
resultados demonstraram que os idosos com elevados níveis de luteína apresentam
uma sensibilidade visual similar á dos indivíduos mais jovens.
1999 - Os antioxidantes e a perda de visão:
De acordo com investigadores da Faculdade de Medicina e Oftalmologia da
Universidade de Indiana, a densidade do pigmento da mácula varia de acordo com
a dieta alimentar, sendo fundamental a luteína na preservação da DMI.
A cegueira noturna é o sintoma clínico mais comum nos casos de hipovitaminose A, que, se não tratado, pode levar à cegueira irreversível. A vitamina A atua na manutenção
da visão, no funcionamento adequado do sistema imunológico, como antioxidante e mantêm as mucosas e a pele saudáveis.
A frase “quem come cenoura não tem problema de visão” faz sentido. Isso porque o legume é um dos alimentos que contam com nutrientes que se transformam em vitamina A no
organismo. “Uma cenoura grande, cerca de 100 gramas, contém 2.025 microgramas de vitamina A e isso supre as necessidades diárias”, explica o nutrólogo Alexander Gomes de
Azevedo. “A vitamina A atua na manutenção da visão, no funcionamento adequado do sistema imunológico, como antioxidante e mantêm as mucosas e a pele saudáveis”, comenta.
A deficiência de vitamina A causa, entre outros, a hipovitaminose A, deixando crianças e adolescentes vulneráveis a doenças, interferindo no seu crescimento e
desenvolvimento. A cegueira noturna é o sintoma clínico mais comum nos casos de hipovitaminose A, que, se não tratado, pode levar à cegueira irreversível. “Estima-se que,
a cada ano, mais de 250 mil crianças no mundo desenvolvam essa doença em virtude do consumo inadequado de vitamina A”, explica o nutrólogo.
O excesso também pode causar problemas. “A vitamina A é lipossolúvel, ou seja, pode acumular-se no organismo,
o que, geralmente, ocorre devido a suplementação em excesso”,
comenta Alexander.
Veja 10 alimentos com vitamina A que garantem a boa visão:
Um bife de fígado (100 g) tem, aproximadamente, 10.700 microgramas (µg) de vitamina A
Uma cenoura grande, com cerca de 100 gramas, contém 2025 microgramas de vitamina A
Inclua a batata doce na alimentação de crianças e adolescentes; duas colheres de sopa oferecem 1310 microgramas do nutriente
Equilibre o cardápio com duas colheres de sopa de couve, que fornecem, no total, 250 microgramas de vitamina A
A abóbora também está na lista dos alimentos ricos no nutriente; meia xícara fornece, em média, 1050 microgramas de vitamina A
Um ovo possui 225 microgramas (µg) de vitamina A
Uma unidade média de manga tem cerca de 805 µg de vitamina A
Um pimentão vermelho possui, em média, 212 µg do nutriente
Duas fatias de queijo prato têm 72 µg de vitamina A
Um copo (250 ml) de suco de tomate fornece 283 µg de vitamina A
A atenção dos pais deve se voltar para a recomendação da ingestão diária, que conta com valores diferentes para crianças e adolescentes. De acordo com a Sociedade
Brasileira de Pediatria, dos 4 aos 8 anos, o consumo precisa ser de 400 microgramas (µg) de vitamina A por dia, enquanto que dos 9 aos 13 anos, 600 µg/dia. A partir dos
14 anos, a ingestão é de 900 µg para os meninos e 700 µg para as meninas.
Por isso, o importante é manter uma alimentação equilibrada, e incluir fontes de origem animal, com bife de fígado, peixe, leite integral e gema de ovo, que apresentam
boas quantidades da vitamina A. “Já as fontes alimentares de origem vegetal são denominadas de carotenoides de provitamina A, que se convertem no nutriente no interior do
organismo”, comenta o nutrólogo.
Os alimentos de origem vegetal ricos em carotenoides são o azeite de dendê, as frutas e os vegetais amarelos e laranjas (batata doce, abóbora, cenoura, manga), além das
folhas verdes escuras (couve, brócolis, escarola, espinafre).
O
Age-Related Eye Disease Study (AREDS), conduzido pelo National Eye Institute dos Estados
Unidos, revelou que um suplemento dietético que contém uma combinação de vitaminas e minerais pode ajudar a reduzir o risco de DMRI.
No estudo descobriu-se
que os níveis elevados de antioxidantes e de zinco pode reduzir o risco de desenvolver a DMRI em cerca de 25%.
As quantidades específicas diárias de
antioxidantes e zinco utilizado pelos pesquisadores do estudo foram:
500 miligramas de vitamina C;
400 unidades internacionais de vitamina E,
15 miligramas de beta-caroteno (muitas vezes rotulado como equivalente a 25.000 unidades internacionais de vitamina A),
80 miligramas de zinco, óxido de zinco, e dois miligramas de cobre cúprico como óxido.
O cobre foi adicionado às formulações AREDS contendo zinco para prevenir a anemia de cobre, deficiência de uma doença associada com níveis elevados de ingestão
de zinco. Para mais informações, visite o site www.nei.nih.gov.
Peixes e nozes podem retardar o progresso da DMRI. Estudos tem revelado que o consumo de peixe – que é rico em omega-3 – tem um efeito
preventivo. Embora as nozes possuam propriedades preventivas, os pesquisadores não conseguiram determinar qual noz, ou em qual quantidade, deva ser consumida.
Os carotenóides também podem prevenir a DMRI. Os pesquisadores descobriram que dietas ricas em luteína e zeaxantina - dois carotenóides encontrados em
vegetais verdes e coloridos – podem ajudar a reduzir a possibilidade de desenvolver a DMRI. Estes carotenóides são altamente concentrados na mácula e podem
protegê-la contra danos.
É fundamental que o paciente siga rigorosamente as recomendações do seu médico. O organismo de cada paciente necessita de quantidades específicas de nutrientes. A
adoção de uma dieta sem o acompanhamento de um especialista, pode, assim como a automedicação, acarretar sérios problemas de saúde.