É possível que às vezes você veja pequenas manchas ou nuvens mexendo-se dentro do seu campo de visão. São as chamadas "moscas volantes". Muitas vezes vê-as olhando para
um fundo liso, por exemplo, uma parede branca ou um céu azul.
Na realidade, as moscas volantes são minúsculos grumos de gel ou células dentro do corpo vítreo, o fluido transparente que enche o interior do seu olho.
Estes objectos dão a impressão de estar diante do seu olho, mas de facto estão flutuando lá dentro. O que vê são as sombras que projectam sobre a retina, a camada de
nervos no fundo do seu olho que percebe a luz e permite que você veja.
As moscas volantes podem ostentar formas diferentes, como pequenos
pontinhos, círculos, linhas, nuvens ou teias de aranha.
2. O que provoca as Moscas Volantes?
Ao chegarmos à meia idade, o gel vítreo pode começar a engrossar ou encolher, formando assim grumos ou filamentos dentro do olho. O
gel vítreo afasta-se da parede posterior do olho, provocando um descolamento do vítreo posterior.
Trata-se de uma causa comum de moscas volantes.
O descolamento do vítreo posterior dá-se mais frequentemente em pessoas que:
sofrem de miopia;
foram submetidos a cirurgia de catarata;
foram submetidos a cirurgia do olho a laser YAG;
sofreram de inflamação dentro do olho.
O aparecimento de moscas volantes pode causar uma certa apreensão, sobretudo se surgem de repente. Deve consultar um oftalmologista imediatamente se notar a presença de
novas moscas volante, particularmente se já passou dos 45 anos.
3. As Moscas Volantes são graves?
A retina pode rasgar se o encolhimento do gel vítreo fizer com que ele se afaste da parede ocular. Isto às vezes causa um pouco de sangramento no olho que pode aparecer
na forma de novas moscas volantes.
Uma retina rasgada é sempre um problema sério, já que pode levar a descolamento de retina. Consulte o seu oftalmologista o quanto antes se:
- aparecer mesmo que seja uma única nova mosca volante;
- de repente ver clarões súbitos de luz.
Caso note outros sintomas, assim como perda de visão lateral, deve voltar a ver o seu oftalmologista.
4. O que pode ser feito com as Moscas Volantes?
Você precisa saber se a sua retina sofreu rotura, então ligue para o seu oftalmologista se uma nova mosca volante surgir de repente.
As moscas volantes podem atrapalhar a clareza da visão, o que pode ser bastante irritante, especialmente se quiser ler. Você pode procurar mexer os olhos, olhando para
cima e para baixo para afastar as moscas volantes.
Algumas moscas volantes podem permanecer na sua visão, porém muitas desaparecem com o tempo, tornando-se menos irritantes. Mesmo que tenha tido algumas moscas volantes
durante anos a fio, deveria marcar uma consulta com o seu oftalmologista.
5. O que causa clarões de luz?
Quando o gel vítreo repuxa a retina, você pode ver algo parecido com clarões de luz ou relâmpagos ou "estrelas". É algo parecido com o que se pode sentir quando sofremos
um traumatismo no olho, (por exemplo, um murro).
Os clarões de luz podem apresentarem-se de vez em quando durante várias semanas ou meses. Com o passar dos anos é mais comum vermos clarões. Se reparar no aparecimento
súbito de clarões de luz, deve consultar o seu oftalmologista imediatamente para verificar se a retina foi rasgada.
6. Enxaqueca
Alguma pessoas experimentam clarões de luz na forma de linhas recortadas ou "ondas de calor" em ambos os olhos, muitas vezes permanecendo durante 10-20 minutos. Este tipo
de clarão costuma ser causado por um espasmo dos vasos sanguíneos no cérebro, chamado enxaqueca.
Se os clarões são acompanhados por dor de cabeça, chamamos a essa dor de cabeça de enxaqueca. Porém linhas recortadas ou ondas de calor podem ocorrer sem enxaqueca. Neste
caso, os clarões de luz são chamados de enxaqueca oftálmica, ou enxaqueca sem dor de cabeça.
7. Como é feito o exame aos seus olhos?
Quando um oftalmologista examina os seus olhos, faz dilatar as pupilas com um colírio. Durante este exame indolor,
o seu oftalmologista observará com cuidado a retina e o
vítreo. Por ter as pupilas dilatadas, talvez precise que alguém o leve a casa depois de sair do consultório.
As moscas volantes e clarões de luz tornam-se mais frequentes à medida que envelhecemos. Apesar de nem todas as moscas volantes e clarões serem graves, você deveria fazer
sempre um exame à vista para verificar se a sua retina não sofreu nenhuma lesão.
Moscas volantes é o nome que se dá à perceção que o nosso cérebro tem de
pequenas opacificações que podem eventualmente existir dentro do vítreo.
O vítreo é uma substância gelatinosa que ocupa 80% do volume total do
olho, e é formado fundamentalmente por 90% de água, colagéneo e ácido
hialurónico. Tem de ser perfeitamente transparente para não interferir
na visão. Quando existem restos de sangue, pigmentos ou agregados de
células no gel vítreo, podemos percebê-los como moscas volantes; estas
são melhor percebidas quando se olha para um fundo branco e, parecem
mover-se com os movimentos oculares.
São provocadas principalmente pela liquefação e colapso do vítreo que
ocorre devido a fatores como: a idade (mais de 50 anos), miopia,
traumatismo, cirurgias oculares, entre outros.
Este descolamento do vítreo pode dar-se sem qualquer tipo de
sintomatologia ou, noutros casos, pode aparecer sob a forma de pequenos
pontos, linhas, várias linhas cruzadas, descritas pelos doentes como
visões de moscas, mosquitos, teias de aranha ou aranhões.
Por vezes, por haver uma adesão maior entre o vítreo e a retina, o
vítreo poderá ter mais dificuldade em soltar-se, dando pequenos puxões
que são percebidos como faíscas luminosas ou relâmpagos. Estas trações
podem eventualmente rasgar a retina dando origem a uma lesão retiniana,
que se não for tratada provoca um descolamento de retina, situação de
grande urgência oftalmológica uma vez que pode provocar cegueira.
Os jovens, podem referir moscas volantes normalmente devido a
traumatismo. Há quem refira também como causa os jogos de vídeo, os
computadores, e até, a televisão, mas nada está provado.
O diagnóstico é feito pela observação do fundo ocular, pelo OCT, ou pela
ecografia ocular.
As moscas volantes, apesar do seu incómodo, não necessitam geralmente de
tratamento e, normalmente, melhoram ao fim de alguns meses. No entanto,
quando se tornam um problema e interferem significativamente na visão
pode estar indicada a cirurgia de vitrectomia, em que o gel vítreo é
substituido, e as “moscas volantes” são retiradas.
Há quem proponha laser para o tratamento das moscas volantes numa
tentativa de as separar em pedaços mais pequenos e menos perceptíveis,
mas os riscos são grandes e os doentes não referem grande benefício.
Existem igualmente medicamentos indicados para a reabsorção das moscas
volantes mas, cientifícamente, não há qualquer prova da sua eficácia.
Devido às consequências que podem acarretar, as moscas volantes devem
ser de imediato referenciadas para um oftalmologista, pois 15% delas
estão associadas a lesões retinianas predisponentes a descolamento de
retina. Esta patologia deve ser tratada o mais breve possível com vista
a diminuir o risco das suas complicações.
Definição Os flutuadores oculares são manchas na sua visão. Podem parecer-se com pintas pretas ou cinzentas, cordas ou teias de aranha que flutuam quando move os seus
olhos.
A maioria dos flutuadores oculares resulta de alterações relacionadas com a idade que ocorrem quando a substância gelatinosa (vítreo) dentro dos seus olhos fica mais
líquida. Quando isso acontece, as fibras microscópicas dentro do vítreo tendem a agrupar-se e podem projectar pequenas sombras na sua retina, que pode ver como
flutuadores oculares.
Se notar um aumento repentino no número de flutuadores oculares, contacte imediatamente um oftalmologista, sobretudo se vir também flashes de luz ou perder a sua visão
periférica. Estes podem ser sintomas de uma emergência que requer atenção imediata.
Sintomas Entre os sintomas de flutuadores oculares podem incluir-se:
manchas na visão que podem parecer-se com pontos escuros ou protuberâncias, cordas transparentes ou material flutuante
manchas que se movem quando move os seus olhos, de forma que quando tenta olhar para elas, elas movem-se rapidamente para fora do seu campo de visão
manchas que são mais perceptíveis quando olha para um fundo liso brilhante, como um céu azul ou uma parede branca
manchas que, eventualmente, estabilizam e flutuam para fora da linha de visão
Quando consultar um médico Contacte imediatamente um especialista se notar:
muitos mais flutuadores oculares do que o habitual
um aparecimento repentino de novos flutuadores
flashes de luz
escuridão nos lados da sua visão (perda de visão periférica)
Estes sintomas indolores podem ser provocados por um rasgo na retina, com ou sem um descolamento da retina, uma doença que ameaça a visão e que exige uma atenção
imediata.
Causas Os flutuadores oculares podem ser provocados por:
Alterações relacionadas com a idade. Os flutuadores oculares ocorrem com mais frequência como resultado de alterações no vítreo relacionadas com a idade, substância
gelatinosa que preenche os seus globos oculares e ajuda a manter a sua forma redonda. Com o tempo, o vítreo muda de consistência e liquefaz-se parcialmente, um processo
que faz com que encolha e se afaste da superfície interior do globo ocular. À medida que o vítreo encolhe e descai, agrupa-se e fica fibroso. Fragmentos destes resíduos
bloqueiam alguma da luz que passa através do olho, projectando sombras minúsculas na sua retina.
Inflamação na parte de trás do olho. A uveíte posterior é a inflamação nas camadas da úvea na parte de trás do olho. A uveíte posterior, que pode provocar flutuadores
oculares, pode ser provocada por doenças infecciosas ou inflamatórias, entre outras causas.
Sangramento no olho. A hemorragia vítrea é sangramento no vítreo, substância gelatinosa do olho. O sangramento no olho pode ter muitas causas, incluindo lesões e
problemas nos vasos sanguíneos.
Retina rasgada. Podem ocorrer rasgos na retina quando um vítreo descaído puxa a retina com força suficiente para rasgá-la. Um rasgo na retina pode provocar o
aparecimento de novos flutuadores na sua visão. Sem tratamento, o rasgo na retina pode levar ao descolamento da retina, uma acumulação de líquido atrás da retina que
provoca a sua separação da parte de trás do seu olho. Um descolamento da retina não tratado pode conduzir a uma perda de visão permanente.
Diagnóstico O seu médico fará um exame ocular completo para certificar-se que os seus flutuadores não são um sinal de algo mais grave. Parte do exame incluirá olhar para
os seus olhos, depois de o seu médico colocar gotas dilatadoras da pupila nos seus olhos.
Tratamento A maioria dos flutuadores oculares não exige tratamento
Na maior parte dos casos, os flutuadores oculares não exigem nenhum tratamento. Aprender a lidar com os seus flutuadores pode demorar algum tempo. Viver com flutuadores
oculares pode ser frustrante. Com o tempo, pode descobrir que consegue ignorar os flutuadores mais facilmente e que se apercebe deles com menos frequência.
Tratamentos para flutuadores que prejudicam a sua visão Em casos raros, os seus flutuadores oculares podem prejudicar a sua visão. Raramente, os flutuadores serão tão grandes ou tão numerosos que dificultem a realização das
suas tarefas diárias. Nessas situações, juntamente com o seu médico pode equacionar um tratamento para os seus flutuadores oculares.
As opções podem, incluir:
A utilização de um laser para dissolver os flutuadores. Durante a terapia com laser, um oftalmologista usa um laser especial nos flutuadores no vítreo. O laser pode
partir os flutuadores e torná-los menos perceptíveis. Algumas pessoas que se submeteram à terapia com laser para tratar os seus flutuadores afirmaram que a sua visão
melhorou enquanto outros só notaram uma pequena diferença ou nem notaram mesmo nenhuma diferença. Os riscos da terapia com laser incluem danos na sua retina que podem
ocorrer se o laser for apontado de forma incorrecta. A cirurgia com laser para tratar flutuadores oculares é considerada experimental e não é amplamente utilizada.
Recorrer à cirurgia para remover o vítreo. Durante um procedimento de vitrectomia, um oftalmologista faz uma pequena incisão no seu olho e remove o vítreo gelatinoso. É
colocada uma solução no olho para ajudá-lo a manter a sua forma. Eventualmente, o seu corpo produz e preenche o seu olho com líquido que substituirá a solução. A
vitrectomia poderá não remover todos os flutuadores na sua visão e novos flutuadores podem desenvolver-se após a cirurgia. Riscos da vitrectomia incluem sangramento e
rasgos na retina.
O vítreo preenche o interior do olho humano e existe para proporcionar um efeito de
amortecedor. Numa vitrectomia, é este gel, viscoso e transparente que se remove.
Há uma troca de humores. O humor aquoso tomará o lugar do humor vítreo.
Existem várias explicações para a necessidade de remover o humor vítreo e um
cirurgião de retina experiente sabe que tem de ir ao foco do problema para obter
os melhores resultados e isso passa por seguir o caminho mais direto, atuando
onde é necessário para repor a normalidade.
É este tipo de opção cirúrgica que justifica a remoção do vítreo, uma substância
gelatinosa e viscosa que ocupa quase 2/3 do globo ocular e que se localiza entre
o cristalino e a retina. A vitrectomia é o primeiro passo e o vítreo será
removido por corte e aspiração, em simultâneo. Uma vez realizada a vitrectomia,
o cirurgião está agora na localização exata para executar a sua ação reparadora
na retina, seja porque esta descolou, seja porque surgiram proliferações
fibrovasculares, que estão a comprometer a arquitetura da interface
vítreo-retiniana ou a alterar a necessária transparência, não permitindo a
melhor visão, ou porque é necessário eliminar uma membrana epirretiniana que
teima em deformar a mácula.
Por si só, o vítreo também sofre um processo de envelhecimento e as suas
particularidades alteram-se. A substância gelatinosa e viscosa começa a ficar
liquefeita, perde as suas características originais e pode acabar por se
desorganizar, dando lugar a um descolamento posterior do vítreo. A aparição de
sombras móveis, as chamadas “moscas volantes”, de tamanho e formato variados ou
o aparecimento de alguns flashes no campo visual periférico, são indicadores da
existência de um provável descolamento do vítreo, situação que, por si só, deve
justificar a observação por um médico oftalmologista.
Sempre que o cirurgião opta pela remoção do vítreo, em sua substituição é
colocada uma solução líquida, com uma composição muito idêntica à do humor
aquoso, basicamente composta por água e alguns sais minerais. A substituição é
temporária, uma vez que esta solução balanceada desaparece ao fim de 8 a 10
horas, o tempo necessário para que o olho humano produza a quantidade necessária
de humor aquoso, essencial e indispensável para manter a pressão e sustentação
da retina.
São várias as situações que podem justificar a necessidade de remover o vítreo e
a estas ainda se pode juntar a consequente remoção do cristalino, o que se
denomina por cirurgia combinada. A prática cirúrgica já demonstrou que, nos
casos em o vítreo é removido, existe uma probabilidade elevada de desenvolver
catarata ou edema da mácula. É por esta razão que o cirurgião de retina opta por
uma cirurgia combinada e que passa pela remoção do vítreo e do cristalino, no
mesmo acto cirúrgico.
Em alternativa à remoção do vítreo, existe a chamada técnica clássica mas, neste
caso, o cirurgião de retina ficará sempre com uma atuação muito limitada e com
resultados provavelmente menos seguros. A técnica clássica é menos agressiva,
mas também é indireta, uma vez que os gestos cirúrgicos apenas contornam o globo
ocular, sem nunca entrar no seu interior, mas pode ser usada em alguns casos
específicos, particularmente em doentes mais jovens, nos quais é necessário
preservar a integridade do cristalino. No entanto, esta opção cirúrgica estará
sempre condicionada pela complexidade do caso clínico e pela experiência do
cirurgião.
O que é? O vítreo é um fluido gelatinoso e transparente que preenche a maioria do
interior do globo ocular e que ajuda a manter a forma do olho, sendo constituído
por 99% de água, encontrando-se em contacto com a superfície da retina. A retina
está localizada na parte mais interna do olho e ocupa um importante papel na
visão. O sistema ótico do olho foca a luz na retina, esta recebe as imagens e
envia-as para o cérebro, através do nervo ótico sob a forma de impulsos
nervosos.
O descolamento do vítreo ocorre quando existe uma separação do vítreo com a
retina. O descolamento do vítreo é das patologias que mais frequentemente afetam
o humor vítreo.
Estamos perante um descolamento de vítreo posterior total quando o vítreo se
encontra totalmente separado da retina, enquanto que num descolamento de vitreo
posterior parcial existem zonas do vítreo aderentes à retina.
Um descolamento de vítreo afeta normalmente um olho (descolamento de vítreo
unilateral). Em casos raros pode ocorrer em ambos os olhos (descolamento de
vítreo bilateral).
À medida que os olhos envelhecem, o vítreo vai-se adulterando, ficando cada vez
mais líquido. Este processo pode conduzir à separação do vítreo da retina,
provocando o descolamento do vítreo. Traumas oculares, complicações de algumas
cirurgias, são exemplos que podem levar a um descolamento de vítreo. Veja mais
informação em causas para o descolamento de vítreo posterior.
O termo “desprendimento” é também, por vezes, utilizado pelos doentes para se
referirem ao descolamento de vítreo. Muitas vezes, as palavras “descolar” ou
“deslocar” são também utilizadas indistintamente. Ou seja, “deslocamento do
vítreo” ou “vítreo descolado” são ambas formas de dizer “descolamento de
vítreo”, sendo contudo este último, o termo vulgarmente utilizado pelos médicos
oftalmologistas.
Diagnóstico O diagnóstico do descolamento do vítreo posterior é efetuado pelo médico
oftalmologista através do exame de fundo ocular e exames auxiliares de
diagnóstico, nomeadamente o OCT ou a ecografia ocular.
Em muitos casos o descolamento do humor vítreo, apesar de acarretar alguma
sintomatologia que pode interferir com a capacidade de visão, como é exemplo a
perceção das chamadas “moscas volantes” não origina complicações graves que
ponham em risco a visão dos doentes. Contudo, em alguns casos em que ocorre o
descolamento do vítreo, podem suceder-se buracos ou rasgaduras na retina. Estas,
por sua vez, permitem que o vítreo se infiltre para debaixo da retina. Quando
tal ocorre, a retina pode “descolar” levando ao que chamamos de descolamento da
retina.
O descolamento da retina é uma situação de urgência oftalmológica, em que ocorre
o descolamento da retina neurossensorial do epitélio pigmentado da retina,
devendo ser tratado com a máxima urgência sob pena de poder provocar danos
irreversíveis na visão. Por estes motivos, é importante que a consulta no
oftalmologista ocorra com urgência se existir a suspeita de um descolamento do
vítreo.
Sintomas O descolamento posterior do vítreo pode originar os seguintes sintomas:
flashes de luz (fotopsia);
súbito e enorme aumento do número de corpos flutuantes “moscas volantes”;
ligeira sensação de peso nos olhos.
Em caso de aparecimento de flashes de luz ou de “moscas volantes” deve consultar
com urgência um médico oftalmologista. A falta de cuidados médicos nas primeiras
horas pode provocar danos irreversíveis na visão. Em último caso, o descolamento
de vítreo causa cegueira no olho afetado, se não for efetuada qualquer
intervenção e ocorram complicações, como é exemplo o descolamento da retina.
Causas No descolamento do vítreo, podem identificar-se as seguintes causas:
Complicação de cirurgias intra-oculares;
Trauma ocular;
Inflamação ocular;
Miopia;
Envelhecimento.
O descolamento de vítreo é mais frequente em pessoas com idade superior a 50
anos. Os doentes que padecem de miopia também possuem um risco acrescido de
efetuar descolamento posterior do vítreo.
Tem cura? O descolamento de vítreo é uma situação grave e tem cura se tratado de forma
adequada e atempada. Conheça, de seguida, com tratar o descolamento posterior do
vítreo.
Tratamento No descolamento de vítreo, o tratamento é efetuado de acordo com a gravidade e
complicações associadas. Se houver rasgaduras na retina deve ser realizado
laser. Se houver hemovítreo (sangue no vítreo), vítreo turvo ou “moscas
volantes” que incomodem em demasia deve ser realizada vitrectomia.
A presença das chamadas “moscas volantes” por si só, não implica uma intervenção
cirúrgica. A decisão de operar deve levar em consideração diversos fatores, como
por exemplo de que forma é que estes “pontos pretos” ou “manchas negras” estão a
interferir com a visão do doente.
Se houver associado ao descolamento do vítreo descolamento da retina deve ser
realizada cirurgia vítreo retiniana consoante o tipo de descolamento da retina.
Síndrome de tração vítreo-macular associada a Retinopatia Diabética
Instituto Portugues de Retina
O síndrome de tração vitreomacular (STV) caracteriza-se por um descolamento
posterior do vítreo incompleto, resultando numa força de tração de vetor
anteroposterior e tangencial a nível da mácula.
Alguns casos podem ser assintomáticos, mas os casos mais graves podem apresentar
perda de acuidade visual, distorção da imagem e escotoma visual central.
Aproximadamente 70% dos olhos contralaterais apresentam alguma evidência de
anormalidade da interface vitreorretiniana documentada na tomografia óptica de
coerência (OCT), nomeadamente a existência de membrana epirretiniana, adesão
vitreomacular e buraco macular lamelar.
O tratamento cirúrgico por vitrectomia é a opção mais válida para o síndrome de
tração vitreomacular, obtendo-se melhores resultados anatómicos e funcionais. O
tratamento com ocriplasmina é atualmente uma opção aceitável em casos
específicos.