Notícias 2007
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Notícias 2007
Cão-guia para adolescente
Diário As
Beiras
30 Dezembro
O Dia Mundial do braille é no dia 4 de Janeiro. As comemorações querem
sensibilizar para a existência de 45 milhões de cegos e 180 milhões de
amblíopes.
O dia 4 de Janeiro já não é um dia qualquer. Desde que passou a ser o
Dia Mundial do Braille que as preocupações para com os deficientes
visuais passaram a estar ainda mais na agenda. Por isso, no próximo 4 de
Janeiro, a ACAPO – Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal – quer
recordar a todos os portugueses que há pessoas cegas que necessitam do
apoio de todos nós. Assim, sob a égide da campanha Touch & Act, que
decorre desde Março de 2007 e que resulta da parceria entre a marca
Alain Mikli Internacional e o Institutoptico, será doado um cão-guia a
um adolescente com deficiência visual português com idade entre os 13 e
os 18 anos.
Para Ana Sofia Antunes, vice-presidente da ACAPO, “este projecto tem um
grande mérito na medida em que vem mostrar que não só os adultos
deficientes visuais têm capacidades para obter um cão-guia.”
A vice-presidente da associação adianta ainda que, “actualmente, em
Portugal, apenas se faz este tipo de formação com adultos. Excluem-se as
crianças e jovens até aos 18 anos porque se acredita que não têm as
capacidades suficientes para poderem beneficiar deste apoio”. E
sintetiza: “Poder conceder este privilégio a um adolescente português
vai dar-lhe, com certeza, mais auto-estima e confiança”.
O jovem que beneficiará da campanha Touch & Act será seleccionado numa
primeira fase pela ACAPO e, seguidamente, técnicos da Fundação Mira Inc
(Canadá) deslocar-se-ão a Portugal para avaliar a sua autonomia,
mobilidade e capacidade de uso da bengala branca.
No total, a formação do jovem deficiente visual ronda os 20 mil euros –
inclui o treino do cão, a deslocação do adolescente para formação, a
formação propriamente dita na escola da Fundação Mira e o pós
acompanhamento, já em Portugal, por terapeutas da Fundação Mira Inc..
Por todo o mundo, existem 45 milhões de cegos e 180 milhões de amblíopes.
Em Portugal, existem cerca de 163 mil deficientes visuais.
http://asbeiras.pt - edição
28-12-2007
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Cegueira: As trevas e as luzes
Miguel Calado Lopes
Expresso
26 Dezembro
«Não me perguntem como é que eu faço, perguntem-me porquê. As fotos surgem de
uma ideia, de um desejo. As imagens surgem das trevas.» Evgen Bavçar, de 60
anos, perdeu uma vista com um ramo de árvore, quando tinha 11, e pouco depois a
outra vista, com a explosão de um detonador. É o fotógrafo cego mais famoso a
nível mundial com um livro intitulado «Le Voyeur Absolu». Nas páginas amarelas
(secção de informação útil) da «Colors» (Outono 2007) encontra esta referência
entre dezenas de outras relacionadas com a cegueira.
Uma sucessão de fotografias de cegos com frases da sua autoria rende homenagem à
gente comum numa comovedora paisagem humana que surpreende pela imensidade das
tragédias individuais e pelo optimismo que reverbera na edição. Algumas frases:
não é fácil correr atrás de um filho quando se é cego; sei que não sou feia; não
preciso de ver, ouço o pó a cair; não preciso de mais tempo do que os outros
advogados; levou-me 60 anos a aprender a ver com o coração; quando ouço os
pássaros a cantar sei que estou perto de casa. A revista inclui um CD para poder
ser ouvida. in Grandes Dias Pequenos Mundos, Expresso - 22-12-07
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Biblioteca virtual auxilia deficientes
Jornal de Notícias
6 Dezembro
A Biblioteca Aberta do Ensino Superior (BAES) nasceu no Dia Internacional da
Pessoa com Deficiência. Mais de 3000 títulos em braille, áudio e texto integral
estão disponíveis online (http//baes.up.pt) para alunos e professores registados
nas instituições de Ensino Superior público associadas (Lisboa, Coimbra, Aveiro,
Porto, Évora, Minho e Trás-os-Montes).
O investimento de meio milhão de euros, financiado integralmente pelo programa
comunitário POS-Conhecimento, torna mais fácil a consulta do acervo
bibliográfico produzido pelas instituições, nomeadamente por parte de todos os
alunos com necessidades educativas especiais.
Na Universidade do Porto, instituição responsável pela implementação do
projecto, há 116 estudantes com algum tipo de deficiência. Embora não seja para
uso exclusivo deste estrato estudantil, uma das vantagens da BAES reside no
facto de o texto digital poder ser ampliado, traduzido por um sintetizador de
fala ou imprimido em braille.
PA
http://jn.sapo.pt/2007/12/04/sociedade_e_vida/
biblioteca_virtual_auxilia_deficient.html
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Estado falha quota para
emprego de deficientes
Diário de Notícias
3-12-07
Carla Aguiar
O Estado e as empresas privadas não estão a cumprir as quotas de
contratação de pessoas com deficiência previstas na lei desde há seis
anos. Nem existe uma avaliação do cumprimento dessa obrigatoriedade. Em
2001, o Governo de António Guterres fixou uma quota de 5% para as
contratações na administração pública, de modo a promover a igualdade de
oportunidades no acesso ao emprego. Três anos mais tarde, uma lei
semelhante estipulava em 2,5% o contingente de contratações anuais para
as empresas, a partir de determinada dimensão.
Mas, ao fim de seis anos, ainda se desconhece o nível de integração
deste grupo de pessoas. O congelamento das admissões na função pública
só veio dificultar e atrasar um processo de integração que já se
adivinhava difícil. Por outro lado, muitas das admissões feitas nos
últimos anos fugiram à regra dos concursos, com recurso a avenças e
outro tipo de contratos.
Em entrevista ao DN, a secretária de Estado da Reabilitação, Idália
Moniz, reconhece que a quota "provavelmente não está a ser cumprida". A
governante diz ter sido informada pelas finanças de que esse
levantamento estaria dependente do desenvolvimento de uma aplicação
informática, que deveria estar concluída até ao final da legislatura (em
2009).
Já o presidente da Associação Portuguesa de Deficientes, Humberto
Santos, disse ao DN não ter "qualquer dúvida" de que "essa legislação
não está ser cumprida".
Apesar de tudo, há casos bem-sucedidos, como o verificado no Ministério
do Trabalho e Solidariedade - com especiais responsabilidades em matéria
de reabilitação. Segundo Idália Moniz, no seu ministério 10% do total
dos contratados já são pessoas com deficiência.
Humberto Santos saúda este exemplo, mas observa que estas situações não
podem ser resolvidas com boas vontades pontuais: "A lei existe e é para
cumprir. Ou a questão do acesso ao emprego é encarada de uma forma
transversal por toda a administração pública ou então nada muda de
substancial." Até porque, acrescenta, "já sabemos o resultado de 30 anos
de uma política de boas vontades".
Penalizar o incumprimento da lei não é, contudo, tarefa fácil. Primeiro,
porque não há avaliação nem fiscalização. Segundo, porque, como
reconhece o próprio, "mesmo que o Estado cumprisse as quotas, os
deficientes não teriam condições ou para se transportar ou para
trabalhar numa boa parte dos edifícios públicos que continuam a não
estar preparados para albergar pessoas com deficiência". Quanto ao
sector privado, Humberto Santos diz não concordar sequer com a imposição
de quotas de emprego, pois considera que "não são a solução para as
empresas", que "são mais sensíveis aos incentivos fiscais".
Também a secretária de Estado manifesta algumas reservas à introdução de
quotas para empresas, pois refere que, "às vezes, as leis são feitas,
mas depois não há instrumentos". Em todo o caso, é crescente o número de
grandes empresas que, em linha com os valores da "responsabilidade
social", integram a deficiência na sua política de recursos humanos.
Hoje, o Ministério do Trabalho assina um protocolo nesse sentido com a
EPAL.|
http://dn.sapo.pt/2007/12/03/sociedade/estado_
falha_quota_para_emprego_defi.html
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Portal da Presidência
Portuguesa do
Conselho da União Europeia
reforça a acessibilidade para cidadãos
com necessidades especiais
3 Dezembro
Uma das principais
inovações do portal da
Presidência
Portuguesa do Conselho da União Europeia
prende-se com o facto de estar equipado
com uma moderna tecnologia de acesso que
torna disponível o seu conteúdo a
pessoas com necessidades especiais.
Com efeito, a
estrutura do Portal foi particularmente
cuidada do ponto de vista da
acessibilidade, permitindo a estes
utilizadores, e em particular aos
invisuais, tirar o máximo partido das
suas tecnologias de leitura de ecrã.
Assim, e pela
primeira vez num Portal de uma
Presidência do Conselho da U.E., o
portal da Presidência Portuguesa
apresenta uma funcionalidade especial
que lhe acrescenta a capacidade de ser
ouvido nas três línguas disponíveis
(português, inglês e francês)
Esta iniciativa, que
se espera venha a facilitar a consulta
por parte de todos os utilizadores,
insere-se no plano de concretização da
“Iniciativa Nacional para os cidadãos
com necessidades especiais” do Governo
Português, e pretende assegurar que
estes cidadãos tenham acesso e possam
pesquisar a informação disponibilizada
pela Administração Pública na Internet.
Fonte:
http://www.eu2007.pt/UE/vPT/Outros/
Menu_Comunicacao/Acessibilidade/
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Conferência "E se eu fosse cego?"
2 Dezembro
Assinalando o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, no
próximo dia 3 de Dezembro, pelas 15h, terá lugar na Casa Municipal da
Cultura de Coimbra, a Conferência "E se eu fosse cego?", por Bruno Sena
Martins.
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"O Nascimento de Cristo" lançado com
condições especiais para pessoas
invisuais e surdas
Dica do Lidl
29 Novembro
No próximo dia 3 de Dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, os
cidadãos com necessidades especiais vão poder assistir, em sessões gratuitas, à
exibição do filme "O Nascimento de Cristo", em duas salas de cinema com
condições especiais para invisuais, isto é com áudio-descrição, e para surdos,
através de língua gestual e legendagem em português para surdos. Estas sessões
realizam-se em Lisboa e no Porto, estando prevista a presença de personalidades
do panorama nacional que apadrinham esta iniciativa enquadrada no lançamento de
"O Nascimento de Cristo" em DVD, cuja edição inclui também condições de
acessibilidade para invisuais - áudio-descrição do filme e dos menus do DVD, e
para surdos - língua gestual e legendagem em português. Adequado à quadra
natalícia, o filme "O Nascimento de Cristo" é uma das mais comoventes histórias
familiares de sempre, àq qual ficou ligado o verdadeiro significado do Natal.
Sob o tortuoso reinado de Herodes, as famílias lutavam para sobreviver e no meio
de uma absoluta desordem e crueldade, a fé de um jovem é posta à prova, a que se
junta Maria, personagem interpretada por Keisha Castle-Hughes e José
interpretado por Oscar Isaac, nesta incrível jornada de esperança e descoberta.
Fonte: Lusomundo
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Cegos "viram" reis de Portugal com as mãos
Carina Fonseca
Jornal de Notícias
23 Novembro
Um grupo de cerca de 20 cegos visitou, ontem [quarta-feira], a Igreja de Santa Cruz, em
Coimbra, para, através do tacto, conhecer o Panteão Nacional, que alberga os
túmulos dos dois primeiros reis de Portugal, D. Afonso Henriques e D. Sancho I.
"Todo o ser humano tem direito à cultura, independentemente da sua situação de
deficiente", referiu o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra (CMC),
Mário Nunes. A iniciativa foi promovida pela CMC, em colaboração com a
Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO). No final do trajecto, o
animador socio-educativo da ACAPO, Luís Martins, que acompanhou o grupo, parecia
satisfeito "Penso que construíram, pouco a pouco, uma realidade e conseguiram
'ver' um bocadinho do que está a aqui dentro". A ideia de reservar uma visita
guiada aos cidadãos com deficiência visual partiu de Luís Martins, que recebeu
um e-mail da CMC a divulgar o evento, gratuito, para, com os cegos da ACAPO, "ir
para fora cá dentro". Sobretudo "num ano em que se fala tanto em igualdade de
oportunidades", frisou. Junto aos túmulos dos monarcas, os invisuais sorveram
cada palavra da técnica especializada da CMC, Cristina Leal, que orientou a
visita. "O capacete do pai [D. Afonso Henriques] é uma abóbora; o do filho [D.
Sancho I] é um melão", disse, arrancando alguns risos da plateia. Serviu-se,
frequentemente, de comparações para dar a "ver", não só os túmulos, mas todo o
espaço circundante. As capelas laterais, os azulejos das paredes e outros
túmulos foram alvo de descrições pormenorizadas. De seguida, os visitantes
puderam confirmar cada palavra através do tacto. "O país devia seguir este nosso
exemplo. A mobilidade também se conquista através de acções deste género",
defendeu, ainda, o vereador Mário Nunes.
Vídeo da visita à Igreja de St.ª Cruz em Coimbra
Sic Notícias
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Outras Percepções - percursos multi-sensoriais
19 Novembro
O Museu Nogueira da Silva/Universidade do Minho, localizado em Braga, abre a
sua exposição permanente a pessoas adultas com deficiência visual, através do
Projecto “Outras Percepções – percursos multi-sensoriais”. As peças estarão
disponíveis em cinco exposições multi-sensoriais diferentes:
De 11 a 21 de Dezembro de 2007,
Exposição “Percepções de Pequenos Objectos”;
De 8 a 18 de Janeiro de 2008,
Exposição “Percepções de Mobiliário”;
De 23 de Janeiro a 1 de Fevereiro de 2008,
Exposição “Percepções de
Escultura”;
De 6 a 15 de Fevereiro de 2008,
Exposição “Percepções de Porcelana e
Faiança”;
De 19 a 29 de Fevereiro de 2008,
Exposição “Percepções de Pintura e Azulejo”;
Horário: Terça a Sexta - 10h às 12h e das 14h às 17h
Contactos para marcações e mais informações: tel. 253601275
e http://olharte.blog.pt/
Museu Nogueira da Silva
Av. Central, nº.61
4710-228 BRAGA
sec@mns.uminho.pt
http://www.mns.uminho.pt
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Uma Televisão para Todos!
Áudio-descrição da série "Conta-me Como Foi"!
16 Novembro
No Ano Europeu da Igualdade de
Oportunidades para Todos a Rádio e Televisão de Portugal vai emitir em sistema
multi-adaptado para cidadãos com necessidades especiais.
Será exibido na RTP1 a série Conta-me Como Foi adaptada para cidadãos com
necessidades especiais.
Os cidadãos Cegos poderão acompanhar o som directo da série na RTP, e aceder
simultaneamente à áudio-descrição de todas as cenas sintonizando a
Onda Média da Antena 1.
Os cidadãos Surdos ou com deficiências auditivas, poderão acompanhar a
legendagem da série através da página 887 do teletexto da RTP.
Esta iniciativa não requer qualquer equipamento especial e conta com o apoio da
FPAS (Federação Portuguesa das Associações de Surdos) e da ACAPO (Associação de
Cegos e Amblíopes de Portugal).
LEGENDAGEM EM TELETEXTO
Cidadão Surdos ou com deficiências auditivas
- As legendas podem ser vistas em qualquer televisor que tenha sistema de
teletexto.
- Sintonize a televisão na RTP1 e coloque na página 887 do teletexto.
SONORIZAÇÃO VIA RÁDIO
Cidadãos Cegos
- Para acompanhar o filme sintonize o rádio na frequência da Antena1/Onda Média
da sua zona de residência.
- Para saber a frequência de rádio consulte o site com a lista de Frequências da Onda
Média da Antena 1 ou a página 192 do Teletexto RTP.
Para saber mais informações consulte a página 190 do Teletexto da RTP, Página
192, ou o site RTP Acessibilidades.
Fonte:
http://www.rtp.pt/programas/index.php?article=
1929&visual=4
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II Workshop:
“Compreender a Deficiência Visual”
Associação Nacional de Intervenção Precoce
Data: 17 Novembro 2007
Horário: 9h30-17h30
Local: Anfiteatro do Hospital Pediátrico - COIMBRA
Programa, Inscrições e Informações:
http://www.anip.net/folhetos/86282workshopdv.pdf
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Prémio Branco Rodrigues
15 Novembro
A Área de Leitura para Deficientes Visuais da Biblioteca Nacional de Portugal
faz saber que em Janeiro do ano 2008 estará aberto o concurso "Prémio Branco
Rodrigues", que se destina a estimular, entre os deficientes visuais, o interesse
pela actividade científica e literária.
Podem candidatar-se ao Prémio Branco Rodrigues os deficientes visuais
portugueses. Será galardoando o autor do melhor trabalho publicado entre 1 de
Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro do ano em curso.
As candidaturas formalizam-se pela entrega dos trabalhos na Biblioteca Nacional de Portugal - Área de Leitura para Deficientes Visuais
- até
31 de Janeiro do ano imediato ao triénio a que o concurso respeita.
Para mais informações,
contactar: Isidro E. Rodrigues -
Responsável da
Área de Leitura para Deficientes Visuais da BN
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Documento de Resoluções
14 Novembro
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Seminário
UMA ESCOLA PARA TODOS:
UTOPIA E REALIDADES... VISõES E OLHARES - organizado pela Delegação
Regional do Centro da ACAPO e pela Escola Superior de Educação de
Coimbra - que decorreu em Coimbra no dia
4 de Maio 2007
Fonte: ACAPO
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Jornadas Iberoamericanas em Tecnologias de Apoio
8 Novembro
O Centro de Análise e Processamento de Sinais do Instituto Superior
Técnico em colaboração com a Agência de Inovação e outras entidades
nacionais e internacionais, vai levar a efeito nos dias 26 e 27 de
Novembro, no Instituto Superior Técnico em Lisboa, as
"Jornadas Iberoamericanas em Tecnologias de Apoio para Pessoas com
Deficiência" e o "Mini-Fórum Iberoeka" sobre o mesmo tema.
Contactos para informações e inscrição:
Luis Azevedo,
Comissão Organizadora das Jornadas Iberoamericanas
ANDITEC, Tecnologias de Reabilitação
Lda.
Alameda Roentgen, 9C 1600-757 Lisboa
Telf:217110170 - Fax:217110179
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VI Congresso Nacional de Intervenção Precoce:
IP em Deficiência Auditiva, Visual e
Hiperactividade
Associação Nacional de Intervenção
Precoce
1 Novembro
No VI Congresso Nacional de Intervenção Precoce, estes temas serão
abordados de forma prática, no sentido de melhorar o diagnóstico, a
avaliação e a intervenção. Mesmo nas situações concretas de perturbação
do desenvolvimento, não pode ser esquecida a importância da participação
e reforço de competências da família em todo o processo, do trabalho de
equipa e das actividades em contexto natural.
Data: 8 e 9 de Novembro 2007
Local: Auditório da Faculdade de Direito - Universidade de Coimbra
Destinatários: Profissionais a trabalharem na área da IP e Familiares
de crianças em Intervenção Precoce.
Contactos: ANIP
tel. 239 483 288
www.anip.net
anip.sede@mail.telepac.pt
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Primeira colecção portuguesa de áudio-livros
Lusa
25 Outubro
'Livros para Ouvir' conta com seis contos
de autores portugueses consagrados
Seis contos de autores portugueses consagrados lidos por outros tantos actores
de renome dão início à primeira colecção de áudio-livros portuguesa,
lançada dia 18 de Outubro, na Fnac/Chiado pela
Editora 101 Noites.
Chama-se 'Livros para Ouvir' a nova colecção, cujos primeiros três títulos são
'Um Jantar Muito Original', de Fernando Pessoa, lido por São José Lapa, 'A
Estranha Morte do Prof. Antena', de Mário de Sá-Carneiro, lido por João Perry, e
'Sempre Amigos', de Fialho de Almeida, por Eunice Muñoz.
Os outros três são 'Sete Mulheres', de Camilo Castelo Branco, na voz de Nuno
Lopes, 'Mulher de Perdição', de Florbela Espanca, na de Alexandra Lencastre, e
'Civilização', de Eça de Queirós, por José Wallenstein.
A 101 Noites resolveu lançar esta colecção, porque "as boas histórias ficam no
ouvido" e adicionou-lhes a música de Alexandre Cortez (Rádio Macau e Wordsong).
Cada um dos novos "Livros para Ouvir" custará 13,90 euros e inclui um livro e um
CD.
Fonte: Lusa, 15-10-2007
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Dia Mundial da Bengala
Branca assinalado na
Escola Infanta D. Maria em Coimbra
Paulo Cardantas
Diário de Coimbra
16 Outubro
"Sociedade ainda estigmatiza os deficientes"
- Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação diz que cerca de
160 mil deficientes visuais continuam em casa porque a sociedade os
estigmatiza. Por isso, entende, mais do que recursos, é preciso
congregar vontades
A secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, exortou
ontem as autarquias, organizações e associações de pais a trabalharem
com maior afinco em prol de uma inclusão efectiva dos portadores de
deficiência. «Ainda há um longo caminho a percorrer e para que os
resultados apareçam mais rapidamente é preciso um trabalho de parceria»,
explicou.
A governante lembrou, a propósito, que «a sociedade ainda estigmatiza as
pessoas que não são iguais» e adiantou que cerca de 160 mil deficientes
visuais continuam em casa, pela falta de respostas efectivas.
Ao intervir na sessão de divulgação dos meios aos dispor da integração
dos alunos com necessidades especiais no ensino regular, organizada pela
Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e pela Direcção
Regional de Educação do Centro, que decorreu na Escola Secundária
Infanta D. Maria, Idália Moniz lembrou que a integração plena só é
possível se, a par dos recursos, existir uma congregação de esforços e
vontades.
Também presente na cerimónia, o secretário de Estado da Educação, Valter
Lemos, mostrou-se confiante de que, até 2009, os 787 alunos portadores
de deficiência visual que frequentam as escolas do ensino regular tenham
as mesmas condições de ensino que os restantes. «Não devemos ter
desculpas para não cumprir este objectivo», vincou, apesar da se tratar
de uma «tarefa muito exigente» mas, em simultâneo, de pequena dimensão.
Para o governante, «a escola inclusiva deve ser uma realidade concreta e
não uma frase feita».
Já o presidente da ACAPO, Esteves Correia, pediu aos professores que
ensinem os alunos portadores de deficiência visual a ser autónomos e a
criar a sua própria autonomia.
Na sessão de ontem foi ainda demonstrada a utilização dos manuais
escolares Daisy (solução que alia a voz, previamente gravada, a textos e
imagens digitalizadas), por um aluno com deficiência visual,
habitual utilizador deste recurso. Desenvolvidos em cooperação pela
Fundação Vodafone Portugal, a Porto Editora e o Ministério da Educação,
já estão produzidos 35 manuais digitais que são utilizados por cerca de
100 alunos cegos ou com baixa visão, do 5.º ao 12.º ano de escolaridade.
Aluno invisual da Escola D. Maria e do Conservatório de Música,
Mickael deixou mensagem de esperança -
Mickael Salgado, 16 anos, é o exemplo de que a deficiência visual não é
um entrave à concretização de sonhos. O dele passa pela música -
frequenta o Conservatório de Música de Coimbra - e o talento que ontem
revelou deixou a certeza de que o sonho poderá tornar-se realidade. Voz
poderosa, talento inatacável a dedilhar a guitarra, Mickael brindou
governantes, professores e colegas com três músicas, qual delas a mais
bem interpretada. Da parte da tarde, esteve no programa Contacto,
transmitido na SIC.
No Dia Mundial da Bengala Branca, este aluno do 10.º ano da Escola
Infanta D. Maria deixou uma «mensagem de fé» a quem, como ele, vive
privado da visão. «Devemos acreditar e lutar, pois as dificuldades podem
e vão ser ultrapassadas», sublinhou. Satisfeito pela forma como se
integrou numa turma de ensino regular, Mickael apenas deixou um lamento:
a desigualdade no acesso a material pedagógico.
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Promoção da Acessibilidade
na Web
16 Outubro
Foi criado hoje pelo governo um novo sítio web -
http://www.acessibilidade.gov.pt
- com o objectivo de apoiar todas as entidades da Administração Pública
Central a adaptarem ou remodelarem os seus sítios de acordo com as
Directrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web (WCAG), versão 1.0,
do World Wide Web Consortium (W3C) de acordo com a Resolução do Conselho
de Ministros n.º 155/2007
Fonte:
http://www.ajudas.com/notver.asp?id=1750
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Acessibilidade de pessoas
com deficiência visual
nos edifícios de acesso público
dia: 15 Outubro
hora: 14h30
local: Sala de Conferências da Casa da Cultura
acesso gratuito
Celebra-se, no próximo dia 15, Segunda-feira, o Dia Mundial da Bengala
Branca, ocasião escolhida para o Município organizar, através do Serviço
de Leitura para Deficientes Visuais da Biblioteca Municipal de Coimbra,
uma sessão informativa alusiva ao tema "Acessibilidade, orientação e
mobilidade de pessoas com deficiência visual nos edifícios de acesso
público".
A sessão, a cargo de Júlio Paiva, especialista em orientação e
mobilidade, tem início às 14h30 e decorre na Sala de Conferências da
Casa Municipal da Cultura.
Além da palestra, terá lugar uma apresentação e demonstração de soluções
técnicas destinadas a melhorar a acessibilidade dos deficientes visuais,
a cargo da empresa "Ataraxia Lda".
O tema é de relevante interesse para todos quantos têm responsabilidades
na gestão e manutenção dos edifícios de acesso público, enquadrando-se
na temática proposta pela União Europeia para 2007, Ano Europeu para a
Igualdade de Oportunidades.
Considerando os muitos equipamentos municipais susceptíveis de serem
visitados/frequentados por cidadãos com deficiência visual, a
iniciativa dirige-se, sobretudo, a responsáveis por equipamentos
públicos municipais.
Fonte: Departamento de Cultura da
Câmara Municipal de Coimbra
Casa Municipal da Cultura
Rua Pedro Monteiro
3000-329 Coimbra
Telef. 239 702 630
Fax 239 702 496
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15 de Outubro
Porquê a celebração de um
Dia Mundial da Bengala Branca?
ACAPO Coimbra
Hoje, é uma imagem que já não surpreende quase ninguém, a de um cego
caminhando pela rua, de bengala branca na mão que, num movimento
pendular para um lado e para o outro, de forma contínua e mais ou menos
ritmada, vai permitindo "tactear" o chão, detectar obstáculos e
encontrar pontos de referência úteis para a sua orientação e locomoção.
Desta forma, as pessoas cegas deslocam-se autonomamente pela rua, usam
os transportes públicos, fazem a sua vida quotidiana, dirigem-se ao seu
emprego e, tudo isto, com naturalidade para si e para os outros.
Mas, nem sempre foi assim e, a nossa história está bem recheada de
exemplos de clara marginalização das pessoas com deficiência que, ao
longo dos tempos, foram conquistando, a pulso, o respeito, a dignidade e
o direito a realizarem os seus sonhos e a participar na sociedade de que
fazem parte.
A naturalidade com que hoje se olha para uma bengala, na rua, servindo
de ajuda para um cego, quase nos faz pensar que sempre foi assim. Na
verdade, desde há muito tempo que os cegos se socorriam de pequenas
"bengalas" ou de algum objecto do quotidiano que pudesse auxiliá-los, ao
menos a detectar os obstáculos dos quais deveriam livrar-se. Aliás,
ainda hoje podemos observar em algumas regiões mais isoladas, como as
pessoas idosas a perderem visão se socorrem de objectos como um
guarda-chuva, para "tactearem" o chão e evitarem obstáculos.
Mas, foi no século XX que foi definitivamente reconhecida como um
instrumento precioso para a orientação e locomoção dos cegos. Em 1921,
nos Estados Unidos, pela primeira vez um cego decidiu pintar a sua
bengala de branco para que pudesse mais facilmente ser vista pelos
outros. Mas, curiosamente, a ideia não foi muito bem aceite e, 10 anos
mais tarde, foi retomada em França, espalhando-se rapidamente para
outros países. Só então mais tarde, a ideia ganhou novo impulso nos
Estados Unidos e, hoje, é quase universal a bengala de cor branca.
A agilidade e a velocidade com que por vezes algumas pessoas cegas se
deslocam na rua, desviando-se dos obstáculos e encontrando o caminho que
pretendem, também nos faz esquecer por vezes que existem técnicas para
usar a bengala e fazer dela um instrumento que ajuda na locomoção e na
orientação. Mas, a verdade é que é fundamental que a pessoa cega aprenda
essas técnicas com técnicos especializados. Curiosamente, só nos anos de
1940 foram desenvolvidas as primeiras técnicas para uso da bengala,
tendo também sido definido qual o comprimento que ela deveria ter em
função da altura de cada pessoa. No entanto, só nos anos 60 o ensino
destas técnicas ganha impulso na Europa e, em Portugal, no início dos
anos 70.
Entretanto e, sempre com o intuito de aumentar a autonomia e a segurança
dos cegos na sua mobilidade, têm surgido diversas inovações no campo da
electrónica. O primeiro equipamento electrónico para apoio à mobilidade
dos cegos terá sido criado ainda nos anos de 1940 mas, a primeira
bengala electrónica foi comercializada apenas cerca de 30 anos mais
tarde. No entanto, tanto em Portugal como nos demais países, estas
bengalas estão bem longe de uma utilização significativa, sobretudo
pelos elevados custos de aquisição.
Já nos últimos anos - na década de 90 -, pudemos começar a ver também os
chamados cães-guia de cegos, que são cães especialmente treinados para
auxiliar estas pessoas na sua locomoção. No entanto, a história do
treino de cães para este efeito é ainda mais antiga do que a da própria
bengala branca e suas técnicas. O primeiro treino de cães para auxílio à
locomoção de cegos, remonta ao século XIX, por iniciativa de um padre na
Alemanha. No entanto, a ideia não teve muitos adeptos, ganhando impulso
nos Estados Unidos apenas nos anos de 1930, dando-se então início ao
treino e utilização dos chamados "seeing eye dog".
O fascínio pelo cão e a surpresa pela sua habilidade para auxiliar a
pessoa cega na sua locomoção, faz com que o cão-guia seja ao mesmo tempo
atractivo para os próprios cegos e tenha grande visibilidade junto da
opinião pública.
Apesar disso, o cão-guia está longe de ter uma utilização massificada em
Portugal. Por um lado, isso deve-se ao facto de só na segunda metade de
1990 ter surgido no nosso país a única escola de treino destes cães. Por
outro lado, apesar do fascínio que nos suscita toda a habilidade do
cão-guia, há que ter em conta que a pessoa cega tem que estar
devidamente reabilitada, ou seja, devidamente capaz de se orientar na
rua, para que possa ele mesmo dar a orientação adequada ao cão.
Por isso, a bengala continua a ser um símbolo da autonomia, da
independência. enfim, da liberdade, da capacidade de integração na
sociedade e da possibilidade de realização pessoal para as pessoas com
deficiência visual.
Foi como reconhecimento de todo este simbolismo que, nos anos de 1960,
os Lyons club nos Estados Unidos se propuseram assinalar o dia 15 de
Outubro como o "White Cane Safety Day". Entretanto, esta ideia foi-se
disseminando por vários países, estando popularizado este dia como o
"Dia Mundial da Bengala Branca".
Ao assinalar esta efeméride, pretende-se, pois, realçar, não só o marco
de viragem que a bengala em si mesma traz para a socialização,
realização e integração das pessoas com deficiência visual, mas também,
toda a carga simbólica que lhe está associada, procurando despertar toda
a sociedade para as questões da igualdade de oportunidades e da inclusão
e, consequentemente, para a necessidade de eliminar tudo o que possa
constituir-se como barreira para a autonomia e integração destas
pessoas.
De entre estas barreiras, neste dia, vale a pena atentar especialmente
àquelas que condicionam a mobilidade, como sejam as barreiras
arquitectónicas, o mau estacionamento de veículos e, em suma, todas
aquelas situações de falta de cuidado para com os espaços públicos.
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Só cinco por cento dos
cegos tem emprego
Correio da Manhã
Diana Ramos
11 Outubro
A rotina repete-se quase todos os dias. Vítor Graça sai de casa e
chega à Associação Promotora do Ensino de Cegos por volta das 09h30.
Pela frente tem um longo dia de trabalho, que se divide entre reuniões,
envio de e-mails e contactos com instituições parceiras.
Antes de cegar, chegou a trabalhar num empresa de administração de
condomínios, mas a “falta de confiança das pessoas” levou-o a trilhar
outros rumos. Após todas as barreiras sociais que transpôs, hoje assume
as funções de assessor de direcção na associação onde trabalha e faz
parte de um grupo restrito de cegos que tem emprego estável.
Olhando para trás, Vítor Graça reconhece que “as coisas mudaram muito
nos últimos anos”, sobretudo graças à evolução da tecnologia, o que
permite às pessoas com deficiência serem “mais autónomas e
independentes”, mas lembra que “o acesso ao emprego mantém-se igual”. O
mesmo é dizer que as portas do mercado de trabalho continuam de costas
voltadas para os deficientes. “Calcula-se que existam em Portugal cerca
de 50 mil cegos, a grande maioria fechados em casa”, lamenta,
sublinhando que “só cinco por cento dos cegos tem emprego”.
Vítor perdeu a visão aos 26 anos. “Quando as pessoas cegam é qualquer
coisa de terrível, é como ter um castelo e esse castelo ruir”, diz com a
voz embargada. Adaptar-se ao quotidiano foi um desafio complicado que o
obrigou a abandonar a empresa de gestão de condomínios. “Quando um cego
aparece para administrar, pode ser muito competente, mas não o aceitam”,
assegura, admitindo que teve de “deixar a profissão porque as pessoas
não confiavam”.
Entre voltas e reviravoltas decidiu tirar um curso de informática, que o
levou mais tarde a dar formação a invisuais. “Ofeceram-me este trabalho
e as condições eram melhores, por isso aceitei”, recorda.
Além do desgosto de nunca ter visto o rosto dos dois filhos, lamenta a
falta de oportunidades para pessoas com deficiência. “A formação
profissional praticamente não tem saídas profissionais”, denuncia,
deixando o exemplo do ensino dos cestos de verga e a formação para
telefonistas e massagistas, a última com “um pouco mais de saída”.
“Tirando o Estado, as instituições de solidariedade social são as
maiores empregadoras” de pessoas com deficiência, admite, sugerindo “um
levantamento das pessoas com deficiência, onde se situam, a idade que
têm, formação a dar e para onde é possível encaminhá-las”, para criar
“uma bolsa de empregos”.
TRÊS PERGUNTAS A IDÁLIA MONIZ
Secretária de Estado-Adjunta e da Reabilitação
- Ainda existe dificuldade no acesso ao trabalho?
= Em 2006 estiveram inscritas nos Centros de Emprego 7257 pessoas com
deficiência, o que nos leva a concluir que as pessoas com deficiência
não procuram o sistema público de emprego.
- Faltam exemplos de deficientes no Estado.
= Sem dúvida. Já há exemplos, mas é preciso divulgá-los. Não duvido que
pessoas com deficiência, em igualdade de oportunidades, são alvo de
melhores avaliações.
- Impor quostas é uma solução?
= Nos países onde há quotas, os empregadores preferem pagar multas por
não terem pessoas com deficiência nas empresas.
DEPOIMENTOS
"DESEMPENHAM BEM O TRABALHO" Cesaltina Laranjeira, 55 anos
“Conheço um caso num centro comercial, em Lisboa, onde três pessoas com
deficiência trabalham. Um deles é sapateiro. Já tive oportunidade de os
observar e pareceu-me que desempenhavam bem o trabalho.”
"PIOR PARA QUEM TEM LIMITAÇÕES" Salvador Quiteque, 30 anos
“Não é fácil para alguém que tenha uma deficiência arranjar emprego. Se
no geral as pessoas já têm dificuldade, quem tem limitações é ainda
pior. Acima de tudo é necessário mudar mentalidades e dar oportunidade a
todos.”
"ACESSO É DIFICULTADO" Jorge Falcato, 53 anos
“O acesso ao trabalho é logo dificultado pelas fracas qualificações da
maior parte das pessoas com deficiência e que resulta do difícil acesso
à educação. Não existe sequer informação que permita conhecer a
população com deficiência.”
"ACHO QUE HÁ DISCRIMINAÇÃO" Augusto Arsénio, 41 anos
“Acho que há discriminação. Há empregos em que as pessoas são adaptáveis
a diversas funções e deviam ser-lhes dadas mais oportunidades. Em todas
as empresas há de certeza meios para as contratar.”
NÚMEROS
- 1.000.000 é o número, estimado pelas associações, de pessoas com
deficiência existentes no País. Os últimos dados exactos são de
2001.
- 375 mil pessoas com deficiência contabilizadas no País em 2001,
169 mil das quais com actividade económica e 153 mil assalariadas.
- 7257 pessoas com deficiência estiveram inscritas, em 2006, nos
centros de empregos, num total de mais de 441 mil indivíduos
inscritos.
- 2 milhões de pobres existentes em Portugal é o número estimado
por Rogério Roque Amaro. O economista acredita que este número pode
ter aumentado nos últimos anos
- 17 por cento dos pobres portugueses têm emprego. Esta
percentagem é avançada pela representação da Rede Europeia
Anti-Pobreza em Portugal
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=261141&id
select=9&idCanal=9&p=200
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15 de Outubro
Dia da Bengala Branca
9 Outubro
15 de Outubro é o Dia da Bengala Branca, símbolo e auxiliar de
orientação e apoio na mobilidade de pessoas portadoras de deficiência
visual.
Em 1921, James Biggs, fotógrafo de Bristol, Inglaterra, ficou cego na
sequência de um acidente. Devido à quantidade de trânsito que havia
perto da sua casa, ele pintou a bengala de branco para a tornar mais
visível.
Nos Estados Unidos, a introdução da Bengala Branca deveu-se a George
Bonham. Em 1930, ele notou um cego, que tentava atravessar a rua com uma
bengala preta, difícil de ser vista pelos motoristas, contra o asfalto
escuro e ofereceu-se para pintar a bengala de branco e torná-la mais
visível. Em 1931, o Lions Clube de Peoria, de que ele era membro e a
quem apresentou o projecto, iniciou um programa para cegos, promovendo o
uso de bengalas brancas. O Conselho da cidade adoptou uma regulamentação
que dava aos portadores o direito de passagem para atravessar a rua.
A notícia da actividade do clube espalhou-se a outras cidades, e a
bengala branca ficou conhecida por cegos e não-cegos como um meio de
identificar a necessidade de os deficientes visuais se movimentarem com
segurança.
Também em 1931, em França, Guilly d’Herbemont reconheceu o perigo que os
cegos corriam no meio do trânsito e lançou a campanha "Movimento Bengala
Branca". Como consequência, 5.000 bengalas brancas foram doadas às
pessoas cegas de Paris.
Apesar de a Bengala Branca ser aceite como "sím bolo da cegueira",
muitos países têm regras dis tintas relacionadas com o que constitui uma
"bengala para cego". No Reino Unido, por exemplo, a Bengala Branca é
reconhecida como sendo utilizada por deficientes visuais; se a bengala
tiver duas faixas vermelhas, simboliza que o utente é surdo-mudo. Em
algumas áreas, a bengala é amarela.
Nos Estados Unidos, as leis variam de estado para estado, mas em todos
os casos, quem usa uma bengala branca têm direito de passagem ao
atravessar uma via ou um local público.
Em 1970, o presidente da Federação Internacional de Cegos declarou o dia
15 de Outubro como o "Dia Internacional de Segurança da Bengala Branca".
Assinalado em todo o mundo, este dia referencia o início simbólico da
aprendizagem sistemática de orientação e mobilidade por parte das
pessoas com deficiência visual.
Fonte: Lions Club International (adaptado)
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Estudantes com deficiência na UC
Newsletter da Universidade de Coimbra
6 Outubro
Estudantes com deficiência na Universidade de Coimbra, Ana e Vanessa são um bom exemplo de como, pela amizade, as dificuldades de cada um facilmente se ultrapassam em conjunto. Ana é invisual de nascença, Vanessa está dependente de uma cadeira de rodas desde os sete anos, altura em que lhe foi diagnosticada uma neurodistrofia muscular. Conheceram-se na Universidade e juntas fazem uma boa equipa. Longe do estereótipo habitual atribuído a pessoas com este tipo de limitações, são duas raparigas optimistas e bem-dispostas. A determinação associada à espontaneidade com que soltam sonoras gargalhadas, convencem-nos da simplicidade com que aparentemente levam a cabo aquilo que, para muitos, seria impossível.
Ambas são casos de sucesso que servem de exemplo e inspiração: Vanessa frequenta o 3º ano de Psicologia e sonha com uma carreira na área da Psicologia Forense. Ana terminou recentemente a licenciatura em Jornalismo e trabalha numa rádio local.
São apenas duas situações, mas espelham tantas outras com que diariamente o
Gabinete de Apoio Técnico-Pedagógico ao Estudante com Deficiência
se depara.
A Newsletter foi conhecer melhor a realidade enfrentada por estes alunos na UC e o papel de uma estrutura em que se acolhe a desigualdade, combatendo a exclusão. “No primeiro dia, vim com uma acompanhante destacada pelo Gabinete. A aula era
de Sociologia, o professor estava a explicar o programa e eu entrei na sala um
bocado aflita, sem saber onde é que me havia de sentar. Uma colega reparou, levantou-se e veio dar-me a mão. A partir daí, tudo foi acontecendo
naturalmente. Contei sempre com o apoio dos meus colegas.” Ana recorda assim o primeiro dia
de aulas na Universidade de Coimbra.
Vanessa também fala sobre os seus receios iniciais: “O estar fora de casa assustava-me. A cidade é muito acidentada, tem muitas ladeiras e, como eu não
estava habituada a andar sozinha, pensava se conseguiria aguentar sem desistir.”
também fala sobre os seus receios iniciais: “O estar fora de casa assustava-me. A cidade é muito acidentada, tem muitas ladeiras e, como eu não
estava habituada a andar sozinha, pensava se conseguiria aguentar sem desistir.”
Ultrapassadas as inseguranças do começo, hoje são ambas casos de sucesso. Como
acontece com os cerca de oitenta estudantes que, todos os anos, se dirigem ao
Gabinete de Apoio Técnico-Pedagógico ao Estudante com Deficiência (ATPED), nesta integração contaram com a ajuda do Gabinete. Uma estrutura que visa proporcionar o necessário acolhimento e acompanhamento técnico ao aluno portador de deficiência física e/ou sensorial, bem como aos doentes de foro orgânico incapacitante.
A primeira ajuda é feita através de uma entrevista personalizada que permite avaliar as desvantagens daquele estudante, em particular, na adequação ao contexto escolar. A partir daí, o trabalho incide sobre os apoios que poderão
ser disponibilizados para minorar as suas dificuldades. [...]
http://www.uc.pt/noticias/reportagem.pdf
- 13 Set. 07
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CaixaDirecta - o cartão matriz não é
acessível a Deficientes Visuais
blog de jfilipe
01/10/2007
Para quem é cliente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a CaixaDirecta
online, é um excelente site e muito seguro (https, os dados transmitidos
são encriptados, usando SSL encriptação a 128 bits, o que torna muito
dificil a descodificação dos dados) para fazer pagamentos,
transferências e outras operações bancárias.
Ao efectuar uma transferência ou pagamento, no fim era pedido alguns
números do n.º de contribuinte. Mas, se repararmos o n.º de contribuinte
não é assim tão difícil de saber: pode-se encontrá-lo no site da
empresa, na homepage (se a pessoa não tiver cuidado), num curriculum
vitae, ..... !
Para fazer face a essa quebra de segurança, a CGD lançou o cartão
matriz, que consiste numa matriz, onde as linhas estão numeradas 1 2 3
... e, as colunas A B C ... e, em cada célula (linha X coluna Y) tem um
n.º de 3 digitos (cada digito corresponde a uma posição). E antes de
validar a operação, ele pede 3 números.
ex:
A1 1ª posição - 1 (a1 = 123)
F3 2ª posição - 4 (f3 = 345)
C4 3ª posição - 5 (c4 = 895)
Todos os cartões matriz são diferentes e os n.º's são gerados
aleatóriamente e, portanto não há 2 cartões natriz iguais! Mas agora é
que se coloca a questão: O cartão matriz vem impresso a preto & branco,
sem relevo!
E como conseguem os deficientes visuais ter acesso a esse cartão?
Através dum par d' olhos? Pois é, criaram um cartão que não é acessível
pra todos!
E se eles para os Deficientes Visuais imprimissem o cartão em braile? Ou
se mandassem pelo correio normal, uma disquete com um txt do cartão
matriz?
Não seria boa ideia, fazer críticas construtivas e sugerir modos
alternativos de enviar o cartão matriz? É nisto e noutras coisas que
devemos intervir! Porque se nós, que sentimos na pele, não intervimos,
mais ninguém o faz por nós!!
in
http://www.lerparaver.com/node/7516
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Formação Inicial
destinada a Professores de EE
que apoiam alunos com baixa visão
27 Setembro
A Equipa de Apoio
Pedagógico à Deficiência Visual de Coimbra realiza nos próximos
dias 13, 20 e 27 de Outubro 2007 - uma Acção de Formação de 20
horas, destinada a Professores de Educação Especial
que apoiam alunos com baixa visão na área da DREC.
local: EB23 Poeta Silva Gaio - Guarda Inglesa - Coimbra
datas: 13, 20 e 27 de Outubro 2007
horário: 9h30-12h45 e 14h00–17h30
coordenação: Maria de Fátima Lopes
Conteúdos:
- o olho; a visão
- visão normal, baixa visão, cegueira
- patologias oculares e baixa visão
- interpretação de relatórios oftalmológicos
- avaliação clínica e avaliação funcional da visão; instrumentos
de avaliação
- auxiliares de visão para perto e para longe; materiais e
equipamentos específicos
- apoio a alunos com baixa visão; DL 319/91
- adaptação pedagógica de materiais escolares
- análise de casos
Esta formação é de carácter geral e essencialmente prática, uma
ferramenta básica para apoiar alunos com baixa visão.
Inscrições e mais informações:
tel.: 239 801180 - ext. 219
fax: 239 801181
email: dv.coimbra@gmail.com
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Formação em Grafia Química braille
destinada a Professores de EE com alunos cegos
27 Setembro
A Equipa de Apoio
Pedagógico à Deficiência Visual de Coimbra realiza no próximo
sábado - dia 29 de Setembro 2007 - uma Acção de Formação de 6 horas,
em Grafia Química braille, destinada a Professores de Educação Especial
que estão a apoiar alunos cegos na área da DREC.
local: EB23 Poeta Silva Gaio - Guarda Inglesa - Coimbra
data: 29 de Setembro de 2007
horário: das 9h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30
coordenação: Maria Clara Gonçalves
Inscrições e mais informações:
Tel. 239 801180 - ext. 219
Email: dv.coimbra@gmail.com
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Nova Resolução do Conselho
de Ministros
sobre acessibilidade web na Administração Pública
27 Setembro
Foi aprovada hoje no Conselho de Ministros uma nova Resolução que estabelece as orientações
relativas à acessibilidade pelos cidadãos com necessidades especiais
aos sítios da Internet do Governo e dos serviços e organismos públicos
da Administração Central
Esta Resolução estabelece os requisitos mínimos de acessibilidade que
devem respeitar os sítios da Internet do Governo e dos serviços e
organismos públicos da Administração Central, com o objectivo de
assegurar que a informação disponibilizada seja susceptível de ser
compreendida e pesquisável pelos cidadãos com necessidades especiais.
Deste modo, são definidos claramente os requisitos técnicos de
acessibilidade que devem ser cumpridos pelos sítios da Administração
Pública Central, adoptando os níveis de conformidade das directrizes
sobre a acessibilidade do conteúdo da Internet desenvolvidas pelo
World Wide Web Consortium (W3C).
Assim, impõe-se, relativamente aos sítios de conteúdo meramente
informativo, o respeito pelo nível de conformidade «A» (isto é, a
remoção das barreiras digitais que possam existir nos sítios e que
impeçam totalmente os cidadãos com necessidades especiais de os
utilizar), e fixando um prazo de três meses para a concretização de
tal objectivo.
Estabelece-se ainda, relativamente aos sítios que impliquem a
prestação de serviços transaccionais aos cidadãos (entrega de
declarações de rendimentos e outras obrigações tributárias, envio de
formulários, pedido de certidões, constituição de empresas, realização
de registos, etc.), o respeito pelo nível de conformidade «AA» (ou
seja, os cidadãos com necessidades especiais conseguem utilizar
directamente os sítios e ter acessos aos conteúdos neles constantes
sem que para tal tenham de contornar quaisquer obstáculos) das
referidas directrizes sobre a acessibilidade do conteúdo, com um prazo
de seis meses para a sua efectivação.
O acompanhamento e a coordenação da implementação de tais medidas
incube à Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros,
sendo ainda criado um grupo de trabalho, envolvendo a Agência para a
Modernização Administrativa (AMA), que coordena, a Agência para a
Sociedade do Conhecimento (UMIC), o Instituto Nacional para a
Reabilitação e o Ceger, Centro de Gestão da Rede Informática do
Governo, com funções de consultadoria técnica na implementação das
medidas fixadas.
Esta medida insere-se no Plano de Acção para a Integração das Pessoas
com Deficiências ou Incapacidade para os anos de 2006 a 2009 (I PAIPDI
2006-2009), dando igualmente execução ao Plano Nacional de Promoção da
Acessibilidade (PNPA).
Fonte:
http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/
Governos_Constitucionais/GC17/Conselho_de_Ministros/
Comunicados_e_Conferencias_de_Imprensa/20070927.htm
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Semana Europeia da
Mobilidade no Porto
Lusa
18 Setembro
Inserido na Semana Europeia da Mobilidade, a STCP promoveu esta manhã
o dia "Acessibilidade para Todos", realizando um serviço especial entre
o interface da Casa da Música e a Praça Gomes Teixeira especialmente
direccionado para invisuais, amblíopes, pessoas com locomoção reduzida,
idosos e clientes com carrinho de transporte de crianças.
A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto vai disponibilizar
informação sobre as suas linhas em linguagem braille, uma medida que
visa "promover a mobilidade dos cidadãos deficientes visuais", anunciou
hoje fonte da empresa. O folheto em braille dá "informação sobre as
linhas da STCP, a sua origem e destino e por onde passam, bem como dá a
conhecer quais as linhas que dispõem de autocarros com piso rebaixado e
rampa de acesso para cadeiras de rodas", afirmou Rui Saraiva, da
administração da STCP. Este folheto em braille vai ser distribuído pela
ACAPO - Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, bem como nas lojas
da STCP e Andante. A iniciativa surge no âmbito de uma parceria entre a
STCP e a ACAPO, que hoje assinaram um protocolo de cooperação,
assinalando a Semana Europeia da Mobilidade.
A ACAPO compromete-se a colaborar com a STCP no sentido de traduzir para
inguagem braille a informação considerada essencial pela empresa e
dirigida aos seus clientes. A ACAPO irá também assegurar formação a
motoristas da STCP, "com vista a melhorar o atendimento entre estes e os
clientes com deficiência visual".
Em contrapartida, a empresa transportadora facilitará às suas estações
de recolha o acesso da ACAPO, para que, nas acções de formação que
promove, os deficientes visuais possam experimentar entrar e sair dos
autocarros da empresa. A STCP apoiará ainda a ACAPO na divulgação de
iniciativas e programas especiais, disponibilizando para tal meios que
estejam disponíveis.
Para "dar mais sentido à inclusão social e ao conceito de mobilidade",
mais de 80 por cento da frota da STCP dispõe já de piso rebaixado e
cerca de 70 por cento das suas viaturas têm rampa de acesso para
cadeiras de roda.
"Apenas nove das 81 linhas da STCP não dispõem desta rede de acesso
fácil", disse Rui Saraiva, acrescentando que a empresa pretende ainda
implementar "uma solução tecnológica" que permita aos invisuais
reconhecer a chegada de um autocarro a uma paragem.
ã
Medidas para reforçar o
apoio aos alunos
com necessidades educativas especiais
ME - Portal da Educação
11 de Setembro de 2007
O Ministério da Educação (ME) lançou
diversas medidas no âmbito da Educação Especial, com o
objectivo de criar condições nas escolas e nos agrupamentos
para que os alunos com necessidades educativas especiais
beneficiem de um apoio mais efectivo e eficaz, adequado às
suas necessidades específicas.
Para que os alunos com necessidades educativas
especiais possam beneficiar de um apoio mais adequado às
suas necessidades específicas, o ME definiu redes de escolas
de referência, destinadas aos alunos cegos e aos surdos, bem
como unidades especializadas em perturbações do espectro do
autismo e em multideficiência.
A criação de redes de escolas de referência permite uma
melhor organização dos recursos humanos, materiais e
didáctico-pedagógicos, essencial para responder, nas
melhores condições, aos diversos tipos de necessidades
destas crianças e destes jovens. Assim, a partir deste ano
lectivo, passam a existir 20 agrupamentos de referência para
alunos cegos ou com baixa visão e, numa primeira fase, 22
agrupamentos num total de 72 escolas para estudantes surdos
(profundos e severos), onde estes terão acesso ao ensino em
Língua Gestual Portuguesa.
Foi, ainda, criada uma rede de agrupamentos de escolas de
referência para a intervenção precoce, que funcionará em 121
agrupamentos, com 492 educadores de infância, abrangendo
cerca de 4400 crianças. O número de unidades especializadas
em multideficiência aumentou para 163, enquanto o número de
unidades especializadas em perturbações do espectro do
autismo ronda as 100.
Com o objectivo de melhorar o serviço prestado no
atendimento dos alunos com necessidades educativas especiais
de carácter permanente, o ME apostou no reforço do número de
técnicos existentes nas escolas. Enquanto, no ano lectivo
anterior, estavam nos estabelecimentos de ensino 153
terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, terapeutas da fala
e formadores e intérpretes de Língua Gestual Portuguesa,
neste ano lectivo esse número ascenderá aos 269 técnicos.
Foram, também, criados 25 centros de recursos em tecnologias
da informação e da comunicação para a Educação Especial,
onde os alunos poderão contar com hardware e software
adequado às suas necessidades específicas e, ainda, com
materiais construídos e adaptados para estas crianças e para
estes jovens. O aumento da produção de manuais escolares em
formatos acessíveis, previsto neste ano lectivo, também
contribuirá para a melhoria do ensino dos alunos cegos ou
com baixa visão.
Para os alunos surdos que frequentam a educação pré-escolar
e os ensinos básico e secundário, será elaborado um Programa
de Língua Gestual Portuguesa, língua materna das crianças e
dos jovens surdos.
O desenvolvimento de um modelo de Centros de Recursos de
Apoio à Inclusão no processo de reconversão das instituições
de educação especial, que deverá ocorrer até 2013, permitirá
proceder à transferência dos alunos que frequentam os
estabelecimentos de ensino especial para as escolas do
ensino regular, contando com o apoio dos recursos humanos e
materiais existentes nas instituições que os acolhiam. A
inclusão destes alunos nas escolas do ensino regular deverá
processar-se de forma a garantir a todos os estudantes uma
resposta às suas necessidades educativas em igualdade de
circunstâncias.
ME - Portal da Educação - 7-Set-07
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Diabetes: 20 mil em risco de cegar
esperam por consulta
Diário Digital
10 Setembro
Entre 15 a 20 mil diabéticos portugueses correm o risco de cegar, uma
consequência previsível da doença, mas que não é acompanhada por rastreios e
tratamentos urgentes, estando os pacientes sujeitos a esperar um ano para ir à
consulta e, mais tarde, meses por um tratamento laser.
De acordo com a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, o alerta foi
lançado por vários especialistas em medicina geral e familiar em quase todo o
País, mas também por oftalmologistas de unidades hospitalares. «Há casos graves
à espera de rastreio em conjunto com rastreios de rotina e primeiros rastreios»,
alerta o coordenador do Programa Nacional para a Saúde da Visão, Castanheira
Dinis.
O também director do Instituto Gama Pinto admite que casos graves são misturados
com consultas de rotina, mas adianta que está a ser trabalhada uma forma de os
distinguir para criar prioridades. Apesar disso, acredita que «já se salvam mais
pessoas da cegueira» e que «há mais controlo da diabetes entre os portugueses».
No instituto que dirige, em Lisboa, o cenário é mais leve, uma vez que «o
atendimento é preferencial a diabéticos». Luísa Santos refere que o tempo de
espera «está entre os três e os seis meses» e o tratamento, garante, é feito
logo que identificadas as lesões indicadoras de retinopatia diabética.
No Algarve, segundo fontes dos hospitais de Faro e Barlavento Algarvio, o número
de oftalmologistas é reduzido, não passando de meia dúzia de médicos. A região
optou por estabelecer protocolos com centros de saúde para fazer os rastreios,
porém, tratar as eventuais lesões pode demorar um ano.
O cenário é semelhante no Alentejo, onde «até há máquinas para rastreio, mas não
existe resposta a tratamentos», de acordo com Rosa Galego, médica na mesma área.
A zona centro, exemplo reconhecido por ter um excelente programa de rastreio,
tem resultados positivos, com as consultas de retinopatia diabética a demorar
três meses. A situação, contudo, não é tão positiva para aqueles que entram na
consulta geral, que podem esperar nove meses a um ano.
in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=294165
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10.ª Edição do Concurso de Leitura
"Um Livro é um Amigo" - ano 2007
9 Setembro As modalidades a concurso continuam a ser Prosa e Poesia. Os interessados nesta
iniciativa, deverão solicitar na secretaria da delegação Regional do Centro da
ACAPO o regulamento do concurso. O prazo de entrega dos trabalhos foi alargado
até dia 31 de Outubro de 2007.
A sessão de entrega de prémios desta edição terá ainda lugar em Dezembro de
2007, evento onde se procederá ao lançamento duma colectânea com os trabalhos
premiados ao longo de dez edições do Concurso. Não deixe mais uma vez de
participar!
Contactos:
ACAPO - Delegação Regional do Centro
R. dos Combatentes da Grande Guerra, nº 113, subcave
3030-181 Coimbra
Tel.: 239792180 - Fax: 239792188
sec-coimbra@acapo.pt
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Ministério reforça número
de técnicos no âmbito
das necessidades educativas especiais
SOL
6 Setembro 2007
O Ministério da Educação (ME) vai aumentar em 116 o número
de terapeutas, formadores e intérpretes de língua gestual
portuguesa no âmbito das necessidades educativas especiais,
revelou hoje o secretário de Estado da Educação
O ME quer transformar até 2013 as instituições de ensino
especial em centros de recursos e ter todos os alunos com
necessidades educativas especiais integrados no sistema de
ensino regular.
«As alterações que já produzimos ao regime de apoio aos
estudantes com necessidades educativas especiais de carácter
permanente colocam-nos muito próximo das melhores práticas
dos principais países europeus, pelo que estamos no bom
caminho», congratulou-se o secretário de Estado, Valter
Lemos, num encontro com jornalistas.
Já a partir do ano lectivo 2007/08, que arranca entre 12 e
17 de Setembro, os agrupamentos vão poder contar com 146
terapeutas ocupacionais, da fala e fisioterapeutas, 65
formadores de língua gestual portuguesa e 58 intérpretes de
língua gestual portuguesa, para um total de 269 técnicos de
apoio especializado, quando em 2006/07 estavam disponíveis
153.
Além disso, começam a funcionar a partir deste ano lectivo
21 agrupamentos de referência para alunos cegos e com baixa
visão e 40 agrupamentos mais 72 escolas de referência no
ensino bilingue de alunos surdos.
O Ministério da Educação decidiu ainda alargar o número de
unidades (salas) especializadas em multideficiência, que
serão 163 no apoio a 827 jovens, bem como o número de
unidades especializadas em perturbações do espectro do
autismo, que a partir do próximo ano lectivo serão 99,
abrangendo 494 alunos.
Foi ainda criada uma rede de agrupamentos de escola de
referência para a intervenção precoce, que funcionará em 121
agrupamentos com 492 educadores, sendo abrangidas, segundo
as estimativas da tutela, 4.355 crianças.
«Estas alterações e o novo funcionamento estrutural permite
melhorar significativamente o serviço prestado no
atendimento aos jovens com necessidades educativas
especiais», afirmou o secretário de Estado da Educação,
acrescentando que está «para breve» a aprovação em Conselho
de Ministros do decreto lei que regulamenta o regime da
Educação Especial.
Em relação aos centros de recursos TIC (Tecnologias da
Informação e Comunicação), vão estar a funcionar nas escolas
um total de 25, quando no ano lectivo 2006/07 eram apenas
três.
Segundo o Director-Geral de Inovação e Desenvolvimento
Curricular (DGIDC), Luís Capucha, estão sinalizados no
actual sistema de ensino cerca de 35 mil alunos com
necessidades educativas especiais, mas aplicando o Sistema
de Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) este
número baixa para 25 mil.
O CIF é composto por uma lista de itens, com questões
relativas ao perfil das funcionalidades - saúde, mobilidade
ou deficiências -, da actividade e participação do aluno na
vida escolar e de factores contextuais - relação com os
outros ou com a família.
No âmbito da presidência portuguesa da União Europeia, o Ministério da Educação
vai promover a 16 e 17 de Setembro a audição parlamentar "Young Voices, Meeting
Diversity in Education", que contará com a presença de três jovens com
necessidades educativas especiais de cada um dos Estados-Membros.
O evento é organizado em parceria com a Agência Europeia
para o Desenvolvimento em Necessidades Educativas Especiais
e visa proporcionar aos jovens com estas necessidades a
possibilidade de expressarem a sua opinião e expectativas
sobre a Educação junto dos decisores políticos.
«Temos a expectativa de que saia desse encontro uma
declaração baseada no que os estudantes dizem sobre as
condições que lhes são oferecidas para obter sucesso no
ensino», afirmou Luís Capucha.
in
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=54354
ã
Investigadores da Universidade de Alberta
descobrem
gene que provoca alguns tipos de cegueira
Portugal Diário
5 Set 2007
De acordo com um estudo publicado esta quarta-feira, os
investigadores Joe Casey e Yves Sauvé explicam como
interromperam a função do gene AE3/S1c4a3 em ratos, causando
nos animais doenças que conduziram à cegueira.
O gene tem como função manter o balanço ácido na retina,
membrana de células nervosas que reveste o interior do globo
ocular e que tem a função de converter as imagens captadas
pela visão em impulsos nervosos que o nervo óptico leva
depois até ao cérebro.
«A visão é iniciada pela foto tradução na retina exterior
por foto-receptores, cuja taxa metabólica elevada gera
grandes cargas de CO2 (dióxido de carbono)», referem os
investigadores.
«As células internas da retina processam então o sinal
visual e o CO2», explicam, acrescentando que, em situações
normais, «o AE3 mantém então o balanço ácido, removendo o
desperdício de CO2 gerado pelo foto-receptor».
Os investigadores afirmam que a identificação do gene tem
implicações clínicas directas, surgindo a hipótese de novos
métodos de diagnóstico, especialmente no caso de doenças
como as Distrofias Hereditárias da Retina (DHR).
Segundo informa a agência Lusa, os investigadores salientam
que as semelhanças entre os ratos infectados com o gene e os
indivíduos com DHR, sugerem o estudo para as condições que
levam a este tipo de cegueira, para os quais ainda não há
cura. in
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.
php?id=850827&sec=3
ã
Ecoparque sensorial na
Aldeia da Pia do Urso
Jornal de Leiria
Agosto 2007
O primeiro ecoparque sensorial do País, concebido
especialmente para cegos, foi inaugurado segunda-feira na
Pia do Urso, uma aldeia típica localizada em S. Mamede,
Batalha, que está totalmente recuperada, com a reconstrução
das casas em pedra. O local atrai já muitos visitantes, que
nas últimas semanas se deslocaram em romaria à povoação,
agitando o sossego das sete pessoas que ali moram.
Carminda Silva é um dos sete moradores que vivem actualmente
na Pia do Urso, onde a idosa nasceu há mais de 80 anos, num
tempo em que a aldeia já dava sinais de envelhecimento. “Os
mais velhos foram morrendo e os novos partiram”, recorda a
mulher. No entanto, quando os habitantes pensavam que a
povoação iria acabar, à medida que os poucos residentes
fossem desaparecendo, a aldeia ressuscitou e está a
tornar-se num local de romaria de centenas de visitantes,
que querem ver o trabalho de recuperação das casas e das
ruelas estreitas e o primeiro ecoparque sensorial do País e
um dos poucos da Europa preparado para cegos.
O escasso alcatrão que havia nas ruas da aldeia há cerca de
três anos foi substituído por calçada e os montes de pedra
em que se haviam transformado as casas estão de novo de pé.
Dez habitações já se encontram recuperadas, faltando agora
meia dúzia delas, cujo processo de reabilitação dependente
da resolução de “problemas de herança”, como explica o
presidente da Câmara, António Lucas, e um dos principais
impulsionadores do projecto, a par de alguns técnicos do
município, da empresa Ataraxia e de Carlos Costa,
especialista em reconstruções históricas.
O ecoparque foi inaugurado segunda-feira, mas já há alguns
meses que o espaço se tornou local de romaria. “Tem sido uma
peregrinação. Há gente a todas as horas do dia e até à
noite”, conta Carminda Silva, que, apesar de ter perdido o
sossego, acredita que o projecto será bom para a freguesia.
“Se não fossem as obras, a aldeia morria em poucos anos.
Assim, virão muitos visitantes”, acrescenta Maria Jesus, 81
anos, que vive junto à aldeia.
De férias em Portugal, Armandino Lemos não quis regressar à
Suiça, onde está emigrado há 24 anos, sem visitar a renovada
Pia do Urso, depois do tio lhe ter falado do trabalho que
ali foi feito. “Estou verdadeiramente surpreendido. Está
aqui uma obra excepcional. Não tem nada a ver com as ruínas
de outros tempos”, confessa o Iníciom, nascido em S. Mamede, a
poucos quilómetros do local. Na deslocação à aldeia,
Armandino Lemos fez-se acompanhar da família e de um casal
amigo, natural de Viseu, que se manifestaram “espantados com
a beleza” do espaço.
Colaboração preciosa dos privados
A recuperação da Pia do Urso começou há cerca de três anos,
com o início da reconstrução das habitações, feita por
particulares com o apoio do programa Agris do Ministério da
Agricultura. A intervenção teve ainda uma componente de
investimento público, na ordem dos 400 mil euros, para a
infraestruturação do espaço e a criação do ecoparque
sensorial.
Durante a inauguração do parque, o presidente da Câmara
destacou o envolvimento da população local, do qual resultou
“muito rapidamente na recuperação da maioria das
habitações”, que serão usadas para fins turísticos, como
casas de alojamento.
Na parte mais elevada da aldeia, desenvolve-se o parque
sensorial, que procura “casar a natureza, com a madeira e
pedra” e criar um “espírito mágico, onde as pessoas possam
beber sons e cheiros”, explica Carlos Costa, que concebeu as
várias estações que compõem o percurso.
O ecopoarque é enriquecido com representações gráficas, que,
segundo João Beirante, da empresa Ataraxia especializada em
trabalhos para invisuais, “facilitam a apreensão da
informação, quer aos invisuais quer aos normais visuais”.
Especialmente a pensar nos cegos, existem vários painéis em
Braille e em baixa visão, explicando cada estação. A
aproximação a esses locais é assinalada no chão, recorrendo
a um pavimento diferente e a um pequeno corrimão com placas
em Braille, informando o visitante do local onde está. A
zona central do trilho principal do percurso é feita com uma
textura própria, para facilitar a circulação dos invisuais.
“A preocupação foi a de criar informação acessível a todos,
desde os normovisuais, aos cegos até pessoas com
dificuldades visuais, usando técnicas próprias e letras
suficientemente ampliadas e com alto contraste”, adianta
João Beirante. O percurso, todo ele com iluminação, está
povoado com imagens de animais em tamanho real (porcos,
porcos, patos, burros, etc). Foram ainda postas a descoberto
26 pias que existiam no local, mas que se encontravam cheias
de silvas.
António Lucas acredita que a Pia do Urso terá um impacto
significativo no turismo da região, oferecendo um “local
único e atractivo”. O autarca apela, no entanto, à
utilização correcta do espaço, para evitar actos de
vandalismo, como já aconteceu, pedindo aos visitantes que
“funcionem como vigilantes uns dos outros”.
Maria Anabela Silva
A inspiração que veio da Áustria
O ecoparque sensorial da Pia do Urso foi inspirado num
equipamento semelhante existente em Virgen, na zona de Tyrol,
Áustria. O projecto arrancou há cerca de dez anos e o local
é hoje um forte pólo de atracção turística na região, tendo
sido criados pacotes destinados a invisuais e às suas
famílias, que incluem visitas guiadas à zona envolvente. O
parque propriamente dito é constituído por painéis e
brochuras em Braille. Segundo o boletim informativo do
programa LEADER, no local são ainda desenvolvidas
actividades complementares, como seminários para instrutores
de cães para cegos e visitas guiadas feitas por invisuais,
onde o visitante pode experimentar vários tipos de sensações
não visuais, apresentados através de um percurso auditivo e
do olfacto, de um laboratório de plantas aromáticas e de uma
granja obscura. Para satisfazer o principal público alvo do
parque, alguns restaurantes traduziram as ementas para
Braille e vários estabelecimentos hoteleiros fizeram
adaptações das suas instalações.
Estruturas do ecoparque:
Estações do planetário – apresenta as várias fases da lua e
descreve o sistema solar
Estação do ciclo da água – composta por uma nora e um
engenho que recriam o princípio da energia
Estação do jurássico – é uma alegoria ao período dos
dinossauros
Estação da alegoria – representa a marcha das tropas de D.
Nuno Alvares Pereira entre Ourém e Porto de Mós, na véspera
da Batalha de Aljubarota, com passagem pela Pia do Urso
Estação lúdica – com um puzzle ‘gigante’ em madeira e jogos
Estação da Pia do Urso – composta pela pia onde, segundo a
lenda, iria beber um urso que vivia nas redondezas da aldeia
e que deu origem ao nome da povoação
Pia do amor – composta por uma pia que tem a configuração
natural de um coração
Estação musical – com diversos dispositivos musicais (gongo,
xilofone, cabaça, castanholas, etc)
Parque infantil
Miradouro
Parque de estacionamento para automóveis e autocarros
(localizado à entrada do parque)
Casas de banho
Chafariz
Centro de interpretação (a concluir dentro de quatro meses)
Posto de informação in
http://www.jornaldeleiria.pt/index.php?article=7388&visual=-1&id=0&print_article=1&layout=29
ã
Museu de Mação ajuda cegos a ter
acesso à arte
O Mirante
- diário online
25 Julho
O Instituto Politécnico de Tomar e o Museu de Arte
Pré-Histórica de Mação vão integrar o projecto internacional "To
touch or not to touch", que visa o acesso de invisuais à
história arqueológica, cultural e ambiental da Europa.
Luís Oosterbaek, director do Museu, disse hoje à Agência Lusa
que, através da elaboração de réplicas de arte rupestre do Vale
do Tejo/Ocreza, poder-se-ão "quebrar as barreiras que os
cidadãos invisuais e amblíopes enfrentam na maioria dos museus"
e, por outro lado, as pessoas com visão normal "terão a
oportunidade de tactear aquilo que, normalmente, só podem ver".
Sara Cura, arqueóloga do museu de Mação, acrescentou à Lusa
que "a ideia é colocar à disposição dos invisuais um recurso
didáctico, museográfico e interactivo, construído de raíz e com
legendas em braille, que pretende diminuir progressivamente a
exclusão de cidadãos portadores de deficiência".
O investimento, que não revelou, mas referiu ser "de poucos
milhares de euros", será financiado pela Comissão Europeia
através do Programa Cultura 2000 e integra equipas de Portugal,
França, Itália e Bulgária.
Luís Oosterbaek disse à Lusa que "a vasta experiência em
arqueologia experimental" dos países envolvidos "conjugará os
conhecimentos específicos em réplicas tácteis" de peças
arqueológicas - mosaicos romanos, ossos, instrumentos em pedra,
tecidos medievais e gravuras rupestres.
Sara Cura disse que as obras de construção da nova sala de
exposições do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação "começam este
Verão e terminarão até ao final do ano", altura em que será
inaugurada a exposição "Sons e passos na paisagem".
in O Mirante
- diário online - 23-07-07
http://www.omirante.pt/index.asp?idEdicao=51&id=16456&idSeccao=479&Action=noticia
ã
Filme da BBDO finalista em
Cannes
Federação Portuguesa de
Desporto para Deficientes
17-07-07
http://www.youtube.com/watch?v=WhFTFiJf4g4&feature=
player_embedded#
ã
Abuso de medicamentos prejudica a visão
Eutrópia Turazzi
LDC Comunicação
12-07-07
Os maiores vilões são os antibióticos e
corticosteróides que reduzem a resistência predispondo à
conjuntivite alérgica ou viral, catarata e glaucoma.
No inverno a baixa umidade do ar dobra a incidência da síndrome do olho seco que
atinge 20% da população contra 10% no restante do ano. A menor produção da
lágrima diminui a defesa dos olhos que ficam mais suscetíveis a contaminações de
suas porções externas – córnea e conjuntiva. Somado a isso, a cefaléia, febre,
tosse, dor de garganta, coriza e doenças respiratórias típicas dessa época do
ano levam ao uso abusivo de antibióticos e corticosteróides, porque a maioria
das pessoas não sabe distinguir reações alérgicas da gripe que é uma
contaminação virótica e do resfriado que não chega a ser uma infecção. De acordo
com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, o uso
abusivo dessas medicações pode causar graves problemas à saúde dos olhos porque
mascara doenças, além de tornar o organismo resistente a outros medicamentos.
Por conta dessa resistência, Queiroz Neto afirma que o tratamento de
conjuntivite viral que geralmente dura 15 dias chega a necessitar de três a
quatro meses de acompanhamento médico. Ele diz que o erro mais comum cometido
por 3 em cada 10 pacientes é usar colírio antibiótico para tratar conjuntivite viral. Além do antibiótico não fazer efeito torna a pessoa resistente ao remédio
e pode causar ceratite tóxica. O ideal, explica, é tratar a conjuntivite viral
com compressas quentes já que os vírus se tornam mais resistentes em ambientes
frios. Nos casos mais graves o tratamento é feito com lágrimas artificiais,
colírios antiinflamatórios hormonais ou não hormonais.
Não é só o uso tópico de antibióticos que cria barreiras para a ação dos
princípios ativos de antibióticos, ressalta. Pessoas que tomam por muito tempo
grandes quantidades de antibiótico, que no caso dos olhos é usado para combater
a conjuntivite bacteriana, quando contraem uma
infecção ocular tem complicações difíceis de serem tratadas. O problema comenta
é que muitos pais não aceitam sair do consultório sem uma receita. Em geral as
conjuntivites virais desaparecem em cinco dias como uma resposta natural do
organismo que ganhou imunidade. Uma criança, ressalta, está com seu campo imune
em formação e precisa ser exposta para ganhar resistência física.
Corticosteróide altera a defesa
Outra grave conseqüência do abuso de antibióticos e corticosteróides é alterar a
defesa do organismo. Só para se ter uma idéia, as doenças alérgicas cresceram
dez vezes entre as décadas de 70 e 90, segundo a OMS (Organização Mundial da
Saúde). É um problema de saúde pública em que o Brasil está entre os países com
maior prevalência. O Estudo Multicêntrico Internacional de Asma e Alergias na
Infância (ISAAC) demonstra que 20% da população brasileira é portadora da
doença. Queiroz Neto afirma que seis em cada 10 alérgicos manifestam alergia nos
olhos que se tornam mais suscetíveis a opacidades corneanas, ceratocone e
catarata. A dica do médico é não coçar os olhos. Isso porque, quanto mais coçar
maior será a formação de histamina, substância responsável pelos sintomas da
alergia.
Ele explica que o tempo seco no inverno e
a concentração de pólen na primavera aumentam em 25% a
predisposição à conjuntivite alérgica primaveril. É o mais
grave tipo de alergia ocular, adverte. O tratamento em
estágio inicial pode ser feito com colírio estabilizador de
mastócito, célula que se rompe no contato com os alergênicos
e libera a histamina. Em estágio intermediário pode ser
indicado colírio anti-histamínico. Só em última instância o
tratamento é feito com corticosteróide e por tempo limitado.
Isso porque, o uso tópico prolongado de corticosteróide pode
causar glaucoma e catarata subcapsular posterior que difere
da catarata senil por afetar a cápsula posterior do
cristalino, invés de seu núcleo. Como os corticosteróides
orais ingeridos por longo tempo também causam estas doenças
a recomendação médica é de cautela no uso.
As alergias oculares também podem
aparecer na forma mais branda de conjuntivite sazonal que em
geral pode ser tratada com compressas geladas, desde que
recomendadas por um oftalmologista.
ã
Barrados no Braille - blog de Joana Belarmino
Da leitura de barriga à aeróbica braçal
8 Julho 07
Sou Joana Belarmino, uma mulher cega, de quase cinquenta anos, jornalista,
quase cantora, quase escritora, professora universitária. [...]
Desde menina, desde que apalpei aqueles seis pontinhos Braille e compreendi
a sua forma de associação, desde que aprendi a juntar palavras, vivo entre livros.
Mas antes a minha leitura era de barriga.
Isso mesmo. Leitura de barriga. Eu pegava um livro na biblioteca da escola,
deitava-me na minha cama e devorava as coisas do mundo da literatura, o livro
grande em cima da minha barriga.
Foi assim com o mundo encantado de Monteiro Lobato, os clássicos da literatura
brasileira, “A Cabana do Pai Tomás”.
Agora a leitura não pede barriga, mas um duro trabalho braçal. Eu digo que é
como tecer e destecer o manto de Ariadne.
Explicando. Entro na livraria como todo mundo, compro o livro que quero e zás!
Volto para casa, abro meu scanner HP, e começa o trabalho de digitalização, para
ter acesso ao texto impresso.
Coisa de louco, quando a gente sabe que todo o livro, na actual conjuntura
informática, antes de ser impresso, é digital! Então é como se eu voltasse no
tempo, para desenredar o digital do impresso, sabendo que nos bancos de dados do
mercado editorial, o digital está prontinho, sem sujeira, sem problemas de
formatação, prontinho para virar impresso de novo, prontinho para gerar cifras e
mais cifras no grande sorvedouro mercadológico do balcão das livrarias.
Sou criminosa? Sou pirateadora de livros?
Sou uma espécie de “livreira de Cabul” paraibana a fazer cópias e mais cópias
dos livros que quero ler?
Não para todas as perguntas. Não vendo o fruto do meu trabalho braçal. Apenas
leio o que digitalizei, refém da voz sintética do meu computador.
Chegará o dia em que os editores de livros destravarão o selo da sua falta de
vontade política e se sentarão à mesa das negociações, para tratar connosco,
centenas de milhares de pessoas cegas, acerca da acessibilidade ao livro?
Chegará o dia em que vou à livraria, compro meu livro, no formato que desejar,
para leitura de barriga ou áudio leitura?
22/06/2007 - 12:36 post de joana belarmino
in
http://www.lerparaver.com/node/7208
ã
Cegos nas escolas
Bárbara Simões
Público
17-Junho
787 alunos cegos frequentam, neste ano lectivo, 591 escolas
básicas e secundárias
Há uma instrução que Amélia Lopes dá sempre aos alunos no
primeiro dia de aulas: nunca ponham o dedo no ar quando
quiserem pedir a palavra - a professora é cega.
Há coisas, como sair da escola para experimentar tocar nas
plantas ou nas pedras, que Margarida Loureiro considera
fundamentais para aqueles que ensina - alguns são cegos.
Como aprende quem não vê? Foi do que se falou, numa manhã
desta semana, no aparthotel de Lisboa onde Fernando Santos,
cego, passou 11 dias a socorrer-se apenas da Internet para
cumprir diversas tarefas do dia-a-dia, numa iniciativa que
testou a acessibilidade dos sites portugueses. E, a avaliar
pelo que conta quem passou por esta experiência, é muitas
vezes vencendo quase tudo o que a rodeia que uma pessoa que
não vê aprende e completa
o percurso académico. Há dificuldades que são óbvias, mas há
outras que conseguem surpreender.
É esta expressão - surpresa - que Margarida Loureiro,
professora de educação especial de alunos com baixa visão e
cegos, utiliza. "O que me tem surpreendido é a atitude de
alguns médicos na relação com os miúdos cegos e as
famílias." Com isso, diz, não estava mesmo a contar. Uma das
estudantes que a professora acompanha tinha uma carta de uma
oftalmologista a dizer que precisava de frequentar uma
escola especial. E quando a médica, numa consulta posterior,
percebeu que a criança continuava no ensino regular, disse:
"Mas o que é que ela está a fazer na escola? Ela não
consegue aprender." Margarida conta, porque estava lá - vai
com os estudantes às consultas.
Outro aluno não começou a aprender antes dos nove anos. "Só
tivemos conhecimento dele quando o irmão mais novo entrou
para a escola", na zona de Sintra, recorda Margarida
Loureiro. Nunca tinha tido qualquer contacto com braille nem
com alguma espécie de ensino.
Amélia Lopes, cega, professora de Português e Francês no
ensino regular, esteve até mais tarde alheada do mundo.
Nasceu numa aldeia do interior, filha de pais analfabetos.
Aos seis meses teve sarampo; correu muito mal. "Apanhou-me
os olhos. Não me pergunte como nem porquê, mas foi isso que
me cegou. Nunca tive uma visão que me desse a possibilidade
de ir à escola como qualquer outra criança." Aos 17 anos
deixou por completo de ver.
Com 18 disse aos pais que vinha a uma consulta de
Oftalmologia a Lisboa e nunca mais regressou. Começou por
vir ter com uma prima. Aprendeu braille, preparou-se
para o exame da 4.ª classe. Nunca mais parou de estudar.
Licenciou-se na Faculdade de Letras. Agora, aos 53 anos,
continua a dar aulas e a sentir que "é preciso preparar os
professores" que estão nas escolas: "Uma pessoa cega
[professor ou aluno] não é um extraterrestre e não traz as
dificuldades que eles às vezes pensam que traz."
Quando se fala em dificuldades, Ana Oliveira, cega, de 39
anos, pensa logo nos tempos de faculdade. "Não havia
professores de apoio, não havia livros [em braille], não
havia nada." Ana gravava as aulas para depois estudar. Mas
como estava muito habituada a estudar por apontamentos (no
ensino secundário anotava tudo numa máquina de braille, à
medida que os professores falavam), era-lhe difícil reter a
matéria quando apenas a ouvia. "Dava-me ao trabalho de
passar as cassetes todas para braille, por isso o curso
demorou seis ou sete anos." Diz que pelo meio se apaixonou
pela informática. E levar um computador portátil para as
aulas "fez toda a diferença". Alguns professores continuavam
a falar muito depressa, mas ela escrevia "bastante rápido".
Copyright PÚBLICO Comunicação Social SA
CorreioAcapo
ã
Feira Social
da Mobilidade e Acessibilidade
CORREIO-ACAPO
14 Junho
A Câmara Municipal de Coimbra
através da Divisão de Acção Social e Família - Rede Social
(Grupo de trabalho: Acessibilidades) vai levar a cabo uma
acção denominada "Feira Social da Mobilidade e
Acessibilidade", nos dias 3 e 4 de Julho de 2007 no
Pavilhão Multidesportos.
Assim e no âmbito dos objectivos do Município Cidade
Solidária e Saudável bem como das orientações do Ano Europeu
para a Igualdade de Oportunidades para Todas e Todos - Por
Uma Sociedade Justa - 2007, esta Feira Social pretende
afirmar a co-responsabilidade sistémica entre a sociedade,
Estado e Instituições, enquanto actores sociais empenhados e
unidos na construção de uma sociedade mais justa e
equitativa.
O evento contará assim com a presença de diversas
instituições: IPSS, entidades oficiais, assim como de
empresas ligadas ao ramo da mobilidade e acessibilidade.
Pretende-se com a "Feira Social da Mobilidade e
Acessibilidade" contribuir para a divulgação junto da
comunidade, de projectos de âmbito social, dando a conhecer
o desempenho das instituições junto dos seus utentes,
dignificando assim o trabalho desenvolvido, consolidando e
estreitando laços no espírito das parcerias. Pretende-se
ainda, divulgar produtos facilitadores da mobilidade e
acessibilidade, apresentados quer por instituições, quer por
empresas.
No dia 3 de Julho a "Feira Social da Mobilidade e
Acessibilidade"estará aberta à população das 14:00H às
20:00H.
Na noite do dia 3, pelas 21h realizar-se-à um Concerto
Musical de Solidariedade no mesmo espaço, com a presença dos
seguintes grupos:
- 5ª Punkada do NRC-APPC;
- Rebus Stare da APPACDM;
- Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra;
- Orquestra Clássica do Centro;
- André Sardet.
No dia 4 de Julho, Dia da Cidade e feriado municipal, a
"Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade" estará aberta
ao público das 10:00H às 22:00H.
ACAPO - Delegação Regional do Centro - Divisão de Acção
Social e Família
ã
Novo curso
virado para a reabilitação e acessibilidade
Rádio Renascença
11 Junho 07
Em 2010,
Portugal vai formar os primeiros licenciados europeus em Engenharia de
Reabilitação e Acessibilidade. O curso abre no próximo ano na Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
O currículo
tem como objectivo formar técnicos capazes de utilizar a tecnologia ao serviço
da melhoria das condições de vida das populações com necessidades especiais -
idosos e/ou deficientes.
A licenciatura já foi formalmente aprovada pelo Ministério da Ciência e do
Ensino Superior, como explicou Francisco Godinho, do departamento de engenharias
da UTAD.
O plano curricular da nova licenciatura da UTAD aposta na interdisciplinaridade
e atravessa áreas que vão desde as tecnológicas até às ciências sociais.
O curso de Engenharia da Reabilitação e Acessibilidade
terá a duração de três
anos e obedece ao modelo de Bolonha.
A licenciatura responde às necessidades de formar novos profissionais nesta
área, como aliás ficou definido no plano nacional de promoção da acessibilidade
aprovado em Conselho de Ministros.
André Rodrigues
http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspxAreaId=11&
SubAreaId=108&ContentId=196367
ã
Nova
técnica anticegueira
Jornal de
Notícias
J. Paulo Coutinho
10 Junho
Cegueira com promessa
de recuperação em cinco anos
A degeneração macular relacionada com a idade (DMRI) afecta
cerca de 25% das pessoas com mais de 60 anos, cerca de 30
milhões de pessoas em todo o mundo, e pode levar à cegueira.
Uma doença que tem sido alvo de várias investigações no
sentido de encontrar um tratamento, ou mesmo a sua cura.
Actualmente, um grupo de investigadores britânicos está a
tentar restituir a visão de pessoas que sofrem de DMRI
usando células estaminais.
A técnica está a ser testada no Moorfields Eye Hospital, em
Londres, e a equipa de especialistas já conseguiu corrigir a
visão de um grupo de pacientes com degeneração macular
usando células retiradas dos olhos dos próprios pacientes.
Agora, os mesmos médicos do hospital londrino pretendem
repetir a operação, mas desta vez utilizando células
estaminais embrionárias cultivadas em laboratório.
O coordenador da equipa de investigação, o médico Lyndon Da
Cruz, participou na primeira fase do projecto, em que foram
utilizadas as células extraídas de regiões saudáveis da
retina dos pacientes e foram implantadas nos locais
afectados pela degeneração macular. Este especialista
referiu que as experiências foram bem sucedidas, mas
revelaram algumas complicações, uma vez que as cirurgias se
prolongam por mais de duas horas e foram precisas duas
operações.
A fase seguinte deste projecto passa por tentar agilizar e,
logo, tornar mais acessível a todos este tipo de cirurgia.
Para isso, para que o procedimento seja mais fácil, mais
rápido e mais amplamente disponível, à equipa de
especialistas do Moorfields Eye Hospital juntou-se uma
equipa de investigadores da University of Sheffield, no
Norte da Inglaterra. Esta equipa conseguiu cultivar células
EPR (epitélio pigmentar da retina) a partir de células
estaminais embrionárias. O objectivo é injectar essas
células nos olhos dos pacientes durante uma operação de
apenas 45 minutos.
Os especialistas esperam conseguir tratar os primeiros
pacientes dentro de cinco anos.
http://jn.sapo.pt/2007/06/10/sociedade_e_vida/nova_
tecnica_anticegueira.html
ã
Cientista
português distinguido na área da oftalmologia
Ministério da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
- Gabinete do Ministro
6 Junho 07
Ciência: Sociedade
Europeia de Oftalmologia distingue cientista português
O investigador
português José Cunha-Vaz vai ser distinguido sábado, em
Viena, Áustria, com a Medalha Helmohltz, prémio europeu que
distingue uma carreira científica, atribuído de 4 em 4 anos
pela Sociedade Europeia de Oftalmologia (SEO - ver
http://www.soe2007.org/).
O Professor José Cunha-Vaz vai anunciar em Viena, na
conferência que fará na cerimónia de abertura do Congresso
da SEO, um novo método de mapeamento multimodal da mácula
que contribui para o diagnóstico precoce da degenerescência
neovascular macular relacionada com a idade (DMRI).
O Professor José Cunha-Vaz, 68 anos, é Professor Catedrático
e Director do Serviço de Oftalmologia dos Hospitais da
Universidade de Coimbra, Presidente do Instituto Biomédico
de Investigação da Luz e Imagem (IBILI), da Faculdade de
Medicina da Universidade de Coimbra, Presidente do Conselho
de Administração da AIBILI (Associação para Investigação
Biomédica e Inovação em Luz e Imagem) e Coordenador da Rede
Europeia de Centros de Excelência de Ensaios Clínicos do
Instituto Europeu da Visão (EVI.CT.SE).
in
Portal do Governo
ã
Cego fecha-se em casa para testar exclusão
Portugal Diário
28 Maio 07
Durante dez dias Fernando tentará aceder
a bens essenciais pela internet
Um cego português vai fechar-se em casa durante dez dias para testar a
acessibilidade da Internet aos invisuais, tentando fazer compras ou pagamentos
de bens essenciais, e aferir o grau de exclusão da sociedade portuguesa, escreve
a agência Lusa.
O teste a que se vai sujeitar Fernando, o invisual que vai levar a cabo a
iniciativa de uma empresa de tecnologias de informação nacional, começa
quinta-feira e termina no próximo dia 15. «O Fernando vai ter em casa comida e outros bens essenciais, pois não se
trata de um teste de sobrevivência. O que pretendemos saber é a quantidade de
sites a que consegue aceder e se consegue concluir uma compra. Tememos, por
exemplo, os sites da administração pública ou de comércio electrónico», explicou
à Lusa Teresa Marta, da empresa Vector21, responsável pela iniciativa.
Fernando vai tentar marcar consultas no centro de saúde pela Internet,
comprar alimentos, consultar o horário de atendimento da câmara municipal, pagar
a conta da água ou comprar um bilhete para um espectáculo musical. «Acredito que não vai conseguir fazer uma compra on-line», afirmou Teresa
Marta.
Além de testes à acessibilidade da Internet, Fernando vai fazer outras
experiências para testar a exclusão da sociedade portuguesa. «Vamos pedir por exemplo que compre um CD pela Internet e depois tente
fazê-lo pessoalmente, para concluir se são maiores as barreiras físicas ou as da
Internet», explicou aquela responsável.
A iniciativa, denominada Integra21, tem o alto patrocínio do Presidente da
República, em parceria com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO)
e a associação do Comércio Electrónico em Portugal (ACEPO). A experiência vai ser realizada em plena campanha presidencial pela inclusão.
Portugal Diário (9-05-07)
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.
php?id=806717&div_id=291
ã
ME quer deficientes em escolas
de referência
Bárbara Wong
Público
19-05-2007
Criar uma rede de escolas de referência
que possa começar a receber os alunos que têm necessidades
educativas especiais específicas, já no início do próximo ano
lectivo, é o objectivo traçado pelo Ministério da Educação
(ME). Actualmente, as crianças e jovens surdos, cegos,
multideficientes e autistas estão espalhadas por todas as
escolas; mas se estiveram concentradas será possível
reorganizar melhor os recursos quer humanos como físicos,
defende o secretário de Estado da Educação Walter Lemos.
Em Setembro, em vez de existirem 878 alunos surdos em 212
escolas, serão menos os estabelecimentos de ensino que os vão
acolher, de modo a que possam interagir e comunicar entre si, e
tenham um melhor atendimento. Segundo dados do ME existem ainda
787 alunos cegos dispersos por 591 escolas; 959 multideficientes
em 162 e 377 crianças com autismo em 72 estabelecimentos de
ensino. Um cenário que Valter Lemos quer ver alterado e que
está previsto numa proposta de decreto-lei, posta à discussão
pública, informa o governante, durante uma conversa com os
jornalistas, ontem, em Lisboa.
Também a partir do próximo ano, todas as escolas terão um
professor de ensino especial, responsável por sinalizar as
crianças e estabelecer um projecto educativo.
O ME pretende ainda transformar as escolas de ensino especial em
centros de recursos para estes alunos, um projecto que estará
concluído em 2013 e que está a ser debatido com as
associações que desenvolvem este ensino. Os alunos passarão
para o ensino público e os professores também, garante Valter
Lemos.
Este ano foram colocados nos quadros de ensino especial 4388
professores. Um número que poderá ser reajustado. Valter Lemos
lembra que existem áreas, como a do ensino dos surdos para as
quais são precisos mais professores.
0 secretário de Estado sublinha que é preciso
"clarificar" os conceitos. O ME está a usar uma
classificação que tem sido contestada por especialistas, como o
Fórum de Estudos de Educação Inclusiva e também pelos
sindicatos dos professores. A Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), reconhecida pela
Organização Mundial de Saúde, permite identificar as crianças
com deficiências. É esta CIF que os críticos acusam de ter
reduzido o número de alunos do ensino especial de cerca de 66
mil para 30 mil. O ME defende que menos alunos deveriam estar
neste ensino.
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Regime da educação especial
vai ser alterado
Edgar Nascimento
Correio da Manhã
19-05-2007
O sistema de sinalização de crianças com necessidades
educativas especiais (NEE) vai ser feito por várias
entidades: pediatras, psicólogos, técnicos, professores e
pais.
O Ministério da Educação (ME) quer alterar a legislação da
Educação Especial e por isso vai recorrer a um modelo de
classificação internacional: o Sistema de Classificação
Internacional de Funcionalidade (CIF). “O sistema actual não
é fiável”, explica o secretário de Estado da Educação,
Valter Lemos. No início do ano estavam sinalizadas 30 mil
crianças com NEE – mas o Ministério estima que no final do
ano lectivo esse número se situe nos 24 mil. Analisados 30
agrupamentos, confirma-se que dos 2060 alunos sinalizados
apenas 1126 precisam de acompanhamento especializado.
O CIF assenta numa lista de itens, com questões relativas ao
perfil das funcionalidades – saúde, mobilidade ou
deficiências –, da actividade e participação do aluno na
vida escolar e de factores contextuais – relação com os
outros ou com a família.
Um dos objectivos é a passagem de todas as crianças com NEE
“para dentro das escolas”. Ou seja, as instituições de
educação especial passam a ser centros de recursos, “em
articulação com as escolas da sua área”. “O caminho a seguir
é a extinção das escolas especiais até 2013”, informa Luís
Capucha, director-geral da Direcção-Geral de Inovação e
Desenvolvimento Curricular.
Este ano foram colocados 4388 docentes em educação especial.
No entanto, ainda não chegam. “Faltam professores com
valência em linguagem gestual para surdos ou especialistas
em acompanhamento de autistas”, diz Valter Lemos. Até agora,
mais de 500 professores de Educação Especial receberam
formação específica. O ME estima que no final do ano lectivo
exista um professor para cada seis alunos com NEE. A
avaliação precoce é outra meta. “A partir do nascimento o
sistema deve ser organizado para fazer a despistagem dos
casos de modo a que quando chegam ao jardim-de-infância já
haja condições para o acompanhamento”, diz Luís Capucha.
CRIAR QUATRO SUB-REDES PARA PROBLEMAS MAIS COMPLEXOS
O Ministério da Educação (ME) vai alterar o decreto-lei da
Educação Especial. Uma novidade é a criação de quatro
sub-redes especializadas, com escolas/agrupamentos de
referência, para evitar a dispersão de alunos com problemas
de acompanhamento mais complexo. Serão criadas as sub-redes
de Ensino Bilingue para Alunos Surdos, para a Educação de
Alunos Cegos e com Baixa Visão e as unidades de ensino
estruturado para a Educação de Alunos com Perturbações do
Espectro do Autismo e unidades de Apoio Especializado a
Alunos com Multideficiência.
“São redes de baixa incidência e grande complexidade. Se uma
criança com trissomia 21 pode fazer um percurso normal, uma
com autismo precisa de acompanhamento especializado”, diz
Luís Capucha, director-geral de Inovação e Desenvolvimento
Curricular.
A rede de referência de escolas para surdos deve começar a
funcionar em Setembro. Actualmente estão sinalizados 878
surdos em 212 escolas e 787 cegos/baixa visão em 591. O ME
estima que estejam sinalizados 827 multideficientes em 362
escolas e 494 alunos com espectro de autismo em 90 escolas.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=
242990&idCanal=10
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Feira Internacional de Ajudas Técnicas e
Novas Tecnologias para Pessoas com Deficiência
24 a 27 de Maio
A AJUTEC – Feira
Internacional de Ajudas Técnicas e Novas Tecnologias para Pessoas com
Deficiência é há 10 edições a montra nacional de apresentação das últimas
novidades para uma área particularmente sensível, e que, em vários níveis,
afecta directamente mais de meio milhão de portugueses (segundo os Censos de
2001) e, indirectamente, as respectivas famílias. O evento (bienal) volta à
EXPONOR de 24 a 27 de Maio, para a sua 11.ª “ronda”, e, uma vez mais, fá-lo-á em
parelha com a NORMÉDICA – 10.ª Feira da Saúde. DATA:
24 a 27 de Maio de 2007
HORÁRIO: 10h – 20h
ORGANIZAÇÃO: EXPONOR- Feira Internacional do Porto
LOCAL: EXPONOR- Feira Internacional do Porto
PERFIL DO VISITANTE:
- médicos
- enfermeiros
- técnicos de saúde
- técnicos de reabilitação
- terapeutas
- assistentes sociais
- professores
- educadores
- auxiliares educativos
- público em geral
EM EXPOSIÇÃO:
Produtos, equipamentos e serviços para unidades de saúde (hospitais,
clínicas, centros de saúde, consultórios médicos); Informática médica e telemedicina; Ajudas técnicas e novas tecnologias para pessoas com deficiência; Geriatria; Nutrição; Termas & Spas; Medicinas alternativas; Seguradoras; Terapia da Fala; Fisioterapia; Medicina no Trabalho.
Áreas a trabalhar:
- Universidades da Terceira Idade
- Medicinas alternativas
- Turismo acessível
http://www.normedica.exponor.pt/
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Londres inicia teste para
tentar reverter cegueira
Le Monde
3 Maio 2007
Um britânico de 23 anos vai se tornar o primeiro paciente
a passar por teste com uma nova terapia genética cujo
objectivo é reparar as funções visuais de pessoas que sofrem
de certas formas de cegueira.
Comandada pelo professor Robin Ali, do University College de
Londres, uma equipe de médicos e biólogos britânicos
anunciou em 1° de Maio ter realizado uma cirurgia pioneira
no hospital oftalmológico Moorfields, em Londres. A cirurgia
deve ser conduzida em mais 12 pacientes como parte da
primeira fase dos testes clínicos da nova terapia. Os
resultados iniciais devem demorar alguns meses a surgir.
A cirurgia consiste em injectar no centro da retina,
atravessando o humor vítreo, um gene conhecido como RPE 65,
que, quando sofre uma mutação, é causa de uma forma de
cegueira, a amaurose congénita de Leber. Na cirurgia
experimental, o gene normal é inserido por meio de um vírus
vector da família dos vírus adeno-associados (AAV).
O teste britânico só pôde ser lançado como resultado do
trabalho de uma equipe de biólogos franceses dirigida por
Guylène Le Meur e Fabienne Rolling, no Inserm-CHU de Nantes.
O método francês obteve resultados na restauração da visão
de cachorros nascidos cegos, graças a um sistema de terapia
genética.
A amaurose congénita de Leber é uma forma de displasia
retiniana que gera deficiência visual grave em crianças. A
patologia se deve a defeitos na comunicação entre as células foto-receptoras da retina e as células do epitélio retiniano,
a camada mais profunda da retina, na qual o sinal luminoso
se converte em sinal eléctrico passível de interpretação
pelo cérebro.
Estima-se que a amaurose congénita de Leber atinja entre mil
e duas mil crianças na França, e que 10% delas sejam
portadoras de uma mutação no gene RPE65.
Le Monde
in
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/
0,,OI1591429-EI8254,00.html
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Trânsito – Falta de
Correcção Visual é Epidémica
LDC
Comunicação
30 Abril
Acidentes de trânsito são a segunda maior causa de morte
violenta no Brasil. Respondem por mais de mil mortes ao dia
de jovens com menos de 25 anos. Nos países ricos os
motoristas predominam entre as vítimas de acidentes e nos
mais pobres os pedestres, segundo a ONU (Organização das
Nações Unidas). Para reduzir a incidência, a ONU instituiu
até 29 de Abril a primeira semana mundial sobre o assunto
com o tema “Juventude e Segurança Viária”.
De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido
Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do
trânsito e membro da Associação Brasileira de Medicina do
Tráfego, metade das pessoas que usam óculos não fazem a
actualização regular das lentes e a visão responde por 95%
de todas as informações necessárias para evitar acidentes.
Só para se ter uma ideia, o especialista diz que um
motorista com visão perfeita conduzindo a 90 km/hora
necessita de 3,2 segundos para processar as informações de
uma placa de sinalização rodoviária. Já para quem tem 66% de
visão este tempo é reduzido para 2,5 segundos e quem tem 50%
de acuidade visual (20/40 que é bem aceite na nossa
legislação) tem 1,6 segundos para processar a mesma
informação. Isso significa que quanto mais a vista é
afectada, mais rápidos têm de ser os reflexos do motorista.
A miopia e o astigmatismo, ressalta, comprometem ainda mais
os reflexos do motorista porque a noção de distância em
relação aos outros veículos é maior do que a real. Além
disso, manter o foco na estrada durante a noite, exige mais
da musculatura ocular o que compromete a acomodação. Falar
ao telemóvel, retocar a maquilhagem, ouvir música alta ou
conversar com o passageiro ao lado são situações
corriqueiras que também diminuem o reflexo de quem dirige,
afirma o médico. Como se isso não bastasse, é comum jovens
dirigirem drogados ou alcoolizados.
INSTABILIDADE DA ACUIDADE VISUAL É MAIOR ENTRE JOVENS
Para Queiroz Neto a falta de actualização dos óculos está
relacionada com a exigência legislativa de renovação da
carta de habilitação a cada 5 anos. Metade das pessoas só
actualiza os óculos quando vai renovar a carta e, pelo
menos, 35% não tem estabilização da acuidade visual, índice
que chega a 60% entre os mais jovens, ressalta. A
recomendação médica é passar por consulta oftálmica a cada
dois anos para quem tem até 40 anos de idade e anualmente
após os 40 anos porque além da vista cansada aumenta a
probabilidade de surgirem doenças visuais relacionadas ao
envelhecimento como glaucoma, catarata, entre outras.
Por isso, o especialista ressalta que além da acuidade
visual o exame médico de habilitação deveria incluir
avaliação do campo visual que pode ser afectado pelo
glaucoma, toxoplasmose e neurite óptica, além da visão
nocturna que inclui a capacidade de recuperação do
ofuscamento. A sensibilidade à luz chega a causar cegueira
nocturna, é mais comum entre pessoas de olhos claros e
portadores de catarata. As dicas do médico para melhorar a
visão no trânsito são:
-
Usar lentes amarelas durante a noite
para reduzir o ofuscamento.
-
Manter as lentes oftálmicas actualizadas
-
Dar preferência a lentes anti-reflexo e
com protecção UV para prevenir a catarata
-
Manter o pára-brisa limpo.
Informações à Imprensa:
Eutrópia Turazzi – LDC Comunicação
eutropia@uol.com.br
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Cirurgia de catarata
rompe barreira
LDC
Comunicação
18 Abril
Nova lente pode
liberar 35% dos portadores de catarata do uso de óculos por
permitir a correcção de astigmatismo pré-existente.
Dirigir à noite de repente se torna um sofrimento - a
lumino-sidade dos faróis atrapalha. A maçã vermelha ganha uma
cor rosa pela perda da visão de contraste. Os ambientes
ficam embaçados e parecem estar envoltos numa nuvem de
fumaça. As imagens se tornam distorcidas, às vezes, duplas.
Assim enxerga o mundo quem sofre de catarata – cerca de 3
milhões de brasileiros na faixa etária de 60 anos e 73% da
população com mais de 75 anos. Por ano, a estimativa do CBO
(Conselho Brasileiro de Oftalmologia) é de que surgem 120
mil novos casos no Brasil que tem 350 mil cegos pela doença.
Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier,
Leôncio Queiroz Neto, a catarata resulta do envelhecimento
ocular. Faz com que nosso cristalino, lente transparente dos
olhos responsável por focar as imagens, fique opaco e
rígido. A única solução para não perder totalmente a visão,
destaca, é a cirurgia. O procedimento que consiste em
substituir o cristalino por uma lente intra-ocular, acaba de
quebrar mais uma barreira para devolver a visão à quem
passou dos 60 anos - a lente tórica. O especialista explica
que a nova lente intra-ocular corrige até 3 graus de
astigmatismo pré-existente contra a correcção de menos de 1
grau de outras existentes no mercado. Ele diz que 35% dos
portadores de catarata têm astigmatismo, 71% em grau
moderado (entre 1 e 2) e agora podem voltar a enxergar de
longe sem usar óculos.
As lentes tóricas chegaram ao Brasil em março. Queiroz
Neto comenta que um estudo multicêntrico feito durante seis
meses nos EUA demonstra que 97% dos pacientes que passaram
por implante bilateral se livraram dos óculos para visão de
longe contra 60% dos que fizeram implante unilateral. A nova
lente, observa, só é indicada para astigmatismo corneano
simétrico, não sendo apropriadas para portadores de catarata
madura, degeneração macular, retinopatia diabética ou
astigmatismo irregular que é causado por ceratocone, trauma
ou infecção.
PRECISÃO CIRÚRGICA É CINCO VEZES MAIOR
Queiroz Neto afirma que muitas pessoas ainda têm medo de
passar pela cirurgia que hoje é cinco vezes mais precisa e
tem como segredo de sucesso o cálculo de desvio padrão da
lente. Só para se ter uma ideia, ele conta que utiliza um
equipamento de biometria de imersão que permite atingir um
desvio padrão de 0,01 contra 0,05 considerados ideais pela
Oftalmologia. O maior mito sobre a catarata, comenta, é a
crença de que usar muito os olhos acarreta a doença. O uso
intensivo da visão pode causar fadiga visual, explica, mas
não tem relação com a catarata. Outra dica do médico é que
podemos prevenir o surgimento da doença da mesma forma que
os cuidados diários adiam o envelhecimento da pele. Evitar
alimentos muito salgados, bebidas alcoólicas, tabaco e
excesso de exposição à radiação ultravioleta emitida pelo
sol são as principais medidas preventivas. Além disso,
ressalta, a nova lente protege a retina da radiação
ultravioleta e da luz azul emitida pelo sol que aumentam o
risco de degeneração macular e cegueira irreversível,
especialmente entre pessoas de olhos claros.
Informações à Imprensa:
Eutrópia Turazzi – LDC
Comunicação
eutropia@uol,com.br
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Seminário:
UMA ESCOLA PARA TODOS:
UTOPIA E REALIDADES... VISõES E OLHARES
4 de Maio 2007
Local: Auditório da Escola Superior de Educação - Coimbra
Organização: ACAPO – Delegação Regional do Centro e Escola Superior
de Educação de Coimbra
Programa
Sessão de abertura:
José Francisco Caseiro, Presidente da Direcção da DRC da ACAPO ,
João Orvalho, Presidente Conselho Directivo da ESE de Coimbra ,
Carlos Encarnação, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra
Maria Cristina Lopes Dias, Directora Regional Adjunta da DREC
Painel 1 – Olhares sobre a Escola que temos [Moderadores: Jacinto
Moita, Presidente do Agrupamento de Escolas de Santa Iria de Azóia e
Anabela Panão, Escola Superior de Educação de Coimbra]
- Panorama da produção de material didáctico em Portugal
- Cristina Miguel - Centro de Recursos da Educação Especial da
DGIDC/ME
- O Ensino do Sistema Braille nas escolas portuguesas:
Por quem? Como? E para quê? - Carlos Ferreira – Membro da Antiga
Comissão Braille
- O Ensino da Orientação e Mobilidade nas Escolas
portuguesas: por quem? Como? E para quê? - Júlio Damas Paiva
– Prof. Especializado em Orientação e Mobilidade
- Que adultos serão os alunos cegos de hoje? - Fernando
Jorge Correia, Prof. Educação Especial na Escola Secundária
Rodrigues de Freitas (Porto)
- O Professor de Educação Especial: das necessidades reais
às respostas efectivas - Leonardo Silva, Prof. Educação
Especial na Escola Secundária Carlos Amarante (Braga
- Orientação escolar e transição para o mundo do trabalho
- António Lopes, SPO/DREC
Painel 2 – Visões sobre a escola que queremos [Moderador: Serafim
Queirós, Responsável pela Deficiência Visual, Coordenador do Centro
de Produção Braille da DREN]
- A Educação Especial - Formação/Especialização de
Professores em Deficiência Visual - João Vaz, Escola
Superior de Educação de Coimbra
- As Escolas de Referência - uma solução para a Deficiência
Visual no contexto duma Escola Inclusiva - DGIDC/ME
- As TIC e os recursos didácticos para os alunos com
deficiência visual - Jorge Fernandes, UMIC - Agência para a
Sociedade do Conhecimento
Painel 3 – Utopia e realidades... percursos e horizontes
[Moderador: Carlos Daniel - RTP] - “A voz dos utentes do Sistema
Educativo”, Testemunhos:
- André Gonçalves, Prof. Ensino Secundário - pai de duas
ex-alunas do ensino secundário com deficiência visual e
recém-chegadas ao ensino superior
- Reinaldo Silva, Prof. Departamento de Línguas e Culturas da
Universidade de Aveiro - Pai de aluno com Deficiência Visual
- André Filipe Silva, Aluno da Escola Secundária José Estêvão
(Aveiro)
- Filomena Pereira, Direcção de Serviços de Educação Especial
e do apoio Sócio-Educativo - DGIDC/ME
- Conceição Vaz, Prof.ª Especializada em Deficiência Visual
- Fernando Abreu Matos, Prof. Escola Secundária Alves Redol
(Vila Franca de Xira)
Sessão de Encerramento:
José Esteves Correia, Presidente Nacional da ACAPO
Mário Ruivo, Director do Centro Distrital de Segurança Social
Engrácia Castro, Directora Regional de Educação do Centro
Valter Lemos, Secretário de Estado da Educação
ACTIVIDADES COMPLEMENTARES:
Exposição de Material Tiflotécnico (ATARAXIA)
Exposição (táctil) “O Planeta da Arte”
Inscrições até 30 de Abril de 2007
Informações:
ACAPO - Tel: 239 792 180 - Fax: 239 792 188
www.acapo.pt
ESEC – Tel: 239 793 - Fax: 239 401 461
www.esec.pt
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I
Encontro
Nacional da Pessoa com
Deficiência Visual -
AADVDB
2 Abril 07
A Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de
Braga promove, nos dias 4, 5 e 6 de Maio, o “I Encontro Nacional da
Pessoa com Deficiência Visual”, no norte do País, um evento que se
reveste de importância crucial dada a solidão e exclusão a que
muitos deficientes visuais se encontram votados.
A deficiência visual remete para uma condição de vida geradora de
profundas e extensas problemáticas afectando aqueles que dela são
portadores e suas famílias. Complexidade e problemática são
consequências directas da multiplicidade de causas, de ocorrência ou
aparecimento da deficiência visual. A estes factores somam-se vários
efeitos e repercussões motoras, cognitivas, psicológicas e sociais,
muitas vezes emergentes das conexões entre o défice sensorial e as
circunstâncias e situações psicológicas, culturais e ambientais
vivenciadas por estas pessoas.
O “I Encontro Nacional da Pessoa com Deficiência Visual” pretende
constituir-se como uma oportunidade de debate, partilha e análise de
temas de profundo interesse e responsabilidade social e pragmática.
Programa:
4 Maio de 2007
Recepção aos Participantes
5 Maio de 2007
1º Painel
Moderador: Dra. Carla Fernandes – (Directora Técnica da Associação
de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga)
- Direitos e Deveres das Pessoas Cegas – Dr. Rui Rebelo
(Secretário da União das Misericórdias)
- A Nova Lei do Arrendamento – Alfredo Cardoso (Chefe
de Gabinete da Câmara Municipal de Braga)
- Empregabilidade – Dr. António Ribeiro (Director do
Centro de Emprego de Fafe)
2º Painel
Moderador: Dra. Sandra Vieira – (Técnica Superior de Educação/
Animadora Sócio - Cultural)
- As Acessibilidades e a Pessoa com Deficiência Visual
– Dr. João Costa (Técnico Superior de Motricidade Humana/
Educação Especial e Reabilitação)
- Ajudas Técnicas e Mecanismos de Apoio Social – Eng.
Cristina Crisóstomo (Centro de Reabilitação Profissional de Vila
Nova de Gaia)
- Politicas de Habilitação, Reabilitação, Integração e
Participação das pessoas com Deficiência e o Ano Europeu para a
Igualdade de Oportunidades para Todos – Dr.ª Luísa Portugal
(Secretária Nacional da Reabilitação)
6 Maio de 2007
- Jogos de Goalball
– Missa
- Sessão de encerramento
Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do
Distrito de Braga
Apartado 111 – Telef. 253 634 792 - Fax. 253 637 130
4830-583 Póvoa de Lanhoso
Contactos para esclarecimentos adicionais:
Dr.ª Sandra Vieira – 964726660 ou
Dr.ª Raquel Silva – 966748414
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A maior barreira é o preconceito
João Saramago
Correio da Manhã
26 Março 2007
Elisabete Estanqueiro nasceu há 35 anos em
Lisboa. Depois de estudar informática trabalhou cinco anos no
Centro Hellen Keller. Desempregada, é casada e mãe de dois
filhos: Pedro Afonso 7 anos, Ines Constança 4. Vive na Damaia
(Amadora).
Elisabete Estanqueiro guarda do tempo de escola algumas
"situações menos agradáveis" por ser cega:
"Havia uma professora de História, que todos adoravam, que
me impediu de tirar apontamentos porque a máquina de escrever
fazia barulho, o que a incomodava. Também tive professores que
não queriam que eu gravasse as aulas. E havia pais que pediam
para eu fazer os testes numa sala à parte para não incomodar os
outros alunos com o barulho da máquina de escrever."
Cresceu, tirou um curso de informática e um outro de
telefonista, casou e teve dois filhos, mas o preconceito nunca
mais a abandonou. "Olhando bem para as minhas capacidades,
acabo por conseguir fazer praticamente tudo o que faz uma pessoa
que consiga ver. A maior dificuldade ou barreira que encontro é
mesmo o preconceito. Parece que não ver acaba por ser mais difícil
para quem nos observa do que para nós", considera.
Elisabete conta que uma das coisas que gosta de fazer é ir ao
cinema, mas acaba por o evitar. "É o meu marido quem me lê
as legendas e apesar de ler baixinho as pessoas começam a
mandá-lo calar. É uma situação muito desagradável",
comenta.
Em casa prefere as notícias, telenovelas, e documentários sobre
saúde e natureza. "Mas o tempo é pouco para a
televisão", acrescenta, lembrando que tem o trabalho
doméstico de uma casa com marido e dois filhos para cuidar.
Sublinha que gosta de cuidar da sua imagem e que tem muito
cuidado em escolher a roupa e acessórios. "Vou às lojas e
gosto de mexer nos tecidos e analisar o corte das peças, mesmo
que perca muito tempo com isso", refere.
Sobre as cores preferidas recorda que sofre de amaurose, uma
doença em que há um agravar da perda inicial de visão, pelo
que tem memórias de ver cores quando era mais nova. "No
Inverno gosto de vestir preto, azul-escuro e cor de vinho. No
Verão prefiro verdes suaves e cremes", diz Elisabete
Estanqueiro.
Terminado o ensino secundário e após tirar um curso de
informática, a mãe de dois flhos chegou a dar formação no
Centro Helen Keller, no bairro do Restelo, em Lisboa.
Elisabete Estanqueiro é cega mas nada a impede de
confeccionar pizas, bacalhau com natas ou bolos de chocolate.
Após quatro anos no desemprego ambiciona agora montar um pequeno
negócio de refeições.
"Ao fim de cinco anos fiquei desempregada e há quatro
anos que tento encontrar outro trabalho. Mas a verdade é que
continuo desempregada", explica. Pretende agora valer-se do
seu gosto pela cozinha e montar um negócio de refeições.
"É uma ideia que está no início. Mas como todas as
pessoas dizem que eu tenho muito jeito para cozinhar e como
adoram a minha comida penso cada vez mais nessa
possibilidade", conclui Elisabete.
in Correio da Manhã
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Projecto “Rotas sem Barreiras”
Associação Terras Dentro - Alcáçovas
15 Março
O Projecto “Rotas sem Barreiras” é um projecto de
turismo em meio rural, dirigido a uma população portadora de
deficiências físicas e sensoriais (visuais e auditivas) tendo sempre
em conta as suas necessidades específicas.
O objectivo geral deste projecto é a criação de uma rota turística
transnacional que contemple as verdadeiras necessidades desta
população e que intervenha nas barreiras que limitam o livre acesso
e o desfrute pleno de actividades turísticas. Nesta rota estão
previstas visitas ao património histórico edificado, a participação
em actividades de natureza como sejam a canoagem, equitação etc., e
ainda visitas a iniciativas/projectos locais de instituições de
apoio à deficiência.
O projecto proposto será orientado por 4 vectores:
-
Estudo e compilação de toda a informação ao
nível dos recursos naturais, turísticos e patrimoniais
existentes em ambos os territórios, que são a base destes
destinos, e o diagnóstico das necessidades do público alvo do
projecto
-
Adaptação da oferta turística. Esta fase
incluí a adaptação dos recursos existentes através de uma
melhoria dos acessos a edifícios e a integração em actividades
lúdicas e recreativas existentes na região;
-
Formação de agentes de turismo. Pretende-se a
formação de guias turísticos e de pessoal afecto a unidades
hoteleiras e estabelecimentos de restauração bem como a
sensibilização de outros actores locais ligados aos sectores de
apoio ao turismo (comerciantes de produtos locais, pessoal de
museus, bibliotecas etc.) para estes turistas com exigências
especiais.
-
Divulgação e Marketing. A divulgação e
Marketing da rota pretende dar a conhecer um novo produto
turístico disponível no mercado, sensibilizar o publico em geral
para o turismo acessível e estender este modelo de rota a outras
regiões europeias.
Sublinha-se a importância do estabelecimento de
parcerias na implementação deste projecto, tanto ao nível do
diagnóstico das necessidades como das adaptações a realizar; é um
mundo repleto de especificidades que dificulta a previsão rigorosa
das acções a realizar.
Pretende-se com o projecto “Rotas sem Barreiras” apoiar o lançamento
de um novo produto turístico no mercado (rotas turísticas
acessíveis) e desenvolver esforços no sentido de garantir a sua
continuidade e sustentabilidade, através da cedência de exploração a
terceiros, se possível entre os parceiros envolvidos no projecto.
Para além de criar rotas acessíveis para todos, este projecto
pretende, valorizar os recursos naturais existentes e promover o
intercâmbio de culturas e de experiências nestes turistas com
características tão especiais.
Âmbito Geográfico de Aplicação
O projecto desenvolver-se-á em ambas as regiões ou micro-regiões
rurais de Portugal e Espanha. Por um lado a zona Centro e Baixo
Alentejo (Portugal) e por outro, a região Extremenha de Tentudía e
Olivenza (Espanha), zonas de intervenção da Terras Dentro, Esdime,
Cedeco e Aderco respectivamente. Dependendo dos estudos orientativos
previstos no projecto “Rotas sem Barreiras”, a implementação do
mesmo poderá abranger grande parte ou parte dos concelhos
pertencentes às áreas de intervenção dos grupos envolvidos.
As Zonas de Intervenção de cada grupo abrangem:
-
Terras Dentro - concelhos de Alcácer do Sal, Montemor-o-Novo (S.
Cristóvão e Escoural )Viana do Alentejo, Alvito, Cuba, Portel e
Vidigueira (Vila de Frades
-
CEDECO – Municipios de Bienvenida, Fuente de Cantos, Montemolin
(com os lugares de Pallares e Santa María de Navas), Monesterio,
Calera de Léon e Fuentes de Léon que compõem a comarca de Tentúdia;
-
ADERCO-Municipios de Alconchel, Almendral, Barcarrota, Cheles,
Higuera de Vargas, Nogales, Olivenza, Táliga, Torre de Miguel
Sesmero, Valverde de Leganés y Villanueva del Fresno que compoêm a
Comarca de Olivenza.
-
ESDIME – concelhos de Grândola, Santiago do Cacém, Ferreira do
Alentejo, Aljustrel, Castro Verde, Ourique e Almodôvar.
Objectivos Gerais
Em termos gerais foram traçados os seguintes objectivos:
Promover a igualdade de oportunidades e paralelamente favorecer a
integração social de públicos com mobilidade e percepção reduzidas
através da actividade turística-recreativa;
Ampliar e diversificar a oferta turística existente. Demonstrando
por um lado o potencial de novos segmentos de mercado, por outro o
lançamento de um novo produto turístico (rotas turísticas
acessíveis) no mercado;
Promover turisticamente e dotar de infra-estruturas e equipamentos
os territórios envolvidos no projecto “Rotas sem Barreiras”
contribuindo de forma sustentável, equilibrada e crescente para o
seu desenvolvimento;
Estruturar um projecto de rota modelo, aplicável e transferível para
outras regiões da Europa tendo em vista a perpetuação do projecto
“Rotas sem Barreiras”.
Objectivos específicos
Conhecer as necessidades reais do público portador de deficiências
(motoras e sensoriais) por forma a possibilitar uma participação
total e activa na vida em sociedade especialmente ao nível das
actividades de lazer, recreativas e culturais;
Analisar a acessibilidade das ofertas turísticas e recreativas
disponíveis nos territórios tendo em vista a sua utilização por um
número alargado de pessoas;
Eliminar ou minimizar todas aquelas barreiras que possam de alguma
forma limitar o completo desenvolvimento de pessoas portadoras de
deficiências na sua visita turística através das rotas delineadas na
região de Tentudía e Alentejo Central;
Sensibilizar os diferentes sectores que intervêm no desenvolvimento
de actividades turísticas (empresários, agentes turísticos,
comerciantes, etc.) para a compreensão das limitações reais das
pessoas que têm as suas capacidades restringidas e adquirindo a
formação necessária como profissionais de turismo;
Gerar informação e serviços devidamente adaptados à comunidade
portadora de deficiência visitante e para a comunidade local ou
residente;
Fomentar o conhecimento da realidade associativa e dos seus
projectos entre países distintos bem como promover o intercâmbio
cultural entre os mesmos;
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«Um livro é um amigo»
Sessão
Solene de entrega de prémios
ACAPO
- Delegação Regional do Centro
10 Março
Na sua
reunião do passado dia 30 de Janeiro, o júri da 9.ª edição do concurso "Um Livro é
um Amigo", tendo previamente analisado os textos apresentados a
Concurso, deliberou premiar os seguintes trabalhos:
PREMIADOS
Conto
1º Prémio: "Festa de Ontem"
Joana Belarmino - Cidade João Pessoa, Paraíba, Brasil;
2º Prémio: "Sinais"
Daniel Gause - Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil;
Poesia
1º Prémio: "Inconformismo"
Augusto Ferreira - Fafe, Braga, Portugal;
2º Prémio: "Toada do Pescador"
José Fernandes da Silva - Freiriz, Vila Verde, Braga, Portugal.
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Diagnóstico da educação especial
pronto até final do ano lectivo
Lusa
9 Março 2007
O diagnóstico das necessidades de educação especial no sistema educativo
português deverá estar concluído até final do ano lectivo, anunciou hoje o
secretário de Estado da Educação, Valter Lemos.
O governante falava na sessão de abertura do seminário
"A Criança Multideficiente: Que Respostas", que decorre hoje e sábado na vila do
Paul, na Covilhã.
"Assim que termine o processo de sinalização de alunos, teremos pela primeira
vez uma identificação rigorosa das necessidades no âmbito da educação especial
na escola portuguesa", referiu Valter Lemos, que classificou o trabalho como
sendo de "extrema importância".
"Permitirá ter a certeza sobre se faltam alguns recursos - e quais - para
podermos tomar decisões e optimizar a situação", medidas que o secretário de
Estado espera que sejam adoptadas antes da abertura do próximo ano lectivo.
"Hoje temos cerca de 6000 professores na área da educação especial, mas
provavelmente há áreas com professores a mais e outras com docentes a menos.
Como não havia uma identificação rigorosa da situação, não se podia esperar que
houvesse formação adequada às necessidades", sublinha.
"Antes do final do ano escolar espero que, não só o diagnóstico esteja pronto,
mas também as medidas correspondentes, para já haver medidas no terreno no
próximo ano lectivo", sublinhou, respondendo assim também às preocupações
levantadas na abertura do seminário.
Vítor Reis Silva, presidente do agrupamento escolar Entre Ribeiras, que organiza
os trabalhos, queixou-se da falta de recursos humanos para acompanhar os alunos
com necessidades educativas especiais.
"Que inclusão faz a escola pública? Será um mero espaço de guarda de crianças
com multideficiência", questionou aquele responsável, sublinhando a posição
expressa em folhetos distribuídos à entrada por dirigentes do Sindicato de
Professores da Região Centro (SPRC).
Para Valter Lemos, o número de professores é suficiente na globalidade, mas
"poderá não ser em áreas específicas". Salienta, por exemplo, que já foi
identificada carência de docentes especializados "para trabalho com alunos cegos
e com alunos com multideficiência".
No entanto, realçou que são "situações pontuais", nalguns pontos do país. "Em
média, temos recursos suficientes".
Por outro lado criticou a forma como a educação especial funcionava até agora.
"A cada ano lectivo havia mais 10 mil alunos com necessidades especiais,
sinalizadas de uma forma indiscriminada".
"Sei que é mais fácil para os professores homogeneizar as turmas de acordo com
as dificuldades dos alunos, mas a escola pública portuguesa não admite essa
segregação", disse o responsável, apontando a inclusão através de turmas
heterogéneas como o objectivo central.
"É uma dificuldade com que temos que trabalhar", reconheceu Valter Lemos, em
nome de uma "escola pública que não escolhe os alunos".
Reforçando o papel do diagnóstico em curso, sublinhou ser necessário "clarificar
inequivocamente quais são os alunos que precisam de educação especializada" com
professores formados para o efeito "e quais os que precisam de apoio adicional,
que será dado pelos professores que já têm", concluiu.
Neste ano lectivo, cerca de 24 mil alunos do ensino básico e secundário com
necessidades educativas especiais recebem apoio, menos 36 mil do que em
2005/2006, de acordo com dados da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento
Curricular (DGIDC).
Em Setembro, o director-geral, Luís Capucha, explicou à Lusa que no ano passado
60 mil alunos beneficiavam de apoio ao abrigo da educação especial, um número
que integrava, no entanto, casos de dificuldades de aprendizagem e insucesso
escolar não decorrentes de qualquer doença ou deficiência.
Para apurar o número de crianças com efectivas necessidades especiais, a DGIDC
procedeu em Junho e Julho a um levantamento junto de todas as escolas básicas e
secundárias, a partir do qual identificou os cerca de 24 mil alunos que este ano
beneficiam de apoio, adiantou o responsável.
in http://www.publico.clix.pt/
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SKIP,
SIC ESPERANÇA, SONAE SIERRA
E ACAPO apresentam Projecto
ACAPO
27 Fevereiro
A Skip, Sic Esperança, Sonae Sierra e a ACAPO
uniram-se para a realização de um projecto de responsabilização
social. Este projecto traduz-se por uma acção de sensibilização que
consiste em mostrar um percurso com obstáculos com os quais os
deficientes visuais se deparam diariamente. Os
consumidores/visitantes do Centro Comercial serão convidados a
utilizar uma bengala, colocar uma venda nos olhos e fazer o
percurso. No final receberão um folheto com algumas dicas para
ajudar uma pessoa cega.
Sensibilizar a população é o objectivo fulcral desta campanha pelo
que vão ser promovidas diversas acções, de Norte a Sul do País,
entre 28 e 17 de Maio. Ao dar a conhecer as dificuldades diárias
sentidas pelos deficientes visuais, procura-se estimular a igualdade
de oportunidades. Através da partilha de informação e de “dicas”
práticas, cabe a todos, assumir um compromisso para ajudar e apoiar
os deficientes visuais no seu dia-a-dia.
A apresentação deste projecto será no próximo dia 1 de Março, pelas
10h30 no Auditório da FNAC do Colombo. E conta com a participação de
todos os parceiros.
O Percurso de Obstáculos estará presente nos seguintes Centros
Comerciais:
-
Centro Comercial Colombo:
28/02 a 05/03/07 Praça dos Navegantes (junto à entrada do AKI)
-
Coimbra Shopping: 13/03
a 15/03/07
-
Estação Viana: 27/03 a
29/03/07
-
Norte Shopping: 10/04 a
12/04/07
-
Gaia Shopping: 17/04 a
19/04/07
-
RioSul: 08/05 a 10/05/07
-
Algarve Shopping: 15/05 a
17/05/07
Contamos com a presença e
participação de todos!
in
http://www.acapo.pt/news.asp?id=326
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Cegos contestam viaturas silenciosas
Jornal de Notícias
19 Fevereiro
A principal organização portuguesa de defesa dos cegos considera que os carros
híbridos ou eléctricos, mais silenciosos, amigos do ambiente, representam um
risco para os invisuais, ideia contestada pelas associações de comércio
automóvel, que rejeitam qualquer perigo especial.
Para os cegos, o barulho do motor é o principal indicador de que um carro se
aproxima, mas o motor silencioso dos carros híbridos (movidos com duas fontes de
energia, gasolina e energia eléctrica de uma bateria, por exemplo) e eléctricos
dificulta a identificação de um potencial perigo.
"Os carros híbridos são um problema para os cegos e no meio do barulho da cidade
o risco é ainda maior", disse à Agência Lusa José Esteves Correia, presidente da
Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), destacando, no entanto, o
contributo destes veículos para a diminuição da poluição.
A tomada de posição da ACAPO surge depois de a Federação Americana de Cegos ter
alertado para os perigos do silêncio dos motores híbridos para os peões, em
particular para cegos, crianças, idosos e ciclistas. Esteves Correia, que já foi
de encontro a um carro numa passadeira ,porque não o ouviu aproximar-se, diz que
esta questão deve ser ponderada "com cuidado". O responsável da ACAPO considera
que a solução para este problema deve ser encontrada ao nível dos movimentos
internacionais de cegos .
Para o presidente da Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico (APVE), Robert
Stüssi, mal está a sociedade se um "lugar seguro para os cegos só puder ser
garantido pelo ruído". O responsável da APVE considera que é preciso proteger os
peões - que nas cidades representam metade das vítimas mortais por causa de
veículos automóveis - e que essa protecção passa pela introdução de zonas de
limitação de velocidade a 30 quilómetros e dos avisos de "zonas de passagem".
"Na Europa dos 15, Portugal é o único que não tem este sinal no Código da
Estrada", referei.
Stüssi advoga que a resolução do problema poderá passar ainda pela instalação de
sinais sonoros nos veículos,como nos mini-autocarros eléctricos de Coimbra onde
foi instalado uma "campainha suave
Jornal de Notícias
Fonte:
http://jn.sapo.pt/2007/02/19/sociedade_e_vida/
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Implante que restabelece a visão
Diário Digital / Lusa
16-Fev-2007
Implante que restabelece a visão pode estar disponível em 2009
Um implante na retina capaz de ajudar a restaurar a visão em milhões de
cegos poderá estar disponível ao público dentro de dois anos, anunciaram
esta sexta-feira os investigadores norte-americanos responsáveis pela
descoberta.
Trata-se de um pequeno implante eléctrico na retina ligado a uma
câmara acoplada aos óculos e oferece uma nova esperança a milhões de
pessoas que foram perdendo a visão devido à degenerescência macular
relacionada com a idade, a principal causa de cegueira no mundo
ocidental, segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia,
Jorge Breda.
Este responsável manifestou-se optimista com a notícia, que
considerou «um grande avanço, na sequência de outros avanços» que têm
sido alcançados.
Jorge Breda acrescentou tratar-se de «um primeiro passo num longo
processo» e estimou que o prazo de dois anos avançado pelos responsáveis
seja «um pouco curto».
Uma primeira geração do implante já foi sujeito a um ensaio clínico
em seis doentes com retinite pigmentosa, uma doença hereditária para a
qual até agora não havia tratamento, e os investigadores já receberam
autorização da agência norte-americana que regulamenta os medicamentos
para fazer testes clínicos de uma segunda versão em 50 a 75 doentes.
Se a investigação correr como previsto, os responsáveis contam ter um
aparelho disponível no mercado no início de 2009 por um preço aproximado
de 15 mil dólares (11,4 mil euros).
Cerca de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de retinite
pigmentosa, e um em cada dez adultos com mais de 55 anos sofre de
degenerescência macular relacionada com a idade.
Ambas as doenças provocam a morte gradual das células da retina que
processam a luz e a retina artificial permite substituir as células
fotoreceptoras destruídas por pequenos eléctrodos, que são implantados
na retina.
Uma câmara capta as imagens e uma unidade com o tamanho de um pequeno
computador manual que pode colocar-se no cinto converte a informação
visual em sinais eléctricos.
Estes sinais são depois enviados para os óculos e, através de
tecnologia sem fios, para um receptor sob a superfície do olho, que por
sua vez os transmite aos eléctrodos na retina.
Todo este processo ocorre em tempo real.
No primeiro ensaio clínico, os cientistas constataram que os doentes
«conseguiam detectar a luz ou mesmo distinguir objectos como uma chávena
ou um prato», explicou Mark Humayun, do Instituto dos Olhos e da Escola
de Medicina da Universidade da Califórnia do Sul, em conferência de
imprensa.
A primeira geração do implante contém 16 eléctrodos, enquanto a
segunda tem 60 e tem um quarto do tamanho da sua antecessora, o que
permite uma intervenção cirúrgica mais limitada.
Este implante pertence a uma nova geração de próteses «inteligentes»
ligadas ao sistema nervoso para restabelecer o contacto com o cérebro e
restaurar o uso de um órgão ou um membro destruído pela doença ou um
acidente, explicou ainda Mark Humayun.
Próteses criadas segundo o mesmo princípio de estimulação eléctrica
são largamente utilizadas para recuperar a audição.
Em Portugal, segundo os dados divulgados pelo INE - Instituto
Nacional de Estatística nos Censos 2001, existem cerca de 163 mil
pessoas deficientes visuais (cegos e amblíopes).
Diário Digital / Lusa
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.aspsection
_id=60&id_news=263312
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Mistérios para Ouvir
Aquilino Rodrigues
10 Fev. 2007
O semanário Expresso acaba de
lançar o primeiro número de uma colecção de áudio-livros de contos
de Agatha Christie. Foi com grande expectativa que hoje me dirigi ao
quiosque para comprar o meu exemplar. O preço, 1 euro e vinte
cêntimos, foi uma boa surpresa. Comecei por admirar a embalagem, um
livrinho de capa dura, do tamanho de um CD, com grafismo correcto.
Na contracapa, o índice de faixas de cada título, pois que este CD
contém não um, mas dois contos: O Rei de Paus e Ninho de Vespas. O
primeiro título tem seis faixas e o segundo quatro faixas, e logo
aqui já temos uma vantagem do CD sobre as cassetes: a possibilidade
de saltar directamente para um determinado capítulo do livro. Aberto
o livrinho, deparei com a segunda surpresa, desta feita uma partida
de carnaval dos editores: o livro foi encadernado ao contrário, e
por isso as páginas estão de cabeça para baixo. Corrigida a
orientação, deparamos com um CD protegido numa bolsa colada ao
interior da contracapa, e com 24 páginas elegantemente ilustradas,
com um resumo dos dois áudio-livros e dados acerca de Agatha
Christie e do herói dos contos, o famoso detective Hercule Poirot.
Chega o momento de por os olhos, ou melhor, os ouvidos nos
áudio-livros propriamente ditos. O CD pode ser ouvido em qualquer
leitor de CD, tal como se um CD de música se tratasse. Uma voz
conhecida anuncia "Expresso áudio-livro apresenta...". E a partir
daí somos imersos num mundo diferente. A narração de Fernando Alvim
é entusiasta e expressiva. Achei a leitura um pouco rápida demais,
mas é um facto que cada pessoa tem uma percepção diferente. A opção
de incluir pequenos elementos musicais como fundo, aqui e ali, ajuda
a criar uma atmosfera de mistério. Gostei. O livro avança a um ritmo
rápido e sentimos que depressa vamos chegar ao fim do livro.
Detectei alguns erros gramaticais, mas nada de grave. A tradução, no
global, é de boa qualidade. Estão de parabéns o Expresso e a
editorial Sol90 por esta excelente produção.
A razão de ser dos áudio-livros
Os áudio-livros são ainda pouco conhecidos em Portugal, mas nalguns
países são tradicionalmente editados como alternativa para as
pessoas cegas ou com dificuldade de leitura. A BBC, por exemplo, tem
uma vasta colecção de títulos editados, disponíveis nas livrarias
comuns em Inglaterra. Espera-se também em Portugal um interesse
crescente nos livros falados, com algumas editoras a apostar forte
neste formato. O mesmo semanário Expresso publicou um artigo sobre
este tema na revista "Única" de 27 de Janeiro deste ano. Para o
público em geral, os áudio-livros também têm o seu lugar: as horas
passadas em engarrafamentos podem agora ser preenchidas com a
gratificante audição de um bom livro.
O áudio-livro DAISY
Foi com o intuito de desenvolver o conceito de áudio-livro que foi
criado o formato DAISY, cujo nome é um acrónimo de "Digital
Accessible Information System", ou sistema digital de informação
acessível. Utilizando também o CD como suporte, o seu conteúdo é, no
entanto, mais rico. O som é gravado em formato MP3, que ocupa cerca
de um décimo do espaço do formato áudio de CD. Assim, um CD Daisy
pode conter cerca de 10 horas de gravação. Em contrapartida, precisa
de um leitor de CD que aceite o formato MP3 para poder ser ouvido, o
que hoje em dia não representa uma grande restrição. Um leitor de CD
portátil compatível com MP3 custa hoje em dia a partir de 25 euros.
Mas a grande inovação do sistema Daisy é a ligação que faz entre
texto falado e texto escrito. Na produção de um título Daisy é
necessário dispor da gravação áudio com a leitura, e do respectivo
texto escrito. Os dois são interligados num processo designado por
sincronização. Se o áudio-livro DAISY for reproduzido num
computador, o leitor poderá ouvir o texto ao mesmo tempo que vê o
texto a passar no ecrã. Esta funcionalidade é considerada benéfica
para pessoas com dificuldades de aprendizagem, daí que o sistema DAISY tenha um particular interesse para o ensino. Uma outra grande
vantagem do formato DAISY é a possibilidade de localizar texto em
qualquer parte do livro, e continuar a audição a partir daí. Esta é
sem dúvida um excelente ferramenta para o estudo.
Em Portugal estão a ser dados passos importantes na utilização deste
formato. Em particular, o Ministério da Educação já tem vários
livros escolares para o ensino secundário disponíveis em formato
DAISY, para apoio aos alunos com deficiência visual.
Aquilino Rodrigues
in
http://www.ajudas.com/
ã
Os cães que trabalham contra
o escuro
Fernanda Câncio
Diário de Notícias
2 Fevereiro 2007
Micha sabe o que é a esquerda e a direita.
Sabe o que é em frente. Pára sempre antes de um degrau e sabe evitar
poças de água. Mas Micha sabe mais. Sabe o que é uma
passadeira. Não uma passadeira específica, mas qualquer uma: só
hesita quando a tinta se apagou nas listas. Sabe até o que é um
multibanco. Sabe encontrar o balcão de uma loja ou de um banco,
cadeiras vazias num café ou restaurante.
Micha sabe muita coisa. Tem dois anos e meio e é uma labrador
cor de areia. Está quase "pronta", quase no fim do curso. Marx,
também da fornada "M" (os nomes dos cachorros são escolhidos por
ordem alfabética) já está a "trabalhar". Entregue em Setembro a
Carlos Santos, este labrador preto de dois anos e meio é o
quinquagésimo cão formado pela escola de cães-guia da Associação
Beira-Aguiera de Apoio ao Deficiente Visual (ABAADV), sediada em
Mortágua, a única em Portugal a fazer esta formação. Carlos cegou há
oito anos, num acidente do seu trabalho de mecânico, mas só há dois
se inscreveu na lista de espera para um cão. "Primeiro queria ver se
me habituava à bengala, a desembaraçar-me sozinho." Aprendeu numa
escola de reabilitação para cegos a orientar-se na rua, a caminhar
no escuro. "Foram quatro meses. No início era muito difícil, depois
foi-se tornando mais fácil porque ali éramos todos iguais." As
primeiras saídas a sós, porém, ficaram na memória. "No princípio, a
confusão vem da nossa cabeça. Temos vergonha, medo de bater nos
carros, de que as pessoas nos vejam a hesitar, a ir pelo sítio
errado."
"Eu falo e ele percebe tudo"
Esteve cinco anos desempregado. Iniciou vários cursos - de
informática, de telefonista, de serviços administrativos. Não acabou
nenhum, eram todos em Lisboa e como vive no Algarve queria estar com
a família. Há três anos, conseguiu finalmente um emprego, no
supermercado Jumbo, de Faro. Está na secção de informações, com dois
outros invisuais. Carlos é o único a ter um cão. "Só pensei
inscrever-me para pedir um animal quando vi que tinha condições para
o sustentar - sempre são 50 euros por mês de ração. Fui à escola,
fiz exames, passei, e chamaram-me." Se nem todos os cães têm
condições para ser guia de cego, nem todos os cegos podem ser
guiados por cães. Condições fundamentais são a mobilidade e
capacidade de orientação e de interagir com o cão, tanto no que
respeita às ordens como aos afectos. Logo na inscrição, é-lhes
solicitado que respondam a um questionário, seguindo-se uma
entrevista. É a partir dessa avaliação que a escola determina a sua
elegibilidade para a lista de espera. Depois, quando chega a sua
vez, há um período de 15 dias de formação intensiva da "dupla", uma
semana na escola e outra no "habitat" do cego.
Carlos já passou essas provas todas, está agora naquilo a que chama
a "fase de adaptação" ao Marx. "Ele ainda pára para cheirar
coisas, ainda quer brincar com os outros cães. Às vezes
desobedece-me um bocadinho, largo-o para dar uma corrida e fazer as
necessidades e ele não vem. Mas estou a dar-me muito bem. É
extraordinário o que o Marx faz. Tinha uma ideia de como isto
funcionava mas mesmo assim ele surpreende-me. Eu falo e ele percebe
tudo, é impressionante." São os vizinhos, conta, que quando o ouvem
a chamar o cão vêm à rua para o ajudar.
O meio envolvente é aliás crucial na viabilidade da dupla. No caso
de Carlos, a empresa onde trabalha "não levantou obstáculos nenhuns,
até adaptaram o balcão ao cão", e nos seus percursos diários não
houve até agora reacções negativas. "Nos transportes públicos nunca
tive problemas. Antes pelo contrário, as pessoas reagem muito bem ao
cão."
"Eles adoram trabalhar"
As reacções das pessoas aos cães, porém, podem ser um problema.
Marta Ferreira e Sabine Teixeira, duas formadoras da Beira-Aguieira,
garantem que há "coisas incríveis". "Costumo andar de óculos escuros
com o cão que estou a treinar e houve uma altura em que não
trazíamos identificação", explica Sabine, 35 anos, formadora há dez,
referindo-se ao colete que ela e a colega envergam, com o nome da
escola. "Achavam que eu era cega e havia quem chamasse o cão, a
tentar distraí-lo, ou a meter-se à frente, para o desorientar. Não
dá para acreditar." Outra contrariedade, frisa, são os outros cães.
"Não tanto os vadios, mas os que vêm com o dono, que são mais
agressivos. E muitas vezes os donos até acham graça." As atitudes
prejudiciais, porém, nem sempre são mal intencionadas. "Também há
muito a mania de dar de comer aos animais. No outro dia, vinha a
passar por uma esplanada e um senhor queria dar uma bifana ao cão.
Não percebem que isso não só o distrai como pode ter consequências
muito chatas", acrescenta Marta, 30 anos, formadora desde 2004.
"Estes cães têm horas certas para comer e para fazer necessidades, e
comem só determinada ração. Tudo o que lhes dêem a mais pode
provocar um distúrbio intestinal, por exemplo, e impossibilitar que
trabalhem."
A noção de "trabalho", aplicada a um cão, surge um pouco estranha.
Mais estranho ainda é constatar a diferença no comportamento dos
animais quando se lhes coloca o "arnês", a pega metálica que permite
aos cegos seguir todos os movimentos do cão: se antes cheiravam aqui
e ali e olhavam em volta, agora, possuídos de instantânea gravidade,
caminham lenta e cautelosamente, olhando em frente. Assim são a
Micha e o Mile, em Viseu com a Sabine e a Marta para mais
um dia de treino, a percorrer ruas, a entrar em centros comerciais,
a subir e a descer escadas rolantes.
Micha, calma e ponderada, contrasta com Mile, mais
novo, mais estouvado e hesitante. "Ele só estará preparado no
primeiro semestre de 2007", informa Marta. "Ainda lhe falta muito
tempo de trabalho. Ela já está quase a ser entregue."
Como Sabine e o outro formador da escola - são só três - Marta
estudou três anos em França, onde a federação das escolas de cães
guia promove este tipo de cursos. "Funcionamos muito à base de
repetições. Repetimos as palavras, as ordens, e quando o cão faz bem
gratificamo-lo com afagos." Parece simples. Mas o trabalho
específico de formação dura um ano e meio e nem todos os cães passam
com distinção. "Há cerca de 10% de insucesso", reconhece Filipa
Paiva, uma das dirigentes da Beira-Aguieira, que forma uma média de
12 animais por ano, a esmagadora maioria cadelas. "Até hoje,
entregámos quatro machos e cinquenta fêmeas." O motivo, esclarece,
prende-se com o facto de "a fêmea adquirir mais cedo a consciência
do trabalho e ser menos dominante que o macho". O facto de estes
"cães de trabalho" deverem ser castrados com um ano também
prepondera: "Com os machos temos de decidir mais cedo se o cão serve
ou não. As fêmeas podem ter um ou dois cios, não interfere nas suas
capacidades, com eles não é assim."
A castração não é a única "maldade" a que os animais são submetidos.
Durante o primeiro ano de vida, são criados por "famílias de
acolhimento" (ver texto ao lado), com as quais criam laços
afectivos que virão a ser abruptamente desfeitos. O mesmo se passa
com a sua relação com os treinadores: é só do destinatário final, o
cego, que poderão contar com uma relação duradoura. Mesmo assim,
suspensos da voz e dos gestos de Sabine e Marta, Micha e
Mile parecem só ter um objectivo: agradar-lhes, fazer bem. "Eles
adoram trabalhar, vê-se que apreciam", comenta Sabine. A última fase
do treino passa por, precisamente, testar a sua docilidade - ao
contrário. "Damos-lhes ordens erradas de propósito. Para avançarem
por uma estrada sem que os carros tenham parado, por exemplo."
Trata-se testar as noções de "certo" e "errado", o específico código
de valores de um cão-guia.
Uma surpresa mais para quem se habituou a dividir o mundo entre
racionalidades e irracionalidades, o valor supremo da mente humana e
a descartável insignificância dos animais. "Ainda hoje fico
surpreendida com o que eles aprendem e conseguem fazer", diz Marta.
"Nunca pensei que fosse assim."
Fernanda Câncio
Fonte: dn.sapo.pt/2006/12/09/sociedade/os_caes_
trabalham_contra_o_escuro.html
ã
Petição pela
Acessibilidade Electrónica Portuguesa
29 Janeiro 2007
A Petição pela Acessibilidade
Electrónica Portuguesa visa recolher assinaturas a serem enviadas à
Assembleia da República em meados de Fevereiro, por forma a ser
discutida a temática da acessibilidade electrónica.
Termina a 31 de Janeiro de 2007 e pode ser
assinada no site Ler para Ver.
Tem como objectivos:
Mais e melhor acessibilidade na Internet, nos programas
informáticos, na televisão, nas comunicações electrónicas, no
multibanco e nas máquinas de venda automática de produtos e serviços.
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Cegueira em crescendo
anual
Elisabete Carvalho
Expresso 20-01-2007
Cem novos casos de incapacidade visual estão a
ser detectados anualmente no distrito de Braga. E até há estimativas
que apontam para 150.
A retinopatia pigmentar e diabética e os acidentes de trabalho e de
viação são as principais causas do aparecimento de mais de
cem novos casos de cegueira, por ano, no distrito de Braga.
O presidente da delegação de Braga da Associação dos Cegos e
Amblíopes de Portugal (ACAPO)
Leonardo Silva, realça que
não é possível avançar com números exactos sobre esta
realidade, até porque ainda se trata de um problema bastante
silenciado, mas a estimativa aponta para um aumento anual de
100 a 150 indivíduos com uma incapacidade visual igual ou
superior a 60 por cento.
Nos concelhos rurais e do interior, como Vieira do Minho, Fafe,
Póvoa de Lanhoso, Amares e Vila Verde, a incidência da doença é mais
sentida em pessoas entre os 40 e os 69 anos. Em Terras do Bouro,
todas se situam na faixa etária acima dos 70. já nos municípios
urbanos e mais povoados - Braga, Guimarães, Barcelos, Esposende,
Vila Nova de Famalicão e Vizela - há predominância de casos novos de
cegueira entre os 15 e os 40 anos.
A incidência em idades mais baixas, nos concelhos demograficamente
maiores, poderá relacionar-se com a migração de famílias jovens para
os núcleos urbanos. Nas zonas rurais só vão ficando os mais velhos.
A retinopatia pigmentar é uma patologia hereditária degenerativa da
retina, que se manifesta na adolescência e conduz à cegueira a
partir dos 20 anos. Em situações esporádicas, isso pode acontecer
por volta dos 40. Estima-se que existam no distrito de Braga 1600
cegos.
in Expresso - Fonte: Diário do Minho
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"A Menina que não sabia as cores"
ensina os mais novos
a percepcionarem
as cores através dos sentidos
A Dica do LIDL
17 de Janeiro de 2007
"A Menina que não sabia as cores" é uma história mágica que dá a conhecer o
universo dos cegos, a sua capacidade de compreensão e a autonomia possível
devido a um extraordinário desenvolvimento dos outros sentidos.
Neste livro, o conceito da cor é abordado através dos seus efeitos psicológicos
e fisiológicos e é estabelecida uma comparação muito curiosa, com base
científica, entre várias cores e sons de outros tantos instrumentos musicais, em
torno das respectivas frequências.
Refira-se que "A Menina que não sabia as cores" é também uma história de
afectos, uma vez que retrata a relação atenta e pedagógica de uns pais que se
preocupam em encontrar respostas para as questões colocadas pela filha
invisual.
Sobre a autora, refira-se que
Isabel Rainha se licenciou em Ciências Biológicas pela Faculdade de Ciências da
Universidade de Coimbra, tendo exercido a sua actividade profissional como
professora do Ensino Secundário. Publicou dois livros de poesia intitulados "O
Cerco da Quimera" (1997), "Canto em Tom Maior" (2001) e o romance "Entre Mondego
e Cubango" (2005), sendo que actualmente se dedica também à literatura para a
infância juventude.
in Jornal Dica da Semana do Lidl
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Acção de Formação
para Professores de EE com alunos cegos
17-01-2007
A Equipa de Apoio
Pedagógico à Deficiência Visual de Coimbra realiza - de 22 a 26 de Janeiro 2007 - uma Acção de
Formação de 30 horas, destinada a Professores de Educação Especial que, na área
da DREC, estão pela primeira vez a dar apoio a alunos cegos e não
puderam frequentar as Acções realizadas anteriormente.
Local: EB23 Poeta Silva Gaio - Guarda Inglesa - Coimbra
Data: 22 a 26 de Janeiro de 2007
Horário: das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h
Inscrições e mais informações:
Tel. 239 801180 - ext. 219
Fax 239 801181
Email: dv.coimbra@gmail.com
http://www.deficienciavisual.pt
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O estado da visão em Portugal
Dr. F. Esteves Esperancinha e Prof. A. Castanheira Dinis
10-01-2007
Somos 810 oftalmologistas em Portugal, dos quais 440 trabalham no Serviço
Nacional de Saúde. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, o rácio de um
oftalmologista para quinze mil cidadãos está próximo da média de países
europeus, só que uma análise mais detalhada dos números diz-nos que 35% dos
oftalmologistas têm mais de 55 anos e 64% mais de 45 anos, o que exige das
entidades competentes uma atenção à necessária renovação etária desta classe
profissional.
Por outro lado, verifica-se uma assimétrica distribuição de oftalmologistas no
país, com manifesta concentração no litoral e nos grandes centros urbanos.
Estará esta distribuição de acordo com o rácio aconselhável, em função da
população existente? Será outra atenção que competirá às entidades competentes
analisar.
Integrado no Plano Nacional de Saúde 2004/2010, o Programa Nacional para a Saúde
da Visão elabora estratégias e orientações técnicas para as diversas patologias
que afectam a visão, através de uma Comissão que tem a responsabilidade de
trabalhar sobre a realidade nacional e que já propôs a criação de Centros de
Observação de patologias para melhor conhecermos o que se passa nas várias áreas
de intervenção da oftalmologia. O objectivo final é a criação de serviços de
oftalmologia, redes de referenciação, protocolos inter-serviços ou programas
específicos que venham a fornecer a todos os portugueses o que de melhor existe,
em termos técnicos, a nível nacional.
Cerca de 50% dos portugueses têm de alguma maneira necessidade de usar óculos. A
falta de diagnóstico atempado da necessidade de óculos, e o estrabismo, leva a
cerca de 300 mil olhos preguiçosos (menos funcionais).
A degenerescência macular da idade (DMI) atinge cerca de 45 mil portugueses na
sua forma tratável.
O glaucoma rouba a visão sem que o doente se aperceba. Mais de 100 mil
portugueses são afectados por esta doença e um número superior a 30 mil tem, de
alguma forma, cegueira irreversível.
A diabetes atinge cerca de 600 mil pessoas em Portugal. A nível geral, e no caso
específico da oftalmologia, é um problema de saúde pública a requerer programas
de combate à doença.
A catarata é a doença que mais beneficiou com a evolução tecnológica. Seis em
cada dez pessoas com mais de 60 anos sofre de algum tipo de catarata, o que
transposto para a realidade nacional dá 170 mil afectados. Operam-se em Portugal
cerca de 30 mil por ano.
A investigação oftalmológica tem centros de renome mundial. A recente criação da
Fundação Champalimaud que, nos seus estatutos, privilegia a investigação em
oftalmologia, é factor de satisfação para todos os que trabalham nesta área. Mas
são e serão sempre os doentes os grandes beneficiários do espírito inovador e
criativo dos investigadores.
Portugal é, na oftalmologia, local de escolha para a realização de grandes
congressos europeus, não só pelas excelentes condições climatéricas e
gastronómicas que oferece, mas, principalmente, pelo prestígio que os seus
profissionais adquiriram no campo científico.
Somos um país que no contexto europeu e mundial se pode orgulhar dos recursos
humanos e técnicos que possui em oftalmologia. Precisamos de mais organização e
de mais algum investimento em inovação, principalmente numa altura em que novas
terapêuticas estão a surgir.
“Cerca de 50% dos portugueses têm de alguma maneira necessidade de usar óculos”.
Dr. F. Esteves Esperancinha,
Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Prof. A. Castanheira Dinis,
Coordenador da Comissão do Programa Nacional para a Saúde da Visão
in
http://www.medicosdeportugal.iol.pt/
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Dia Mundial do Braille
Ler para Ver
4 Janeiro 2007
De forma a assinalar o Dia Mundial do Braille, dia 4 de Janeiro, a
Biblioteca Municipal de Albufeira comemora a data com um programa
alusivo ao tema, a decorrer das 15:00 às 17:30 horas do dia 6 de
Janeiro, na sala polivalente desta biblioteca.
Assim, a partir das
15:00 horas, vai ser apresentado o código Braille, seguindo-se um
debate aberto acerca das aplicações deste e de outros aspectos
relativos à temática. Mais tarde, segue-se a apresentação de uma maquete em relevo,
própria para um deficiente da visão conhecer os diversos sectores da
Biblioteca Municipal de Albufeira. Há, ainda, espaço para um Braille-Paper, jogo com perguntas e
desafios com a participação de equipas constituídas por uma pessoa
com visão e outra sem visão.
Esta iniciativa conta com a participação de Diogo Costa, jovem
invisual responsável pela edição do jornal editado em Braille “Ver
Sem Olhar”, a Associação TEMPUS – Projecto Integrar de Olhão, a
ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal – Delegação do
Algarve, e a APEXA – Associação de Apoio à Pessoa Excepcional do
Algarve.
in
http://www.lerparaver.com/node/1270
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Beleza da mulher deficiente em concurso
Jornal de Notícias
2 Janeiro 2007
Já assobiou a uma mulher que estava numa cadeira de
rodas? Já olhou para os seios de uma cega? Se a resposta
é negativa, este programa vai colocar um ponto final
nisso". Assim se anuncia o "Miss Ability", um modelo
original holandês que se propõe mostrar a beleza de
mulheres com deficiências físicas. O formato tem chamado
a atenção dos programadores. O primeiro país a
importá-lo será o Reino Unido.
O concurso de beleza "Miss Ability" tornou-se um dos
grandes êxitos de 2006 na televisão holandesa. Nele, 12
mulheres, algumas delas com membros amputados e
utilizadoras de cadeiras de rodas, procuram provar que o
problema físico não as impede de terem beleza.
O programa, ao jeito de "reality show", serviu para
mostrar como as concorrentes lidam com os seus dramas.
Segundo explica a produtora, avalia-se não só a beleza
física, mas também a personalidade e o carisma das
concorrentes. Como em tantos outros concursos, o
objectivo é conquistar a simpatia do público para assim
cativar votos.
O conceito nasceu numa produtora chamada
Absolutamente Independente. "Com este programa mostramos
que aquelas mulheres têm muita força e beleza e não
estão à margem mas no meio da sociedade. Elas não querem
que tenham pena delas", disse o criador e produtor do
formato.
Aliás, o responsável insiste na ideia de que não se
pretende mostrar a desgraça dos outros. O objectivo,
diz, é contribuir para que se ultrapasse o preconceito e
se passe a admirar a beleza das mulheres com
deficiência.
A DLT Entertainment, empresa que está por detrás da BBC
"My family", vai produzir o programa no Reino Unido.
Heather Mills, a ex-mulher de Paul McCartney, tem sido
apontada como a pessoa certa para conduzir a emissão,
uma vez que ela própria é modelo, apesar de possuir uma
deficiência física.
Segundo a imprensa da especialidade, franceses, alemães
e norte-americanos já mostraram interesse em adquiri-lo.
Refira-se que foi também na Holanda que nasceu o formato
"Big Brother", criado por John de Mol, em
1999.
http://jn.sapo.pt/2007/01/02/televisao/beleza mulher
deficiente concurso.html
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Manuais Escolares
em formatos especiais
Como requisitar
O Centro de Recursos da Educação Especial é um serviço da Direcção Geral de Inovação e de
Desenvolvimento Curricular (DGIDC), integrado na Direcção de Serviços da
Educação Especial e do Apoio Sócio-Educativo, cujo objectivo é providenciar
materiais para alunos com necessidades especiais que frequentam os ensinos
básico e secundário, bem como materiais de apoio à docência. Fornece:
- Livros em braille
- Livros em caracteres ampliados
- Livros falados
- Manuais
escolares em CD-ROM
- Figuras em relevo
- Videogramas
- Produtos
multimédia
Os Manuais Escolares em CD-ROM são cedidos gratuitamente -
a alunos com limitações acentuadas no domínio motor e no domínio
sensorial da visão, que utilizam o computador como meio de acesso ao
currículo - ao abrigo de um
protocolo estabelecido entre o Ministério da Educação e
algumas editoras. Podem ser requisitados pelos Conselhos Executivos,
até 8 de Julho, os manuais escolares
produzidos pelas seguintes editoras:
Areal Editora
Didáctica Editora
Lisboa Editora
Plátano Editora
Porto Editora
Santillana (Constância) Editores
Texto Editora
Para obter o Catálogo actualizado dos manuais
disponíveis e/ou efectuar a sua requisição, contacte:
Centro de Recursos da DGIDC
Av. 24 de Julho, n.º 140,
1399 - 025 Lisboa
Telefone: 213934681/213934602
Email: centro.recursos@dgidc.min-edu.pt
Para informação adicional consulte:
www.dgidc.min-edu.pt/especial
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