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Notícias 2007



 

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Notícias 2007

 

Cão-guia para adolescente

Diário As Beiras

30 Dezembro


O Dia Mundial do braille é no dia 4 de Janeiro. As comemorações querem sensibilizar para a existência de 45 milhões de cegos e 180 milhões de amblíopes.

O dia 4 de Janeiro já não é um dia qualquer. Desde que passou a ser o Dia Mundial do Braille que as preocupações para com os deficientes visuais passaram a estar ainda mais na agenda. Por isso, no próximo 4 de Janeiro, a ACAPO – Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal – quer recordar a todos os portugueses que há pessoas cegas que necessitam do apoio de todos nós. Assim, sob a égide da campanha Touch & Act, que decorre desde Março de 2007 e que resulta da parceria entre a marca Alain Mikli Internacional e o Institutoptico, será doado um cão-guia a um adolescente com deficiência visual português com idade entre os 13 e os 18 anos.
Para Ana Sofia Antunes, vice-presidente da ACAPO, “este projecto tem um grande mérito na medida em que vem mostrar que não só os adultos deficientes visuais têm capacidades para obter um cão-guia.”
A vice-presidente da associação adianta ainda que, “actualmente, em Portugal, apenas se faz este tipo de formação com adultos. Excluem-se as crianças e jovens até aos 18 anos porque se acredita que não têm as capacidades suficientes para poderem beneficiar deste apoio”. E sintetiza: “Poder conceder este privilégio a um adolescente português vai dar-lhe, com certeza, mais auto-estima e confiança”.
O jovem que beneficiará da campanha Touch & Act será seleccionado numa primeira fase pela ACAPO e, seguidamente, técnicos da Fundação Mira Inc (Canadá) deslocar-se-ão a Portugal para avaliar a sua autonomia, mobilidade e capacidade de uso da bengala branca.
No total, a formação do jovem deficiente visual ronda os 20 mil euros – inclui o treino do cão, a deslocação do adolescente para formação, a formação propriamente dita na escola da Fundação Mira e o pós acompanhamento, já em Portugal, por terapeutas da Fundação Mira Inc..
Por todo o mundo, existem 45 milhões de cegos e 180 milhões de amblíopes. Em Portugal, existem cerca de 163 mil deficientes visuais.

http://asbeiras.pt - edição 28-12-2007

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Cegueira: As trevas e as luzes

Miguel Calado Lopes

Expresso

26 Dezembro

«Não me perguntem como é que eu faço, perguntem-me porquê. As fotos surgem de uma ideia, de um desejo. As imagens surgem das trevas.» Evgen Bavçar, de 60 anos, perdeu uma vista com um ramo de árvore, quando tinha 11, e pouco depois a outra vista, com a explosão de um detonador. É o fotógrafo cego mais famoso a nível mundial com um livro intitulado «Le Voyeur Absolu». Nas páginas amarelas (secção de informação útil) da «Colors» (Outono 2007) encontra esta referência entre dezenas de outras relacionadas com a cegueira.

Uma sucessão de fotografias de cegos com frases da sua autoria rende homenagem à gente comum numa comovedora paisagem humana que surpreende pela imensidade das tragédias individuais e pelo optimismo que reverbera na edição. Algumas frases: não é fácil correr atrás de um filho quando se é cego; sei que não sou feia; não preciso de ver, ouço o pó a cair; não preciso de mais tempo do que os outros advogados; levou-me 60 anos a aprender a ver com o coração; quando ouço os pássaros a cantar sei que estou perto de casa. A revista inclui um CD para poder ser ouvida. 

in Grandes Dias Pequenos Mundos, Expresso - 22-12-07

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Biblioteca virtual auxilia deficientes

Jornal de Notícias

6 Dezembro

A Biblioteca Aberta do Ensino Superior (BAES) nasceu no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Mais de 3000 títulos em braille, áudio e texto integral estão disponíveis online (http//baes.up.pt) para alunos e professores registados nas instituições de Ensino Superior público associadas (Lisboa, Coimbra, Aveiro, Porto, Évora, Minho e Trás-os-Montes).

O investimento de meio milhão de euros, financiado integralmente pelo programa comunitário POS-Conhecimento, torna mais fácil a consulta do acervo bibliográfico produzido pelas instituições, nomeadamente por parte de todos os alunos com necessidades educativas especiais.

Na Universidade do Porto, instituição responsável pela implementação do projecto, há 116 estudantes com algum tipo de deficiência. Embora não seja para uso exclusivo deste estrato estudantil, uma das vantagens da BAES reside no facto de o texto digital poder ser ampliado, traduzido por um sintetizador de fala ou imprimido em braille.
PA

http://jn.sapo.pt/2007/12/04/sociedade_e_vida/
biblioteca_virtual_auxilia_deficient.html

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Estado falha quota para emprego de deficientes

Diário de Notícias

3-12-07
Carla Aguiar

O Estado e as empresas privadas não estão a cumprir as quotas de contratação de pessoas com deficiência previstas na lei desde há seis anos. Nem existe uma avaliação do cumprimento dessa obrigatoriedade. Em 2001, o Governo de António Guterres fixou uma quota de 5% para as contratações na administração pública, de modo a promover a igualdade de oportunidades no acesso ao emprego. Três anos mais tarde, uma lei semelhante estipulava em 2,5% o contingente de contratações anuais para as empresas, a partir de determinada dimensão.

Mas, ao fim de seis anos, ainda se desconhece o nível de integração deste grupo de pessoas. O congelamento das admissões na função pública só veio dificultar e atrasar um processo de integração que já se adivinhava difícil. Por outro lado, muitas das admissões feitas nos últimos anos fugiram à regra dos concursos, com recurso a avenças e outro tipo de contratos.

Em entrevista ao DN, a secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz, reconhece que a quota "provavelmente não está a ser cumprida". A governante diz ter sido informada pelas finanças de que esse levantamento estaria dependente do desenvolvimento de uma aplicação informática, que deveria estar concluída até ao final da legislatura (em 2009).

Já o presidente da Associação Portuguesa de Deficientes, Humberto Santos, disse ao DN não ter "qualquer dúvida" de que "essa legislação não está ser cumprida".

Apesar de tudo, há casos bem-sucedidos, como o verificado no Ministério do Trabalho e Solidariedade - com especiais responsabilidades em matéria de reabilitação. Segundo Idália Moniz, no seu ministério 10% do total dos contratados já são pessoas com deficiência.

Humberto Santos saúda este exemplo, mas observa que estas situações não podem ser resolvidas com boas vontades pontuais: "A lei existe e é para cumprir. Ou a questão do acesso ao emprego é encarada de uma forma transversal por toda a administração pública ou então nada muda de substancial." Até porque, acrescenta, "já sabemos o resultado de 30 anos de uma política de boas vontades".

Penalizar o incumprimento da lei não é, contudo, tarefa fácil. Primeiro, porque não há avaliação nem fiscalização. Segundo, porque, como reconhece o próprio, "mesmo que o Estado cumprisse as quotas, os deficientes não teriam condições ou para se transportar ou para trabalhar numa boa parte dos edifícios públicos que continuam a não estar preparados para albergar pessoas com deficiência". Quanto ao sector privado, Humberto Santos diz não concordar sequer com a imposição de quotas de emprego, pois considera que "não são a solução para as empresas", que "são mais sensíveis aos incentivos fiscais".

Também a secretária de Estado manifesta algumas reservas à introdução de quotas para empresas, pois refere que, "às vezes, as leis são feitas, mas depois não há instrumentos". Em todo o caso, é crescente o número de grandes empresas que, em linha com os valores da "responsabilidade social", integram a deficiência na sua política de recursos humanos. Hoje, o Ministério do Trabalho assina um protocolo nesse sentido com a EPAL.|

http://dn.sapo.pt/2007/12/03/sociedade/estado_
falha_quota_para_emprego_defi.html

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Portal da Presidência Portuguesa do
Conselho da União Europeia
reforça a acessibilidade para cidadãos
com necessidades especiais

3 Dezembro


Uma das principais inovações do portal da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia prende-se com o facto de estar equipado com uma moderna tecnologia de acesso que torna disponível o seu conteúdo a pessoas com necessidades especiais.

Com efeito, a estrutura do Portal foi particularmente cuidada do ponto de vista da acessibilidade, permitindo a estes utilizadores, e em particular aos invisuais, tirar o máximo partido das suas tecnologias de leitura de ecrã.

Assim, e pela primeira vez num Portal de uma Presidência do Conselho da U.E., o portal da Presidência Portuguesa apresenta uma funcionalidade especial que lhe acrescenta a capacidade de ser ouvido nas três línguas disponíveis (português, inglês e francês)

Esta iniciativa, que se espera venha a facilitar a consulta por parte de todos os utilizadores, insere-se no plano de concretização da “Iniciativa Nacional para os cidadãos com necessidades especiais” do Governo Português, e pretende assegurar que estes cidadãos tenham acesso e possam pesquisar a informação disponibilizada pela Administração Pública na Internet.

Fonte: http://www.eu2007.pt/UE/vPT/Outros/
Menu_Comunicacao/Acessibilidade/

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Conferência "E se eu fosse cego?"

2 Dezembro

Assinalando o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência,  no próximo dia 3 de Dezembro, pelas 15h, terá lugar na Casa Municipal da Cultura de Coimbra, a Conferência "E se eu fosse cego?", por Bruno Sena Martins.

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"O Nascimento de Cristo" lançado com
condições especiais para pessoas invisuais e surdas

Dica do Lidl

29 Novembro

No próximo dia 3 de Dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, os cidadãos com necessidades especiais vão poder assistir, em sessões gratuitas, à exibição do filme "O Nascimento de Cristo", em duas salas de cinema com condições especiais para invisuais, isto é com áudio-descrição, e para surdos, através de língua gestual e legendagem em português para surdos. Estas sessões realizam-se em Lisboa e no Porto, estando prevista a presença de personalidades do panorama nacional que apadrinham esta iniciativa enquadrada no lançamento de "O Nascimento de Cristo" em DVD, cuja edição inclui também condições de acessibilidade para invisuais - áudio-descrição do filme e dos menus do DVD, e para surdos - língua gestual e legendagem em português. Adequado à quadra natalícia, o filme "O Nascimento de Cristo" é uma das mais comoventes histórias familiares de sempre, àq qual ficou ligado o verdadeiro significado do Natal. Sob o tortuoso reinado de Herodes, as famílias lutavam para sobreviver e no meio de uma absoluta desordem e crueldade, a fé de um jovem é posta à prova, a que se junta Maria, personagem interpretada por Keisha Castle-Hughes e José interpretado por Oscar Isaac, nesta incrível jornada de esperança e descoberta.

Fonte: Lusomundo

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Cegos "viram" reis de Portugal com as mãos

Carina Fonseca

Jornal de Notícias

23 Novembro


Um grupo de cerca de 20 cegos visitou, ontem [quarta-feira], a Igreja de Santa Cruz, em Coimbra, para, através do tacto, conhecer o Panteão Nacional, que alberga os túmulos dos dois primeiros reis de Portugal, D. Afonso Henriques e D. Sancho I. "Todo o ser humano tem direito à cultura, independentemente da sua situação de deficiente", referiu o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Mário Nunes. A iniciativa foi promovida pela CMC, em colaboração com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO). No final do trajecto, o animador socio-educativo da ACAPO, Luís Martins, que acompanhou o grupo, parecia satisfeito "Penso que construíram, pouco a pouco, uma realidade e conseguiram 'ver' um bocadinho do que está a aqui dentro". A ideia de reservar uma visita guiada aos cidadãos com deficiência visual partiu de Luís Martins, que recebeu um e-mail da CMC a divulgar o evento, gratuito, para, com os cegos da ACAPO, "ir para fora cá dentro". Sobretudo "num ano em que se fala tanto em igualdade de oportunidades", frisou. Junto aos túmulos dos monarcas, os invisuais sorveram cada palavra da técnica especializada da CMC, Cristina Leal, que orientou a visita. "O capacete do pai [D. Afonso Henriques] é uma abóbora; o do filho [D. Sancho I] é um melão", disse, arrancando alguns risos da plateia. Serviu-se, frequentemente, de comparações para dar a "ver", não só os túmulos, mas todo o espaço circundante. As capelas laterais, os azulejos das paredes e outros túmulos foram alvo de descrições pormenorizadas. De seguida, os visitantes puderam confirmar cada palavra através do tacto. "O país devia seguir este nosso exemplo. A mobilidade também se conquista através de acções deste género", defendeu, ainda, o vereador Mário Nunes.

Vídeo da visita à Igreja de St.ª Cruz em Coimbra

Sic Notícias

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Outras Percepções - percursos multi-sensoriais

19 Novembro

O Museu Nogueira da Silva/Universidade do Minho, localizado em Braga, abre a sua exposição permanente a pessoas adultas com deficiência visual, através do Projecto “Outras Percepções – percursos multi-sensoriais”. As peças estarão disponíveis em cinco exposições multi-sensoriais diferentes:

De 11 a 21 de Dezembro de 2007,
Exposição “Percepções de Pequenos Objectos”;

De 8 a 18 de Janeiro de 2008,
Exposição “Percepções de Mobiliário”;

De 23 de Janeiro a 1 de Fevereiro de 2008,
Exposição “Percepções de Escultura”;

De 6 a 15 de Fevereiro de 2008,
Exposição “Percepções de Porcelana e Faiança”;

De 19 a 29 de Fevereiro de 2008,
Exposição “Percepções de Pintura e Azulejo”;


Horário: Terça a Sexta - 10h às 12h e das 14h às 17h
Contactos para marcações e mais informações: tel. 253601275
e http://olharte.blog.pt/ 

 

Museu Nogueira da Silva
Av. Central, nº.61
4710-228 BRAGA
sec@mns.uminho.pt
http://www.mns.uminho.pt

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Uma Televisão para Todos!

Áudio-descrição da série "Conta-me Como Foi"!

16 Novembro

No Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos a Rádio e Televisão de Portugal vai emitir em sistema multi-adaptado para cidadãos com necessidades especiais. Será exibido na RTP1 a série Conta-me Como Foi adaptada para cidadãos com necessidades especiais.

Os cidadãos Cegos poderão acompanhar o som directo da série na RTP, e aceder simultaneamente à áudio-descrição de todas as cenas sintonizando a Onda Média da Antena 1.

Os cidadãos Surdos ou com deficiências auditivas, poderão acompanhar a legendagem da série através da página 887 do teletexto da RTP.

Esta iniciativa não requer qualquer equipamento especial e conta com o apoio da FPAS (Federação Portuguesa das Associações de Surdos) e da ACAPO (Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal).

LEGENDAGEM EM TELETEXTO
Cidadão Surdos ou com deficiências auditivas
- As legendas podem ser vistas em qualquer televisor que tenha sistema de teletexto.
- Sintonize a televisão na RTP1 e coloque na página 887 do teletexto.

SONORIZAÇÃO VIA RÁDIO
Cidadãos Cegos
- Para acompanhar o filme sintonize o rádio na frequência da Antena1/Onda Média da sua zona de residência.
- Para saber a frequência de rádio consulte o site com a lista de Frequências da Onda Média da Antena 1 ou a página 192 do Teletexto RTP.

Para saber mais informações consulte a página 190 do Teletexto da RTP, Página 192, ou o site RTP Acessibilidades.

Fonte: http://www.rtp.pt/programas/index.php?article=
1929&visual=4

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II Workshop: “Compreender a Deficiência Visual”

Associação Nacional de Intervenção Precoce

Data: 17 Novembro 2007
Horário: 9h30-17h30
Local: Anfiteatro do Hospital Pediátrico - COIMBRA

Programa, Inscrições e Informações:
http://www.anip.net/folhetos/86282workshopdv.pdf

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Prémio Branco Rodrigues

15 Novembro

A Área de Leitura para Deficientes Visuais da Biblioteca Nacional de Portugal faz saber que em Janeiro do ano 2008 estará aberto o concurso "Prémio Branco Rodrigues", que se destina a estimular, entre os deficientes visuais, o interesse pela actividade científica e literária.

Podem candidatar-se ao Prémio Branco Rodrigues os deficientes visuais portugueses. Será galardoando o autor do melhor trabalho publicado entre 1 de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro do ano em curso.

As candidaturas formalizam-se pela entrega dos trabalhos na Biblioteca Nacional de Portugal - Área de Leitura para Deficientes Visuais - até 31 de Janeiro do ano imediato ao triénio a que o concurso respeita.

Para mais informações,
contactar: Isidro E. Rodrigues - Responsável da
Área de Leitura para Deficientes Visuais da BN

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 Documento de Resoluções

14 Novembro
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Seminário UMA ESCOLA PARA TODOS: UTOPIA E REALIDADES... VISõES E OLHARES - organizado pela Delegação Regional do Centro da ACAPO e pela Escola Superior de Educação de Coimbra - que decorreu em Coimbra no dia 4 de Maio 2007

Fonte: ACAPO

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Jornadas Iberoamericanas em Tecnologias de Apoio

8 Novembro

O Centro de Análise e Processamento de Sinais do Instituto Superior Técnico em colaboração com a Agência de Inovação e outras entidades nacionais e internacionais, vai levar a efeito nos dias 26 e 27 de Novembro, no Instituto Superior Técnico em Lisboa, as "Jornadas Iberoamericanas em Tecnologias de Apoio para Pessoas com Deficiência" e o "Mini-Fórum Iberoeka" sobre o mesmo tema.

Contactos para informações e inscrição:

Luis Azevedo,
Comissão Organizadora das Jornadas Iberoamericanas

ANDITEC, Tecnologias de Reabilitação Lda.
Alameda Roentgen, 9C  1600-757 Lisboa
Telf:217110170 - Fax:217110179

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VI Congresso Nacional de Intervenção Precoce:
IP em Deficiência Auditiva, Visual e Hiperactividade

Associação Nacional de Intervenção Precoce
1 Novembro


No VI Congresso Nacional de Intervenção Precoce, estes temas serão abordados de forma prática, no sentido de melhorar o diagnóstico, a avaliação e a intervenção. Mesmo nas situações concretas de perturbação do desenvolvimento, não pode ser esquecida a importância da participação e reforço de competências da família em todo o processo, do trabalho de equipa e das actividades em contexto natural.

Data: 8 e 9 de Novembro 2007

Local: Auditório da Faculdade de Direito - Universidade de Coimbra

Destinatários: Profissionais a trabalharem na área da IP e Familiares de crianças em Intervenção Precoce.

Contactos: ANIP
tel. 239 483 288
www.anip.net
anip.sede@mail.telepac.pt

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Primeira colecção portuguesa de áudio-livros

Lusa

25 Outubro

'Livros para Ouvir' conta com seis contos
de autores portugueses consagrados


Seis contos de autores portugueses consagrados lidos por outros tantos actores de renome dão início à primeira colecção de áudio-livros portuguesa, lançada dia 18 de Outubro, na Fnac/Chiado pela Editora 101 Noites.

Chama-se 'Livros para Ouvir' a nova colecção, cujos primeiros três títulos são 'Um Jantar Muito Original', de Fernando Pessoa, lido por São José Lapa, 'A Estranha Morte do Prof. Antena', de Mário de Sá-Carneiro, lido por João Perry, e 'Sempre Amigos', de Fialho de Almeida, por Eunice Muñoz.

Os outros três são 'Sete Mulheres', de Camilo Castelo Branco, na voz de Nuno Lopes, 'Mulher de Perdição', de Florbela Espanca, na de Alexandra Lencastre, e 'Civilização', de Eça de Queirós, por José Wallenstein.

A 101 Noites resolveu lançar esta colecção, porque "as boas histórias ficam no ouvido" e adicionou-lhes a música de Alexandre Cortez (Rádio Macau e Wordsong).

Cada um dos novos "Livros para Ouvir" custará 13,90 euros e inclui um livro e um CD.

Fonte: Lusa, 15-10-2007

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Dia Mundial da Bengala Branca assinalado na
Escola Infanta D. Maria em Coimbra

Paulo Cardantas
Diário de Coimbra

16 Outubro

"Sociedade ainda estigmatiza os deficientes" - Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação diz que cerca de 160 mil deficientes visuais continuam em casa porque a sociedade os estigmatiza. Por isso, entende, mais do que recursos, é preciso congregar vontades

A secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, exortou ontem as autarquias, organizações e associações de pais a trabalharem com maior afinco em prol de uma inclusão efectiva dos portadores de deficiência. «Ainda há um longo caminho a percorrer e para que os resultados apareçam mais rapidamente é preciso um trabalho de parceria», explicou.
A governante lembrou, a propósito, que «a sociedade ainda estigmatiza as pessoas que não são iguais» e adiantou que cerca de 160 mil deficientes visuais continuam em casa, pela falta de respostas efectivas.

Ao intervir na sessão de divulgação dos meios aos dispor da integração dos alunos com necessidades especiais no ensino regular, organizada pela Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e pela Direcção Regional de Educação do Centro, que decorreu na Escola Secundária Infanta D. Maria, Idália Moniz lembrou que a integração plena só é possível se, a par dos recursos, existir uma congregação de esforços e vontades.

Também presente na cerimónia, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, mostrou-se confiante de que, até 2009, os 787 alunos portadores de deficiência visual que frequentam as escolas do ensino regular tenham as mesmas condições de ensino que os restantes. «Não devemos ter desculpas para não cumprir este objectivo», vincou, apesar da se tratar de uma «tarefa muito exigente» mas, em simultâneo, de pequena dimensão. Para o governante, «a escola inclusiva deve ser uma realidade concreta e não uma frase feita».

Já o presidente da ACAPO, Esteves Correia, pediu aos professores que ensinem os alunos portadores de deficiência visual a ser autónomos e a criar a sua própria autonomia.

Na sessão de ontem foi ainda demonstrada a utilização dos manuais escolares Daisy (solução que alia a voz, previamente gravada, a textos e imagens digitalizadas), por um aluno com deficiência visual, habitual utilizador deste recurso. Desenvolvidos em cooperação pela Fundação Vodafone Portugal, a Porto Editora e o Ministério da Educação, já estão produzidos 35 manuais digitais que são utilizados por cerca de 100 alunos cegos ou com baixa visão, do 5.º ao 12.º ano de escolaridade.

Aluno invisual da Escola D. Maria e do Conservatório de Música, Mickael deixou mensagem de esperança - Mickael Salgado, 16 anos, é o exemplo de que a deficiência visual não é um entrave à concretização de sonhos. O dele passa pela música - frequenta o Conservatório de Música de Coimbra - e o talento que ontem revelou deixou a certeza de que o sonho poderá tornar-se realidade. Voz poderosa, talento inatacável a dedilhar a guitarra, Mickael brindou governantes, professores e colegas com três músicas, qual delas a mais bem interpretada. Da parte da tarde, esteve no programa Contacto, transmitido na SIC.

No Dia Mundial da Bengala Branca, este aluno do 10.º ano da Escola Infanta D. Maria deixou uma «mensagem de fé» a quem, como ele, vive privado da visão. «Devemos acreditar e lutar, pois as dificuldades podem e vão ser ultrapassadas», sublinhou. Satisfeito pela forma como se integrou numa turma de ensino regular, Mickael apenas deixou um lamento: a desigualdade no acesso a material pedagógico.

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Promoção da Acessibilidade na Web

16 Outubro

Foi criado hoje pelo governo um novo sítio web - http://www.acessibilidade.gov.pt - com o objectivo de apoiar todas as entidades da Administração Pública Central a adaptarem ou remodelarem os seus sítios de acordo com as Directrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web (WCAG), versão 1.0, do World Wide Web Consortium (W3C) de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 155/2007

Fonte: http://www.ajudas.com/notver.asp?id=1750

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Acessibilidade de pessoas com deficiência visual
nos edifícios de acesso público

dia: 15 Outubro
hora: 14h30
local: Sala de Conferências da Casa da Cultura
acesso gratuito


Celebra-se, no próximo dia 15, Segunda-feira, o Dia Mundial da Bengala Branca, ocasião escolhida para o Município organizar, através do Serviço de Leitura para Deficientes Visuais da Biblioteca Municipal de Coimbra, uma sessão informativa alusiva ao tema "Acessibilidade, orientação e mobilidade de pessoas com deficiência visual nos edifícios de acesso público".

A sessão, a cargo de Júlio Paiva, especialista em orientação e mobilidade, tem início às 14h30 e decorre na Sala de Conferências da Casa Municipal da Cultura.

Além da palestra, terá lugar uma apresentação e demonstração de soluções técnicas destinadas a melhorar a acessibilidade dos deficientes visuais, a cargo da empresa "Ataraxia Lda".

O tema é de relevante interesse para todos quantos têm responsabilidades na gestão e manutenção dos edifícios de acesso público, enquadrando-se na temática proposta pela União Europeia para 2007, Ano Europeu para a Igualdade de Oportunidades.

Considerando os muitos equipamentos municipais susceptíveis de serem visitados/frequentados por cidadãos com deficiência visual, a iniciativa dirige-se, sobretudo, a responsáveis por equipamentos públicos municipais.

Fonte: Departamento de Cultura da
Câmara Municipal de Coimbra

Casa Municipal da Cultura
Rua Pedro Monteiro
3000-329 Coimbra
Telef. 239 702 630
Fax 239 702 496

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15 de Outubro
Porquê a celebração de um
Dia Mundial da Bengala Branca?

ACAPO Coimbra


Hoje, é uma imagem que já não surpreende quase ninguém, a de um cego caminhando pela rua, de bengala branca na mão que, num movimento pendular para um lado e para o outro, de forma contínua e mais ou menos ritmada, vai permitindo "tactear" o chão, detectar obstáculos e encontrar pontos de referência úteis para a sua orientação e locomoção. Desta forma, as pessoas cegas deslocam-se autonomamente pela rua, usam os transportes públicos, fazem a sua vida quotidiana, dirigem-se ao seu emprego e, tudo isto, com naturalidade para si e para os outros.

Mas, nem sempre foi assim e, a nossa história está bem recheada de exemplos de clara marginalização das pessoas com deficiência que, ao longo dos tempos, foram conquistando, a pulso, o respeito, a dignidade e o direito a realizarem os seus sonhos e a participar na sociedade de que fazem parte.

A naturalidade com que hoje se olha para uma bengala, na rua, servindo de ajuda para um cego, quase nos faz pensar que sempre foi assim. Na verdade, desde há muito tempo que os cegos se socorriam de pequenas "bengalas" ou de algum objecto do quotidiano que pudesse auxiliá-los, ao menos a detectar os obstáculos dos quais deveriam livrar-se. Aliás, ainda hoje podemos observar em algumas regiões mais isoladas, como as pessoas idosas a perderem visão se socorrem de objectos como um guarda-chuva, para "tactearem" o chão e evitarem obstáculos.

Mas, foi no século XX que foi definitivamente reconhecida como um instrumento precioso para a orientação e locomoção dos cegos. Em 1921, nos Estados Unidos, pela primeira vez um cego decidiu pintar a sua bengala de branco para que pudesse mais facilmente ser vista pelos outros. Mas, curiosamente, a ideia não foi muito bem aceite e, 10 anos mais tarde, foi retomada em França, espalhando-se rapidamente para outros países. Só então mais tarde, a ideia ganhou novo impulso nos Estados Unidos e, hoje, é quase universal a bengala de cor branca.

A agilidade e a velocidade com que por vezes algumas pessoas cegas se deslocam na rua, desviando-se dos obstáculos e encontrando o caminho que pretendem, também nos faz esquecer por vezes que existem técnicas para usar a bengala e fazer dela um instrumento que ajuda na locomoção e na orientação. Mas, a verdade é que é fundamental que a pessoa cega aprenda essas técnicas com técnicos especializados. Curiosamente, só nos anos de 1940 foram desenvolvidas as primeiras técnicas para uso da bengala, tendo também sido definido qual o comprimento que ela deveria ter em função da altura de cada pessoa. No entanto, só nos anos 60 o ensino destas técnicas ganha impulso na Europa e, em Portugal, no início dos anos 70.

Entretanto e, sempre com o intuito de aumentar a autonomia e a segurança dos cegos na sua mobilidade, têm surgido diversas inovações no campo da electrónica. O primeiro equipamento electrónico para apoio à mobilidade dos cegos terá sido criado ainda nos anos de 1940 mas, a primeira bengala electrónica foi comercializada apenas cerca de 30 anos mais tarde. No entanto, tanto em Portugal como nos demais países, estas bengalas estão bem longe de uma utilização significativa, sobretudo pelos elevados custos de aquisição.

Já nos últimos anos - na década de 90 -, pudemos começar a ver também os chamados cães-guia de cegos, que são cães especialmente treinados para auxiliar estas pessoas na sua locomoção. No entanto, a história do treino de cães para este efeito é ainda mais antiga do que a da própria bengala branca e suas técnicas. O primeiro treino de cães para auxílio à locomoção de cegos, remonta ao século XIX, por iniciativa de um padre na Alemanha. No entanto, a ideia não teve muitos adeptos, ganhando impulso nos Estados Unidos apenas nos anos de 1930, dando-se então início ao treino e utilização dos chamados "seeing eye dog".
 
O fascínio pelo cão e a surpresa pela sua habilidade para auxiliar a pessoa cega na sua locomoção, faz com que o cão-guia seja ao mesmo tempo atractivo para os próprios cegos e tenha grande visibilidade junto da opinião pública.
 
Apesar disso, o cão-guia está longe de ter uma utilização massificada em Portugal. Por um lado, isso deve-se ao facto de só na segunda metade de 1990 ter surgido no nosso país a única escola de treino destes cães. Por outro lado, apesar do fascínio que nos suscita toda a habilidade do cão-guia, há que ter em conta que a pessoa cega tem que estar devidamente reabilitada, ou seja, devidamente capaz de se orientar na rua, para que possa ele mesmo dar a orientação adequada ao cão.

Por isso, a bengala continua a ser um símbolo da autonomia, da independência. enfim, da liberdade, da capacidade de integração na sociedade e da possibilidade de realização pessoal para as pessoas com deficiência visual.

Foi como reconhecimento de todo este simbolismo que, nos anos de 1960, os Lyons club nos Estados Unidos se propuseram assinalar o dia 15 de Outubro como o "White Cane Safety Day". Entretanto, esta ideia foi-se disseminando por vários países, estando popularizado este dia como o "Dia Mundial da Bengala Branca".

Ao assinalar esta efeméride, pretende-se, pois, realçar, não só o marco de viragem que a bengala em si mesma traz para a socialização, realização e integração das pessoas com deficiência visual, mas também, toda a carga simbólica que lhe está associada, procurando despertar toda a sociedade para as questões da igualdade de oportunidades e da inclusão e, consequentemente, para a necessidade de eliminar tudo o que possa constituir-se como barreira para a autonomia e integração destas pessoas.
 
De entre estas barreiras, neste dia, vale a pena atentar especialmente àquelas que condicionam a mobilidade, como sejam as barreiras arquitectónicas, o mau estacionamento de veículos e, em suma, todas aquelas situações de falta de cuidado para com os espaços públicos.

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Só cinco por cento dos cegos tem emprego

Correio da Manhã

Diana Ramos

11 Outubro

A rotina repete-se quase todos os dias. Vítor Graça sai de casa e chega à Associação Promotora do Ensino de Cegos por volta das 09h30. Pela frente tem um longo dia de trabalho, que se divide entre reuniões, envio de e-mails e contactos com instituições parceiras.

Antes de cegar, chegou a trabalhar num empresa de administração de condomínios, mas a “falta de confiança das pessoas” levou-o a trilhar outros rumos. Após todas as barreiras sociais que transpôs, hoje assume as funções de assessor de direcção na associação onde trabalha e faz parte de um grupo restrito de cegos que tem emprego estável.

Olhando para trás, Vítor Graça reconhece que “as coisas mudaram muito nos últimos anos”, sobretudo graças à evolução da tecnologia, o que permite às pessoas com deficiência serem “mais autónomas e independentes”, mas lembra que “o acesso ao emprego mantém-se igual”. O mesmo é dizer que as portas do mercado de trabalho continuam de costas voltadas para os deficientes. “Calcula-se que existam em Portugal cerca de 50 mil cegos, a grande maioria fechados em casa”, lamenta, sublinhando que “só cinco por cento dos cegos tem emprego”.

Vítor perdeu a visão aos 26 anos. “Quando as pessoas cegam é qualquer coisa de terrível, é como ter um castelo e esse castelo ruir”, diz com a voz embargada. Adaptar-se ao quotidiano foi um desafio complicado que o obrigou a abandonar a empresa de gestão de condomínios. “Quando um cego aparece para administrar, pode ser muito competente, mas não o aceitam”, assegura, admitindo que teve de “deixar a profissão porque as pessoas não confiavam”.

Entre voltas e reviravoltas decidiu tirar um curso de informática, que o levou mais tarde a dar formação a invisuais. “Ofeceram-me este trabalho e as condições eram melhores, por isso aceitei”, recorda.

Além do desgosto de nunca ter visto o rosto dos dois filhos, lamenta a falta de oportunidades para pessoas com deficiência. “A formação profissional praticamente não tem saídas profissionais”, denuncia, deixando o exemplo do ensino dos cestos de verga e a formação para telefonistas e massagistas, a última com “um pouco mais de saída”.

“Tirando o Estado, as instituições de solidariedade social são as maiores empregadoras” de pessoas com deficiência, admite, sugerindo “um levantamento das pessoas com deficiência, onde se situam, a idade que têm, formação a dar e para onde é possível encaminhá-las”, para criar “uma bolsa de empregos”.

TRÊS PERGUNTAS A IDÁLIA MONIZ
Secretária de Estado-Adjunta e da Reabilitação

- Ainda existe dificuldade no acesso ao trabalho?

= Em 2006 estiveram inscritas nos Centros de Emprego 7257 pessoas com deficiência, o que nos leva a concluir que as pessoas com deficiência não procuram o sistema público de emprego.

- Faltam exemplos de deficientes no Estado.

= Sem dúvida. Já há exemplos, mas é preciso divulgá-los. Não duvido que pessoas com deficiência, em igualdade de oportunidades, são alvo de melhores avaliações.

- Impor quostas é uma solução?

= Nos países onde há quotas, os empregadores preferem pagar multas por não terem pessoas com deficiência nas empresas.


DEPOIMENTOS

"DESEMPENHAM BEM O TRABALHO" Cesaltina Laranjeira, 55 anos
“Conheço um caso num centro comercial, em Lisboa, onde três pessoas com deficiência trabalham. Um deles é sapateiro. Já tive oportunidade de os observar e pareceu-me que desempenhavam bem o trabalho.”

"PIOR PARA QUEM TEM LIMITAÇÕES" Salvador Quiteque, 30 anos
“Não é fácil para alguém que tenha uma deficiência arranjar emprego. Se no geral as pessoas já têm dificuldade, quem tem limitações é ainda pior. Acima de tudo é necessário mudar mentalidades e dar oportunidade a todos.”

"ACESSO É DIFICULTADO" Jorge Falcato, 53 anos
“O acesso ao trabalho é logo dificultado pelas fracas qualificações da maior parte das pessoas com deficiência e que resulta do difícil acesso à educação. Não existe sequer informação que permita conhecer a população com deficiência.”

"ACHO QUE HÁ DISCRIMINAÇÃO" Augusto Arsénio, 41 anos
“Acho que há discriminação. Há empregos em que as pessoas são adaptáveis a diversas funções e deviam ser-lhes dadas mais oportunidades. Em todas as empresas há de certeza meios para as contratar.”

NÚMEROS

  • 1.000.000 é o número, estimado pelas associações, de pessoas com deficiência existentes no País. Os últimos dados exactos são de 2001.
  • 375 mil pessoas com deficiência contabilizadas no País em 2001, 169 mil das quais com actividade económica e 153 mil assalariadas.
  • 7257 pessoas com deficiência estiveram inscritas, em 2006, nos centros de empregos, num total de mais de 441 mil indivíduos inscritos.
  • 2 milhões de pobres existentes em Portugal é o número estimado por Rogério Roque Amaro. O economista acredita que este número pode ter aumentado nos últimos anos
  • 17 por cento dos pobres portugueses têm emprego. Esta percentagem é avançada pela representação da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=261141&id
select=9&idCanal=9&p=200

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15 de Outubro
Dia da Bengala Branca

 9 Outubro

15 de Outubro é o  Dia da Bengala Branca, símbolo e auxiliar de orientação e apoio na mobilidade de pessoas portadoras de deficiência visual.

Em 1921, James Biggs, fotógrafo de Bristol, Inglaterra, ficou cego na sequência de um acidente. Devido à quantidade de trânsito que havia perto da sua casa, ele pintou a bengala de branco para a tornar mais visível.

Nos Estados Unidos, a introdução da Bengala Branca deveu-se a George Bonham. Em 1930, ele notou um cego, que tentava atravessar a rua com uma bengala preta, difícil de ser vista pelos motoristas, contra o asfalto escuro e ofereceu-se para pintar a bengala de branco e torná-la mais visível. Em 1931, o Lions Clube de Peoria, de que ele era membro e a quem apresentou o projecto, iniciou um programa para cegos, promovendo o uso de bengalas brancas. O Conselho da cidade adoptou uma regulamentação que dava aos portadores o direito de passagem para atravessar a rua.

A notícia da actividade do clube espalhou-se a outras cidades, e a bengala branca ficou conhecida por cegos e não-cegos como um meio de identificar a necessidade de os deficientes visuais se movimentarem com segurança.

Também em 1931, em França, Guilly d’Herbemont reconheceu o perigo que os cegos corriam no meio do trânsito e lançou a campanha "Movimento Bengala Branca". Como consequência, 5.000 bengalas brancas foram doadas às pessoas cegas de Paris.

Apesar de a Bengala Branca ser aceite como "sím bolo da cegueira", muitos países têm regras dis tintas relacionadas com o que constitui uma "bengala para cego". No Reino Unido, por exemplo, a Bengala Branca é reconhecida como sendo utilizada por deficientes visuais; se a bengala tiver duas faixas vermelhas, simboliza que o utente é surdo-mudo. Em algumas áreas, a bengala é amarela.

Nos Estados Unidos, as leis variam de estado para estado, mas em todos os casos, quem usa uma bengala branca têm direito de passagem ao atravessar uma via ou um local público.

Em 1970, o presidente da Federação Internacional de Cegos declarou o dia 15 de Outubro como o "Dia Internacional de Segurança da Bengala Branca". Assinalado em todo o mundo, este dia referencia o início simbólico da aprendizagem sistemática de orientação e mobilidade por parte das pessoas com deficiência visual.

Fonte: Lions Club International (adaptado)

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Estudantes com deficiência na UC

Newsletter da Universidade de Coimbra

6 Outubro

Estudantes com deficiência na Universidade de Coimbra, Ana e Vanessa são um bom exemplo de como, pela amizade, as dificuldades de cada um facilmente se ultrapassam em conjunto. Ana é invisual de nascença, Vanessa está dependente de uma cadeira de rodas desde os sete anos, altura em que lhe foi diagnosticada uma neurodistrofia muscular. Conheceram-se na Universidade e juntas fazem uma boa equipa. Longe do estereótipo habitual atribuído a pessoas com este tipo de limitações, são duas raparigas optimistas e bem-dispostas. A determinação associada à espontaneidade com que soltam sonoras gargalhadas, convencem-nos da simplicidade com que aparentemente levam a cabo aquilo que, para muitos, seria impossível.

Ambas são casos de sucesso que servem de exemplo e inspiração: Vanessa frequenta o 3º ano de Psicologia e sonha com uma carreira na área da Psicologia Forense. Ana terminou recentemente a licenciatura em Jornalismo e trabalha numa rádio local.

São apenas duas situações, mas espelham tantas outras com que diariamente o Gabinete de Apoio Técnico-Pedagógico ao Estudante com Deficiência  se depara.

A Newsletter foi conhecer melhor a realidade enfrentada por estes alunos na UC e o papel de uma estrutura em que se acolhe a desigualdade, combatendo a exclusão. “No primeiro dia, vim com uma acompanhante destacada pelo Gabinete. A aula era de Sociologia, o professor estava a explicar o programa e eu entrei na sala um bocado aflita, sem saber onde é que me havia de sentar. Uma colega reparou, levantou-se e veio dar-me a mão. A partir daí, tudo foi acontecendo naturalmente. Contei sempre com o apoio dos meus colegas.” Ana recorda assim o primeiro dia de aulas na Universidade de Coimbra.

Vanessa também fala sobre os seus receios iniciais: “O estar fora de casa assustava-me. A cidade é muito acidentada, tem muitas ladeiras e, como eu não estava habituada a andar sozinha, pensava se conseguiria aguentar sem desistir.” também fala sobre os seus receios iniciais: “O estar fora de casa assustava-me. A cidade é muito acidentada, tem muitas ladeiras e, como eu não estava habituada a andar sozinha, pensava se conseguiria aguentar sem desistir.” Ultrapassadas as inseguranças do começo, hoje são ambas casos de sucesso. Como acontece com os cerca de oitenta estudantes que, todos os anos, se dirigem ao Gabinete de Apoio Técnico-Pedagógico ao Estudante com Deficiência (ATPED), nesta integração contaram com a ajuda do Gabinete. Uma estrutura que visa proporcionar o necessário acolhimento e acompanhamento técnico ao aluno portador de deficiência física e/ou sensorial, bem como aos doentes de foro orgânico incapacitante.

A primeira ajuda é feita através de uma entrevista personalizada que permite avaliar as desvantagens daquele estudante, em particular, na adequação ao contexto escolar. A partir daí, o trabalho incide sobre os apoios que poderão ser disponibilizados para minorar as suas dificuldades. [...]

http://www.uc.pt/noticias/reportagem.pdf - 13 Set. 07

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CaixaDirecta - o cartão matriz não é
acessível a Deficientes Visuais

blog de jfilipe

01/10/2007

Para quem é cliente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a CaixaDirecta online, é um excelente site e muito seguro (https, os dados transmitidos são encriptados, usando SSL encriptação a 128 bits, o que torna muito dificil a descodificação dos dados) para fazer pagamentos, transferências e outras operações bancárias.

Ao efectuar uma transferência ou pagamento, no fim era pedido alguns números do n.º de contribuinte. Mas, se repararmos o n.º de contribuinte não é assim tão difícil de saber: pode-se encontrá-lo no site da empresa, na homepage (se a pessoa não tiver cuidado), num curriculum vitae, ..... !

Para fazer face a essa quebra de segurança, a CGD lançou o cartão matriz, que consiste numa matriz, onde as linhas estão numeradas 1 2 3 ... e, as colunas A B C ... e, em cada célula (linha X coluna Y) tem um n.º de 3 digitos (cada digito corresponde a uma posição). E antes de validar a operação, ele pede 3 números.
ex:
A1 1ª posição - 1 (a1 = 123)
F3 2ª posição - 4 (f3 = 345)
C4 3ª posição - 5 (c4 = 895)

Todos os cartões matriz são diferentes e os n.º's são gerados aleatóriamente e, portanto não há 2 cartões natriz iguais! Mas agora é que se coloca a questão: O cartão matriz vem impresso a preto & branco, sem relevo!

E como conseguem os deficientes visuais ter acesso a esse cartão? Através dum par d' olhos? Pois é, criaram um cartão que não é acessível pra todos!

E se eles para os Deficientes Visuais imprimissem o cartão em braile? Ou se mandassem pelo correio normal, uma disquete com um txt do cartão matriz?

Não seria boa ideia, fazer críticas construtivas e sugerir modos alternativos de enviar o cartão matriz? É nisto e noutras coisas que devemos intervir! Porque se nós, que sentimos na pele, não intervimos, mais ninguém o faz por nós!!

in http://www.lerparaver.com/node/7516

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Formação Inicial destinada a Professores de EE
que apoiam alunos com baixa visão

27 Setembro


A Equipa de Apoio Pedagógico à Deficiência Visual de Coimbra realiza nos próximos dias 13, 20 e 27 de Outubro 2007  - uma Acção de Formação de 20 horas, destinada a Professores de Educação Especial que apoiam alunos com baixa visão na área da DREC.

local: EB23 Poeta Silva Gaio - Guarda Inglesa - Coimbra
datas:  13, 20 e 27 de Outubro 2007
horário: 9h30-12h45 e 14h00–17h30
coordenação: Maria de Fátima Lopes

Conteúdos: 

  • o olho; a visão
  • visão normal, baixa visão, cegueira
  • patologias oculares e baixa visão
  • interpretação de relatórios oftalmológicos
  • avaliação clínica e avaliação funcional da visão; instrumentos de avaliação
  • auxiliares de visão para perto e para longe; materiais e equipamentos específicos
  • apoio a alunos com baixa visão; DL 319/91
  • adaptação pedagógica de materiais escolares
  • análise de casos

Esta formação é de carácter geral e essencialmente prática, uma ferramenta básica para apoiar alunos com baixa visão.

Inscrições e mais informações:
tel.: 239 801180 - ext. 219
fax: 239 801181
email: dv.coimbra@gmail.com

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Formação em Grafia Química braille
destinada a Professores de EE com alunos cegos

27 Setembro


A Equipa de Apoio Pedagógico à Deficiência Visual de Coimbra realiza no próximo sábado - dia 29 de Setembro 2007 - uma Acção de Formação de 6 horas, em Grafia Química braille, destinada a Professores de Educação Especial que estão a apoiar alunos cegos na área da DREC.

local: EB23 Poeta Silva Gaio - Guarda Inglesa - Coimbra
data:  29 de Setembro de 2007
horário: das 9h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30
coordenação: Maria Clara Gonçalves

Inscrições e mais informações:
Tel. 239 801180 - ext. 219
Email: dv.coimbra@gmail.com

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Nova Resolução do Conselho de Ministros
sobre acessibilidade web na Administração Pública

27 Setembro

Foi aprovada hoje no Conselho de Ministros uma nova Resolução que estabelece as orientações relativas à acessibilidade pelos cidadãos com necessidades especiais aos sítios da Internet do Governo e dos serviços e organismos públicos da Administração Central

Esta Resolução estabelece os requisitos mínimos de acessibilidade que devem respeitar os sítios da Internet do Governo e dos serviços e organismos públicos da Administração Central, com o objectivo de assegurar que a informação disponibilizada seja susceptível de ser compreendida e pesquisável pelos cidadãos com necessidades especiais.

Deste modo, são definidos claramente os requisitos técnicos de acessibilidade que devem ser cumpridos pelos sítios da Administração Pública Central, adoptando os níveis de conformidade das directrizes sobre a acessibilidade do conteúdo da Internet desenvolvidas pelo World Wide Web Consortium (W3C).

Assim, impõe-se, relativamente aos sítios de conteúdo meramente informativo, o respeito pelo nível de conformidade «A» (isto é, a remoção das barreiras digitais que possam existir nos sítios e que impeçam totalmente os cidadãos com necessidades especiais de os utilizar), e fixando um prazo de três meses para a concretização de tal objectivo.

Estabelece-se ainda, relativamente aos sítios que impliquem a prestação de serviços transaccionais aos cidadãos (entrega de declarações de rendimentos e outras obrigações tributárias, envio de formulários, pedido de certidões, constituição de empresas, realização de registos, etc.), o respeito pelo nível de conformidade «AA» (ou seja, os cidadãos com necessidades especiais conseguem utilizar directamente os sítios e ter acessos aos conteúdos neles constantes sem que para tal tenham de contornar quaisquer obstáculos) das referidas directrizes sobre a acessibilidade do conteúdo, com um prazo de seis meses para a sua efectivação.

O acompanhamento e a coordenação da implementação de tais medidas incube à Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, sendo ainda criado um grupo de trabalho, envolvendo a Agência para a Modernização Administrativa (AMA), que coordena, a Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC), o Instituto Nacional para a Reabilitação e o Ceger, Centro de Gestão da Rede Informática do Governo, com funções de consultadoria técnica na implementação das medidas fixadas.

Esta medida insere-se no Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade para os anos de 2006 a 2009 (I PAIPDI 2006-2009), dando igualmente execução ao Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade (PNPA).

Fonte: http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/
Governos_Constitucionais/GC17/Conselho_de_Ministros/
Comunicados_e_Conferencias_de_Imprensa/20070927.htm  

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Semana Europeia da Mobilidade no Porto

Lusa

18 Setembro

Inserido na Semana Europeia da Mobilidade, a STCP promoveu esta manhã o dia "Acessibilidade para Todos", realizando um serviço especial entre o interface da Casa da Música e a Praça Gomes Teixeira especialmente direccionado para invisuais, amblíopes, pessoas com locomoção reduzida, idosos e clientes com carrinho de transporte de crianças.

A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto vai disponibilizar informação sobre as suas linhas em linguagem braille, uma medida que visa "promover a mobilidade dos cidadãos deficientes visuais", anunciou hoje fonte da empresa. O folheto em braille dá "informação sobre as linhas da STCP, a sua origem e destino e por onde passam, bem como dá a conhecer quais as linhas que dispõem de autocarros com piso rebaixado e rampa de acesso para cadeiras de rodas", afirmou Rui Saraiva, da administração da STCP. Este folheto em braille vai ser distribuído pela ACAPO - Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, bem como nas lojas da STCP e Andante. A iniciativa surge no âmbito de uma parceria entre a STCP e a ACAPO, que hoje assinaram um protocolo de cooperação, assinalando a Semana Europeia da Mobilidade.

A ACAPO compromete-se a colaborar com a STCP no sentido de traduzir para inguagem braille a informação considerada essencial pela empresa e dirigida aos seus clientes. A ACAPO irá também assegurar formação a motoristas da STCP, "com vista a melhorar o atendimento entre estes e os clientes com deficiência visual".

Em contrapartida, a empresa transportadora facilitará às suas estações de recolha o acesso da ACAPO, para que, nas acções de formação que promove, os deficientes visuais possam experimentar entrar e sair dos autocarros da empresa. A STCP apoiará ainda a ACAPO na divulgação de iniciativas e programas especiais, disponibilizando para tal meios que estejam disponíveis.

Para "dar mais sentido à inclusão social e ao conceito de mobilidade", mais de 80 por cento da frota da STCP dispõe já de piso rebaixado e cerca de 70 por cento das suas viaturas têm rampa de acesso para cadeiras de roda.

"Apenas nove das 81 linhas da STCP não dispõem desta rede de acesso fácil", disse Rui Saraiva, acrescentando que a empresa pretende ainda implementar "uma solução tecnológica" que permita aos invisuais reconhecer a chegada de um autocarro a uma paragem.

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Medidas para reforçar o apoio aos alunos
com necessidades educativas especiais

ME - Portal da Educação

11 de Setembro de 2007

O Ministério da Educação (ME) lançou diversas medidas no âmbito da Educação Especial, com o objectivo de criar condições nas escolas e nos agrupamentos para que os alunos com necessidades educativas especiais beneficiem de um apoio mais efectivo e eficaz, adequado às suas necessidades específicas.

Para que os alunos com necessidades educativas especiais possam beneficiar de um apoio mais adequado às suas necessidades específicas, o ME definiu redes de escolas de referência, destinadas aos alunos cegos e aos surdos, bem como unidades especializadas em perturbações do espectro do autismo e em multideficiência.

A criação de redes de escolas de referência permite uma melhor organização dos recursos humanos, materiais e didáctico-pedagógicos, essencial para responder, nas melhores condições, aos diversos tipos de necessidades destas crianças e destes jovens. Assim, a partir deste ano lectivo, passam a existir 20 agrupamentos de referência para alunos cegos ou com baixa visão e, numa primeira fase, 22 agrupamentos num total de 72 escolas para estudantes surdos (profundos e severos), onde estes terão acesso ao ensino em Língua Gestual Portuguesa.

Foi, ainda, criada uma rede de agrupamentos de escolas de referência para a intervenção precoce, que funcionará em 121 agrupamentos, com 492 educadores de infância, abrangendo cerca de 4400 crianças. O número de unidades especializadas em multideficiência aumentou para 163, enquanto o número de unidades especializadas em perturbações do espectro do autismo ronda as 100.

Com o objectivo de melhorar o serviço prestado no atendimento dos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente, o ME apostou no reforço do número de técnicos existentes nas escolas. Enquanto, no ano lectivo anterior, estavam nos estabelecimentos de ensino 153 terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, terapeutas da fala e formadores e intérpretes de Língua Gestual Portuguesa, neste ano lectivo esse número ascenderá aos 269 técnicos.

Foram, também, criados 25 centros de recursos em tecnologias da informação e da comunicação para a Educação Especial, onde os alunos poderão contar com hardware e software adequado às suas necessidades específicas e, ainda, com materiais construídos e adaptados para estas crianças e para estes jovens. O aumento da produção de manuais escolares em formatos acessíveis, previsto neste ano lectivo, também contribuirá para a melhoria do ensino dos alunos cegos ou com baixa visão.

Para os alunos surdos que frequentam a educação pré-escolar e os ensinos básico e secundário, será elaborado um Programa de Língua Gestual Portuguesa, língua materna das crianças e dos jovens surdos.

O desenvolvimento de um modelo de Centros de Recursos de Apoio à Inclusão no processo de reconversão das instituições de educação especial, que deverá ocorrer até 2013, permitirá proceder à transferência dos alunos que frequentam os estabelecimentos de ensino especial para as escolas do ensino regular, contando com o apoio dos recursos humanos e materiais existentes nas instituições que os acolhiam. A inclusão destes alunos nas escolas do ensino regular deverá processar-se de forma a garantir a todos os estudantes uma resposta às suas necessidades educativas em igualdade de circunstâncias.

ME - Portal da Educação - 7-Set-07

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Diabetes: 20 mil em risco de cegar
esperam por consulta

Diário Digital

10 Setembro


Entre 15 a 20 mil diabéticos portugueses correm o risco de cegar, uma consequência previsível da doença, mas que não é acompanhada por rastreios e tratamentos urgentes, estando os pacientes sujeitos a esperar um ano para ir à consulta e, mais tarde, meses por um tratamento laser. De acordo com a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, o alerta foi lançado por vários especialistas em medicina geral e familiar em quase todo o País, mas também por oftalmologistas de unidades hospitalares. «Há casos graves à espera de rastreio em conjunto com rastreios de rotina e primeiros rastreios», alerta o coordenador do Programa Nacional para a Saúde da Visão, Castanheira Dinis.

O também director do Instituto Gama Pinto admite que casos graves são misturados com consultas de rotina, mas adianta que está a ser trabalhada uma forma de os distinguir para criar prioridades. Apesar disso, acredita que «já se salvam mais pessoas da cegueira» e que «há mais controlo da diabetes entre os portugueses».

No instituto que dirige, em Lisboa, o cenário é mais leve, uma vez que «o atendimento é preferencial a diabéticos». Luísa Santos refere que o tempo de espera «está entre os três e os seis meses» e o tratamento, garante, é feito logo que identificadas as lesões indicadoras de retinopatia diabética.

No Algarve, segundo fontes dos hospitais de Faro e Barlavento Algarvio, o número de oftalmologistas é reduzido, não passando de meia dúzia de médicos. A região optou por estabelecer protocolos com centros de saúde para fazer os rastreios, porém, tratar as eventuais lesões pode demorar um ano.

O cenário é semelhante no Alentejo, onde «até há máquinas para rastreio, mas não existe resposta a tratamentos», de acordo com Rosa Galego, médica na mesma área. A zona centro, exemplo reconhecido por ter um excelente programa de rastreio, tem resultados positivos, com as consultas de retinopatia diabética a demorar três meses. A situação, contudo, não é tão positiva para aqueles que entram na consulta geral, que podem esperar nove meses a um ano.


in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=294165

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10.ª Edição do Concurso de Leitura
"Um Livro é um Amigo" - ano 2007

9 Setembro

 

As modalidades a concurso continuam a ser Prosa e Poesia. Os interessados nesta iniciativa, deverão solicitar na secretaria da delegação Regional do Centro da ACAPO o regulamento do concurso. O prazo de entrega dos trabalhos foi alargado até dia 31 de Outubro de 2007.

A sessão de entrega de prémios desta edição terá ainda lugar em Dezembro de 2007, evento onde se procederá ao lançamento duma colectânea com os trabalhos premiados ao longo de dez edições do Concurso. Não deixe mais uma vez de participar!

Contactos:

ACAPO - Delegação Regional do Centro
R. dos Combatentes da Grande Guerra, nº 113, subcave
3030-181 Coimbra
Tel.: 239792180 - Fax: 239792188
sec-coimbra@acapo.pt

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Ministério reforça número de técnicos no âmbito
das necessidades educativas especiais

SOL

6 Setembro 2007

 

O Ministério da Educação (ME) vai aumentar em 116 o número de terapeutas, formadores e intérpretes de língua gestual portuguesa no âmbito das necessidades educativas especiais, revelou hoje o secretário de Estado da Educação

O ME quer transformar até 2013 as instituições de ensino especial em centros de recursos e ter todos os alunos com necessidades educativas especiais integrados no sistema de ensino regular.

«As alterações que já produzimos ao regime de apoio aos estudantes com necessidades educativas especiais de carácter permanente colocam-nos muito próximo das melhores práticas dos principais países europeus, pelo que estamos no bom caminho», congratulou-se o secretário de Estado, Valter Lemos, num encontro com jornalistas.

Já a partir do ano lectivo 2007/08, que arranca entre 12 e 17 de Setembro, os agrupamentos vão poder contar com 146 terapeutas ocupacionais, da fala e fisioterapeutas, 65 formadores de língua gestual portuguesa e 58 intérpretes de língua gestual portuguesa, para um total de 269 técnicos de apoio especializado, quando em 2006/07 estavam disponíveis 153.

Além disso, começam a funcionar a partir deste ano lectivo 21 agrupamentos de referência para alunos cegos e com baixa visão e 40 agrupamentos mais 72 escolas de referência no ensino bilingue de alunos surdos.

O Ministério da Educação decidiu ainda alargar o número de unidades (salas) especializadas em multideficiência, que serão 163 no apoio a 827 jovens, bem como o número de unidades especializadas em perturbações do espectro do autismo, que a partir do próximo ano lectivo serão 99, abrangendo 494 alunos.

Foi ainda criada uma rede de agrupamentos de escola de referência para a intervenção precoce, que funcionará em 121 agrupamentos com 492 educadores, sendo abrangidas, segundo as estimativas da tutela, 4.355 crianças.

«Estas alterações e o novo funcionamento estrutural permite melhorar significativamente o serviço prestado no atendimento aos jovens com necessidades educativas especiais», afirmou o secretário de Estado da Educação, acrescentando que está «para breve» a aprovação em Conselho de Ministros do decreto lei que regulamenta o regime da Educação Especial.

Em relação aos centros de recursos TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), vão estar a funcionar nas escolas um total de 25, quando no ano lectivo 2006/07 eram apenas três.

Segundo o Director-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), Luís Capucha, estão sinalizados no actual sistema de ensino cerca de 35 mil alunos com necessidades educativas especiais, mas aplicando o Sistema de Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) este número baixa para 25 mil.

O CIF é composto por uma lista de itens, com questões relativas ao perfil das funcionalidades - saúde, mobilidade ou deficiências -, da actividade e participação do aluno na vida escolar e de factores contextuais - relação com os outros ou com a família.

No âmbito da presidência portuguesa da União Europeia, o Ministério da Educação vai promover a 16 e 17 de Setembro a audição parlamentar "Young Voices, Meeting Diversity in Education", que contará com a presença de três jovens com necessidades educativas especiais de cada um dos Estados-Membros.

O evento é organizado em parceria com a Agência Europeia para o Desenvolvimento em Necessidades Educativas Especiais e visa proporcionar aos jovens com estas necessidades a possibilidade de expressarem a sua opinião e expectativas sobre a Educação junto dos decisores políticos.

«Temos a expectativa de que saia desse encontro uma declaração baseada no que os estudantes dizem sobre as condições que lhes são oferecidas para obter sucesso no ensino», afirmou Luís Capucha.

 

in http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=54354

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Investigadores da Universidade de Alberta descobrem
gene que provoca alguns tipos de cegueira

Portugal Diário

5 Set 2007

 

De acordo com um estudo publicado esta quarta-feira, os investigadores Joe Casey e Yves Sauvé explicam como interromperam a função do gene AE3/S1c4a3 em ratos, causando nos animais doenças que conduziram à cegueira.

O gene tem como função manter o balanço ácido na retina, membrana de células nervosas que reveste o interior do globo ocular e que tem a função de converter as imagens captadas pela visão em impulsos nervosos que o nervo óptico leva depois até ao cérebro.

«A visão é iniciada pela foto tradução na retina exterior por foto-receptores, cuja taxa metabólica elevada gera grandes cargas de CO2 (dióxido de carbono)», referem os investigadores.

«As células internas da retina processam então o sinal visual e o CO2», explicam, acrescentando que, em situações normais, «o AE3 mantém então o balanço ácido, removendo o desperdício de CO2 gerado pelo foto-receptor».

Os investigadores afirmam que a identificação do gene tem implicações clínicas directas, surgindo a hipótese de novos métodos de diagnóstico, especialmente no caso de doenças como as Distrofias Hereditárias da Retina (DHR).

Segundo informa a agência Lusa, os investigadores salientam que as semelhanças entre os ratos infectados com o gene e os indivíduos com DHR, sugerem o estudo para as condições que levam a este tipo de cegueira, para os quais ainda não há cura.

 

in http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.
php?id=850827&sec=3

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Ecoparque sensorial na Aldeia da Pia do Urso

Jornal de Leiria

Agosto 2007

 

O primeiro ecoparque sensorial do País, concebido especialmente para cegos, foi inaugurado segunda-feira na Pia do Urso, uma aldeia típica localizada em S. Mamede, Batalha, que está totalmente recuperada, com a reconstrução das casas em pedra. O local atrai já muitos visitantes, que nas últimas semanas se deslocaram em romaria à povoação, agitando o sossego das sete pessoas que ali moram.

Carminda Silva é um dos sete moradores que vivem actualmente na Pia do Urso, onde a idosa nasceu há mais de 80 anos, num tempo em que a aldeia já dava sinais de envelhecimento. “Os mais velhos foram morrendo e os novos partiram”, recorda a mulher. No entanto, quando os habitantes pensavam que a povoação iria acabar, à medida que os poucos residentes fossem desaparecendo, a aldeia ressuscitou e está a tornar-se num local de romaria de centenas de visitantes, que querem ver o trabalho de recuperação das casas e das ruelas estreitas e o primeiro ecoparque sensorial do País e um dos poucos da Europa preparado para cegos.

O escasso alcatrão que havia nas ruas da aldeia há cerca de três anos foi substituído por calçada e os montes de pedra em que se haviam transformado as casas estão de novo de pé. Dez habitações já se encontram recuperadas, faltando agora meia dúzia delas, cujo processo de reabilitação dependente da resolução de “problemas de herança”, como explica o presidente da Câmara, António Lucas, e um dos principais impulsionadores do projecto, a par de alguns técnicos do município, da empresa Ataraxia e de Carlos Costa, especialista em reconstruções históricas.

O ecoparque foi inaugurado segunda-feira, mas já há alguns meses que o espaço se tornou local de romaria. “Tem sido uma peregrinação. Há gente a todas as horas do dia e até à noite”, conta Carminda Silva, que, apesar de ter perdido o sossego, acredita que o projecto será bom para a freguesia. “Se não fossem as obras, a aldeia morria em poucos anos. Assim, virão muitos visitantes”, acrescenta Maria Jesus, 81 anos, que vive junto à aldeia.
De férias em Portugal, Armandino Lemos não quis regressar à Suiça, onde está emigrado há 24 anos, sem visitar a renovada Pia do Urso, depois do tio lhe ter falado do trabalho que ali foi feito. “Estou verdadeiramente surpreendido. Está aqui uma obra excepcional. Não tem nada a ver com as ruínas de outros tempos”, confessa o Iníciom, nascido em S. Mamede, a poucos quilómetros do local. Na deslocação à aldeia, Armandino Lemos fez-se acompanhar da família e de um casal amigo, natural de Viseu, que se manifestaram “espantados com a beleza” do espaço.

Colaboração preciosa dos privados

A recuperação da Pia do Urso começou há cerca de três anos, com o início da reconstrução das habitações, feita por particulares com o apoio do programa Agris do Ministério da Agricultura. A intervenção teve ainda uma componente de investimento público, na ordem dos 400 mil euros, para a infraestruturação do espaço e a criação do ecoparque sensorial.
Durante a inauguração do parque, o presidente da Câmara destacou o envolvimento da população local, do qual resultou “muito rapidamente na recuperação da maioria das habitações”, que serão usadas para fins turísticos, como casas de alojamento.
Na parte mais elevada da aldeia, desenvolve-se o parque sensorial, que procura “casar a natureza, com a madeira e pedra” e criar um “espírito mágico, onde as pessoas possam beber sons e cheiros”, explica Carlos Costa, que concebeu as várias estações que compõem o percurso.

O ecopoarque é enriquecido com representações gráficas, que, segundo João Beirante, da empresa Ataraxia especializada em trabalhos para invisuais, “facilitam a apreensão da informação, quer aos invisuais quer aos normais visuais”. Especialmente a pensar nos cegos, existem vários painéis em Braille e em baixa visão, explicando cada estação. A aproximação a esses locais é assinalada no chão, recorrendo a um pavimento diferente e a um pequeno corrimão com placas em Braille, informando o visitante do local onde está. A zona central do trilho principal do percurso é feita com uma textura própria, para facilitar a circulação dos invisuais.

“A preocupação foi a de criar informação acessível a todos, desde os normovisuais, aos cegos até pessoas com dificuldades visuais, usando técnicas próprias e letras suficientemente ampliadas e com alto contraste”, adianta João Beirante. O percurso, todo ele com iluminação, está povoado com imagens de animais em tamanho real (porcos, porcos, patos, burros, etc). Foram ainda postas a descoberto 26 pias que existiam no local, mas que se encontravam cheias de silvas.
 
António Lucas acredita que a Pia do Urso terá um impacto significativo no turismo da região, oferecendo um “local único e atractivo”. O autarca apela, no entanto, à utilização correcta do espaço, para evitar actos de vandalismo, como já aconteceu, pedindo aos visitantes que “funcionem como vigilantes uns dos outros”.
Maria Anabela Silva

A inspiração que veio da Áustria

O ecoparque sensorial da Pia do Urso foi inspirado num equipamento semelhante existente em Virgen, na zona de Tyrol, Áustria. O projecto arrancou há cerca de dez anos e o local é hoje um forte pólo de atracção turística na região, tendo sido criados pacotes destinados a invisuais e às suas famílias, que incluem visitas guiadas à zona envolvente. O parque propriamente dito é constituído por painéis e brochuras em Braille. Segundo o boletim informativo do programa LEADER, no local são ainda desenvolvidas actividades complementares, como seminários para instrutores de cães para cegos e visitas guiadas feitas por invisuais, onde o visitante pode experimentar vários tipos de sensações não visuais, apresentados através de um percurso auditivo e do olfacto, de um laboratório de plantas aromáticas e de uma granja obscura. Para satisfazer o principal público alvo do parque, alguns restaurantes traduziram as ementas para Braille e vários estabelecimentos hoteleiros fizeram adaptações das suas instalações.


Estruturas do ecoparque:
Estações do planetário – apresenta as várias fases da lua e descreve o sistema solar
Estação do ciclo da água – composta por uma nora e um engenho que recriam o princípio da energia
Estação do jurássico – é uma alegoria ao período dos dinossauros
Estação da alegoria – representa a marcha das tropas de D. Nuno Alvares Pereira entre Ourém e Porto de Mós, na véspera da Batalha de Aljubarota, com passagem pela Pia do Urso
Estação lúdica – com um puzzle ‘gigante’ em madeira e jogos
Estação da Pia do Urso – composta pela pia onde, segundo a lenda, iria beber um urso que vivia nas redondezas da aldeia e que deu origem ao nome da povoação
Pia do amor – composta por uma pia que tem a configuração natural de um coração
Estação musical – com diversos dispositivos musicais (gongo, xilofone, cabaça, castanholas, etc)
Parque infantil
Miradouro
Parque de estacionamento para automóveis e autocarros (localizado à entrada do parque)
Casas de banho
Chafariz
Centro de interpretação (a concluir dentro de quatro meses)
Posto de informação

in http://www.jornaldeleiria.pt/index.php?article=7388&visual=-1&id=0&print_article=1&layout=29

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Museu de Mação ajuda cegos a ter acesso à arte

O Mirante - diário online

25 Julho

O Instituto Politécnico de Tomar e o Museu de Arte Pré-Histórica de Mação vão integrar o projecto internacional "To touch or not to touch", que visa o acesso de invisuais à história arqueológica, cultural e ambiental da Europa.

Luís Oosterbaek, director do Museu, disse hoje à Agência Lusa que, através da elaboração de réplicas de arte rupestre do Vale do Tejo/Ocreza, poder-se-ão "quebrar as barreiras que os cidadãos invisuais e amblíopes enfrentam na maioria dos museus" e, por outro lado, as pessoas com visão normal "terão a oportunidade de tactear aquilo que, normalmente, só podem ver".

Sara Cura, arqueóloga do museu de Mação, acrescentou à Lusa que "a ideia é colocar à disposição dos invisuais um recurso didáctico, museográfico e interactivo, construído de raíz e com legendas em braille, que pretende diminuir progressivamente a exclusão de cidadãos portadores de deficiência".

O investimento, que não revelou, mas referiu ser "de poucos milhares de euros", será financiado pela Comissão Europeia através do Programa Cultura 2000 e integra equipas de Portugal, França, Itália e Bulgária.

Luís Oosterbaek disse à Lusa que "a vasta experiência em arqueologia experimental" dos países envolvidos "conjugará os conhecimentos específicos em réplicas tácteis" de peças arqueológicas - mosaicos romanos, ossos, instrumentos em pedra, tecidos medievais e gravuras rupestres.

Sara Cura disse que as obras de construção da nova sala de exposições do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação "começam este Verão e terminarão até ao final do ano", altura em que será inaugurada a exposição "Sons e passos na paisagem".

in O Mirante - diário online - 23-07-07

http://www.omirante.pt/index.asp?idEdicao=51&id=16456&idSeccao=479&Action=noticia

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Filme da BBDO finalista em Cannes

Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes

17-07-07

http://www.youtube.com/watch?v=WhFTFiJf4g4&feature=
player_embedded#

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Abuso de medicamentos prejudica a visão

Eutrópia Turazzi
LDC Comunicação

12-07-07

 

Os maiores vilões são os antibióticos e corticosteróides que reduzem a resistência predispondo à conjuntivite alérgica ou viral, catarata e glaucoma.

No inverno a baixa umidade do ar dobra a incidência da síndrome do olho seco que atinge 20% da população contra 10% no restante do ano. A menor produção da lágrima diminui a defesa dos olhos que ficam mais suscetíveis a contaminações de suas porções externas – córnea e conjuntiva.  Somado a isso, a cefaléia, febre, tosse, dor de garganta, coriza e doenças respiratórias típicas dessa época do ano levam ao uso abusivo de antibióticos e corticosteróides, porque a maioria das pessoas não sabe distinguir reações alérgicas da gripe que é uma contaminação virótica e do resfriado que não chega a ser uma infecção. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, o uso abusivo dessas medicações pode causar graves problemas à saúde dos olhos porque mascara doenças, além de tornar o organismo resistente a outros medicamentos. Por conta dessa resistência, Queiroz Neto afirma que o tratamento de conjuntivite viral que geralmente dura 15 dias chega a necessitar de três a quatro meses de acompanhamento médico.  Ele diz que o erro mais comum cometido por 3 em cada 10 pacientes é usar colírio antibiótico para tratar conjuntivite viral. Além do antibiótico não fazer efeito torna a pessoa resistente ao remédio e pode causar ceratite tóxica. O ideal, explica, é tratar a conjuntivite viral com compressas quentes já que os vírus se tornam mais resistentes em ambientes frios. Nos casos mais graves o tratamento é feito com lágrimas artificiais, colírios antiinflamatórios hormonais ou não hormonais. Não é só o uso tópico de antibióticos que cria barreiras para a ação dos princípios ativos de antibióticos, ressalta. Pessoas que tomam por muito tempo grandes quantidades de antibiótico, que no caso dos olhos é usado para combater a conjuntivite bacteriana, quando contraem uma infecção ocular tem complicações difíceis de serem tratadas.  O problema comenta é que muitos pais não aceitam sair do consultório sem uma receita.  Em geral as conjuntivites virais desaparecem em cinco dias como uma resposta natural do organismo que ganhou imunidade. Uma criança, ressalta, está com seu campo imune em formação e precisa ser exposta para ganhar resistência física.

Corticosteróide altera a defesa

Outra grave conseqüência do abuso de antibióticos e corticosteróides é alterar a defesa do organismo. Só para se ter uma idéia, as doenças alérgicas cresceram dez vezes entre as décadas de 70 e 90, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). É um problema de saúde pública em que o Brasil está entre os países com maior prevalência. O Estudo Multicêntrico Internacional de Asma e Alergias na Infância (ISAAC) demonstra que 20% da população brasileira é portadora da doença. Queiroz Neto afirma que seis em cada 10 alérgicos manifestam alergia nos olhos que se tornam mais suscetíveis a opacidades corneanas, ceratocone e catarata. A dica do médico é não coçar os olhos. Isso porque, quanto mais coçar maior será a formação de histamina, substância responsável pelos sintomas da alergia.

Ele explica que o tempo seco no inverno e a concentração de pólen na primavera aumentam em 25% a predisposição à conjuntivite alérgica primaveril. É o mais grave tipo de alergia ocular, adverte. O tratamento em estágio inicial pode ser feito com colírio estabilizador de mastócito, célula que se rompe no contato com os alergênicos e libera a histamina. Em estágio intermediário pode ser indicado colírio anti-histamínico. Só em última instância o tratamento é feito com corticosteróide e por tempo limitado. Isso porque, o uso tópico prolongado de corticosteróide pode causar glaucoma e catarata subcapsular posterior que difere da catarata senil por afetar a cápsula posterior do cristalino, invés de seu núcleo. Como os corticosteróides orais ingeridos por longo tempo também causam estas doenças a recomendação médica é de cautela no uso.

As alergias oculares também podem aparecer na forma mais branda de conjuntivite sazonal que em geral pode ser tratada com compressas geladas, desde que recomendadas por um oftalmologista.

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Barrados no Braille - blog de Joana Belarmino

Da leitura de barriga à aeróbica braçal

8 Julho 07

Sou Joana Belarmino, uma mulher cega, de quase cinquenta anos, jornalista, quase cantora, quase escritora, professora universitária. [...]

Desde menina, desde que apalpei aqueles seis pontinhos Braille e compreendi a sua forma de associação, desde que aprendi a juntar palavras, vivo entre livros. Mas antes a minha leitura era de barriga. Isso mesmo. Leitura de barriga. Eu pegava um livro na biblioteca da escola, deitava-me na minha cama e devorava as coisas do mundo da literatura, o livro grande em cima da minha barriga.

Foi assim com o mundo encantado de Monteiro Lobato, os clássicos da literatura brasileira, “A Cabana do Pai Tomás”. Agora a leitura não pede barriga, mas um duro trabalho braçal. Eu digo que é como tecer e destecer o manto de Ariadne. Explicando. Entro na livraria como todo mundo, compro o livro que quero e zás! Volto para casa, abro meu scanner HP, e começa o trabalho de digitalização, para ter acesso ao texto impresso.

Coisa de louco, quando a gente sabe que todo o livro, na actual conjuntura informática, antes de ser impresso, é digital! Então é como se eu voltasse no tempo, para desenredar o digital do impresso, sabendo que nos bancos de dados do mercado editorial, o digital está prontinho, sem sujeira, sem problemas de formatação, prontinho para virar impresso de novo, prontinho para gerar cifras e mais cifras no grande sorvedouro mercadológico do balcão das livrarias. Sou criminosa? Sou pirateadora de livros? Sou uma espécie de “livreira de Cabul” paraibana a fazer cópias e mais cópias dos livros que quero ler?

Não para todas as perguntas. Não vendo o fruto do meu trabalho braçal. Apenas leio o que digitalizei, refém da voz sintética do meu computador.

Chegará o dia em que os editores de livros destravarão o selo da sua falta de vontade política e se sentarão à mesa das negociações, para tratar connosco, centenas de milhares de pessoas cegas, acerca da acessibilidade ao livro? Chegará o dia em que vou à livraria, compro meu livro, no formato que desejar, para leitura de barriga ou áudio leitura?

22/06/2007 - 12:36 post de joana belarmino

in http://www.lerparaver.com/node/7208

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Cegos nas escolas

Bárbara Simões

Público
17-Junho

787 alunos cegos frequentam, neste ano lectivo, 591 escolas básicas e secundárias
 
Há uma instrução que Amélia Lopes dá sempre aos alunos no primeiro dia de aulas: nunca ponham o dedo no ar quando quiserem pedir a palavra - a professora é cega.

Há coisas, como sair da escola para experimentar tocar nas plantas ou nas pedras, que Margarida Loureiro considera fundamentais para aqueles que ensina - alguns são cegos.

Como aprende quem não vê? Foi do que se falou, numa manhã desta semana, no aparthotel de Lisboa onde Fernando Santos, cego, passou 11 dias a socorrer-se apenas da Internet para cumprir diversas tarefas do dia-a-dia, numa iniciativa que testou a acessibilidade dos sites portugueses. E, a avaliar pelo que conta quem passou por esta experiência, é muitas vezes vencendo quase tudo o que a rodeia que uma pessoa que não vê aprende e completa
o percurso académico. Há dificuldades que são óbvias, mas há outras que conseguem surpreender.

É esta expressão - surpresa - que Margarida Loureiro, professora de educação especial de alunos com baixa visão e cegos, utiliza. "O que me tem surpreendido é a atitude de alguns médicos na relação com os miúdos cegos e as famílias." Com isso, diz, não estava mesmo a contar. Uma das estudantes que a professora acompanha tinha uma carta de uma oftalmologista a dizer que precisava de frequentar uma escola especial. E quando a médica, numa consulta posterior, percebeu que a criança continuava no ensino regular, disse: "Mas o que é que ela está a fazer na escola? Ela não consegue aprender." Margarida conta, porque estava lá - vai com os estudantes às consultas.

Outro aluno não começou a aprender antes dos nove anos. "Só tivemos conhecimento dele quando o irmão mais novo entrou para a escola", na zona de Sintra, recorda Margarida Loureiro. Nunca tinha tido qualquer contacto com braille nem com alguma espécie de ensino.

Amélia Lopes, cega, professora de Português e Francês no ensino regular, esteve até mais tarde alheada do mundo. Nasceu numa aldeia do interior, filha de pais analfabetos. Aos seis meses teve sarampo; correu muito mal. "Apanhou-me os olhos. Não me pergunte como nem porquê, mas foi isso que me cegou. Nunca tive uma visão que me desse a possibilidade de ir à escola como qualquer outra criança." Aos 17 anos deixou por completo de ver.
Com 18 disse aos pais que vinha a uma consulta de Oftalmologia a Lisboa e nunca mais regressou. Começou por vir ter com uma prima. Aprendeu braille, preparou-se
para o exame da 4.ª classe. Nunca mais parou de estudar. Licenciou-se na Faculdade de Letras. Agora, aos 53 anos, continua a dar aulas e a sentir que "é preciso preparar os professores" que estão nas escolas: "Uma pessoa cega [professor ou aluno] não é um extraterrestre e não traz as dificuldades que eles às vezes pensam que traz."

Quando se fala em dificuldades, Ana Oliveira, cega, de 39 anos, pensa logo nos tempos de faculdade. "Não havia professores de apoio, não havia livros [em braille], não havia nada." Ana gravava as aulas para depois estudar. Mas como estava muito habituada a estudar por apontamentos (no ensino secundário anotava tudo numa máquina de braille, à medida que os professores falavam), era-lhe difícil reter a matéria quando apenas a ouvia. "Dava-me ao trabalho de passar as cassetes todas para braille, por isso o curso demorou seis ou sete anos." Diz que pelo meio se apaixonou pela informática. E levar um computador portátil para as aulas "fez toda a diferença". Alguns professores continuavam a falar muito depressa, mas ela escrevia "bastante rápido".

Copyright PÚBLICO Comunicação Social SA

CorreioAcapo

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Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade

CORREIO-ACAPO

14 Junho


A Câmara Municipal de Coimbra através da Divisão de Acção Social e Família - Rede Social (Grupo de trabalho: Acessibilidades) vai levar a cabo uma acção denominada "Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade", nos dias 3 e 4 de Julho de 2007 no Pavilhão Multidesportos.

Assim e no âmbito dos objectivos do Município Cidade Solidária e Saudável bem como das orientações do Ano Europeu para a Igualdade de Oportunidades para Todas e Todos - Por Uma Sociedade Justa - 2007, esta Feira Social pretende afirmar a co-responsabilidade sistémica entre a sociedade, Estado e Instituições, enquanto actores sociais empenhados e unidos na construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

O evento contará assim com a presença de diversas instituições: IPSS, entidades oficiais, assim como de empresas ligadas ao ramo da mobilidade e acessibilidade.

Pretende-se com a "Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade" contribuir para a divulgação junto da comunidade, de projectos de âmbito social, dando a conhecer o desempenho das instituições junto dos seus utentes, dignificando assim o trabalho desenvolvido, consolidando e estreitando laços no espírito das parcerias. Pretende-se ainda, divulgar produtos facilitadores da mobilidade e acessibilidade, apresentados quer por instituições, quer por empresas.

No dia 3 de Julho a "Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade"estará aberta à população das 14:00H às 20:00H.

Na noite do dia 3, pelas 21h realizar-se-à um Concerto Musical de Solidariedade no mesmo espaço, com a presença dos seguintes grupos:

- 5ª Punkada do NRC-APPC;

- Rebus Stare da APPACDM;

- Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra;

- Orquestra Clássica do Centro;

- André Sardet.

No dia 4 de Julho, Dia da Cidade e feriado municipal, a "Feira Social da Mobilidade e Acessibilidade" estará aberta ao público das 10:00H às 22:00H.



ACAPO - Delegação Regional do Centro - Divisão de Acção Social e Família

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Novo curso virado para a reabilitação e acessibilidade

Rádio Renascença

11 Junho 07

Em 2010, Portugal vai formar os primeiros licenciados europeus em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade. O curso abre no próximo ano na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O currículo tem como objectivo formar técnicos capazes de utilizar a tecnologia ao serviço da melhoria das condições de vida das populações com necessidades especiais - idosos e/ou deficientes.

A licenciatura já foi formalmente aprovada pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior, como explicou Francisco Godinho, do departamento de engenharias da UTAD.

O plano curricular da nova licenciatura da UTAD aposta na interdisciplinaridade e atravessa áreas que vão desde as tecnológicas até às ciências sociais.

O curso de Engenharia da Reabilitação e Acessibilidade terá a duração de três anos e obedece ao modelo de Bolonha.

A licenciatura responde às necessidades de formar novos profissionais nesta área, como aliás ficou definido no plano nacional de promoção da acessibilidade aprovado em Conselho de Ministros.

André Rodrigues

http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspxAreaId=11&
SubAreaId=108&ContentId=196367

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Nova técnica anticegueira

Jornal de Notícias

J. Paulo Coutinho

10 Junho

Cegueira com promessa de recuperação em cinco anos

A degeneração macular relacionada com a idade (DMRI) afecta cerca de 25% das pessoas com mais de 60 anos, cerca de 30 milhões de pessoas em todo o mundo, e pode levar à cegueira. Uma doença que tem sido alvo de várias investigações no sentido de encontrar um tratamento, ou mesmo a sua cura. Actualmente, um grupo de investigadores britânicos está a tentar restituir a visão de pessoas que sofrem de DMRI usando células estaminais.

A técnica está a ser testada no Moorfields Eye Hospital, em Londres, e a equipa de especialistas já conseguiu corrigir a visão de um grupo de pacientes com degeneração macular usando células retiradas dos olhos dos próprios pacientes.

Agora, os mesmos médicos do hospital londrino pretendem repetir a operação, mas desta vez utilizando células estaminais embrionárias cultivadas em laboratório.

O coordenador da equipa de investigação, o médico Lyndon Da Cruz, participou na primeira fase do projecto, em que foram utilizadas as células extraídas de regiões saudáveis da retina dos pacientes e foram implantadas nos locais afectados pela degeneração macular. Este especialista referiu que as experiências foram bem sucedidas, mas revelaram algumas complicações, uma vez que as cirurgias se prolongam por mais de duas horas e foram precisas duas operações.

A fase seguinte deste projecto passa por tentar agilizar e, logo, tornar mais acessível a todos este tipo de cirurgia.

Para isso, para que o procedimento seja mais fácil, mais rápido e mais amplamente disponível, à equipa de especialistas do Moorfields Eye Hospital juntou-se uma equipa de investigadores da University of Sheffield, no Norte da Inglaterra. Esta equipa conseguiu cultivar células EPR (epitélio pigmentar da retina) a partir de células estaminais embrionárias. O objectivo é injectar essas células nos olhos dos pacientes durante uma operação de apenas 45 minutos.

Os especialistas esperam conseguir tratar os primeiros pacientes dentro de cinco anos.

http://jn.sapo.pt/2007/06/10/sociedade_e_vida/nova_
tecnica_anticegueira.html

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Cientista português distinguido na área da oftalmologia

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
- Gabinete do Ministro

6 Junho 07

Ciência: Sociedade Europeia de Oftalmologia distingue cientista português

O investigador português José Cunha-Vaz vai ser distinguido sábado, em Viena, Áustria, com a Medalha Helmohltz, prémio europeu que distingue uma carreira científica, atribuído de 4 em 4 anos pela Sociedade Europeia de Oftalmologia (SEO - ver http://www.soe2007.org/).

O Professor José Cunha-Vaz vai anunciar em Viena, na conferência que fará na cerimónia de abertura do Congresso da SEO, um novo método de mapeamento multimodal da mácula que contribui para o diagnóstico precoce da degenerescência neovascular macular relacionada com a idade (DMRI).

O Professor José Cunha-Vaz, 68 anos, é Professor Catedrático e Director do Serviço de Oftalmologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Presidente do Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem (IBILI), da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Presidente do Conselho de Administração da AIBILI (Associação para Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem) e Coordenador da Rede Europeia de Centros de Excelência de Ensaios Clínicos do Instituto Europeu da Visão (EVI.CT.SE).

in Portal do Governo

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Cego fecha-se em casa para testar exclusão

Portugal Diário

28 Maio 07

Durante dez dias Fernando tentará aceder
a bens essenciais pela internet


Um cego português vai fechar-se em casa durante dez dias para testar a acessibilidade da Internet aos invisuais, tentando fazer compras ou pagamentos de bens essenciais, e aferir o grau de exclusão da sociedade portuguesa, escreve a agência Lusa.

O teste a que se vai sujeitar Fernando, o invisual que vai levar a cabo a iniciativa de uma empresa de tecnologias de informação nacional, começa quinta-feira e termina no próximo dia 15. «O Fernando vai ter em casa comida e outros bens essenciais, pois não se trata de um teste de sobrevivência. O que pretendemos saber é a quantidade de sites a que consegue aceder e se consegue concluir uma compra. Tememos, por exemplo, os sites da administração pública ou de comércio electrónico», explicou à Lusa Teresa Marta, da empresa Vector21, responsável pela iniciativa.

Fernando vai tentar marcar consultas no centro de saúde pela Internet, comprar alimentos, consultar o horário de atendimento da câmara municipal, pagar a conta da água ou comprar um bilhete para um espectáculo musical. «Acredito que não vai conseguir fazer uma compra on-line», afirmou Teresa Marta.

Além de testes à acessibilidade da Internet, Fernando vai fazer outras experiências para testar a exclusão da sociedade portuguesa. «Vamos pedir por exemplo que compre um CD pela Internet e depois tente fazê-lo pessoalmente, para concluir se são maiores as barreiras físicas ou as da Internet», explicou aquela responsável.

A iniciativa, denominada Integra21, tem o alto patrocínio do Presidente da República, em parceria com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e a associação do Comércio Electrónico em Portugal (ACEPO). A experiência vai ser realizada em plena campanha presidencial pela inclusão.

Portugal Diário (9-05-07)

http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.
php?id=806717&div_id=291

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ME quer deficientes em escolas de referência

Bárbara Wong

Público
19-05-2007

Criar uma rede de escolas de referência que possa começar a receber os alunos que têm necessidades educativas especiais específicas, já no início do próximo ano lectivo, é o objectivo traçado pelo Ministério da Educação (ME). Actualmente, as crianças e jovens surdos, cegos, multideficientes e autistas estão espalhadas por todas as escolas; mas se estiveram concentradas será possível reorganizar melhor os recursos quer humanos como físicos, defende o secretário de Estado da Educação Walter Lemos.

Em Setembro, em vez de existirem 878 alunos surdos em 212 escolas, serão menos os estabelecimentos de ensino que os vão acolher, de modo a que possam interagir e comunicar entre si, e tenham um melhor atendimento. Segundo dados do ME existem ainda 787 alunos cegos dispersos por 591 escolas; 959 multideficientes em 162 e 377 crianças com autismo em 72 estabelecimentos de ensino. Um cenário que Valter Lemos quer ver alterado e que está previsto numa proposta de decreto-lei, posta à discussão pública, informa o governante, durante uma conversa com os jornalistas, ontem, em Lisboa.

Também a partir do próximo ano, todas as escolas terão um professor de ensino especial, responsável por sinalizar as crianças e estabelecer um projecto educativo.

O ME pretende ainda transformar as escolas de ensino especial em centros de recursos para estes alunos, um projecto que estará concluído em 2013 e que está a ser debatido com as associações que desenvolvem este ensino. Os alunos passarão para o ensino público e os professores também, garante Valter Lemos.

Este ano foram colocados nos quadros de ensino especial 4388 professores. Um número que poderá ser reajustado. Valter Lemos lembra que existem áreas, como a do ensino dos surdos para as quais são precisos mais professores.

0 secretário de Estado sublinha que é preciso "clarificar" os conceitos. O ME está a usar uma classificação que tem sido contestada por especialistas, como o Fórum de Estudos de Educação Inclusiva e também pelos sindicatos dos professores. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, permite identificar as crianças com deficiências. É esta CIF que os críticos acusam de ter reduzido o número de alunos do ensino especial de cerca de 66 mil para 30 mil. O ME defende que menos alunos deveriam estar neste ensino.

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Regime da educação especial vai ser alterado

Edgar Nascimento

Correio da Manhã
19-05-2007

O sistema de sinalização de crianças com necessidades educativas especiais (NEE) vai ser feito por várias entidades: pediatras, psicólogos, técnicos, professores e pais.

O Ministério da Educação (ME) quer alterar a legislação da Educação Especial e por isso vai recorrer a um modelo de classificação internacional: o Sistema de Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). “O sistema actual não é fiável”, explica o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos. No início do ano estavam sinalizadas 30 mil crianças com NEE – mas o Ministério estima que no final do ano lectivo esse número se situe nos 24 mil. Analisados 30 agrupamentos, confirma-se que dos 2060 alunos sinalizados apenas 1126 precisam de acompanhamento especializado.

O CIF assenta numa lista de itens, com questões relativas ao perfil das funcionalidades – saúde, mobilidade ou deficiências –, da actividade e participação do aluno na vida escolar e de factores contextuais – relação com os outros ou com a família.

Um dos objectivos é a passagem de todas as crianças com NEE “para dentro das escolas”. Ou seja, as instituições de educação especial passam a ser centros de recursos, “em articulação com as escolas da sua área”. “O caminho a seguir é a extinção das escolas especiais até 2013”, informa Luís Capucha, director-geral da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

Este ano foram colocados 4388 docentes em educação especial. No entanto, ainda não chegam. “Faltam professores com valência em linguagem gestual para surdos ou especialistas em acompanhamento de autistas”, diz Valter Lemos. Até agora, mais de 500 professores de Educação Especial receberam formação específica. O ME estima que no final do ano lectivo exista um professor para cada seis alunos com NEE. A avaliação precoce é outra meta. “A partir do nascimento o sistema deve ser organizado para fazer a despistagem dos casos de modo a que quando chegam ao jardim-de-infância já haja condições para o acompanhamento”, diz Luís Capucha.


CRIAR QUATRO SUB-REDES PARA PROBLEMAS MAIS COMPLEXOS

O Ministério da Educação (ME) vai alterar o decreto-lei da Educação Especial. Uma novidade é a criação de quatro sub-redes especializadas, com escolas/agrupamentos de referência, para evitar a dispersão de alunos com problemas de acompanhamento mais complexo. Serão criadas as sub-redes de Ensino Bilingue para Alunos Surdos, para a Educação de Alunos Cegos e com Baixa Visão e as unidades de ensino estruturado para a Educação de Alunos com Perturbações do Espectro do Autismo e unidades de Apoio Especializado a Alunos com Multideficiência.

“São redes de baixa incidência e grande complexidade. Se uma criança com trissomia 21 pode fazer um percurso normal, uma com autismo precisa de acompanhamento especializado”, diz Luís Capucha, director-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

A rede de referência de escolas para surdos deve começar a funcionar em Setembro. Actualmente estão sinalizados 878 surdos em 212 escolas e 787 cegos/baixa visão em 591. O ME estima que estejam sinalizados 827 multideficientes em 362 escolas e 494 alunos com espectro de autismo em 90 escolas.

 

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=
242990&idCanal=10

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Feira Internacional de Ajudas Técnicas e
Novas Tecnologias para Pessoas com Deficiência

24 a 27 de Maio

A AJUTEC – Feira Internacional de Ajudas Técnicas e Novas Tecnologias para Pessoas com Deficiência é há 10 edições a montra nacional de apresentação das últimas novidades para uma área particularmente sensível, e que, em vários níveis, afecta directamente mais de meio milhão de portugueses (segundo os Censos de 2001) e, indirectamente, as respectivas famílias. O evento (bienal) volta à EXPONOR de 24 a 27 de Maio, para a sua 11.ª “ronda”, e, uma vez mais, fá-lo-á em parelha com a NORMÉDICA – 10.ª Feira da Saúde.

DATA: 24 a 27 de Maio de 2007
HORÁRIO: 10h – 20h
ORGANIZAÇÃO: EXPONOR- Feira Internacional do Porto
LOCAL: EXPONOR- Feira Internacional do Porto

PERFIL DO VISITANTE:
- médicos
- enfermeiros
- técnicos de saúde
- técnicos de reabilitação
- terapeutas
- assistentes sociais
- professores
- educadores
- auxiliares educativos
- público em geral

EM EXPOSIÇÃO:
Produtos, equipamentos e serviços para unidades de saúde (hospitais, clínicas, centros de saúde, consultórios médicos); Informática médica e telemedicina; Ajudas técnicas e novas tecnologias para pessoas com deficiência; Geriatria; Nutrição; Termas & Spas; Medicinas alternativas; Seguradoras; Terapia da Fala; Fisioterapia; Medicina no Trabalho.

Áreas a trabalhar:
- Universidades da Terceira Idade
- Medicinas alternativas
- Turismo acessível


http://www.normedica.exponor.pt/

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Londres inicia teste para tentar reverter cegueira

Le Monde
3 Maio 2007

Um britânico de 23 anos vai se tornar o primeiro paciente a passar por teste com uma nova terapia genética cujo objectivo é reparar as funções visuais de pessoas que sofrem de certas formas de cegueira.

Comandada pelo professor Robin Ali, do University College de Londres, uma equipe de médicos e biólogos britânicos anunciou em 1° de Maio ter realizado uma cirurgia pioneira no hospital oftalmológico Moorfields, em Londres. A cirurgia deve ser conduzida em mais 12 pacientes como parte da primeira fase dos testes clínicos da nova terapia. Os resultados iniciais devem demorar alguns meses a surgir.

A cirurgia consiste em injectar no centro da retina, atravessando o humor vítreo, um gene conhecido como RPE 65, que, quando sofre uma mutação, é causa de uma forma de cegueira, a amaurose congénita de Leber. Na cirurgia experimental, o gene normal é inserido por meio de um vírus vector da família dos vírus adeno-associados (AAV).

O teste britânico só pôde ser lançado como resultado do trabalho de uma equipe de biólogos franceses dirigida por Guylène Le Meur e Fabienne Rolling, no Inserm-CHU de Nantes. O método francês obteve resultados na restauração da visão de cachorros nascidos cegos, graças a um sistema de terapia genética.

A amaurose congénita de Leber é uma forma de displasia retiniana que gera deficiência visual grave em crianças. A patologia se deve a defeitos na comunicação entre as células foto-receptoras da retina e as células do epitélio retiniano, a camada mais profunda da retina, na qual o sinal luminoso se converte em sinal eléctrico passível de interpretação pelo cérebro.

Estima-se que a amaurose congénita de Leber atinja entre mil e duas mil crianças na França, e que 10% delas sejam portadoras de uma mutação no gene RPE65.

Le Monde

in http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/
0,,OI1591429-EI8254,00.html

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Trânsito – Falta de Correcção Visual é Epidémica

LDC Comunicação
30 Abril

Acidentes de trânsito são a segunda maior causa de morte violenta no Brasil. Respondem por mais de mil mortes ao dia de jovens com menos de 25 anos. Nos países ricos os motoristas predominam entre as vítimas de acidentes e nos mais pobres os pedestres, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Para reduzir a incidência, a ONU instituiu até 29 de Abril a primeira semana mundial sobre o assunto com o tema “Juventude e Segurança Viária”.

De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do trânsito e membro da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, metade das pessoas que usam óculos não fazem a actualização regular das lentes e a visão responde por 95% de todas as informações necessárias para evitar acidentes.

Só para se ter uma ideia, o especialista diz que um motorista com visão perfeita conduzindo a 90 km/hora necessita de 3,2 segundos para processar as informações de uma placa de sinalização rodoviária. Já para quem tem 66% de visão este tempo é reduzido para 2,5 segundos e quem tem 50% de acuidade visual (20/40 que é bem aceite na nossa legislação) tem 1,6 segundos para processar a mesma informação. Isso significa que quanto mais a vista é afectada, mais rápidos têm de ser os reflexos do motorista.  A miopia e o astigmatismo, ressalta, comprometem ainda mais os reflexos do motorista porque a noção de distância em relação aos outros veículos é maior do que a real.  Além disso, manter o foco na estrada durante a noite, exige mais da musculatura ocular o que compromete a acomodação. Falar ao telemóvel, retocar a maquilhagem, ouvir música alta ou conversar com o passageiro ao lado são situações corriqueiras que também diminuem o reflexo de quem dirige, afirma o médico. Como se isso não bastasse, é comum jovens dirigirem drogados ou alcoolizados.

INSTABILIDADE DA ACUIDADE VISUAL É MAIOR ENTRE JOVENS

Para Queiroz Neto a falta de actualização dos óculos está relacionada com a exigência legislativa de renovação da carta de habilitação a cada 5 anos. Metade das pessoas só actualiza os óculos quando vai renovar a carta e, pelo menos, 35% não tem estabilização da acuidade visual, índice que chega a 60% entre os mais jovens, ressalta. A recomendação médica é passar por consulta oftálmica a cada dois anos para quem tem até 40 anos de idade e anualmente após os 40 anos porque além da vista cansada aumenta a probabilidade de surgirem doenças visuais relacionadas ao envelhecimento como glaucoma, catarata, entre outras.

Por isso, o especialista ressalta que além da acuidade visual o exame médico de habilitação deveria incluir avaliação do campo visual que pode ser afectado pelo glaucoma, toxoplasmose e neurite óptica, além da visão nocturna que inclui a  capacidade de recuperação do ofuscamento. A sensibilidade à luz chega a causar cegueira nocturna, é mais comum entre pessoas de olhos claros e portadores de catarata. As dicas do médico para melhorar a visão no trânsito são:

  • Usar lentes amarelas durante a noite para reduzir o ofuscamento.
  • Manter as lentes oftálmicas actualizadas
  • Dar preferência a lentes anti-reflexo e com protecção UV para prevenir a catarata
  • Manter o pára-brisa limpo.


Informações à Imprensa:

Eutrópia Turazzi – LDC Comunicação
eutropia@uol.com.br

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Cirurgia de catarata rompe barreira

LDC Comunicação
18 Abril

Nova lente pode liberar 35% dos portadores de catarata do uso de óculos por permitir a correcção de astigmatismo pré-existente.

Dirigir à noite de repente se torna um sofrimento - a lumino-sidade dos faróis atrapalha. A maçã vermelha ganha uma cor rosa pela perda da visão de contraste. Os ambientes ficam embaçados e parecem estar envoltos numa nuvem de fumaça. As imagens se tornam distorcidas, às vezes, duplas. Assim enxerga o mundo quem sofre de catarata – cerca de 3 milhões de brasileiros na faixa etária de 60 anos e 73% da população com mais de 75 anos. Por ano, a estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) é de que surgem 120 mil novos casos no Brasil que tem 350 mil cegos pela doença.

Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a catarata resulta do envelhecimento ocular. Faz com que nosso cristalino, lente transparente dos olhos responsável por focar as imagens, fique opaco e rígido. A única solução para não perder totalmente a visão, destaca, é a cirurgia. O procedimento que consiste em substituir o cristalino por uma lente intra-ocular, acaba de quebrar mais uma barreira para devolver a visão à quem passou dos 60 anos - a lente tórica. O especialista explica que a nova lente intra-ocular corrige até 3 graus de astigmatismo pré-existente contra a correcção de menos de 1 grau de outras existentes no mercado. Ele diz que 35% dos portadores de catarata têm astigmatismo, 71% em grau moderado (entre 1 e 2) e agora podem voltar a enxergar de longe sem usar óculos.

As lentes tóricas chegaram ao Brasil em março. Queiroz Neto comenta que um estudo multicêntrico feito durante seis meses nos EUA demonstra que 97% dos pacientes que passaram por implante bilateral se livraram dos óculos para visão de longe contra 60% dos que fizeram implante unilateral. A nova lente, observa, só é indicada para astigmatismo corneano simétrico, não sendo apropriadas para portadores de catarata madura, degeneração macular, retinopatia diabética ou astigmatismo irregular que é causado por ceratocone, trauma ou infecção.

PRECISÃO CIRÚRGICA É CINCO VEZES MAIOR

Queiroz Neto afirma que muitas pessoas ainda têm medo de passar pela cirurgia que hoje é cinco vezes mais precisa e tem como segredo de sucesso o cálculo de desvio padrão da lente.  Só para se ter uma ideia, ele conta que utiliza um equipamento de biometria de imersão que permite atingir um desvio padrão de 0,01 contra 0,05 considerados ideais pela Oftalmologia. O maior mito sobre a catarata, comenta, é a crença de que usar muito os olhos acarreta a doença. O uso intensivo da visão pode causar fadiga visual, explica, mas não tem relação com a catarata. Outra dica do médico é que podemos prevenir o surgimento da doença da mesma forma que os cuidados diários adiam o envelhecimento da pele. Evitar alimentos muito salgados, bebidas alcoólicas, tabaco e excesso de exposição à radiação ultravioleta emitida pelo sol são as principais medidas preventivas. Além disso, ressalta, a nova lente protege a retina da radiação ultravioleta e da luz azul emitida pelo sol que aumentam o risco de degeneração macular e cegueira irreversível, especialmente entre pessoas de olhos claros.

Informações à Imprensa:
Eutrópia Turazzi – LDC Comunicação
eutropia@uol,com.br

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Seminário:
UMA ESCOLA PARA TODOS:
UTOPIA E REALIDADES... VISõES E OLHARES

4 de Maio 2007

Local: Auditório da Escola Superior de Educação - Coimbra
Organização: ACAPO – Delegação Regional do Centro e Escola Superior de Educação de Coimbra 

Programa

Sessão de abertura:
José Francisco Caseiro, Presidente da Direcção da DRC da ACAPO ,
João Orvalho, Presidente Conselho Directivo da ESE de Coimbra ,
Carlos Encarnação, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra
Maria Cristina Lopes Dias, Directora Regional Adjunta da DREC

Painel 1 – Olhares sobre a Escola que temos [Moderadores: Jacinto Moita, Presidente do Agrupamento de Escolas de Santa Iria de Azóia e Anabela Panão, Escola Superior de Educação de Coimbra]

  • Panorama da produção de material didáctico em Portugal - Cristina Miguel - Centro de Recursos da Educação Especial da DGIDC/ME
  • O Ensino do Sistema Braille nas escolas portuguesas: Por quem? Como? E para quê? - Carlos Ferreira – Membro da Antiga Comissão Braille
  • O Ensino da Orientação e Mobilidade nas Escolas portuguesas: por quem? Como? E para quê? - Júlio Damas Paiva – Prof. Especializado em Orientação e Mobilidade
  • Que adultos serão os alunos cegos de hoje? - Fernando Jorge Correia, Prof. Educação Especial na Escola Secundária Rodrigues de Freitas (Porto)
  • O Professor de Educação Especial: das necessidades reais às respostas efectivas - Leonardo Silva, Prof. Educação Especial na Escola Secundária Carlos Amarante (Braga
  • Orientação escolar e transição para o mundo do trabalho - António Lopes, SPO/DREC

Painel 2 – Visões sobre a escola que queremos [Moderador: Serafim Queirós, Responsável pela Deficiência Visual, Coordenador do Centro de Produção Braille da DREN]

  • A Educação Especial - Formação/Especialização de Professores em Deficiência Visual - João Vaz,  Escola Superior de Educação de Coimbra
  • As Escolas de Referência - uma solução para a Deficiência Visual no contexto duma Escola Inclusiva - DGIDC/ME
  • As TIC e os recursos didácticos para os alunos com deficiência visual - Jorge Fernandes, UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento

Painel 3 – Utopia e realidades... percursos e horizontes [Moderador: Carlos Daniel - RTP] - “A voz dos utentes do Sistema Educativo”, Testemunhos:

  • André Gonçalves, Prof. Ensino Secundário - pai de duas ex-alunas do ensino secundário com deficiência visual e recém-chegadas ao ensino superior
  • Reinaldo Silva, Prof. Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro - Pai de aluno com Deficiência Visual
  • André Filipe Silva, Aluno da Escola Secundária José Estêvão (Aveiro)
  • Filomena Pereira, Direcção de Serviços de Educação Especial e do apoio Sócio-Educativo - DGIDC/ME
  • Conceição Vaz, Prof.ª Especializada em Deficiência Visual
  • Fernando Abreu Matos, Prof. Escola Secundária Alves Redol (Vila Franca de Xira)

Sessão de Encerramento:
José Esteves Correia, Presidente Nacional da ACAPO
Mário Ruivo, Director do Centro Distrital de Segurança Social
Engrácia Castro, Directora Regional de Educação do Centro
Valter Lemos, Secretário de Estado da Educação

ACTIVIDADES COMPLEMENTARES:
Exposição de Material Tiflotécnico (ATARAXIA)
Exposição (táctil) “O Planeta da Arte”

Inscrições até 30 de Abril de 2007
Informações:
ACAPO - Tel: 239 792 180 - Fax: 239 792 188  www.acapo.pt
ESEC – Tel: 239 793 - Fax: 239 401 461  www.esec.pt

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Encontro Nacional da Pessoa com
Deficiência Visual - AADVDB

2 Abril 07

A Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga promove, nos dias 4, 5 e 6 de Maio, o “I Encontro Nacional da Pessoa com Deficiência Visual”, no norte do País, um evento que se reveste de importância crucial dada a solidão e exclusão a que muitos deficientes visuais se encontram votados.

A deficiência visual remete para uma condição de vida geradora de profundas e extensas problemáticas afectando aqueles que dela são portadores e suas famílias. Complexidade e problemática são consequências directas da multiplicidade de causas, de ocorrência ou aparecimento da deficiência visual. A estes factores somam-se vários efeitos e repercussões motoras, cognitivas, psicológicas e sociais, muitas vezes emergentes das conexões entre o défice sensorial e as circunstâncias e situações psicológicas, culturais e ambientais vivenciadas por estas pessoas.

O “I Encontro Nacional da Pessoa com Deficiência Visual” pretende constituir-se como uma oportunidade de debate, partilha e análise de temas de profundo interesse e responsabilidade social e pragmática.

Programa:

4 Maio de 2007
Recepção aos Participantes

5 Maio de 2007

1º Painel
Moderador: Dra. Carla Fernandes – (Directora Técnica da Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga)

  • Direitos e Deveres das Pessoas Cegas – Dr. Rui Rebelo (Secretário da União das Misericórdias)
  • A Nova Lei do Arrendamento – Alfredo Cardoso (Chefe de Gabinete da Câmara Municipal de Braga)
  • Empregabilidade – Dr. António Ribeiro (Director do Centro de Emprego de Fafe)

2º Painel
Moderador: Dra. Sandra Vieira – (Técnica Superior de Educação/ Animadora Sócio - Cultural)

  • As Acessibilidades e a Pessoa com Deficiência Visual – Dr. João Costa (Técnico Superior de Motricidade  Humana/ Educação Especial e Reabilitação)
  • Ajudas Técnicas e Mecanismos de Apoio Social – Eng. Cristina Crisóstomo (Centro de Reabilitação Profissional de Vila Nova de Gaia)
  • Politicas de Habilitação, Reabilitação, Integração e Participação das pessoas com Deficiência e o Ano Europeu para a Igualdade de Oportunidades para Todos – Dr.ª Luísa Portugal (Secretária Nacional da Reabilitação)

6 Maio de 2007
- Jogos de Goalball
– Missa
- Sessão de encerramento

Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga
Apartado 111 – Telef. 253 634 792 - Fax. 253 637 130
4830-583 Póvoa de Lanhoso
Contactos para esclarecimentos adicionais:
Dr.ª Sandra Vieira – 964726660 ou
Dr.ª Raquel Silva – 966748414

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A maior barreira é o preconceito

João Saramago
Correio da Manhã

26 Março 2007

Elisabete Estanqueiro nasceu há 35 anos em Lisboa. Depois de estudar informática trabalhou cinco anos no Centro Hellen Keller. Desempregada, é casada e mãe de dois filhos: Pedro Afonso 7 anos, Ines Constança 4. Vive na Damaia (Amadora).

Elisabete Estanqueiro guarda do tempo de escola algumas "situações menos agradáveis" por ser cega: "Havia uma professora de História, que todos adoravam, que me impediu de tirar apontamentos porque a máquina de escrever fazia barulho, o que a incomodava. Também tive professores que não queriam que eu gravasse as aulas. E havia pais que pediam para eu fazer os testes numa sala à parte para não incomodar os outros alunos com o barulho da máquina de escrever."

Cresceu, tirou um curso de informática e um outro de telefonista, casou e teve dois filhos, mas o preconceito nunca mais a abandonou. "Olhando bem para as minhas capacidades, acabo por conseguir fazer praticamente tudo o que faz uma pessoa que consiga ver. A maior dificuldade ou barreira que encontro é mesmo o preconceito. Parece que não ver acaba por ser mais difícil para quem nos observa do que para nós", considera.

Elisabete conta que uma das coisas que gosta de fazer é ir ao cinema, mas acaba por o evitar. "É o meu marido quem me lê as legendas e apesar de ler baixinho as pessoas começam a mandá-lo calar. É uma situação muito desagradável", comenta.

Em casa prefere as notícias, telenovelas, e documentários sobre saúde e natureza. "Mas o tempo é pouco para a televisão", acrescenta, lembrando que tem o trabalho doméstico de uma casa com marido e dois filhos para cuidar.

Sublinha que gosta de cuidar da sua imagem e que tem muito cuidado em escolher a roupa e acessórios. "Vou às lojas e gosto de mexer nos tecidos e analisar o corte das peças, mesmo que perca muito tempo com isso", refere.

Sobre as cores preferidas recorda que sofre de amaurose, uma doença em que há um agravar da perda inicial de visão, pelo que tem memórias de ver cores quando era mais nova. "No Inverno gosto de vestir preto, azul-escuro e cor de vinho. No Verão prefiro verdes suaves e cremes", diz Elisabete Estanqueiro.

Terminado o ensino secundário e após tirar um curso de informática, a mãe de dois flhos chegou a dar formação no Centro Helen Keller, no bairro do Restelo, em Lisboa.

Elisabete Estanqueiro é cega mas nada a impede de confeccionar pizas, bacalhau com natas ou bolos de chocolate. Após quatro anos no desemprego ambiciona agora montar um pequeno negócio de refeições.

"Ao fim de cinco anos fiquei desempregada e há quatro anos que tento encontrar outro trabalho. Mas a verdade é que continuo desempregada", explica. Pretende agora valer-se do seu gosto pela cozinha e montar um negócio de refeições. "É uma ideia que está no início. Mas como todas as pessoas dizem que eu tenho muito jeito para cozinhar e como adoram a minha comida penso cada vez mais nessa possibilidade", conclui Elisabete.

in Correio da Manhã

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Projecto “Rotas sem Barreiras”

Associação Terras Dentro - Alcáçovas

15 Março

O Projecto “Rotas sem Barreiras” é um projecto de turismo em meio rural, dirigido a uma população portadora de deficiências físicas e sensoriais (visuais e auditivas) tendo sempre em conta as suas necessidades específicas.

O objectivo geral deste projecto é a criação de uma rota turística transnacional que contemple as verdadeiras necessidades desta população e que intervenha nas barreiras que limitam o livre acesso e o desfrute pleno de actividades turísticas. Nesta rota estão previstas visitas ao património histórico edificado, a participação em actividades de natureza como sejam a canoagem, equitação etc., e ainda visitas a iniciativas/projectos locais de instituições de apoio à deficiência.

O projecto proposto será orientado por 4 vectores:

  • Estudo e compilação de toda a informação ao nível dos recursos naturais, turísticos e patrimoniais existentes em ambos os territórios, que são a base destes destinos, e o diagnóstico das necessidades do público alvo do projecto
  • Adaptação da oferta turística. Esta fase incluí a adaptação dos recursos existentes através de uma melhoria dos acessos a edifícios e a integração em actividades lúdicas e recreativas existentes na região;
  • Formação de agentes de turismo. Pretende-se a formação de guias turísticos e de pessoal afecto a unidades hoteleiras e estabelecimentos de restauração bem como a sensibilização de outros actores locais ligados aos sectores de apoio ao turismo (comerciantes de produtos locais, pessoal de museus, bibliotecas etc.) para estes turistas com exigências especiais.
  • Divulgação e Marketing. A divulgação e Marketing da rota pretende dar a conhecer um novo produto turístico disponível no mercado, sensibilizar o publico em geral para o turismo acessível e estender este modelo de rota a outras regiões europeias.

Sublinha-se a importância do estabelecimento de parcerias na implementação deste projecto, tanto ao nível do diagnóstico das necessidades como das adaptações a realizar; é um mundo repleto de especificidades que dificulta a previsão rigorosa das acções a realizar.

Pretende-se com o projecto “Rotas sem Barreiras” apoiar o lançamento de um novo produto turístico no mercado (rotas turísticas acessíveis) e desenvolver esforços no sentido de garantir a sua continuidade e sustentabilidade, através da cedência de exploração a terceiros, se possível entre os parceiros envolvidos no projecto.

Para além de criar rotas acessíveis para todos, este projecto pretende, valorizar os recursos naturais existentes e promover o intercâmbio de culturas e de experiências nestes turistas com características tão especiais.


Âmbito Geográfico de Aplicação

O projecto desenvolver-se-á em ambas as regiões ou micro-regiões rurais de Portugal e Espanha. Por um lado a zona Centro e Baixo Alentejo (Portugal) e por outro, a região Extremenha de Tentudía e Olivenza (Espanha), zonas de intervenção da Terras Dentro, Esdime, Cedeco e Aderco respectivamente. Dependendo dos estudos orientativos previstos no projecto “Rotas sem Barreiras”, a implementação do mesmo poderá abranger grande parte ou parte dos concelhos pertencentes às áreas de intervenção dos grupos envolvidos.

As Zonas de Intervenção de cada grupo abrangem:

  • Terras Dentro - concelhos de Alcácer do Sal, Montemor-o-Novo (S. Cristóvão e Escoural )Viana do Alentejo, Alvito, Cuba, Portel e Vidigueira (Vila de Frades
  • CEDECO – Municipios de Bienvenida, Fuente de Cantos, Montemolin (com os lugares de Pallares e Santa María de Navas), Monesterio, Calera de Léon e Fuentes de Léon que compõem a comarca de Tentúdia;
  • ADERCO-Municipios de Alconchel, Almendral, Barcarrota, Cheles, Higuera de Vargas, Nogales, Olivenza, Táliga, Torre de Miguel Sesmero, Valverde de Leganés y Villanueva del Fresno que compoêm a Comarca de Olivenza.
  • ESDIME – concelhos de Grândola, Santiago do Cacém, Ferreira do Alentejo, Aljustrel, Castro Verde, Ourique e Almodôvar.

Objectivos Gerais

Em termos gerais foram traçados os seguintes objectivos:

Promover a igualdade de oportunidades e paralelamente favorecer a integração social de públicos com mobilidade e percepção reduzidas através da actividade turística-recreativa;

Ampliar e diversificar a oferta turística existente. Demonstrando por um lado o potencial de novos segmentos de mercado, por outro o lançamento de um novo produto turístico (rotas turísticas acessíveis) no mercado;

Promover turisticamente e dotar de infra-estruturas e equipamentos os territórios envolvidos no projecto “Rotas sem Barreiras” contribuindo de forma sustentável, equilibrada e crescente para o seu desenvolvimento;

Estruturar um projecto de rota modelo, aplicável e transferível para outras regiões da Europa tendo em vista a perpetuação do projecto “Rotas sem Barreiras”.

Objectivos específicos

Conhecer as necessidades reais do público portador de deficiências (motoras e sensoriais) por forma a possibilitar uma participação total e activa na vida em sociedade especialmente ao nível das actividades de lazer, recreativas e culturais;

Analisar a acessibilidade das ofertas turísticas e recreativas disponíveis nos territórios tendo em vista a sua utilização por um número alargado de pessoas;

Eliminar ou minimizar todas aquelas barreiras que possam de alguma forma limitar o completo desenvolvimento de pessoas portadoras de deficiências na sua visita turística através das rotas delineadas na região de Tentudía e Alentejo Central;

Sensibilizar os diferentes sectores que intervêm no desenvolvimento de actividades turísticas (empresários, agentes turísticos, comerciantes, etc.) para a compreensão das limitações reais das pessoas que têm as suas capacidades restringidas e adquirindo a formação necessária como profissionais de turismo;

Gerar informação e serviços devidamente adaptados à comunidade portadora de deficiência visitante e para a comunidade local ou residente;

Fomentar o conhecimento da realidade associativa e dos seus projectos entre países distintos bem como promover o intercâmbio cultural entre os mesmos;

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«Um livro é um amigo»

Sessão Solene de entrega de prémios
ACAPO - Delegação Regional do Centro

10 Março

Na sua reunião do passado dia 30 de Janeiro, o júri da 9.ª edição do concurso "Um Livro é um Amigo", tendo previamente analisado os textos apresentados a Concurso, deliberou premiar os seguintes trabalhos:

PREMIADOS 

Conto

1º Prémio: "Festa de Ontem"
Joana Belarmino - Cidade João Pessoa, Paraíba, Brasil;

2º Prémio: "Sinais"
Daniel Gause - Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil;

Poesia

1º Prémio: "Inconformismo"
Augusto Ferreira - Fafe, Braga, Portugal;

2º Prémio: "Toada do Pescador"
José Fernandes da Silva - Freiriz, Vila Verde, Braga, Portugal.

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Diagnóstico da educação especial
pronto até final do ano lectivo

Lusa

9 Março 2007

O diagnóstico das necessidades de educação especial no sistema educativo português deverá estar concluído até final do ano lectivo, anunciou hoje o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos.

O governante falava na sessão de abertura do seminário "A Criança Multideficiente: Que Respostas", que decorre hoje e sábado na vila do Paul, na Covilhã.

"Assim que termine o processo de sinalização de alunos, teremos pela primeira vez uma identificação rigorosa das necessidades no âmbito da educação especial na escola portuguesa", referiu Valter Lemos, que classificou o trabalho como sendo de "extrema importância".

"Permitirá ter a certeza sobre se faltam alguns recursos - e quais - para podermos tomar decisões e optimizar a situação", medidas que o secretário de Estado espera que sejam adoptadas antes da abertura do próximo ano lectivo.

"Hoje temos cerca de 6000 professores na área da educação especial, mas provavelmente há áreas com professores a mais e outras com docentes a menos. Como não havia uma identificação rigorosa da situação, não se podia esperar que houvesse formação adequada às necessidades", sublinha.

"Antes do final do ano escolar espero que, não só o diagnóstico esteja pronto, mas também as medidas correspondentes, para já haver medidas no terreno no próximo ano lectivo", sublinhou, respondendo assim também às preocupações levantadas na abertura do seminário.

Vítor Reis Silva, presidente do agrupamento escolar Entre Ribeiras, que organiza os trabalhos, queixou-se da falta de recursos humanos para acompanhar os alunos com necessidades educativas especiais.

"Que inclusão faz a escola pública? Será um mero espaço de guarda de crianças com multideficiência", questionou aquele responsável, sublinhando a posição expressa em folhetos distribuídos à entrada por dirigentes do Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC).

Para Valter Lemos, o número de professores é suficiente na globalidade, mas "poderá não ser em áreas específicas". Salienta, por exemplo, que já foi identificada carência de docentes especializados "para trabalho com alunos cegos e com alunos com multideficiência".

No entanto, realçou que são "situações pontuais", nalguns pontos do país. "Em média, temos recursos suficientes".

Por outro lado criticou a forma como a educação especial funcionava até agora. "A cada ano lectivo havia mais 10 mil alunos com necessidades especiais, sinalizadas de uma forma indiscriminada".

"Sei que é mais fácil para os professores homogeneizar as turmas de acordo com as dificuldades dos alunos, mas a escola pública portuguesa não admite essa segregação", disse o responsável, apontando a inclusão através de turmas heterogéneas como o objectivo central.

"É uma dificuldade com que temos que trabalhar", reconheceu Valter Lemos, em nome de uma "escola pública que não escolhe os alunos".

Reforçando o papel do diagnóstico em curso, sublinhou ser necessário "clarificar inequivocamente quais são os alunos que precisam de educação especializada" com professores formados para o efeito "e quais os que precisam de apoio adicional, que será dado pelos professores que já têm", concluiu.

Neste ano lectivo, cerca de 24 mil alunos do ensino básico e secundário com necessidades educativas especiais recebem apoio, menos 36 mil do que em 2005/2006, de acordo com dados da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC).

Em Setembro, o director-geral, Luís Capucha, explicou à Lusa que no ano passado 60 mil alunos beneficiavam de apoio ao abrigo da educação especial, um número que integrava, no entanto, casos de dificuldades de aprendizagem e insucesso escolar não decorrentes de qualquer doença ou deficiência.

Para apurar o número de crianças com efectivas necessidades especiais, a DGIDC procedeu em Junho e Julho a um levantamento junto de todas as escolas básicas e secundárias, a partir do qual identificou os cerca de 24 mil alunos que este ano beneficiam de apoio, adiantou o responsável.

in http://www.publico.clix.pt/

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SKIP, SIC ESPERANÇA, SONAE SIERRA
E ACAPO apresentam Projecto

ACAPO

27 Fevereiro

A Skip, Sic Esperança, Sonae Sierra e a ACAPO uniram-se para a realização de um projecto de responsabilização social. Este projecto traduz-se por uma acção de sensibilização que consiste em mostrar um percurso com obstáculos com os quais os deficientes visuais se deparam diariamente. Os consumidores/visitantes do Centro Comercial serão convidados a utilizar uma bengala, colocar uma venda nos olhos e fazer o percurso. No final receberão um folheto com algumas dicas para ajudar uma pessoa cega.

Sensibilizar a população é o objectivo fulcral desta campanha pelo que vão ser promovidas diversas acções, de Norte a Sul do País, entre 28 e 17 de Maio. Ao dar a conhecer as dificuldades diárias sentidas pelos deficientes visuais, procura-se estimular a igualdade de oportunidades. Através da partilha de informação e de “dicas” práticas, cabe a todos, assumir um compromisso para ajudar e apoiar os deficientes visuais no seu dia-a-dia.

A apresentação deste projecto será no próximo dia 1 de Março, pelas 10h30 no Auditório da FNAC do Colombo. E conta com a participação de todos os parceiros.

O Percurso de Obstáculos estará presente nos seguintes Centros Comerciais:
  • Centro Comercial Colombo: 28/02 a 05/03/07 Praça dos Navegantes (junto à entrada do AKI)
  • Coimbra Shopping: 13/03 a 15/03/07
  • Estação Viana: 27/03 a 29/03/07
  • Norte Shopping: 10/04 a 12/04/07
  • Gaia Shopping: 17/04 a 19/04/07
  • RioSul: 08/05 a 10/05/07
  • Algarve Shopping: 15/05 a 17/05/07

 

Contamos com a presença e participação de todos!

in http://www.acapo.pt/news.asp?id=326

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Cegos contestam viaturas silenciosas

Jornal de Notícias

19 Fevereiro


A principal organização portuguesa de defesa dos cegos considera que os carros híbridos ou eléctricos, mais silenciosos, amigos do ambiente, representam um risco para os invisuais, ideia contestada pelas associações de comércio automóvel, que rejeitam qualquer perigo especial.

Para os cegos, o barulho do motor é o principal indicador de que um carro se aproxima, mas o motor silencioso dos carros híbridos (movidos com duas fontes de energia, gasolina e energia eléctrica de uma bateria, por exemplo) e eléctricos dificulta a identificação de um potencial perigo.

"Os carros híbridos são um problema para os cegos e no meio do barulho da cidade o risco é ainda maior", disse à Agência Lusa José Esteves Correia, presidente da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), destacando, no entanto, o contributo destes veículos para a diminuição da poluição.

A tomada de posição da ACAPO surge depois de a Federação Americana de Cegos ter alertado para os perigos do silêncio dos motores híbridos para os peões, em particular para cegos, crianças, idosos e ciclistas. Esteves Correia, que já foi de encontro a um carro numa passadeira ,porque não o ouviu aproximar-se, diz que esta questão deve ser ponderada "com cuidado". O responsável da ACAPO considera que a solução para este problema deve ser encontrada ao nível dos movimentos internacionais de cegos .

Para o presidente da Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico (APVE), Robert Stüssi, mal está a sociedade se um "lugar seguro para os cegos só puder ser garantido pelo ruído". O responsável da APVE considera que é preciso proteger os peões - que nas cidades representam metade das vítimas mortais por causa de veículos automóveis - e que essa protecção passa pela introdução de zonas de limitação de velocidade a 30 quilómetros e dos avisos de "zonas de passagem". "Na Europa dos 15, Portugal é o único que não tem este sinal no Código da Estrada", referei.

Stüssi advoga que a resolução do problema poderá passar ainda pela instalação de sinais sonoros nos veículos,como nos mini-autocarros eléctricos de Coimbra onde foi instalado uma "campainha suave

 

Jornal de Notícias

Fonte: http://jn.sapo.pt/2007/02/19/sociedade_e_vida/

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Implante que restabelece a visão

Diário Digital / Lusa

16-Fev-2007


Implante que restabelece a visão pode estar disponível em 2009

Um implante na retina capaz de ajudar a restaurar a visão em milhões de cegos poderá estar disponível ao público dentro de dois anos, anunciaram esta sexta-feira os investigadores norte-americanos responsáveis pela descoberta.

Trata-se de um pequeno implante eléctrico na retina ligado a uma câmara acoplada aos óculos e oferece uma nova esperança a milhões de pessoas que foram perdendo a visão devido à degenerescência macular relacionada com a idade, a principal causa de cegueira no mundo ocidental, segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, Jorge Breda.

Este responsável manifestou-se optimista com a notícia, que considerou «um grande avanço, na sequência de outros avanços» que têm sido alcançados.

Jorge Breda acrescentou tratar-se de «um primeiro passo num longo processo» e estimou que o prazo de dois anos avançado pelos responsáveis seja «um pouco curto».

Uma primeira geração do implante já foi sujeito a um ensaio clínico em seis doentes com retinite pigmentosa, uma doença hereditária para a qual até agora não havia tratamento, e os investigadores já receberam autorização da agência norte-americana que regulamenta os medicamentos para fazer testes clínicos de uma segunda versão em 50 a 75 doentes.

Se a investigação correr como previsto, os responsáveis contam ter um aparelho disponível no mercado no início de 2009 por um preço aproximado de 15 mil dólares (11,4 mil euros).

Cerca de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de retinite pigmentosa, e um em cada dez adultos com mais de 55 anos sofre de degenerescência macular relacionada com a idade.

Ambas as doenças provocam a morte gradual das células da retina que processam a luz e a retina artificial permite substituir as células fotoreceptoras destruídas por pequenos eléctrodos, que são implantados na retina.

Uma câmara capta as imagens e uma unidade com o tamanho de um pequeno computador manual que pode colocar-se no cinto converte a informação visual em sinais eléctricos.
Estes sinais são depois enviados para os óculos e, através de tecnologia sem fios, para um receptor sob a superfície do olho, que por sua vez os transmite aos eléctrodos na retina.

Todo este processo ocorre em tempo real.

No primeiro ensaio clínico, os cientistas constataram que os doentes «conseguiam detectar a luz ou mesmo distinguir objectos como uma chávena ou um prato», explicou Mark Humayun, do Instituto dos Olhos e da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia do Sul, em conferência de imprensa.

A primeira geração do implante contém 16 eléctrodos, enquanto a segunda tem 60 e tem um quarto do tamanho da sua antecessora, o que permite uma intervenção cirúrgica mais limitada.

Este implante pertence a uma nova geração de próteses «inteligentes» ligadas ao sistema nervoso para restabelecer o contacto com o cérebro e restaurar o uso de um órgão ou um membro destruído pela doença ou um acidente, explicou ainda Mark Humayun.

Próteses criadas segundo o mesmo princípio de estimulação eléctrica são largamente utilizadas para recuperar a audição.

Em Portugal, segundo os dados divulgados pelo INE - Instituto Nacional de Estatística nos Censos 2001, existem cerca de 163 mil pessoas deficientes visuais (cegos e amblíopes).

Diário Digital / Lusa

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.aspsection
_id=60&id_news=263312

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Mistérios para Ouvir

Aquilino Rodrigues
10 Fev. 2007


O semanário Expresso acaba de lançar o primeiro número de uma colecção de áudio-livros de contos de Agatha Christie. Foi com grande expectativa que hoje me dirigi ao quiosque para comprar o meu exemplar. O preço, 1 euro e vinte cêntimos, foi uma boa surpresa. Comecei por admirar a embalagem, um livrinho de capa dura, do tamanho de um CD, com grafismo correcto. Na contracapa, o índice de faixas de cada título, pois que este CD contém não um, mas dois contos: O Rei de Paus e Ninho de Vespas. O primeiro título tem seis faixas e o segundo quatro faixas, e logo aqui já temos uma vantagem do CD sobre as cassetes: a possibilidade de saltar directamente para um determinado capítulo do livro. Aberto o livrinho, deparei com a segunda surpresa, desta feita uma partida de carnaval dos editores: o livro foi encadernado ao contrário, e por isso as páginas estão de cabeça para baixo. Corrigida a orientação, deparamos com um CD protegido numa bolsa colada ao interior da contracapa, e com 24 páginas elegantemente ilustradas, com um resumo dos dois áudio-livros e dados acerca de Agatha Christie e do herói dos contos, o famoso detective Hercule Poirot.

Chega o momento de por os olhos, ou melhor, os ouvidos nos áudio-livros propriamente ditos. O CD pode ser ouvido em qualquer leitor de CD, tal como se um CD de música se tratasse.  Uma voz conhecida anuncia "Expresso áudio-livro apresenta...". E a partir daí somos imersos num mundo diferente. A narração de Fernando Alvim é entusiasta e expressiva. Achei a leitura um pouco rápida demais, mas é um facto que cada pessoa tem uma percepção diferente. A opção de incluir pequenos elementos musicais como fundo, aqui e ali, ajuda a criar uma atmosfera de mistério. Gostei. O livro avança a um ritmo rápido e sentimos que depressa vamos chegar ao fim do livro. Detectei alguns erros gramaticais, mas nada de grave. A tradução, no global, é de boa qualidade. Estão de parabéns o Expresso e a editorial Sol90 por esta excelente produção.

A razão de ser dos áudio-livros

Os áudio-livros são ainda pouco conhecidos em Portugal, mas nalguns países são tradicionalmente editados como alternativa para as pessoas cegas ou com dificuldade de leitura. A BBC, por exemplo, tem uma vasta colecção de títulos editados, disponíveis nas livrarias comuns em Inglaterra. Espera-se também em Portugal um interesse crescente nos livros falados, com algumas editoras a apostar forte neste formato. O mesmo semanário Expresso publicou um artigo sobre este tema na revista "Única" de 27 de Janeiro deste ano. Para o público em geral, os áudio-livros também têm o seu lugar: as horas passadas em engarrafamentos podem agora ser preenchidas com a gratificante audição de um bom livro.

O áudio-livro DAISY

Foi com o intuito de desenvolver o conceito de áudio-livro que foi criado o formato DAISY, cujo nome é um acrónimo de "Digital Accessible Information System", ou sistema digital de informação acessível. Utilizando também o CD como suporte, o seu conteúdo é, no entanto, mais rico. O som é gravado em formato MP3, que ocupa cerca de um décimo do espaço do formato áudio de CD. Assim, um CD Daisy pode conter cerca de 10 horas de gravação. Em contrapartida, precisa de um leitor de CD que aceite o formato MP3 para poder ser ouvido, o que hoje em dia não representa uma grande restrição. Um leitor de CD portátil compatível com MP3 custa hoje em dia a partir de 25 euros.

Mas a grande inovação do sistema Daisy é a ligação que faz entre texto falado e texto escrito. Na produção de um título Daisy é necessário dispor da gravação áudio com a  leitura, e do respectivo texto escrito. Os dois são interligados num processo designado por sincronização. Se o áudio-livro DAISY for reproduzido num computador, o leitor poderá ouvir o texto ao mesmo tempo que vê o texto a passar no ecrã. Esta funcionalidade é considerada benéfica para pessoas com dificuldades de aprendizagem, daí que o sistema DAISY tenha um particular interesse para o ensino. Uma outra grande vantagem do formato DAISY é a possibilidade de localizar texto em qualquer parte do livro, e continuar a audição a partir daí. Esta é sem dúvida um excelente ferramenta para o estudo.

Em Portugal estão a ser dados passos importantes na utilização deste formato. Em particular, o Ministério da Educação já tem vários livros escolares para o ensino secundário disponíveis em formato DAISY, para apoio aos alunos com deficiência visual.

Aquilino Rodrigues

in http://www.ajudas.com/

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Os cães que trabalham contra o escuro

Fernanda Câncio

Diário de Notícias

2 Fevereiro 2007

Micha sabe o que é a esquerda e a direita. Sabe o que é em frente. Pára sempre antes de um degrau e sabe evitar poças de água. Mas Micha sabe mais. Sabe o que é uma passadeira. Não uma passadeira específica, mas qualquer uma: só hesita quando a tinta se apagou nas listas. Sabe até o que é um multibanco. Sabe encontrar o balcão de uma loja ou de um banco, cadeiras vazias num café ou restaurante.

Micha sabe muita coisa. Tem dois anos e meio e é uma labrador cor de areia. Está quase "pronta", quase no fim do curso. Marx, também da fornada "M" (os nomes dos cachorros são escolhidos por ordem alfabética) já está a "trabalhar". Entregue em Setembro a Carlos Santos, este labrador preto de dois anos e meio é o quinquagésimo cão formado pela escola de cães-guia da Associação Beira-Aguiera de Apoio ao Deficiente Visual (ABAADV), sediada em Mortágua, a única em Portugal a fazer esta formação. Carlos cegou há oito anos, num acidente do seu trabalho de mecânico, mas só há dois se inscreveu na lista de espera para um cão. "Primeiro queria ver se me habituava à bengala, a desembaraçar-me sozinho." Aprendeu numa escola de reabilitação para cegos a orientar-se na rua, a caminhar no escuro. "Foram quatro meses. No início era muito difícil, depois foi-se tornando mais fácil porque ali éramos todos iguais." As primeiras saídas a sós, porém, ficaram na memória. "No princípio, a confusão vem da nossa cabeça. Temos vergonha, medo de bater nos carros, de que as pessoas nos vejam a hesitar, a ir pelo sítio errado."

"Eu falo e ele percebe tudo"

Esteve cinco anos desempregado. Iniciou vários cursos - de informática, de telefonista, de serviços administrativos. Não acabou nenhum, eram todos em Lisboa e como vive no Algarve queria estar com a família. Há três anos, conseguiu finalmente um emprego, no supermercado Jumbo, de Faro. Está na secção de informações, com dois outros invisuais. Carlos é o único a ter um cão. "Só pensei inscrever-me para pedir um animal quando vi que tinha condições para o sustentar - sempre são 50 euros por mês de ração. Fui à escola, fiz exames, passei, e chamaram-me." Se nem todos os cães têm condições para ser guia de cego, nem todos os cegos podem ser guiados por cães. Condições fundamentais são a mobilidade e capacidade de orientação e de interagir com o cão, tanto no que respeita às ordens como aos afectos. Logo na inscrição, é-lhes solicitado que respondam a um questionário, seguindo-se uma entrevista. É a partir dessa avaliação que a escola determina a sua elegibilidade para a lista de espera. Depois, quando chega a sua vez, há um período de 15 dias de formação intensiva da "dupla", uma semana na escola e outra no "habitat" do cego.

Carlos já passou essas provas todas, está agora naquilo a que chama a "fase de adaptação" ao Marx. "Ele ainda pára para cheirar coisas, ainda quer brincar com os outros cães. Às vezes desobedece-me um bocadinho, largo-o para dar uma corrida e fazer as necessidades e ele não vem. Mas estou a dar-me muito bem. É extraordinário o que o Marx faz. Tinha uma ideia de como isto funcionava mas mesmo assim ele surpreende-me. Eu falo e ele percebe tudo, é impressionante." São os vizinhos, conta, que quando o ouvem a chamar o cão vêm à rua para o ajudar.

O meio envolvente é aliás crucial na viabilidade da dupla. No caso de Carlos, a empresa onde trabalha "não levantou obstáculos nenhuns, até adaptaram o balcão ao cão", e nos seus percursos diários não houve até agora reacções negativas. "Nos transportes públicos nunca tive problemas. Antes pelo contrário, as pessoas reagem muito bem ao cão."

"Eles adoram trabalhar"

As reacções das pessoas aos cães, porém, podem ser um problema. Marta Ferreira e Sabine Teixeira, duas formadoras da Beira-Aguieira, garantem que há "coisas incríveis". "Costumo andar de óculos escuros com o cão que estou a treinar e houve uma altura em que não trazíamos identificação", explica Sabine, 35 anos, formadora há dez, referindo-se ao colete que ela e a colega envergam, com o nome da escola. "Achavam que eu era cega e havia quem chamasse o cão, a tentar distraí-lo, ou a meter-se à frente, para o desorientar. Não dá para acreditar." Outra contrariedade, frisa, são os outros cães. "Não tanto os vadios, mas os que vêm com o dono, que são mais agressivos. E muitas vezes os donos até acham graça." As atitudes prejudiciais, porém, nem sempre são mal intencionadas. "Também há muito a mania de dar de comer aos animais. No outro dia, vinha a passar por uma esplanada e um senhor queria dar uma bifana ao cão. Não percebem que isso não só o distrai como pode ter consequências muito chatas", acrescenta Marta, 30 anos, formadora desde 2004. "Estes cães têm horas certas para comer e para fazer necessidades, e comem só determinada ração. Tudo o que lhes dêem a mais pode provocar um distúrbio intestinal, por exemplo, e impossibilitar que trabalhem."

A noção de "trabalho", aplicada a um cão, surge um pouco estranha. Mais estranho ainda é constatar a diferença no comportamento dos animais quando se lhes coloca o "arnês", a pega metálica que permite aos cegos seguir todos os movimentos do cão: se antes cheiravam aqui e ali e olhavam em volta, agora, possuídos de instantânea gravidade, caminham lenta e cautelosamente, olhando em frente. Assim são a Micha e o Mile, em Viseu com a Sabine e a Marta para mais um dia de treino, a percorrer ruas, a entrar em centros comerciais, a subir e a descer escadas rolantes.

Micha, calma e ponderada, contrasta com Mile, mais novo, mais estouvado e hesitante. "Ele só estará preparado no primeiro semestre de 2007", informa Marta. "Ainda lhe falta muito tempo de trabalho. Ela já está quase a ser entregue."

Como Sabine e o outro formador da escola - são só três - Marta estudou três anos em França, onde a federação das escolas de cães guia promove este tipo de cursos. "Funcionamos muito à base de repetições. Repetimos as palavras, as ordens, e quando o cão faz bem gratificamo-lo com afagos." Parece simples. Mas o trabalho específico de formação dura um ano e meio e nem todos os cães passam com distinção. "Há cerca de 10% de insucesso", reconhece Filipa Paiva, uma das dirigentes da Beira-Aguieira, que forma uma média de 12 animais por ano, a esmagadora maioria cadelas. "Até hoje, entregámos quatro machos e cinquenta fêmeas." O motivo, esclarece, prende-se com o facto de "a fêmea adquirir mais cedo a consciência do trabalho e ser menos dominante que o macho". O facto de estes "cães de trabalho" deverem ser castrados com um ano também prepondera: "Com os machos temos de decidir mais cedo se o cão serve ou não. As fêmeas podem ter um ou dois cios, não interfere nas suas capacidades, com eles não é assim."

A castração não é a única "maldade" a que os animais são submetidos. Durante o primeiro ano de vida, são criados por "famílias de acolhimento" (ver texto ao lado), com as quais criam laços afectivos que virão a ser abruptamente desfeitos. O mesmo se passa com a sua relação com os treinadores: é só do destinatário final, o cego, que poderão contar com uma relação duradoura. Mesmo assim, suspensos da voz e dos gestos de Sabine e Marta, Micha e Mile parecem só ter um objectivo: agradar-lhes, fazer bem. "Eles adoram trabalhar, vê-se que apreciam", comenta Sabine. A última fase do treino passa por, precisamente, testar a sua docilidade - ao contrário. "Damos-lhes ordens erradas de propósito. Para avançarem por uma estrada sem que os carros tenham parado, por exemplo." Trata-se testar as noções de "certo" e "errado", o específico código de valores de um cão-guia.

Uma surpresa mais para quem se habituou a dividir o mundo entre racionalidades e irracionalidades, o valor supremo da mente humana e a descartável insignificância dos animais. "Ainda hoje fico surpreendida com o que eles aprendem e conseguem fazer", diz Marta. "Nunca pensei que fosse assim."

Fernanda Câncio

Fonte: dn.sapo.pt/2006/12/09/sociedade/os_caes_
trabalham_contra_o_escuro.html

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Petição pela Acessibilidade Electrónica Portuguesa

29 Janeiro 2007

A Petição pela Acessibilidade Electrónica Portuguesa visa recolher assinaturas a serem enviadas à Assembleia da República em meados de Fevereiro, por forma a ser discutida a temática da acessibilidade electrónica.

Termina a 31 de Janeiro de 2007 e pode ser assinada no site Ler para Ver.

Tem como objectivos:
Mais e melhor acessibilidade na Internet, nos programas informáticos, na televisão, nas comunicações electrónicas, no multibanco e nas máquinas de venda automática de produtos e serviços.

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Cegueira em crescendo anual

Elisabete Carvalho

Expresso 20-01-2007

Cem novos casos de incapacidade visual estão a ser detectados anualmente no distrito de Braga. E até há estimativas que apontam para 150.

A retinopatia pigmentar e diabética e os acidentes de trabalho e de viação são as principais causas do aparecimento de mais de cem novos casos de cegueira, por ano, no distrito de Braga. O presidente da delegação de Braga da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO)

Leonardo Silva, realça que não é possível avançar com números exactos sobre esta realidade, até porque ainda se trata de um problema bastante silenciado, mas a estimativa aponta para um aumento anual de 100 a 150 indivíduos com uma incapacidade visual igual ou superior a 60 por cento.

Nos concelhos rurais e do interior, como Vieira do Minho, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Amares e Vila Verde, a incidência da doença é mais sentida em pessoas entre os 40 e os 69 anos. Em Terras do Bouro, todas se situam na faixa etária acima dos 70. já nos municípios urbanos e mais povoados - Braga, Guimarães, Barcelos, Esposende, Vila Nova de Famalicão e Vizela - há predominância de casos novos de cegueira entre os 15 e os 40 anos.

A incidência em idades mais baixas, nos concelhos demograficamente maiores, poderá relacionar-se com a migração de famílias jovens para os núcleos urbanos. Nas zonas rurais só vão ficando os mais velhos.

A retinopatia pigmentar é uma patologia hereditária degenerativa da retina, que se manifesta na adolescência e conduz à cegueira a partir dos 20 anos. Em situações esporádicas, isso pode acontecer por volta dos 40. Estima-se que existam no distrito de Braga 1600 cegos.

in Expresso - Fonte: Diário do Minho

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"A Menina que não sabia as cores" ensina os mais novos
a percepcionarem as cores através dos sentidos

A Dica do LIDL

17 de Janeiro de 2007

"A Menina que não sabia as cores" é uma história mágica que dá a conhecer o universo dos cegos, a sua capacidade de compreensão e a autonomia possível devido a um extraordinário desenvolvimento dos outros sentidos.

Neste livro, o conceito da cor é abordado através dos seus efeitos psicológicos e fisiológicos e é estabelecida uma comparação muito curiosa, com base científica, entre várias cores e sons de outros tantos instrumentos musicais, em torno das respectivas frequências.

Refira-se que "A Menina que não sabia as cores" é também uma história de afectos, uma vez que retrata a relação atenta e pedagógica de uns pais que se preocupam em encontrar  respostas para as questões colocadas pela filha invisual.

Sobre a autora, refira-se que Isabel Rainha se licenciou em Ciências Biológicas pela Faculdade de Ciências da Universidade  de Coimbra, tendo exercido a sua actividade profissional como professora do Ensino Secundário. Publicou dois livros de poesia intitulados "O Cerco da Quimera" (1997), "Canto em Tom Maior" (2001) e o romance "Entre Mondego e Cubango" (2005), sendo que actualmente se dedica também à literatura para a infância juventude.

in Jornal Dica da Semana do Lidl

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Acção de Formação
para Professores de EE com alunos cegos

17-01-2007

A Equipa de Apoio Pedagógico à Deficiência Visual de Coimbra realiza - de 22 a 26 de Janeiro 2007 - uma Acção de Formação de 30 horas, destinada a Professores de Educação Especial que, na área da DREC, estão pela primeira vez a dar apoio a alunos cegos e não puderam frequentar as Acções realizadas anteriormente.

Local: EB23 Poeta Silva Gaio - Guarda Inglesa - Coimbra
Data: 22 a 26 de Janeiro de 2007
Horário: das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h

Inscrições e mais informações:
Tel. 239 801180 - ext. 219
Fax 239 801181
Email: dv.coimbra@gmail.com
http://www.deficienciavisual.pt

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O estado da visão em Portugal

Dr. F. Esteves Esperancinha e Prof. A. Castanheira Dinis

10-01-2007

Somos 810 oftalmologistas em Portugal, dos quais 440 trabalham no Serviço Nacional de Saúde. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, o rácio de um oftalmologista para quinze mil cidadãos está próximo da média de países europeus, só que uma análise mais detalhada dos números diz-nos que 35% dos oftalmologistas têm mais de 55 anos e 64% mais de 45 anos, o que exige das entidades competentes uma atenção à necessária renovação etária desta classe profissional.

Por outro lado, verifica-se uma assimétrica distribuição de oftalmologistas no país, com manifesta concentração no litoral e nos grandes centros urbanos. Estará esta distribuição de acordo com o rácio aconselhável, em função da população existente? Será outra atenção que competirá às entidades competentes analisar.

Integrado no Plano Nacional de Saúde 2004/2010, o Programa Nacional para a Saúde da Visão elabora estratégias e orientações técnicas para as diversas patologias que afectam a visão, através de uma Comissão que tem a responsabilidade de trabalhar sobre a realidade nacional e que já propôs a criação de Centros de Observação de patologias para melhor conhecermos o que se passa nas várias áreas de intervenção da oftalmologia. O objectivo final é a criação de serviços de oftalmologia, redes de referenciação, protocolos inter-serviços ou programas específicos que venham a fornecer a todos os portugueses o que de melhor existe, em termos técnicos, a nível nacional.

Cerca de 50% dos portugueses têm de alguma maneira necessidade de usar óculos. A falta de diagnóstico atempado da necessidade de óculos, e o estrabismo, leva a cerca de 300 mil olhos preguiçosos (menos funcionais).

A degenerescência macular da idade (DMI) atinge cerca de 45 mil portugueses na sua forma tratável.

O glaucoma rouba a visão sem que o doente se aperceba. Mais de 100 mil portugueses são afectados por esta doença e um número superior a 30 mil tem, de alguma forma, cegueira irreversível.

A diabetes atinge cerca de 600 mil pessoas em Portugal. A nível geral, e no caso específico da oftalmologia, é um problema de saúde pública a requerer programas de combate à doença.

A catarata é a doença que mais beneficiou com a evolução tecnológica. Seis em cada dez pessoas com mais de 60 anos sofre de algum tipo de catarata, o que transposto para a realidade nacional dá 170 mil afectados. Operam-se em Portugal cerca de 30 mil por ano.

A investigação oftalmológica tem centros de renome mundial. A recente criação da Fundação Champalimaud que, nos seus estatutos, privilegia a investigação em oftalmologia, é factor de satisfação para todos os que trabalham nesta área. Mas são e serão sempre os doentes os grandes beneficiários do espírito inovador e criativo dos investigadores.

Portugal é, na oftalmologia, local de escolha para a realização de grandes congressos europeus, não só pelas excelentes condições climatéricas e gastronómicas que oferece, mas, principalmente, pelo prestígio que os seus profissionais adquiriram no campo científico.

Somos um país que no contexto europeu e mundial se pode orgulhar dos recursos humanos e técnicos que possui em oftalmologia. Precisamos de mais organização e de mais algum investimento em inovação, principalmente numa altura em que novas terapêuticas estão a surgir.

“Cerca de 50% dos portugueses têm de alguma maneira necessidade de usar óculos”.



Dr. F. Esteves Esperancinha,
Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

Prof. A. Castanheira Dinis,
Coordenador da Comissão do Programa Nacional para a Saúde da Visão

in http://www.medicosdeportugal.iol.pt/

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Dia Mundial do Braille

Ler para Ver

4 Janeiro 2007

De forma a assinalar o Dia Mundial do Braille, dia 4 de Janeiro, a Biblioteca Municipal de Albufeira comemora a data com um programa alusivo ao tema, a decorrer das 15:00 às 17:30 horas do dia 6 de Janeiro, na sala polivalente desta biblioteca.

Assim, a partir das 15:00 horas, vai ser apresentado o código Braille, seguindo-se um debate aberto acerca das aplicações deste e de outros aspectos relativos à temática. Mais tarde, segue-se a apresentação de uma maquete em relevo, própria para um deficiente da visão conhecer os diversos sectores da Biblioteca Municipal de Albufeira. Há, ainda, espaço para um Braille-Paper, jogo com perguntas e desafios com a participação de equipas constituídas por uma pessoa com visão e outra sem visão.

Esta iniciativa conta com a participação de Diogo Costa, jovem invisual responsável pela edição do jornal editado em Braille “Ver Sem Olhar”, a Associação TEMPUS – Projecto Integrar de Olhão, a ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal – Delegação do Algarve, e a APEXA – Associação de Apoio à Pessoa Excepcional do Algarve.

in http://www.lerparaver.com/node/1270

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Beleza da mulher deficiente em concurso

Jornal de Notícias

2 Janeiro 2007

Já assobiou a uma mulher que estava numa cadeira de rodas? Já olhou para os seios de uma cega? Se a resposta é negativa, este programa vai colocar um ponto final nisso". Assim se anuncia o "Miss Ability", um modelo original holandês que se propõe mostrar a beleza de mulheres com deficiências físicas. O formato tem chamado a atenção dos programadores. O primeiro país a importá-lo será o Reino Unido.

O concurso de beleza "Miss Ability" tornou-se um dos grandes êxitos de 2006 na televisão holandesa. Nele, 12 mulheres, algumas delas com membros amputados e utilizadoras de cadeiras de rodas, procuram provar que o problema físico não as impede de terem beleza. O programa, ao jeito de "reality show", serviu para mostrar como as concorrentes lidam com os seus dramas. Segundo explica a produtora, avalia-se não só a beleza física, mas também a personalidade e o carisma das concorrentes. Como em tantos outros concursos, o objectivo é conquistar a simpatia do público para assim cativar votos.

O conceito nasceu numa produtora chamada Absolutamente Independente. "Com este programa mostramos que aquelas mulheres têm muita força e beleza e não estão à margem mas no meio da sociedade. Elas não querem que tenham pena delas", disse o criador e produtor do formato. Aliás, o responsável insiste na ideia de que não se pretende mostrar a desgraça dos outros. O objectivo, diz, é contribuir para que se ultrapasse o preconceito e se passe a admirar a beleza das mulheres com deficiência.

A DLT Entertainment, empresa que está por detrás da BBC "My family", vai produzir o programa no Reino Unido. Heather Mills, a ex-mulher de Paul McCartney, tem sido apontada como a pessoa certa para conduzir a emissão, uma vez que ela própria é modelo, apesar de possuir uma deficiência física.

Segundo a imprensa da especialidade, franceses, alemães e norte-americanos já mostraram interesse em adquiri-lo. Refira-se que foi também na Holanda que nasceu o formato "Big Brother", criado por John de Mol, em 1999.

http://jn.sapo.pt/2007/01/02/televisao/beleza mulher
deficiente concurso.html

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