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UE/Presidência: Portugal negoceia compromissos sobre
deficiência para a próxima década
LUSA | 15 Abril 2021
Portugal está a negociar a vinculação dos estados-membros à estratégia
europeia sobre os direitos das pessoas com deficiência, pedindo um
"elevado grau de compromisso", revelou hoje a secretária de Estado para
a Inclusão das Pessoas com Deficiência.
Ana Sofia Antunes interveio hoje na abertura da conferência “O Futuro
da Estratégia Europeia para a Deficiência”, organizada pela Confederação
Cooperativa Portuguesa — Confecoop, em parceria com a Confederação
Europeia das Cooperativas Industriais e de Serviços — CECOP, onde falou
sobre a importância do documento.
Nessa matéria, a secretária de Estado admitiu que Portugal gostaria de
concluir a presidência da União Europeia com a aprovação de um
“documento político, de vinculação política relevante”, que espera ver
aprovado na reunião de junho do conselho EPSCO, que reúne os ministros
ou representantes das áreas do Emprego, Política Social, Saúde e
Consumidores.
“Estamos a negociar um texto de conclusões na área da inclusão das
pessoas com deficiência, conclusões no que diz respeito à vinculação dos
diferentes estados-membros a esta estratégia europeia e vamos pedir que
cada estado-membro, através do seu ministro, possa assumir publicamente,
ao assinar estas conclusões, um elevado grau de compromisso para a
próxima década com a implementação dos compromissos previstos na
estratégia europeia”, adiantou Ana Sofia Antunes.
A governante defendeu que a Estratégia Europeia sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência 2021-2030 “é um documento ambicioso”, que, por
isso, deve mobilizar todos os estados-membros na sua execução, lembrando
que o documento está dividido em três áreas: cidadania, vida
independente e o direito à vida em comunidade e a inclusão e a não
discriminação.
Segundo Ana Sofia Antunes são também estas as três grandes áreas que
estão refletidas na Estratégia Nacional para a Inclusão das Pessoas com
Deficiência “que já está em Conselho de Ministros para ser aprovada”.
“Tive alguma esperança que pudesse ser hoje, assim não será, será dentro
de 15 dias, mas dentro de 15 dias teremos este documento a ser aprovado
em conselho de ministros”, revelou a secretária de Estado.
Ainda em relação ao trabalho no âmbito da presidência portuguesa da
União Europeia em matéria dos direitos das pessoas com deficiência, Ana
Sofia Antunes disse que o Governo tinha três objetivos, entre a
apresentação da nova estratégia europeia, que aconteceu a 03 de março, a
divulgação do documento e a realização de uma conferência internacional,
entre os dias 19 e 20 de abril, dedicada à avaliação da estratégia
europeia e cuja discussão estará centrada entre quatro temas:
acessibilidades, vida independente, emprego e educação.
Por outro lado, adiantou que no dia 20 haverá um encontro de alto nível
com o primeiro-ministro, António Costa, e os diferentes responsáveis por
esta pasta em cada estado-membro para, não só avaliar o documento, mas
também “consensualizar uma posição no que diz respeito ao compromisso
que cada estado-membro assume perante este documento estratégico e de
importância fundamental”.
Referiu também que nos dias 07 e 08 de maio vai ser discutido o plano de
ação relativo ao pilar dos direitos sociais, na cimeira social, que se
realiza no Porto.
“É um momento fundamental para avaliar e estabelecer compromissos para
implementação de plano de ação”, defendeu Ana Sofia Antunes, apontando
que uma das “metas interessantes” deste plano de ação é a criação de
estatísticas especificas sobre o desemprego das pessoas com deficiência.
SV // HB
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MJA | 18.Abr.2021
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Mochila com Inteligência Artificial permite que
cegos explorem o mundo com mais segurança
Por Liliana Malainho | 7 Abril, 2021

A nova mochila com Inteligência Artificial (IA) é a prova de que a
tecnologia pode ajudar pessoas com deficiência visual a explorarem o
mundo de forma segura.
Um dos maiores desafios dos invisuais é movimentarem-se em espaços
públicos de forma segura. A nova mochila com software de Inteligência
Artificial da Intel foi desenhada especificamente para alertar os
utilizadores com um som cada vez que se aproximam de passadeiras ou
pessoas, por exemplo.
Segundo o The Washington Post, a mochila ativada por voz foi criada por
uma equipa liderada por Jagadish K. Mahendran, investigador do Instituto
de Inteligência Artificial na Universidade da Geórgia, nos Estados
Unidos. O objetivo era desenvolver um sistema capaz de substituir a
bengala ou o cão-guia.
“No ano passado encontrei um amigo que é deficiente visual e apercebi-me
de que já ensinei robôs a ler, mas que ainda existem muitas pessoas que
não veem e precisam de ajuda. Foi o que me levou a criar o sistema de
assistência visual usando o Kit de Inteligência Artificial com
Profundidade da OpenCV (OAK-D), desenvolvido pela Intel”, explicou o
líder da equipa, em comunicado.
O dispositivo fica alojado dentro de uma pequena mochila que contém uma
unidade de computação, semelhante a um computador portátil. Além da
mochila, que tem o sistema principal de GPS, o invisual tem de
transportar uma pequena bolsa que guarda a bateria, que tem uma duração
de cerca de oito horas.
O utilizador tem de usar também uma espécie de colete, com uma câmara
tripla equipada com tecnologia IA espacial OAK-D da Luxonis, que executa
o Movidius VPU da Intel.
Além de ler sinais, a câmara deteta passadeiras e mudanças de elevação
no passeio. A partir do processamento de redes neuronais avançadas, os
dados de visão computacional – como um mapa de profundidade de visão
periférica em tempo real e informações em cores RGB – vão ajudando a
elaborar os caminhos e obstáculos que forem surgindo.
Para passar a informação recolhida ao utilizador, o sistema usa um
comando de voz através de um auscultador Bluetooth. O invisual também
consegue interagir com o sistema – como se estivesse a usar a Siri – e
pedir informações de localização.
A tecnologia foi revelada no final de março, mas pode demorar alguns
anos até ser lançada uma versão no mercado.
Apesar disso, o produto oferece um vislumbre de como a tecnologia
poderia ajudar cada vez mais as pessoas com problemas de visão a
perceber melhor os ambientes onde se movimentam e, desta forma, a viver
com mais independência.
Δ
MJA | 12.Abr.2021
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Cego volta a ver graças a injeção intraocular
Impala | 5 Abr 2021

Ensaio clínico realizado na Universidade da Pensilvânia, nos Estados
Unidos, provou que é possível devolver a visão para pacientes cegos ou
com graves problemas visuais que padeçam de uma condição genética rara.
Um ensaio clínico realizado na Universidade da Pensilvânia, Estados
Unidos, provou que é possível devolver a visão para pacientes cegos ou
com graves problemas visuais que padeçam de uma condição genética rara.
Este inovador método é muito pouco invasivo já que não recorre a
cirurgias ou a transplantes. Num dos casos, foi necessária apenas uma
injeção para que um dos pacientes voltasse a recuperar a visão.
O tratamento experimental foi testado em pacientes diagnosticados com
amaurose congénita de Leber (LCA) e que sofrem de deficiência visual
grave, geralmente com início na infância.
Os resultados foram detalhados num artigo publicado na revista
científica Nature e mostram que o tratamento levou a mudanças na fóvea,
o ponto mais importante da visão central humana.
“Os resultados definem um novo padrão de quais as melhorias biológicas
que são possíveis com a tratamento de oligonucleotídeo antisense em LCA
causada por mutações CEP290″, explica Artur Cideciyan, professor de
oftalmologia e coautor do estudo.
Um mês depois da injeção as melhorias eram significativas
Os pacientes foram submetidos a injeções intraoculares de sepofarsen.
Trata-se de uma curta molécula de RNA (ácido ribonucleico) que aumenta
os níveis da proteína CEP290 nos fotorreceptores do olho. Assim, dá-se
uma melhoria na função da retina em condições de visão diurna.
Ainda em 2019, o mesmo grupo de investigadores já tinha relatado avanços
no estudo. Na altura, descobriram que injeções a cada três meses
resultavam em ganhos contínuos de visão em 10 pacientes.
O 11.º paciente, que recebeu apenas uma dose, antes do tratamento,
apresentava redução da acuidade visual, pequenos campos visuais e
ausência de visão noturna.
Após a injeção, os investigadores notaram que houve uma grande melhoria
na visão, somente um mês após o tratamento. No segundo mês, o paciente
obteve os melhores resultados de acuidade visual. Ao longo de 15 meses,
os resultados da injeção ainda continuavam a ser notórios.
Os próximos passos consistem em desenvolver terapias específicas para
genes com outros distúrbios hereditários que afetam a retina e que
atualmente são incuráveis.
Δ
MJA | 12.Abr.2021
ϟ Mantenha
os seus olhos saudáveis com estes alimentos
Notícias ao minuto | 16 Março 21

Uma boa saúde visual pode contribuir para a longevidade.
Éimportante cuidar dos olhos para evitar doenças como degeneração
macular relacionada à idade e cataratas. Pesquisas recentes afirmam
ainda que uma boa saúde visual pode contribuir para a longevidade.
De facto, de acordo com um estudo publicado no The Lancet Global Health,
o risco de mortalidade era 29% maior naqueles com deficiência visual
leve em comparação com aqueles com visão normal. O risco aumentou para
89% para aqueles com deficiência visual severa.
Certos alimentos podem desempenhar um papel na prevenção de doenças
oculares e na manutenção da visão aguçada, diz a Eat This, Not That!.
Aqui estão três:
Sumo de laranja: O sumo de laranja contém carotenóides que podem inibir
a inflamação das células. Vários estudos observaram uma redução do risco
de degeneração macular relacionada à idade com o aumento da ingestão de
carotenóides.
Pimentos vermelhos: Alguns estudos associaram a alta ingestão de
vitamina C a um risco reduzido de formação de cataratas. Os pimentos
vermelhos são uma boa fonte.
Sementes de abóbora: As sementes de abóbora são uma boa fonte de zinco,
o que pode ajudar a retardar a progressão da degeneração macular
relacionada à idade e perda de visão, evitando danos celulares na
retina.
Δ
MJA | 11.Abr.2021
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Projecto InfoVítimas Inclusivo | Informação para vítimas de crimes -
acessível para cegos e surdos
Ser vítima de crime é um acontecimento negativo a que qualquer pessoa
pode ser sujeita ao longo da sua vida. Com o objetivo de promover os
direitos das vítimas de crime, o site Infovítimas
Inclusivo surge numa lógica de inclusão e
de prossecução da igualdade no acesso a informação relevante. Se foi
vítima de crime ou conhece alguém que o foi, este site pode ajudá-lo/a.
Aceda a toda informação em:
http://www.infovitimas.pt/inclusivo/
Δ
MJA | 4.Abr.2021
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O que acontece ao cérebro após cegueira? Respostas
made in Leiria
Jornal de Leiria | Elisabete Cruz | 4 Março 2021
Joana Carvalho dedica estudo à reorganização do cérebro na perda de
visão. Joana Carvalho foi uma das quatro premiadas com a Medalha de
Honra L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência. Também ganhou uma
bolsa Marie Curie.
Cerca de 20% do cérebro humano é dedicado à visão. “O que acontece a
esta parte do cérebro após a perda de visão? Fica inactiva? Vai-se
dedicar ao processamento de outros sentidos ou funções cerebrais?” Estas
são perguntas para as quais Joana Carvalho, natural de Azoia, em Leiria,
pretende encontrar respostas.
Distinguida com a Medalha de Honra L'Oréal Portugal para as Mulheres
na Ciência, a jovem de 28 anos vai receber 15 mil euros para perceber se
o cérebro de um humano se reorganiza depois de perder a visão.
Apaixonada pela técnica da ressonância magnética, pelas neurociências
e pela área da visão, Joana Carvalho vai ter como amostra 12 ratos com
deficiência visual e 12 ratos normais ou com restauração de retina para
verificar que alterações ocorrem quando deixam de ver. “Nos humanos
conseguimos saber que o nosso cérebro se reorganiza, mas ainda não é
possível perceber onde é que está a origem. Como estava mais interessada
em saber quais são os mecanismos que originam estas mudanças e esta
reorganização do cérebro decidi fazer o meu pós-doutoramento na Fundação
Champalimaud, um dos centros que tem as melhores ressonâncias magnéticas
do mundo para animais”, explica ao JORNAL DE LEIRIA.
A razão é simples: a fundação irá receber, este ano, “uma ressonância
magnética de 18 Tesla, a mais avançada do mundo”.
“É mesmo uma oportunidade única para estudar quais são os mecanismos
que originam esta reorganização”, afirma.
Δ
MJA | 13.Mar.2021
ϟ Investigadoras
distinguidas por estudos sobre visão, cancro, cádmio e carbono
Agência Lusa |
Observador | 24 Fev 2021
Quatro investigadoras foram distinguidas com as Medalhas de Honra
para as Mulheres na Ciência 2020 por estudos sobre visão, cancro
hereditário da mama e do ovário, toxicidade do cádmio e captura de
dióxido de carbono, anunciou esta quarta-feira a organização.
Joana Carvalho, Margarida Abrantes, Inês Fragata e Liliana Tomé foram
as premiadas na 17.ª edição das Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para
as Mulheres na Ciência. Cada uma vai receber 15 mil euros.
As bolsas são copromovidas pela filial portuguesa da multinacional de
cosmética L’Oréal, que financia; pela comissão nacional da Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pela
Fundação para a Ciência e Tecnologia, que designa o júri que avalia as
candidaturas.
Joana Carvalho (investigadora da Fundação Champalimaud) vai estudar a
relação entre o cérebro e a perda de visão. Após a perda de visão, o que
acontece à parte do cérebro responsável pela visão? Fica inativa? Vai-se
dedicar ao processamento de outros sentidos ou funções cerebrais? A
estas perguntas Joana Carvalho, doutorada em neurociências
computacionais, quer dar respostas.
O seu projeto de investigação visa “perceber de que forma o cérebro
adulto se reorganiza em resposta à perda de visão e estabelecer quais os
fatores, por exemplo a exposição à luz, que facilitam esta
reorganização”, explicou à Lusa, assinalando que “é inútil conseguir
recuperar a função ocular se o cérebro já não conseguir processar a
informação visual”.
Para Joana Carvalho, “é essencial perceber se após perda total ou
parcial da visão o cérebro mantém a capacidade de processar informação
visual, assim como determinar o momento ideal para a aplicação das
terapias de restauração e reabilitação de visão”, como implantes de
retina e olhos biónicos.
No seu trabalho, em que vai usar modelos animais de deficiência visual,
a tecnologia de ressonância magnética e modelos matemáticos, a
investigadora pretende, ainda, definir potenciais biomarcadores para
doenças neurológicas, como Parkinson, Alzheimer, autismo e
esquizofrenia.
Δ
MJA | 13.Mar.2021
ϟ Prémios BPI | Fundação "la Caixa"
O BPI e a Fundação "la Caixa" lançam a 12ª edição do Prémio
Capacitar, um prémio tem como finalidade apoiar projetos que promovam a
melhoria da qualidade de vida, a empregabilidade e a autonomia de
pessoas com deficiência ou incapacidade.
Candidaturas - Abertas, até 15 de março!
Cada entidade promotora só pode apresentar 1 candidatura por Prémio,
candidaturas a 2 Prémios e só poderá ser premiada uma vez em cada
edição. Na edição 2021, são 5 os Prémios que se distinguem entre si,
pelo seu âmbito de atuação - Prémio Capacitar, Solidário, Seniores,
Infância e Rural.
A quem se destina?
A todas as instituições privadas sem fins lucrativos, com sede ou
delegação legalmente constituída em Portugal ou com núcleos com
autonomia comprovada, há pelo menos um ano, com projetos que têm como
finalidade a promoção da autonomia pessoal e melhoria da qualidade de
vida de pessoas com deficiência.
A Avaliação é feita de acordo com os seguintes critérios:
• Qualidade - tendo em conta a experiência da instituição e
programação do projeto;
• Sustentabilidade - com base na solidez económica da entidade e
adequação dos recursos do projeto;
• Relevância - tendo em conta a inovação e impacto social esperado.
Ações prioritárias
São consideradas prioritárias para efeitos de seleção de candidaturas
as ações que visam solução para os seguintes temas:
- - Promoção da autonomia pessoal e apoio às atividades da vida
diária.
- Apoio psicossocial às pessoas com deficiência e transtorno mental
no seu contexto familiar e relacional (lazer e tempo livres; redes
de apoio relacional familiar e comunitário).
- Capacitação e formação para melhorar a empregabilidade e a
inserção laboral.
- Acessibilidade universal e ações para combater o fosso digital.
- Atenção sócio sanitária para a melhoria da qualidade de vida das
pessoas em situação de doença crónica.
A ANDITEC pode apoiar a candidatura a estes projetos, nomeadamente
através da orçamentação de produtos de apoio que poderão ser usados
pelos utentes das instituições concorrentes. ...
Δ
MJA | 11.Mar.2021
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Associação reclama prioridade na vacinação a pessoas com deficiência
Vasco Célio |
LUSA
| 13 fev 2021
A FAPPC defendeu que as pessoas com deficiência devem ser prioritárias na
vacinação contra a Covid-19. "Algumas pessoas com deficiência não conseguem
respeitar regras de distanciamento", justifica.
A federação argumenta ainda que a paralisia cerebral "abrange um vasto espectro
de situações clínicas"
A Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) reclamou
esta sexta-feira prioridade para as pessoas com deficiência na estratégia de
vacinação contra a Covid-19, envolvendo também no processo aqueles que os apoiam
no quotidiano. Numa carta a que a Lusa teve esta sexta-feira acesso, enviada na quinta-feira à
ministra da Saúde, Diretora-Geral da Saúde, Coordenador do Plano Nacional de
Vacinação Covid-19 e com o conhecimento da Secretária de Estado da Inclusão das
Pessoas com Deficiência, a FAPPC expressa preocupação pelo “facto de as pessoas
com deficiência não estarem incluídas nos grupos classificados como prioritários
— 1.ª ou 2.ª fase”. Sublinhando estar a reclamar um direito para “as pessoas com deficiência e não
em exclusivo para as pessoas com paralisia cerebral”, a federação, considerou
“inegável” que estas, “por limitação física ou mental, correm um maior risco de
contrair Covid-19”.
- É inegável, também, que algumas pessoas com deficiência não conseguem (nem
podem!) respeitar as conhecidas regras de distanciamento e higienização, por
exemplo… Ou que de tais regras nem chegaram a ter conhecimento — pela
dificuldade de comunicação e ausência de informação adequadamente acessível”,
alerta a FAPPC.
A federação argumenta ainda que a paralisia cerebral “abrange um vasto espetro
de situações clínicas”, salientando que “aproximadamente 10% das pessoas com
esta patologia têm um quadro clínico complexo, de extrema vulnerabilidade e com
grave défice neuromotor”. Além disso, um número significativo “tem menos de 50 anos e não reside em
instituições, não estando, assim, abrangidas pelos critérios de priorização
aplicados na vacinação”. “A evidência científica demonstra que, quando infetadas com a Covid-19, as
pessoas com deficiência têm maior probabilidade de desenvolver mais sintomas
graves, com risco de morte”, acrescenta. Desde março de 2020, Portugal já registou 15.034 mortes associadas à Covid-19 e
781.223 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.
Δ
MJA | 28.Fev.2021
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Aumento de pessoas com deficiência desempregadas preocupa Governo
Lusa | 18.02.2021 |
SIC
Secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência diz que
os números do desemprego para pessoas sem e com deficiência não se
recuperam com a mesma simplicidade porque não funcionam com a mesma
linearidade.
O número de pessoas com deficiência inscritas nos centros de emprego
aumentou com a covid-19, uma realidade preocupante por se tratar de um
trabalho "não tão automático" como o de pessoas sem deficiência, disse
esta quinta-feira a secretária de Estado.
Quando a situação pandémica aliviar, o mercado melhora e,
automaticamente, volta a gerar-se emprego, mas não ao mesmo ritmo para
pessoas com e sem deficiência, afirmou a secretária de Estado para a
Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, no âmbito do
Ciclo de Conversas "Fique em Casa", da empresa municipal
MatosinhosHabit, em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos, no
distrito do Porto.
"O número de pessoas com deficiência inscritas no Instituto de
Emprego e Formação Profissional (IEFP) subiu, uma realidade que nos
preocupa porque não é um emprego com o mesmo grau de flutuação, não é
tão automático como para pessoas sem deficiência", frisou.
Os números do desemprego para pessoas sem e com deficiência não se
recuperam com a mesma simplicidade porque não funcionam com a mesma
linearidade, explicou.
Ana Sofia Antunes abordou ainda o ensino à distância, decidido pelo
Governo para conter os contágios, sublinhando que, se para qualquer
criança ter aulas em casa está a ser um desafio, mais ainda se verifica
em alunos com deficiência.
"O trabalho à distância não é fácil de operacionalizar e de fazer,
trabalhar à distância com uma criança com deficiência visual não é a
mesma coisa do que trabalhar com uma criança que vê porque grande parte
da informação que trocamos com ela tem suporte visual e isso é um
desafio", disse.
A governante ressalvou ainda que a capacidade de foco e concentração
perante o ecrã de um computador por parte de crianças com défice
cognitivo e intelectual não é comparável àquele que existe de forma
presencial.
Ana Sofia Antunes adiantou que as crianças com deficiência estavam
preparadas porque a tecnologia faz parte da sua formação.
Neste segundo confinamento geral, depois de um primeiro em 2020, a
secretária de Estado assumiu que quis garantir "o mais possível"
respostas educativas de retaguarda para as crianças com deficiência,
mesmo estando as escolas encerradas.
"Os centros de recursos para a inclusão receberam instruções
expressas de que as terapias se iriam manter na lógica presencial e
apenas em situações de risco agravado para a saúde da criança é que
poderia ser substituída", contou.
Aquando do primeiro confinamento foi necessário criar respostas e
medidas com "enorme rapidez", mas neste segundo já pudemos tomar
decisões mais conscientes, assumiu.
Δ
MJA | 27.Fev.2021
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'You find a way': Judi Dench on working through sight loss
Mark Brown |
The Guardian | 25 Feb 2021

Dench has age-related macular degeneration, which affects more than 600,000
people in the UK.
Dame Judi Dench has spoken of her determination to carry on working despite
sight loss, even if that means using friends to learn lines and being gently
told to stop delivering speeches to the proscenium arch rather than her fellow
actors. Dench described how she copes with deteriorating eyesight – the challenges, the
unexpected advantages and the funny side – at an online event on Thursday with
Stephen Fry and Hayley Mills for the Vision Foundation, the London sight loss
charity. She explained how she had learned to adapt to her condition, caused by
age-related macular degeneration, which affects more than 600,000 people in the
UK. “You find a way of just getting about and getting over the things that you find
very difficult,” she said. “I’ve had to find another way of learning lines and
things, which is having great friends of mine repeat them to me over and over
and over again. So I have to learn through repetition, and I just hope that
people won’t notice too much if all the lines are completely hopeless!” Her sight loss at least had the occasional funny side, Dench said. “I was doing the Winter’s Tale with Ken Branagh a couple of years ago, playing
Paulina, and after we had been running for three weeks or so at the Garrick he
said to me – I have a long speech at the end – he said: ‘Judi, if you were to
say that speech about eight feet to your right, you’d be saying it to me and not
to the pros’ arch … ’” Laughing, she continued: “I rely on people to tell me!” Dench, 86, said her mother had similar sight loss “and now Finty, my daughter,
goes and has her eyes checked. It is intensely irritating. “But it does enable you to do one thing and that is that you have to get very
close to people before you can recognise who they are. During lockdown I made a
film and I was up close addressing people wearing masks during rehearsals,
nothing to do with any scene I’m in. It’s kind of exquisite if you can do that
and that’s the good side of it, and you have to look at that side of it.” She said she could easily walk past someone she knew well and not recognise
them. “That’s tricky … But you adapt to it. And I don’t want it to interfere.” The Vision Foundation, formerly known as the Greater London Fund for the Blind,
is this year celebrating its centenary and has launched the biggest fundraising
appeal in its history, with the aim of raising £1m.
...
Δ
MJA | 26.Fev.2021
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Google começa a testar funções "Leia em voz alta" e
Tradução - para Android
Tudo Celular | 13 de fevereiro de 2021
Não é novidade que, nos últimos meses, temos visto o Google trabalhar na
implementação de funcionalidades e melhorias direcionadas aos usuários de
smartphones e tablets, buscando assim ampliar a sua base de instalações e
ativações de aplicativos como o navegador Chrome e o aplicativo principal,
chamado apenas de Google. Uma das mais recentes empreitadas nesse sentido foi a revelação de que a empresa
começa a trabalhar na implementação de uma função chamada "Leia em voz alta" (já
conhecida por aqueles que preferem o Microsoft Edge nos PCs), entregando assim
um leitor de páginas dentro do app principal. Um dos pontos interessantes nessa implementação é que os usuários passam a
contar com a oportunidade de ter uma leitura das páginas exibidas de forma
nativa, podendo inclusive ser utilizado durante deslocamentos, com a tela do
dispositivo desligada. Essa novidade portanto promete ajudar não só Deficientes
Visuais como também,
pessoas que gostariam de seguir consumindo informações que normalmete estão
oferecidas em páginas escritas enquanto realizam alguma atividade ou vão para
algum lugar. Adicionalmente, também temos o inicio da implementação da função "traduzir" no
aplicativo "Google", seguindo a experiência já vista no Chrome, permitindo assim
com que sites de outros países possam ser facilmente traduzidos, reduzindo assim
a dificuldade de consumir informações em outros idiomas. Por enquanto, as novidades citadas acima estão disponíveis apenas para o
aplicativo Google Beta 14.2, devendo ser implementadas nos próximos meses na
versão estável do app. Caso você tenha o interesse em testar antecipadamente as
funções em questão, terá de instalar a distribuição de testes, algo que pode ser
feito com a entrada no programa da Play Store (link abaixo) ou simplesmente
instalando o APK.
Δ
MJA | 24.Fev.2021
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Governo prepara novo regime para emissão de atestados médicos de
incapacidade
Agência Lusa | 10 fev 2021
O Governo está a preparar um novo regime para a emissão dos atestados
médicos de incapacidade, que trará a possibilidade de fazer avaliações
sem a presença da pessoa com deficiência, revelou esta quarta-feira a
secretária de Estado para a Inclusão.
De acordo com a secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com
Deficiência, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
está a “trabalhar num novo regime para a emissão dos atestados médicos
de incapacidade multiusos que trará um conjunto de novidades”.
Ana Sofia Antunes, que, juntamente com a ministra Ana Mendes Godinho e
os restantes secretários de Estado da equipa ministerial, esteve esta
quarta-feira a ser ouvida pelos deputados da Comissão de Trabalho e
Segurança Social, adiantou que uma das possibilidades é “emissão de
atestados médicos de incapacidade multiusos automáticos”.
O novo regime trará também a “possibilidade de fazer algumas avaliações
mais simples sem necessidade de presença física do avaliado na junta
médica”, disse a secretária de Estado. “Para tornar as coisas mais
céleres”, sublinhou Ana Sofia Antunes.
A responsável admitiu que existe um “passivo considerável” no que diz
respeito aos atrasos nas juntas médicas, adiantando que desde o mês de
julho de 2020 até agora foram constituídas 104 juntas médicas que
fizeram 16 mil avaliações, estando agendadas mais 2 mil.
“Sabemos que temos passivo considerável, estamos a fazer os possíveis
para repor normalidade”, disse a governante, lembrando aos deputados que
foi por causa destes atrasos que o Governo tomou a iniciativa de
prorrogar a validade dos atestados que, entretanto, caduquem para dar
prioridade aos novos pedidos.
Relativamente à Estratégia Nacional para a Inclusão das Pessoas, a
secretária de Estado disse que já recebeu 98 contributos, que estão em
fase final de análise e que em breve o documento irá para aprovação em
Conselho de Ministros.
Sobre o Modelo de Apoio à Vida Independente (MAVI), Ana Sofia Antunes
adiantou que a verba para o programa foi alargada em mais 25% podendo
chegar ao valor total de 1.750 mil euros.
Nesse sentido, adiantou que os Centros de Apoios à Vida Independente
(CAVI) já podem pedir a alteração para aumentar o número de horas de
apoio e aumentar o valor que recebem de apoio ao funcionamento e
formação dos assistentes pessoais.
A secretária de Estado disse ainda que há, neste momento, 590
assistentes pessoais ao serviço, mas que são precisas mais tendo em
conta que existem 884 beneficiários e o objetivo é “chegar mais longe”.
Δ
MJA | 22.Fev.2021
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Inclusão de jovens com deficiência e/ou
incapacidade no mercado de trabalho
Notícias de Aveiro | 7 Fevereiro, 2021
Por Ana Lúcia Abrantes
Professora de Educação Especial do Agrupamento de
Escolas de Albergaria-a-Velha, AEAAV
O Contrato Emprego-Inserção+ para Pessoas com Deficiência e
Incapacidade tem a duração de 12 meses, e propõe a realização de
atividades socialmente úteis que satisfaçam necessidades sociais ou
coletivas temporárias, no âmbito de projetos promovidos por entidades
coletivas públicas ou privadas, sem fins lucrativos.
O Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha, em parceria com a
Câmara Municipal de Albergaria, a Misericórdia de Albergaria, e a Casa
da Criança da Associação de Infância Dona Teresa, envidaram esforços
para a inclusão de três jovens alunas, nas respetivas entidades onde
desenvolveram o Plano Anual de Transição, após terem concluído o seu
percurso escolar, 12º Ano, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de
julho, artº10º – alínea b) Adaptações Curriculares Significativas e
alínea c) Plano Individual de Transição.
Um dos objetivos que o Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha
tem procurado dinamizar, nomeadamente através do Grupo de Educação
Especial, é proporcionar a integração de jovens alunos com deficiência e
incapacidade no mercado de trabalho, proporcionando-lhes autonomia,
independência e estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade
de oportunidades e a preparação para uma adequada vida pós-escolar ou
profissional.
Para assegurar a continuidade do Plano Individual de Transição, as
entidades de acolhimento atrás mencionadas submeteram candidaturas, que
foram aprovadas, aos programas do IEFP:
– Estágios Profissionais e Contrato
– Emprego-Inserção+ Profissional, dirigidos a pessoas com deficiência e
incapacidade.
O Contrato Emprego-Inserção+ para Pessoas com Deficiência e
Incapacidade tem a duração de 12 meses, e propõe a realização de
atividades socialmente úteis que satisfaçam necessidades sociais ou
coletivas temporárias, no âmbito de projetos promovidos por entidades
coletivas públicas ou privadas, sem fins lucrativos.
Os Estágios Profissionais têm como objetivo:
- Complementar e desenvolver as competências dos desempregados,
nomeadamente dos jovens, de forma a melhorar o seu perfil de
empregabilidade, através de experiência prática em contexto de
trabalho;
- Apoiar a transição entre o sistema de qualificações e o mercado
de trabalho, nomeadamente, promovendo a inserção na vida ativa dos
jovens com níveis adequados de qualificação;
- Promover o conhecimento sobre novas formações e competências
junto das empresas e promover a criação de emprego em novas áreas;
- Apoiar a melhoria das qualificações e a reconversão da estrutura
produtiva.
O Agrupamento de Escolas de Albergaria-A-Velha congratula-se com a
nova fase da vida destas jovens, considerando ser um impacto positivo
para as suas futuras carreiras profissionais.
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MJA | 21.Fev.2021
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Parlamento debate acesso à reforma antecipada para
pessoas com deficiência
Carolina Rico com Judith Menezes e Sousa
|
TSF | 3 Fev.2021
Dois projetos de lei defendem regime especial de acesso à reforma
antecipada sem penalizações.
OParlamento debate esta quarta-feira
uma petição e dois projetos de lei, do PAN e do PEV, para permitir a
reforma antecipada e sem penalização a pessoas com deficiência. O
partido ecologista "os Verdes" propõe um regime especial de acesso à
reforma a partir dos 60 anos para pessoas com um grau de incapacidade
permanente igual ou superior a 60%. Em declarações à TSF, o deputado
José Luís Ferreira lembra o desgaste que estes cidadãos enfrentam não
apenas no trabalho, mas também na "transposição de várias barreiras",
também em casa ou nos transportes públicos, por exemplo. "O processo
normal de envelhecimento de pessoas com deficiência é geralmente mais
complexo devido a uma vida inteira de mobilidade reduzida, medicamentos,
cirurgias, pior estado geral de saúde entre outros fatores", nota. O
PEV, defende, por isso, que as pessoas com deficiência tenham "direito a
gozar a reforma enquanto as suas incapacidades não estão agravadas ao
ponto de impedir que possam fruir da mesma com qualidade de vida". Na
mesma linha, o PAN sugere que a reforma antecipada possa ocorrer até
mais cedo: a partir os 55 anos. "O desgaste que efetivamente ocorre é
muito doloroso", reforça a líder parlamentar do PAN Inês Sousa Real. Em
caso de grau de incapacidade permanente igual ou superior a 60%, "não
faz sentido que se aplique qualquer tipo de penalização". Os dois
projetos do PAN e dos Verdes vão ser debatidos a par de uma petição que
defende também a possibilidade de reforma antecipada para cidadãos
portadores de deficiência.
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MJA | 20.Fev.2021
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Projeto Infovítimas Inclusivo
+ Algarve | 28 Jan 2021
 A APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima apresenta hoje o Projeto
Infovítimas Inclusivo, o primeiro website em Portugal que disponibiliza, a
pessoas com deficiência visual e auditiva, informação sobre direitos,
processos-crime e seus intervenientes e funcionamento do sistema judicial. A protecção das pessoas com deficiência visual e auditiva, vítimas de crime, a
redução dos efeitos negativos e das consequências da experiência de vitimação, e
a contribuição para que as pessoas com deficiência visual e auditiva tenham na
sua posse o conhecimento e as ferramentas necessárias para agir em caso de
violência ou crime são fundamentais para a promoção da sua autonomia e
capacitação. Com isto em consideração, a APAV, em conjunto com parceiros, desenvolveu o
Projeto Infovítimas Inclusivo, o primeiro website em Portugal que disponibiliza,
a pessoas com deficiência visual e auditiva, informação sobre direitos,
processos-crime e seus intervenientes e funcionamento do sistema judicial. Foram criados materiais informativos, em suporte digital, adaptados às
necessidades de pessoas com deficiência visual e auditiva, dotando-os de
conhecimentos necessários para agirem em caso de crime ou violência. O Projeto Infovítimas Inclusivo vem, assim, colmatar a inexistência, sob
qualquer formato ou em qualquer organismo, de informação adaptada a este grupo
de pessoas, o que as coloca numa posição de maior fragilidade e expostas a uma
experiência de vitimação ainda mais negativa. Estima-se que o Infovítimas
Inclusivo chegue a cerca de 8 500 beneficiários, de todas as faixas etárias. A APAV teve como parceiros a Casa Pia de Lisboa, consultores e a agência Último
Take. O Projeto Infovítimas Inclusivo foi vencedor dos Prémios Caixa Social
2019, promovidos pela Caixa Geral de Depósitos.
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MJA | 9.Fev.2021
ϟ Mais professores a ensinar braille “é tão essencial como ter a palavra escrita”
– Acapo LUSA | 4 Janeiro 2021 Mais professores a ensinar braille e ter este sistema mais divulgado "é tão
essencial como ter a palavra escrita", defendeu hoje o presidente da Acapo, no
dia em que se assinala o Dia Mundial do Braille
Este método de escrita e leitura foi inventado por Louis Braille, um pedagogo
francês, no início do século XIX e, segundo dados das Nações Unidas, estima-se
que seja usado por cerca de mil milhões de pessoas.
Em entrevista à agência Lusa, Rodrigo Santos, que tomou posse como presidente da
direção da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (Acapo) em 19 de
novembro do ano passado, defendeu a importância de ter mais pessoas a ensinar
este sistema de escrita e de leitura, bem como de ter o braille presente em mais
sítios e em mais produtos, serviços ou soluções: “É tão essencial como ter a
palavra escrita”. “Achamos crucial que mais professores saibam braille [e] também temos de achar
crucial que todos os professores tenham um domínio básico de ensinar a ler e
escrever braille e que o sistema tenha soluções que garanta que há professores
especializados que percebem não apenas do braille, mas também do ensino
específico do braille”, defendeu. Entende, por isso, que “todos os professores” deveriam ter uma “formação
genérica” que os sensibilize para a importância do braille e para a importância
da estimulação tátil, porque é desta forma que as pessoas cegas “percecionam de
imediato a realidade”. “Achamos que é crucial investir na formação específica dos professores de
educação inclusiva”, apontou. A conversa decorre nas oficinas da Acapo, onde a associação tem as impressoras e
os equipamentos necessários à conversão e impressão de documentos em braille,
não só em papel, mas noutros materiais, como acrílico, por exemplo, e onde faz a
certificação de braille. “Nós não só produzimos braille, seja em placas de relevo, seja em cartões de
visita, livros, em todo o tipo de documentos, como, para além disso, também
certificamos braille, isto é, certificamos que a representação do braille é
correta para depois ser impresso nas diversas embalagens de muitos produtos que
nos utilizamos no dia-a-dia”, explicou Eduardo Santos. Aires Alves é um dos responsáveis por este serviço, que faz já há 28 anos, e
que, para si, representa a concretização de um sonho. Contou à Lusa que “quando era miúdo dizia que queria fazer livros para pessoas
cegas” porque no tempo em que andou na escola quase não teve acesso a livros e
sentia que havia muita falta. “Se conseguisse mais tarde fazer livros para quem os não tinha, achava que
estava a comprimir a minha missão”, confidenciou, admitindo que conseguiu não só
concretizar o seu sonho, mas o de muitas outras pessoas: “Ter um livro para
ler”. Para Aires Alves, “hoje é tudo mais fácil” e apontou que quase ninguém quer ler
em braille, já que facilmente têm acesso a tecnologias que, no momento, permitem
ouvir a leitura de um livro. “As pessoas cegas, se calhar, é que não têm aquele empenho em aprender braille
porque hoje sai um livro e ele já está à minha disposição e se eu quiser um
livro em braille é capaz de demorar anos a fazer”, admitiu, lembrando que uma
biblioteca para normovisuais tem “milhões de títulos”, mas apenas cerca de nove
mil publicações para cegos. Lembrou, por outro lado, o espaço que ocupa um livro em braille, já que uma
página em tinta corresponde a cerca de quatro páginas em braille, apontando
também que a produção destes livros é muito cara. Rodrigo Santos, no entanto, acredita que o “braille está vivo” e que não é uma
coisa do passado, mas plenamente do século XXI, capaz de se adaptar e
transformar às novas necessidades, uma ferramenta única, já que só ela permite
às pessoas cegas “acederem a reprodução daquilo que é a palavra escrita”. “Acho que as gerações mais novas, apesar de terem outros mecanismos para
acederem à informação, quando o objetivo é ler, aceder à palavra escrita, com as
letras todas, o braille continua a ser o sistema que preferem e não se pode
dizer que esteja a perder importância”, sublinhou o presidente da Acapo. Nesse sentido, lembrou que a realidade do ensino do braille em Portugal ainda
passa por que muitas crianças sejam obrigadas a sair da sua zona de residência e
do seu meio educativo. Defendeu, por isso, que haja mais formação de professores para ensino de braille
e de outras técnicas essenciais para as pessoas com deficiência visual,
sublinhando que “há ainda um longo caminho a percorrer”. “Enquanto não conseguirmos que aprender braille seja tão natural para qualquer
criança com deficiência visual como é para qualquer criança aprender a ler e a
escrever, por nós a missão ainda não esta cumprida”, rematou. SV // HB
fonte:
Visão
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MJA | 9.Fev.2021
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Celular prejudica visão de bebés e pode até
causar miopia se ultrapassar limite diário
Paulo Nobuo

Quem tem filhos pequenos sabe como é difícil mantê-los longe de telas
de celulares e tablets, mas vários estudos indicam que o uso excessivo
de eletrônicos pelas crianças pode provocar diversos problemas de saúde.
Em seu perfil no Instagram, o oftalmologista Alex Sá alerta para o
aumento no número de casos de miopia entre crianças, justamente por
causa do uso abusivo de tablets, celulares e computadores.
Segundo o médico, a exposição a aparelhos eletrônicos com telas em
períodos maiores do que 2 horas seguidas pode ser um fator prejudicial
para a visão dos pequenos. E como as crianças não identificam a
dificuldade para enxergar, é importante que os pais fiquem atentos ao
comportamento delas.
Celular aumenta casos de miopia em crianças
Durante muito tempo acreditou-se que passar muito tempo diante da
televisão e de aparelhos eletrônicos poderia causar ou piorar o grau de
miopia devido ao esforço dos olhos.
No entanto, segundo um estudo australiano, o aumento no grau de miopia
seria, na verdade, resultado de um fator correlacionado: pouca exposição
à luz solar natural, especialmente entre crianças.
Crianças expostas a menos luz diária ao ar livre apresentaram números
mais elevados de casos de miopia do que crianças que permaneciam mais
tempo fora de casa, algo cada vez menos comum em regiões urbanizadas, de
acordo com a pesquisa.
Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um guia de
saúde infantil, alertando sobre o tempo que as crianças passam diante
das telas.
De acordo com a organização, crianças de 1 a 2 anos de idade devem ficar
longes de TV e jogos de computador, enquanto crianças de 3 a 4 anos não
devem ultrapassar a média de 1 hora por dia entretida com celulares ou
tablets para evitar sedentarismo, obesidade e doenças associadas ao
longo dos anos.
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MJA | 30.Jan.2021
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Como funciona o primeiro teste de gravidez
acessível para pessoas cegas
Cláudia | 6 jan 2021

O protótipo foi criado no Reino Unido em uma campanha de design
voltada para a acessibilidade de pessoas com algum tipo de deficiência.
Testes de gravidez poderão ser consultados por pessoas cegas no Reino
Unido pela primeira vez, já que um protótipo do item foi lançada com
adaptações pensadas na acessibilidade desses clientes.
O resultado é apresentado em forma de bolinhas no lugar dos tradicionais
risquinhos. A partir da urina, um reagente químico detecta se há ou não
hormônios produzidos na gravidez, gerando a reposta tátil. As opções
eletrônicas à venda não possuem esse recurso.
Apresentado pelo Instituto Nacional Real de Pessoas Cegas, organização
referência nas causas de deficientes visuais do Reino Unido, o protótipo
representa um passo urgente na luta pelos direitos dessas pessoas, que
passam a usufruir de uma liberdade cerceada estruturalmente.
“É muito invasivo, é constrangedor ter que pedir a alguém para pegar um
objeto no que eu acabei de urinar e pedir ‘você pode ler isso para
mim?'”, disse Danielle Cleary, que é deficiente visual, ao site Sky
News. Ela já precisou contar com o auxílio da mãe, de amigos e até
vizinhos para ler o resultado de um teste de gravidez.
“Mesmo se eu estiver tentando engravidar ou tentando não engravidar, não
quero que outras pessoas saibam da minha vida e façam julgamentos (…) E
a cada dez pessoas, nove vão dar alguma opinião que eu não pedi. Você
não percebe o luxo que é ter autonomia até ela lhe ser tirada”.
Desenvolvido pelo designer Josh Wasserman, o protótipo foi pensado de
acordo com demandas apontadas por mulheres cegas ou com visão parcial
durante a etapa de pesquisa da campanha “design para todos”, do
Instituto Nacional Real de Pessoas Cegas.
“É importante que todos entendam como o design pode ser usado para
conscientizar a população sobre uma questão e trazer mudanças positivas
em uma indústria”, disse o criador do teste. “Indústrias, principalmente
a de cuidados com a saúde, podem ter mudanças muito lentas. Não sei
quanto tempo vai demorar até vermos esse produto nas prateleiras. Mas o
importante é a conscientização”, apontou o idealizador.
O Instituto ainda divulgou que metade das pessoas que são diagnosticadas
com alguma deficiência visual dependem de terceiros para conseguir
consultar informações pessoais, como exames médicos e dados bancários.
Para Danielle, o produto deve ser uma chave de mudança para o
mercado. “Quero que todos trabalhem junto à comunidade de deficientes
visuais para nos ajudar a conseguir a privacidade que nos foi negada até
hoje”.
Δ
MJA | 29.Jan.2021
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4 Janeiro | Dia Mundial do Braille
A História de Louis
Braille em Animação
O sistema de escrita tátil conhecido como
Braille é uma das formas de comunicação não verbal mais tradicionais,
utilizado por pessoas cegas ou mesmo com baixa visão. Esta animação
busca retratar a história de sua criação, que remete ao século XIX e tem
em sua gênese a participação de figuras importantes como Napoleão
Bonaparte, Charles Barbier e Louis Braille, que desenvolveu o conceito
para o que ele é até os dias de hoje. Conheça mais desta história nesta
animação.
Δ
MJA | 3.Jan.2021
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Comemoração do Dia Mundial do Braille
Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva em Braga
Data: De 04/01/2021 a 11/01/2021
Local: Corredor central r/c
Destinatários: Público em geral
Comemoração do Dia Mundial do Braille, com Exposição de equipamentos
específicos para audição e leitura destinados a pessoas cegas e com
baixa visão; mostra de bibliografia em Braille e audiolivros.
Destinatários: público em geral. Entrada livre.
Organização: Serviço Biblioteca no Apoio à Inclusão (BAI) da BLCS
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MJA | 3.Jan.2021
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Implante cerebral para cegos mais perto da
realidade
Diário da Saúde | Dezembro 2020

O implante neural sem fios é parte do dispositivo
que será implantado no cérebro dos voluntários. [Imagem: University of
Texas at Dallas]
Implante visual
Implantar um aparelho no cérebro para gerar uma percepção aproximada da
visão para pessoas com cegueira pode soar como coisa de ficção
científica - mas os pesquisadores estão tentando tornar essa visão uma
realidade.
O projeto envolve a implantação de dispositivos contendo pequenos
eletrodos no córtex occipital, uma parte do cérebro que processa
informações visuais. O dispositivo receberá sinais correspondentes às
imagens captadas por uma câmera que o usuário usará em uma faixa de
cabeça.
Os sinais comandam o implante neural para estimular eletricamente os
neurônios, produzindo uma percepção visual aparente de minúsculos pontos
brancos, chamados fosfenos. Os pesquisadores esperam que essas manchas
brancas possam formar imagens que ajudem as pessoas com cegueira a
reconhecer melhor os objetos e navegar pelo seu ambiente.
O estudo proporcionará a primeira oportunidade para os pesquisadores
aprenderem se, e como, a prótese visual intracortical funciona para
pessoas com cegueira total.
Estimulação neural
Durante o ensaio clínico, a equipe irá monitorar a segurança da
estimulação elétrica neural e avaliar os dados dos eletrodos. Cada
dispositivo tem até 16 eletrodos, cada um com um diâmetro menor do que
um fio de cabelo humano.
Os voluntários do ensaio clínico trabalharão com os pesquisadores para
determinar quão bem a estimulação elétrica produz fosfenos e se esses
fosfenos podem ser usados para interpretar seus arredores.
"O usuário terá a percepção de padrões compostos por pontos de luz ou
fosfenos. Os usuários devem ser capazes de identificar áreas claras e
escuras de uma cena. Há uma expectativa razoável de que a prótese visual
ajudará na navegação pelos espaços, identificando bordas de paredes,
aberturas como portas e janelas e talvez movimento," disse o Dr. Stuart
Cogan, da Universidade do Texas (EUA).
O primeiro participante deverá receber um implante em março do próximo
ano, em uma cirurgia a ser realizada no Centro Médico Universitário
Rush, em Chicago.
Δ
MJA | 1.Jan.2021
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Quando a voz de um se torna os olhos de outro
| Audiolivros para
utentes com deficiência visual

Os utilizadores -
nacionais ou estrangeiros - devem efectuar a sua
inscrição, fornecendo, para o efeito, cópia digital do
Atestado Multiusos de Incapacidade e os seus dados de
identificação.
Audiolivros disponíveis na BMC
Δ
MJA | 1.Jan.2021
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A importância do Braille na atualidade | Ação de
informação
INR | 29.12.2020
A Delegação de Vila Real da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes
de Portugal assinala o Dia Mundial do Braille com a realização de uma
ação de informação subordinada ao tema "A importância do Braille na
atualidade", no dia 8 de janeiro de 2021, às 15h00.
A referida ação irá decorrer com recurso à plataforma Zoom e será aberta
à comunidade. O número de vagas é limitado e as inscrições deverão ser
efetuadas através dos contactos habituais da delegação:
vilareal@acapo.pt | 259338330 | 927558789
Δ
MJA | 1.Jan.2021
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